Revista Indústria de Bebidas - Nº 119

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Ano 23 - Edição Nº 119 - 2023

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Solução com no mínimo 84% de concentração de proteína isolada de ervilha é alternativa para formulação de shakes proteicos




Expediente

Índice

Ano 23 - Edição Nº 119 - 2023

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Téncnica: Métodos mais utilizados para efetuar o dry hopping da cerveja

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Lançemento: Union Distillery lança Pure Malt Whisky Vintage, edição comemorativa aos 75 anos de fundação

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Capa: Solução com no mínimo 84% de concentração de proteína isolada de ervilha é alternativa para formulação de shakes proteicos

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Artigo: O tratamento de efluentes na cervejaria

Edição: Edição Nº 119 Capa: Divulgação

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Empresa: Qualiterme completa 25 anos motivada a alcançar novos patamares

Diretoria: Fábio dos Santos Cátia Rodrigues dos Santos fcsantos2002@uol.com.br

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Mercado: As exportações do setor alcançaram mais de US$ 20 milhões em 2022

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Solução com no mínimo 84% de concentração de proteína isolada de ervilha é alternativa para formulação de shakes proteicos

Jornalista Walter Fernandes fcsantos2002@uol.com.br Diagramação e Criação: Rubem Araujo Spinola binhoartegraf@gmail.com Estagiária Letícia dos Santos Dutra fcsantos2002@uol.com.br Assinatura / Expedição: Reinaldo A. dos Santos fcsantos2002@uol.com.br Departamento Comercial: Fábio dos Santos fcsantos2002@uol.com.br Departamento Administrativo: Carla Rodrigues fcsantos2002@uol.com.br Colaboradores: José Carlos Giordano umbrellagmp@terra.com.br Matthias R. Reinold matthias@cervesia.com.br Marco A. Amaral marcoagamaral@uol.com.br Consultor: Matthias R. Reinold (Mestre Cervejeiro) “Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da editora.”

FC Santos Editora e Eventos Ltda Av. da Paz, 665 – Salas 02/04 – Utinga Santo André – SP – CEP: 09220-310 Tel.: (11) 98336-4334 fcsantos2002@uol.com.br www.industriadebebidas.com.br Facebook: revistaindustriadebebidas www.revistaindustriadebebidas.blogspot.com.br

Anunciantes Allupack…….....................................................27

Pallets RP…….................................................25

Brasil Envase……............................................29

P.E. Labellers.……...................................4º Capa

Carbo Gás......................................................11

Polibras .........................................................17

Cervesia.........................................................16

Qualiterme....................................................09

FC Santos……............................................16/24

Santosflora……...............................................05

Jopemar……...................................................13

Taimak...............……..............................3º Capa

Lapiendrius……................................2º Capa, 03

Technical Filter...............................................07

Mapan......……...............................................19

Tovani Benzaquen..............................15, 20/21

Maquinapack.................................................23

Editorial Pesquisa revela que a indústria de bebidas é a mais proativa em outubro O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial indica aumento na confiança da indústria de bebidas no último mês. De acordo com o indicador, que mede a intenção das empresas do setor em lançar produtos ao solicitar o cadastro de códigos de barras, o segmento de bebidas se destaca como o mais proativo em outubro. O índice é compilado pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, entidade responsável pelos códigos de barras, e revela um crescimento significativo de 41,7% em outubro na intenção da indústria de bebidas de lançar produtos. No acumulado de 12 meses o aumento foi de 64,5% - (Fonte: www.gs1br.org/dados). E com esse otimismo publicamos vários assuntos importantes nessa edição Nº 118, como o artigo técnico de nosso colaborador e mestre cervejeiro Matthias R. Reinold, falando sobre Tratamento de efluentes. A Ingredion traz como matéria de capa; a solução com no mínimo 84% de concentração de proteína isolada de ervilha é alternativa para formulação de shakes proteicos. Também estermos acompanhando uma matéria da Union Distillery que lançou Pure Malt Whisky Vintage, edição comemorativa aos 75 anos de fundação. A Cachaça, segunda bebida alcóolica mais querida pelos brasileiros alcançou mais de US$ 20 milhões em 2022 no que se tange as exportações. Fechamos essa edição com uma matéria espetacular sobre a comemoração da Qualiterme que completa 25 anos motivada a alcançar novos patamares.

Boa leitura e ótimos negócios



TÉCNICA

Por: Matthias R. Reinold

Métodos mais utilizados para efetuar o dry hopping da cerveja O dry hopping é uma técnica de adição de lúpulo à cerveja que traz diferentes aromas e sabores. O dry hopping surgiu inicialmente na Inglaterra, entre os séculos XVIII e XIX e consistia basicamente em adicionar lúpulo nos barris de madeira onde a cerveja era armazenada e transportada.

