Revista Indústria Cervejeira - Edição Nº 26

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SE BEBER NÃO DIRIJA

Ano 08 - Edição Nº 26 - 2023

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Gs1 Brasil alerta sobre a importância dos padrões no Dia Mundial da Normatização

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SE BEBER NÃO DIRIJA

Expediente Ano 08 - Edição Nº 26 - 2023

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Índice

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Indústria: O Placar de 7 a 1 da Desindustrialização

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Artigo: A importância do malte na elaboração da cerveja

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Capa: Gs1 Brasil alerta sobre a importância dos padrões no Dia Mundial da Normatização

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Tecnologia: Investimento em inteligência das máquinas, apesar de tendência, exige prudência dos negócios

Diretoria: Fábio dos Santos Cátia Rodrigues dos Santos fcsantos2002@uol.com.br

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Técnica: Métodos mais utilizados para efetuar o dry hopping da cerveja

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Comemoração: Maior fábrica do Grupo Petrópolis completa três anos em operação

Jornalista Walter Fernandes fcsantos2002@uol.com.br

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Lançamento: Dádiva e Goose Island lançam Golden Stout Golden Night

Gs1 Brasil alerta sobre a importância dos padrões no Dia Mundial da Normatização

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Edição: Nº 26 - 2023 Capa: Divulgação

Diagramação e Criação: Rubem Araújo Spínola binhoartegraf@gmail.com fcsantos2002@uol.com.br Estagiária Letícia dos Santos Dutra fcsantos2002@uol.com.br Assinatura / Expedição: Reinaldo A. dos Santos fcsantos2002@uol.com.br Departamento Comercial: Fábio dos Santos fcsantos2002@uol.com.br Departamento Administrativo: Carla Rodrigues fcsantos2002@uol.com.br Colaboradores: José Carlos Giordano umbrellagmp@terra.com.br Matthias R. Reinold matthias@cervesia.com.br Marco A. Amaral marcoagamaral@uol.com.br Consultor: Matthias R. Reinold (Mestre Cervejeiro)

“Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da editora.” FC Santos Editora e Eventos Ltda Rua Marina, 468 - Campestre Santo André – SP – CEP: 09070-510 Tel.: (11) 98336-4334 fcsantos2002@uol.com.br www.revistaindustriadebebidas.blogspot.com Facebook: revistaindustriadebebidas

Anunciantes Agavic..............................................4ª Capa

Lapiendrius................................2ª Capa / 03

Brasil Envase............................................23

Mapan.......................................................19

Casa Di Conti............................................25

Maqmundi.........................................3ª capa

Cervesia...................................................11

PE Labellers...............................................13

FC Santos Editora ........................09/10/24

Polibras.....................................................21

JBR Brasil................................................05

Qualiterme................................................15

Kinox........................................................17

Taimak.......................................................07

Editorial O setor cervejeiro do Brasil Dados do último Anuário da Cerveja, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), mostram que o setor cervejeiro cresceu 11,6% em 2022, com a abertura de 180 novos estabelecimentos. Ao todo, o Brasil tem registrado 1.729 cervejarias. Em 2022, as cervejarias brasileiras alcançaram uma variedade de 42.831 produtos e 54.727 marcas de cerveja. Em relação a novos produtos, houve um crescimento de 19,8 % ao total de produtos registrados em 2021, o que representa 7.090 variedades de cervejas a mais. Atualmente, todas as regiões do Brasil produzem cervejas. Ainda segundo o levantamento do MAPA, a tendência de concentração de cervejarias na região Sudeste permanece, apresentando 798 estabelecimentos registrados, o que representa 46,2% do total de cervejarias do Brasil. O destaque em 2022 foi Minas Gerais que, com aumento de 33 cervejarias registradas, superou Santa Catarina e alcançou a terceira posição no ranking com 222 estabelecimentos. São Paulo se mantém como o primeiro Estado com maior número de cervejarias registradas, com total de 387 estabelecimentos, seguido do Rio Grande do Sul com 310 cervejarias. Já a região que teve o maior crescimento relativo no ano passado foi a Norte, que apesar de contar apenas com 36 estabelecimentos, apresentou 20% de aumento no número de cervejarias registradas em comparação com 2021. Atrás somente da China e dos Estados Unidos, o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo. De acordo com dados da Euromonitor International, o país deve alcançar, em 2023, o volume de vendas de 16,1 bilhões de litros, um crescimento de 4,5% em relação a 2022. Com relação às exportações, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em 2022, o setor registrou US$ 120,047 milhões em vendas. No primeiro semestre de 2023, as vendas externas somaram US$ 87 milhões. Nos últimos 10 anos (2012-2020), as exportações dobraram: foram de cerca de US$ 60 milhões para mais de US$ 120 milhões. Em 2022, o Paraguai foi o principal destino das cervejas brasileiras, respondendo por 62,3% das exportações. Os principais destinos são os países da América do Sul, que respondem por 98,4% da exportação do produto brasileiro.

Boa leitura e ótimos negócios!



