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Fim de semana com sol entre nuvens. Não chove! www.climatempo.com.br

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30o 21o

MÁXIMA

ANO 2 NÚMERO 54

Não Conhecemos Assuntos Proibidos

MÍNIMA

FIM DE SEMANA DE 3 A 5 DE ABRIL DE 2015

FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS

EXEMPLAR: R$ 1,00

Para permanecer no Módulo I do Campeonato Mineiro, o Democrata precisa de pelo menos um empate contra o América neste domingo, às 16h, na Arena Independência. A torcida, apaixonada, confia na vitória, que garante a permanência da Pantera no Módulo I. Mesmo sendo derrotado pelo América, a Pantera não cairá, desde que URT ou Boa Esporte percam para adversários fortes: a URT joga em Juiz de Fora, contra o Tupi. O Boa, contra o Atlético Mineiro, em Varginha. Mas há outras combinações que podem rebaixar a Pantera, por isso, o time vai para BH disposto a vencer. E a torcida vai junto. As torcidas organizadas já estão vendendo as passagens na “Caravana do Fico”. Todos confiam na Pantera e sentenciam: Domingo é o “Dia do Fico”. A Pantera não cai! PÁGINA 10

Domingo é o “Dia do Fico” América-MG x Democrata - Domingo, 5 de abril, às 16h, na Arena Independência, em Belo Horizonte

Rubens Júnior - ECD

As torcidas organizadas do Democrata já estão vendendo passagens e ingressos para o jogo contra o América no Indepedência. Os ônibus saem da porta do Mamudão no domingo, às 6h da manhã. Informações: 9921.0202

LEIA MAIS

Pilotos decolam da Ibituruna neste fim de semana Numa verdadeira aquarela, o céu de Governador Valadares se torna uma enorme tela de fundo azul mesclada com cores vibrantes que irradiam sobre a cidade a energia vibrante do esporte radical. O sol escaldante não intimida nem mesmo os estrangeiros, acostumados com temperaturas negativas, que atravessam o oceano para participar da 1ª etapa do Campeonato Brasileiro de Asa Delta, que prossegue neste fim de semana na cidade.

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F

FIM DE SEMANA

Despencou

A coluna Fim de Semana traz algumas opções para este feriadão em Valadares. Uma delas é a estreia do filme Velozes & Furiosos, no Cine Sercla, no GV Shopping. Outra atividade para o fim de semana é ir às lojas e comprar os chocolates para a Páscoa, que não se reduz a isso, é muito mais, conforme conta a repórter Natália Carvalho no texto “Que delícia de Páscoa”. Página 9 Divulgação Lacta

Causou grande mal-estar no Palácio do Planalto a pesquisa IBOPE que confirma a despencada da popularidade do governo e da presidente Dilma Rousseff, desde a posse. Saiba o motivo lendo a coluna de José Marcelo, “Notícias do Poder”.

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Filha encontra pais biológicos em GV Página 7

Lei Municipal protege animais na área urbana de Governador Valadares Página 4


OPINIÃO 2

Opinião

FIGUEIRA - Fim de semana de 3 a 5 de abril de 2015

Charge

Dia do Fico

Por uma cultura de prudência Flávio Fróes A leitura de determinada obra requer do (a) leitor (a) a obediência a algumas regras, se o que se busca é o bom entendimento do que se lê. Uma dessas regras veda pinçar do texto uma só frase e com ela depreender o sentido total da obra. Corre-se o risco de se tornar vítima de alguma ironia do autor. Exemplo clássico está logo na primeira frase da Parte Primeira do “Discurso do Método” de René Descartes (15961650): “O bom senso é o que existe de mais bem distribuído no mundo”. Faz quatro séculos que especialistas da área consideram a frase uma ironia dirigida a seus opositores. Nesse princípio do século XXI o que parece estar sobrando no mundo são exibições de falta de senso. Ou não será falta de senso o motociclista conduzir na garupa uma criança inteiramente à mercê de circunstâncias sempre desvantajosas para ela? Eis aí um exemplo do trágico evitável. O celebrado escritor mineiro Guimarães Rosa – cuja linguagem alguns críticos consideram incompreensível para quem não viveu na região do Urucuia – coloca na boca de uma de suas personagens a frase “Viver é muito perigoso”. Eis aí uma criação roseana de valor universal, aprovada até por quem ignora o que é Urucuia e para que lado fica. Se alguém tencionar atualizar a observação do ilustre escritor poderá tentar: “Viver é, a cada dia, mais perigoso”. Perderá em ritmo mas ganhará em atualização. Viver sempre foi perigoso. Acredita-se que na Pré-história milhões de exemplares da espécie humana tenham sido vítimas ingênuas de cataclismos que assolavam o Planeta assim como de nevascas, avalanches, vulcanismo, terremotos e incêndios. Séculos de História não eliminaram os perigos naturais e acrescentaram outros fatores de risco – fome, pestes e guerra. Descobriu-se tardiamente que não há corpo fechado, a ilusão de ser alguém imune às armas. O desaparecimento de Dom Sebastião de Portugal (1554-1578) na batalha de Alcácer-Quibir parece comprovar esse aspecto da miséria humana: a morte violenta parece sempre estar no lugar errado. Dos autores trágicos gregos aos dias atuais constata-se, com amargura, que a morte violenta acompanha de perto as gloriosas conquistas do engenho humano. Nos últimos dias o trágico substituiu o cotidiano de modo humilhante para quem acredita ser o homem a excelência da criação. Em dois episódios o cenário foi a escola. Quem poderia imaginar que uma adolescente, que saiu de casa com as bênçãos dos pais para o tranquilo ambiente escolar recebesse um tiro ao adentrar o colégio? Ou quem poderia imaginar que a vivacidade de um menino de quatro anos concorresse para abreviar-lhe a vida justamente dentro de uma escola? Ou, ainda, como pode uma aeronave, equipada com os instrumentos da tecnologia mais sofisticada obedecer docilmente aos ditames de uma mente insana? O que desalenta sobretudo é a gratuidade da tragédia. Ela pode ocorrer nos lares sossegados, nas famílias solícitas, nas escolas atentas aos riscos, e com os filhos e as filhas de pais cuidadosos. Pode recair sobre pessoas afáveis e solidárias. Atos insanos podem ocorrer, às vezes de modo inevitável. Mas uma cultura de prudência e políticas de prevenção podem afastar o trágico evitável.

O celebrado escritor mineiro Guimarães Rosa – cuja linguagem alguns críticos consideram incompreensível para quem não viveu na região do Urucuia – coloca na boca de uma de suas personagens a frase “Viver é muito perigoso”. Eis aí uma criação roseana de valor universal, aprovada até por quem ignora o que é Urucuia e para que lado fica. Se alguém tencionar atualizar a observação do ilustre escritor poderá tentar: “Viver é, a cada dia, mais perigoso”. Perderá em ritmo mas ganhará em atualização.

Flávio Fróes Oliveira é filósofo e estudioso dos direitos das crianças e adolescentes.

Expediente Jornal Figueira, editado por Editora Figueira. CNPJ 20.228.693/0001-81 Av. Minas Gerais, 700/601 Centro - CEP 35.010-151 Governador Valadares MG - Telefone (33) 3022.1813 E-mail redacao.figueira@gmail.com São nossos compromissos: - a relação honesta com o leitor, oferecendo a notícia que lhe permita posicionar-se por si mesmo, sem tutela; - o entendimento da democracia como um valor em si, a ser cultivado e aperfeiçoado; - a consciência de que a liberdade de imprensa se perde quando não se usa; - a compreensão de que instituições funcionais e sólidas são o registro de confiança de um povo para a sua estabilidade e progresso assim como para a sua imagem externa; - a convicção de que a garantia dos direitos humanos, a pluralidade de ideias e comportamentos, são premissas para a atratividade econômica. Conselho Editorial Aroldo de Paula Andrade - Enio Paulo Silva - Jaider Batista da Silva - João Bosco Pereira Alves Lúcia Alves Fraga - Regina Cele Castro Alves - Sander Justino Neves - Sueli Siqueira Artigos assinados não refletem a opinião do jornal

Parlatório Dias atrás, a Justiça condenou o ex-presidenciável Levy Fidelix a pagar uma multa de R$ 1 milhão por ter feito declarações consideradas homofóbicas durante a campanha eleitoral 2014. Você concorda com essa sentença?

SIM

É preciso criminalizar a homofobia Flávia Xavier

Recentemente o Tribunal de Justiça de São Paulo, através da decisão da juíza Flávia Poyares Miranda, determinou que o político Levy Fidelix deverá pagar R$1 milhão a movimentos LGBT em função do discurso proferido no debate presidencial de 2014. Vale ressaltar que a ação civil pública contra o político fora ajuizada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Muitos poderão dizer: - mas a liberdade de expressão não é um direito fundamental previsto na Carta Magna de 1988? Sim, mas primeiro vamos à realidade. Atualmente o Brasil lidera o vergonho ranking de assassinatos de gays, travestis e lésbicas em todo o planeta, 45% dos crimes de homofobia ocorrem aqui, e pasmem: todos com requintes de extrema crueldade. Segundo os dados do GRUPO GAY DA BAHIA (GGB), entre os anos de 2013 e 2014 ocorreram 650 assassinatos no Brasil e neste primeiro trimestre de 2015 já foram registrados 75 homicídios. Enquanto eu escrevia este artigo dois jovens foram assassinados: uma travesti de 21 anos em Fortaleza e um jovem gay de 20 anos na Bahia. Além do alto índice de assassinatos, outro dado alarmante nos chama a atenção; o suicídio entre os jovens LGBT seja pela rejeição da família ou pela exposição perversa da sociedade. Segundo estudos apontados pela Universidade Federal de Alagoas, 78% dos jovens LGBT entrevistados estão propícios ao suicídio. A Universidade Columbia, nos EUA, também aponta que jovens LGBT têm até cinco vezes mais riscos de comete-

NÃO

rem suicídio do que pessoas heterossexuais. Voltemos ao questionamento sobre a liberdade de expressão. O Art. 5º da CF/88 nos assegura os direitos fundamentais que garantem a dignidade da pessoa humana e o direito à liberdade de expressão não foge a regra. Contudo os Art. 286 e 287 do Código Penal nos dizem que: “é crime utilizar a liberdade de expressão a fim de estimular a infração de leis, fazendo apologia de ato criminoso ou do próprio criminoso.” Logo, o exercício da liberdade pressupõe responsabilidades e o ex-presidenciável extrapolou o seu direito ao incitar os telespectadores do debate que “a maioria deveria enfrentar essa minoria” e que “essa gente deveria receber atendimento psicológico e afetivo bem longe da gente”. Além de incitar o ódio e consequentemente a violência que está por trás dele, o ex-candidato ao maior cargo político da nação sugere a segregação de seres humanos em função de sua orientação sexual. Esse discurso não cabe no século 21 e muito menos dentro de um Estado Democrático de Direitos. A homofobia mata um ser humano a cada 26 horas no Brasil, os dados são alarmantes e a necessidade de reformulação na Legislação é de extrema urgência. Precisamos criminalizar a homofobia já.

