Minas Faz Ciência 70

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ses desenvolvidos, deram certo. Por isso, apostamos no sucesso do projeto por aqui, pois acreditamos que beneficiará o ecossistema de inovação no Estado”, conclui.

Inovação no ar

Além de serem inovadoras, o que têm em comum empresas como Intel, Microsoft, HP, eBay, Yahoo, Apple, Facebook, Electronic Arts e Google? Todas nasceram no mesmo local: o Vale do Silício, nos Estados Unidos. A região, localizada no estado da Califórnia, próximo a São Francisco, conta com grande variedade de companhias de base tecnológica, com forte vocação empreendedora, e de centros de P&D. Além disso, são muitas as universidades em localidades próximas, que intercambiam talentos e conhecimento com as empresas, de maneira a formar o maior ecossistema de inovação do mundo. Trata-se, afinal, de um conjunto de pessoas, empresas e organizações que se relacionam em busca de coevolução, a partir do desenvolvimento de projetos inovadores. Apesar de o Vale do Silício ser o exemplo mais emblemático e reconhecidamente exitoso no planeta, ele não se revela o único. Experiências em ecossistemas de inovação têm ocorrido em todo o mundo, de modo a se tornar mais

comuns, tanto de forma natural quanto por meio de criação estimulada. São inúmeros os ambientes inovadores espalhados pela Ásia (principalmente, em países como China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Singapura), pela Europa (Inglaterra, Alemanha e Suíça) e América do Sul (Brasil, Chile, Uruguai e Argentina). Por aqui, para além de Minas Gerais, certos ecossistemas têm se destacado no cenário inovador: a cidade de São Paulo, pela própria grandeza econômica, tornou-se polo empreendedor, com startups apoiadas, principalmente, por empresas consolidadas. Destaque-se, nesse sentido, o Cubo, espaço de cinco mil metros quadrados destinado a atividades inovadoras e ao fomento de projetos de empreendedorismo. Tal iniciativa conta com incentivo do grupo Itaú Unibanco. Há, ainda, o Campus São Paulo, idealizado pela Google e voltado a projetos inovadores e a novos empreendedores. No Sul do País, um forte polo está situado em Florianópolis (SC), onde ficam os parques tecnológicos Alfa e Sapiens. No Nordeste, há o Porto Digital, no Recife, que, hoje, abriga 267 empresas, duas incubadoras, duas aceleradoras de negócios e dois institutos de pesquisa. De volta a Minas Gerais, o ecossistema inovador diz respeito a fatores que vão da quantidade de universidades bem-conceituadas ao crescimento do espírito empreendedor. Em Belo Horizonte, fica o San Pedro Valley, comunidade com mais de 200 startups, que visa fortalecer a ca-

deia inovadora da cidade. O nome faz alusão, é claro, ao Vale do Silício. No entanto, as várias empresas de tecnologia e os profissionais estão alocados no chamado bairro São Pedro, na zona Sul da capital mineira. Além de startups, o local conta com aceleradoras, investidores e espaços de coworking. No interior de Minas Gerais, também existem ecossistemas consolidados, a exemplo da notória Santa Rita do Sapucaí. Localizada no Sul do Estado, a cidade é conhecida como “Vale da Eletrônica”, devido à enorme quantidade de empresas ali situadas. Com população pouco superior a 40 mil habitantes, o município conta com três instituições de ensino e 153 grupos tecnológicos. Há, por fim, outros dois ecossistemas no interior do Estado, que têm se destacado por múltiplas iniciativas de inovação: Montes Claros, no Norte, e Uberlândia, no Triângulo. A partir de agora, com a TMI, a tendência é que esses polos se conectem ainda mais, de maneira a proporcionar maior integração e desenvolvimento ao Estado.

MINAS FAZ CIÊNCIA • JUN/JUL/AGO 2017

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