INDÚSTRIA

POR Mauro C. Andreassa

O Placar de 7 a 1 da Desindustrialização A desindustrialização no Brasil é mais ou menos como um jogo de semifinal de Copa do Mundo, jogando em casa, onde se perde de 7 a 1 de forma apática e passiva. Nas minhas aulas e palestras, mostro sempre esta imagem icônica de jogadores chorando em campo, com objetivo de motivar perder assim, nunca mais! Não existe apagão. Existe falta de planejamento, estratégia, disciplina. As Sereias O sedutor canto das sereias sempre vai existir. As sereias são belas pelo que ouvi falar das lendas gregas e o perigo é ser dragado para o fundo do mar pelo feitiço do canto. Assim é a Indústria 4.0, Inteligência Artificial, Computação Quântica e uma imensa variedade de termos técnicos e corporativos sensuais que enchem prateleiras de livrarias de autoajuda de aeroporto.

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Brasil é o décimo país mais atraente para investimentos, em linha com a visão de que somos a décima economia do mundo. Mesmo assim, é evidente que emtermos práticos é impossível que o Brasil jogue para ganhar com a China ou com a Índia quando o assunto é competição na indústria. Prova disto é a edição de 2023 do Anuário de Competitividade Mundial do IMD (Instituto Internacional de Desenvolvimento Gerencial, da sigla em inglês). O Brasil ficou em 60º em um ranking mundial de um total de 64 países analisados.

“Nós só não perdemos em competitividade da África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela.” É muito pouco para a décima maior economia global. É pouquíssimo, melhor dizendo. Um dos fatores cruciais é a percepção dos empresários sobre a eficiência do setor privado, quesito na qual o país caiu da 59ª para a 63ª colocação, segundo Carlos Arruda, professor da FDC, afirmou ao jornal Valor Econômico. Penúltimo lugar. Outro aspecto relevante é a gestão da educação. A percepção de como os jovens chegam despreparados ao mercado de trabalho. Nesta pesquisa, o país ficou em último lugar nesse quesito. Último. Criticar governos simplesmente não basta e não resolve o problema. Vamos nos fixar nas variáveis sob o controle da indústria e da academia, deixando de lado os modismos e ideologias. 06

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“Então, é claro para mim que devemos tomar duas decisões na gestão da educação: ter um olhar atento para filtrar o que é moda e transitório daquilo que é alicerce para o conhecimento visceral e estudar profundamente estes alicerces” É certo que a sociedade vem passando por ondas de inovação há muito tempo e com elas, várias mudanças no mundo do trabalho. Isto vai continuar, desta vez em ritmo exponencial, fator que difere das antigas revoluções do passado mais cadenciadas. IA não representa o juízo final, tampouco a salvação da sociedade, da mesma maneira que foi a energia nuclear no período da guerra fria. IA terá seu espaço nesta sociedade e organizações exponenciais. Assim também podemos falar de tantas outras revoluções que se avizinham.

Alicerces não são sensuais O que todas estas revoluções têm em comum é a necessidade de alicerces robustos que as sustentem. Não existe IA sem estatística, álgebra, cálculo diferencial e integral. A indústria 4.0 implora por 5S e Manufatura Enxuta no chão de fábrica. A computação quântica clama pela álgebra linear, pela física quântica. As baterias dos carros elétricos demandam eletroquímica. E cá entre nós, em uma imensa maioria dos casos como os acima, alicerces não são nada sensuais. Último lugar na educação é um momento de reflexão. É ter certeza de que está tudo muito errado e que a apatia é o pior que nos pode acometer. Temos que transformar este ponto de reflexão em ponto de

mutação. Querem uma ideia inovadora? Livros!

“Nada é mais revolucionário e inovador que o livro inventado por Gutemberg, seja papel ou tela, que permita a leitura profunda e reflexão.” Se os egressos dos cursos superiores e técnicos profissionalizantes não se adequam às necessidades da indústria, precisamos de alunos com conhecimento profissionalizante e pensamento crítico, com habilidades técnicas e socioemocionais.

“Não se trata de habilidades técnicas ou socioemocionais. Se trata de habilidades técnicas e socioemocionais.” Nada pode ser negligenciado na educação. O momento é de luta corpo a corpo. Conhecimento tácito dos livros e universidades de mãos dadas com o conhecimento explícito gerado pelas relações pessoais, pelas conversas ao redor de uma máquina de café, da discussão no pé da máquina. Cabe a indústria permitir, incentivar e promover o conhecimento fluindo desta forma, da mesma forma que nossos ancestrais conversavam em volta de fogueira nos permitindo chegar aqui. Não dá mais tempo de teorias mirabolantes e planos rocambolescos. O momento é de ação. Mais fácil arregaçar as mangas que criar um business plan para mudar o mundo. O perigo de mais um daqueles planos de negócios infalíveis que jamais se concretizam.

O que temos a perder? Serviço: mandreas@uol.com.br Mauro C. Andreassa tem 45 anos de indústria e 25 de academia. Físico pela PUCSP, pós-graduação em Administração de Empresas pela FECAP e FEA-USP. Futurista e não se conforma de assistir passivamente o empobrecimento do conhecimento.


