Fig 45s

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Fim de semana com sol entre nuvens. Chove no fim de semana! www.climatempo.com.br

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35o 21o

MÁXIMA

ANO 2 NÚMERO 45

Não Conhecemos Assuntos Proibidos

MÍNIMA

FIM DE SEMANA DE 29 DE JANEIRO A 1 DE FEVEREIRO DE 2015

FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS

EXEMPLAR: R$ 1,00 Tim Filho

A Figueira virou Princesa Governador Valadares comemora 77 anos de vida neste dia 30 de janeiro. A Figueira virou Princesa, Princesa do Vale, joia preciosa de todos os valadarenses. Mas os figueirenses, povo que habitava estas terras antes de nós, não abriam mão de chamar o lugar onde moravam de Figueira do Rio Doce, mesmo sendo Figueira o nome oficial. Gente como José Raymundo Fonseca, o Mundinho, garoto que cantou sua terra em verso e prosa. Páginas 6/7.

FIQUE LIGADO

Trânsito terá mudanças na área central a partir segunda-feira (2) Atenção, motoristas! A partir de segunda-feira (2), a Rua da Praça da Estação passará a ser via de mão dupla. Além disso, o Departamento de Transportes, Trânsito e Sistema Viário da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSU) realizará a partir do dia 9 (segunda-feira) mais intervenções na cidade, com o intuito de proporcionar mais fluidez, conforto e segurança tanto para os motoristas quanto para os pedestres. Para isso, as ruas Eurito Orlando Bonesi, Tenente Coronel Francisco Rodrigues e Viela Sanitária passarão a ser via de mão única. Vale ressaltar que a Rua Bruno Chaves permanece com o sentido inalterado, sendo o mesmo via de mão dupla. As medidas fazem parte do Programa de Ação Imediata do Trânsito (PAIT) e do Plano de Mobilidade Urbana (PMU), diante da grande movimentação nesses locais.

Domingo tem Democrata x Cruzeiro Rubens Júnior

Valadares terá Internet grátis a partir desta sexta-feira PÁGINA 5

Boi Figueira, Mestre Buti, Professor Fernandão. Todos estão no Carnaval de GV PÁGINA 8

Povo Krenak encontra peixes mortos PÁGINA 9

Durante a semana os torcedores formaram longas filas no Mamudão para comprar os ingressos

O Democrata, depois de dois meses de preparação para o Campeonato Mineiro Módulo I de 2015, finalmente fará a sua estreia neste domingo, às 19h30. A missão da Pantera é árdua. Vai estrear contra o melhor time do Brasil, o Cruzeiro, que perdeu alguns de seus principais jogadores, contratou outros, tem histórico vencedor e um técnico competente: Marcelo Oliveira. Página 11.

Você é contra ou a favor da privatização dos presídios? PÁGINA 2


OPINIÃO

Editorial

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FIGUEIRA - Fim de semana de 29 de Janeiro a 1 de fevereiro de 2015

Tim Filho Parabéns, Governador Valadares!

A cidade que queremos Com o início das festividades de comemoração dos 77 anos de Governador Valadares, o valadarense fica imerso em saudosismo e sempre debate as origens do município. O debate mais recorrente está ligado ao nome da cidade. Muitos não gostam do nome atual, escolhido como forma de homenagear o exgovernador de Minas Gerais, Benedicto Valladares Ribeiro. E citam como nome mais apropriado, Figueira, denominação do distrito de Peçanha que se emancipou em 1938 e se tornou Governador Valadares. Este Figueira acendeu o debate no início do mês com um post em sua página no Facebook. Neste post, fizemosa pergunta que nesta edição está publicada na seção Parlatório. Na rede social, muitos opinaram, mas o comentário de Gabriela Almeida, historiadora e presidente do Conselho de Patrimônio Histórico Municipal, merece uma reflexão: Com essa “homenagem” iniciamos uma triste tradição de bajulação municipal. Acho que deveríamos rever não apenas o nome mas também a data. Valadares é uma cidade cuja ocupação é centenária. Vivemos em uma região com uma longa história pra contar. De fato, a história da cidade remonta a chegada da bandeira de Sebastião Fernandes Tourinho, no século 16. Tornou-se mais sólida nos anos seguintes à chegada da família real no Brasil. Segundo o historiador Haruf Salmen Espindola, a primeira ocupação foi em Baguari, onde foi instalado um quartel. Em 1818, um segundo quartel foi levantado poucos quilômetros abaixo, com o nome de Dom Manoel. Em torno deste quartel funcionou o Porto de Canoas, que atendia ao serviço militar e a um pequeno comércio. O lugar recebeu a denominação de Figueira desde os primeiros tempos. Era distrito de Peçanha. Beneficiado pela posição estratégica, podendo escoar a produção proveniente do Vale do Suaçuí e do Santo Antônio, logo se tornou um pequeno entreposto comercial. Discussões deste nível são importantes e servem para que os cidadãos e cidadãs valadarenses tomem conhecimento de sua história e saibam, a cada dia, valorizar as suas origens. O que importa, agora, não é mudar o nome. O importante é mudar a nossa postura diante dos desafios que virão a partir destes 77 anos de vida, que serão comemorados no dia 30 de janeiro. Construir uma cidade melhor, da qual todos nós possamos nos orgulhar, é tarefa de cada um de nós.

O que importa, agora, não é mudar o nome. O importante é mudar a nossa postura diante dos desafios que virão a partir destes 77 anos de vida, que serão comemorados no dia 30 de janeiro. Construir uma cidade melhor, da qual todos nós possamos nos orgulhar, é tarefa de cada um de nós.

Expediente Jornal Figueira, editado por Editora Figueira. CNPJ 20.228.693/0001-81 Av. Minas Gerais, 700/601 Centro - CEP 35.010-151 Governador Valadares MG - Telefone (33) 3022.1813 E-mail redacao.figueira@gmail.com São nossos compromissos: - a relação honesta com o leitor, oferecendo a notícia que lhe permita posicionar-se por si mesmo, sem tutela; - o entendimento da democracia como um valor em si, a ser cultivado e aperfeiçoado; - a consciência de que a liberdade de imprensa se perde quando não se usa; - a compreensão de que instituições funcionais e sólidas são o registro de confiança de um povo para a sua estabilidade e progresso assim como para a sua imagem externa; - a convicção de que a garantia dos direitos humanos, a pluralidade de ideias e comportamentos, são premissas para a atratividade econômica. Diretor de Redação Alpiniano Silva Filho Conselho Administrativo Alpiniano Silva Filho MG 09324 JP Jaider Batista da Silva MTb ES 482 Ombudsman José Carlos Aragão Reg. 00005IL-ES Diretor de Assuntos Jurídicos Schinyder Exupéry Cardozo

Conselho Editorial Aroldo de Paula Andrade Enio Paulo Silva Jaider Batista da Silva João Bosco Pereira Alves Lúcia Alves Fraga Regina Cele Castro Alves Sander Justino Neves Sueli Siqueira

Responsável pelo Portal da Internet Enio Paulo Silva http://www.figueira.jor.br

Artigos assinados não refletem a opinião do jornal

Parlatório Um dos assuntos mais debatidos na atualidade é a privatização dos presídios no Brasil. Você considera que a privatização pode humanizar e melhorar o sistema carcerário? Privatizar presídios é reconhecer a incompetência pública de gerir NÃO

Márcio Marcelino

Entendemos que a privatização dos presídios no Brasil atenderia a um modelo voltado para beneficiar empresas capitalistas que só pensam no lucro financeiro em detrimento dos valores humanos. A privatização dos presídios, além de infringir a constituição no que diz respeito aos três poderes, eximirá o Estado de uma obrigação própria, tornará o preso e as penas em incentivo para o lucro do capital privado, onerará o Estado em valores percaptos médio de R$ 800,00 para R$ 4.000,00 ou mais, além de permitir às empresas gestoras do sistema, captarem outros lucros através do emprego do detento em trabalho análogo à escravidão, sem praticamente que haja retorno social. Ao invés de privatizar os presídios, o Governo deveria investir, mesmo que a longo prazo, na reestruturação do Sistema de Defesa Social como um todo, garantir a eficiência no cumprimento das leis desde o cometimento do crime até o cumprimento final da pena; favorecer para que o preso mantenha sua permanência nos sistema prisional arcando com as despesas geradas para o custeio dessa permanência, através do retorno social com a prestação de serviços essenciais à população, a exemplo da reforma e manutenção de estradas, prédios e

instalações públicas, recuperação e manutenção de áreas ambientalmente degradadas dentre outros. Se os capitalistas entendem que o sistema prisional gera lucro, então cabe ao Governo, detentor dessa possibilidade, fazer com que esses lucros sejam social, já que os prejuízos causados pelos detentos também são dessa mesma natureza. Privatizar presídios é reconhecer a incompetência pública de gerir, é fomentar a indústria do crime como potencial para gerar lucro para os ricos cada vez mais ricos e sem pudor para com a vida humana.

Se os capitalistas entendem que o sistema prisional gera lucro, então cabe ao Governo, detentor dessa possibilidade, fazer com que esses lucros sejam social, já que os prejuízos causados pelos detentos também são dessa mesma natureza.

Márcio Marcelino é líder comunitário no Bairro Santa Rita.

A privatização dos presídios resgata a dignidade do apenado SIM

Luiz Alves Lopes

A violência aflora. A questão de nossos estabelecimentos prisionais é dramática, revoltante e repugnante. A mídia tem mostrado fatos incontestes e acontecimentos inaceitáveis. A PENA NÃO É CASTIGO. Sua finalidade é punir e (res) socializar. UTOPIA? È preciso sonhar. “A prisão é contraproducente. Nem intimida, nem regenera. Embrutece e perverte. Insensibiliza ou revolta. Descaracteriza e desambienta. Priva de funções. Inverte a natureza. Gera cínicos ou hipócritas. A prisão, fábrica e escola de reincidência, habitualidade, profissionalidade, produz e reproduz criminosos” (Roberto Lyra). É sabido que a população carcerária de nosso país - Minas segue a regra -, incluindo condenados nos regimes fechado, semiaberto e aberto e presos provisórios está amontoada em estabelecimentos prisionais nos mais diversos. Regra geral com a inobservância do tipo de estabelecimento previsto na lei de execução penal. Neste contexto deficitário, direitos preconizados e que visam atingir a finalidade principal da pena que é o (res) socializar são ignorados em todo o país. O Estado tem se mostrado frio, indiferente e incompetente para cumprir seu papel. Há uma leitura serena do artigo 4º da Lei 7210/84 (Lei de Execução Penal), vamos encontrar registrado que “o estudo deverá recorrer á cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena e da medida de segurança”. Por outro lado, a Constituição Federal em seu artigo 144, prevê que: “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através de alguns de seus órgãos”. Rebuscando ainda o artigo 10 da Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal), vamos encontrar registrado que “a assistência do preso e do internado é dever do estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade”. Diante da ineficiência do Estado, muito se tem falado (existe algo real) sobre a construção de unidades prisionais em Minas Gerais, através de parceria pública privada (PPP), sua ocupação e gerenciamento. Segundo doutos, cultos e estudiosos, juridicamente não há empecilho para que ocorra parceria entre a iniciativa privada e o Estado, objetivando a eficiência de seus estabelecimentos prisio-