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á vários métodos disponíveis para efetuar o dry hopping na cerveja. O mais simples, que ainda é muito utilizado, é a colocação de um saco em tecido perfurado (“hop bag”) para uso com pellets (ou flores) de lúpulo, dentro da cerveja. Existe também a opção de um “hop bag” em aço inox, que permite fácil limpeza. Outro método é o uso de “bazuca”, que consiste em um tubo de inox (com conexões em ambas as extremidades, válvula de bloqueio e bico de injeção de gás carbônico) onde o lúpulo é inserido. Esse tubo é conectado na parte superior do tanque fermentador / maturador (TFM) e o lúpulo é injetado para dentro do tanque. A transferência entre tanques também é um método que pode ser utilizado, porém apresenta uma série de desvantagens (consumo elevado de gás carbônico, utilização de mais um tanque no processo, perdas elevadas de cerveja por causa das drenagens – purgas etc.) e faz com que o seu uso não seja recomendado. Os sistemas dinâmicos, como um tanque externo para dissolução e dosagem do lúpulo através de bomba centrífuga também são utilizados, porém necessitam de bomba adequada para evitar a formação de camadas no tanque e/ou incorporação de oxigênio durante o processo de circulação. Também apresentam perdas de cerveja mais elevadas devido às purgas. Outro modelo de sistema dinâmico é aquele onde o lúpulo fica retido em um cesto perfurado (revestido de tela) dentro de um reservatório (pressurizado) e a cerveja circula através dele, o que permite um melhor aproveitamento do lúpulo, permitindo utilizar quantidades bem menores. Também o tempo de contato é reduzido de dias para poucas horas.

Dry hopping dinâmico (DHD)

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TÉCNICA

Ultimamente um novo sistema de dosagem tem sido utilizado, onde o lúpulo é dosado em um recipiente cilíndrico em aço inox, com um elemento filtrante no centro (“vela”) e entradas tangenciais. O lúpulo fica retido no elemento filtrante, fazendo com que a cerveja circule entre o tanque de cerveja (TFM) e o sistema de dry hopping. O sistema de dry hopping dinâmico (DHD) serve para dissolver pellets de lúpulo em cerveja e seu uso leva a uma maior

consistência nos resultados e garante um contato intenso da cerveja com o lúpulo. Isso resulta em um dry hopping mais econômico, o que também implica em redução de custos. Além disso, sua cerveja atinge um corpo de lúpulo mais agradável e suave.

Benefícios: - O tempo de circulação necessário depende da intensidade do aroma

desejado e do tipo de lúpulo e pode variar entre 4 horas e 12 horas. Solubilização rápida e eficiente do aroma e óleos etéreos do lúpulo em comparação com o método convencional: no máximo 12 horas contra 4 a 5 dias; - Otimização da dissolução do aroma através da entrada tangencial da tubulação e controle de fluxo; - Menor extração de amargor e polifenóis em relação aos aromas extraídos - Praticamente zero perda de cerveja; - Um elemento filtrante integrado retém as partículas de lúpulo e simplifica a limpeza dos tanques de fermentação/maturação. - Sistema totalmente construído em aço inoxidável 304, equipado com bomba centrífuga sanitária com variação de frequência, controle de pressão por manômetro, válvula de segurança e entrada de CO2. A limpeza do sistema é por CIP (spray ball). - A operação é simples e fácil - o sistema DHD pode ser integrado de forma flexível a uma adega existente. - Outros aditivos como especiarias e frutas também podem ser dosados. Não há oxidação do produto, os tanques são mantidos sob pressão de CO 2 . O equipamento pode ser utilizado tanto para dry hopping como para hop back. - Economia de lúpulo: dosagens padrão entre 200 g/hl e 400 g/hl.

Serviço: www.cervesia.com.br Matthias R. Reinold – Mestre cervejeiro Diplomado (V.L.B – T.U.B Berlin)

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LANÇAMENTO

POR Redação

Union Distillery lança Pure Malt Whisky Vintage, edição comemorativa aos 75 anos de fundação Rótulo especial combina malte whiskies de reservas da destilaria gaúcha, com tempo de envelhecimento distintos. Produto já está à venda na loja física da empresa, no Vale dos Vinhedos, e nos canais de comercialização on-line da marca envelhecido em barris de carvalho. Nesse processo, o tempo faz toda a diferença”, completa o diretor.

História alia tradição e modernidade

O Edição comemorativa em alusão aos 75 anos da Union Distillery reúne malte whiskies de suas reservas, com tempos de envelhecimento distintos. Foto: Dom Agência de Estratégias, divulgação

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o mundo do whisky o tempo sempre é um aliado na busca por sabores, aromas e experiências especiais. É pensando nisso que a Union Distillery lança o Pure Malt Whisky Vintage 75 Anos para celebrar a data de fundação da empresa gaúcha nascida em 1948. A edição comemorativa combina malte whiskies de suas reservas, com tempos de envelhecimento distintos. O diretor-executivo da Union Distillery, Luciano Borsato, diz que o novo whisky faz jus ao legado das famílias Borsato e Ziero, que levaram adiante o propósito de montar uma destilaria de malte whisky para fornecimento à engarrafadores nacionais e para suas próprias marcas de whisky. O empresário conta que, ainda na década de 1980, a Union lançou o “Malte do Barril”, o primeiro whisky puro malte produzido e engarrafado no Brasil, dando identidade própria para os produtos da Union Distillery. “A arte da destilação inspirou e transformou os caminhos da empresa que, ao longo do tempo, sempre buscou o aperfeiçoamento do processo e do produto, inclusive com assessorias internacionais. O Pure Malt Whisky Vintage