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ARTIGO

ARTIGO

Por: Matthias R. Reinold

A importância do malte na elaboração da cerveja Os maltes possuem influência decisiva sobre as características da cerveja. A combinação correta dos maltes selecionados para a elaboração de cerveja irá determinar a sua cor final, sabor, sensação na boca, corpo e aroma da cerveja

O malte determina as características da cerveja A base para a cor e sabor da cerveja é determinada na maltaria e não na cervejaria. O cervejeiro determina as características de sua cerveja pronta, pela seleção precisa do malte cervejeiro. Mas a responsabilidade de como este malte é produzido e como são as suas características, é principalmente do malteiro. O malteiro escolhe os tipos de cereais apropriados para a obtenção do malte cervejeiro - isto significa cevada, trigo - e algumas vezes também espelta (trigo de qualidade inferior - Triticum spelta) ou centeio. Os grãos são limpos e selecionados mecanicamente. Depois eles são colocados na chamada “maceração”, onde o cereal é colocado alternadamente em contato, por até três dias, com água e ar, para em seguida ser germinado por aproximadamente cinco dias, em uma caixa de germinação. Durante este processo, diversas ligações proteolíticas e amiloliticas são decompostas. Por meio de aeração adequada, obtém-se deste modo o malte verde, que ainda deve ser seco ou torrado. Pela seleção orientada da temperatura na secagem, o malteiro decide sobre a cor e

sabor do malte e com isso define a cor da cerveja pronta. Malte para cerveja clara é secado a 80°C, e o malte para cerveja escura, a cerca de 100°C. Todas as operações na maltaria são processos naturais, sem o uso de produtos químicos, onde o malteiro controla o processo apenas através do controle ótimo da umidade, temperatura e aeração. O malte pronto tem as suas radículas eliminadas, o pó é retirado, passa por um processo de polimento, antes de finalmente ser armazenado em silos. Dali, o malte pronto será enviado às cervejarias, que o utilizarão no processo cervejeiro. Em cervejas de baixa fermentação podemos apenas utilizar malte de cevada. Para cervejas de alta fermentação, podemos utilizar outros tipos de malte, como por exemplo, malte de trigo ou de centeio.

Maltes de cevada O malte influencia o sabor da cerveja mais do que qualquer outro ingrediente. Os tipos de malte selecionados para a elaboração de cerveja irão determinar a cor final, sabor, sensação na boca, corpo e aroma. Dependendo do estilo de cerveja desejado, e o tipo de malte, serão utilizados na média de 15 a 17 kg de malte, ou até mais, para produzir um hectolitro de cerveja.

Maltes base Os maltes base fornecem a maior parte do poder enzimático (diastatico) para converter amido em açúcares fermentáveis e fornecem o maior potencial de extrato. Não existe um sistema universal utilizado para classificar os maltes, uma vez que os malteiros categorizam e comercializam os seus produtos de modo diferente. Entretanto, na maioria das vezes os maltes são classificados como maltes base ou maltes especiais. Maltes base usualmente representam uma grande percentagem da quantidade total de grãos, os maltes especiais representam uma proporção muito menor da quantidade total de grãos. A única exceção é o malte de trigo, que pode perfazer até 100% do total de matériaprima na produção de cervejas de trigo.

Maltes especiais Os maltes especiais são concebidos para contribuir com características únicas para a cerveja, como cor, sabor, proteínas de médio peso molecular para melhorar a estabilidade da espuma, corpo, ou outras características que acentuem a percepção da cerveja pelo consumidor. Ao contrário dos maltes base, os maltes especiais fornecem pouco ou nenhum poder enzimático (diastatico), porém contém algum material extraível. Maltes especiais são utilizados em quantidades relativamente pequenas comparadas com os maltes base. Dependendo do estilo de cerveja fabricado, o cervejeiro pode usar um ou dois tipos de malte, ou até sete ou oito diferentes tipos de malte especiais.

Maltes caramelo (Cristal) Os cervejeiros do continente europeu que produzem cervejas lager tradicionalmente utilizam maltes caramelo, considerando que os cervejeiros que produzem cervejas ale do estilo inglês favorecem os maltes cristal. Atualmente, a maioria dos malteiros não mais faz a distinção entre maltes caramelo e cristal e, com mais frequência utilizam o termo “malte caramelo” quando se referem a estes maltes. Outros nomes que podem ser utilizados quando nos referimos a maltes caramelo

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ARTIGO incluem CaraMunich, CaraVienna, Special B, Carastan, Cara e Extra Special.

Maltes torrados Maltes torrados a seco são produzidos por secagem a temperaturas muito altas, seguidas de torrefação. O calor e a duração da torrefação determinam a cor e o sabor do malte. Maltes torrados incluem malte âmbar, malte marrom, malte preto, malte chocolate e malte escuro.

Cevada não-malteada Dois outros produtos especiais são feitos de cevada não-malteada, que são a cevada torrada e a cevada preta. Não há enzimas ativas em qualquer destes dois produtos.