nais. Pode perfeitamente o Estado delegar alguns de seus serviços para a iniciativa privada, mantendo em seu poder efetivo controle de tal delegação. Dúvida não mais persiste de que as parcerias públicas privadas têm lastros jurídicos pertinentes. Não se busca ou se deve buscar simplesmente a privatização de estabelecimentos prisionais e subtrair do Estado sua competência de gerenciamento. Deve-se ter em mente a apregoada eficiência administrativa lançada no artigo 37 da Constituição Cidadã, bem como o princípio da legalidade insculpida no mesmo artigo. Daí surgimento da Lei Federal nº 11.079/04, regulamentada pelo Decreto nº 5385/05. Dentre os estudiosos, fiquemos com MIRABETE que apregoa que “atividades administrativas em sentido estrito (atividades administrativas judiciais), que somente podem ser executadas pelas autoridades administrativas, como órgãos do Estado – Administração – titular do Jus Puniendi; e as atividades de execução material das penas (atividades administrativas, mas não judiciárias, mas simplesmente físicas e concretas), que podem ser atribuídas a órgãos do próprio Estado ou entidades privadas, conforme disponham as leis administrativas federais ou estaduais”. Tem-se que, em um sistema misto (Estado e iniciativa privada) os esforços conjuntos concorrerão substancialmente para diminuir as mazelas que infestam o sistema prisional brasileiro. Gestão de cunho administrativo e fiscalizatório que só podem ser exercidos por órgãos ou entidades oficiais, como as atividades do Juiz de Execução Penal (LEP, art. 66, incisos VI, IX), do Ministério Público, (LEP, art. 67 e 68) e outros mais serão e são indelegáveis, enquanto setores de oficinas, alimentação, lavanderia, inclusive e principalmente com a utilização da mão de obra do apenado, certamente ocorrerá drástica redução da ociosidade, da corrupção e de outras mazelas, concorrendo assim para que o sentido e o objetivo da pena seja alcançados. Em se operando a privatização, não se estará transferindo a função do Estado para a iniciativa privada, apenas e tão somente, a teor, repita-se, do artigo 4º da LEP, delegando competência auxiliar em determinados setores. Diante de tão cruel realidade e dos pontos colocados, concluise que a privatização dos presídios transferindo à iniciativa privada a competência para o gerenciamento de determinadas atividades e serviços, além da legitimidade do ato representaria importante passo para o resgate da dignidade perdida pelo apenado. Luiz Alves Lopes é coordenador do NCPEP/FADIVALE


POLÍTICA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 29 de Janeiro a 1 de fevereiro de 2015

Da Redação

Sacudindo a Figueira A figueira precipita na flor o próprio fruto Rainer Maria Rilke / Elegias de Duino

Civilização e Barbárie

A defesa dos cidadãos em terra estrangeira É praxe no direito internacional e na diplomacia nos casos de pena de morte que, independentemente do crime cometido, os governantes façam o pedido de clemência em favor dos seus compatriotas presos em terra estrangeira, nem que seja para que fiquem na prisão o resto de suas vidas. Quem leu a nota da presidenta Dilma viu que ela reconheceu a gravidade dos crimes que o brasileiro Marco Archer cometeu e não pediu perdão por eles. Baseou-se no fato de a pena de morte não ser uma punição prevista na tradição do direito brasileiro. Aconteceram muitas manifestações nas redes sociais em favor da pena de morte, tanto como aplicada ao brasileiro na Indonésia quanto na defesa de que seja aplicada também no Brasil. Manifestar satisfação com a morte de alguém, em qualquer circunstância é sinal de morbidez do indivíduo e de patologia social, no caso de manifestação coletiva.

O direito moderno não se pauta pela vingança. É necessário ser honesto: não há registro de nenhuma sociedade humana que tenha vivido sem uso de drogas. É difícil crer que seremos a primeira. O papel do Estado não é o de proibir, mas de regular. A proibição gera o tráfico, a matança, a corrupção das polícias e do Judiciário. Em vez da vingança e da eliminação física do outro, haveria mais avanços com o reconhecimento das demandas existenciais dos seres humanos, que são muito complexos. As drogas deveriam ser acessíveis a qualquer um, nas farmácias, fora do jogo arriscado e violento do tráfico, com pagamento de impostos pesados, com registro do usuário e monitoramento do uso. Indonésia X helicóptero do senador 13 quilos de cocaína foram suficientes para a aplicação da pena de morte na Indonésia a um cidadão brasileiro. Muitos dos que manifestaram satisfação nas redes sociais quanto à pena de morte votaram no senador mineiro proprietário do helicóptero que foi apreendido com quase 500 quilos de cocaína no Espírito Santo. Sobre isso, silêncio total, da mesma imprensa e do judiciário.

Berlusconi, em caricatura de Giacometti

O próximo passo é um Berlusconi? A sanha do Jornal Nacional, a batida monótona da Globo contra o governo da presidenta Dilma, a ira dos comentaristas midiáticos contra a Petrobrás, tentando gerar uma Operação Mãos Limpas seletiva e discricionária – voltada para atingir o PT, pode ter um objetivo: reproduzir no Brasil o que ocorreu na Itália, que depois da Operação Mãos Limpas teve a sua classe política reduzida, pois a sociedade passou a ver a política como algo podre e ruim. O resultado foi o reinado de Berlusconi, que se prolongou no cargo de primeiro ministro, envergonhando a Itália e atrasando o país. Em vez das Mãos Limpas trazerem arejamento e avanço democrático, na Itália trouxe o poder para as mãos do maior dono de grupo de comunicação daquele país, o equivalente à Globo daqui. É o mundo dos espertos.

BLOCO DE NOTAS

A desmoralizada política O vice-prefeito Ronaldo Perim tem o costume nas reuniões populares de fazer o contraponto a esse esforço de se desacreditar a política. Ele pergunta: “como esta escola foi construída onde antes só havia crianças nas ruas?”, “como surgiu esta ponte?”, “como o desemprego despencou?”, “como apareceu esta creche?”, a não ser pela política? E conclui: “somente pela vilipendiada política, pela maldita política, pela mal falada política é possível o povo fazer valer os seus interesses, a sua vontade.” A tentativa de desmerecer a política é a arma dos espertalhões, dos que se incomodam com os avanços das conquistas populares.

Fazer cumprir a Constituição I O artigo 220 da Constituição Federal, no inciso 5º: Os meios de Comunicação Social não podem, direta ou indiretamente, serem objeto de monopólio ou oligopólio. Por que motivo os deputados e senadores ainda não regulamentaram isso? Por que o candidato a presidente da Câmara Eduardo Cunha, do PMDB, promete publicamente à Globo que, eleito, vai impedir por todos os meios a aplicação desta

determinação constitucional? Fazer cumprir a Constituição II O artigo 153 estabelece que a União deve taxar as grandes fortunas. Os irmãos Marinho, proprietários da Rede Globo lideram a lista das maiores fortunas do Brasil. A Constituição manda fazer, mas deputados e senadores não se deram ao trabalho de regulamentar esse imposto.

Corrupção A corrupção tem de ser combatida sem tréguas, pois é um ralo por onde vão muitos recursos da Educação, da Saúde, da Infraestrutura do país. As avaliações tendem a indicar que o volume de recursos movimentados na corrupção no Brasil a cada ano é de 50 bilhões de reais, duas vezes e meia o gasto total com o programa Bolsa Família.

Sonegação Mas, faria bem ao Brasil que os mesmos que se iram contra a corrupção encampassem a luta contra a sonegação de impostos, que consome 450 bilhões de reais a cada ano: 9 vezes o que a corrupção toma do país, 22 vezes o Programa Bolsa Família inteiro. Nos Estados Unidos, sonegação dá cadeia para os ricos.

FRASE

Eu vou jogar pra vencer! Senão, nem botava meu time em campo. Gilmar Estevam, técnico do Democrata, sobre o jogo contra o Cruzeiro.


METROPOLITANO 4

FIGUEIRA - Fim de semana de 29 de Janeiro a 1 de fevereiro de 2015

Prefeitura investe na saúde e reforma as UBS Além disso, município recebeu 58 profissionais, sendo 19 médicos cubanos, 9 brasileiros e 30 do PROVAB (Programa de Valorização da Atenção Básica) Fábio Moura Fábio Moura

Da Redação

“Antes eu tinha que pegar dois ônibus e ainda sair carregando criança e bolsas para ir para o Hospital Municipal. Com as melhorias na unidade de saúde, agora tenho tudo perto de casa, sem precisar me deslocar para a região hospitalar. Essa unidade de saúde é uma maravilha tanto em relação à infraestrutura quanto ao suporte e apoio que a equipe nos dá”, contou Emanuela Gomes dos Passos Coelho, que levava a filha Isadora, de 6 meses para acompanhamento na unidade Santa Rita I. Este depoimento reafirma o compromisso assumido pela prefeita Elisa Costa de investir na saúde e reflete a realidade vivenciada em Governador Valadares que, desde 2014 teve 14, das 21 Unidades Básicas de Saúde (UBS) reformadas e ampliadas, além de outras três que foram inauguradas e, cinco que ainda serão construídas. E mais: o Município recebeu 58 profissionais, sendo 19 médicos cubanos, 9 brasileiros e 30 do PROVAB (Programa de Valorização da Atenção Básica), o que possibilitou fixar profissionais durante 40 horas semanais nas Estratégias Saúde da Família, criando laços entre equipes e pacientes, possibilitando um atendimento mais qualificado e humanitário. E os avanços não param: houve o crescimento na cobertura das Estratégias de Saúde da Família (ESF) para 73,88%, superando a meta do Ministério da Saúde que preconiza, no mínimo, 72% de cobertura. Foram implantadas ESF em distritos, onde só havia Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Foi implantado o primeiro sistema de Acesso Avançado nas Estratégias Saúde da Família I, II, III e IV do Jardim Pérola. Com o sistema, o horário é estendido até às 21h, a equipe é ampliada, melhorando o atendimento, que passa a ser realizado na hora, em caso de urgência, ou viabilizado em até 72 horas. Tudo isto, resultou na premiação de todas as equipes de ESF pela qualidade na prestação do serviço por meio do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB): 35 das 41 equipes participantes alcançaram nota máxima; seis receberam notas acima da média, o que representa 85,86% das ESF bem avaliadas. Cresce número de consultas nas unidades de saúde e cai no HM Os avanços na Atenção Primária mostram

Liquidações aquecem o comércio no primeiro mês do ano

As ações de saúde começaram com a valorização do pessoal que atua nas ESFs

que este é o grande pilar da saúde pública em qualquer município brasileiro, já que dados revelam que 80% dos pacientes que procuram as unidades de saúde tem o seu problema resolvido lá mesmo. Em Governador Valadares, a qualificação da Atenção Primária, com mais médicos nas unidades de saúde, reduziu de forma significativa os atendimentos no Hospital Municipal: as consultas ambulatoriais de urgência, por exemplo, apresentam uma queda de 14,36%; em 2013 foram contabilizadas 270.944 consultas e, em 2014 foram 232.044. Em 2013, por exemplo, foram realizados 28.723 atendimentos pré-hospitalares de urgência (consultas ambulatoriais). No ano seguinte, esse número caiu 7,53%, registrando 26.561 atendimentos. As internações hospitalares de pacientes de Valadares caíram 63,13% para 57,52%. Vale ressaltar que o Ministério da Saúde preconiza que uma parcela de 6,5% da população

de Valadares precisará de atendimento Hospitalar, o que corresponde a 17.028 habitantes. Mas, o Município internou muito menos em 2014, apenas 14.824 valadarenses foram internados, uma diferença de 12,94%. Por outro lado, as consultas na Atenção Primária, ou seja, nas unidades de saúde tiveram aumentos significativos. Em 2013 foram 631.002 e, em 2014 esse número aumentou 50,18%, chegando a 947.650. Mais pessoas também receberam visitas dos agentes de saúde em suas residências: enquanto em 2013 foram contabilizadas 6.603 visitas; em 2014 foram 18.883; totalizando um aumento de 185,97%. A saúde bucal também realizou muito mais consultas e procedimentos: foram 346.430 em 2013 e 751.591 em 2014, o que corresponde a 116,95% de aumento.