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75 Anos é um convite à celebração do tempo, já que são mais de cinco décadas destilando exclusivamente malte whisky, que é proveniente de um único cereal, a cevada maltada, combinado com água e levedura”, elenca. O Pure Malt Whisky Vintage 75 Anos é um whisky puro malte sem idade declarada, ou como é conhecido no mundo da bebida, um produto NAS (no age statement). A garrafa possui tampa de madeira e lacre metálico, tipo gaiola, envolta em papel tipo seda ilustrado e embalada em caixa luxo. No copo, é uma bebida límpida, de coloração âmbar dourada. Apresenta lágrimas persistentes, demonstrando a sua graduação alcoólica de 50%, com ótima intensidade aromática, destacando-se as notas amadeiradas, frutadas e de especiarias. Em boca, é equilibrado e apresenta a complexidade de sua composição. Borsato reforça que, além das matériasprimas, merecem destaque os equipamentos de destilação, os destiladores tipo pot still, confeccionados em cobre, que são fundamentais na elaboração da bebida. “Para tornar-se whisky, o destilado é

A Union Distillery nasceu em 1948, com a elaboração de vinhos e derivados, em Veranópolis, na Serra Gaúcha, com o nome de União Montanhesa de Indústrias. Em 1972, as famílias Borsato e Ziero assumiram o controle e mudaram o foco do negócio para a produção de malte whisky. Em 2015, com o objetivo de atender às novas demandas, modernizar sua estrutura, se aproximar do consumidor final e promover a cultura do whisky, a Union Distillery inaugurou uma moderna unidade no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. A destilaria agrega recursos tecnológicos de última geração aos processos e equipamentos, respeitando os padrões tradicionais da empresa de produzir whisky e que caracterizam o seu produto ao longo dos anos. O processo de destilação é certificado pela Norma ISO 22000 - Segurança de Alimentos. A partir de 2019, aproveitando a localização privilegiada na entrada do Vale dos Vinhedos, um dos destinos turísticos mais charmosos e visitados do país, a Union Distillery abriu as portas para o turismo de experiência, oportunidade de divulgar e conceituar o whisky, sua rica história, métodos, processos e particularidades. A empresa foi a primeira destilaria de whisky do Brasil a agregar o turismo entre suas atividades e surpreende por ter atrações como o tamanho dos destiladores, com capacidades que vão de 16 mil a 18 mil litros cada e alturas de 8 metros. A Union Distillery disponibiliza visitação com degustação de quatro produtos, por R$ 65 por pessoa, e inclui uma taça personalizada que o turista leva como lembrança. No local, ainda é possível adquirir os whiskies da destilaria e acessórios. No tour, o turista ainda tem acesso ao depósito de barris de carvalho americano, que forma um cenário único para os apreciadores da bebida.

Serviço: www.uniondistillery.com.br


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CAPA

POR Redação

Solução com no mínimo 84% de concentração de proteína isolada de ervilha é alternativa para formulação de shakes proteicos Perfil sensorial, rótulos e sabores limpos e textura agradável estão entre as principais características buscadas pelos consumidores atuais quando o assunto é shake proteico¹ Pensando nisso, foi lançada recentemente no mercado brasileiro uma solução inovadora com no mínimo 84% de concentração de proteína de ervilha, ideal para a formulação de shakes proteicos. Além de oferecer rótulos atrativos, sabores limpos e textura agradável, o produto traz uma fórmula que minimiza potenciais alergias. Para garantir a eficiência dessa solução, desenvolvida pela Ingredion e chamada de VITESSENCE® Pulse 1853, foi conduzida uma minuciosa experiência sensorial ao longo de um ano. A análise seguiu três etapas detalhadas: 1) Iniciou-se com um grupo focal composto por 15 pessoas, visando identificar as preferências sensoriais dos consumidores para esse tipo de bebida e, assim, desenvolver o protótipo ideal;

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os últimos anos, percebemos um aumento notável nos lançamentos de bebidas com proteínas plant-based, especialmente a partir de 2020². Essa tendência reflete uma crescente demanda por nutrição, saúde e bem-estar, onde as opções proteicas plantbased têm se destacado (Confira a IMAGEM 1 para ter uma visão desse movimento).

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plant-based. Dentre as diversas fontes de proteínas plant-based para a formulação dessas bebidas, a ervilha ganha protagonismo, conquistando cada vez mais espaço no setor. Por sua versatilidade e excelente experiência sensorial, ela torna-se um ingrediente amplamente aplicável,

O cenário tem impulsionado mudanças significativas nas escolhas e prioridades da indústria. Apenas em 2021, de acordo com dados da Innova², observou-se um aumento de 36% no lançamento global de bebidas esportivas à base de proteínas

podendo ser usado em pó, bebidas, queijos e muito mais. Além disso, possui um perfil sensorial limpo e textura agradável (Veja a IMAGEM 2 para acompanhar a variedade de produtos possíveis com a proteína de ervilha).

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2) Na sequência, ocorreu uma avaliação descritiva envolvendo 12 painelistas treinados, que compararam as intensidades dos atributos do shake plantbased VITESSENCE® Pulse 1853 com outras marcas disponíveis no mercado; 3) Por fim, foram envolvidos 120 consumidores flexitarianos - que buscam alternativas à base de plantas e proteínas vegetais. Esse grupo é especialmente atento à qualidade nutricional, sabor e prazer dos produtos, validando e comprovando que a solução atende plenamente às preferências identificadas pelo grupo focal. Além disso, utilizando o método de c l a s s i f i ca çã o A H C ( A g g l o m e rat i ve Hierarchical Clustering), observou-se que o VITESSENCE® Pulse 1853 se destacou como a única amostra plant-based no cluster "menos amargor", ao lado de outras duas amostras de proteínas de origem animal. Isso ressalta não apenas a redução do amargor, mas também a doçura equilibrada proveniente de edulcorantes nãonutritivos. Outros pontos sensoriais relevantes também foram destacados, incluindo a facilidade de consumo, dissolução rápida,



