EXPRESSO LITORAL | 6ª EDIÇÃO

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FEVEREIRO DE 2019 | Nº 6 | JORNAL MENSAL | GRATUITO

WWW.EXPRESSOLITORAL.COM.BR

LITORAL NORTE

CARAGUATATUBA

Como o público cadeirante assiste aos shows de verão?

Exposição reconta história de Caraguatatuba

Durante as atrações, são reservados espaços exclusivos para deficientes e idosos

Mostra "fragmentos da nossa história" é gratuita e ficará no MACC até 3 de março

PÁGINA 38

PÁGINA 18

LITORAL NORTE

O que é possível fazer com valor do aumento do salário mínimo no Litoral Norte?

CLÁUDIO RODRIGUES | EXPRESSO LITORAL

Reportagem do Expresso Litoral fez um levantamento e descobriu que não dá para fazer muito com o valor de R$ 44 de reajuste no mínimo nacional PÁGINA 36

IPVA: cidades do Litoral Norte arrecadaram mais de R$ 167 mi em 5 anos PÁGINA 34

FALA, PREFEITO

FALA, PREFEITO

SÃO SEBASTIÃO

Márcio Tenório planeja avanço em saneamento

Aguilar Júnior fala sobre obras e projetos para 2019

Topolândia terá novo ginásio poliesportivo

Prefeito falou sobre ações do governo para o segmento ainda este mês

Chefe do Executivo quer executar diversas obras no ano que vem em Caraguatatuba

Obra começa a ganhar forma e chama a atenção dos moradores

PÁGINA 30

PÁGINA 22

PÁGINA 6

EXPRESSO LITORAL

FEVEREIRO DE 2019 | EDIÇÃO 6

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EDITORIAL

Seguimos com objetivos Cláudio Rodrigues claudio@expressolitoral.com.br

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ssa é apenas a 6ª edição do Expresso Litoral.

Acreditamos que muita coisa boa ainda está por vir. Nosso objetivo, o de tentar mostrar um outro lado do jornalismo impresso e mudar alguns aspectos da comunicação na nossa região, continua caminhando a passos largos.

São 7h33 e estou escrevendo este texto na nossa redação, aqui no centro, em São Sebastião. Estou sozinho. Meus companheiros de

Conceda a você o direito de se informar com qualidade e profissionalismo.

Jornalismo é coisa séria, acredite trabalho ainda não chegaram.

Por falar em equipe, a nossa agora conta com nove prossionais de comunicação. É ainda uma equipe modesta, mas com pessoas que ainda acreditam no jornalismo e principalmente nos sonhos. Às vezes me tira o sono pensar em fazer jornalismo. É sempre uma mistura de paixão, revolta, amor e ódio. O que nos motiva, de fato, é

ainda acreditar em você, leitor.

Acreditar na sociedade. Mesmo com tanta desvalorização da nossa classe, mesmo com tanta falta de fé no jornalismo, mesmo com tanta 'fake news'... nós acreditamos muito em você. E acreditamos porque a mudança só depende única e exclusivamente de você. Nunca tenha dúvida disso.

Você pode mudar o jornalismo,

mudar a realidade, mudar o cenário comunicacional da nossa região, do nosso país e do mundo.

Não, não é clichê, o poder está em suas mãos. E começa quando você escolhe querer se informar. Se informar aonde? Por quem? Por quê? Quando? Como?. Nós respeitamos muito a sua opinião.

Respeitamos muito o fato de você apenas ler esse editorial. Uma dica: conceda a você o direito de se informar com qualidade e prossionalismo. Jornalismo é coisa séria, acredite. Estou preocupado com meu limite de caracteres. Podemos conversar mais em março? Aqui mesmo neste espaço?

Eu espero você. Boa leitura.

Leia mais em www.expressolitoral.com.br

ARTIGO

ARTIGO

ATIVIDADE FÍSICA NO VERÃO

PRAIA ACESSÍVEL EM CARAGUÁ

ALEX DAMASCENO Profissional de Educação Física com especializações

N

o verão, é comum vermos desde as primeiras horas da manhã um número bastante alto de pessoas praticando algum tipo de atividade física [corrida, caminhada e ciclismo são ás principais]. São inúmeros os benefícios que a prática de atividade física nos proporciona. Vale destacar aqueles ligados aos aspectos psicobiológicos [melhora do humor, sono, depressão, entre outros] e também aos aspectos físicos [geralmente o mais desejado pelos praticantes, como por exemplo o aumento da resistência, condicionamento físico e emagrecimento]. Com isso, devemos nos atentar ao horário em que essa prática está sendo realizada, pois a relação estresse térmico x esforço

físico/atividade física, tem causado prejuízos à saúde.

Para se ter uma idéia, a hipertermia [aumento da temperatura corporal por falência dos mecanismos de dissipação do calor], é a terceira maior causa de morte entre atletas universitários nos Estados Unidos da América.

Nada mais é que o aumento da temperatura corporal por falência dos mecanismos de dissipação do calor para se contrapor à febre onde há falência da regulação hipotalâmica. São cinco formas de manifestação clínica: edemas, cãibras, síncope, exaustão e hipertermia.

Sendo assim, evite praticar atividades físicas nos horários em que a temperatura estiver mais alta [geralmente entre 12h e 16h] e faça o uso de um bom protetor solar. Hidratação sempre e vamos em frente.

Desejo a todos boas práticas e muita diversão.

NOSSA REDAÇÃO Rua Vereador Mário Olegário Leite, 45, sala 15, centro, São Sebastião [SP].

JORNALISTA RESPONSÁVEL Cláudio Rodrigues MTB: 74.043/SP

ACHE A GENTE NAS REDES www.facebook.com/expressolitoral www.instagram.com/expressolitoral

QUER ANUNCIAR? [12] 97412.7585 www.expressolitoral.com.br

ALEX RIBEIRO SANTOS Cadeirante e de bem com a vida

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pessoas, a cidade de Caraguatatuba também lançou o programa praia acessível. Quero conhecer projeto e contar minha experiência para vocês. O programa Praia Acessível é uma ação que será realizada aos sábados e domingos até o m do Carnaval deste ano, na Prainha e Jardim Aruan [ao lado da arena verão].

Por enquanto, o programa oferece apenas o banho com as cadeiras anfíbias, acompanhado de prossionais capacitados, mas para quem não curte uma praia o programa também se estende de terça a domingo das 8h30 às 16h30 [praia do Centro]. Caraguá é uma das poucas cidades turísticas que se esforça para que todos aproveitem o verão de uma maneira igualitária.

olha a gente aí outra vez, aproveitando a estação mais quente do ano [e bota quente nisso], onde a previsão anda dizendo todos os dias que teremos sol forte com pancadas de brasa.

Com isso, nada melhor que curtir uma praia e se refrescar nesse 'marzão' de Deus. Mas quando se trata de ser um cadeirante ou pessoa com mobilidade reduzida, essa atividade pode se transformar em algo só um pouquinho mais quente que o nosso litoral: o inferno. Não precisamos ser nenhum Albert Einstein pra saber que areia de praia e cadeira de rodas não combinam. É tipo Jair Bolsonaro e Jean Wyllys, não foram feitos um para outro.

E pensando nesse grupo de

Por isso, valeu Caraguá, por mostrar que no país onde a praia é a identidade do Brasil, não existe preconceito na terra e nem na água.

NOSSOS REPÓRTERES Rafael César Jéssica Vidal Matheus Almeida Luciana Maximo Raiana Bitencourt [estudante de Jornalismo] Nicolas Cantagesso [estudante de Jornalismo]

MAIS INFORMAÇÕES O Expresso Litoral circula mensalmente e é uma publicação da Agência DNC Comunicação [CNPJ: 31.747.666/0001-31]. A tiragem é de 5 mil exemplares. Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer conteúdo.

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SUMÁRIO

NESTA EDIÇÃO #FEVEREIRO 2019 pg.

6

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SÃO SEBASTIÃO Topolândia terá novo ginásio poliesportivo

SÃO SEBASTIÃO CARROS ABANDONADOS

Veículos atrapalham trânsito e podem trazer riscos à saúde

pág.10

pg.

14

pg.

18

CARAGUATATUBA

SÃO SEBASTIÃO A vida de uma criança que tenta ser surfista profissional

SÃO SEBASTIÃO Batalha de versos em Boiçucanga

28

pg.

CARAGUATATUBA Motoristas de aplicativos aproveitam alta demanda no Litoral Norte

CARAGUATATUBA Hospital Regional será entregue em junho, segundo Estado

24

pg.

pg.

CARAGUATATUBA A história de vida do surfista Marçal Leme

ILHABELA Bowl Park Battle Tour tira crianças de casa e apresenta skate

29

ILHABELA Reforço de catamarã melhora travessia, mas horários não agradam

17

pg.

20

CARAGUATATUBA Exposição reconta a história da cidade de Caraguatatuba

pg.

pg.

16

SÃO SEBASTIÃO Deputado estadual Antônio Carlos Jr. concede entrevista

12

pg.

30

pg.

pg.

ILHABELA Lei de Prioridade na Balsa existe, mas não salva da espera

ILHABELA Márcio Tenório planeja 2019 e destaca obras em saneamento básico

FALA, PREFEITO

Aguilar Júnior fala sobre obras e projetos para 2019

pág.22

pg.

34

36

LITORAL NORTE IPVA: região arrecadou mais de R$ 167 mi nos últimos 5 anos

pg.

LITORAL NORTE O que é possível fazer com R$ 44 no Litoral Norte?

LITORAL NORTE Como o público cadeirante assiste aos shows de verão?

ILHABELA

LITORAL NORTE

BIKE NO APP

R$ 44

pág.26

pág.36

Nova alternativa de transporte chega em Ilhabela

38

pg.

O que pode ser feito no Litoral Norte com valor do reajuste do salário mínimo?