Flávia Xavier, agente de trânsito.

Não foi uma condenação, e sim um prêmio Levy Fidelix - PRTB

O ex-candidato à Presidência da República, Levy Fidelix (PRTB), derrotado nas últimas eleições, usou as redes sociais para comentar sua recente condenação após declarações homofóbicas. Em publicação em sua página oficial, o ex-candidato disse que “não foi uma condenação, e sim um prêmio”, negou ter sido ofensivo e disse ter expressado “o pensamento do povo brasileiro”. “Muito se tem falado sobre a “condenação” que sofri nos últimos dias. Não sou bandido para sofrer condenação, pois não matei, não roubei e nada devo a ninguém”, disse. “Em momento algum me posicionei de forma ofensiva a qualquer pessoa ou grupos de pessoas. Por uma questão de princípios defendi a família tradicional brasileira”, completa. Em debate realizado em 2014, o então candidato foi questionado por Luciana Genro (Psol) sobre casamento civil de duas pessoas do mesmo sexo. Em resposta, Fidelix afirmou que “aparelho excretor não reproduz” e que “dois iguais não fazem filho”. A declaração rendeu diversos protestos contra o ex-candidato. Na segunda-feira passada, 16, ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a pagar R$ 1 milhão pela declaração. A condenação veio em resposta a ação civil pública movida pelos movimentos LGBT. Em sua publicação, Levy Fidelix destaca princípios de liberdade de expressão previstos na Constituição Federal e de ter defendido. Ele reforça ainda que suas

declarações ocorreram em meio ao “calor do debate presidencial”. Candidato que atingiu 0,43% dos votos e terminou a disputa em 7º lugar – Luciana Genro ficou em 4º -, Levy diz ser vítima de perseguição. No site do partido de Levy Fidelix, há outra defesa feita para ele. “Ao defender a família natural dizendo que “dois iguais não fazem filho” e que “aparelho excretor não reproduz”, o candidato teria incitado a população ao ódio contra os homossexuais (!), ultrapassando os limites da liberdade de expressão. A sentença é toda ela baseada na ideologia de gênero, que considera preconceituosa a aversão natural que sentimos diante dos atos homossexuais e deseja punir os cidadãos que revelarem seu descontentamento. Levy Fidelix nada mais fez do que expressar o pensamento de milhões de brasileiros, que gemem e choram por causa da agenda pró-homossexualista do governo do PT. Suas afirmações, simples expressão do Direito Natural, não podem ser punidas como ilícitas. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, não tem o poder de interferir na autonomia dos juízes, mas tem o direito, como qualquer cidadão, de expressar seu parecer sobre a questão. Se ele o fizer, ao menos a imagem do Tribunal não ficará conspurcada pela sentença que injustamente condenou um defensor da família”.

Levy Fidelix e direção nacional do PRTB, do site oficial.


POLÍTICA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 3 a 5 de abril de 2015

Sacudindo a Figueira A figueira precipita na flor o próprio fruto Rainer Maria Rilke / Elegias de Duino

Campanha eleitoral custeada com dinheiro público só existe no Butão Em meio ao escândalo de corrupção na Petrobras (de onde recursos teriam sido desviados para financiar partidos), o PT defende hoje que as campanhas eleitorais sejam financiadas 100% por dinheiro público. O sistema só existe em um lugar do mundo, o Butão, país que apenas em 2008 deixou de ser uma monarquia absolutista e realizou suas primeiras eleições. Mas o financiamento público de partidos e/ou candidatos, em pequena ou larga escala, é adotado em 118 países, de acordo com um monitoramento realizado pelo Instituto Internacional pela Democracia e Assistência Eleitoral (Idea, na sigla em inglês). Em alguns deles, como México, Colômbia, Itália e Espanha, chegam a representar mais de 80% dos gastos das campanhas. No Brasil, os partidos têm acesso a doações privadas e a recursos públicos – prevendo dificuldades de obter financiamento

de empresas após a Operação Lava Jato, senadores e deputados decidiram triplicar a verba do fundo partidário neste ano, para R$ 867,56 milhões, há duas semanas. Mas quais as vantagens e desvantagens de aumentar o financiamento público no Brasil? A BBC Brasil preparou um guia sobre o assunto. O objetivo do financiamento público é contrabalancear – ou mesmo anular – a influência do poder econômico nas eleições. Os defensores de um modelo majoritariamente ou totalmente público argumentam que doações privadas desvirtuam a democracia, pois as grandes corporações são muito mais ricas que os indivíduos e, assim, têm mais recursos para influenciar nas eleições. Leia mais:

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-funciona-o-financiamento-publico-de-campanha/

F R A S E D E PA R A C H O Q U E

Não fique aí de braços cruzados, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos.

BLOCO DE NOTAS

Santinhos 3

Santinhos O Democrata precisava da ajuda de todos os santos para vencer o Mamoré no último domingo, mas não contava com tantos santinhos na porta do estádio. Não se sabe quem deu a “ajuda” (será?) que veio em centenas de santinhos de Fernando Pimentel (PT) e Cezinha Alvarenga (PRB), jogados na calçada da Rua Sete de Setembro.

Santinhos 2 Os santinhos eram da campanha eleitoral 2014. A presidenta Dilma Rousseff e o candidato a senador Josué Alencar (PMDB)também estavam lá. Que coisa!

Nos santinhos, os vitoriosos foram: Pimentel e Dilma. Os derrotados: Cezinha e Josué. Em campo, quem ganhou foi o Democrata: 1 x 0, gol de João Paulo, de pênalti. Os santinhos ajudaram o Democrata? Talvez. O mundo do futebol tem suas crendices. Na política, ajudaram Pimentel e Dilma. É desse jeito!

Sucessão Municipal A sucessão municipal já começou. Pelo menos nas redes sociais já existem várias postagens sobre a sucessão da prefeita Elisa. Nestas postagens há comentários que dão como certa a candidatura de André Merlo (PDT). E cogitam a candidatura de Bonifácio Mourão (PSDB). E cogitam a candidatura de Ricardo Pedrosa (PEN), a vereador ou a prefeito. Como estamos em abril de 2015, e as eleições serão em 2016, os comentários de internautas sinalizam para uma campanha que vai pegar fogo. Oremos!


METROPOLITANO 4

FIGUEIRA - Fim de semana de 3 a 5 de abril de 2015

Lei Municipal protege animais na zona urbana Lei foi aprovada na Câmara de Vereadores e publicada no Diário Oficial Eletrônico de Governador Valadares, em 12 de Março de 2015 Da Redação Agora é pra valer! Todos os animais que vivem na zona urbana de Governador Valadares estarão protegidos pela Lei Orgânica no. 6.618 de março de 2015. A Câmara de vereadores promulgou, e o Diário Oficial Eletrônico de Governador Valadares publicou no dia 12 de Março desse ano, a Lei que dispõe sobre o controle de zoonoses e o bem estar animal. Da autoria do vereador Leonardo Glória (PSD), além dos animais domésticos como cães e gatos, a Lei prevê ainda os cuidados com animais exóticos, da fauna silvestre, bovinos, equinos, entre outros. “Todos os animais que vivem no perímetro urbano do Município serão protegidos e cuidados por essa Lei. A demanda sempre existiu, e com o tempo foi se agravando. E como amante da causa, sou criador de cães sei da necessidade. E sabendo dos problemas, a questão dos maltratos na rua e o abandono, decidi por investir em algo que ainda estava sem um braço forte do poder público. Essa é uma Lei que vem abraçar a defesa dos animais. Recentemente tivemos um acidente com um motoqueiro que bateu em um cavalo, mas não se encontrou o dono do animal. Então, casos como esse serão resolvidos.” A Câmara foi unânime na aprovação do texto, e o vereador contou também com o auxílio de toda a comunidade envolvida na causa dos animais. “A maioria dos vereadores foi sensível à causa, além disso, conseguimos reunir todos os 17 veterinários da cidade para nos ajudar na

elaboração do conteúdo. A APROBEM também foi nossa parceira. Ouvimos e conversamos bastante antes de propor algo que vai abranger a questão da saúde humana e o bem estar animal. Dia 15 de maio teremos uma audiência pública para colocar os objetivos dessa Lei, a pequeno, médio e longo prazo em debate. Vamos convidar todas as casas de ração, pet shops, clínicas veterinárias e todas as pessoas que estão envolvidas na causa. Para podermos caminhar juntos e buscar a aplicação da Lei, pois não adianta nada ter uma norma que não seja cumprida”, explica. A Lei A Lei dispõe sobre: o registro dos animais, a vacinação, a posse responsável do proprietário de animais, a apreensão, a destinação dos animais apreendidos, o controle da natalidade de cães e gatos, a comercialização e alojamento, a semana educacional da posse responsável de animais domésticos e educação continuada, a proibição de criação de animais para abate na zona urbana e as punições para quem desobedecer. Glória explica que as principais propostas são a educação, conscientização e o controle das zoonoses. “A leishmaniose é uma doença que precisa ser tratada, tem jeito. E os animais não precisariam ser sacrificados como prevê a Anvisa. Pois, matar um cão não extingue a doença. Mas o importante foi ter construído essa Lei baseados na nossa realidade, pois a única coisa que prevalecia aqui em Valadares era a lei da posse responsável, mas precisávamos de algo que fos-

se completo, e aí está. E também queremos criar uma delegacia especializada para apurar os crimes contra animais, e controlar toda a questão. Tentamos ser ao máximo dedicados aos animais, e penso que conseguimos. Agora é colocar em prática.” Segundo a presidente da Associação de Proteção e Bem-estar Animal de Governador Valadares (APROBEM-GV), Silvana Soares, agora é preciso que a luta seja de todos, órgãos públicos e pessoas envolvidas na causa. “O caminho ainda é longo, tivemos o primeiro passo para aprovação, agora vamos ter que discutir com representantes da prefeitura, Policia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e outros órgãos que possam contribuir para a garantia efetiva dos direitos dos animais. Através da fiscalização, punição, controle populacional, saúde, porque isso faz parte da saúde pública. E nós vamos continuar sugerindo, acompanhando e cobrando essas ações. Por enquanto temos apenas o apoio de alguns veterinários, que atendem com descontos e sem o trabalho deles não há como fazer proteção animal. Temos apoio de alguns comércios da área de produtos veterinários e estamos construindo uma parceria com o Centro de Controle de Zoonoses. Em maio estamos planejando junto com o vereador Leonardo uma nova audiência para debatermos as responsabilidades de cada órgão e também a nossa na execução dessa lei. Mas é importante que fique claro que isso depende muito da participação da sociedade.” Aprobem