CAPA

doçura equilibrada, cremosidade na medida certa e uma espuminha deliciosa na superfície (confira nas IMAGENS 3 e 4 ). Olhando para as tendências no consumo de bebidas esportivas, o Brasil se destaca

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como líder nesse movimento na América Latina, com um notável aumento no consumo nesse segmento. Um estudo de consumidor promovido pela Ingredion³ revelou que, em 2022, 41% dos brasileiros

consumiram bebidas e barras de alto teor nutricional. Além disso, 36% afirmaram que estão adquirindo mais produtos com proteínas plant-based em comparação com o ano anterior. Outro dado crucial é que, somente em 2022, o consumo de soluções em pó para bebidas esportivas no Brasil representou uma parcela de 85% em relação à América Latina⁴. Olhando para o futuro, estima-se que o mercado de soluções em pó no Brasil crescerá aproximadamente 8% até 20285 (IMAGEM 5). Analisando as tendências do mercado de alimentos e bebidas nos últimos anos, fica evidente que estamos acompanhando uma verdadeira revolução no paladar dos consumidores. Com um aumento notável de 33% no lançamento de produtos de edições limitadas6, fica evidente que estamos imersos na era das experiências gastronômicas inovadoras. Os consumidores, mais do que nunca, estão ansiosos por novidades que vão além do convencional, dispostos a investir em uma experiência única. Isso não se limita apenas ao desejo por sabores diferenciados, mas também à busca por atributos como inovação, saudabilidade e sustentabilidade. Uma pesquisa realizada pela Innova Market Insights em 2023 revelou, ainda, várias tendências na escolha de bebidas. Além das alegações de redução de açúcares e adição de fibras e proteínas, os consumidores valorizam uma experiência sensorial positiva que combine sabor e textura de maneira única. Esta é uma consideração fundamental ao escolherem suas bebidas favoritas. Além disso, a pesquisa mostra que a i m p o r tâ n c i a d a n at u ra l i d a d e d o s ingredientes varia de geração para geração: enquanto para a Geração X e para os Baby Boomers a naturalidade é priorizada; para a Geração Z, o sabor é o protagonista. Os consumidores estão dispostos a investir mais em produtos que ofereçam um diferencial claro e que atendam às suas expectativas. O desafio da indústria de alimentos e bebidas é decifrar os algoritmos que definem a combinação ideal para cada produto, levando em consideração as preferências dos consumidores, hábitos culturais e diferenças geracionais. Isso requer uma abordagem multidisciplinar, integrando inovação, pesquisa e análise de mercado, além de insights de consumidores e entendimento de como as tendências macroeconômicas podem impactar nas prioridades do público. O objetivo é criar



CAPA centros de inovação, o INGREDION IDEA LABS®?, em todo o mundo e mais de 11.000 funcionários. A empresa desenvolve soluções de ingredientes para atender às novas necessidades dos consumidores, tornando os biscoitos mais crocantes, os iogurtes mais cremosos, os doces mais saborosos, o papel mais resistente e adicionando fibras às barras nutricionais.

Referências

produtos que conquistem os paladares e preferências dos consumidores. Na hora da compra, a redução de açúcares se destaca como uma das influências mais s i g n i f i c a t i va s , e s p e c i a l m e n te n a s subcategorias de bebidas. A preocupação com a redução de calorias também cresce, principalmente entre as bebidas alcoólicas. Segundo uma pesquisa exclusiva da Ingredion, realizada em 2022, 76% dos consumidores globais reconhecem a importância de limitar o consumo de açúcares para preservar a saúde7. Este cenário evidencia que a busca por produtos mais saudáveis e experiências sensoriais enriquecedoras não é apenas uma tendência passageira, mas uma mudança duradoura. Isso está impulsionando a indústria a se reinventar e

oferecer o melhor aos seus consumidores. É uma jornada emocionante e saborosa, onde a inovação e o paladar caminham de mãos dadas para criar um futuro promissor.

Serviço: www.ingredion.com.br A Ingredion Incorporated, sediada em Chicago, é a fornecedora líder mundial de mercado de soluções para ingredientes, com clientes em mais de 120 países e vendas anuais de quase US$ 7 bilhões. A empresa converte grãos, frutas, vegetais e outros derivados em ingredientes de valor agregado e soluções de biomateriais para alimentos, bebidas, papel e corrugados, fabricados e outras indústrias. Possui

1) Fonte: Innova, 2022 2) Fonte: Innova, 2017-2021 3) Fonte: Estudo de consumidor promovido pela Ingredion, fornecedora líder mundial de mercado de soluções para ingredientes, em 2022 4) Fonte: Pesquisa Innova. CAGR - Julho 2017 - Junho 2022. Brasil: 7.0%. América Latina: 2.9% 5) Fonte: Innova, 2022 6) Fonte: Innova Trends Survey 2023 (média do Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, México, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos), Carlsberg Group, Innova Database. Global, CAGR 2022 vs 2020 7) Fonte: Pesquisa exclusiva realizada pela Ingredion, fornecedora líder mundial de mercado de soluções para ingredientes, em 2022