Outros grãos malteados

Weizenbier (cerveja de trigo). O trigo também é utilizado em cervejas feitas à base de malte de cevada (3-10%), porque suas proteínas cedem à cerveja uma sensação mais encorpada e uma estabilidade de espuma maior. Outros benefícios são a melhor clarificação da cerveja e o paladar mais encorpado. Por outro lado, o malte de trigo possui consideravelmente mais proteínas do que o malte de cevada, geralmente 13 a 18%, e consiste primariamente de glutens, que podem resultar em turvação da cerveja. Comparado ao malte de cevada, ele possui um extrato ligeiramente mais elevado, especialmente se o malte é moído um pouco mais fino do que o malte de cevada. Maltes de trigo europeu possuem normalmente menos enzimas do que os maltes americanos, provavelmente por causa das técnicas de malteação ou pelas variedades de trigo utilizadas.

cevada ou de trigo. Malte de centeio possui um sabor muito pronunciado e pode ser excessivo se for usado em quantidades elevadas na elaboração de cerveja. Adições de malte de centeio menores que 5%, cedem um paladar agradável para a cerveja. Malte de centeio pode dar uma coloração avermelhada à cerveja. Para a elaboração de cervejas que atendam às características do estilo (extrato, teor alcoólico, cor, amargor, aroma e sabor), se faz necessária a escolha correta das matérias-primas (neste caso, o malte), que serão utilizadas na elaboração da cerveja. Não necessariamente temos que utilizar um sem-número de tipos de malte para compor o que desejamos. Na maioria das vezes basta utilizar um malte base (Pilsen) e um ou dois maltes especiais para atingir as características de cor, aroma e sabor desejados.

Serviço: Malte de centeio

Malte de trigo Malte de trigo, por razões óbvias, é essencial na fabricação de cervejas de trigo, perfazendo até 100% da matéria-prima, incluindo a Weissbier alemã e também a

Malte de centeio, como o malte de trigo, não possui cascas. Ele rende menos extrato do que os maltes previamente citados e é ligeiramente mais escuro do que o malte de

www.cervesia.com.br Matthias R. Reinold Mestre cervejeiro – Dipl. Braumeister (V.L.B – T.U. Berlin)

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CAPA

ARTIGO

POR Redação

Gs1 Brasil alerta sobre a importância dos padrões no Dia Mundial da Normatização Codificação de produtos é fundamental para uma gestão eficiente nos mais variados segmentos

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dentificar informações em padrões globais é um procedimento vital para otimizar resultados em quaisquer áreas. Alguns exemplos são sistemas de ge stã o,te c n o l o g i a d a i nfo r m a çã o, segurança dos alimentos, combate às mudanças climáticas e até mesmo a eficiência em atendimento hospitalar. No Dia Mundial da Normatização, celebrado em 14 de outubro, a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil observa que as instituições públicas ou privadas que ainda não adotaram padronização de dados podem ficar para trás na nova era da informação. O Dia Mundial da Normatização foi instituído para reconhecer a colaboração dos milhares de especialistas que se dedicam a promover a qualidade e a segurança de produtos, processos e serviços, por meio de normas técnicas. A data consta no calendário internacional graças à iniciativa de International Organization for Standardization (ISO),

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International Telecomunication Union (ITU) e a International Electrotechnical Commission (IEC). A cada ano, as instituições definem um tema com o objetivo de conscientizar e aumentar a compreensão da importância das normas internacionais e porque a padronização é importante para todos nós. Para 2023, a pauta é "Visão Compartilhada para um Mundo Melhor", e a meta é aumentar a compreensão de como as normas internacionais contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), que são o foco principal do Dia Mundial da Normatização. “Empresas, organizações e indústrias envolvidas na cadeia de suprimentos, varejistas, fabricantes nos setores comerciais, organizações de saúde, governos e órgãos reguladores, fornecedores de soluções e acadêmicos focados no comércio internacional e questões globais, todos veem cada vez mais a padronização com um processo

fundamental e irreversível”, destaca João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, instituição sem fins lucrativos ligada à GS1 Global, responsável pela normatização internacionais entre elas, uma das mais conhecidas é o código de barras. Mas essa é apenas uma das soluções disponíveis. São diversos tipos de codificação como GS1 DataBar, GS1-128, ITF-14, GS1 DataMatrix e GS1 Digital Link (QR Code), que podem ser usados em diferentes setores, classificando os itens com base em suas características principais. Cada variação de um item recebe um número único, o que garante o envio do produto certo ao destino correto. Isso evita erros durante o processo de retirada graças à comunicação eficaz, organização e agilidade em todo processo. Entre os que mais têm avançado na implementação é o código bidimensional GS1 Digital Link, que promove uma revolução e facilidade aos processos de compra e venda. A capacidade



CAPA A padronização também desempenha um papel significativo na promoção do comércio global. Normas internacionais facilitam a troca de produtos e serviços entre países, eliminando barreiras técnicas e regulatórias. Isso promove o crescimento econômico, cria oportunidades de emprego e beneficia as economias em todo o mundo.

Cuidados com a saúde e inovação médica

de armazenar dados é ampliada, ao mesmo tempo em que o espaço ocupado pelo código nas embalagens e itens comerciais foi reduzido. A tecnologia utiliza ambas as dimensões, horizontal e vertical, para codificar dados em uma pequena área. Em uma campanha mundial, a GS1 prevê que o código bidimensional substituirá o código de barras linear na cadeia de abastecimento até 2026. A codificação padronizada permite que qualquer funcionário possa localizar itens no estoque rapidamente, aumentando a produtividade e a satisfação da equipe. Os processos de rastreabilidade são facilitados pela rápida identificação de eventos como desvios ou contaminações, o que garante a redução de falhas e dá mais segurança a todo o processo.

