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Artigo

MÚSICA E CONSUMO: A INDUSTRIALIZAÇÃO DA CULTURA. Por: Marília Luana Pinheiro de Paiva Resumo: Este artigo busca discutir as relações sobre música e o mercado industrial. Uma crítica as músicas que são fabricadas pela mesma linha de produção, o famoso “clichê” da contemporaneidade, músicas, letras e melodias repedidas são as músicas da moda, as mais consumidas. Muitas vezes sem nenhuma letra com sentido ou até mesmo arranjo elaborado, são apenas produtos para serem vendidos; mais do mesmo. Nesse sentido procura relacionar a crítica de Theodor W. Adorno sobre a indústria cultural e o padrão que a música assume na sua concepção histórica. Pois a música, atual é vista como mercadoria, seguindo padrões estéticos e fazem sujeitos refém da arte de massa, transformaram em escravos passiveis da música de sucesso. Compreende-se que a música filha do seu tempo de uma sociedade globalizada e capitalista e da industrialização da cultura. Palavras chaves: Indústria cultural, música, história.

A

dorno (1996, p. 65) faz uma critica a indústria

cultural

no

capitulo

O

Fetichismo na Música e a Regressão da

Audição, escrita em 1938, na obra Os pensadores referir-se a decadência do gosto musical, a música desde tempos gregos foi sempre considerada como um “bem supremo”, mas em dias atuais, o que está em voga, e todos seguem para uma tendem a obedecer a moda, assim como em outras instâncias. A ordem é obedecer cegamente a uma moda que se expande comercialmente. Adorno exprime essa obediência da massa nessa passagem:

De resto, já não há campo para escolha; nem sequer se coloca mais o problema, e ninguém exige que os cânones da convenção sejam subjetivamente justificados; a existência do próprio indivíduo, que poderia fundamentar tal gosto, tornou-se tão problemática quanto, no polo oposto, o direito à liberdade de uma escolha, que o indivíduo simplesmente não consegue mais viver empiricamente. Se perguntarmos a alguém se "gosta" de uma música de sucesso lançada no mercado, não conseguiremos furtar-nos à suspeita de que o gostar e o não gostar já não correspondem ao estado real, ainda que a pessoa interrogada se exprima em termos de gostar e não gostar. (ADORNO, 1996, p.66)


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