OPORTUNIDADE

Sinpac/GV realiza curso sobre habilidades empresariais Pensando em oferecer ao mercado profissionais capacitados para desempenhar a função como office-boy e office girl, o Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Governador Valadares – Sinpac/GV, vai realizar de 14 a 16 de abril, o curso “Habilidades Empresariais”. A instrutora do treinamento é a consultora em RH, Adalcir Nunes. De acordo com Marcos Lopes, presidente do Sinpac/GV, o curso será ministrado em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e tem o objetivo de formar office-boys e Office-girls para atender a demanda para estágio na função existente na cidade. No curso serão abordados temas como segurança, trabalho em equipe, ética e postura, apresentação pessoal e higiene, além das tarefas próprias da função como serviços em bancos e cartórios. A carga horária é de nove horas/aula com exposições teóricas e exercícios práticos. A capacitação acontecerá na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) - Regional Rio Doce, na Av. Brasil, 4000, Centro. Os interessados em participar deverão entrar em contato com o Sinpac/GV pelo telefone (33) 3225.4522. O investimento é de R$70,00. Office-boy

Filhote de gato que estava disponível para adoção na fanpage da Aprobem, associação que viu com bons olhos a criação da Lei que prevê proteção aos animais

A função já foi chamada de contínuo e mensageiro, o nome em inglês quer dizer “menino de escritório”, normalmente é executada por adolescentes e jovens (hoje por ambos os sexos). O office-boy ou Office-girl desempenha tarefas como entregas, cobranças, compras, serviços bancários e cartorários. Sua atividade agiliza processos e dá andamento nas demais funções da empresa. A maioria das empresas contrata esse profissional pelo sistema de estágio que é coordenado pelo CIEE. Para se inscrever como estagiário o candidato precisa ter idade mínima de 16 anos, estar cursando o ensino médio e ter o certificado do curso específico. O curso do Sinpac/GV vai atender a esses três requisitos.

Cotidiano Lucimar Lizandro Vá entender... Gostaria muito de entender certos comportamentos. Por exemplo: a reação de apoio de muitas pessoas a aprovação da admissibilidade da PEC que discutirá a redução da maioridade penal. Pelo visto deve ser a redenção e o fim de todos os nossos problemas com a violência infanto-juvenil. É patente a sensação de insegurança vivida pela sociedade. Em parte pelos acontecimentos, isso é fato. Em parte pela sensacionalização e espetacularização de um problema sério. Creio que a sensação térmica provocada por essa abordagem aumenta sobremaneira a percepção da violência. Mas, deixando de lado o espetáculo, qual é mesmo o número de crianças e adolescentes que se envolvem com o tráfico de drogas e com a violência ? quantos jovens estão envolvidos com mortes, assaltos, furtos e roubos ? Em que grupo social está mais presente a violência infanto-juvenil ? Sinceramente, acho que quase ninguém tem esse dado. Numa sociedade midiática não precisa de dado concreto, basta escandalizar e repetir nos jornais, telejornais e revistas. Já estará formada a opinião pública e o julgamento já terá

sido dado. Causa estranheza o barulho e o desejo de mandar para a cadeia pessoas ainda jovens em situação de violência e ao mesmo tempo o silêncio diante de outras situações igualmente ou até mais graves que essa. O senso de justiça e indignação atende a outros aspectos que ainda fogem a compreensão das pessoas com inteligência mediana como a minha e a de tantos outros. Não se fica indignado com juiz que usa um bem sob sua guarda em claro desrespeito a lei; não se fica indignado com o súbito sumiço de um helicóptero com quase meia tonelada de cocaína sem que alguém tenha sido efetivamente investigado; não se fica indignado quando um colegiado que fica a mercê de um juiz numa decisão que já tem a posição majoritária, mas, que não pode dar o resultado final porque há um pedido de vistas interminável. Não se fica indignado quando sabemos que potencialmente 19 bilhões de reais podem ter sido sonegados ao fisco nacional numa maracutaia que

só envolve “gente graúda”. Enquanto isso nos distraímos com o escândalo da Petrobrás, onde um grupo de empresários, que de um mesmo caixa doou recursos espúrios para um partido e para outros, o fez de maneira correta e idônea. Esse é o país onde indignados vão às ruas para combater a corrupção, pedir pelo retorno da ditadura, apoiar a redução da maioridade penal dos jovens, mas, se silenciam ante a gravíssimas situações, especialmente se os protagonistas forem seus ídolos.

Lucimar Lizandro é formado em Administração e pós-graduado em Administração Pública pela UFOP.


NACIONAL

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Notícias do Poder José Marcelo / De Brasília

Na mira

Unir o tucanato

Um ex-senador mineiro está na mira da operação Zelotes, que investiga um esquema de corrupção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Um discreto procurador envolvido na operação sinalizou que o ex-parlamentar teria indicado os conselheiros suspeitos de comandar o esquema e por isso estaria na mira do MP, que quer saber se o ex-parlamentar também se beneficiou. O procurador evitou dar nomes aos bois.

Enquanto PT e PMDB se debatem e os parlamentares das duas legendas não sabem muito bem para onde ir e a quem seguir, o PSB adotou uma postura completamente diferente. Os tucanos escolheram o recém-chegado deputado Vitor Lippi (SP) como coordenador de planejamento estratégico da bancada. Foi uma espécie de reconhecimento ao faro do parlamentar que logo percebeu que faltava sintonia entre os membros. E na sextafeira, dia 10 toda bancada permanecerá em Brasília, para um curso de “como agir em conjunto”. Os tucanos até contrataram o especialista Arão Sapiro, mestre em Planejamento Estratégico e Gestão de Marketing para orientar a turma.

E o PP? E não é que o Partido Progressista caiu no olho da operação Zelotes, graças a uma dívida de R$ 10,7 milhões? O partido aparece na lista de 74 contribuintes suspeitos de pagar propina para que os conselheiros do CARF anulem ou minimizem as multas. No Governo, tem gente comemorando.

Mais pesquisa Causou grande mal-estar no Palácio do Planalto a pesquisa IBOPE que confirma a despencada da popularidade do governo e da presidente Dilma Rousseff, desde a posse. Inicialmente os assessores da presidente acreditavam que a queda da popularidade era resultado do fato da presidente ter se fechado e deixado de fazer visitas e aparecer nos dois primeiros meses do ano. Agora, a avaliação é de que a crise atingiu o governo e que é preciso cautela.

Fôlego 1 Tem chamado a atenção dos parlamentares o fôlego do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que faz questão de participar das sessões itinerantes da Casa nos estados. E no PMDB, Cunha já teria deixado claro que a estratégia dele tem como foco aumentar a popularidade, para ganhar mais poder e território eleitoral. Aos mais afoitos, que apostam no nome de Cunha para candidatura a presidente ou vice, nas eleições de 2018, o parlamentar tem dado apenas sorrisos enigmáticos, segundo um influente deputado peemedebista.

Fôlego 2 O entusiasmo de Eduardo Cunha é muito bem visto, principalmente pelos deputados do baixo clero peemedebista, mas não empolga os figurões da legenda. Entre esses últimos, o consenso é de que Cunha está se fortalecendo para disputar uma cadeira no Senado, daqui a três anos, ou ganhando cacife para indicar ministros e cargos influentes do segundo escalão.

