G N A R U S | 61
Artigo
MÚSICA: HISTÓRIA E CULTURA Por Marília Luana Pinheiro de Paiva
Resumo: Este artigo busca discutir o objeto música enquanto uma produção artística e cultural. Compreende a sua historicidade e seus aspectos técnicos, mas, sobretudo trata a música como um elemento social e histórico. A música é técnica é linguagem, cenário performance. A música permeia os espaços da sociedade e subjetividade, marca a vida das pessoas. Ela está presente nos momentos pessoais, nas festas religiosas e profanas. Nesse sentido o presente artigo procura pontuar essas questões subjetivas e históricas compreendendo a música no tempo e espaço no Brasil. A música é uma filha do seu tempo, traz consigo marcas culturais e também integra o cenário histórico. Palavras-chave: Música, História e subjetividade. Abstract: This paper discusses the object music as an artistic and cultural production. It comprises its historicity and its technical aspects, but above all treats the music as a social and historical element. Music is art is language, setting performance. Music permeates the spaces of society and subjectivity, marks the lives of people. It is present in personal moments, religious and secular parties. In this sense the present article tries to score these subjective and historical issues including the music in time and space in Brazil. Music is a child of its time, it brings cultural brands and also integrates the historical setting. Keywords: Music, History and subjectivity
A
música é formada por um conjunto de
Schafer chama a atenção para a textura de uma
materiais que se diferencia de ruídos,
composição
musical
que
é
definida
pelos
como os sons incidentes, como a buzina
instrumentos que estão sendo tocados em certo
de um carro, por exemplo. “Schopenhauer disse
momento,
que a sensibilidade do homem para a música varia
importância de observar os sons do nosso dia-a-dia
inversamente de acordo com a quantidade de ruído
(quase tudo tem um som). É importante que
com a qual é capaz de conviver”. O ruído seria
sejamos capazes de identificar aquilo que o autor
aquilo que não tem a intenção de ser música,
define como ruído, sendo qualquer som que
barulhos que interferem naquilo que queremos
interfira naquilo que queremos ouvir em nossa
ouvir. (SCHAFER, 1992, p. 52).
volta. O autor comenta: “Para o homem sensível aos
assim
como
também
levanta a
sons, o mundo está repleto de ruídos” (Schafer,