Saúde Financeira #03

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VOCÊ TEM O HÁBITO DE

LIDAR COM O ORÇAMENTO DOMÉSTICO É UM DESAFIO PARA MUITA GENTE. PARA DAR INÍCIO À JORNADA DE INVESTIDOR É CRUCIAL QUE O CONSUMIDOR TENHA CONSCIÊNCIA DA IMPORTÂNCIA DE ECONOMIZAR PARA GUARDAR
2020
FORTALEZA-CE, SETEMBRO DE
#03
POUPAR DINHEIRO?

VOCÊ GASTA O QUE GANHA?

OS DESAFIOS DE TORNAR O HÁBITO DE POUPAR UMA CONSTANTE INDEPENDENTE DE QUANTO SE GANHA

Poupar não é um sacrifício ou missão impossível. É um hábito que se adquire independente de quanto se ganha. Se a pessoa não tiver condições para dispor de muito, valores baixos, como R$ 10, já valem. Se você está começando, o principal não é quanto esse dinheiro vai render ou se preocupar com investimentos. Pode-se começar mesmo com uma poupança, por exemplo. O importante é desenvolver o hábito, reforçam os especialistas ouvidos nas páginas a seguir. Sugerimos dois percursos para fazer sobrar num orçamento mensal apertado: fazer uma análise das contas para verificar o que pode ser cortado, reduzido e esticar essa renda. Além disso, organização é fundamental

ACOMPANHE A SÉRIE

em toda relação com dinheiro. Está desequilibrado? É hora de começar a registrar todas as receitas e despesas, fixas e variáveis, para compreender seu orçamento familiar e o que pode ou não ser comprometido com itens fora das contas mensais.

E lembrem-se: não é sobre matemática, e sim sobre confiança e vontade de mudar sua relação com as finanças.

Boa leitura!

expediente

Acompanhe mais sobre Saúde Financeira no canal especial: fdr.org.br/saudefinanceira/

FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - (FDR)

No primeiro caderno Saúde Financeira apontamos quais os direitos e deveres do consumidor

No segundo caderno Saúde Financeira discutimos como se tornar um investidor de sucesso

Presidência: JOÃO DUMMAR NETO | Direção Administrativo-Financeira: ANDRÉ AVELINO DE AZEVEDO | Gerência Geral:

MARCOS TARDIN | Gerência Editorial e de Projetos: RAYMUNDO NETTO | Análise de Projetos: EMANUELA FERNANDES

SAÚDE FINANCEIRA

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MAROPO | Textos: ANA BEATRIZ / BRUNA DAMASCENO / AMANDA ARAÚJO / PAULA LIMA | Gerente de Marketing:

NATERCIA MELO | Analista de marketing: FERNANDO DIEGO | Coordenadora de Criação: RENATA VIANA | Analista de Mídia: VALESKA CRUZ

PATROCÍNIO

REALIZAÇÃO

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2020
FORTALEZA-CE,
SETEMBRO DE

3 FATORES

PARA O SUCESSO NOS INVESTIMENTOS

PARA INVESTIR, É PRECISO POUPAR. MAS, PARA GUARDAR DINHEIRO, DEVE-SE DESMISTIFICAR A FORMA DE LIDAR COM O DINHEIRO PARA DEPOIS TRAÇAR PLANOS QUE AGORA PODERÃO SE TORNAR REALIDADE

Quantas vezes você já pensou em investir, mas desistiu no meio do caminho porque não sobrou nem um tostão no fim do mês? Com a popularização dos produtos financeiros, muitos querem encarar a jornada, porém, pulam as etapas fundamentais para obter sucesso nas aplicações e acabam tornando o processo frustrante.

O aporte do recurso é a fase final de um investimento. Para que ele se concretize e tenha o retorno desejado, requer o tripé: mudança de mentalidade financeira, motivação e o hábito de poupar. De acordo com a CFP (planejador financeiro certificado, na sigla em inglês), Viviane Ferreira, é crucial que o consumidor tenha consciência da importância de economizar para guardar.