CRAS do Trevo atende CADÚNICO O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Jardim do Trevo iniciou no dia 1 de abril, os atendimentos do Cadastro Único (CADÚNICO) - que é a porta de entrada para milhares de famílias brasileiras aos benefícios dos programas sociais do Governo Federal. Os atendimentos do CADÚNICO em Valadares, que antes eram realizados apenas na antiga Casa da Família, no centro da cidade, foram descentralizados este ano para todos os CRAS do município. O objetivo é facilitar o acesso das famílias e assegurar o acompanhamento por equipes técnicas dos CRAS, formadas por psicólogos, assistentes sociais e orientadores sociais. Os atendimentos começaram primeiro nos CRAS São Raimundo, Jardim Pérola, Santa Rita e Central; agora, chegaram também ao CRAS Jardim do Trevo. No CRAS Santa Efigênia, os atendimentos referentes ao CADÚNICO ainda serão iniciados. Os CRAS funcionam das 8h às 18h, de segunda a sexta. CADÚNICO O Cadastro Único (CADÚNICO) foi criado para que o Governo Federal tome ciência de quem são e como vivem as famílias brasileiras mais pobres. É através do Cadastro Único que o governo consegue entender quais são as principais dificuldades que as famílias enfrentam e por quais meios pode ajudá-las a melhorar suas condições de vida. Podem se cadastrar as famílias de baixa renda que ganham até meio salário mínimo por pessoa ou, ainda, que tenham renda mensal total de até três salários mínimos. Em Valadares, atualmente, cerca de 47 mil famílias integram o CADÚNICO. 80% dos beneficiários são mulheres. Entre os principais programas disponibilizados às famílias cadastradas no CADÚNICO está o Bolsa Família, que beneficia em torno de 16 mil famílias aqui no município. SAIBA MAIS: A) CRAS: Onde ficam? CRAS São Raimundo: Rua Ametista, 390, São Raimundo. Telefone: 3225-1219 CRAS Central: Rua Afonso Pena, 2.270, Centro. Telefone: 3271-2099 CRAS Santa Rita: Avenida Venceslau Braz, 2.330, Santa Rita. Telefone: 3277-9683 CRAS Pérola: Rua Uruguaiana, 540, Jardim Pérola. Telefone: 3273-9031 CRAS Jardim do Trevo: Rua Edson Cirino Campos, 226, Jardim do Trevo. Telefone: 3271-3346 CRAS Santa Efigênia: Rua Honorato Ferreira da Silva, 250, Santa Efigênia. Telefone: 3221-1565 B) Programas sociais que usam o CADÚNICO para selecionar seus beneficiários:

Programa Bolsa Família: programa de transferência de renda que atende famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Programa Minha Casa Minha Vida e outros Programas Habitacionais do Ministério das Cidades: programas que ajudam famílias de baixa renda na compra da casa própria. Tarifa Social de Energia Elétrica: desconto na conta de luz para famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa ou que tenham algum beneficiário do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) Isenção de pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos: candidatos de baixa renda que estejam no Cadastro Único têm o direito de não pagar taxa de inscrição em concursos públicos realizados pelo Poder Executivo Federal. Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI): ações para retirar crianças e adolescentes de até 16 anos do trabalho infantil. Programa Brasil Carinhoso: benefício complementar ao Programa Bolsa Família para garantir que famílias extremamente pobres, com criança ou adolescentes entre 0 e 15 anos, vivam com renda mínima igual a R$70 por pessoa. Aposentadoria para pessoa de baixa renda: pessoas que se dedicam ao trabalho do lar, que não têm renda própria e que fazem parte de famílias com renda mensal de até dois salários mínimos podem contribuir para Previdência Social com 5% do salário mínimo. Com isso, podem obter aposentadoria por idade, auxílio-doença, pensão por morte, aposentadoria por invalidez, auxílio-reclusão e salário-maternidade. Telefone Popular: oferta de linha de telefone fixa com tarifas mais baratas para todas as famílias de baixa renda que estejam com o cadastro atualizado. Carta Social: famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família têm direito a enviar a carta social – peso máximo de 10 gramas, cobrado o valor de R$0,01. Passe Livre para pessoas com deficiência: pessoas com deficiência e renda familiar por pessoa de até um salário mínimo por mês têm direito a viagens gratuitas no transporte coletivo entre estados diferentes por ônibus, trem ou barco. Bolsa Verde: benefício pago a cada três meses para famílias extremamente pobres que morem em áreas protegidas e conservem florestas nacionais, reservas extrativistas federais, projetos de assentamento florestal, projetos de desenvolvimento sustentável ou projetos de assentamento agroextrativista, entre outras áreas. Carteira do Idoso: destinada às pessoas com 60 anos ou mais que não tenham como comprovar renda, para passagem de graça ou desconto nos bilhetes de ônibus, trem e barco entre estados diferentes. Podem participar idosos que tenham renda individual de até dois salários mínimos. Programa de Cisternas: beneficia a população rural de baixa renda com construção de cisternas na região do semiárido brasileiro.

FONTE: MDS (Cartilha Cadastro Único – Conhecer para incluir)

FIGUEIRA - Fim de semana de 3 a 5 de abril de 2015

Trabalho às quintas E por falar em Eduardo Cunha, sem fazer muito alarde ele acabou mudando a rotina de trabalho dos deputados e botou todo mundo para trabalhar um dia a mais, com a instauração da sessão deliberativa às quintas-feiras. Até o ano passado o grande foco era a sessão de quarta-feira e para a quinta sobravam assuntos menores. Com a mudança, o trabalho aumentou, mas a construção da pauta de votações passou a ser definida muito mais pelo colégio de líderes. Historicamente ela era quase determinada pelo Palácio do Planalto.

Comemoração E não é que o reflexo do “jeitão” Eduardo Cunha de gerir o Legislativo vem alcançando câmaras de vereadores e assembleias legislativas? Nos estados, o número de casas que vêm brigando por autonomia na definição de uma pauta cada vez mais independente do Executivo só aumenta.

Opinião pública Ainda sobre o trabalho ampliado às quintas-feiras, um deputado do PMDB do Sul do país admitiu que a mudança também é uma resposta à pressão da sociedade, que se tornou mais vigilante. Diferentemente do conceito de opinião pública, a chamada “opinião publicada”, principalmente nas redes sociais, botou os parlamentares na berlinda. Por isso não houve chiadeira para que Eduardo Cunha aliviasse a carga, segundo o deputado.

Fale com José Marcelo: noticiasdopoder@uol.com.br

José Marcelo dos Santos é comentarista de política e economia e apresentador da edição nacional do Jogo do Poder, pela Rede CNT. É professor universitário de Jornalismo, em Brasília.

Ecos de Palmares Ana Afro

“Deixa isso pra lá!” “Não merecemos mulheres pretas”, não merecemos preto no poder, não merecemos preto nas universidades, não merecemos isso, aquilo ou aquilo outro se for para negros. Sim, se for para negros e negras, porque não queremos dividir o que é nosso, ou melhor entregar o que é deles também e por direito. Tem sido essa atitude dos não negros que estão a cada dia mais furiosos em suas práticas racistas e preconceituosas. A cada dia, as agressões são mais visíveis e frequentes, principalmente nas redes sociais. Mas, isso todos já estão percebendo há tempos. Ou, talvez, esteja desapercebido que o “deixa isso pra lá” está também cada vez mais forte. As políticas públicas, campanhas, ações afirmativas e tantas outras coisas que vêm sendo feitas contra o racismo e preconceito, parecem estar perdendo efeito nas pessoas, principalmente entre as vitimadas pelo racismo. O que está acontecendo? “Não podemos pensar em nos unir com os outros até que sejamos unidos entre nós mesmos.” (Malcolm X) O nosso maior problema consiste nisso, na falta de união, de cumplicidade, de parceria. Agimos com egoísmo pensando que o problema não é meu. O problema meu irmão, minha irmã, é nosso, é de cada negro (a) que sofre racismo e preconceito e enquanto não pararmos de viver cada um na sua e entendermos que é a nossa, as coisas não mudarão. Precisamos urgentemente voltar às raízes ancestrais que nos ensinam unidade e deixarmos de buscar interesses individuais para voltarmos a ser UM no todo e com o TODO. Não podemos deixar isso pra lá jamais.

“Não podemos pensar em nos unir com os outros até que sejamos unidos entre nós mesmos.” (Malcolm X)

Ana Aparecida Souza de Jesus, Ana Afro, é pedagoga, especialista em Gênero, Raça e Diversidade na Escola (UFMG), ativista do Movimento Negro e da Pastoral Afro Brasileira. É membro do Cicon- GV – Conselho de Integração da Comunidade Negra de Governador Valadares.


DIA A DIA MUSICAL 6

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BRAVA GENTE

PAT R Í C I A B R A S I L

All that Jazz Tim Filho

Arquivo Pessoal

Passarim passarão no passaredo

A

ntônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. Um brasileiro especial. Como ele mesmo disse em um programa sobre a bossa nova exibido na extinta TV Manchete, em 1988, “inventar um Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, um Brasil Itibirê, um Peri amor Ceci, isso dá um trabalho danado”. E dá. Para tudo! Pra se falar de música é preciso falar, primeiro, de Tom Jobim. E eu sempre fui um fã incondicional do Tom. Meu grande sonho era trazê-lo em Governador Valadares para fazer um grande show, além de mostrar a ele os detalhes que conferem a cidade aqueles ares de beleza que quase nunca são observados pelos valadarenses. Na minha infância uma cena que eu gostava de ver era protagonizada pelos urubus voando em círculo sobre o coqueiral próximo à antiga Matisa, um matadouro que marcou época na cidade. Sempre imaginei o Tom fazendo algum comentário sobre a cena. O voo circular formava um gigantesco redemoinho de asas negras que descia do céu em busca de abrigo. No horizonte, o céu era de um cinza chumbo que anunciava a tempestade. E os urubus formavam um canudo, como um tornado, mergulhando no meio dos pés de coco na margem direita do Rio Doce. Olha o vento, olha chuva! A rajada de pingos metralhava o solo, formava poças de água, e junto com cada pingo eu via uma figura que eu chamava “coroinha”, formadas pelo impacto do pingo que precipitava das nuvens na água já acumulada no solo. “Chuva boa prazenteira, que vem molhar minha roseira, chuva boa, criadeira, que molha a terra, que enche o rio, que limpa o céu, que traz o azul”. Isso é coisa de mestre! E os urubus? Onde estariam os urubus durante as tempestades? Protegidos, claro, no seu ninhal, ali pelos lados do coqueiral. O Urubu, quem diria, uma ave associada ao mau agouro, à sujeira, à imundície, ganhou uma bela louvação poética de Tom Jobim no disco Urubu, lançado em 1976, nos Estados Unidos, com arranjos de Klaus Ogerman. “Jereba é urubu importante, como, aliás, todo urubu. Mas entre eles, urubus, observam-se prioridades. E esse é um que chega primeiro no olho da rês. O que ele não toca é intocável. Jereba é um urubu importante por isso ganhou muitos nomes: Peba, Urubupeba, Urubu Caçador, Acahador, Urubu Procurador, Urubu Cobra, Urubu de Queimada, Camiranga, Urubu Gameleira, De cabeça vermelha, Urubu Peru, Perutinga, Urubu Mestre, Cathartes Aura... As grandes asas expandidas cavalgam as bolhas de arte quente emergentes da ravina”. Vale repetir o último verso: “As grandes asas expandidas cavalgam as bolhas de ar quente emergentes da ravina”. Isto é cena valadarense, protagonizada pelos urubus, com suas imensas asas negras, e pelos homens-pássaros, com suas asas-delta e seus parapentes, levando os mais variados matizes para o céu azul da cidade. Cena que confere à cidade a condição de “capital mundial do voo livre”. Beleza bonita de ver, como diria o Toninho Horta, e que o Tom, certamente, veria com olhos de músico e poeta. No dia 8 de dezembro de 1994 a alma do poeta e músico Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim alçou um vôo bem mais alto que o dos urubus. E lá se foi o meu sonho de tê-lo por aqui. Mas a obra deste grande músico brasileiro ficou para descortinar o meu grande sonho. “Passarim passarão no passaredo”.