Focos de dengue estão dentro das casas Da Redação Apesar da Prefeitura de Valadares realizar um trabalho de prevenção e combate à dengue, informando à população sobre os cuidados que se deve ter para eliminar focos do mosquito transmissor da doença durante todo o ano, o primeiro Levantamento de Índice Rápido por Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) de 2015, divulgado hoje (23) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontou um índice de 6,6% dos imóveis com foco do mosquito – maior que o anterior, feito em novembro de 2014, que foi de 5,3%. O dado revela que a maioria das pessoas não está tomando as devidas precauções para exterminar o mosquito da dengue, que agora transmite também a febre Chikungunya. Até porque, pela 3ª vez, consecutiva, a maior incidência de focos continua dentro das casas, nos ralos (40,2%), seguida pelas tinas/ tonéis e tambores (21,9%), pratos de vasos de plantas (20,2%), bromélias (6,1%), focos de lixo (8,2%), caixas d’águas (4,1%) e pneus (0,7%). Já os bairros que apresentaram maior índice não são os mesmos do levantamento anterior: Nova Vila Bretas, Mãe de Deus, Santo Antônio, Altinópolis (12,3%). E ainda os reincidentes São Paulo, Santa Terezinha, Ilha dos Araújos, São Tarcísio com 11,2 dos imóveis com focos. Vila Império, Palmeiras, Jardim Pérola, Kennedy, Bela Vista, Fraternidade, Vila Ozanan, São José e Nossa Senhora de Fátima também apresentaram um índice considerado alto (9,4%), seguidos de Vila Isa, São Raimundo, Vera Cruz, Asteca, Vila Parque Ibituruna, Elvamar, Vilage da Serra, Jardim Primavera, Vila Ricardão com 9,3% dos imóveis com focos e, logo

atrás vem Atalaia, Vila do Sol, Ipê, Vila dos Montes, Jardim Alvorada, Vale do Sol, Cidade Jardim (9,2%). Na região dos bairros Grã Duquesa, Nossa Senhora das Graças, Maria Eugênia, Santo Agostinho, Lagoa Santa, Morada do Vale, Cidade Nova apresentou menor índice (2,1%), assim como no último LIRAa. Em seguida vieram os bairros Vila Bretas, Vila Mariana, Acampamento da Vale, Lourdes e, São Geraldo, com 2,8% dos imóveis com focos de dengue. Neste ano, além do levantamento do mosquito transmissor da dengue, foi feito o do Aedes albopictus – uma espécie de primo do aegypti, que transmite a febre Chikungunya. O resultado apontou que não há infestação deste mosquito em Valadares (sede). “As altas temperaturas, a forma de construção dos ralos no Município, acúmulo de água em reservatórios, como tinas, tonéis, tambores contribuíram para o aumento de focos de dengue em Valadares. Mas, os grandes responsáveis somos nós, já que o maior foco continua sendo dentro de casa. Não me canso de alertar a população de que é preciso criar o hábito de colocar telas e jogar água fervente nos ralos duas vezes por semana. Além disso, o Aedes aegypti transmite não só a dengue como também as febres amarela e Chikungunya”, alertou o técnico referência em dengue no Município José Batista dos Anjos Júnior. Em 2014 foram feitas 1.204 notificações de casos de dengue em residentes de Governador Valadares. Durante todo o ano de 2013, foram registradas 4.896 notificações na cidade. Em ambos os anos não houve registro de mortes em função da doença no Município.

Após as vendas de Natal abaixo do esperado, o varejo aposta todas as suas fichas em liquidações e ofertas neste primeiro mês do ano. Em Governador Valadares a situação não é diferente. Muitas lojas aderiram às tradicionais promoções de início do ano para fazer girar o estoque e recuperar os investimentos. Para o presidente do Sindicomércio Governador Valadares, Hercílio Araújo Diniz Filho, é a oportunidade dos empresários recuperarem o investimento do fim do ano passado. “É um período importante, em que muitas pessoas estão de férias, e naturalmente, visitam as lojas em busca de promoções. É essencial que o empresário esteja atento às estratégias de vendas, atraindo o consumidor com uma vitrine bem trabalhada, que é o principal cartão de visita, aliado ao atendimento de qualidade”, ressalta. Uma pesquisa realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, entrevistou 377 empresários da capital mineira com objetivo de sondar o desempenho do comércio no mês de dezembro de 2014 e identificar a percepção dos empresários para o mês de janeiro de 2015. Como o faturamento das vendas de Natal ficou aquém do esperado pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo, a pesquisa apurou que 66,1% das empresas entrevistadas pretendem realizar liquidações e ofertas para girar os estoques de artigos e fortalecer o caixa da empresa. Em relação às expectativas de vendas, o levantamento apontou que 44,7% dos empresários entrevistados acreditam que o faturamento com as liquidações em janeiro será melhor do que no mês de dezembro. Já os que acreditam que serão iguais ao mês anterior (26,8%); e que serão piores (25,5%). A pesquisa apurou ainda os três primeiros segmentos que os empresários estão com maiores expectativas de vendas. Na lista, as Roupas ganharam destaque como primeira opção para (11,6%), em segundo lugar os Calçados (6,1%) e Óticas (4,2%). De acordo com a pesquisa, foi mensurada a quantidade de estoques dos produtos finais, o levantamento apontou que 55,5% dos entrevistados, fecharam o mês de dezembro com o estoque no ponto ideal, com o estoque acima do esperado (26,1%), e que fecharam o estoque abaixo do ideal (18,4%).

SAÚDE

Santa Rita ganha UBS A UBS Santa Rita está de cara nova. A reforma foi geral: o espaço ganhou consultório médico, sala de reunião, copa e cozinha, área de serviço, banheiro para deficientes, abrigo para resíduos sólidos, recepção e pintura da unidade. Na obra foram investidos R$ 115.251,44 provenientes do Programa Requalifica UBS, do Ministério da Saúde (governo federal). A Unidade de Saúde Santa Rita I tem uma média de três mil pessoas cadastradas, que contarão com atendimentos direcionados à saúde da criança, como vacinações, consultas médicas, enfermagem e orientações, além de cuidados com a saúde da mulher, com a realização de pré-natal, teste de gravidez, planejamento familiar, exames preventivos, entre outros. E tem mais: serão feitos acompanhamentos de hipertensos, diabéticos, tuberculose e hanseníase. No local, que já conta com o sistema informatizado, é possível fazer a atualização ou confeccionar o cartão SUS. Também serão oferecidos serviços de odontologia, saúde mental, prevenção e acompanhamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). A UBS fica na Rua Divinópolis, s/n° - Santa Rita.


NACIONAL

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Notícias do Poder José Marcelo / De Brasília

Sedução

Explicação

É uma corrida contra o tempo e sob olhar atento da presidente Dilma Rousseff. Deputados e até senadores da base aliada foram chamados na responsabilidade e receberam a incumbência de passar as noites em claro tentando convencer os colegas de outras legendas a apoiar o nome do petista Arlindo Chinaglia para presidente da Câmara. A reunião geral com as bancadas já foi feita, mas a aposta agora é nas conversas de pé de ouvido. Algumas, com promessas de tratamento, digamos, mais camarada nas negociações com o Planalto, caso o comando da Casa fique nas mãos do PT.

Lábia e simpatia O problema é que o deputado-desafeto Eduardo Cunha (PDB) vem fazendo o dever de casa, faz tempo. Desde o fim das eleições ele está em campanha aberta pela presidência da Câmara e gastou os últimos meses fazendo visitas pessoais, nos estados dos deputados. Bateu de porta em porta, inclusive dos recém-eleitos para o primeiro mandato. Pegou avião atrás de avião, ganhou prestígio e simpatia. Já contava com a fidelidade daqueles que ajudou a eleger, que atuou como aliado na hora de angariar fundos de campanha e com os mais de 200 parlamentares do blocão que organizou, no ano passado. É fogo amigo com cheiro de guerra perdida.

Esperança tucana? Ainda assim, há quem jure de pés juntos que o deputado Júlio Delgado (PMDB) ainda está no páreo. Mas um deputado do partido, que por razões óbvias pediu a este jornalista para não ter o nome revelado, garantiu que assim como outros colegas tucanos, vai apoiar o nome de Eduardo Cunha. O peemedebista foi com tudo para cima dos tucanos nas últimas semanas e com um discurso que vem dando resultado: o “risco” de ter a Câmara sob comando do PT. Resumo da ópera: até a manhã deste domingo, o consumo de cafeína bateu recordes, porque todas as noites foram passadas em claro.

A briga pelo comando da Câmara e do Senado, onde a situação é menos tensa, se explica porque é o presidente da Casa quem determina quais projetos serão colocados em votação, quais assuntos entram na ordem do dia e isso pode ajudar ou atrapalhar os planos do governo e da oposição.

E no Senado? Embora no Senado a situação seja mais tranquila, é importante ficar de olho na escolha do novo presidente porque é ele o presidente do Congresso Nacional (junção das duas Casas Legislativas).

Selfies

FIGUEIRA - Fim de semana de 29 de Janeiro a 1 de fevereiro de 2015

Depois da chuva O rombo de mais de R$ 17 bilhões nas contas do governo em 2014, o pior da história, acendeu a luz amarela e para contornar a notícia negativa o Palácio do Planalto anunciou a criação de um grupo de trabalho que ficara responsável por acompanhar os gastos públicos. O grupo vai ser formado por representantes do Ministério do Planejamento, da Controladoria Geral da União e da Casa Civil. Mas a CGU já não deveria fazer esse trabalho, que depois seria verificado pelo Tribunal de Contas da União?

Na seca e no escuro Para evitar o desgaste do governo federal que insiste em não decretar racionamento de energia elétrica em função da baixa do nível dos reservatórios, cresce a pressão para que isso seja feito por prefeitos e governadores das áreas atingidas. certeza de que isso não deve abalar a candidatura de Cunha. É que os parlamentares que elegerão o novo presidente não são considerados tão volúveis ou emotivos quanto a opinião pública. Até a semana que vem, a previsão é de mais noites mal dormidas no palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Rousseff.

A Câmara até montou uma estrutura para atender aos deputados novatos que tomam posse neste domingo. Durante todo o mês de janeiro servidores ficaram de prontidão para explicar a estrutura que estará à disposição dos parlamentares, o funcionamento dos gabinetes, a quantidade de pessoal, a distribuição de sala, as assessorias parlamentares especializadas, os benefícios, como convênio médico. Mas o que mais chamou a atenção, e irritou servidores, foi a quantidade de selfies que os parlamentares tiravam a todo o tempo. Muitos, sequer se atentaram para as informações.

José Marcelo dos Santos é comentarista de política e economia e apresentador da edição nacional do Jogo do Poder, pela Rede CNT. É professor universitário de Jornalismo, em Brasília.