Para os consumidores A padronização de serviços e produtos desempenha um papel fundamental na vida dos consumidores que valorizam a qualidade, a segurança e a eficiência em tudo o que levam para casa e nos serviços que contratam. Do supermercado à sala de cirurgia, escolher produtos e serviços que seguem padronização global traz benefícios que melhoram consideravelmente a vida das pessoas.

Compras no varejo simplificadas A padronização leva o consumidor a uma experiência de compra mais fluida para que tenha informações precisas de suas compras com base nos dados registrados pelos fabricantes no Cadastro Nacional de Produtos da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. Os consumidores também têm os benefícios da embalagem estendida nos casos de produtos

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identificados com o código bidimensional.

Segurança alimentar Em tempos que a preocupação do consumidor é maior em relação à procedência dos alimentos, o padrão GS1 de código de barras que permite a rastreabilidade é um aliado valioso. Ele permite rastrear a jornada dos produtos em toda a cadeia de abastecimento, desde a produção até a prateleira do supermercado. Em casos de contaminação ou problemas de qualidade, a padronização através do código de barras facilita a rápida identificação e retirada de produtos defeituosos do mercado.

Medicina precisa Na área da saúde, a padronização da identificação de medicamentos e instrumentos hospitalares salva vidas. O uso do GS1 Datamatrix – mais um código bidimensional – evita erros graves como a administração incorreta de medicamentos. Isso significa bem-estar e segurança dos pacientes.

Segurança e qualidade na indústria A padronização desempenha um papel central na produção da indústria para garantir segurança e qualidade. Normas rigorosas estabelecem diretrizes para a produção de equipamentos, materiais e produtos que atendam aos padrões mais elevados. Isso não apenas protege os consumidores, mas também promove a competitividade global das empresas nos processos de importação e exportação.

No campo da saúde, as normas são essenciais para garantir a qualidade dos dispositivos médicos, medicamentos e procedimentos cirúrgicos. Elas desempenham um papel vital na segurança dos pacientes, bem como na inovação na Medicina. As normas contribuem para o avanço da pesquisa médica e na entrega de cuidados de saúde de qualidade.

Proteção ambiental sustentabilidade

Em um mundo cada vez mais preocupado com o meio ambiente, as normas fazem parte dos projetos de proteção dos recursos naturais e na promoção da sustentabilidade. Elas estabelecem diretrizes para práticas sustentáveis na agricultura, na gestão de resíduos e no desenvolvimento de tecnologias mais limpas. Ou seja, a padronização contribui para um planeta mais saudável e sustentável.

Associação Brasileira de Automação GS1 Brasil A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. A entidade conta com cerca de 58 mil associados que representam 36% do PIB nacional e 12% dos empregos formais. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística.

Serviço: Comércio global facilitado

e

www.gs1br.org



TECNOLOGIA

ARTIGO

POR Filipe Bento

Investimento em inteligência das máquinas, apesar de tendência, exige prudência dos negócios A escassez de mão de obra na área de tecnologia da informação (TI) e o avanço da tecnologia como um todo estão fazendo com que cada vez mais empresas invistam em Inteligência Artificial (IA).

Filipe Bento é CEO da Br24, a maior parceira da Plataforma Bitrix24 da América Latina Prova disso é uma pesquisa da IBM que revelou que 41% dos negócios brasileiros já têm implementado em suas bases soluções que conseguem simular capacidades humanas ligadas à inteligência. Essa porcentagem nos faz lembrar da frase do cientista da computação Andrew Ng, uma das maiores referências mundiais em IA, que diz assim: “É difícil pensar em uma grande indústria que não será transformada pela inteligência artificial. Isso inclui saúde, educação, meios de transporte, varejo, comunicações e agricultura. Existem caminhos surpreendentemente claros para a IA fazer uma grande diferença em todas essas indústrias”. Ele está 100% certo. No segmento de saúde, por exemplo, um levantamento da Universidade de Stanford apontou que a IA é capaz de diagnosticar um dos cânceres mais agressivos que existem o de pulmão com bem mais acerto do que os oncologistas. No que tange à insuficiência cardíaca, doença crônica em que o coração não bombeia o sangue como deveria, quem se submete à inteligência das máquinas tem bem mais chance de ser salvo, afinal, ela é capaz de prever o risco de morte com 88% de precisão, segundo a Mayo Clinic. E o que dizer da onda de IA que vem levando mais eficiência ao campo ao gerar 16