As grandes asas expandidas cavalgam as bolhas de ar quente emergentes da ravina.

Tim Filho é chargista, jornalista e pesquisa sobre a história do jazz

Patrícia Brasil brilha nos palcos e na tela da TV Alterosa, onde atua como repórter

Uma Patrícia em dois “brasis” Gina Pagú / Especial Já ouvimos muitas histórias de mulheres que levam dupla jornada de trabalho, incluindo serviços de casa, trabalho, filhos e casamento. Multiplique o trabalho e os filhos por dois, ou melhor, os talentos também por dois. Patricia Brasil, mãe de Maria Luiza de 15 e Davi de 8 anos, namorada, cantora e jornalista da TV Alterosa. Se divide entre as duas profissões semanalmente. Ora acorda muito cedo para ‘correr atrás da notícia’, ora viaja nos finais de semana para fazer shows pela cidades da região. “A música veio primeiro”, conta Patrícia. “Comecei a cantar há 10 anos. Eu namorava um baterista, e a banda em que ele tocava estava precisando de vocalista. Eu, até então, cantava na igreja, em casamentos e missas e batizados. Então veio o convite para cantar no carnaval de Peçanha em 2005. Eu fui. Amei estar no palco, achei mágico. A banda gostou e me chamou para ficar. Em Valadares tive o convite pra cantar numa banda de forró. Depois vieram as bandas de baile – GV Brasil, Top Mix e Olhos de Neon no Vale do Aço. Um belo dia eu resolvi fazer um curso superior e daí eu caí de paraquedas no jornalismo.” Mas o paraquedas aterrissou bem no coração da cantora, e ao que parece a paixão pela música encontrou uma parceiro ideal para dividir o coração da agora jornalista. “Eu costumo dizer que a música é muito forte em mim. Eu amo cantar e contar as histórias que existem por traz das melodias, e o jornalismo também me permite musicar histórias

factuais ou não. A história da dona Maria lá do bairro, a história de superação do seu João, as coisas que acontecem no cotidiano do Manoel e das pessoas em geral. O jornalismo me causa uma angústia que me incomoda, me deixa triste, impaciente, revoltada até. A música me faz bem, me acalma, me faz sorrir, é meu remédio antimonotonia.” Patrícia explica que já não tem jeito mais de escolher entre uma ou outra profissão. “Canto há 10 anos e comecei no jornalismo na turma de 2010. Já pensei em deixar o jornalismo pra cuidar da banda e já pensei em deixar a banda pra me dedicar mais à profissão que eu escolhi pro meu futuro. É aquela coisa: musica não dá futuro, mas hoje eu tenho minha banda. É na verdade um conjunto musical. Somos cinco integrantes e fazemos bailes de casamentos, aniversários e formaturas. Eu consigo conciliar as duas coisas e uma acaba completando a outra de alguma maneira. Não quero deixar nenhuma delas. Como dona da banda dá pra ganhar um pouco melhor e seguir nesse caminho. E outro dia escrevi: ‘Tenho visto, tão de perto, uma realidade tão dura, a vida se mostrando tão frágil, contando a história de um mundo tão violento, de um tempo tão difícil, que não posso esconder que a falta de conhecimento é o que me fazia sorrir de verdade – o conhecimento traz sofrimento. Talvez tenha razão quem disser que minha risada já perdeu alguns sons, o meu sorriso largo já não é mais o mesmo. Conviver com esse mundo cão tem me feito dura demais.’”


CULTURA & CIDADANIA 7

FIGUEIRA - Fim de semana de 3 a 5 de abril de 2015

Enfim, filha encontra pais biológicos

Encontro foi possível depois que este Figueira publicou matéria com apelo aos leitores para ajudar filha encontrar os seus pais biológicos Arquivo Pessoal

Gina Pagú / Repórter

O Figueira noticiou na 51ª edição a história de uma jovem, do Vale do Aço, que procurava os pais biológicos. Maria de Lourdes Lopes, 30, foi adotada logo após o nascimento, com poucos meses de vida. Nasceu em Valadares e foi entregue em adoção em Ipatinga para outra família. Seus pais adotivos faleceram, e então começou a luta e a vontade de conhecer a mãe biológica. Ela procurou o Jornal e nós conseguimos ajudar para que esse reencontro fosse possível. Publicamos a reportagem e um senhor de Brasília, que faz o trabalho voluntário de auxiliar brasileiros a encontrar amigos ou parentes desaparecidos, viu a reportagem. Em seguida fez suas buscas via internet e o contato com Maria de Lourdes, que hoje conhece sua mãe biológica e duas irmãs. Lourdes veio a Valadares no último sábado (28), bateu na porta da casa da dona Alice Mariana e foi muito bem recebida. “Minha mãe é maravilhosa, tem uma saúde de ferro. Ela disse que eu sou a cara do meu pai. E me reconheceu na hora. Ficamos tão emocionados que não conseguimos tirar fotos. Eu e o meu esposo fomos até a rua Pedra Azul, no bairro Turmalina, no lugar indicado pelo senhor Manuel, lá de Brasília. E um moço da rua nos disse quem era a minha mãe, foi fantástico o nosso encontro. Quero agradecer o distinto senhor Manuel que me ajudou, quero homenageá-lo até. Sem ele não teria sido tão rápido o nosso encontro.” Mesmo diante da felicidade, Maria de Lourdes fez uma reclamação. “As ruas do bairro Turmalina estão precárias, a rua Pedra Azul e Padre Paraíso tem esgoto a céu aberto. A minha tristeza Maria de Lourdes contou seu drama ao Figueira, teve ajuda de leitores e encontrou os pais biológicos. Nesta foto ela está com o seu pai, feliz da vida foi ver a minha mãe morando lá, mas vamos dar um jeito nisso. A vida antigamente era muito difícil, por isso ela me deu em ado- existentes na Internet e jamais cadastros vendidos em feirinhas procurada o telefone e endereço de quem a procura. Localizei-a ção, mas hoje ao invés de melhorar parece que piorou.” do Paraguai que são muito utilizados por algumas pessoas. Eu também no SIBEC da Caixa Econômica, que também é pública, encontro a pessoa e mostro como a localizei. E já tive sucesso em mas é um pouco complicado. Falo para não pedir endereço ou Trabalho voluntário mais de mil casos. Já localizei pessoas que estavam desapareci- telefone, pois com certeza haveria a negativa em razão do sigilo das há 68 anos.” funcional. Porém, nada impede que seja feito o contrário. Então Manuel Saraiva Poeta é auditor público federal aposentado, e Ele conta que viu a postagem da reportagem nas redes so- pede-se para ver o endereço ou um meio de contato no cadastro hoje faz o trabalho voluntário de ajudar pessoas a encontrar suas ciais, e então começou a busca pelos pais da Maria de Lourdes. e mandar alguém da Prefeitura ao endereço entregar o telefone famílias. “Eu sou aposentado do serviço público federal onde “A senhora Alice Mariana Lopes dos Santos, mãe da Maria de de quem a procura. E assim foi feito. Hoje faço esse trabalho em trabalhei em auditorias, e em razão disso resolvi fazer esse tra- Lourdes, constava no cadastro do Bolsa Família de Governador função simples de ajudar as pessoas, para assim vivermos num balho voluntário, e faço questão de não receber um tostão. Ape- Valadares. Recebeu o benefício de 2004 a 2011. Quando localizei país melhor. Tenho 68 anos, há 10 convivo com a síndrome do nas quero ajudar as pessoas a reencontrar familiares e amigos pelo Portal da Transparência do Bolsa Família, me comuniquei com pânico, e já passei tantas coisas na vida, que me orgulho de fazer desaparecidos. Para esse trabalho utilizo apenas as ferramentas a pessoa responsável pelo cadastro e pedi para entregar a pessoa as pessoas felizes com o meu voluntariado.”

Fé Padre Paulo Almeida / Cidadania Cristã O renascer da sociedade que sonhamos Nesse Domingo a agenda do país volta-se para a comemoração da Páscoa, uma festa religiosa recheada de simbolismos, sentidos e interesses, inclusive mercantis. Do ponto de vista genuinamente religioso, a celebração pascal é o cerne da crença cristã, pois traz à tona o elemento mais importante da fé: a Ressurreição de Jesus e, consequentemente, a garantia de restabelecimento definitivo entre o homem e Deus. Contudo, falar da Páscoa e evocar a Ressurreição de Jesus Cristo remetem-nos aos desafios que a mensagem cristã impõe aos seguidores do Nazareno. O verdadeiro cristianismo se constrói na prática, por meio de escolhas políticas que respeitam a dignidade das pessoas; na promoção de efetiva igualdade de oportunidades ou no respeito às liberdades. Uma Páscoa verdadeira não pode ser somente formal; não pode trazer apenas a sensação interna de bem-estar, mas deve produzir frutos concretos e, porque não dizer, frutos sociais. Precisamos ver Cristo ressuscitando nas pessoas pobres da sociedade, de modo que passem de condições de morte para condições de vida. Temos que testemunhar Cristo ressuscitando nas mulheres vítimas de violência; nos estudantes desprestigiados com um sistema educacional que não os respeita, bem como não respeita os educadores. Queremos proclamar a boa-nova de uma Páscoa manifestada em um Brasil que continue diminuindo a desigualdade social por meio de uma melhor distribuição de renda; que tenha coragem de virar a página da corrupção estrutural e sistêmica que nos acompanha desde os tempos da colonização portuguesa; que desperte nos jovens a esperança de que o presente e o futuro podem ser diferentes e melhores que o passado. A Páscoa, que significa literalmente passagem, não se harmoniza com uma visão conservadora e egoística. Ela não é estática. Não é a celebração de uma ordem que mantém as lógicas de privilégios e domínios, ao contrário, a Páscoa cristã é dinâmica. É a operacionalização de mudanças. É a coragem de assumir os riscos de uma sociedade que seja melhor para muitos no lugar de ser uma sociedade muito boa apenas para alguns. São inquietação e mudança da sociedade. O momento é oportuno para uma pergunta: que sabor tem tido nossa Páscoa? Dos chocolates doces e gostosos ou de luta por uma sociedade marcada pela vida nova?