Tim Filho

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO

Enfim, Valadares terá internet livre Tem mais um presente chegando para o aniversário de 77 anos de Governador Valadares. Ele não será entregue em mãos e também não carecerá de embrulhos que o enfeitem. Vem pelo ar. Vem de graça pra todo valadarense e pra quem mais estiver perambulando pela cidade. Não dá pra ver, mas dá pra captar – e conectar-se à internet livre que estará disponível em três pontos do município a partir do dia 30 de janeiro: na praça dos Pioneiros, no aeroporto e no Parque Natural Municipal. E é só o começo, já que mais três pontos de conexão livre e gratuita serão instalados ainda neste ano na cidade. É só chegar, cadastrar-se e navegar. Ao ativar o wifi em celulares, tablets ou notebooks em algum desses espaços, constará na lista de redes disponíveis a WIFI-GRÁTIS-

GV. A rede é aberta e a conexão é feita instantânea e livremente. Mas, para navegar, o usuário terá de informar alguns dados como CPF e e-mail. Essas informações são necessárias por questões de segurança, para o mapeamento de possíveis crimes virtuais e também para a prestação de serviços da mantenedora da rede, como a troca ou recuperação de senhas. É rápido e fácil. Você precisa se registrar apenas uma vez pra utilizar o sinal grátis de internet em qualquer um dos três pontos disponíveis – e também naqueles que serão instalados ao longo deste ano. É pra usar sentado ou em pé, parado ou andando. E pode andar bastante, pois o WIFI-GRÁTIS-GV vai te acompanhar num raio de até 400 metros. O aeroporto de Valadares vai oferecer aos passageiros e visitantes acesso livre à Internet Vá lá e conecte-se! Leonardo Morais

PARABÉNS, GOVERNADOR VALADARES! TEMOS MUITO ORGULHO DE SER PARTE DO PROGRESSO DESTA CIDADE


SAÚDE & COMPORTAMENTO 6

FIGUEIRA - Fim de semana de 29 de Janeiro a 1 de fevereiro de 2015

Eu sou a

FIGUEIRA com minha capelinha, meu trenzinho e o encanto DO RIO meu dono e senhor que só por isso é DOCE / que se divide em dois para, com ciúme da IBITURUNA

de mais alto me contemplar e de mais junto me afagar. Poesia quase concreta, de José Raymundo Fonseca, publicada na capa de seu livro, “Figueira do Rio Doce / Ibituruna

Tim Filho e Rosi Santiago

No princípio era a mata. E a mata era virgem. E se revestia de perobas, cedros, braúnas e jacarandás milenares. Como de várias outras roupagens de policromia silvestre. E também de figueiras. José Raymundo Fonseca Escritor figueirense

Um certo figueirense chamado José Raymundo Fonseca, que nesses bandas de Minas era chamado de “Mundinho”, conta que a Figueira, o distrito que virou cidade, nasceu na cachoeira de baixo e no antigo Porto das Canoas, de onde surgiu a rua que se tornou a “de baixo”, onde foi levantada a original capelinha pelos capuchinhos da catequese indígena sediada em Itambacury. Mundinho, garoto esperto, conta mais. “No terreno arenoso da rua se vêm as palmeiras ao vento. E o sapê que cobria os fogos de pau a pique e taipa. E onde, em 1810, foi instalado o quartel militar a que foi dado o nome de D. Manoel. O porto assimilou-lhe a realeza que não resistiu à tradição da figueira, também madeira de lei, então nativa na ilha que a usucapião transformou na ‘dos Araújos’. A rua de baixo ligou as duas cachoeiras de que a estação ferroviária se tornou o centro. Cachoeira cujos xuás-xuás ninavam a infância figueirense para o seu sono sonhador; e a despertavam para a vida linda de viver”. Vivência! Se você é valadarense, desses que ama a cidade em que nasceu, arranje um cantinho no seu coração para amar a Figueira. Foi aqui que tudo começou. Ame-a como Mundinho a amou. E Mundinho segue contando a história. “No princípio era a mata. E a mata era virgem. E se revestia de perobas, cedros, braúnas e jacarandás milenares. Como de várias outras roupagens de policromia silvestre. E também de figueiras. Da figueira frondosa e acolhedora que abrigou a colonial expedição sequiosa pela descoberta de minas de ouro e de pedras preciosas. E por desvendar os segredos da região e do rio que sulcava. E que era o Doce, em cuja margem quedava a figueira hospitaleira. Bendisse, então, o bandeirante à pousada acolhedora e, sob a égide da Ibituruna, intitulou-a “Figueira do Rio Doce”. E assim caracterizou o local de apoio para o retorno ou remissivas referências, como era usual nas notas ou registros das bandeiras”. Esta foi a primeira versão ouvida pelos garotos contemporâneos de Mundinho, nos anos de 1900 a 1930, e que ele registrou no seu livro “Figueira do Rio Doce, Ibituruna”. Neste livro ele diz que versões outras indicam nominações diversificadas do arraial figueirense, das mais próximas às mais remotas, desde Porto de D.Manuel, Porta da Figueira do Rio

Doce, Santo Antônio de Bom Sucesso, Porto da Figueira dos Botocudos, Santo Antônio da Figueira, Figueira do Rio Doce e Figueira. Mas é bom deixar claro, para o bem da história, e para a satisfação dos historiadores, que oficialmente o nome Figueira do Rio Doce nunca existiu. O Distrito que virou cidade se chamava Figueira. Apenas Figueira, apesar de ser banhado por um rio, que é doce. Talvez deve por isso que muitos figueirenses incluíram o rio, de maneira informal, no nome do distrito e da cidade. Sim, depois que se emancipou de Peçanha, a cidade se chamou Figueira. Somente quase 1 ano depois mudou de nome: Governador Valadares. História Mundinho conta que “é verdade histórica que os expedicionários desbravadores que primeiro penetraram na bacia do Doce foram Sebastião Fernandes Tourinho, que cumprindo missão iniciada em Porto Seguro em 1572, bem mais tarde veio a subir o rio Doce até o rio Araceci – ou Suaçuí Grande – por este entrando em canoas rumo nascente-norte até à serra fria ou Serro, desbravando região que no limiar do século XVIII viria sediar as minerações de Santa Maria do Suaçuí e Peçanha; e Marcos de Azevedo Coutinho que também subiu o Doce e atingiu o rio Coarecari Minim ou Suaçuí Pequeno entre 1596 a 1614. Esta última fase ou etapa indica mais incisivamente o acesso ao local. O apelido de porto de D.Manuel surgiu em 1810”. Denominação Distrital Mundinho explica que Figueira, à margem esquerda do rio Doce e fronteiriça à Ilha do mesmo nome, esta última assim chamada por ser berço nativo de figueiras silvestres, foi depois conhecida como arraial de Santo Antonio da Figueira contando com 80 a 100 fogos para 200 habitantes. E se tornou porto frequentado por canoas que transportavam artigos de sobrevivência para e do Espírito Santo desde 1832 e mais ativamente a partir de 1870. “Aí foi criado o distrito de Paz pela lei provincial n. 3077 de 06/11/1882 sob a denominação fugaz de Baguary que durou dois anos. Pela lei n. 3198,


SAÚDE

de 23/09/1884, o distrito foi elevado a Freguesia sob o original e centenário nome de Figueira”. O professor de História Haruf Salmen Espindola explica que a denominação Baguary (ou Baguari) foi um equívoco do legislador, que foi corrigido, em seguida, com a lei n. 3.198, de 23 de setembro de 1884, que denominou o distrito como Figueira. Tantas foram as denominações oficiais e não-oficiais, que Mundinho esclarece mais uma das muitas “confusões” acerca do nome da Figueira. “Santo Antônio do Bonsucesso caracteriza antes uma confusão do que propriamente a designação da Figueira em época mais remota. Na realidade esse foi o nome do então arraial do Peçanha que desde a sua fundação em 1758 intitulava-se Santo Antônio do Bonsucesso do Descoberto de Pessanha que, promovido a vila em 25/07/1875 sob o nome de Vila do Rio Doce, em 1881 foi elevado à cidade sob o título de Suassuhy depois Peçanha. Vila do Rio Doce, eis aí a confusão com a Figueira do Rio Doce, Santo Antônio da Figueira, Santo Antônio do Bonsucesso, etc”. São tantos os nomes que o clássico e imponente “Figueira do Rio Doce” se misturou aos demais e acabou prevalecendo em vários momentos da história. O Frei Angélico de Campora, ao abrir o livro de batismos da Paróquia de Santo Antônio de Figueira, relata que o fazia devidamente autorizado pelo Bispo de Diamantina, Dom Joaquim Silvério de Souza. Ao datar o livro, escreve: Figueira do Rio Doce, 10 de novembro de 1915. Em conversas com figueirenses que ainda residem em Governador Valadares, contando suas memórias aos mais novos, é comum ouvir a denominação informal “Figueira do Rio Doce”. Aracy Soares Cabral, filha do farmacêutico pioneiro Octávio Soares da Cunha, e nascida no distrito de Figueira, disse a este Figueira, na edição n.8, que ela e parte dos irmãos e irmãs foram estudar em Belo Horizonte, “porque aqui só havia uma escola, que se chamava Escolas Reunidas Figueira do Rio Doce”. Na verdade, o nome da escola era “Escolas Reunidas de Figueira” e que mais tarde se transformou em Grupo Escola Nelson de Sena, que ainda existe. Quem mal tem isso?Nenhum. É amor demais, apenas. Desejo de deixar o Rio Doce banhar a figueira.

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Afinal, quem foi Mundinho? Do recenseamento de 1930, que contou 2.103 habitantes, José Raymundo Fonseca foi o cidadão de número 1.492, com 16 anos de idade, era ainda um colegial. Fez parte da equipe da primeira agência bancária da Figueira, do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais, inaugurada em 01 de janeiro de 1931. Como ele mesmo se descreve, foi o pioneiro da classe de contínuos bancários desta terra. Havia recém chegado do seminário de Diamantina e, além dos serviços internos de limpeza, datilografia e outros serviços de registro manuscrito, distribuía, de bicicleta, por todo o arraial, circulares impressas que descreviam, aos possíveis correntistas, quanto renderia cada conto de réis depositado na agência. Em 1985, lançou um livro contando a história de Figueira, ou Figueira do Rio Doce, como queira, esplanada em uma prosa poética, cortada às vezes, por alguns versos, transbordando o seu amor pelo lugar. Começou a escrevê-lo depois de uma conversa com o amigo Zezé Simões, que os fez perceber o quanto sabiam e poderiam contar. A obra foi, e se conserva ainda, um importante meio de conhecimento de nossa história. Conta desde a mata virgem, habitada pelos botocudos, até a segunda metade dos anos de 1870. É histórica, poética e desperta aquela saudade que Rui Barbosa descreveu em algum momento. Saudade daquilo que não se viveu, de lugares que não se conheceu, de épocas que não se vivenciou. A cultura da época, os ciclos econômicos e as pessoas que fizeram parte desta história estão presentes nas palavras que ressaltam o vínculo afetivo do autor com a Figueira. Quando lançou a obra, Mundinho já vivia no Rio de Janeiro, e em uma das últimas páginas, deixa seu endereço. José Raymundo Fonseca nunca adotou como sua a cidade maravilhosa, tampouco assumia que era Governador Valadares, claro, ele era da Figueira. Externava à família seu desejo de, após partir, descansar seus restos mortais em sua Figueira. E seu desejo foi realizado. Obrigado, Mundinho! (Rosi Santiago)

CRONOLOGIA

FIGUEIRA DO RIO DOCE JOSÉ RAIMUNDO FONSECA

A cruz sinaliza a capelinha enquanto o trenzinho passa pela Figueira do Mundinho, banhado pelo rio que é doce, como doce é a sua alma de poeta. A foto é do Museu da Cidade, supostamente de 1915

VIVÊNCIA LEMBRANÇA SAUDADE VIDA nascida, VIDA vivida VIDA lembrada, VIDA aprendida VIDA que passa, VIDA sofrida VIDA gozada, VIDA morrida... Eis o relato, tipo bancário De um contínuo desconhecido Que desfilando em breviário Coisas do “seu velho mundo” Descreve-o enternecido No seu estilo precário Mas com amor de oriundo Que dele saiu MUNDINHO E volta JOSÉ RAYMUNDO

Tu que fostes um dia uma figueira Hoje é a mais bela entre todas as mineiras. VERSOS DE VELHO ROSA

www.minasteconline.com.br HOMENAGEM DA MINASTEC AOS 77 ANOS DE GOVERNADOR VALADARES


CIDADANIA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 29 de Janeiro a 1 de fevereiro de 2015