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OPINIÃO

Armas de fogo: direito ou risco?

#DOLEITOREXPRESSO

RAFAEL DIAS Advogado e consultor jurídico

O

presidente Jair Bolsonaro expediu um decreto que facilita a posse de armas e deixa as regras mais objetivas para agentes de segurança e pessoas que desejam possuir um armamento em casa ou no trabalho.

O decreto altera o Estatuto do Desarmamento aprovado em 2003 e submetido ao referendo em 2005. Na ocasião, 59.109.265 dos eleitores responderam “não” ao desarmamento, o equivalente, segundo o TSE, a 63,94% dos votos válidos. Porém, ano após ano, o Governo Federal ignorou a vontade da maioria que desejava exercer o direito de ter - ao menos – a posse de uma arma de fogo. Segundo o Atlas da Violência 2018, os homicídios atingiram alarmantes 62.517 em 2016, superando - pela primeira vez na história - o patamar de 30 homicídios para cada 100 mil habitantes. A taxa cou em 30,3 contra 26,6 em 2006. Com esses dados, percebemos que após a entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento, os números de mortes com armas de fogo aumentaram. E por uma correlação lógica, a própria efetividade e rigor do Estatuto nos leva à conclusão de que a esmagadora maioria dos homicídios são cometidos com armas de fogo ilegais. Ressaltese, ainda, que não conseguimos encontrar algum estudo prove o aumento ou diminuição da violência em razão da posse legalizada de armas de fogo entre a população. Contudo, o ponto principal que merece destaque é que a medida adotada pelo Governo não visa, a priori, diminuir ou inuenciar na segurança pública, mas assegurar ao cidadão de bem o acesso à arma de fogo para legítima defesa. Até porque, a função da posse de armas não é diminuir a violência. A posse deve ser encarada como um direito natural de defesa do cidadão. Vale mencionar, ainda, uma pesquisa realizada com criminosos pelo Departamento de Justiça dos EUA indicando que 74% concordam que ladrões evitam entrar em residências ocupadas por medo de serem alvejados. E 57% deles concordam que bandidos têm mais medo de enfrentar uma vítima armada do que de enfrentar a polícia. Agora, na cabeça do criminoso brasileiro, deve pairar a dúvida se a vítima estará armada ou não. Até então, ele tinha certeza. Portanto, a exibilização da posse de arma, por ora, assegura em certa medida o direito de defesa do cidadão de bem no âmbito residencial e de trabalho, contra o uso da força pelos criminosos que debocham e se aproveitam do desarmamento absoluto da população.

DIAS DIFÍCEIS Corpo de Bombeiros e Defesa Civil montam operação para retirada de crianças ‘ilhadas’na creche Adriana Vasques, na Topolândia, em São Sebastião. Fortes chuvas castigaram a cidade entre o fim de janeiro e começo de fevereiro. O registro é do leitor Lucas Oliveira

CHARGE

HENRIQUE SAMPAIO

WWW.INSTAGRAM.COM.BR/HENRIQUESAMPAIOJV

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SÃO SEBASTIÃO

Topolândia terá novo ginásio poliesportivo no primeiro semestre O QUE ANTES ERA UMA PEQUENA QUADRA ESPORTIVA e um campo de areia, agora dá lugar para

grandes pilares da cobertura, que já é visto em muitos pontos do bairro. Obra começa a ganhar forma e chama a atenção dos moradores Cláudio Rodrigues claudio@expressolitoral.com.br

Q

Comércio Ltda, em fevereiro iniciam as alvenarias e fechamentos, e instalações elétricas e sanitárias.

Segundo o cronograma da obra, em março e abril serão iniciados os revestimentos. A previsão de conclusão do ginásio é para este primeiro semestre. O ginásio terá capacidade para 1,5 mil pessoas. A obra está orçada em aproximadamente R$ 2,9 milhões.

– Vai ser um ginásio de grande porte dentro bairro da Topolândia.

Será completo, com arquibancada e vestiário. Uma estrutura que vai agregar valor à educação e ao esporte em um bairro populoso, em um trabalho envolvendo todas as secretarias – destacou o prefeito Felipe Augusto.

A limpeza do espaço onde está sendo construído o novo Ginásio do bairro, foi feita pela Secretaria de Serviços Públicos (Sesep), por meio da Regional Topolândia. Os funcionários da Regional zeram a retirada ainda de um barracão que estava nos fundos do Centro

Comunitário da Topolândia [local que integrará ao ginásio].

“

Tenho dois filhos pequenos e me preocupo com o futuro deles.

Quero que pratiquem esporte, cuidem da saúde. Espero que agora as crianças do bairro tenham um espaço amplo e moderno para praticar esporte SILVANA MELO DE SENNA, 36 ANOS Moradora do bairro Topolândia

“

Vai ser um ginásio de grande porte dentro bairro da Topolândia.

Será completo, com arquibancada e vestiário. Uma estrutura que vai agregar valor à educação e ao esporte em um bairro populoso, em um trabalho envolvendo todas as secretarias FELIPE AUGUSTO

Prefeito de São Sebastião

PREFEITURA DE SÃO SEBASTIÃO

uem é morador do bairro da Topolândia, na região central de S ã o S e b a s t i ã o, c o nhece o Centro Comunitário, um espaço para a prática esportiva, atividades e lazer. Os 'mais experientes', inclusive, lembram das aulas de futsal do professor Matheus. “Aê, deu... duas voltas andando” era um dos seus jargões de mais de 20 anos como professor de Educação Física na rede municipal de ensino.

Entretanto, as lembranças vividas por moradores e visitantes no local [que já foi palco de casamentos, formaturas, entre outros] serão atualizadas para as novas gerações. Isso porque, um novo ginásio poliesportivo está sendo construído no terreno.

O que antes era uma pequena quadra esportiva e um campo de

areia, agora dá lugar para os grandes pilares da cobertura, que já é visto em muitos pontos do bairro. A obra começa a ganhar forma e chama a atenção dos moradores.

– Estou sabendo por você que é um ginásio poliesportivo. Nossa, será muito bom então. Tenho dois lhos pequenos e me preocupo com o futuro deles. Quero que pratiquem esporte, cuidem da saúde.

Mas daquele jeito estava muito ruim, não é? Espero que agora as crianças do bairro tenham um espaço amplo e moderno para praticar esporte – conta Silvana Melo de Senna, de 36 anos, moradora do bairro.

A prefeitura de São Sebastião informou que a obra do novo ginásio poliesportivo já está com os pilares da cobertura concluídos, e começou a fase de montagem da estrutura de cobertura. Em breve, a estrutura da cobertura estará concluída, pronta para receber as telhas termoacústicas. De acordo com a empresa responsável pela obra, L eman Construções e

ESTRUTURA Obra do novo ginásio poliesportivo já está com os pilares da cobertura concluídos, e começou a fase de montagem da estrutura de cobertura

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PREFEITURA DE SÃO SEBASTIÃO

PREFEITURA DE SÃO SEBASTIÃO

SÃO SEBASTIÃO

PREVISÃO Segundo o cronograma da obra, em março e abril serão iniciados os serviços de revestimentos em todo ginásio

PROCURES OS VENDEDORES

Alessandro (12)98165-1770 Igor (12)98232-6967 Robert (12) 98259-4220

AV. ENGENHEIRO REMO CORRÊA DA SILVA, 497, CENTRO, SÃO SEBASTIÃO-SP

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RAFAEL CÉSAR | EXPRESSO LITORAL

SÃO SEBASTIÃO

CONSELHO Todos os dias, o pai mostra que o mais importante no surf é a dedicação e o comprometimento com os objetivos traçados

Pai e lho: a vida de um sonhador que cria um sur sta pro ssional em Maresias PARA ALEXANDRE ROCHA ALVES, ainda falta muito investimento no surf. Ele afirma que a maioria dos

surfistas brasileiros só conquistaram o espaço que possuem hoje por conta do próprio esforço Rafael César rafaelcesar@expressolitoral.com.br

M

inha vida foi dedicada ao surf. Lido com o mar e a areia da praia desde os meus 12 anos. Eu vivo o surf, o respiro, e me alimento disso.

Sempre trabalhei ar rumando pranchas e queria ser um sursta prossional, mas não consegui. O

meu escritório é na praia, pois em uma sala eu não trabalharia jamais.

A maior parte do tempo dedico para o futuro do meu lho e para minha esposa que mantém o mesmo foco no nosso garoto” relata o salva-vidas Alexandre Rocha Alves, mais conhecido como Jabá, de 46 anos.

O lho de Jabá, Fabrício Rocha, de 14 anos, foi criado na água do mar, sempre enxergando o surf como uma diversão, e também como a prossão dele. Apesar de residirem em Maresias, costa sul de

São Sebastião, a família veio do nordeste do país e saíram de Natal, Rio Grande do Norte, há cinco anos para tentar a sorte no Litoral Norte de São Paulo.

– Nós sabíamos que as oportunidades seriam maiores para o nosso lho aqui, em Maresias. Após o primeiro título do Gabriel Medina, os holofotes do surf nacional e internacional se viraram para este lugar. Só de ver o meu lho no Instituto Gabriel Medina (IGM) e saber que a cada dia que passa ele se

torna um cidadão de bem através desse projeto já me faz feliz – comenta Ana Patrícia, mãe do jovem atleta.

Em Natal, o casal trabalhava vendendo salgados e batalhavam para que o lho disputasse todos os campeonatos de surf possível, apesar da logística que não ajudava.

Atualmente, Ana trabalha como auxiliar de cozinha de um hotel e tenta manter a dieta do lho regulada para que ele se mantenha saudável para competir sempre em

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RAFAEL CÉSAR | EXPRESSO LITORAL

SÃO SEBASTIÃO

“

Eu amo o surf. Surfar é uma brincadeira para mim, porém, nunca posso esquecer de levar a sério.