Uma Páscoa verdadeira não pode ser somente formal; não pode trazer apenas a sensação interna de bem-estar, mas deve produzir frutos concretos e, porque não dizer, frutos sociais.

Padre Paulo Almeida é padre, psicólogo, teólogo e vereador na cidade de Governador Valadares

Asas-delta colorem o céu de Valadares neste fim de semana Da Redação

Numa verdadeira aquarela, o céu de Governador Valadares se torna uma enorme tela de fundo azul mesclada com cores vibrantes que irradiam sobre a cidade a energia vibrante do esporte radical. O sol escaldante não intimida nem mesmo os estrangeiros, acostumados com temperaturas negativas, que atravessam o oceano para participar da 1ª etapa do Campeonato Brasileiro de Asa Delta. Entre os 60 competidores, apenas uma mulher - que não se intimida com a rapaziada - estará na disputa. “Uma das coisas mais lindas do esporte é que o gênero não importa. Somos todos pilotos e não vejo limites pelo fato de ser mulher. Depois de decolar somos todos iguais; competimos de igual para igual. Através do meu esporte consigo o que muitas mulheres lutam para conquistar”, ressalta a colombiana e piloto de asa delta há 22 anos, Cláudia Mejia de La Pava. A cerimônia de abertura realizada no último sábado (28), na Galeria Monhangara, foi marcada pela descontração e interação entre os competidores. O presidente da Associação de Voo livre Ibituruna, Abel Couto Brasil, era só entusiasmo. “Temos grandes nomes do voo livre nessa competição. A cidade está retornando ao cenário nacional e isso reforça a importância de Valadares para a prática deste esporte. A competição será feita em duas etapas e a soma de pontos definirá o campeão de 2015”, declara. Mas, a falta de patrocínio ainda é um fator que dificulta a participação dos atletas nas competições. Cláudia Mejia é um exem-

plo disto. “O nível do Brasil é muito alto e a organização do campeonato é muito boa. Se eu tivesse um patrocinador participaria de todas as competições, mas sem fica difícil”, ressalta. A prefeita Elisa Costa destacou o investimento que tem sido feito na educação e na saúde, sendo estes prioridades da atual administração. “Valadares, gradativamente, está se tornando um polo de qualidade em saúde e educação, e caminha para se tornar polo de esportes radicais – esporte é saúde, é vida! A cidade se sente muito feliz com a presença de todos e deseja uma semana de sucesso aos competidores”, finalizou. Participaram da abertura os representantes da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, da Associação de Voo Livre Ibituruna (AVLI). A competição está sob a supervisão geral da Associação Brasileira de Voo Livre (ABVL).

Temos grandes nomes do voo livre nessa competição. A cidade está retornando ao cenário nacional e isso reforça a importância de Valadares para a prática deste esporte. A competição será feita em duas etapas e a soma de pontos definirá o campeão de 2015. Abel Couto Brasil -Presidente da AVLI


CORRESPONDENTES 8

FIGUEIRA - Fim de semana de 3 a 5 de abril de 2015

Café com Leite

Cidadania

Marcos Imbrizi / De São Paulo

Da Redação

Divulgação

O início da obra e construção da barragem deu-se em 1925 e foi concluído dois anos mais tarde. Hoje, a represa Billings resiste às estiagens

90 anos da represa Billings

N

este mês se comemora os 90 anos da represa Billings, um dos principais reservatórios para abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo. Mas interessante é que originalmente, a represa foi construída com outro objetivo. Na década de 1920, a riqueza gerada pelo café incentivava a industrialização paulista, que precisava de energia para movimentar suas máquinas. O projeto para a implantação da represa foi desenvolvido por Asa White Kenney Billings, engenheiro da “The São Paulo Tramway, Light and Power Company, Limited”, mais conhecida como Light, e previa a implantação de uma usina hidroelétrica na cidade de Cubatão, na Baixada Santista. Billings propôs a criação de uma barragem para armazenar a água do rio Grande. Do reservatório formado no alto da Serra do Mar, a água desceria serra abaixo cerca de 700 metros, em grandes tubulações, para movimentar a usina Henry Borden. O início da obra e construção da barragem deu-se em 1925 e foi concluído dois anos mais tarde. Em 1926 entrou em funcionamento a primeira turbina da usina Henry Borden. Na década de 1940, uma nova obra passou a levar água do rio Tietê para a represa e aumentou sua vazão e, consequentemente, a capacidade de geração de energia. Com o crescimento da Região Metropolitana, a partir da década de 1950, a represa passa a fornecer água para o abastecimento da população. Ao mesmo tempo tem início o processo de poluição do reservatório com esgoto doméstico e industrial. Por conta da poluição, atualmente somente alguns braços da represa são utilizados para captação de água para abastecimento das cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema. Nestes locais a represa é utilizada também para o lazer da população, como a pesca, passeios de barco, entre outros. A usina Henry Borden continua em funcionamento, mas utiliza somente 25% de sua capacidade total de geração de energia. Ciclovias X Marginal – A questão das ciclovias na capital paulista teve um novo capítulo na última sexta-feira, quando o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a decisão que determinava a paralisação das obras das fai-

xas exclusivas para as bicicletas. Um ato organizado na Avenida Paulista para protestar contra a proibição no final da tarde daquele dia tornou-se uma comemoração pela nova decisão da justiça e contou com a participação de milhares de ciclistas. Coincidentemente, no sábado o jornal O Estado de São Paulo trouxe reportagens sobre a decisão do Tribunal de Justiça sobre as ciclovias e sobre a ampliação da “nova” Marginal do rio Tietê que completa cinco anos em 2015. Construída para melhorar a circulação de veículos ao custo de R$ 1,5 bilhão, a via, com 26 km de extensão, registra atualmente um aumento de 80% no tempo de deslocamento dos pobres paulistanos que por ali circulam todos os dias. Se em 2010 o engarrafamento no local no final da tarde era de 19,8 km, no ano passado passou para 35,7 km. “Foi uma obra inútil e, enquanto insistirmos na locomoção por transporte individual, a mobilidade não vai melhorar. Foi dinheiro jogado fora” disse um especialista à reportagem.

Com o crescimento da Região Metropolitana, a partir da década de 1950, a represa passa a fornecer água para o abastecimento da população. Ao mesmo tempo tem início o processo de poluição do reservatório com esgoto doméstico e industrial. Por conta da poluição, atualmente, somente alguns braços da represa são utilizados para captação de água para abastecimento das cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema. Nestes locais a represa é utilizada também para o lazer da população, como a pesca, passeios de barco, entre outros.

Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor de rádios livres.

Tarde de alegria na pediatria do Hospital Municipal A segunda-feira (31) foi dia de história e muita diversão na pediatria do Hospital Municipal de Governador Valadares (HMGV). A Caravana do Bem encheu os corredores e a sala de recreação de alegria, com brincadeiras, teatro, distribuição de brindes, fraldas descartáveis e livros infantis. Ao fim da visita, um lanche natural foi servido para as crianças internadas e para os acompanhantes. A iniciativa é de um grupo de funcionários da empresa A&C de Governador Valadares; cerca de 15 pessoas se fantasiaram de personagens infantis para dar mais vida às historias. Segundo Filipe Neto, instrutor de treinamento e desenvolvimento da empresa, a Caravana do Bem visita instituições públicas que necessitam de uma atenção maior. “A intenção é levar alegria para as crianças e principalmente incentivar a leitura com a distribuição de livros arrecadados pela empresa; parte dos livros fica com o hospital para que outras crianças possam utilizá-los em outro momento”, explicou. Para Ivete Mendes do Amaral Silva, avó de Luiz Gabriel, de 5 anos, internado desde sábado, a atividade lúdica oferecida para as crianças e os acompanhantes é muito positiva porque oferece um momento de descontração, aliviando a tensão, principalmente da criança. “Ele está se divertindo muito; acredito que essas atividades até ajudam na melhora dele”, falou. Na visão da Assistente Social do HMGV, Márcia Batista Ramalho, é de extrema importância porque chega muito próximo da realidade da criança porque o fato de estar internada a afasta do convívio social, familiar, escolar, do ambiente da casa. “Essas atividades têm muito a contribuir para a evolução do tratamento da criança, pois o ambiente fica mais alegre e descontraído”, afirmou.

Aeroporto da cidade A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República publicou, no último dia 19 (quinta-feira), no Diário Oficial da União, o Termo de Convênio nº 05/2015, referente à exploração do aeroporto Coronel Altino Machado. O termo diz respeito à construção, ampliação, reforma, administração, operação, manutenção e exploração econômica do aeródromo. De acordo com a administração do aeroporto, 420 passageiros por dia, em média, utilizam o transporte aéreo nos três voos realizados pela Azul Linhas Aéreas. Diante desta demanda, o aeroporto, gradativamente, tem se adequado. Recentemente, por meio de processo licitatório, foram regularizados cinco dos seis angares, e já está em andamento a licitação para as áreas comerciais e de mais um angar. Isto permite ao município continuar operando o aeroporto que atende as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

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CULTURA E ESPORTE 9

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FIGUEIRA - Fim de semana de 3 a 5 de abril de 2015

FIM DE SEMANA

O humorista Paulinho Gogó vai se apresentar no Teatro Atiaia nos dias 11 e 12, às 20h.