Se a pessoa não tiver condições para dispor de muito, valores baixos, como R$ 10, já valem. Neste começo, o principal não será a rentabilidade e pode-se começar aportando na poupança, por exemplo. O importante é desenvolver o hábito, reforça. A dica é a “se pagar primeiro”.

Isso significa destinar logo o dinheiro do investimento antes arcar com as despesas essenciais e outros. Assim, torna-se uma prioridade e não há brechas para ceder a consumismo. Na prática: aplica-se, paga-se as contas indispensáveis e somente o que sobrar utiliza-se para outros fins.

Uma metodologia viável em alguns casos é a regra do 5030-20. Que, na prática, significa reservar metade da renda para o primordial, 30% para os gastos variáveis e o restante para investir.

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Outro ponto, diz, é que muita gente acredita que para ser investidor basta apostar em investimentos de altos riscos, mas começar pela renda fixa e ter uma reserva de emergência é o verdadeiro pontapé inicial.

Quanto mais cedo isso ocorrer, maior será o tempo para o aprendizado, mudança de comportamento e de reserva acumulada. Mas a qualquer momento essa iniciativa pode ser implantada nas finanças pessoais, independente da idade ou classe social. Somente assim, os sonhos e metas estarão palpáveis no curto, médio e longo prazo. É imprescindível ter horizonte.

“Quando vamos fazer um bolo e tem bastante farinha e pouco fermento, ele não cresce, mas, se eu inverter a quantidade dos ingredientes, também não será um bolo bom. Essa analogia mostra que investimento não é apenas o dinheiro, e que a rentabilidade vai ser apenas o fermento crescer”, analisa.

“É fundamental que as pessoas não achem que vão ficar ricas rapidamente com os rendimentos. Essa ansiedade pode fazer com que acabem caindo em golpes e perdendo dinheiro. É possível ficar rico, sim, mas com disciplina e planejamento”, alerta.

Mas como poupar quando o salário abarca somente as despesas essenciais? Há dois percursos: fazer uma análise das contas para verificar o que pode ser cortado, reduzido e esticar essa renda. Pode parecer difícil conseguir uma fonte extra, mas ele pode começar com o olhar atencioso para dentro de casa, checando o que não é mais utilizado e pode ser vendido. Será um montante não previsto que poderá ser investido ou pagar uma dívida, por exemplo.

Agora, para manter a ampliação dos ganhos, é possível oferecer trabalhos como aulas particulares, passeios com cachorros, vendas de comidas, lembrancinhas de ani-

É FUNDAMENTAL

QUE AS PESSOAS

NÃO ACHEM QUE

VÃO FICAR RICAS

RAPIDAMENTE COM OS RENDIMENTOS.

ESSA ANSIEDADE

PODE FAZER COM

QUE ACABEM

CAINDO EM GOLPES

E PERDENDO

DINHEIRO

versário etc. A diretora do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-CE) e consultora financeira, Darla Lopes, detalha que há três perfis mais comuns. O primeiro é o consumidor que está deficitário. O segundo é aquele que costuma ficar no “zero a zero”. Diferentemente do anterior, não está endividado, mas, também, não consegue fazer o dinheiro sobrar. O último está numa situação mais confortável e tem uma folga no fim do mês.

São necessárias adequações para cada caso, mas, em todos é necessário enfrentar as finanças e a realidade de forma madura e cautelosa. “Muita gente foge do orçamento pessoal. Existe um sofrimento ao encarar a dor de não ter recurso. O ser humano se afasta dessa dor para maximizar a satisfação imediata. Dessa maneira, as pessoas se prejudicam e esse comportamento acaba levando-as a gastar o que não têm”, avalia Darla.

Para evitar isso, o ideal é colocar todas as despesas e renda numa planilha ou em um caderno de anotações, por exemplo, para entender as fontes de ganho. Um erro muito comum, explica, é focar nos gastos e não na receita. É básico anotar todos os recursos recebidos para conseguir se planejar para o futuro.