Tenho que saber manter o equilíbrio não só em cima da prancha, mas dentro da minha cabeça e da minha alma FABRÍCIO ROCHA, 14 ANOS

RAFAEL CÉSAR | EXPRESSO LITORAL

RAFAEL CÉSAR | EXPRESSO LITORAL

Futuro surfista

ALEGRIA Apesar de levar uma vida de atleta profissional, o garoto não esquece de brincar e o pai dele faz questão que o menino tenha suas horas de descontração

alto nível.

Fabrício conseguiu o acesso ao IGM por causa dos resultados conquistados na seletiva que aconteceu antes da inauguração do projeto. O garoto conta que essa oportunidade é surreal, porque na visão dele, ter a honra de entrar na água com o bicampeão mundial de surf e receber dicas do melhor do mundo já é uma vitória e uma chance que poucos têm. – Eu amo o surf. Surfar é uma brincadeira para mim, porém, nunca posso esquecer

de levar a sério. Tenho que saber manter o equilíbrio não só em cima da prancha, mas dentro da minha cabeça e da minha alma. Sinto um frio na barriga quando caio no mar com o Gabriel e fazer o treino com os amigos no IGM é maneiro demais. Embora eu saiba que sem o meu pai não conseguiria conquistar tudo isso e surfar com ele é o meu maior prazer – arma Fabrício.

O garoto ainda não almeja um título mundial, ele pretende galgar cada etapa de uma vez e mira a taça

do Pro Júnior para este ano. Fabrício deseja começar a disputar o WQS campeonato que dá acesso ao WCT para se adaptar ao nível de outros atletas internacionais e nacionais.

Os sonhos são muitos e o que Jabá visualiza no futuro é a passagem para a família ir morar fora do país.

Além disso, o pai que é treinador diz que se o lho não se tornar um sursta prossional não cará triste, porque sabe que o mais importante é a experiência de vida

conquistada através do esporte.

– O Fabrício teve contrato por sete anos com uma marca de óculos e só perdeu o patrocínio esse ano.

Falei para ele não desanimar, pois ele não gosta de perder. Mas, essa é outra parte que sempre trabalhamos no surf, porque nem sempre nós ganhamos. O mais importante é ele se divertir e passar a ideia adiante para o lho ou lha dele, ou, que ele atue em outra área do surf no futuro já estará bom – concluiu Jabá com um sorriso no rosto.

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SÃO SEBASTIÃO

Carros abandonados causam transtorno e risco para saúde VÁRIOS VEÍCULOS ESTÃO ESTACIONADOS HÁ MESES em ruas do bairro da Topolândia e em outros

locais da cidade. Prefeitura já iniciou campanha para retirada de carros abandonados Cláudio Rodrigues claudio@expressolitoral.com.br

N

deu. Fomos então abordados por outro morador, que disse: “não tem ninguém aí. A dona da casa só chega mais tarde”. O relógio marcava 15h42.

– Você não percebeu que o carro não atrapalha nada. Ficar tirando foto para quê? Isso é sacanagem.

Isso é coisa de gente que quer mandar na rua. Às vezes o carro quebrou e o dono não tem dinheiro para arrumar – esbravejou.

E não precisamos ir muito longe para encontrarmos outro veículo abandonado, a cerca de 200 metros do local. Muito mais deteriorado, o carro não estava na rua, mas em um terreno que serve de estacionamento. Os vidros estavam quebrados e a porta destrancada. A traseira estava bastante amassada. Não havia placa de identicação.

PREFEITURA Para denunciar casos como estes, a Prefeitura de São Sebastião pede para o morador protocolar o caso na Secretaria de Segurança Pública (SEGUR). A denúncia é totalmente sigilosa. A SEGUR está localizada

CLÁUDIO RODRIGUES | EXPRESSO LITORAL

ão, não é legal jogar nada na rua. Seja um simples papel de bala ou uma garrafa pet.

Além de faltarmos com a educação, prejudicamos o meioambiente e trazemos prejuízos para a nossa sociedade, principalmente com a saúde pública. Vale o mesmo para quem deixa um carro abandonado na rua. Em São Sebastião, essa prática ainda é realizada.

Nossa reportagem foi até o bairro da Topolândia, na região central do município, após uma denúncia de carro abandonado nas redes sociais.

O 'post' pedia explicações ao dono de um Escort, de cor azul, estacionado do lado direito da Rua Amélia.

– Decidi postar no Facebook para ver se o dono aparece e ajudar no que for preciso. Essa rua é mão dupla, atrapalha o trânsito. Minha vizinha da frente não consegue entrar ou sair da garagem porque o carro atrapalha. Há sujeira envolta do veículo. Sei que isso pode trazer

doenças, como por exemplo, a proliferação de criadouros de Aedes aegypti – disse Allan de Lima, de 31 anos.

A publicação gerou muitas reclamações e outras denúncias, inclusive no mesmo bairro.

– Está virando moda abandonar carro por aqui. Em outra rua aqui do bairro, abandonaram uma Kombi e outro veículo [não sei qual era o modelo]. A prefeitura já retirou a Kombi, mas o carro continua lá, todo quebrado e enferrujado – comentou uma internauta.

Também morador das proximidades do veículo abandonado, Mateus Lima, de 24 anos, armou que o carro já se encontra parado no mesmo lugar há mais de 30 dias.

– Eu não sei o que aconteceu.

Acho que o carro quebrou e deixaram aí. Isso é ruim, prejudica o dia a dia da nossa rua, como a saída e entrada de veículo e a uidez do trânsito – declarou Lima.

Ainda no local, tentamos conversar com o proprietário da casa em que o carro abandonado atrapalha o acesso à garagem. Ninguém aten-

na Rua Sebastião Silvestre Neves, 185, no Centro. Segundo a administração, 100% das denúncias referentes a veículos abandonados em via públicas da cidade foram resolvidas. A maior parte dos automóveis foi retirada pelos próprios proprietários.

Após o recolhimento, o veículo é destinado a um pátio disponibilizado pela prefeitura e o proprietário tem 90 dias para pagar a taxa da recolha e recuperar o veículo. O não comparecimento pode levar o automóvel a leilão. Mais esclarecimentos podem ser obtidos no telefone [12] 3892-2189 ou nal 2190.

De acordo com o diretor do D e p a r t a m e n t o d e Tr â n s i t o (DETRAF), João Firmino, durante as ações alguns proprietários apareceram e se pronticaram a remover os veículos, outros por meio de contatos e noticações.

– Existe uma segunda etapa de denúncias que estão sendo vericadas em que os proprietários dos veículos serão noticados para dar continuidade às novas ações – destacou.

“

DENÚNCIA Veículo Escort, abandonado na Rua Amélia, na Topolândia, foi alvo de denúncia nas redes sociais

Decidi postar no Facebook para ver se o dono aparece e ajudar no que for preciso.

Essa rua é mão dupla, atrapalha o trânsito. Sei que isso pode trazer doenças, como por exemplo, a proliferação de criadouros de Aedes Aegypti ALLAN DE LIMA, 31 ANOS

Morador do bairro Topolândia

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CLÁUDIO RODRIGUES | EXPRESSO LITORAL

SÃO SEBASTIÃO

ABANDONO Veículo abandonado na Topolândia

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DIVULGAÇÃO

SÃO SEBASTIÃO

VERSOS Saruê mandando a rima na Batalha do Verso

Batalha de versos e rimas revela talentos do hip hop em Boiçucanga EVENTO OCORRE DESDE 2016 e conta com patrocínio de uma loja de roupas para se manter Rafael César rafaelcesar@expressolitoral.com.br

A

batalha é um ponto de l i b e r t a ç ã o, o n d e a s pessoas se sentem à vontade para se expressar da forma que realmente são. A perspectiva é muito ampla, vai além da batalha em si, ali formamos pensadores e mentes céticas, criamos músicos, produtores, na realidade artistas”.

Essa foi a resposta que recebi quando perguntei ao fundador da Batalha do Verso de Boiçucanga, bairro da Costa Sul de São Se-

bastião, sobre a importância desse projeto independente que vem crescendo a cada dia que passa na região.

O rapper e poeta, Breno Silva do Nascimento, se considera mais um 'Silva' no meio de tantos outros espalhados pelo Brasil que enfrentaram, e enfrentam, inúmeras diculdades na vida cotidiana e nanceira por nascer em uma condição já desprivilegiada socialmente. Em meio a esse contexto, Brenalta, como é mais conhecido nas ruas, teve a ideia junto com os Mc's Sidney Monteiro (CJ), Fernando Rodrigues, Rick Freitas e Lucas Ramos de criar um lugar aonde a poesia, o rap e o hip hop

fossem conectores de pessoas que lutassem em prol de fazer o bem para uma sociedade que ainda deprecia a cultura negra no Litoral Norte.

A batalha acontece em todo o primeiro sábado do mês desde 2016 e funciona no formato tradicional desse tipo de competição que se baseia em 40 segundos para cada Mc expor a sua rima.

Existem dois jurados e também o voto da platéia para avaliar a disputa, em caso de empate existe um terceiro round de desempate no formato bate e volta. Não são permitidas rimas racistas, homofóbicas e xenófobas de nenhum dos 16 participantes. Nos dias de rimas,

acontecem pocketshows de artistas locais e de outras cidades.

Os destaques e principais campeões da Batalha do Verso são os Mc's TGO (Ilhabela), que foi o primeiro a ganhar uma batalha, e hoje, possui três títulos. Tem o Visconde de Guarujá que já ganhou quatro vezes e Wer mes Souza,chamado de Mc Saruê, 24 anos, que é local de Cambury, e fa-turou o último título do ano passado.