CARNAVAL 2015

Ombudsman José Carlos Aragão

Rosi Santiago

Não matem os terroristas Títulos: há que se tomar cuidado com eles. Títulos de notas curtas – que, justamente por serem curtas já atraem leitores mais apressados ou ansiosos – são especialmente perigosos. Porque esse tipo de leitor – que prefere ler notas curtas e dispensa os textos mais longos – também, muitas vezes, sente-se satisfeito apenas com a leitura dos títulos. Por isso, o título “Morte aos terroristas”, de uma das notas da seção Sacudindo a Figueira, da semana passada, não foi dos mais felizes. Pode dar ao leitor a falsa ideia de que essa é uma orientação ou determinação do jornal ou de quem escreve a seção. A falta de um verbo colabora, ao dar ainda um certo caráter injuntivo à frase. O teor da nota, ao contrário do que pode insinuar o dúbio título, diz exatamente que esta não seria uma solução para o enfrentamento do terror. A nota não é conclusiva, mas questionadora. Tenta provocar uma reflexão, a partir de uma voz discordante de um senso comum que parece germinar e se expandir no seio da sociedade. Por que, então, não transformar o título em uma pergunta, com a simples aposição de um ponto de interrogação ao seu final? Seria porque os manuais de redação jornalística ensinam que, em jornalismo, não devemos apresentar perguntas aos leitores, mas apenas respostas ao que ele próprio desejaria perguntar? Tudo bem: é importante seguir as normas. Tanto quanto subvertê-las, de vez em quando. Porém, todavia, contudo... “Estão na moda, mas fazem bem à saúde”. A frase é o complemento do título de uma matéria de Comportamento & Saúde, da edição passada do Figueira (página 6), sobre os benefícios dos sucos detox. Devemos depreender disso, então, que tudo que está na moda faz mal à saúde? Acho que não. Nem é essa a real intenção do título: condenar modismos. O foco da matéria são os benefícios dos tais sucos para a saúde. Fica evidente que a conjunção coordenativa adequada ao caso seria aditiva, e não adversativa. Uma ideia soma-se à outra. Não se opõe a ela, nem a exclui. Portanto, “Estão na moda e fazem bem à saúde”. Modas & modismos Se os sucos detox estão na moda, o que dizer do pau de selfie? A crônica de Gina Pagú (na mesma página 6 do Figueira passado), sobre esse picaresco artefato que potencializa ainda mais o mico de registrar em imagem qualquer besteira ou momento insignificante, é bem oportuna. Pena que não vai conseguir botar um pouco de simancol ou senso de ridículo nas cabecinhas de uma legião de inconvenientes praticantes desse tipo de crime contra a arte da fotografia... Tudo junto ou separado? Se a crônica foi feliz no tema e na crítica, pecou no uso da língua ao se referir a quem “não tem ainda afinidade se quer com os celulares modernos”. Vamos lá. Se é uma conjunção (sim, de novo as conjunções!...) que exprime várias condições de subordinação de uma oração à ação principal. Assim, pode ser classificada como temporal, condicional ou causal. Se também pode ser um pronome oblíquo, mas essa função não se aplica ao caso. Quer é o verbo querer, flexionado no presente do indicativo e cujo emprego também não se aplica à situação, quando antecedido pela conjunção se. Então, onde está o erro? Na falta do emprego do termo adequado: o advérbio sequer. Sim, ele existe, escreve-se junto e quer dizer o mesmo que a locução nem mesmo. Caindo na armadilha A imagem que ilustra a coluna D’outro lado do Atlântico, do nosso correspondente em Lisboa, José Peixe, é, muito provavelmente uma trollagem. Para quem desconhece o termo, ele pertence ao jargão das redes sociais. Serve para definir uma notícia falsa, plantada só para provocar a reação de incautos e desavisados que a tomam por verdadeira. Pois é, o Figueira mordeu a isca e pode ter sido trollado. Pois, tão logo um post com uma caricatura da Ministra da Justiça da França, Christiane Taubira, como uma macaca antropomorfizada começou a circular nas redes sociais, como se fosse uma expressão de racismo e preconceito dos editores do Charlie Hebdo, uma outra versão revelou que a caricatura foi editada e distorcida. O que seria uma crítica do Charlie Hebdo ao racismo, preconceito e xenofobia de uma publicação que apoia a extrema direita francesa, foi transformada em arma contra o próprio satírico francês. (Para conhecer a versão em detalhes: <http://www.boatos.org/noticia-falsa/mentira-charlie-hebdo-publicou-chargeracista-de-ministra-francesa.html>) . Outro dia, em uma entrada ao vivo na cobertura dos acontecimentos em Paris, uma repórter da TV Globo se desculpou por não ter mais detalhes, porque estava na rua e sem acesso à internet. Mas estava a cem metros do lugar onde as coisas estavam acontecendo!... Dois exemplos do mico a que alguns veículos se expõem, ao se pautarem apenas pelo que rola nas redes sociais. José Carlos Aragão, ombudsman do Figueira, é escritor e jornalista. Escreva para o ombudsman: redacao.figueira@gmail.com

F

O artista plástico Sérgio Cerrot integra o grupo de artistas que criam os bonecos do carnaval de Valadares. Um destes bonecos é o “Boi Figueira”.

O carnaval dos bonecos de Figueira Rosi Santiago / Especial

Uma tradição nascida em algumas cidades mineiras como Belo Horizonte, Ponte Nova e Mariana e que se estendeu até Governador Valadares é a homenagem pós-morte dos membros de grupos carnavalescos. Em nossa cidade, os artistas são eternizados pelas mãos de seus companheiros, nos bonecos de Figueira. Este ano, o homenageado será o Mestre Buti, cujo nome era José Auxilium de Figueiredo, falecido no ano passado. Seu boneco nascerá da arte do artista plástico Epaminondas, que fez questão de honrar o amigo. Na época de ouro do carnaval valadarense, ele ganhou na categoria de mestre de bateria, 22 das 25 competições em que participou. Valadares tinha um dos melhores carnavais mineiros e Mestre Buti foi um grande incentivador. Carioca, o mestre trazia de sua terra natal os tecidos, as alegorias e os instrumentos quebrados, que não seriam mais utilizados no Rio de Janeiro. Aqui, fazia melhorias e consertos para enriquecer o nosso carnaval. Participava da extinta escola de samba Milionários do Ritmo, e depois que deixou o carnaval, formou grupo o GV Samba, também conhecido como “a velha guarda”, que toca até hoje. Há seis anos, um grupo de amigos que se reunia na casa do Sr. Laércio, o Lalá, para tomar cerveja, cozinhar e jogar conversa fora, resolveu fazer uma brincadeira pouco antes do carnaval. Em homenagem à iguaria servida nestes encontros, conhecida popularmente como “feijão gordo” e, ironicamente, chamado

pelo grupo de trupico, nasceu o bloco Trupico do Lalá. Com a intenção de resgatar a tradição do carnaval de rua, com marchinhas, samba-enredo e marchas-rancho, levando alegria aos foliões valadarenses, o bloco cresceu e a estimativa de participantes é grande. Neste ano, o Trupico do Lalá se reunirá com os foliões no dia 7 de fevereiro na Avenida Rio Doce, próximo à igreja Moriá, a partir das 14 horas. Paralelamente a este encontro, o bloco Buti, interligado ao Trupico do Lalá, fará a homenagem ao Mestre Buti no bar do Fofão, com a presença das filhas e viúva, e a banda GV Samba. Logo, os dois grupos se encontrarão e formarão um grande bloco. O primeiro homenageado foi o professor Fernandão, que participava da coordenação do bloco. Também no desfile há outros bonecos como o Lalá, que abre o desfile. O estandarte do Boi Figueira foi desenhado por Epaminondas, com as alegorias do também artista plástico Sérgio Cerrot. O Boi Figueira é uma versão valadarense do Boi Bumbá e conta a história da nossa cidade. “O nosso carnaval tem sido resgatado em outros bairros, como o Carapina, que criou seu bloco no mesmo ano que o Trupico do Lalá, com o nome de Carnapina”, explica Sérgio Cerrot, um dos integrantes do grupo de artistas bonequeiros. Para Cerrot é assim que deve ser, emergir do povo, pois esta festa representa a cultura popular.

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GERAL

KIÉM EREHÉ Geilson Krenak

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Povo Krenak encontra peixes mortos boiando no Rio Doce Povo Krenak

Krenak mostra o tamanho do peixe encontrado morto e boiando nas águas do Rio Doce. Quase três palmos de comprimento. Vários, deste tamanho, boiavam no rio

está podre? O tempo quente, de manhã, à tarde, à noite, o sol no céu é fogo. O rio limpo é vida para o índio Krenak, olha para cima, o trovão, cadê a terra molhada? O sol assopra fogo, o homem branco teimoso faz o rio, a terra, a floresta doentes.” . O povo Krenak espera e acredita que as autoridades competentes venham juntamente com especialistas estudar a mortandade dos peixes do rio Doce, fato ocorrido inexplicavelmente nos últimos dias. Além disto, vale aproveitar o momento e cobrar o tratamento de esgoto que é lançado no rio Doce por várias cidades de Minas Gerais. Para se ter ideia, estudos apontam o rio Doce entre os 10 rios mais poluídos do Brasil, e mesmo com tanto desrespeito e descaso com o nosso rio, não se pode negar que ele é de grande potencial para sobrevivência de milhares de pessoas que vivem às suas margens. Oh! Meu rio Doce...

¬EDITAL DE CONVOCAÇÃO

I. Fica definido o dia 01 de março de 2015 para eleição, no período de 08 às 17 horas, em escrutínio secreto, caso haja mais de uma chapa concorrendo ao cargo, no seguinte endereço: Avenida Hum, nº 235, Sede da Associação Comunitária do Bairro Santa Paula. II. A (s) chapa (s) deverá (ão) ser (em) composta (s) de candidato (s) a PRESIDENTE, VICE-PRESIDENTE, PRIMEIRO E SEGUNDO SECRETÁRIO, PRIMEIRO E SEGUNDO TESOUREIRO, DIRETOR SOCIAL E ESPORTIVO, 03 (três) membros para o CONSELHO FISCAL e 03 (três) membros para o CONSELHO DELIBERATIVO. Os candidatos deverão ser moradores do bairro Santa Paula. III. Para o registro das (s) chapa (s) basta a apresentação do oficio, em duas vias, ao presidente do Conselho Deliberativo, requerendo registro da chapa até o dia 14/02/2015, até as 12 horas, constando os nomes dos candidatos, os cargos a eles destinados e o endereço de cada membro. O ofício deverá ser assinado pelo candidato à presidente. A segunda via será destinada a chapa para comprovação do feito. IV. No caso de duas ou mais chapas concorrentes cada uma deverá nomear dois fiscais para cada uma, sendo uma para a sala de votação e outro para a parte externa da sala de votação. Alguma possível ocorrência deverá ser comunicada por escrito ao Conselho Deliberativo, em duas vias, para que possa ser tomada a devida providencia pelo mesmo, com rigor necessário. Poderão votar todos os sócios e moradores do bairro Santa Paula.

VI. No caso de chapa única, fica determinada convocação para Assembléia Geral no dia 01 de março de 2015, às 16 horas, para aclamação e posse. O evento se realizará na sede da Creche Criança Sorriso, à Rua Darcy Martins dos Santos, 389, Santa Paula. No caso de mais de uma chapa, a posse as dará no prazo de 30 dias da eleição. VII. Reunião com chapas concorrentes (caso houver mais de uma) no dia 23 de fevereiro de 2015, às 14 horas na sede da entidade para assuntos pendentes e que deverão ser solucionados no mesmo dia, relatados em ata as decisões tomadas e assinadas pelos presentes. VIII. O Conselho Deliberativo foi eleito em assembléia Geral e será capaz de resolver qualquer pendência e as chapas inscritas são sabedoras disto e a nomeia para qualquer fato ou caso por ventura venha ocorrer durante o período eleitoral, sob pena de cassação do registro. Governador Valadares, 23 de janeiro de 2015. Eliel Gonzaga Conselho Deliberativo

.. Deposito em suas águas meu grande segredo Parto pra cruzar fronteiras, engrossar fileiras. Compor meu enredo Deixo suas margens ricas sob a sombra lírica da Ibituruna Una, pobre sabiá que perdeu seu canto de frases ligeiras Por ver se apagar a ilusão ardente Tão inconseqüente da paixão primeira Oh! Meu Rio Doce, doce são os seios da morena flor Cor do seu Ipê Que vive sob as gameleiras, pés de jenipapo Junto de você Leva essa morena no seu leito manso Faz o seu remanso se vestir de azul Que eu tô levando a minha mocidade Pras velhas cidades e praias do sul Tô levando a minha mocidade pras velhas cidades E praias do sul ... ( Zé Geraldo)

ECOS DE PALMARES

Conforme artigo 42 do estatuto da Associação Comunitária do Bairro Santa Paula, o Conselho Deliberativo, convoca a todos os sócios e moradores do bairro Santa Paula, maiores de 16 anos, a participar do processo eleitoral procedendo da seguinte forma:

V.