Os gastos essenciais devem ser divididos em fixos e variáveis. Feita a tarefa, tem de analisar o que ali pode ser enxugado. Dispêndios variáveis como a conta de luz, água, telefone podem ser diminuídos com organização financeira. Outros poderão ser descartados. Um exercício crucial está no estilo de vida de cada um. Um carro importado e apartamento de alto nível, por exemplo. Você pode mesmo manter esse padrão? O que não condiz com sua realidade financeira que você ainda mantém?

“É preciso coragem para encarar e compreender quem você é, qual seu contexto econômico e se

adequar a ele, claro, trabalhando para que possa usufruir das coisas que deseja, mas não vivendo como ainda não tem condições. Não é sobre matemática, e sim sobre confiança e vontade de mudar sua relação com o as finanças”, assinala, lembrando que é a partir desse movimento que os sonhos e projetos poderão ser realizados.

Darla pondera que não se pode pular etapas e utilizar planilhas e aplicativos são meios de colocar o plano em prática, mas fazem parte de um processo muito maior. “Em muitos casos, essa empolgação dura 15 dias. Isso porque quem salta etapas acaba não conseguindo continuar diante do pouco planejamento e acaba se frustrando ou desistindo”, alerta.

“Tem de melhorar a mentalidade financeira, entender como funcionam seus paradigmas e crenças, como foi programado desde criança para lidar com o dinheiro. O segundo passo é estar motivado, saber o que quer daqui para frente”, diz.

DICAS

PARA SABER MAIS

Siga as planejadoras financeiras no Instagram e acompanhe as dicas diárias.

A @vivianeferreirafinancas compartilha leituras e dicas de como despertar para o dinheiro e ajuda mulheres a traçarem os projetos.

A @darla_lopes também dá dicas e fala sobre consultoria e terapia financeira. No Instagram @oficinameutesouro, fala como os pais podem adotar a educação financeira infantil.

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Baixe a planilha grátis para começar a organizar sua vida financeira e faça um teste para saber como está sua situação financeira. No site Saúde Financeira (http:// fdr.org.br/saudefinanceira), você poderá baixar o material elaborado por Darla Lopes.

PASSO A PASSSO

1. ANALISE SUAS

CONDIÇÕES FINANCEIRAS.

Quanto você recebe e quanto você gasta. Jogue essas informações em um planilha ou caderno, sem temor de enfrentar a realidade. Por mais difícil que seja estar no vermelho, é preciso encarar. Você só sairá desta condição quando tomar essa decisão

2. VEJA O QUE

É POSSÍVEL reduzir dos custos e o que é possível eliminar, mesmo que seja temporariamente

3. AUMENTE SUA RENDA

Dê aulas, venda coisas em desuso, preste serviços em outros horários, enfim, encontre formas de ampliar sua renda

4. SE ESTIVER

ENDIVIDADO, utilize a sobra do corte de gastos e renda extra para quitá-la. Se não conseguir agora, guarde esse dinheiro aplicado em algo que possa possibilitar resolver o débito depois

5. POUPE TODOS

OS MESES. Por mais difícil que seja, tire pelo menos R$ 10 para conseguir criar o hábito de poupar

6. BAIXE APLICATIVOS que possam te auxiliar a gerir e controlar suas contas

7. DEPOIS DE TODAS

ESSAS ETAPAS, inicie seus investimentos, analisando seu perfil de investidor e quanto tempo você pretender realizar o que busca

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ORÇAMENTO DOMÉSTICO:

COMO EQUILIBRAR RECEITAS E DESPESAS?

COM CRISE CAUSADA PELO CORONAVÍRUS, SABER COMO LIDAR COM DÍVIDAS E INVESTIR EM EDUCAÇÃO

ANA BEATRIZ CALDAS

beatriz.caldas@opovo.com.br

Ainda que possam parecer o único caminho para realizar sonhos e a salvação em momentos de aperto, instrumentos como o cheque especial e o cartão de crédito costumam figurar entre os maiores problemas do orçamento doméstico. Com a crise econômica causada pela Covid-19, eles podem ser ainda mais necessários nos lares brasileiros durante os próximos meses – especialmente para famílias que tiveram mudanças no perfil de renda –, mas é preciso sabedoria para começar a poupar e evitar dívidas.