- Sou bicampeão da Batalha e conheci o evento através do meu irmão. O meu primeiro título foi na última batalha de 2017 e voltar a ganhar desta mesma forma me faz entrar no ano de 2019 muito motivado. No começo, eu só rimava

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DIVULGAÇÃO

SÃO SEBASTIÃO

“

Simplesmente fechei os olhos e entrei na roda. Acabei sendo um fiasco, mas o que vale é a intenção, porque é muito difícil estar lá, não é nem um pouco fácil.

Hoje eu vejo tantos outros passando pelo que eu passei e sinto aquela sensação gostosa de nostalgia WESLES SATURNO

‘Freestyle’

“

Sou bicampeão da Batalha e conheci o evento através do meu irmão. O meu primeiro título foi na última batalha de 2017 e voltar a ganhar desta mesma forma me faz entrar no ano de 2019 muito motivado. No começo, eu só rimava para zoar com os amigos e nunca imaginei que poderia sonhar em ser um Mc, como eu acredito ser hoje.

A Batalha é muito importante em muitas esferas, pois foi esse evento que gerou todo esse movimento hip-hop aqui no Litoral

BATALHA Roda de freestyle rolando enquanto a Praça Pôr do Sol ainda possuía tapumes isolando o espaço de revitalização da área

WERMES SOUZA, O ‘MC SARUÊ’

DIVULGAÇÃO

Rapper

para zoar com os amigos e nunca imaginei que poderia sonhar em ser um Mc, como eu acredito ser hoje.

A Batalha é muito importante em muitas esferas, pois foi esse evento que gerou todo esse movimento hiphop aqui no Litoral - comenta Mc Saruê.

Saruê trabalha de caseiro e ajudante de pedreiro para se sustentar nanceiramente, mas de-posita sua esperança de que um dia viverá do rap. O jovem rapper está focado em divulgar o trabalho dele este ano e arma que o evento se consagrou por causa de muitos outros motivos, além do hip hop.

– Sempre teve projetos e campanhas sociais paralelas em que os

membros da Batalha do Verso zeram questão de se engajar para ampliar a iniciativa – comentou Saruê.

Wesles dos Santos, 18 anos, é morador de Boiçucanga e andava de skate na pista da Praça Pôr do Sol, local onde ocorre o evento, quando enxergou naquela roda de rimas a oportunidade de mostrar para as pessoas as poesias que ele tanto gosta de fazer. Apesar de acompanhar a Batalha desde a primeira edição, o garoto só competiu na décima sétima.

– Simplesmente fechei os olhos e entrei na roda. Acabei sendo um asco, mas o que vale é a intenção, porque é muito difícil estar lá, não é

nem um pouco fácil. Hoje, eu vejo tantos outros passando pelo que eu passei e sinto aquela sensação gostosa de nostalgia. Atualmente, faço participações em canções da banda Sr. Bamba e acompanho o Brenalta nos seus projetos – conta Wesles Saturno, como é chamado na roda de freestyle.

Batalha acontece em todo o primeiro sábado do mês desde 2016 e funciona no formato tradicional Para Brenalta, o rap entrou de fato no mercado musical brasileiro, pois está tocando em diversos

ambientes diferentes e trazendo novas essências e misturas de ritmos para contagiar mais pessoas.

Na opinião dele, essa tendência agrega valor para os artistas que estão começando no mundo do rap e diz que a Batalha do Verso não irá parar tão cedo.

– O rap alcançou o auge por ser um gênero musical que transcende a alma, porque fala sobre tudo, amor, política, religião, violência, entre outras coisas. Desta forma, o rap, o hip hop, o grate, o break e toda essa cultura marginal se tornaram um canal de informação que muitas pessoas acabam se identicando e se sentem representadas – concluiu Brenalta.

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SÃO SEBASTIÃO

Antônio Carlos Júnior garante R$ 2,7 mi para o Litoral Norte: “ainda podemos fazer mais” EM ENTREVISTA AO EXPRESSO LITORAL, o deputado estadual Antônio Carlos Júnior explicou as emendas de

R$ 1 mi para São Sebastião, R$ 1 milhão para Ubatuba, e R$ 700 mil para Caraguatatuba. “Até o final do nosso mandato, em 15 de março, temos o objetivo de conseguir mais verbas para a nossa região, com destaque para o projeto de recapeamento da SP-55 que liga São Sebastião à Caraguatatuba”, explica o deputado Cláudio Rodrigues claudio@expressolitoral.com.br

O

– O governador João Dória tem sido muito ativo e respeitoso com o Litoral Norte. Em reuniões e conversas com o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vignoli, vamos nos atentar ao saneamento básico da nossa região. Queremos chegar a 100% em todo Litoral.

Mais qualidade de vida e saúde para a nossa população. Além é claro do aumento do efetivo de policiais, a chegada de mais uma embarcação Catamarã e novos motores para as balsas da travessia – armou Júnior.

Sobre a obra do contorno e duplicação da Rodovia dos Tamoios, em Caraguatatuba, o deputado tucano acredita no compromisso assumido, segundo ele, com o governador João Dória [PSDB].

– A obra está 80% concluída e tenho certeza que nosso governador [João Dória] vai tocar e nalizar essas intervenções ainda no primeiro semestre deste ano. É um compromisso que ele assumiu com o Litoral Norte – declarou o deputado.

– Não vamos parar nessas emendas parlamentares. Quero aproveitar ao máximo esses mais de 60 dias como deputado para desenvolver a nossa região. Precisamos de um projeto de recapeamento da SP-55 entre São Sebastião e Caraguatatuba, além de uma base do DER no Litoral Norte. Sempre estarei à disposição dos prefeitos do nosso Litoral Norte – concluiu o deputado estadual, Antônio Carlos Júnior [PSDB].

CLÁUDIO RODRIGUES | EXPRESSO LITORAL

expresso Litoral entrevistou com exclusividade o deputado estadual, Antônio Carlos Júnior [PSBD], na sede do Fundo Social de Solidariedade, no centro, em São Sebastião. Entre os assuntos, Júnior falou sobre a destinação das verbas das emendas parlamentares, prioridades para região, bandeiras de trabalho e futuro na política.

Para o deputado, muita coisa ainda pode ser feita até o nal do seu mandato, em 15 de março.

– É nisso que tenho me empe-

nhado [ações até o nal do mandato]. Conseguimos R$ 1 milhão para Ubatuba, investimento que deve ser aplicado na área da saúde. Em São Sebastião, também R$ 1 milhão para a mobilidade urbana. Caraguatatuba será contemplada com R$ 700 mil para a implantação de uma ciclovia do Poiares ao Canto do Mar [São Sebastião]. Muita coisa ainda pode ser feita. Esse é o nosso trabalho, sempre em conjunto com as quatro cidades do Litoral Norte para o desenvolvimento da nossa região – disse o deputado.

Segundo Júnior a região precisa de atenção em segmentos importante da sociedade, como por exemplo, saneamento básico, segurança e melhorias na travessia São Sebastião-Ilhabela.

INVESTIMENTOS “Vamos nos atentar ao saneamento básico da nossa região. Queremos chegar a 100% em todo Litoral. Mais qualidade de vida e saúde para a nossa população. Além é claro do aumento do efetivo de policiais, a chegada de mais uma embarcação Catamarã e novos motores para as balsas da travessia”

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DIVULGAÇÃO

CARAGUATATUBA

COMPENSA? Em Caraguatatuba é mais caro andar no carro do aplicativo do que de ônibus, pois o valor da corrida chega a ultrapassar a casa dos R$50, dependendo do horário e do local

Turista ou motorista de aplicativo?

PARA CONSEGUIR RENDA EXTRA, motoristas aproveitam alta demanda no Litoral Norte, mesmo sem regulamentação

Jessica Vidal jessica@expressolitoral.com.br

A

pesar de não ser regulamentado em Caraguatatuba, o aplicativo vem se tornando popular na cidade. Com cada vez mais usuários, e poucos motoristas regionais, os preços do aplicativo ainda são inviáveis para a maioria da população.

Durante a alta temporada o cenário muda, e a grande concentração de turistas aumenta o número de usuários consideravelmente. Aproveitando este período, muitos motoristas de aplicativo de cidades como São José dos Campos,

Taubaté e São Paulo aproveitam para curtir as praias e fazer um 'dinheirinho extra'. É o caso do motorista Luis Fernando Alves dos Santos, que mora na capital do estado e trabalha para o aplicativo há 4 meses. Ele explica que ca na casa de amigos e, para ajudar nas despesas de car na cidade, trabalha como motorista. A decisão, segundo ele, é por conta da demanda.

– Em São Paulo, nessa época do ano, são em média oito viagens por dia. Já em Caraguá, eu chego a fazer o dobro de viagens – conta.

Segundo Santos a cada 10 viagens realizadas pelo aplicativo, quatro eram de turistas. Ele conta também que, em relação aos motoristas locais, não acredita que

sejam prejudicados.

– É muita demanda para pouco carro. Caraguatatuba ainda tem poucos motoristas – relata.

Oposto aos malefícios para os motoristas da região, existem os benefícios aos passageiros do aplicativo. Com uma maior frota de carros disponíveis, a oferta aumenta, reduzindo assim o valor de cada corrida.

Em Caraguatatuba é mais caro andar no carro de aplicativo do que de ônibus, pois o valor da corrida chega a ultrapassar a casa dos R$50, dependendo do horário e do bairro.

Para a usuária Nathália Sato, de 22 anos, os benefícios são os preços durante o nal de semana.

– Muitos motoristas vêm das

cida-des do Vale do Paraíba aproveitando para trabalhar no m de semana – diz.

Ela arma que apesar do preço cair, muitas vezes os motoristas que não moram na região acabam por pegar trânsito, por não conhecerem as rotas mais rápidas.

O sistema de taxas funciona por regiões dentro das cidades. Onde há muitos carros e poucos pedidos, o preço é mais baixo. Onde há carros e pedidos equivalentes o preço é o normalmente cobrado e onde há muitos pedidos e poucos carros há um valor cobrado a mais. É o que os motoristas chamam de dinâmica.

