Mudança de padrão A afirmação de que é vantajoso abastecer com etanol quando seu preço equivale a 70% do preço da gasolina pode estar com os dias contados. A Ecofrotas, empresa de gerenciamento de frotas corporativas, contradiz a convenção. A empresa realizou monitoramento do consumo de combustível e quilometragem de 410 mil veículos flex de seus clientes, durante 31 dias. O resultado foi que o uso do etanol apresentou rendimento médio de 79,52% em relação à gasolina. Isso significa que, mesmo que o etanol custe 80% do preço da gasolina, ele ainda será vantajoso para o consumidor.
Os híbridos estão chegando De acordo com informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea), o acordo com o governo federal para a diminuição dos impostos de importação para os modelos híbridos e elétricos está próximo. Hoje, essa taxa representa 25% do valor total do veículo e acaba encarecendo os demais veículos importados. A razão da alta carga tributária é o incentivo ao produto nacional, isento de IPI e outros impostos. Por isso, a Toyota informou que gostaria de produzir modelos híbridos no país, sendo favorecida por essa isenção. A empresa japonesa já comercializa no país o Prius, um sedan com dois motores: um a gasolina de 1.8 e outro elétrico, cuja bateria possui autonomia de até mil quilômetros. Com gasolina, ele pode fazer até 25 km/h, apresentando um sistema inovador de aproveitamento de frenagem, usado para recarregar a bateria.
Ping-Pong
Ueze Zahran
Presidente da Copagaz
Quais foram os avanços obtidos pelo setor após a implementação do programa Requalificação de Gás? Sem dúvida, o principal avanço obtido pelo programa diz respeito à segurança do consumidor. Antes de 1996, quando as leis internacionais ainda não existiam aqui no Brasil (a da requalificação é uma delas), a cada três ou quatro dias, um consumidor era vítima de acidente envolvendo botijão de gás. Hoje, graças aos rigorosos testes, o número de acidentes caiu drasticamente. Qual o balanço do programa? Entre novembro de 1996 e agosto de 2013, 150 milhões de botijões foram enviados para requalificação. Desses, 25 milhões foram reprovados, sucateados e substituídos por novos. As empresas do setor já investiram mais de R$ 4,5 bilhões na requalificação, sendo mais de R$ 2 bilhões para testar os vasilhames e cerca de R$ 2,5 bilhões para substituir os botijões reprovados. A cada dez anos, as engarrafadoras precisam testar 105 milhões de botijões. Quantas unidades ainda não foram requalificadas e por quê? O déficit atual de unidades que ainda não foram requalificadas é de 7,6 milhões. O principal motivo é a falta de recursos das empresas do setor de GLP. Hoje, a principal vulnerabilidade do mercado de gás está na implantação do sistema multibandeiras, o que significa que, atualmente, o revendedor não cria vínculo com nenhuma companhia de gás. O que o senhor destaca como o principal entrave do setor no momento? Ainda há a necessidade de avançarmos mais para melhorar a saúde financeira das empresas do setor e, com isso, termos recursos para investir em melhorias, como automação de processos, otimização operacional, redução da emissão de poluentes no processo de distribuição e comercialização do gás e proporcionar maior qualidade na entrega do produto aos nossos clientes. Uma regularização mais justa e eficiente é fundamental neste aspecto.
Gás de xisto O ex-ministro Roberto Rodrigues, que atualmente coordena o Centro do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), de São Paulo, solicitou um estudo na instituição sobre os impactos da extração do gás de xisto. Segundo Rodrigues, resultados prévios indicam que o procedimento tem mais aspectos positivos do que negativos. Combustíveis & Conveniência • 5