Para a economista Kayline Moreira, professora do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão da Universidade de Fortaleza (Unifor), o perigo do uso desses instrumentos consiste na cultura brasileira de “antecipar sonhos”. “Primeiro queremos o prêmio, para só depois

pagar o preço. Em vez de juntar o dinheiro, preferimos dividir no cartão, e quando você parcela uma compra, está comprometendo a sua renda do futuro. Isso faz com que o cartão vire uma despesa fixa, às vezes até mesmo já considerando os juros altíssimos, quando se sabe que não será possível pagar a parcela inteira todo mês”, alerta.

Em momentos difíceis e de incerteza como agora, a educação financeira se faz ainda mais necessária. E o primeiro passo para transformar sua rotina nesse sentido é mais simples do que parece: registrar todas as receitas e despesas, fixas e variáveis, para compreender seu orçamento familiar e o que pode ou não ser comprometido com itens fora das contas mensais. “A dica mais importante vale tanto para pessoas que moram sozinhas como para famílias, pequenas ou grandes: manter uma planilha de gastos e categorizar as despesas para entender o que pode ser cortado”, explica Kayline.

POUPANDO COM POUCO

Segundo Kayline Moreira, a principal dica para poupar e não comprometer o orçamento doméstico consiste em poupar com frequência, e não poupar muito, especialmente quando se tem um objetivo a médio ou longo prazo, como a faculdade dos filhos ou uma aposentadoria mais tranquila.

“Em famílias de baixa renda isso é mais delicado, porque também é importante pensar no emocional e nos desejos e sonhos de consumo. Nesse caso, é essencial ter um planejamento organizado para saber o que pode ser substituído por alternativas mais em conta, procurar promoções e ver se há algo que pode ser cortado para poupar um pouco todos mês, nem que seja R$ 10 ou R$ 15 que, no final do ano, podem fazer a diferença. O importante é se comprometer”, ressalta a economista.

As dicas para estimular a “cultura do poupador” variam de acordo com o tipo de salário recebido. Para mensalistas, o ideal é separar o valor estipulado já ao receber o dinheiro; já quem recebe semanal ou quinzenalmente, deve se comprometer a tirar parte do valor mensal sempre que alguma receita entrar. “Receber o dinheiro, gastar com o necessário e só depois tirar algum valor para poupar é algo que não funciona”, completa Kayline.

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FINANCEIRA TORNA-SE AINDA MAIS IMPORTANTE

COMO EQUILIBRAR O ORÇAMENTO FAMILIAR COMPROMETIDO PELA PANDEMIA?

No Brasil, milhares de famílias tiveram uma mudança brusca no perfil de renda durante a pandemia, devido a demissões, redução salarial ou no lucro dos negócios, no caso de empreendedores autônomos. Para Érico Veras Marques, economista e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), nesse momento, é essencial que os familiares que chefiam as finanças conversem com os demais membros da família, para deixar a situação econômica transparente e buscar possíveis ajustes nas despesas.

“Quando há uma queda na renda, é necessário que a família inteira se adeque à nova situação, mapeando despesas fixas e variáveis, obrigatórias e não obrigatórias, e mudando seus hábitos para que os cortes necessários sejam feitos. O coronavírus mexeu com quase todo mundo, e essa é a hora de aprender a cozinhar para cortar gastos, por exemplo, ou ver se é possível substituir a academia por uma mais barata ou atividades ao ar livre”, pontua.

No caso de famílias que estão sem renda no momento, os membros também podem mapear habilidades para gerar renda juntos: observar se há alguém com talento na cozinha, que possa dar aulas ou fazer mimos para festas. “Em situações mais precárias, também é importante entender quais são as dívidas prioritárias para quitar no momento e quais podem ser deixadas para uma negociação. Também é possível mudar o perfil da dívida, como fazer um empréstimo para cobrir o cheque especial ou fatura do cartão, já que estes possuem juros mais altos”, completa Érico.