A assessoria do aplicativo não respondeu às questões enviadas até o fechamento da matéria.

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CARAGUATATUBA

Hospital Regional será entregue em junho, segundo Estado SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE INFORMOU, por meio de nota oficial, que as obras sofreram um atraso devido a

licenças ambientais que precisaram ser emitidas e da complementação de aterro, para garantir a segurança da obra Luciana Maximo luciana@expressolitoral.com.br

A

ocial, que as obras sofreram um atraso devido a licenças ambientais que precisaram ser emitidas e da complementação de aterro, para garantir a segurança da obra. O prazo de entrega para obra é junho de 2019 e já conta com os processos licitatórios e a denição da Organização Social de Saúde que administrará o hospital.

“

Ter de fazer essas viagens longas às vezes com dor, operado, é muito difícil e sacrificado

LÚCIA RODRIGUES, 50 ANOS Pedagoga

A obra faz parte do programa Saúde em Ação, em parceria da Secretaria de Estado da Saúde com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com investimento de R$ 188 milhões para construção e equipamentos.

O hospital contará com 220 leitos, sendo 144 de internação, 40 de UTI, 20 de observação e 16 leitos de Hospital Dia [assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial] com capacidade para atender clínica médica e cirúrgica, ortopedia, traumatologia, neurocirurgia e UTI adulto, suprindo a demanda de alta complexidade em o Litoral Norte do Estado de São Paulo.

LUCIANA MAXIMO | EXPRESSO LITORAL

cordar de madrugada para viajar é algo frequente para pacientes do litoral norte de São Paulo que precisam ir para outra cidade em busca de tratamento de doenças e consultas com especialistas.

Mesmo com o auxílio das prefeituras, que disponibilizam carros e vans para levar essas pessoas até seus destinos, essa rotina é muito desgastante para o paciente, para o acompanhante e também para o

motorista.

Mas em breve essa situação será diferente para os pacientes dos quatro municípios, pois será inaugurado o Hospital Regional do Litoral Norte, em Caraguatatuba.

– Ter de fazer essas viagens longas às vezes com dor, operado, dependendo do transporte é muito difícil e sacricado – conta a pedagoga Lúcia Rodrigues de Freitas, de 50 anos.

A prefeitura da Caraguatatuba informou que recentemente a obra foi vistoriada por representantes dos quatro municípios e que já está em fase de acabamento.

Já a Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de nota

HOSPITAL REGIONAL Construção terá área total de 28 mil metros. Foram investidos R$188 milhões para construção e equipamentos

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NICOLAS CANTAGESSO | EXPRESSO LITORAL

CARAGUATATUBA

Exposição reconta história de Caraguatatuba Mostra "FRAGMENTOS DA NOSSA HISTÓRIA" é gratuita e ficará no MACC até 3 de março Nicolas Cantagesso nicolas@expressolitoral.com.br

Estudante 6º semestre do curso de Jornalismo Sob supervisão do jornalista Cláudio Rodrigues

V

ocê tem curiosidade de saber como é a história de algum objeto? Ou de que forma ela chegou ali? A reportagem do Expresso Litoral foi até o MACC – Museu de arte e Cultura de Caraguatatuba conferir de perto a exposição “Fragmentos da Nossa

História”.

No museu, conversamos com a Denise L emes, historiadora e diretora do Arquivo Municipal “Arino Sant'Ana de Barros”, que explicou para a reportagem um pouco sobre a exposição.

– Aqui temos alguns objetos que ajudaram e zeram parte da história de Caraguá. O diretor do MACC, Alex Palaiologos, foi quem encabeçou todo o projeto, era um sonho dele – explica Denise.

Ela disse ainda que para realizar uma exposição como esta leva tempo. A necessidade da conferên-

cia de cada objeto, reconstruir sua história, seu uso, e de onde veio é o que tomou mais tempo para concretizar a exposição.

– Nós ainda tivemos a ajuda da população, que por meio do projeto “Doando História”, nos ajudou a montar o acervo aqui presente – conta a historiadora.

Pa r a a d i r e t o r a d o A r q u i v o Municipal comparar histórias de cidade é um erro.

– Eu ouço muito pessoas dizerem que Caraguá não tem tanta história como São Sebastião e Ubatuba, por conta de não ter tantos prédios

históricos por conta da catástrofe.

Mas o que ninguém sabe é que antes mesmo da grande catástrofe de 1967, não existiam mais tantos prédios históricos no município. – pontuou Denise.

Após uma longa conversa sobre a história do litoral norte e principalmente relatos da história de Caraguatatuba, Denise começa a apresentar alguns dos objetos expostos no museu.

O primeiro é um machado.

Diferente de todos os outros. Ao observar o objeto, percebemos alguns detalhes diferentes e pedi-

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NICOLAS CANTAGESSO | EXPRESSO LITORAL

CARAGUATATUBA

HISTÓRIA Itens da Revolução de 1932, encontrados na região mos à Denise uma explicação melhor.

– Este machado é por volta dos séculos 17 e 18. Como pode ver ele não é um machado agrícola. E sim um machado de defesa e ataque.

Ainda nos detalhes, ele é diferente dos que estamos acostumados a encontrar. Ele chegou aqui por meio de uma doação de um morador, que o encontrou na mata entre Paraibuna e Caraguá – conta a diretora.

Em seguida, Denise apresenta os móveis da prefeitura da cidade na época de 1952 e conta sobre o seu

maior “xodó”: a mesa do prefeito doada pelo Dep. Estadual Diogénes Ribeiro de Lima. Nas proximidades, o cheiro de madeira que a mesa exala começa a fazer parte da explicação da diretora.

– O Diogénes, muito importante na política de São Paulo, colocou um candidato seu como prefeito da cidade, Antônio Augusto Matheus, e como a prefeitura não tinha muitos imóveis ele doou várias coisas, como esta mesa, o armário, e a cadeira.

Todas madeiras são tratadas, que na época era caríssimo. Uma cidade do porte de Caraguatatuba não conse-

guiria ter móveis deste escalão. Só teve graças a doação do Ribeiro de Lima. – explicou Denise.

Depois da grande explicação e aula de história que a diretora proporcionou, ela pede para que a reportagem que à vontade para tirar fotos e entrevistar alguns visitantes.

Um tempo depois, abordamos Adriana Lunarde dos Santos e seu  l h o Vi n í c i u s , q u e e s t a v a m acompanhando a exposição.

– Essa amostra resgata um pouco a história da cidade. Voltamos no tempo com ela, conseguimos imaginar a cultura. Como era a vida

sem nossa tecnologia. E mesmo assim conseguiam construir coisas muito mais duráveis do que hoje em dia. – conta Adriana.

– É como minha mãe falou, vem toda a história na cabeça. Eles não tinham muita facilidade, e mesmo assim, viviam melhor que muita gente de hoje em dia – naliza Vinícius.

A exposição “Fragmentos da Nossa História” cará no MACC até o dia 3 de março. A entrada é gratuita. O museu está localizado na rua Praça Dr Cândido Motta, 72 - Centro, Caraguatatuba.

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ALEMÃO | DIVULGAÇÃO

CARAGUATATUBA

MOTIVAÇÃO Segundo Marçal a dedicação surgiu a partir do sonho de conseguir 'pegar ondas', e as dificuldades foram rompidas, uma a uma, com muita criatividade

Nas ondas da superação: a história do sur sta Marçal Leme COMO AS ONDAS SALGADAS DO SURF ADAPTADO mudaram a vida do surfista após um acidente de moto Jessica Vidal jessica@expressolitoral.com.br

A

o som das ondas do mar da Praia Martim de Sá, Marçal Leme da Costa, 41 anos, conta a sua história à quem se interessar em ouvir. Após ter perdido a perna e todos os movimentos do braço esquerdo em um grave acidente de moto há 8 anos, o esporte o salvou.

Antes do acidente, o sursta trabalhava como caminhoneiro na Petrobrás e era piloto de motocross.

– Depois de 6 meses desse acidente eu fui para o esporte, eu estava com depressão, não sabia o que fazer e decidi tentar o surf ”, conta em meio às risos explicando que antes do acidente ele até tentou surfar, mas não era bom no esporte – disse.

A dedicação surgiu a partir do sonho de conseguir 'pegar ondas', e as diculdades foram rompidas, uma a uma, com muita criatividade.

O remo utilizado pelo sursta foi feito a partir de um cano de quatro polegadas geralmente utilizado na rede de esgoto, e a prancha foi adaptada pelo próprio Marçal.

Sete anos depois de toda a luta para começar no esporte, Marçal se tornou um sursta prossional, sendo vice-campeão sul-americano de surf adaptado na Argentina, em novembro de 2018. L ogo em seguida faturou o título de vicecampeão no campeonato SulAmericano Monte Belle de Canoagem e Onda, que foi realizado no Rio Grande de Sul. Além do surf o atleta também participa de competições de natação, conquistando três medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Regionais, e sendo vice-campeão no Aloha Spirit, maior evento aquático

da América Latina no Sup Race 3 km.

O atleta recebeu da Prefeitura Municipal de Caraguatatuba as passagens para as competições, mas toda a despesa com alimentação foi bancada por ele mesmo.

– Recebo uma ajuda básica da prefeitura, apoio de uma farmácia da região e de uma academia, mas ainda assim precisei fazer uma vaquinha para arcar com os custos de alimentação, que são extremamente caros em viagens – explica o atleta.

A rotina de Marçal e totalmente dedicada aos treinos. Durante a semana ele tem academia e treino de natação, e aos nais de semana sai para surfar junto com o lho de 15 anos, Pedro Celestino Costa, já que precisa de ajuda para entrar em mares agitados.

Pedro tem no pai um exemplo de superação.