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estimativas e manipular dados? Recentemente, uma empresa alemã lançou sua mais nova plantadeira, a qual, graças a mecanismos complexos de inteligência digital, permite que o agricultor averigue a exata população de sementes, simule o plantio, verifique em tempo real o coeficiente de variação, bem como a uniformidade na profundidade das sementes. Outro exemplo está nos transportes, uma vez que os carros autônomos podem reduzir a quantidade de acidentes nas estradas em até 90%, de acordo com a Universidade de Michigan. Enfim, são infinitos os exemplos do bem que a destreza das máquinas pode causar. Contudo, apesar de todo esse avanço, é necessário que as empresas tenham cautela com o uso da IA e, agora, mais recentemente, com a IAG, que é a inteligência artificial generativa, e que já está ganhando muitos adeptos. A diferença entre as duas é a seguinte: ao passo que a primeira assente a criação de tecnologias que realizam atividades sem nenhuma interferência humana, a outra se desenvolve a partir de materiais já existentes, criando elementos pragmáticos que reproduzem as singularidades de suas informações basilares. Um exemplo de IAG é o ChatGPT, ferramenta conversacional online que se alimenta de informações coletadas na internet. Ocorre que, parafraseando agora o físico Stephen Hawking, “a criação bem-sucedida de inteligência artificial seria o maior evento na história da humanidade. Infelizmente, pode ser também o último, a menos que aprendamos a evitar os riscos”. E tal pensamento cai como uma luva para os negócios no que tange ao plágio, por exemplo, que é a apropriação indevida de um produto intelectual (texto, obra artística, imagem etc.) de uma pessoa física ou jurídica sem lhe atribuir o devido crédito. Um crime previsto no artigo 184 do Código Penal, cuja pena pode variar desde o pagamento de multa até a reclusão de quatro anos, dependendo da extensão e da forma como o direito do autor foi violado. Mas não é só. Há de se ter prudência com a propagação de conteúdo ilícito; deep fake, que é a “tecnologia usada para criar vídeos

falsos, mas bem realistas, com pessoas fazendo coisas que nunca fizeram de verdade”, usada para fraudes, golpes, espionagem; disseminação de tendências discriminatórias com o potencial de prejudicar indivíduos ao fortalecer preconceitos; violação de direitos de marcas; falta de explicações e transparência nas informações; e programação de códigos maliciosos. Para não correr nem um desses riscos, a primeira coisa a ser feita é conhecer as capacidades da ferramenta. Em segundo lugar, é fundamental ter em mente que nem a IA, nem a IAG são como o cérebro humano, mesmo sabendo que elas podem ser tão boas ou até mesmo melhores que o homem na execução das tarefas. Todavia, apesar de seu impressionante know-how em termos de aprendizado, elas têm efeitos mais limitados, digamos, e ainda não estão aptas a realizar todas as atividades desenvolvidas por um humano. E, por fim, mas não menos importante, é imprescindível conferir, com seriedade, seus próprios obstáculos, vez que a omissão e a falta de ética na adoção de inteligência artificial podem, ao invés de trazer benefícios, provocar efeito contrário, e acabar causando problemas regulatórios e de reputação da marca. Vale lembrar: se tem uma coisa que nunca estará em excesso é a prudência. Portanto, em se tratando de tecnologia, é crucial saber como, por que e para que utilizá-la. De fato, ela precisa ser empregada na circunstância exata para se obter as melhores respostas e, levada a sério, mostrar valor na transformação digital nos mais variados setores da organização. Sempre com a premissa de trabalhar em prol de se manter um cliente mais satisfeito e fidelizado. Do contrário, a conta das aplicações de IA e IAG operadas erroneamente um dia chegará.

Serviço: www.br24.io



TÉCNICA

Por: Matthias R. Reinold

Métodos mais utilizados para efetuar o dry hopping da cerveja O dry hopping é uma técnica de adição de lúpulo à cerveja que traz diferentes aromas e sabores. O dry hopping surgiu inicialmente na Inglaterra, entre os séculos XVIII e XIX e consistia basicamente em adicionar lúpulo nos barris de madeira onde a cerveja era armazenada e transportada.

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á vários métodos disponíveis para efetuar o dry hopping na cerveja. O mais simples, que ainda é muito utilizado, é a colocação de um saco em tecido perfurado (“hop bag”) para uso com pellets (ou flores) de lúpulo, dentro da cerveja. Existe também a opção de um “hop bag” em aço inox, que permite fácil limpeza. Outro método é o uso de “bazuca”, que consiste em um tubo de inox (com conexões em ambas as extremidades, válvula de bloqueio e bico de injeção de gás carbônico) onde o lúpulo é inserido. Esse tubo é conectado na parte superior do tanque fermentador / maturador (TFM) e o lúpulo é injetado para dentro do tanque. A transferência entre tanques também é um método que pode ser utilizado, porém apresenta uma série de desvantagens (consumo elevado de gás carbônico, utilização de mais um tanque no processo, perdas elevadas de cerveja por causa das drenagens – purgas etc.) e faz com que o seu uso não seja recomendado. Os sistemas dinâmicos, como um tanque externo para dissolução e dosagem do lúpulo através de bomba centrífuga também são utilizados, porém necessitam de bomba adequada para evitar a formação de camadas no tanque e/ou incorporação de oxigênio durante o processo de circulação. Também apresentam perdas de cerveja mais elevadas devido às purgas. Outro modelo de sistema dinâmico é aquele onde o lúpulo fica retido em um cesto perfurado (revestido de tela) dentro de um reservatório (pressurizado) e a cerveja circula através dele, o que permite um melhor aproveitamento do lúpulo, permitindo utilizar quantidades bem menores. Também o tempo de contato é reduzido de dias para poucas horas.