O CORONAVÍRUS

MEXEU COM QUASE TODO MUNDO, E ESSA É A HORA DE APRENDER A COZINHAR PARA CORTAR GASTOS, POR EXEMPLO, OU VER SE É POSSÍVEL

SUBSTITUIR A ACADEMIA POR UMA MAIS BARATA OU ATIVIDADES AO AR LIVRE

ONDE GUARDAR O DINHEIRO?

Conta conjunta, contas de bancos diferentes, poupança: são muitas as possibilidades para manter o orçamento doméstico armazenado, especialmente o que será poupado. Mas qual a melhor forma de armazenar e fazer o dinheiro render? Para a economista Kayline Moreira, casais devem manter contas separadas e, se desejarem, criar uma conta conjunta apenas para as despesas da casa.

“Essa conta pode ser criada em um banco digital gratuito e cada um pode depositar mensalmente o valor destinado para despesas fixas e variáveis, do aluguel a um jantar fora. É uma opção legal para manter a individualidade, mas ambos precisam honrar os compromissos, sem usar esse dinheiro de forma pessoal”, lembra.

Já para quem quer fazer o dinheiro render, a economista lembra que a poupança, atualmente, não é a melhor opção. Uma sugestão é manter o dinheiro que será poupado em uma conta diferente da utilizada no dia a dia, de preferência em uma contal digital, que não possuem taxas e rendem melhor. Segundo o professor Érico Veras, quem busca investir a longo prazo, para o futuro dos filhos ou uma aposentaria mais confortável, também pode buscar alternativas como corretoras de valores, fundos de investimento imobiliário (a partir de R$ 10 ao mês) ou títulos do Tesouro (a partir de R$ 30).

“É possível comprar títulos, ações, fazer um plano de previdência com taxas mais baixas. O importante é, antes disso, conversar com um amigo ou familiar que entenda mais sobre o assunto, buscar cursos online, estudar o básico de matemática financeira; no momento, há várias casas de investimento digitais com boas opções, mas para projetos de longo prazo é importante estudar antes, para que os juros ajam a seu favor”.

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5 PERFIS PARA SEGUIR E APRENDER

Boletinhos – instagram.com/boletinhos

Dinheirama – youtube.com/dinheirama

Finanças Femininas – youtube. com/financasfemininas

Graninhax – instagram.com/graninhax

Nath Finanças – youtube. com/nathfinanças

5 APPS PARA BAIXAR E POUPAR

*Disponíveis para Android e iOS

Guiabolso Minhas Economias Mobills

CASAIS

QUANDO O DINHEIRO VIRA PROBLEMA

Assim como a traição costuma afetar casais pela quebra de confiança, o dinheiro também pode ser um vilão no relacionamento. Isso porque, muitas vezes, um membro do casal comete “infilidelidade financeira”, ou seja, não falar a verdade para o companheiro em relação a ganhos ou despesas.

Segundo Denise Figueiredo, doutora em Psicologia e co-fundadora do Instituto do Casal, é importante que casais – principalmente os que estão começando a vida juntos – mantenham acordos explícitos sobre a relação com as finanças de cada um.

“É preciso estabelecer se tudo será dividido ou se os gastos serão feitos a partir do que cada um ganha, por exemplo. Isso terá muito a ver com a história de cada um, com a relação que os pais deles tinham com o dinheiro, se a pessoa tem mais ou menos patrimônio e também segurança nesse sentido”, comenta.

A infidelidade acontece, portanto, quando esse combinado não é respeitado e parte dinheiro fica num “caixa 2” ou tem destino diferente do que era proposto. Além de trazer danos ao orçamento doméstico, prejudicando planos familiares, o problema também pode acarretar complicações à relação.

“Quando a gente olha para um casal, a gente não olha para um evento isolado, e sim

É PRECISO ESTABELECER SE TUDO SERÁ

DIVIDIDO OU SE OS GASTOS SERÃO FEITOS A PARTIR DO QUE CADA UM GANHA, POR EXEMPLO

para um sistema complexo: um problema financeiro como esse pode ser uma demonstração de insegurança, competição, desigualdade na relação de poder. Ele sempre faz parte de um cenário mais amplo”, ressalta a psicóloga.

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Organizze Gastos Toshl Finanças

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