– Com o tempo meu pai foi

melhorando e evoluindo, foi quando ele começou a entrar nos campeonatos. Eu fui ajudando ele, e eu co muito feliz de ver ele crescendo no esporte, viajando pra fora – diz Pedro.

Marçal explica que ainda falta muita estrutura para o surf adaptado, mas que a modalidade está crescendo cada vez mais.

– Temos que ter mais incentivo, eu cheguei a ter que parar os treinos para conseguir arcar com os custos de viagem, mesmo com a ajuda do município –explica o sursta, que ainda vê no esporte a salvação.

Hoje, Marçal é conselheiro na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deciência e do Idoso e busca fazer jus ao cargo.

– Hoje Caraguatatuba tem a melhor estrutura do Litoral Norte para os decientes, mas temos muito que melhorar e que preservar o que já conquistamos – concluiu.

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Depois de 6 meses desse acidente eu fui para o esporte, eu estava com depressão, não sabia o que fazer e decidi tentar o surf”, conta em meio às risos explicando que antes do acidente ele até tentou surfar, mas não era bom no esporte

ALEMÃO | DIVULGAÇÃO

CARAGUATATUBA

ALEMÃO | DIVULGAÇÃO

MARÇAL LEME Surfista

SUPERAÇÃO Além do surf, o atleta também participa de competições de natação, conquistando três medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Regionais, e sendo vice-campeão no Aloha Spirit, maior evento aquático da América Latina no Sup Race 3km

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CARAGUATATUBA

Fala, prefeito: Aguilar Júnior fala sobre obras e projetos para 2019 DIVULGAÇÃO

“A expectativa é que as obras voltem nos próximos meses e estamos em conversa com membros do governo João Dória. As obras são importantes para a cidade e Litoral Norte”, DISSE O PREFEITO SOBRE AS OBRAS DO CONTORNO DA TAMOIOS EM CARAGUATATUBA

OBJETIVO Prefeito de Caraguatatuba afirma que a prioridade para 2019 será o início das obras de ampliação da Santa Casa com 54 novos leitos e investimento de mais de R$ 11 milhões

Cláudio Rodrigues claudio@expressolitoral.com.br

D

ois mil e dezenove começa com a 6ª edição do Expresso Litoral nas cidades de Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, e o nosso espaço “Fala, Prefeito” também faz sua estreia no ano.

O objetivo é questionar o chefe do Executivo a m de esclarecer as principais dúvidas da população sobre qualquer tema de interesse público. Nosso leitor pode participar enviando perguntando perguntas para o nosso e-mail redacao@expressolitoral.com.br ou por meio das nossas redes sociais ociais no Facebook [www.facebook.com.br/expressolitoral] e I n s t a g r a m [ w w w. i n s t a g r a m .com.br/expressolitoral].

Conra o “Fala, Prefeito” de fevereiro com o prefeito de Cara-

guatatuba, Aguilar Júnior [MDB]: Prefeito, o que a população de Caraguatatuba pode esperar para esse começo de ano? Qual é a sua prioridade de trabalho?

Iniciamos o ano com a liberação de importantes obras na cidade: drenagem da Avenida Brasília com investimento de R$ 10,2 milhões; e a construção da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Rio do Ouro com investimento de R$ 2,8 milhões.

Porém, nossa prioridade será o início das obras de ampliação da Santa Casa com 54 novos leitos e investimento de mais de R$ 11 milhões.

Há previsão de entregas de obras no mês de fevereiro?

Há previsão da entrega das seguintes obras: Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Jetuba para 600 crianças e investimento de R$ 2 milhões; CEI/EMEI Barranco Alto para 92 crianças e

investimento de R$ 545 mil; Praça do Pontal Santamarina com investimento de R$ 281 mil; instalação de mais de 4 mil placas de rua em diversos bairros; Centro Comunitário do Poço da Anta; reforma das UBS's Jaraguazinho e ampliação da UBS do Morro do Algodão; Vale Refeição para o servidor; Centro do Idoso do Perequê-Mirim; e a instalação do Programa Pró-Mulher.

As obras do contorno da Tamoios continuam paralisadas em Caraguatatuba. Qual é a sua opinião a respeito? Há conversas com o governador João Dória [PSDB] para retomar as intervenções? Essa paralisação prejudica o município?

A informação que temos é que continuam paralisadas e a empresa está em negociação com o novo Governo de São Paulo. A expectativa é que as obras voltem nos próximos meses e estamos em conversa-

ções com os membros do governo João Dória. As obras são de vital importância para a cidade e Litoral Norte, como forma de desafogar o trânsito da Tamoios e também da SP-55, além é claro da geração de empregos.

Em fevereiro, muitos estudantes retornam às atividades. E o projeto 'Bolsa Munícipe'? Qual é o objetivo de fato deste projeto?

O Projeto Bolsa Munícipe tem o objetivo de incentivar os estudantes da cidade a cursar uma universidade, disponibilizando bolsas de até 50% de desconto no valor da mensalidade de cursos de ensino superior credenciados pela administração.

Podem se inscrever moradores com renda familiar mensal “per capita” de até três salários mínimos. Além disso, o interessado deverá ter cursado todo o ensino médio na rede pública ou deverá comprovar a condição de bolsista, caso tenha cursado no ensino privado.

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LARISSA PINNA

ILHABELA

SKATE NO ARQUIPÉLAGO Bowl Park Battle Tour já atendeu mais de 2 mil crianças e está atualmente em sua quinta edição

Bowl Park Battle Tour tira crianças de casa e apresenta skate ALÉM DE SER GRATUITO, projeto oferece às crianças aulas de oficina, academia, cinema, palestra

e prática com skate Nicolas Cantagesso nicolas@expressolitoral.com.br

Estudante 5º semestre do curso de Jornalismo Sob supervisão do jornalista Cláudio Rodrigues

A

reportagem do Expresso Litoral atravessou o canal que liga São Sebastião e Ilhabela para conhecer um projeto ousado e diferente. De bike emprestada e temperatura de aproximadamente 35ºC, fomos até a Praça de

Eventos e Lazer do Galera, no bairro Água Branca.

Lá, na pista de skate, conferimos de perto as aulas do Bowl Park Battle Tour, projeto que tem como idealizadores o Alexandre Rubens de Souza, o 'Bing', além de Bruno Bastos. Foi ele que nos apresentou para equipe e pediu para que sua namorada, Julia Valverde, indicasse uma mãe que estivesse acompanhando as aulas de seu lho. Com isso, conhecemos Mônica Cristina Salvador, mãe

da aluna Luma Cristina Salvador Silva, de 8 anos. Para ela, com o projeto, sua lha desenvolveu uma atitude que antes não tinha.

– Além da atitude, o equilíbrio dela evoluiu bastante. Ela gostou tanto do projeto que hoje já me pediu um skate – revela Mônica.

– O que eu vejo também é a importância da atividade física para as crianças. Antes, ela batia o dedo do pé e começa a chorar, mas hoje ela toma um tombo na pista e ainda sai dando risada.

Sem contar também que projetos como estes tiram as crianças de casa nas férias – conta a mãe, observando sua lha.

Logo depois da reportagem conversar com Mônica, pedimos que ela chamasse sua lha Luma, de 8 anos. Ao ouvir, ela sobe os degraus da pista de joelheira, cotovelaria e capacete verde limão.

A pequena skatista, um pouco envergonhada, começa a interagir e conversar.

– Eu gosto muito daqui. Acha-

EXPRESSO LITORAL

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NICOLAS CANTAGESSO | EXPRESSO LITORAL

ILHABELA BPBT NA ILHA Instrutores, colaboradores e participantes do Bowl Park Battle Tour em Ilhabela

va que era fácil, mas tem muito mais coisas, como por exemplo, as aulas de história do skate – conta Luma.

– Eu ainda quero continuar a prática, a fazer manobras e ainda andar nas pistas grandes – naliza.

Após a boa conversa com Mônica e a pequena Luma, a reportagem encontra Ulysses Pinna, o responsável pela reforma total da pista de skate do Galera, que antes tinha um total de 490 m² e após a reforma passou a ter 600 m². Além de Pinna, conversamos também com Sandro Sobral, skatista prossional a mais de 28 anos.

– Na minha época, não tinha nenhuma didática, e isso aqui é completamente diferente. No começo pedimos para que cada criança suba no skate e vá andando com ele até um cone posicionado na pista. Com esse exercício conseguimos determinar qual o nível dela para começarmos a desenvolver o aprendizado – explica Sobral.

Os participantes são separados em três níveis. O primeiro são as crianças que conseguem car de pé no skate, mas com diculdade. Já o segundo são as crianças mais intermediarias e o último nível, são aquelas que tem mais “anidade” com o skate.

O projeto ainda é dividido em aulas. Na ocina, os alunos aprendem montar e desmontar o skate.

No “Cinema”, são apresentados vídeos sobre a modalidade e ainda é realizado palestras com skatistas prossionais. A Academia, onde é trabalhado alongamento e aquecimento, e por m as aulas práticas na pista com o skate.

– Hoje a modalidade é um esporte olímpico e já está diferente nacionalmente. Minha geração buscava ideologia, o que tem mudado também. O maior conselho que eu dou para as crianças e até mesmo aos instrutores, que são jovens, é andar de skate e se divertir, sem querer ter patrocínio no começo.

Sempre se divertir, se não vira

obrigação – conta o skatista.

– Nesse sentido de fazer o que você gosta, eu fui contrário a maioria dos meninos no Brasil. Eu estava me prossionalizando no futebol e desisti por conta do amor pelo skate – lembra Sobral.

Observando a conversa com Sobral, está Felipe Pontes, conhecido como 'Montanha', de apenas 12 anos. Sandro pede para que Felipe se aproxime e também participe do bate-papo.

– O aprendizado que eu adquiri aqui foi fantástico. Minha família me apoia muito e me leva nos campeonatos – conta Felipe.