Rio Doce

O povo Krenak, que vive as margens do rio Doce, no município de Resplendor, tem sofrido com a falta de chuvas, que por sua vez tem acarretado uma seca horrenda dentro da aldeia nos últimos dias. Ao que se sabe, é incontável o número de animais que está morrendo por falta de água, comida e sombra fresca. Para piorar a situação, os peixes do rio doce que são parte da culinária Krenak desde tempos imemoráveis, têm aparecido mortos boiando em grande quantidade no rio Doce. Os Krenak estão preocupados com a seca na aldeia e principalmente com a situação das águas do rio, que nos últimos dias tem apresentado cheiro forte e cor esverdeada. Girley Krenak, que é agrônomo e índio da aldeia, está muito preocupado com a situação, uma vez que praticamente todos dependem do rio para sobreviver: “Estamos muito preocupados, os animais estão morrendo sem ter o que comer, falta água, falta sombra fresca e comida suficiente. Os afluentes do rio doce estão secando e parte deles está com um volume muito abaixo do normal. Já a situação do rio Doce está crítica, os peixes estão morrendo e não sabemos qual o motivo. Alguém precisa tomar providências e a meu ver precisamos cuidar melhor do nosso rio Doce, ou vai virar um esgoto a céu aberto”. Luzia Krenak, liderança entre as mulheres, é apreciadora de peixes pescados no rio Doce desde quando se entende por gente. Ela também está preocupada com a seca e a mortandade de peixes, tanto que deixou uma linda mensagem para este figueira: “Minhãn putik uatu. Borum, irnon bok iokiek te kom iagi kuram, uatu minhãn uãm. Tepó ithá, tembram, Teram, ambim, tepó taru thombék. Uatu kurin borum, pauí akãn, tekrín, Nak rinhont. Tepó, thombek aku, kraí girun karná uatu, nak, Numãt mão-mão.” TRADUÇÃO:” Pouca água no rio Doce. Como o índio Krenak vai pescar? Eu queria saber, porque a água do rio Doce

Abel Gonçalves Gomes Conselho Deliberativo

Hamilton Ribeiro Lopes Conselho Deliberativo

O racismo institucional II Ana Afro

“O racismo institucional ou sistêmico opera de forma a induzir, manter e condicionar a organização e a ação do Estado, suas instituições e políticas públicas – atuando também nas instituições privadas, produzindo e reproduzindo a hierarquia racial.“ Essa atitude está enraizada na sociedade há muito tempo e principalmente na sociedade brasileira. As instituições veem o racismo com naturalidade, o que é “chamado naturalização do erro”. É visto como muito normal que umas pessoas sejam tratadas de forma diferente das outras, principalmente no serviço público. Todo cidadão tem o direito a receber os serviços pelos quais paga com seus impostos, no entanto não é o que acontece. Dizem que no Brasil não existe racismo e por isso é tão difícil o seu combate e a igualdade de direitos para todos e todas. Mas, o lugar onde se vê mais representada a prática do racismo são as instituições públicas. Nelas, tanto os agentes, quanto os usuários desse serviço sofrem racismo e tantos outros preconceitos. Nas repartições, vemos a diferença gritante entre negros e não negros. “Normalmente”, veem-se os negros em funções subalternas e quando têm uma função superior são facilmente confundidos com o(a) faxineiro(a), não que essa seja uma função pior que as outras, mas ela não pode ser tida como função exclusiva de negros, pois não é.

Ana Aparecida Souza de Jesus, Ana Afro, é pedagoga, especialista em Gênero, Raça e Diversidade na Escola (UFMG), ativista do Movimento Negro e da Pastoral Afro Brasileira. É membro do Cicon- GV – Conselho de Integração da Comunidade Negra de Governador Valadares.


CORRESPONDENTES

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FIGUEIRA - Fim de semana de 29 de Janeiro a 1 de fevereiro de 2015

D’outro lado do Atlântico José Peixe / De Lisboa

Eleitores gregos dão vitória à extrema esquerda e põem União Europeia numa situação delicada O Syriza (partido de extrema esquerda grego) liderada por Alexis Tsipras, venceu as eleições legislativas com maioria relativa, que tiveram lugar no domingo passado na Grécia, deixando os líderes da Europa Central numa situação bem complicada. E resta saber o que se vai passar na União Europeia a partir de agora. É que no domingo à noite, o líder do Syriza não esteve com grandes hesitações políticas, propondo uma aliança com o partido Gregos Independentes, liderado por Panos Kammenos. Um partido de direita criado em 2012, mas que permite levar por diante as novas políticas gregas face à União Europeia. No domingo à noite, depois de se saber da vitória de Alexis Tsipras e do Syriza, milhares de cidadãos gregos saíram à rua com cartazes escritos em alemão dizendo o seguinte: “Está uma noite linda, senhora Merkel. Adeus União Europeia”. O que obrigou muitos líderes europeus a refletir sobre as medidas a tomar com o novo governo grego. Uma coisa é certa, a vitória do Syriza pode significar um ponto de virada para a política europeia, que nos últimos tempos tem sacrificado os chamados países Mediterrânicos (Grécia, Itália, Espanha, Portugal e até a própria França). Chegou o momento de os Estados membros debaterem com seriedade a dívida pública dos países mais endividados. E Alexis Tsipras já disse mais do que uma vez que se for necessário a Grécia sai da União Europeia. “A vitória do Syriza foi muito relevante para toda a Europa. Alexis Tsipras tem tomado uma posição política inteligente ao colocar os problemas gregos de uma forma europeia e que é partilhada pela maioria dos países mais fracos economicamente, como é o caso de Portugal”, disse o secretário nacional do Partido Socialista português, João Galamba. Eduardo Cabrita, presidente da comissão de Orçamento e Finanças no parlamento português foi muito claro sobre o que poderá acontecer na União Europeia com esta vitória da extrema esquerda na Grécia: “O que é fundamental é ter uma estratégia concertada com alguns países que estão passando pelos mesmos problemas dos gregos como é o caso da Espanha, Itália, Portugal ou Irlanda e que se apoie o que está a mudando

Euronews

no plano europeu”. A postura política de Alexis Tsipras (e que é apoiada por muitos políticos europeus!) é de que se organize uma cimeira europeia especial para debater a dívida pública dos Estados Europeus, principalmente, aqueles que passaram por programas de ajustamento econômico e que estão vivendo momentos muito difíceis. Com níveis de desemprego assustadores. Uma austeridade de que não existe memória. E com uma sociedade de tal forma detonada que nem se consegue perceber como vai terminar esta situação. O ministro das Finanças irlandês, Michael Nooman, já disse que estava de acordo com o seu homólogo francês, Michel Sapin quando afirmou ao jornal “Financial Times” que “os líderes europeus devem respeitar o novo primeiro ministro grego e preparar-se para a mesa das negociações, porque o mais importante é manter a estabilidade da zona do euro”. Ideia essa que não é muito bem vista pela chanceler alemã, Angela Merkel nem pela presidente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde. Se refletirmos um pouco, percebemos que “o plano Juncker não aconteceu por acaso. Ao substituir o português José Manuel Durão Barroso na presidência da União Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Juncker avanço com um pacote de investimentos para a Europa, demonstrando que a política é abandonar aos poucos a austeridade pura e dura. Ideia que não agrada aos germânicos. Alexis Tsipras acaba por ser o filho político dessa Europa austera. Ele não é eleito primeiro ministro da Grécia por acaso. O eleitorado grego acredita que este jovem engenheiro de 40 anos, formado na Universidade de Atenas, vai conseguir fazer frente à Alemanha e demonstrar que sem um perdão da dívida grega e de outros países mediterrânicos, não haverá tranquilidade política na União Europeia nem estabilidade na zona euro. Na terça feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, na sua mensagem de felicitações a Alexis Tsipras, que na segunda feira assumiu as funções de primeiro ministro da Grécia limitou-se a escrever o seguinte: “Desejo-lhe muita força e sucesso no seu trabalho futuro como primeiro ministro, pois é um cargo de grande responsabilidade e numa altura muito difícil”. Mas Merkel não ficou apenas por aqui. “Espero que se fortaleça a cooperação com o seu governo e que se aprofunde a amizade entre os nossos povos, tradicionalmente uma amizade boa e profunda”, afirmou Angela Merkel. A técnica política de Merkel é apaziguar os ânimos dos novos gover-

Divulgação

O artista plástico Carlos Bracher, ao lado de uma de suas obras

Artes e história

140 anos de Estadão – Neste mês o jornal ‘O Estado de São Paulo’ comemora 140 anos. A primeira edição, em 4 de janeiro de 1875, contava com quatro páginas. Nos primeiros anos, ainda nos tempo do Brasil Império, a publicação chamava-se ‘A Província de São Paulo’. Dig-

José Valentim Peixe é jornalista profissional (C.P 1040) e doutor em Comunicação

Nicomedes Cornélio

Marcos Imbrizi / De São Paulo

Fundação Clovis Salgado – A Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte, está com inscrições abertas para a ocupação de suas galerias para o ano de 2015. O objetivo é estimular a nova produção nas artes visuais em âmbito nacional. Serão selecionados três trabalhos que participarão de exposições nos meses de abril e maio. Podem participar artistas e coletivos do Brasil e do exterior. As inscrições podem se feitas até 9 de fevereiro. Cada exposição coletiva selecionada receberá R$ 5.500,00, e as individuais, R$ 4 mil. A fundação oferece ainda acompanhamento e produção na montagem e divulgação das exposições, além do transporte, montagem das obras expostas, programa educativo e publicação de catálogo. O edital e mais informações sobre o processo estão disponíveis em http:// fcs.mg.gov.br/banco-de-noticias/edital-ocupacao-das-galerias-do-palacio-das-artes/.

nantes gregos. Mas convém recordar que na noite da vitória Alexis Tsipras foi muito claro na sua primeira intervenção: “A era da troika acabou. Não haverá nenhum embate desastroso com os nossos credores, mas a Grécia também não se vai curvar às exigências deles. A grande prioridade do Syriza será curar as feridas provocadas pela crise econômica, o desemprego e austeridade. Queremos devolver a dignidade à Grécia e aos seus cidadãos. A vitória do Syriza é dos povos da Europa e também a derrota das elites e dos oligarcas”. E foi este discurso que agradou a muitos políticos e cidadãos dos países Mediterrânicos. Agora resta saber é se Alexis Tsipras e os seus ministros não se deixam manipular pelos tecnocratas de Bruxelas e de Berlim. Uma coisa é certa, o novo primeiro ministro mal tomou posse, dirigiu-se ao Memorial da Resistência Nacional em Kaisariani, Atenas, para deixar umas rosas vermelhas. Este memorial presta homenagem aos 200 gregos que goram mortos na Segunda Guerra Mundial pelas tropas nazis. Um ato que foi encarado pela imprensa internacional como um desafio à Alemanha. E Angela Merkel percebeu qual era a mensagem do novo primeiro ministro grego.