Dry hopping dinâmico (DHD)

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CAPA


TÉCNICA

Ultimamente um novo sistema de dosagem tem sido utilizado, onde o lúpulo é dosado em um recipiente cilíndrico em aço inox, com um elemento filtrante no centro (“vela”) e entradas tangenciais. O lúpulo fica retido no elemento filtrante, fazendo com que a cerveja circule entre o tanque de cerveja (TFM) e o sistema de dry hopping. O sistema de dry hopping dinâmico (DHD) serve para dissolver pellets de lúpulo em cerveja e seu uso leva a uma maior

consistência nos resultados e garante um contato intenso da cerveja com o lúpulo. Isso resulta em um dry hopping mais econômico, o que também implica em redução de custos. Além disso, sua cerveja atinge um corpo de lúpulo mais agradável e suave.

Benefícios: - O tempo de circulação necessário depende da intensidade do aroma

desejado e do tipo de lúpulo e pode variar entre 4 horas e 12 horas. Solubilização rápida e eficiente do aroma e óleos etéreos do lúpulo em comparação com o método convencional: no máximo 12 horas contra 4 a 5 dias; - Otimização da dissolução do aroma através da entrada tangencial da tubulação e controle de fluxo; - Menor extração de amargor e polifenóis em relação aos aromas extraídos - Praticamente zero perda de cerveja; - Um elemento filtrante integrado retém as partículas de lúpulo e simplifica a limpeza dos tanques de fermentação/maturação. - Sistema totalmente construído em aço inoxidável 304, equipado com bomba centrífuga sanitária com variação de frequência, controle de pressão por manômetro, válvula de segurança e entrada de CO2. A limpeza do sistema é por CIP (spray ball). - A operação é simples e fácil - o sistema DHD pode ser integrado de forma flexível a uma adega existente. - Outros aditivos como especiarias e frutas também podem ser dosados. Não há oxidação do produto, os tanques são mantidos sob pressão de CO 2 . O equipamento pode ser utilizado tanto para dry hopping como para hop back. - Economia de lúpulo: dosagens padrão entre 200 g/hl e 400 g/hl.

Serviço: www.cervesia.com.br Matthias R. Reinold – Mestre cervejeiro Diplomado (V.L.B – T.U.B Berlin)

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COMEMORAÇÃO

POR: Redação

Maior fábrica do Grupo Petrópolis completa três anos em operação Com seis linhas de produção, capacidade de produção da unidade é de 12 milhões de hectolitros/ano

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Fábrica de Uberaba – MG Foto Divulgação

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naugurada no dia 28 de agosto de 2020, a oitava unidade fabril do Grupo Petrópolis, maior cervejaria com capital 100% nacional do País, localizada em Uberaba, completa três anos em operação. Com investimento total de aproximadamente R$ 1,5 bilhão desde o início do projeto, a fábrica de Uberaba comemora a geração de cerca de 4,9 mil novos empregos criados, direta e indiretamente, desde sua inauguração. A unidade atende os estados de Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, além do Distrito Federal. Além disso, produz as marcas Lokal, Crystal, Itaipava, Petra, Cacildis e Black Princess. A fábrica conta com seis linhas de produção

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e possui capacidade média de produzir cerca de 12 milhões de hectolitros/ano, e impulsiona fortemente o desenvolvimento e a economia local. E mais: a unidade possui 108 mil m² de área construída, o que equivale a quase 15 campos de futebol, com 14 edificações administrativas e 22 industriais. É a oitava unidade do Grupo Petrópolis e a maior planta fabril da companhia. Os equipamentos de todas as linhas de produção foram adquiridos na Alemanha e são os mais modernos do mundo, da marca Krones, líder mundial no fornecimento para as indústrias de bebidas. Só com seus equipamentos de alta tecnologia é possível atingir a meta de 3,0 litros de uso de água para cada litro de cerveja, um resultado alcançado apenas por cervejarias de alto

padrão de produção e referência internacional. O gerente geral da unidade, Everaldo Miranda, destaca os investimentos do grupo em equipamentos de última geração, que demonstra atenção às questões de sustentabilidade e que, consequentemente, aumenta o protagonismo da maior cervejaria com capital 100% nacional no Brasil. “Nossas operações são extremamente robustas em diversos cantos do país, sempre colocando foco em disponibilizar cada vez mais produtos de qualidade no mercado em que atuamos E isso só é p o s s í ve l c o m e q u i p a m e n to s c o m tecnologia de ponta. Para a fábrica de Uberaba, o Grupo Petrópolis prioriza a contratação de profissionais do próprio



COMEMORAÇÃO

município, gerando oportunidade para o p r i m e i ro e m p re go, t re i n a m e nto s , capacitação e evolução dos seus colaboradores”, destaca Miranda.