– Nos campeonatos penso sempre em me divertir. Não é como no futebol, por exemplo, que você não torce para seu adversário. Quando estou competindo e alguém faz uma manobra eu aplaudo e co feliz por ele – disse o garoto.

Após a reportagem do Expresso Litoral entrevistar participantes e colaboradores, é a vez de Bruno Bastos, um dos idealizadores do

projeto junto com “Bing de Souza”.

– Nós temos como objetivo, que através do skate, conseguimos resgatar o caráter social da cidade.

E também de tirar as crianças da rua, que é outro fator importante – explica Bastos.

Além dessa questão, segundo Bruno Bastos o projeto aborda conscientização. – Atendemos crianças com limitações [autismo, surdez e entre outros]. Ainda trabalhamos a conscientização ambiental com elas. Nós ensinamos o esporte e não apenas a competição. Queremos que elas saiam daqui com um caráter esportivo e não competitivo – concluiu.

O ‘Bowl Park’ já atendeu mais de 2 mil crianças e está atualmente em sua quinta edição. Recentemente o Bowl Park esteve em Caraguatatuba, realizando este mesmo evento no CIASE – Travessão. As inscrições são gratuitas e qualquer criança pode participar. Todo o equipamento de segurança é disponibilizado.

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Nova alternativa de transporte chega em Ilhabela NICOLAS CANTAGESSO | EXPRESSO LITORAL

APLICATIVO 'YELLOW' oferece compartilhamento de bicicleta com um valor mínimo de R$ 2 por usuário

MAIS CARO Em outras cidades do Brasil, e até mesmo do mundo, 15 minutos de aluguel equivalem a R$ 1. Em Ilhabela, o “Yellow” custa R$ 2 reais com o mesmo tempo

Nicolas Cantagesso nicolas@expressolitoral.com.br Estudante 5º semestre do curso de Jornalismo Sob supervisão do jornalista Cláudio Rodrigues

O

feriado prolongado do Carnaval deste ano está chegando e como percebemos em Ilhabela nestas semanas é que, quem está de carro na cidade não tem escapatória para fugir do trânsito e quem anda de ônibus, além do mesmo problema de trafego, a lotação e o preço da

condução pode ser um incomodo, sem contar o calor. Mas um simples aplicativo de celular deu aos munícipes e turistas uma alternativa prática, simples e saudável.

Estamos falando do “Yellow”, um aplicativo de compartilhamento de bicicletas e patinetes elétricos que acaba de chegar em Ilhabela. A reportagem do Expresso Litoral atravessou o canal que liga São Sebastião com a ilha para conhecer um pouco mais sobre este novo transporte alternativo.

Com o aplicativo já instalado no celular, descemos do Catamarã e

andando um pouco a frente, avistamos o primeiro ponto de estacionamento de bicicletas, na Barra Velha. Conhecendo um pouco mais sobre o “Yellow”, lemos algumas recomendações presentes no programa e em seguida adicionamos R$ 5 reais a nossa “carteira” na conta vinculada no celular.

Entre as nossas dúvidas estava como destrancar a bicicleta ali parada, mas esta foi rapidamente respondidas. Com um escaneamento rápido do QR Code [Código de Resposta Rápida], não durando nem 5 segundos, a bicicleta amarela

foi destravada. Nossa outra dúvida era em relação ao preço. Em outras cidades do Brasil, e até mesmo do mundo 15 minutos de “aluguel” equivalem a R$ 1. Em Ilhabela, como o “Yellow” está custando R$ 2 reais com tempo de 15 minutos, a tendência é que com o aumento da demanda o preço caia e se iguale as demais cidades.

Após tudo isso, começamos nossa viagem até o bairro do Perequê.

Pneus cheios, bicicleta em perfeito estado, tirando o fato do retrovisor estar um pouco solto, mas nada que nos atrapalhe. Chegando no bairro,

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ILHABELA

NICOLAS CANTAGESSO | EXPRESSO LITORAL

“

Achei esse aplicativo e essa iniciativa excelentes.

Espero que expandam mais para outras cidades GABRIEL CASTRO Atuário e usuário do serviço

NICOLAS CANTAGESSO | EXPRESSO LITORAL

descemos da bicicleta e encerramos a viagem apenas trancando seu cadeado na roda traseira, que automaticamente para o percurso no aplicativo. Andamos 11 minutos e 12 segundos, um total de 10,2 quilômetros. O programa também nos indica calorias perdidas e o quanto de CO2 nós não emitimos na atmosfera, caso zéssemos este mesmo trajeto de carro, ônibus ou moto.

Já fora da bicicleta começamos a procurar pessoas que estejam utilizando o “Yellow”. Mesmo antes de encontrá-las, nos deparamos com uma cena que não gostaríamos de ter encontrado. Nas proximidades do prédio da prefeitura da cidade, estão duas bicicletas com suas rodas dianteiras, cestinha e freios totalmente destruídos por algum usuário, possivelmente.

Após o baque, continuamos nossa procura e em instantes a reportagem interrompe o passeio do Atuário de 26 anos, Gabriel Castro, usuário do aplicativo.

– Acho esse aplicativo e essa iniciativa excelentes. Espero que expandam mais para outras cidades – conta Castro.

O ciclista conta ainda sobre alguns casos de vandalismo que soluções como estas sofrem.

– É que nem a minha bicicleta, ela está sem o retrovisor. Não vejo sentido na prática de vandalismo, em nenhum na verdade. Mas isto é um meio novo meio de transporte para a população. É ela que vai acabar perdendo algo para ela – naliza o Atuário.

Depois de entrevistar Gabriel Castro, a reportagem faz o caminho de volta até a Barra Velha. Com mais ou menos o mesmo tempo de viagem da ida. Conseguimos compreender a facilidade e como o “Yellow” funciona. Bom passeio.

PATINETES Os Patinetes Elétricos, segundo a Prefeitura de Ilhabela, só não foram disponibilizados ainda pelo aplicativo pela necessidade de uma “Estação de Carregamento”. De acordo com a prefeitura, não foram realizados estudos para a instalação do equipamento em um local adequado.

Ainda serão feitos estacionamentos para os usuários guardarem as bicicletas por todo o arquipélago.

BIKES QUEBRADAS Reportagem do Expresso encontrou diversas bicicletas quebradas nos arredores do paço da Prefeitura de Ilhabela, no Perequê

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CLÁUDIO RODRIGUES | EXPRESSO LITORAL

ILHABELA

LS-01 Catamarã tem capacidade para transportar até 370 passageiros, sendo 164 sentados, e 33 ciclistas

Reforço de catamarã melhora travessia, mas horários não agradam usuários do serviço Embarcação tem capacidade para transportar até 370 passageiros e foi colocada como reforço no serviço de balsa nas últimas semanas; REPORTAGEM DO EXPRESSO LITORAL USOU O SERVIÇO Cláudio Rodrigues claudio@expressolitoral.com.br

E

m uma quarta-feira de janeiro bastante ensolarada, nossa reportagem deixou a redação do Expresso Litoral, no centro, em São Sebastião, para usar um serviço com recordes de reclamações nos últimos meses: a travessia São Sebastião-Ilhabela.

Nosso objetivo era fazer a travessia a bordo da nova embarcação Catamarã LS-01, que chegou na primeira quinzena de janeiro para reforçar o serviço.

O catamarã tem capacidade para transportar até 370 passageiros, sendo 164 sentados, e 33 ciclistas.

Outras sete balsas fazem a travessia para carros e demais veículos. Nos primeiros quatro meses o transporte será gratuito, e futuramente vai ser denida uma taxa.

Chegamos ao bolsão de embarque por volta das 8h50 com a ideia de embarcar às 9h. Foi o que

aconteceu. Porém, não há informações sobre os horários do catamarã em nenhum local, inclusive no site da Dersa [www.dersa.sp.gov.br]. A embarcação é confortável. O ambiente é climatizado e há som ambiente. O serviço de Wi-Fi que seria disponibilizado em breve ainda não funciona.

O catamarã iniciou a travessia às 9h02. A chegada ocorreu às 9h16 em Ilhabela. Avisos sobre segurança e cuidados foram emitidos em um serviço de som. É proibido fumar dentro da embarcação.

No trajeto, conversamos com a moradora de Ilhabela, Lucidalva Limeira, de 41 anos. Ela gostou da iniciativa de implantar o serviço do catamarã na travessia. Era sua primeira viagem.

– Nossa, achei ótimo esse barco [catamarã]. Tem ar-condicionado, espaço para nós carmos a vontade.

Isso é ótimo. Pórem, acho que os horários poderiam ser iguais aos das balsas, não é? – questionou Lucidalva.

Para a funcionária pública da prefeitura de Ilhabela, Cleide Mota, de 42 anos, a chegada do catamarã é

um progresso para o serviço de travessia.

– Faço esse trajeto [travessia] há 3 anos e este é o principal progresso que vi nesses anos. Estava de férias e não sabia da chegada dessa embarcação. Estou admirada, é excelente. Só espero que depois não cobrem da gente depois – armou.

O retorno da nossa reportagem estava previsto para às 10h30, de catamarã, até São Sebastião.

Chegamos ao bolsão de embarque, no arquipélago, por volta das 10h18.

Para a nossa surpresa, a embarcação não realizou a travessia nesse horário. Aguardamos o horário das 11h, mas sem sucesso. Atravessamos então às 11h30 na balsa FB25. O catamarã encontrava-se em São Sebastião.

O catamarã foi incluído pela Secretaria Estadual de Transportes para transportar ciclistas e pedestres.

A retirada desses dois grupos aumenta em 25% a capacidade para levar veículos das balsas, que apresentam constantes problemas de lotação, atrasos e manutenção.