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ARTIGO

POR Matthias R. Reinold

O tratamento de efluentes na cervejaria O tratamento de efluentes na cervejaria é necessário para a manutenção e segurança de um meio ambiente limpo e intacto, onde especialmente os fabricantes de cerveja, que utilizam a água como matéria-prima, devem ter essa consciência.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

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a fabricação de cerveja, a água, além de fazer parte do produto final, é utilizada também para a limpeza e desinfecção e com isto transforma-se em efluente. Várias substâncias (principalmente orgânicas) diluídas em água transformam-se em efluente: restos de produto (mosto, cerveja), cola de rótulos, produtos de limpeza e desinfecção, antiespumantes, lubrificantes de esteira etc. Em pequenas quantidades a poluição da natureza com essas matérias orgânicas não é tão grave. As bactérias presentes em águas naturais utilizam essas substâncias para a sua alimentação, transformando-as 18

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em CO² e substâncias minerais. Mas para que isso ocorra, as bactérias necessitam de oxigênio. Havendo uma elevada concentração de substâncias orgânicas poluidoras na água, as bactérias se multiplicam e consomem, nessas circunstâncias, todo o oxigênio, que é reposto pelo ar sobre a superfície da água, mas de modo limitado. Isto significa que seres mais elevados, como os peixes, não recebem mais oxigênio para respirar e o lago ou curso de água morre. Uma medida para a poluição das águas é a Demanda Química de Oxigênio (DQO). A DQO mede a quantidade de oxigênio necessária (em mg/l) para transformar, por

oxidação, as matérias orgânicas presentes na água do efluente. O tratamento do efluente realizado em escala industrial imita o processo natural de transformação por microrganismos, onde ocorre uma “queima a frio” ou oxidação.

O tratamento dos efluentes Para o tratamento biológico dos efluentes temos à disposição dois métodos diferentes: de um lado o tratamento de efluentes anaeróbio, com microrganismos que independem de oxigênio e, por outro lado, o tratamento de efluentes aeróbio, ao qual se fornece oxigênio para os





ARTIGO microrganismos através de aeração.

Pré-tratamento Muitas vezes o pré-tratamento pode ser suficiente para atender à legislação local. O pré-tratamento é efetuado através de métodos físicos, químicos ou biológicos, ou por uma combinação destes. O primeiro passo é o uso de peneiras para eliminar substâncias sólidas, como rótulos, rolhas, fragmentos de vidro, plástico e outros materiais e partículas granuladas. Após a peneira, o efluente passa por uma câmara retangular para a sedimentação de sólidos, equipada com um raspador contínuo. Estas câmaras podem também ser utilizadas como câmaras de mistura para sistemas de controle de pH e como unidade de pré-aeração para prevenir condições anaeróbias no clarificador primário. Um tanque de equalização é importante para misturar os efluentes, equalizar o pH e as concentrações de DBO. Uma aeração por meio de rotores ou injeção de ar comprimido podem ser necessários para prevenir produção microbiológica de odores sulfídricos. O pré-tratamento químico é utilizado em uma série de empresas pela neutralização por meio de CO² de efluentes cáusticos do CIP e lavadoras de garrafas. Sistemas de pré-tratamento biológico incluem sistemas aeróbios com curto tempo de residência ou sistemas anaeróbios. A DBO pode ser reduzida em até 60% ou 70%, que pode significar todo o tratamento requerido ou o estágio inicial de um tratamento completo.

Tratamento anaeróbio O tratamento anaeróbio dos efluentes com

Foto: Divulgação 22

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elevadas cargas é realizável até atingir uma carga reduzida, mas que ainda é sensivelmente superior ao permitido para lançamento em cursos d'água. Por isso, é utilizado para pré-tratamento e para o tratamento final deve ser utilizado um estágio aeróbio posterior. As vantagens do tratamento anaeróbio estão no baixo consumo de energia e na pequena geração de lodo excedente, em comparação com o tratamento aeróbio. Aliás, a demanda técnica e a operação são mais complexas no sistema anaeróbio, que se deve ao fato de que o processo biológico é comparativamente mais complexo, onde diferentes microrganismos agem em diferentes meios (faixa de pH etc). Por este motivo, é pré-requisito que o envio de efluentes à estação de tratamento seja feita sem grandes oscilações (efluente estável), o que nem sempre é possível em fábricas de pequeno e médio porte. Por isso, a limpeza ocorre quase sempre em sistemas de tratamento aeróbios. O sistema de tratamento anaeróbio demanda longo período de tempo para reinício após parada e necessidade de pessoal mais qualificado para a operação do mesmo. As bactérias utilizadas no sistema anaeróbio são geralmente agrupadas em três tipos básicos: as bactérias que formam ácidos (acidogênicas), as que formam ácido acético, hidrogênio e CO² (acetogênicas) e as que formam metano (metanogênicas).

Nos sistemas anaeróbios, a fermentação com produção de gás metano possui duplo interesse: 1) A fermentação permite despoluir por redução do volume de material orgânico e estabilizá-lo; 2) A fermentação produz o biogás, que

contém de 50% a 70% de metano (CH4 ). Ocorre que um metro cúbico de biogás a 70% de metano e 30% de CO ² libera cerca de 6.000 kcal (25,1 MJ).