Seu Direito

Café com Leite

Carlos Bracher em São Paulo – Depois de passar por Belo Horizonte é a vez do público paulista conferir a exposição ‘Bracher - Pintura e Permanência’, com trabalhos do pintor mineiro Carlos Bracher, um dos mestres brasileiros no domínio da pintura a óleo sobre tela. Além de 86 quadros também compõe a mostra, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, um vídeo-documentário sobre o artista. No dia 11 de fevereiro Carlos Bracher fará uma performance ao vivo, na qual o público poderá conferir seu processo de criação através de performance e intervenção com pintura ao vivo de uma personalidade homenageada. Visitas até 2 de março, com entrada franca.

O primeiro ato oficial de Alexis Tsipras foi homenagear os resistentes gregos mortos pelas tropas nazis

no representante da então elite cafeeira paulista, o jornal recebeu seu atual nome coma proclamação da República, da qual era defensor. Para celebrar a data, o vídeo ‘A história do jornal, a história no jornal’, em oito capítulos, resgata alguns dos principais momentos destes 140 anos. Alguns dos destaques são as reportagens de Euclides da Cunha, que deram origem ao clássico ‘Os Sertões’ e as receitas publicadas no lugar das reportagens censuradas durante a ditadura militar, que ironicamente, o jornal ajudou a implantar. Vale lembrar também a história que a numeração do jornal não leva em conta o período em que a publicação ficou sob a censura do Estado Novo de Getúlio Vargas. O vídeo está disponível em http://infograficos. estadao.com.br/public/especiais/estadao-140-anos/ A outra estrada real – Artigo da Revista de História publicada em dezembro passado trata da recente redescoberta de um trecho da Estrada Real aberta por determinação do príncipe regente Dom João no período em que a produção de ouro nas Minas Gerais entra em decadência. O trecho, conhecido como São Pedro de Alcântara, foi concluído em 1816 para ligar Ouro Preto a Vitória, num total de 575 quilômetros. De acordo com o texto, o antigo caminho é acompanhado de forma quase paralela pela atual rodovia BR-262, da capital capixaba até Rio Casca (MG). E de Rio Casca a Ouro Preto é margeado por uma rodovia estadual. O texto completo está disponível em http:// www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/aoutra-estrada-real.

Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor de rádios livres.

Aviso prévio Com a publicação da Lei 12.506 em 13/10/2011, passou a vigorar a nova regra de concessão do aviso prévio, para os trabalhadores que tenham tempo de serviço na mesma empresa, por prazo superior a um ano. A Lei 12.506/2011 assegura que o trabalhador com até um ano de emprego que for dispensado sem justa causa tem direito a 30 dias de aviso prévio, ou indenização correspondente, sendo que esse tempo será aumentado em 3 dias para cada ano adicional de serviço prestado, até o limite de 60 dias de acréscimo, perfazendo o total no máximo de 90 dias de aviso prévio . Quanto aos trabalhadores com tempo de serviço de até um ano na mesma empresa, nada mudou, permanece a garantia de aviso prévio de 30 dias, com previsão anterior contida no art.487, II da CLT. Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o aviso prévio proporcional, já era direito assegurado constitucionalmente aos trabalhadores, elencado no art. 7º, XXI. Aviso prévio de no mínimo de 30 dias, porém, dependia de regulamentação por lei ordinária, que somente após vinte e três anos da promulgação da carta constitucional de 1988, veio regulamentar, o direito ao aviso prévio proporcional por tempo de serviço (Lei 12.506/2011). Com o advento da Lei 12.506/2011, alterou o regime do aviso prévio de 30 dias previsto no art. 487, II da Consolidação das Leis do Trabalho. Assim passando a vigorar então o aviso prévio proporcional, forma variável a proporcionalidade por tempo de serviço prestado ao mesmo empregador. Como forma de contrapartida ao tempo de serviço que o trabalhador dedicou ao empregador por um período substancial de sua vida. A citada Lei Regulamentadora do aviso prévio proporcional por tempo de serviço, está em vigor desde sua publicação no dia de 13 de outubro de 2011. Com isso vem causando diversas polêmicas em relação à interpretação quanto a aplicação prática. Como exemplo, não esclareceu seaviso prévio proporcional nela previsto é direito apenas do empregado ou também do empregador, nos casos de rescisão imotivada do contrato de trabalho. Titular do Direito ao aviso prévio proporcional. Apesar, da Lei não trazer os esclarecimentos necessários quanto aplicabilidade prática do aviso prévio proporcional, causando com isso, diversas interpretações. Porém, com fulcro no art. 7º, XXI da Carta Constitucional de 1988, que garantiu aos trabalhadores ao direito ao aviso prévio proporcional por tempo de serviço, é possível, dizer sem margem de dúvida, que o aviso proporcional por tempo de serviço regulamentado pela Lei. 12.506/2011 é aplicado restritamente em beneficio somente do empregado. O Art. 1º da Lei 12.506 de 11 de outubro de 2011 é cristalino, não dá vazão a interpretação adversa, afirma que será concedido aos empregados: Art.1º. O aviso prévio, de que trata o Capitulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias. Empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.Voltando a Lei 12.506/2011 onde prevê que o trabalhador com até um ano de emprego que for dispensado sem justa causa tem direito a 30 dias de aviso prévio, ou indenização correspondente, sendo que esse tempo será acrescido em 3 dias para cada ano adicional de serviço prestado, até o limite de 60 dias de acréscimo, máximo de 90 dias de aviso prévio no total. É importante esclarecer, que os pontos divergentes sobre o regime de aviso prévio proporcional ao tempo de serviços, traz diversas interpretações. Vez que, a citada Lei do aviso prévio proporcional, não trouxe esclarecimentos necessários às diversas implicações legais concernentes da aplicação pratica. Assim, enquanto a Jurisprudência do TST não pacificar o entendimento da regra de aplicação prática do aviso prévio proporcional, certamente, permanecerão as polêmicas em torno da aplicação do referido aviso prévio. Por último, apesar de a doutrina convergir em muitos pontos interpretativos da nova lei e do MTE já possuir diretiva interna sobre o tema, somente teremos esclarecidas as questões aqui apresentadas pela da análise do Judiciário, por meio da solução de conflitos concretos envolvendo a aplicação nos contratos de trabalho do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço. NICOMEDES CORNELIO DO NASCIMENTO NETO é Advogado OAB/MG- 99622- Especializado: Em Direito e Processo do Trabalho


CULTURA E ESPORTE 11

FIGUEIRA - Fim de semana de 29 de Janeiro a 1 de fevereiro de 2015

Histórias que a bola não conta Hadson Santiago

Orgulho de ser valadarense e democratense Arquivo Hadson Santiago

Este Figueira circula num final de semana importante para a cidade de Governador Valadares. Na sexta-feira, 30 de janeiro, o município comemora 77 anos de emancipação política, enquanto no domingo, 1º de fevereiro, o EC Democrata, um dos símbolos da cidade, retorna à Primeira Divisão do Campeonato Mineiro e enfrenta o Cruzeiro no Estádio José Mammoud Abbas. A cidade estará duplamente em festa. Sou valadarense de nascimento e tenho orgulho da minha terra. Mas, claro, gostaria que muitas coisas melhorassem. A cidade é a extensão da nossa casa, é o nosso lar coletivo. Precisamos tratá-la melhor, com carinho, dedicação e, acima de tudo, honestidade. Durante anos o município foi comandado por oligarquias que se sentiam no direito de fazer o que bem queriam. Chega! Cada um deve fazer a sua parte e buscar a excelência, sempre. Apesar de economicamente pobre, Governador Valadares é conhecida e respeitada em todo o país. Já pensou se fôssemos uma cidade moderna, segura, limpa, com uma população capacitada profissionalmente e com serviços públicos funcionando perfeitamente? Estaríamos no paraíso, é verdade, pois belezas naturais não nos faltam, além de muita disposição para o labor. É uma pena que estamos a cada dia perdendo oportunidades, tempo e pessoas. Quantos valadarenses não vão tentar a sorte em outras paragens por falta de oportunidades aqui? Precisamos cuidar mais da nossa Princesinha do Vale, pois muitos já sugaram Geraldão e Tião, dois valadarenses no futebol do Brasil todas as suas forças. É hora de ajudar a construir o futuro da eterna Figueira do Rio Doce. brasileiros e, posteriormente, consolidou sua carreira em Portugal, O futebol é uma dessas riquezas da cidade. Quiçá uma das de onde nunca mais saiu. O que dizer, então, dos irmãos Dutra, poucas diversões do valadarense. Muitos criticam e poucos aju- Geraldão e Tião, valadarenses que atuaram no Cruzeiro e tiveram dam. Será que cidadãos que vivem aqui, que tiram o sustento do carreiras brilhantes? Tião, o mais velho, atuou também no Flamenchão valadarense e que aqui geraram seus rebentos vão torcer go-RJ, ao lado de Zico, e no Democrata. Geraldão fez ainda mais contra o Democrata no domingo? Não posso acreditar, mas é uma sucesso. Chegou à Seleção Brasileira, jogou na Europa e em outros triste realidade... clubes brasileiros. Safra de grandes jogadores. Deste chão jorraram craques da mais alta estirpe, jogadores Por isso, caro leitor, valorizemos nossa cidade e nosso cluque levaram o nome de Governador Valadares para os quatro can- be profissional. A terra de Serra Lima, e que um dia abrigou o tos do planeta. Não podemos nos esquecer, por exemplo, de Ma- fantástico CA Pastoril, merece ser acariciada com o mais sincero teus, ágil meio-campo do Democrata, autor do gol histórico contra sentimento de respeito. Tenhamos orgulho desse chão. Governaa Esportiva de Guaxupé (MG) que deu o acesso ao Campeonato dor Valadares e o Esporte Clube Democrata fazem parte de nossa Mineiro de 1979. O valadarense Mateus brilhou, depois, no Joinvil- casa. Vamos defendê-los com unhas e dentes. le (SC), Sampaio Correa (MA) e Anapolina (GO). Outro filho da terra a marcar época foi Gilson Pagani, zagueiro clássico e de técnica Hadson Santiago Farias é cruzeirense da velha guarda e demorefinada. Da Pantera foi jogar no Santos, passou por outros clubes cratense desde o dia em que nasceu.

Canto do Galo Rosalva Luciano

Parabéns, comandante! Vem, vem, vem, que daqui para frente é só Galo! Semana passada, acompanhando uma pesquisa, num canal pago e especializado em esportes, sobre a possível performance de times brasileiros nos campeonatos a serem disputados, fiquei até animada. Da parte dos internautas e dos especialistas no assunto, o apontamento era quase que total para o equilibrado time Atlético Mineiro. Principalmente, para a disputa mais importante do futebol das Américas, a Copa Libertadores. Partipava o técnico Levir Culpi que na sua competência para se esquivar das pressões, acabou concordando: “terminamos o ano bem e com um futebol convicente. Preservamos quase o elenco todo, peça importante se foi, mas outras vieram”. Assim ele deixa bem claro onde está a sua confiança. Quem foi ao Indepedência ver a ótima partida do Galo contra Shakthtar Donetsk, da Ucrânia, tem que pelo menos concordar com o Levi. Valeu a pena, foi bonito ver um time com tanta vontade. Lucas Pratto entrou no lugar certinho que estava reservado para ele. Parecia velho de batalha ali na frente de luta. Encantou a torcida e quando isto acontece a torcida do Galo corresponde e faz chover nestes tempos áridos em que estamos. Chove aqui, chove no deserto, derretem altas montanhas. Ela faz simplesmente o jogador virar vitrine. Com o futebol mostrado na primeira partida da pré-temporada, primeira do ano, com um volume de jogo quase inacreditável, uma rapidez ilógica para o contexto e se puderem somar treinamentos táticos, o resultado pode ser promissor. Temos números suficientes de pés competentes, temos a vontade de sempre mais, temos sangue alvinegro transfundido nas artérias dos jogadores. Eu confesso estar animadíssima. Quero ainda continuar falando sobre o Levir Culpi. As pessoas são o que são e por muitas vezes eu já falei que o dinheiro não prioriza nada na vida. Sei também e concordo, sei que é necessária uma boa situação, estarmos endinheira-

dos para sorrirmos melhor. É certo que no caso específico do técnico este fator já não é tão importante. Ele fez por merecer o que conseguiu na vida profissional. O dinheiro não chegou e caiu com facilidade simplesmente por ser a pessoa que é e pelo trabalho que executa, muitos tentaram e não conseguiram. Trabalhou muito, fez da sua vida o futebol, enfim estes escritos são apenas para registrar o meu apreço por uma atitude inusitada no meio financista que é o futebol. Levir dividiu com os funcionários do Atlético o que mereceu ganhar em dinheiro pelo título da Copa do Brasil. “Essa notícia eu não sei de onde saiu, é uma coisa interna. Mas foi isso, nós vencemos a Copa do Brasil e dividimos o prêmio com todo mundo. A alegria que eles me proporcionaram não tem dinheiro que pague. Então, fiquei muito agradecido, pois ninguém ganha sozinho. E nós comemoramos juntos”. Precisa mais alguma coisa depois destas palavras? Parabéns comandante! Estamos na semana em que começamos a pensar no nosso mais importante campeonato de futebol profissional. O Campeonato Mineiro, com tantos nomes pejorativos é o charme dos nossos campos. Gosto de ver misturados com os times da capital os times das cidades que são também da minha amada Minas Gerais. Umas eu conheço, outras não, de umas ficou vontade de voltar, de outras fica vontade de conhecer. O mais legal é que várias camisas estarão desfilando em disputa de um venerado futebol. Que venha o Campeonato Mineiro. Uma feliz competição a todos.