Divulgue aqui o seu evento, bar ou restaurante. Ligue: 3022.1813

TEATRO Teatro Atiaia

Dia 11 e 12 - 20h00 Show com Paulinho Gogó Paulinho Gogó é um contador de histórias. Com um jeito bastante peculiar de falar, cheio de gírias e troca de sílabas, o morador do bairro da Venda Velha, vive de contar as virtudes e derrotas do seu dia a dia, que ele mesmo chama de fatos venéreos. Como diz o personagem: Quem não tem dinheiro conta história!

IGREJA Sermão da Montanha

O evento será realizado no dia 03 de Abril, a partir das 18 horas na Avenida Minas Gerais. O Pastor Flamarion Rolando é um dos organizadores do evento e será o preletor do encontro.

Embora seja outro o sentido da Páscoa, ovos e chocolates seduzem as pessoas nesta época do ano (Foto: Divulgação)

Que delícia de Páscoa! Natália Carvalho / Repórter Ao ouvir que a páscoa está chegando, a primeira coisa em que pensamos é em ovos de chocolate e coelhinhos. Somos frutos de uma cultura consumista e crescemos assim. Presentear e ganhar ovos de chocolates no dia de Páscoa virou uma tradição, mas para muitos há um significado maior nesta data festiva. Com este pensamento, os pais, juntos às escolas da cidade estão mudando a forma de educar as crianças em relação à festa. O Colégio Vitorino possui a tradição de ensinar as crianças a história além dos ovos chocolate. De acordo com a coordenadora e pedagoga Renata Lomeu, a escola ensina o verdadeiro significado da páscoa, que ela relembra a salvação em Jesus Cristo, através da sua morte e ressureição. “Ensinamos às crianças um modo diferente de ver a páscoa, a partir da contação de histórias e desenhos animados.”, conta Renata. Lá, ao andarmos pelos corredores não encontramos desenhos de ovos nem de coelhinhos espalhados pelas paredes, apenas um quadro com os dizeres: “Que, na páscoa, nossa fé seja revigorada pela certeza de que Cristo ressuscitou e está entre nós!”, ao lado de um desenho de uma ovelha. “Este ensino é feito a partir de um projeto. Iniciamos por volta de duas semanas antes da páscoa, e durante este período é explicado a es-

tas crianças que os ovos de páscoa são algo puramente comercial, e que a páscoa não é somente feita de chocolate. Por isto, ao invés de usarmos ovos e coelhinhos, usamos outros símbolos, como as ovelhas.”, conta Renata. E mesmo sem o chocolate, as crianças não reclamam. Os novatos no colégio chegam a estranhar de início, mas todos aceitam de forma positiva os ensinamos passados pela instituição. Ao final do projeto, as crianças são incentivadas a levar este aprendizado, junto à uma lembrança, para casa. De acordo com Renata, este ano, ao contrário da antiga tradição do chocolate, as crianças levarão para casa um peixinho vivo. Já Rosângela Santos é mãe de dois filhos. Ela é de uma religião cristã, enquanto o pai não é religioso. Rosângela também procura ensinar o real significado da páscoa, porém de uma forma mais aberta, indiferente da religião: “Eu procuro ensinar história da páscoa até onde sabemos. Eu começo a contar pelos judeus, o significado que a páscoa tem para eles, e falo sobre o significado que a páscoa tem para os cristãos”, conta. “Procuro explicar que é um momento em que estamos voltados a nos auto-analisar e renascer. A Sexta-feira da Paixão é um momento de introspecção, de avaliarmos a nossa vida, e o domingo, simbolicamente, é quando renovamos coisas dentro de nós.” Porém, ao contrário do Colégio Vitorino, Ro-

CINEMA Velozes & Furiosos

sângela faz questão de presentear os filhos com ovos de chocolate: “É comercio? Sim, é um comércio. Porém, também é uma ilusão que temos de felicidade neste momento. Então, por que não?”, finaliza. A História da Páscoa A páscoa é um festival que celebra a ressurreição de Jesus Cristo, ocorrida três dias depois de sua crucificação. A festa é a principal e mais antiga celebração do ano litúrgico. Já a tradição dos ovos de páscoa se deu início bem antes desta festa. Séculos antes de Cristo, as trocas de ovos ocos de galinha aconteciam a fim de celebrar o fim do inverno e o início de uma nova estação. Símbolos de fertilidade e renascimento da vida, estes ovos eram decorados com cores alegres. Quando a páscoa cristã passou a ser celebrada, a cultura pagã integrou este símbolo à Semana Santa, e os cristãos passaram a usar o ovo como um símbolo da ressureição de Jesus Cristo. No entanto, foi apenas no final do século XIX, por influência dos franceses, que os ovos de chocolates surgiram. Afim de comemorar a páscoa, eles abriam os ovos de galinha e os recheavam com chocolate. Algum tempo depois, estes ovos se transformaram nos ovos de páscoa que conhecemos hoje.

Estação Olímpica cai no gosto dos alunos O sonho de todo pai ao matricular seu filho na escola é que ela ofereça uma boa estrutura e que a criança pegue gosto pelo estudo. Desde o começo deste ano, esta tem sido a realidade dos alunos da Escola Municipal Octávio Soares que podem usufruir da moderna estrutura da Estação Olímpica. Além do conteúdo comum às outras escolas os alunos têm atividades extras voltadas para as práticas esportivas. São 10 horas/aula semanais. “Aqui os alunos tem 1h40 de aula de educação física diária, com dois professores ao mesmo tempo, que é pra aula ter mais qualidade. Além das aulas de natação, atletismo e futebol, as crianças tem aula de judô, dança, xadrez, dama e tênis de mesa.”, afirmou o coordenador da Estação, Rayson Maycon Gomes Vieira. De acordo com o professor de futebol Peter Barbosa a Estação Olímpica tem uma estrutura que poucas escolas têm. “Esta estrutura esportiva que a Estação tem deixa os alunos muito mais motivados a praticar o esporte e a estudar”, contou. Fala, aluno! “A Estação Olímpica é a melhor escola de Valadares. Aqui tem campo de futebol, piscina, pista de

Gina Pagú

Sinopse: Sétimo filme da série “Velozes & Furiosos”. Dirigido por James Wan e estrelado por Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster e Dwayne Johnson. Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, T yrese Gibson Direção: James Wan Duração: 2h18min Gênero: Ação Classificação: 14 anos Data de lançamento: 02/04/2015 Programação: de 02/04 a 08/04/2015 Horário: 14h30min - 16H10MIN - 20h30min - 21h - DUBLADO Horário: 17h30min - LEGENDADO

GASTRONOMIA Divino Bistrô

Um novo conceito gastronômico em um ambiente climatizado e aconchegante. Almoço executivo e a la cart, crepes e deliciosas sobremesas. Rua Israel Pinheiro, 1910 - Centro Telefone: 3276.6080 Pratos sugeridos: Bacalhau com batatas ao murro e crepe de bacalhau.

Restaurante Concept

Sair para jantar é viver um momento único com pessoas especiais. O Concept é especializado em bons momentos. Drinks, pratos contemporâneos, cervejas gourmet e o charme de um ambiente aconchegante para você viver uma deliciosa experiência gastronômica. Avenida Piracicaba, 257 - Ilha. Reservas: 3021-1667

SAÚDE Semana da saúde no SESC

Futuros atletas olímpicos conhecendo a pista de atletismo da Estação Olímpica

atletismo. Esta escola é mais desenvolvida e nos dá oportunidade de participar de torneios”, declarou Flávia Fernandes da Silva, aluna do 1º CAB. Para a aluna do 1º CAB Lissa Vitória Almeida Santiago a escola é a mais organizada que ela já estudou. “Gosto daqui porque os esportes são olímpicos, os professores são mais tranquilos e a merenda é gostosa. E também porque aqui tem

disciplina, uma boa escola tem que ter disciplina”, enfatizou. O aluno do 3º CAB Daniel Bonfim ficou encantado com a nova escola. “Eu estudava em outra escola lá só tinha uma bola para todas as atividades de educação física. Aqui têm várias atividades, vários materiais. A escola tem uma boa estrutura e o treinamento é sério”.

Estabelecido em 1948, o dia 7 de abril aborda um tema definido anualmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2015, o assunto discutido será Segurança Alimentar. Segundo dados da instituição, alimentos não seguros, ou seja, que contêm substâncias químicas ou micro-organismos nocivos levam dois milhões de pessoas à morte por ano no mundo – inclusive crianças. Esses alimentos são responsáveis por mais de 200 doenças, que vão desde diarreia até o câncer. A OMS lançou cinco chaves para uma alimentação mais segura. O objetivo é ajudar a população em geral, fornecedores, manipuladores e preparadores de alimento.

Informações para o público: (33) 2102-9800


FUTEBOL 10

FIGUEIRA - Fim de semana de 3 a 5 de abril de 2015

Domingo de Páscoa será o “Dia do Fico” A torcida confia em um bom resultado contra o América, no domingo, no Independência, e já transformou a data no “Dia do Fico” Da Redação

Rubens Júnior / Assessoria de Imprensa do ECD

A torcida democratense não abandona seu time. Nunca. Mesmo nos momentos difíceis, lá estão os bravos democratenses. Espirituosos, criaram uma caravana para Belo Horizonte, com um nome curioso: “Caravana do Fico”. É uma alusão ao Dia do Fico (9/1/1822), quando o príncipe regente D. Pedro I resolveu ficar no Brasil, contrariando ordens da Corte Portuguesa, para regressar a Portugal. “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”, disse o príncipe. No domingo, às 16h, na Arena Independência, o Democrata faz a sua última partida no Campeonato Mineiro 2015, contra o América. Precisa de pelo menos um empate para não cair e ficar no Módulo I para 2016. A torcida acredita e confia que o domingo de Páscoa, 5 de abril de 2015, será o “Dia do Fico”. As chances de ficar são grandes. Até mesmo uma derrota não oferece risco à Pantera. Se o Democrata perder para o América, derrota da URT para o Tupi, em Juiz de Fora, ou derrota do Boa para o Atlético Mineiro, em Varginha, garantem o “Dia do Fico”. A chance de cair, segundo cálculos do Departamento de Estatística da UFMG, é de 10,5%. Longe das contas e possibilidades, o técnico Gilmar Estevam não poderá contar com o volante Marcel, que teve um estiramento muscular na coxa esquerda, não deve ter a sua disposição o zagueiro Leomar, com problema no joelho. E para aumentar seus problemas, o meia Kaio Wilker, que é do América Mineiro, não poderá enfrentar seu clube por força de um acordo de cavalheiros, feito entre as diretorias de Democrata e América. Flávio Lopes deve entrar no meio campo, no lugar de Marcel, Rodrigo Lima substitui Leomar e no lugar de Kaio Wilker, o substituto será conhecido momentos antes do jogo, que promete fortes emoções, tais quais as de 9/1/1822. “Se é para o bem de todos e para a felicidade da nação democratense, o Democrata fica”. É isso que a torcida quer ouvir no domingo, o “Dia do Fico”.