Tratamento aeróbio A maioria dos tratamentos em indústrias de bebidas são sistemas aeróbios de lodo ativado, apesar da tendência desde os anos 80 para os sistemas anaeróbios. Novos sistemas aeróbios utilizam suportes plásticos que suportam o crescimento biológico. Estes meios podem ser lâminas rotativas como no contator biológico rotativo, material de suporte autoportante como nas biotorres ou material de baixa densidade mantido em suspensão por movimentação de fluido (sistemas de leito fluido). Todos necessitam de menos espaço do que os sistemas convencionais de lodo ativado, por promoverem um contato mais eficiente entre a água de efluente e o lodo. No contator biológico rotativo uma série de lâminas plásticas são montadas num eixo. As lâminas pouco espaçadas entre si (cerca de 20 mm), giram na água de efluente a cerca de 1,5 r.p.m e permanecem 40% submersas. O crescimento biológico nas lâminas degrada o efluente e é aerado quando as lâminas emergem da água. O excesso de biomassa formada é arrastado pelo efluente para um clarificador. A biotorre é basicamente um leito envolto com material plástico com elevada área de superfície específica e porosidade. A biomassa cresce como um fino filme no revestimento enquanto que a água de efluente flui sobre a biomassa. A água de efluente é normalmente reciclada para obter um fluxo suficiente para um u m e d e c i m e n t o u n i fo r m e . O d o re s desagradáveis podem ser um problema nestes sistemas. O sistema de leito fluido é provavelmente o sistema mais eficiente para crescimento biológico, já que uma elevada densidade de biomassa pode ser mantida em suspensão. Um exemplo de sistema de leito fluido é o processo Captor, no qual a biomassa é mantida cativa dentro de pequenos blocos plásticos semelhantes a esponjas, que são mantidos em suspensão por correntes de circulação provocadas por um sistema de aeração submerso. Uma outra vantagem deste sistema é que não é necessário um decantador; o excesso de lodo é recuperado diretamente por meio de remoção mecânica do tanque das esponjas carregadas de lodo, seu esvaziamento e retorno para o tanque. Um outro novo sistema aeróbio que requer



ARTIGO Tratamento do lodo

Foto: Divulgação uma pequena área de terra é o sistema de poço profundo aeróbio, que opera com sucesso em uma cervejaria canadense. Neste processo, a água de efluente é colocada em contato com biomassa e ar comprimido em um poço subterrâneo com 152 metros de profundidade, que promove uma oxidação biológica acelerada.

O sistema de tratamento aeróbio é de operação mais simples, versátil (é flexível), pode-se estender o efeito de degradação (limpeza) e possui boa segurança operacional.

O manuseio e desidratação do lodo em excesso é uma das etapas mais caras no tratamento de efluentes líquidos. Isto é particularmente verdadeiro para sistemas de tratamento aeróbios que produzem grandes quantidades de lodo. O lodo deve ser desidratado para reduzir custos com transporte e custos com energia caso ele seja seco ou incinerado. O lodo seco pode ser utilizado como fertilizante conforme testes realizados na década de 80 nos Estados Unidos. A redução de efluentes líquidos deve fazer parte de uma política de gestão ambiental, preconizada pela ISO 14000 (Sistema de Gestão Ambiental). A abrangência deste sistema atinge a redução de efluentes gasosos, coleta de resíduos sólidos, coleta de materiais perigosos, redução da poluição sonora, redução do consumo de energia, redução do uso de matériasprimas, entre outros.

Serviço: www.cervesia.com.br Matthias R. Reinold Mestre cervejeiro diplomado (DiplomBraumeister – V.L.B – T.U. Berlin) Fotos: Divulgação

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EMPRESA

POR Redação

Qualiterme completa 25 anos motivada a alcançar novos patamares Com sede na cidade de Novo Hamburgo (RS) a empresa comemora o seu aniversário agradecendo clientes, colaboradores e fornecedores por contribuírem com a Qualiterme por esses 25 anos de história feiras e eventos voltados ao nosso segmento, buscando parcerias de grandes marcas nacionais e internacionais. Temos a satisfação de informar aos nossos clientes que a Qualiterme fornece equipamentos de qualidade e alta tecnologia, garantindo sustentabilidade e alto rendimento em sua linha de produção. Não podemos deixar de ressaltar que ao longo desses anos enfrentamos vários desafios e obstáculos como; crises econômicas, pandemia e falta de matériaprima com isso aprendemos e transformamos as dificuldades em superação, tornando a Qualiterme uma empresa solida, inovadora, tecnológica e vitoriosa, destaca Delcio.

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o mercado há 25 anos, a empresa gaúcha desenvolve e monta equipamentos de alta tecnologia no sistema de resfriamento. Unidades de água gelada, torres de resfriamento, trocadores de calor, termorreguladores industriais são alguns dos produtos disponíveis para o mercado. O uso de componentes tecnológicos é um dos diferenciais da empresa. Por meio de novas técnicas, o objetivo é entregar aos seus clientes alta eficiência, sustentabilidade e rentabilidade. Hoje, a companhia atende às indústrias de alimentação, laticínios, bebidas, metal

mecânica, segmento hospitalar, conforto térmico, entre outros. A Qualiterme conta com representantes em todo o Brasil. Essa comemoração de 25 anos da empresa nos consolida como uma das principais fornecedoras de equipamentos para refrigeração no mercado de bebidas, comemora Delcio Borba de Castro, diretor da empresa. No início da empresa éramos em apenas oito funcionários, desenvolvendo e produzindo equipamentos de refrigeração. A empresa sempre acreditou em um crescimento solido, realizamos grandes investimentos e sempre participando de

Delcio Borba de Castro, diretor da Qualiterme Enquanto celebramos essa importante marca também olhamos para o futuro com entusiasmo e estamos preparados para enfrentar novos desafios em busca de novas oportunidades para continuar crescendo juntos. Com nossa dedicação, determinação e a equipe incrível que temos, alcançaremos ainda mais a excelência produtiva que almejamos para transformar a Qualiterme em uma das maiores empresas de equipamento para refrigeração industrial, finaliza.