Rosalva Campos Luciano é professora e apaixonadamente atleticana.

Levir Culpi, em foto da fanpage do Galo

TOME NOTA

Aniversário da Cidade abre o calendário de feriados prolongados Em Governador Valadares, o calendário de feriados prolongados que abre o ano é o dia 30 de janeiro, Aniversário da Cidade, a ser comemorado nesta sexta-feira. A Convenção Coletiva de Trabalho (C.C.T) em vigor firmada entre o Sindicomércio com o Sindicado dos Empregados no Comércio de Governador Valadares (Secom) permite que alguns segmentos possam abrir às portas de 8h às 14h, são eles: Supermercados, Hipermercados, Mercearias, Armazéns, Açougues e Hortifrutigranjeiros. Além desses, os estabelecimentos de Farmácias e Drogarias, que funcionam em regime de plantão e obedecem a Lei Federal nº 5.991/73, artigo 56, estão autorizados a funcionar de 8h às 22h. Quanto às demais empresas do comércio são vedadas o funcionamento. Para proporcionar um equilíbrio no faturamento este ano, em razão dos nove feriados nacionais que caem em dias úteis, o Sindicomércio Governador Valadares orienta aos empresários que se programem e invistam em estratégias de vendas antes e depois dos feriados prolongados, podendo utilizá-los para potencializar as vendas. (Fonte: Sindicomércio).

OAB-GV lança campanha para doação de sangue A 43ª Subseção da OAB lançou na quarta-feira uma campanha incentivando a doação de sangue. A frase “Todos têm direito da defesa. Todos têm direito a vida. Pegue essa causa”, estampa a página inicial do site da OAB, junto às especificações de como doar. O presidente da OAB em Valadares, Elias Souto, afirma que a ideia partiu da necessidade em que o Hemominas se encontra. “Ficamos sabendo que nesta época do ano as doações diminuem significativamente e pensamos fazer esta campanha” explica. Elias espera que os colegas de profissão se sensibilizem com a campanha e “colaborem para que possamos superar o volume de litros necessário para a reposição”. Para doar, a pessoa deve procurar o Hemocentro Regional de Governador Valadares. Rua Barão do Rio Branco, Nº 707 – Centro, em frente ao Hospital São Lucas.


FUTEBOL

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FIGUEIRA - Fim de semana de 29 de Janeiro a 1 de fevereiro de 2015

PARABÉNS, GOVERNADOR VALADARES - 77 ANOS DE VIDA

x SPORT CLUB DEMOCRATA

SOCIETÁ SPORTIVA PALESTRA ITÁLIA

Democrata da Figueira enfrenta o Palestra Itália, de Belo Horizonte Jogo acontece neste domingo, às 19h30, no Estádio José Mammoud Abbas, e marca a estreia do time figueirense no Campeonato Mineiro Tim Filho / Repórter Se a partida deste domingo, válida pela primeira rodada do Campeonato Mineiro, fosse disputada em 1932, ou em alguma edição deste campeonato entre 1932 e 1938, o Sport Club Democrata iria representar a cidade de Peçanha, da região centro-nordeste de Minas Gerais. Mas os figueirenses, orgulhosos do lugar onde moram, iriam contestar esta representação, afinal, o Democrata não é de Peçanha, é da Figueira. Figueira era distrito de Peçanha. Era um lugarejo empoeirado, localizado às margens do Rio Doce, de frente para uma montanha gigantesca, a Ibituruna, e tinha o melhor futebol da região, com o Flamengo Football Club e Sport Club Democrata. Nesta época, em Belo Horizonte, capital do estado, um clube se destacava nos primórdios do futebol da capital, junto com o Clube Atlético Mineiro e o América Futebol Clube. O nome do clube era Societá Sportiva Palestra Itália. Logo, se o Sport Club Democrata fosse enfrentar o Palestra, o jogo seria anunciado como o duelo espetacular dos craques do Democrata da Figueira, contra os geniais rapazes palestrinos. O tempo passou, Figueira se emacipou de Peçanha, em 30 de janeiro de 1938, e em dezembro do mesmo ano, trocou de nome: passou a se chamar Governador Valadares. O Palestra virou Cruzeiro e o Democrata aportuguesou a grafia do seu nome para Esporte Clube Democrata. De volta ao presente Sim, leitor e leitora do Figueira. Não considere esta abertura estranha, afinal, trata-se de algumas curiosidades sobre Democrata e sobre o Cruzeiro, dois tradicionais clubes de futebol do nosso estado. Deixando o passado de lado, o jogo deste domingo é outra história. Estamos em 2015 e o Democrata vai enfrentar neste domingo, nada mais, nada menos que o Cruzeiro, bicampeão brasileiro, e melhor do time do Brasil na atualidade. Dá medo? Desencoraja? De forma alguma. O técnico Gilmar Estevam considera o Cruzeiro o melhor, porque o time de Marcelo Oliveira provou isso por dois anos consecutivos, mas é enfático: “vamos jogar pra ganhar, caso contrário nem deveríamos entrar em campo”. A confiança de Gilmar é grande. Ele conhece bem o Campeonato Mineiro, afinal, em 1991, marcou 14 gols neste campeonato, vestindo a camisa do Democrata. Sagrou-se vice-campeão mineiro e foi o artilheiro da competição. E seguindo a filosofia contemporânea do técnico do São Paulo, Muricy Ramalho (Futebol é trabalho, meu filho!), Gilmar e sua Comissão Técnica trabalharam muito antes da estreia. Foram dois meses de preparação. O técnico da Pantera montou uma equipe vencedora, tendo como base a equipe que subiu do Módulo II para o Módulo I do Campeonato Mineiro. É “a família Democrata”, citada frequentemente pelo capitão Jadson.

Rubens Júnior ECD

Desta “família”, permaneceram: Fábio Noronha, Eduardo e Matheus (goleiros), Douglas, Jadson, Rodrigo Lima, Denilson, Flávio Lopes, Júlio César , Rubinei (defensores), Wanderson e Rodrigão (atacantes). A eles se juntaram outros reforços (ver quadro nesta página), que trabalharam muito nesta fase preparatória e estão prontos para a estreia. Na pré-temporada, o Democrata jogou duas vezes contra o Real Noroeste Capixaba. Perdeu a primeira por 3 x 2 e ganhou a segunda, por 2 x 1. Na sequência, o Democrata foi a Muriaé e empatou com o Nacional em 1 x 1. E no fechamento desta fase de amistosos, empatou em 1 x 1 com o América, de Teófilo Otoni. Gilmar Estevam gostou da pressão imposta pelos adversários nos amistosos. No entanto, ele reconheceu que o rendimento da equipe mostrou que é preciso muitos acertos nos sistemas táticos. Como era uma fase de preparação, todos os erros e deficiências foram anotados e repassados aos atletas, como forma de corrigi-los. E os acertos finais foram feitos durante a última semana. Erros, acertos e reforços Gilmar Estevam gostou da pressão imposta pelos adversários nos amistosos. No entanto, ele reconheceu que o rendimento da equipe mostrou que é preciso muitos acertos nos sistemas táticos. Como era uma fase de preparação, todos os erros e deficiências foram anotados e repassados aos atletas, como forma de corrigi-los. Na terça-feira o Democrata apresentou o seu mais novo reforço: Kaio Wilker, meia que veio do América Mineiro, de 21 anos. O garoto chegou com o discurso pronto. Disse que atuar no meio campo, com muita garra e determinação, de olho na torcida do Democrata, que para ele faz a diferença. “Já conheço a força da torcida e sei que os torcedores incentivam, mas também cobram”. Durante a semana, o técnico Gilmar fez treinamentos fechados para torcedores e imprensa. Ele preferiu manter em sigilo os seus esquemas táticos e a formação do time que entra em campo neste domingo. Cruzeiro O Cruzeiro começou o ano de 2015 vendendo os seus principais jogadores: Nilton, Ricardo Goulart, Egídio, Lucas Silva e Éverton Ribeiro. Mas se reforçou com Leandro Damião, De Arrascaeta, Mena, Philip Seymour. Destes, Damião e Seymour podem vir a Governador Valadares. Expectativa maior vive o jovem meia Judivan, promovido recentemente da base para o time principal. Em entrevista ao Portal Uai, ele disse: “Treinei naquela função que o Goulart fazia, pegando a bola no meio e ajudando mais na marcação. É uma característica minha. Sempre que pego a bola eu já viso o gol sem medo, procuro alguma forma de chegar ao gol adversário”. A exemplo de Gilmar Estevam, o técnico do Cruzeiro faz mistério e deve definir a equipe que enfrenta o Democrata apenas no domingo.

O meia Kaio Wilker chegou nesta semana em Valadares e já treinou com o grupo

O ELENCO DO DEMOCRATA 2015

Goleiros: Fábio Noronha de Oliveira 12/10/75 Matheus Lacerda Matos – 05/02/1993 Eduardo Moreira da Silva – 23/09/1983 Laterais-esquerdo: Denílson Nogueira – 06/12/1987 Júlio César Salvino dos Santos – 01/09/1985 Laterais-direito: Leandro Eleutério de Souza – 22/02/1995 Douglas dos Santos Bessa – 16/06/1990 Osvaldir Araújo Euzébio – 15/05/1987 Zagueiros: Jadson Martins Ferreira – 22/07/1986 Ricardo Duarte Rodrigues – 21/01/1989 Leomar Francisco Rodrigues – 12/06/1986 Rodrigo Lima dos Santos – 11/03/1993

Volantes: Flávio Lopes da Silva – 28/04/1989 Júlio César do Nascimento Oliveira – 23/01/1990 Marcel Morenno Santiago de Castro – 24/03/1987 Rubney Almeida – 08/06/1991 Meias: Wanderson da Silva Souza – 13/10/1980 Marcus Vinícius Moreira – 04/05/1987 Willian Leandro – 31/07/1985 Rodrigo Barata dos Santos Batista – 02/05/1997 Kaio Wilker Afonso da Silva – 05/02/1993 Atacantes: Rodrigão – Rodrigo Gomes dos Santos – 02/05/1997 Paulinho – Paulo Henrique Le Petit Carrera da Silva – 23/02/1989 João Paulo Santos de Souza – 18/03/1988 Amilton Jesus dos Santos – 13/08/1981 Leandro Wesley Alves – 23/09/1989 Técnico: Gilmar Estevam Presidente: Edvaldo Soares dos Santos


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