Histórias que a bola não conta Hadson Santiago

Enquanto houver sol

F

Leandrinho (17) pode ter mais uma chance na Pantera contra o América

Canto do Galo Rosalva Luciano

Kalil, esse é atleticano!

C

omeçamos a semana com um final, isto mesmo, final da novela da renovação do contrato do Guilherme.Não podemos esquecer que o jogador foi decisivo em situações de perigo para quer o Galo continuasse em competições que nos deram alegrias, como diante do Newell’s Old Boys, nas semifinais da Libertadores 2013, e diante do Corinthians, nas quartas de final da Copa do Brasil, da qual chegamos ao final campeões.Teve contusões extremamente sérias é verdade, talvez fora de hora pois achei que no final do Brasileirão 2014 ele fez bastante falta.O atleta comemorou a importância deste acontecimento com um “Eu Acredito” e eu comemoro junto com ele, acredito no seu futebol, acredito no seu comprometimento com o time a acredito na sua raça. “Hoje, estou vivendo um dos dias mais importantes da minha carreira. Minha história foi marcada por dias de glória, porém sempre acompanhada de dias de luta, o que fez a vontade de escrever novos capítulos prevalecer, fico feliz de receber a oportunidade de prolongar esta história e, quem sabe, transformar toda luta em mais glórias para o Atlético nesta temporada. Eu vejo a renovação desta trajetória como um gol marcante com a camisa do Galo, pois, desde o início, o ‘acreditar’ foi uma palavra diária na minha rotina. Afinal, sempre acreditei que eu superaria cada novo obstáculo e que os bons momentos podem falar mais alto no mundo do futebol”, finaliza o jogador. Percebemos claramente a pesada rotina de viagens do Atlético, ainda mais quando combinamos Campeonato Mineiro e Copa Libertadores. Quase sufocantes, em três dias, três viagens aéreas. Estressante sem medida. Luan mostra cansaço dentro de campo e isto não é bom. A parada desta semana que se finda por estes dias deve revigorar a todos. Esperamos que aproveitem este tempo e que o descanso faça acontecer partidas mais tranquilas.Dois dias sem nenhuma atividade e completando com treinos vais ser difícil acontecer dentro de um espaço de sete dias com frequência. 25 de Março-um dia tão importante quanto o nosso próprio dia em que vimos a luz do sol ou o brilho das estrelas pela primeira vez. Com muita inspiração um grupo de amigos no Parque Municipal de Belo Horizonte fizeram surgir uma das maiores paixões do futebol brasileiro, uma das maiores loucuras sadias, uma das maiores “religiões”, o Clube Atlético Mineiro. Uma vez até morrer, honramos o nome de Minas, orgulho do esporte nacional são exortações que

tatuam o nosso coração e a nossa alma alvinegra. Parabéns Atlético, você representa o ar que muitos respiram, você representa o pulsar do coração de outros tantos, enfim você representa todos os sinais vitais de milhões de apaixonados. Vale a pena uns escritos sobre um dos maiores altleticanos que conheço mas não mais do que eu, Alexandre Kalil. Comemora anos de vida neste dia também. Que orgulho! Nascer neste dia é a chave do tesouro fechando tudo que valioso. Parabéns ao presidente de tantos troféus importantes para a nossa estante. É dele estas palavras: “Eu não sinto falta da presidência, pois acredito que cumpri meu ciclo. Não larguei a mulher amada, criei um filho para o mundo. Ele atingiu a maioridade e saiu de casa, só isso. Eu tenho um filho médico e não gostaria que ele ficasse a vida toda aqui, grudada em mim. Da mesma forma, eu cumpri o meu papel no Atlético, que continua para o mundo”, disse à reportagem. Perdemos a vontade de perder e ganhamos a vontade de ganhar”, completou. Como todos os 10 milhões de atleticanos apaixonados, eu acompanho o meu time de coração”, finalizou. Atlético 3 x 0 Vila Nova... e o Leão do Bonfim não resistiu. Fechado até com uma certa categoria teve que se render à trama de Carlos, Lucas Pratto, Luan, Cárdenas e mais alguns. Rapidinho o Galo tornou a mostrar seu crescimento técnico e tático. Estão musicando as passadas e nos toques de maestros saíram o que nos fizeram gritar: Gollllllllll. Animador o que se viu ontem, animadíssimos para a Libertadores, a engrenagem está lubrificada. Vamos aguardar o dia 9 de abril.

Percebemos claramente a pesada rotina de viagens do Atlético, ainda mais quando combinamos Campeonato Mineiro e Copa Libertadores. Quase sufocantes, em três dias, três viagens aéreas. Estressante sem medida. Luan mostra cansaço dentro de campo e isto não é bom.

oi no sufoco, como sempre, mas a vitória do Democrata sobre o Mamoré, no último domingo, 29 de março, deu um novo ânimo ao time e à torcida para a permanência da Pantera na Primeira Divisão do Campeonato Mineiro. Placar magrinho, 1x0, gol de João Paulo na cobrança de uma penalidade máxima, logo no início do segundo tempo. Além de todas as dificuldades inerentes a uma partida de futebol, um calor escaldante fazia ferver o Estádio José Mammoud Abbas. Mesmo assim, com sol na moleira, a galera das arquibancadas metálicas se fez presente e apoiou o time do início ao fim do jogo. Aqueles que compareceram ao campo são dignos dos mais profundos e sinceros elogios. Amam de verdade a instituição Esporte Clube Democrata. Com um horário desumano para a prática do futebol, 16h, e com o Democrata lutando contra o rebaixamento, o torcedor teria todas as desculpas do mundo para não ir ao estádio. Como o torcedor democratense não é “coxinha”, se fez presente em bom número e ajudou bastante. Talvez isso tenha dado forças ao volante Marcel para continuar na partida mesmo após sofrer uma contusão, quando não se podia fazer outra substituição. A batalha, entretanto, não está ganha. Ainda falta a última rodada, quando a Pantera vai a Belo Horizonte enfrentar o América, peleja marcada para o Estádio Independência. O time da capital disputa com o Tombense a última vaga das semifinais e quer a vitória a qualquer custo. Tomara que não conte com a ajuda da arbitragem, prática tão condenável, mas, infelizmente, comum neste desonesto futebol brasileiro. O América não é nenhum esquadrão. O Democrata tem plenas condições de vencer a partida, resultado que afastaria de vez o risco do rebaixamento. O empate também é um bom resultado. Se ocorrer um revés, aí a Pantera passa a torcer contra URT e Boa Esporte. O time de Patos de Minas vai a Juiz de Fora enfrentar o Tupi, enquanto o Boa recebe, em Varginha, o Atlético Mineiro. Na partida entre Mamoré e Guarani, em Patos de Minas, um vai matar o outro. É importante, também, o saldo de gols. Sofrer goleada, Pantera, nem pensar! Confio no técnico Gilmar Estevam e na fibra do elenco de jogadores. Se faltou uma maior qualidade técnica ao grupo para realizar uma campanha digna das tradições democratenses, não se pode dizer que os jogadores não se esforçaram. Não houve casos de indisciplina e nem falta de empenho. Até jogador que estava insatisfeito com a reserva resolveu sair do clube de maneira amigável, sem tumulto, rescindindo o contrato de modo civilizado. Portanto, não faltaram trabalho e dedicação no Estádio José Mammoud Abbas. O Democrata pensou grande em 2015. A intenção era conseguir uma vaga para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro, além de um lugar nas semifinais do Campeonato Mineiro. Não deu. O objetivo mudou e a meta primordial passou a ser a permanência na elite do futebol mineiro. Isso é o que interessa no momento. Cair seria um desastre. Não merecemos isso. Aprender com os erros revela grandeza de espírito. O Democrata necessita mudar a maneira de conduzir o seu destino. Fiquei esperançoso com uma recente entrevista do presidente Edvaldo Soares ao apresentador de TV Paulo de Tarso. Um futuro melhor está por vir. Todos precisam fazer a sua parte. A torcida tem desempenhado bem o seu papel. A imprensa também. Que as vozes dos locutores Carlos Augusto de Albuquerque (Rádio Imparsom) e Tony de Oliveira (Rádio Por Um Mundo Melhor), além daqueles que transmitem pela internet, possam narrar os gols da Pantera que garantam um bom resultado à equipe valadarense. Espero que no final do embate entre América x Democrata, o competente Carlos Augusto, através das ondas do rádio, possa encerrar a jornada esportiva com suas célebres palavras: “Nada mais resta a fazer. Tudo passou, como tudo passa, como o vento passa, como eu sei que um dia vou passar”. E que a Pantera esteja mantida na Primeira Divisão, pois queremos um ano de 2016 mais tranquilo, sem tanto sufoco. O coração já não aguenta mais tantas emoções, bicho.

O Democrata pensou grande em 2015. A intenção era conseguir uma vaga para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro, além de um lugar nas semifinais do Campeonato Mineiro. Não deu. O objetivo mudou e a meta primordial passou a ser a permanência na elite do futebol mineiro. Isso é o que interessa no momento. Cair seria um desastre. Não merecemos isso.

Rosalva Campos Luciano é professora e apaixonadamente atleticana.

Hadson Santiago Farias é democratense desde o dia em que nasceu.


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