Serviço www.qualiterme.com.br

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MERCADO

POR Redação

As exportações do setor alcançaram mais de US$ 20 milhões em 2022 Um crescimento de 52,38% comparado a 2021. Entidades atuam conjuntamente em Projeto Setorial de Promoção às Exportações e Programa de Qualificação para Exportação que contribuem para impulsionar o destilado no comércio internacional

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nidade brasileira da multinaciona A Cachaça, segunda bebida alcóolica mais querida pelos brasileiros, atrás apenas da cerveja, vem conquistando também cada vez mais os consumidores de todo o mundo. No ano passado, as exportações do setor deram um salto e bateram o recorde dos últimos doze anos. O valor exportado em 2022 foi de US$ 20,08 milhões, segundo dados do ComexStat (Ministério da Economia), compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), o que representa um aumento de 52,38% em relação a 2021. Em volume, o aumento foi de 29,03%, totalizando mais de 9,3 milhões de litros. Em 2022, a bebida foi exportada para mais de 75 países, sendo que os principais países de destino (em valor) foram: Estados Unidos, Alemanha, Portugal, França e Itália.

O potencial do produto Genuinamente brasileira, a história da Cachaça está relacionada à história do país. A bebida nasceu no Brasil, no século XVI e tem grande importância cultural, social e econômica para o país. Hoje, segundo o Anuário da Cachaça de 2021, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) existem 936 estabelecimentos produtores da bebida devidamente registrados, com 4.969 produtos. A Cachaça Sagrada, um pequeno produtor de Bom Jesus do Amparo (MG), surgiu em 2016 e foi registrada em 2017. Desde então,

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além dos mineiros, conquistou consumidores de todo o Sudeste e de estados do Centro-Oeste e do Sul do Brasil. Em 2022, ela cruzou fronteiras e conquistou a Coréia do Sul. A bebida chamada Lótus, que é à base de cachaça e popularmente conhecida como bananinha, conquistou os sul-coreanos. Foi também no ano passado que a empresa se associou ao IBRAC e começou a fazer parte do Projeto “Cachaça: Taste the New, Taste Brasil”. Em setembro, participaram de rodadas de negócio com possíveis compradores da França e de Portugal realizadas no âmbito do Projeto Setorial e com o apoio das Embaixadas do Brasil nesses países. Segundo o gerente comercial da Cachaça Sagrada, Lucas Pereira, as negociações seguem em andamento e a empresa está otimista. “Graças ao IBRAC e ao Projeto da ApexBrasil estamos aprendendo muito sobre o mercado externo e sobre o potencial do nosso produto. Em 2023, nosso foco será ampliar e exportar mais, conquistar a Europa e outros países asiáticos”, afirma. A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos, apoiando atualmente cerca de 15 mil empresas em 80 setores da economia brasileira. Também já atendeu mais de 1, 3 mil investidores e mais de 118 projetos no valor de US$ 23 bilhões em investimentos anunciados no Brasil. O Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) é a entidade representativa do segmento produtivo da Cachaça. Com abrangência nacional possui entre os seus associados as principais empresas (micro, pequenas, médias e grandes) do segmento produtivo da Cachaça de vários estados brasileiros, que correspondem a mais de 80% do volume da bebida comercializado formalmente no Brasil. Entre suas atuações estão a realização de ações de defesa de interesses do setor produtivo no Brasil e no exterior, ações relacionadas ao consumo responsável de bebidas alcoólicas, o desenvolvimento econômico e sustentável do setor, o combate ao mercado ilegal de bebidas e à concorrência desleal, além da promoção, proteção e defesa da denominação “Cachaça” e da sua Indicação

Geográfica, em âmbito nacional e internacional.

Pindorama se consolida como cachaça premium e lança Cobra Coral A Pindorama vem se consolidando como uma das grandes produtoras de cachaça artesanal premium do Brasil. O trabalho da marca envolve todos os aspectos da produção dessa bebida centenária, que tem ganhado cada vez mais espaço nas prateleiras internacionais. No mercado nacional, a Pindorama é uma das marcas de maior destaque nos setores hoteleiro e gastronômico de alto padrão, trazendo para os cardápios mais disputados do Brasil um nível de sofisticação ímpar, aliado à uma bebida sem igual. A identidade visual da Pindorama, carregada de símbolos brasileiros, busca ressignifcar a cultura dos destilados e dá ênfase à preservação ambiental e modelos de negócio com impacto social positivo. Vendo a necessidade de salvaguardar e celebrar a diversidade desse tesouro



