G N A R U S | 180
Ensino de História
A LUDICIDADE COMO METODOLOGIA PEDAGÓGICA Por Mariana Cardoso de Sousa e Rafael Coelho Bastos Resumo: O presente trabalho é um relato de uma metodologia lúdica aplicada ao longo de mais de uma década em algumas escolas públicas estaduais do Estado do Rio de Janeiro. Somos professores de História da citada Rede e trabalhamos com passatempos e jogos quase que exclusivamente. Este “quase” se dá por conta de simulados e provões organizados pelas próprias escolas. Percebemos que atualmente os alunos se mostram desinteressados pelo estudo. A leitura – fundamental para qualquer aprendizado – é, em termos gerais, insatisfatória e isso, obviamente, dificulta a assimilação dos conteúdos ministrados. Pensando nisso, resolvemos usar um instrumento como método. Trata-se do lúdico. Para tanto, seguimos os seguintes passos: 1) Todo tema é iniciado com um problema de lógica. Isso é feito para que o aluno elucide a questão por lógica não por conhecimento prévio da matéria. 2) O conteúdo em si (aquele resumo que nós, professores, passamos no quadro para que os alunos copiem) é apresentado aos alunos em formato de passatempos e eles devem completar a construção do texto usando, para isso, as palavras contidas em um banco de palavras. Isso exige do aluno um hábito pouco comum: o de ler o texto (ponto) da matéria. A leitura se faz obrigatória para que a coesão e coerência do texto sejam concluídas (isso auxilia nas concordâncias verbais, de número e gênero). 3) Correção dos passatempos com explicação do conteúdo em Power Point com objetos digitais, iconografias e mapas necessários. Palavras-chave: História; passatempos; jogos.
Relato
S
grande dificuldade de leitura. Isso se dá, entre omos professores de História e atuamos na Rede Pública Estadual do Rio de Janeiro com as modalidades Regular (Formação
Geral e Formação de Professores) e CEJA (Jovens e Adultos). As atividades descritas são aplicadas com alunos do Ensino Médio na modalidade Regular. Atuando no ensino público há mais de uma década, percebemos que nossos alunos têm uma
outras coisas, pelo fato de não terem o hábito de ler. Contudo, sabemos que esta é uma necessidade básica para que o aprendizado efetivamente aconteça. Em geral, as escolas solicitam de seus professores dinamismo e criatividade, mas nem sempre
consegue
fornecer
os
instrumentos
necessários para a concretização de projetos. Com isso em mente, precisávamos elaborar algo que fosse instigante para o aluno, que de certa forma
Gnarus Revista de História - VOLUME IX - Nº 9 - SETEMBRO - 2018