Plantação de Lúpulo Na unidade aniversariante, vale ainda destacar o plantio de mais de 5 mil mudas de lúpulo, cujo projeto começou em março deste ano. A iniciativa faz parte do Programa do Lúpulo, que visa expandir o cultivo desse que é um dos mais importantes insumos para a produção de cervejas premium e artesanais. O plantio em Uberaba tem sido feito em uma área de inicialmente de 2 hectares, com mudas das espécies comet e cascade. Com a ação, o Grupo Petrópolis segue o cronograma das ações que foram iniciadas ainda no ano de 2018, quando o primeiro cultivo foi feito na cidade de Teresópolis

(RJ). Na ocasião, a companhia realizou o plantio de 21.400 mudas em uma área de 5,27 hectares na Fazenda São Francisco. O principal objetivo com a iniciativa é desenvolver e fomentar a cultura da produção nacional de lúpulo, já que a indústria cervejeira brasileira é uma das maiores referências globais. O Grupo Petrópolis investe cada vez mais na qualidade de seus mais de 130 produtos presentes no portfólio e em mais de 10 categorias diferentes. Suas unidades produtoras estão distribuídas de forma estratégica nos municípios de Petrópolis (RJ), Boituva (SP), Teresópolis (RJ), Rondonópolis (MT), Alagoinhas (BA), Itapissuma (PE), Uberaba (MG) e Bragança Paulista (SP). Com esta estratégia a empresa busca atender o mercado de forma plena e com grande capilaridade perante o mercado consumidor.

Grupo Petrópolis O Grupo Petrópolis é a única grande empresa do setor cervejeiro com capital 100% nacional. Produz as marcas de cerveja Itaipava, Crystal, Lokal, Black Princess, Petra, Cabaré, Weltenburger e Cacildis; as vodkas Blue Spirit Ice e Nordka; a Cabaré Ice; os energéticos TNT Energy Drink e Magneto; o refrigerante It!; o isotônico TNT Sports Drink; a água Petra e água tônica Petra. Com oito fábricas em operação, o grupo é composto por mais de 20 mil colaboradores. Conta também com o Saber Beber, programa comprometido em orientar as pessoas sobre os benefícios do consumo moderado e as consequências do consumo exagerado de álcool.

Serviço: www.grupopetropolis.com.br

Anuário - 2024 Reserve o seu espaço (11) 98336-4334 fcsantos2002@uol.com.br



LANÇAMENTO

Por: Redação

Dádiva e Goose Island lançam Golden Stout Golden Night A novidade, que leva cold brew na receita, é uma releitura de uma cerveja produzida pela primeira vez em 2016 pela Dádiva essa cerveja com olhos fechados, o consumidor tenha a percepção sensorial de uma Stout. E realmente o resultado é surpreendente, vale conferir”, pontua Victor. Essa cerveja é uma releitura de uma receita que foi produzida pela primeira vez em 2016, na Dádiva.

A Dádiva

A

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ma stout de coloração clara dourada? Quase isso! A Dádiva e a Goose Island produziram juntas uma Golden Stout que traz na receita cold brew feito com café do J.Café, microtorrefadora instalada na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo. A novidade foi lançada na comemoração de 10 anos do Mondial de La Bière RJ, evento que aconteceu entre os dias 11 e 15 de outubro, no Pier Mauá. Segundo o mestre-cervejeiro e sócio da Dádiva Victor Marinho, Golden Stout não é

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um estilo de cerveja e sim uma interpretação, uma brincadeira. Afinal, essa cerveja é uma stout, mas de cor clara. “Toda Stout possui características da tosta do malte, cujos aromas podem remeter a caramelo, passando por frutas escuras, chocolate, torrado e café. O nosso objetivo com essa criação é simular esses aromas a partir de outros adjuntos neste caso o cold brew já que a base que utilizamos é uma English Golden Ale, que não possui as características iniciais de uma Stout clássica. Queremos que, ao experimentar

Produtora artesanal paulista escolhida por dois anos consecutivos (2019/20) como a melhor cervejaria do Brasil pelo Rate Beer, a Dádiva é uma cervejaria que se desafia e que se aprimora a todo tempo, explorando suas possibilidades cada vez mais a fundo, com originalidade. É uma produtora nacional reconhecida pela sofisticação, sutileza e cuidado com os detalhes na seleção dos ingredientes, na elaboração das receitas, nos processos de produção, na escolha dos parceiros e no modo como se posiciona, se engaja e se comunica com o mundo. A cervejaria tem à frente de sua gestão dois dos principais nomes do mercado nacional de cervejas, os sócios Luiza Lugli Tolosa fundadora, administradora de empresas pela Universidade de São Paulo (USP) e uma das principais porta-vozes femininas no meio cervejeiro - e Victor Pereira Marinho, cervejeiro há 13 anos e mestre cervejeiro responsável pelas criativas receitas da cervejaria. Ambos possuem especializações cervejeiras pelo Instituto da Cerveja Brasil (ICB). Os quase nove anos da cervejaria marcam sua consolidação como uma das mais i n o v a d o ra s d o s e t o r. D e s d e s u a inauguração, em 2014, a marca já lançou mais de 200 rótulos de cervejas. Além de vender suas cervejas em todo o território brasileiro, a cervejaria também ganhou com seus rótulos espaços nas geladeiras de países como Holanda, Dinamarca, Suécia, Suíça, Bélgica, França, Finlândia, Luxemburgo e outros tantos, já que os e-commerces da Holanda viabilizam a distribuição das bebidas da Dádiva a todo o território europeu.

Serviço: www.cervejariadadiva.com.br www.gooseisland.com.br



EMPRESA


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