MERCADO cultural que é a cachaça, o time da Pindorama resolveu lançar uma nova marca, entitulada COBRA CORAL, que une a qualidade do alambique da Fazenda das Palmas, sede da empresa, com lotes de cachaça curados e adquiridos de outros alambiques do Brasil. “A proposta da Cobra Coral é justamente de aplicar um modelo de produção de “blend”, bastante conhecido fora do Brasil, principalmente usado na produção de whiskys escocês e japonês, onde os mestres destiladores buscam a dedo e combinam diferentes lotes, daquilo que há de melhor n a i n d ú st r i a , p a ra c r i a r h í b r i d o s sensacionais e premiados mundialmente”, explica Rafael Daló, sócio e diretor criativo da marca. A cachaça recebe o nome de Cobra Coral em homenagem à entidade indígena précolombiana que foi assimilada pelas religiões de matriz africana ao longo da formação do nosso país, e que representa justamente a fusão de culturas para a criação de signos ainda mais fortes. No rótulo da nova marca, criado mais uma vez pela dupla imbatível de designers argentinos Oveja e Remi, vemos uma mulher segurando uma taça e uma cobra e outros desenhos, com alusão ao empoderamento feminino e a capacidade da natureza de curar todos os males. A garrafa de 600ml é verde e dá um toque retrô ao produto, que remete às cachaças mais tradicionais que datam de 1950.

Parceria com Amarello Simultaneamente ao lançamento da COBRA CORAL, a revista Amarello lança no dia 2 de setembro com a PINDORAMA a versão colorida do rótulo, em edição especial, apenas à venda na loja e sites da AMARELLO e PINDORAMA.

Cobra Coral Cobra Coral é o espírito guardião da floresta; aquele que abre os caminhos e abençoa a nossa jornada. Cobra Coral é uma cachaça jovem, leve, especialmente selecionada para ser adicionada em qualquer coquetel, ou degustada pura como veio ao mundo. Cobra Coral nasce da energia da terra e da força das águas. Cobra Coral combina com bar, com praia, com música, com uma vida social ativa e cheia de sabor. Incorpore esse espírito, reflorestese!

A Pindorama

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Foi em 2012, que o casal Luiza Konder e Antônio Carlos de Almeida Braga adquiriram a propriedade da Fazenda das Palmas, no Vale do Café e descobriram ali nas suas instalações o que vinha a ser o terceiro alambique comercial do estado e decidiram por restaurar o local. Construído originalmente em 1855, o alambique havia sido desativado e abandonado, porém ainda mantinha a caldeira inglesa, importada via Alemanha no começo do século XX. A estrutura foi totalmente reformada, a cana-de-açúcar começou a ser plantada e a cachaça, destilada. Com a ajuda das duas filhas, Joana e Maria Almeida Braga, e do genro, Rafael Daló, nasceu a Pindorama cujo nome coincidentemente significa em Tupiguarani, região das palmeiras ou terra livre do mal. A marca fez sua estreia inicial, em 2017, no mercado português, devido às facilidades iniciais oferecidas pelo país. Logo após seu lançamento, a Pindorama conquistou a medalha de prata no International Spirits Challenge, em Londres, em 2019. Em 2021, após um resultado consistente de vendas na Europa, a marca iniciou sua comercialização no Brasil, chegando a pontos de venda no Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2022, mais um título, o segundo lugar do V Ranking da Cúpula da Cachaça. E, no último mês, o bicampeonato com a medalha de prata no International Spirits Challenge 2023 com a Pindorama Ouro. Em comemoração ao Dia Nacional da Cachaça, celebrado em 13 de setembro, a Cachaça Barra Grande lançou um novo rótulo: a Edição Especial Alceu Figueiredo. Produzida com Cana Java, uma das primeiras variedades de cana a chegar no Brasil, vinda da ilha de Java na Indonésia, a cachaça homenageia Alceu Andrade Figueiredo (1910/2000), um homem empreendedor que fez parte da 3ª geração da família Figueiredo à frente do engenho. Simples, carismático, culto e de boa prosa, Alceu Figueiredo sempre foi um grande anfitrião que, com seu pioneirismo e liderança lançou em 1950 o primeiro rótulo comercial da Cachaça Barra Grande. Como bom mestre cachaceiro, gostava de uma cachaça com graduação alcóolica alta, que preserva ainda mais os aromas primários da cana. Por essa razão, o destilado em sua homenagem tem volume alcoólico de 48% e para que os aromas e as nuances da cana Java ficassem mais evidentes aos paladares mais apurados, a bebida não passou por maturação em tonéis.

Cachaça Barra Grande lança novo rótulo em homenagem a um dos seus idealizadores Cachaça Barra Grande, Edição Especial Alceu Figueiredo Foto: Divulgação “A Cachaça Alceu Figueiredo é uma cachaça para degustar com nostalgia e brindar ao legado de quem foi marcante na história da Barra Grande. Produzimos essa edição especial com cana Java e 48% vol. alcóolico, do jeito que ele gostava”, revela o empresário Maurílio Figueiredo Cristófani, que atualmente comanda o Engenho Barra Grande e é sobrinho neto do homenageado.

A cana Java O processo para a produção do novo rótulo da Barra Grande começou com o plantio da Cana Java, uma das primeiras variedades de cana a chegar no Brasil, vinda da ilha de Java na Indonésia. Para o cultivo de uma quantidade satisfatório para a elaboração da cachaça, Cristófani foi até a região de Salinas/MG e conseguiu alguns toletes da cana. Após quatro anos de cultivo, foi formado um pequeno talhão com o qual foi possível produzir a Cachaça Barra Grande, Edição Especial Alceu Figueiredo.

Serviço: www.apexbrasil.com.br www.drinkpindorama.com www.ibrac.net www.cachacabarragrande.com.br




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