No m do ano, a la pelas embarca-

ções chegou a sete horas RESPOSTA DERSA Conforme a Dersa, nos primeiros quatro meses, o catamarã será gratuito. No primeiro m de semana, a embarcação transportou 2.376 pedestres, além de 272 bicicletas. Uma segunda embarcação do mesmo tipo está sendo reformada para se juntar à frota, mas o início da operação ainda não tem data.

Com relação aos horários, em nota ocial, a Dersa informou que durante o período de tarifa zero, previsto para quatro meses, vários estudos estão sendo realizados. O serviço será avaliado de várias maneiras para proporcionar mais conforto, segurança e agilidade aos usuários. Segundo a Dersa, atualmente, os horários previstos diariamente são de segunda a sexta: 8h às 10h; 12h às 15h; e 16 às 20h. Aos sábados, domingos e feriados: 8h às 10h; 12h às 15h; 16h às 18h. É importante destacar que estes horários podem sofrer alteração durante o período de quatro meses.

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Lei de Prioridade na Balsa existe, mas não salva ninguém da espera Matheus Almeida matheus@expressolitoral.com.br

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– Facilitaria muito a nossa vida ter uma faixa só nossa, eu não precisaria sair de casa antes do meu horário normal pra evitar a la de turistas – conta Edna Silva, de 48 anos que, apesar de trabalhar na Ilha, estava passeando com a lha e o neto pequeno.

Já para alguns turistas, essa prioridade para os moradores pode ser um incômodo.

– Eu sei que para os moradores seria algo muito bom, mas é sacanagem com a gente. Às vezes saímos de casa cedinho para não pegar tanta gente esperando, já imaginou se nem isso adiantasse mais porque todos os carros daqui poderiam passar na frente? Nem todos os moradores trabalham na Ilha, alguns estão indo a passeio como nós turistas. Qual a diferença entre eles e nós? – armou um turista.

Porém, para a infelicidade de alguns e a felicidade de outros, a Lei Municipal de Nº 2394/2016 que prevê essa prioridade não está em funcionamento. Isso porque a DERSA, responsável pela travessia, é uma companhia controlada pelo governo estadual e não tem obriga-

ção de atender a leis de nível municipal.

Em nota a DERSA disse que a prioridade de embarque só é concedida se determinada por lei especíca.

A assessoria da companhia disse também que já cumpre decreto estadual que prevê a prioridade de embarque de forma imediata em situações caracterizadas por emergência médica, diligência policial ou judicial, acompanhamento de uma diligência [imprensa] e eventos públicos [governador, prefeitos, presidentes de câmara federal, estadual ou municipal].

O outro único atendimento preferencial concedido pela DERSA é destinado a idosos, gestantes, lactantes, portadores de deciência e pessoas acompanhadas por crianças de colo.

A Prefeitura de São Sebastião foi questionada sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não se manifestou.

Portanto, mesmo com a existência dessa lei, não há como escapar da árdua espera para fazer a travessia.

MATHEUS ALMEIDA | EXPRESSO LITORAL

4ºC, 12h30. Não há sinal nem de uma leve brisa para aliviar o calor incessante. O asfalto quente libera aquele vapor fervente que é captado pela vista como uma bolsa de ar tremulante. Inúmeros car ros estão parados esperando por horas e horas, a maioria deles não quer voltar atrás. Outros simplesmente não podem.A descrição pode nos levar a imaginar uma cena de algum lme à La Mad Max, mas isso tudo não passa da enorme la para a travessia de balsa São SebastiãoIlhabela. Aqueles que encaram - ou são obrigados a encarar por conta de seus trabalhos - a la têm que suportar essa situação quente e cansativa por muito tempo, às vezes, como foi no dia que estive lá, por mais de 3h.

Aqueles que estão passeando podem achar cansativo e tudo mais, mas dizem que vale a pena.

– A gente sofre um pouco com esse calor todo, mas para quem pega la pra trabalhar lá em São Paulo, pegar uma pra passear com a família não é tão ruim – diz Sandro Gimenez, de 43 anos, professor em uma escola particular que aproveita o nal de férias junto com a família.

Mas existe outro ponto de vista sobre o assunto: o daqueles que têm que encarar essa odisséia todos os dias para chegar ao trabalho. Ângela Santos Martins, de 33 anos, é uma dessas pessoas que luta diariamente para chegar à Ilhabela.

– É estressante nessa época de alta temporada. Muitos turistas vão pra passear e, mesmo não sendo de propósito, acabam atrapalhando o morador que trabalha na outra c i d a d e . Fi c a u m a  l a m u i t o demorada – declara.

Pensando em amenizar a espera justamente dessas pessoas que fazem a travessia para trabalhar, a Câmara de São Sebastião aprovou, em 2016, uma lei que dá a veículos com placas de São Sebastião e Ilhabela prioridade no embarque, mas poucas pessoas sabem de sua existência.

LONGA ESPERA Fila de espera na travessia pode durar horas e horas a fio, com recordes de até 7 horas de espera

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ILHABELA

Fala, prefeito: Márcio Tenório planeja 2019 e destaca obras em saneamento básico “A população de Ilhabela pode esperar muito trabalho, como fizemos desde o início da gestão. Entre muitas das nossas prioridades estão as grandes e importantes obras de saneamento, para recuperarmos a falta de investimentos nos últimos anos” DISSE O PREFEITO MÁRCIO TENÓRIO Cláudio Rodrigues claudio@expressolitoral.com.br

D

ois mil e dezenove começa com a 6ª edição do Expresso Litoral nas cidades de Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, e o nosso espaço “Fala, Prefeito” também faz sua estreia no ano.

O objetivo é questionar o chefe do Executivo a m de esclarecer as principais dúvidas da população sobre qualquer tema de interesse público. Nosso leitor pode participar enviando perguntando perguntas p a r a o n o s s o e - m a i l r e d acao@expressolitoral.com.br ou por meio das nossas redes sociais ociais no Facebook [www.facebook.com.br/expressolitoral] e I n s t a g r a m [ w w w. i n s t a g r a m .com.br/expressolitoral]. Conra o “Fala, Prefeito” de fevereiro com o prefeito de Ilhabela, Márcio Tenório [MDB]: O que a população de Ilhabela pode esperar para esse começo de ano? Qual é a sua prioridade de trabalho?

Pode esperar muito trabalho, como zemos desde o início da gestão. Entre muitas das nossas prioridades estão as grandes e importantes obras de saneamento, para recuperarmos a falta de investimentos nos últimos anos; a instalação das câmeras de segurança para criação do COI, a volta às aulas com escolas reformadas, ampliadas e adaptadas e com a entrega dos kits e uniformes escolares, a aplicação no recém criado Fundo Soberano, que assegurará a reserva de R$ 2 bilhões de reais, em 10 anos, dos recursos dos royalties. Explicando mais

detalhadamente a questão do saneamento, sabemos que recebemos um problema e estamos recuperando o tempo perdido em um passado recente. Isso precisa car claro. Com apenas dois anos, a nossa gestão está fazendo tudo que depende dela, demonstrando disposição e planejamento para navegar na direção da universalização do saneamento nos próximos anos. Nesses 2 anos, conseguimos avançar muito. Já há obras e projetos em execução, conclusão e planejamento nessa direção, e recentemente obtivemos o compromisso do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da secretaria estadual, Sabesp e Cetesb, de agilização de todos os projetos e investimentos voltados à universalização do saneamento na cidade. Na questão do esgoto, estão em andamento obras, projetos e licenciamento ambientais, como: construção de quatro Estações de Tratamento (ETE), sendo três unidades nos bairros da Feiticeira (já licenciada), Praia Grande e Siriúba e a ETE do Itaquanduba.

Também aguardam o licenciamento da Cetesb os projetos: construção de duas elevatórias na Costa Bela, duas na Santa Terezinha, uma no Reino e outra na Armação (licenciada), além da adutora Norte-Sul (tubulação que alimentará de água do Norte ao Sul do arquipélago, dando a possibilidade de exibilizar a transferência de água de bacia em bacia). Na questão da água, em nossa administração começamos os projetos de ampliação em mais de três milhões de litros a capacidade de reservação e produção de água para a cidade. Exemplos disso são dois reservatórios, o do Green Park, região central, que será ampliado de 150 mil litros de água para 1 milhão de litros, enquanto o reservatório de água do Sistema Pombo (no Bexiga, sul da ilha) será ampliado de 150

mil litros para 2 milhões de litros de água. As duas obras deve ser iniciadas nos próximos meses, porque tiveram que respeitar os prazos legais de licenciamento na Cetesb e outros. Ainda na questão dos projetos de ampliação do abastecimento de água, terá a dessanilização de água, no córrego da Água Branca, que será executado pela Sabesp e que já está em licenciamento na Cetesb. Também é importante lembrar que tivemos vontade política e iniciativa. Em nossa gestão reservamos, desde 2017, 10% dos royalties ao saneamento, e aprovamos um orçamento anual superior a R$ 41 milhões para a área e que tivemos a iniciativa de propor à Sabesp a redução do prazo de universalização de 30 para 6 anos. Em breve, Ilhabela terá um Centro de Operações Integradas, com a instalação de 39 câmeras, distribuídas de Norte a Sul da cidade, sendo 30 no formato speed dome, e oito OCR's. Comcessa iniciativa, Ilhabela será o primeiro município do Litoral Norte a implantar o sistema de reconhecimento facial. As câmeras speed dome tem a capacidade de girar em 360 graus. Já as câmeras OCR's possibilitam a leitura de placas de veículos e serão conectadas ao sistema Detecta, da Polícia Militar do Governo do Estado de São Paulo, que identica a entrada de carros roubados e furtados na cidade. O COI permitirá o reconhecimento facial, facilitando a identicação do foragido da justiça. O sistema também permitirá a integração com câmeras da Dersa Desenvolvimento Rodoviário S/A (responsável pelo sistema de travessia), Vizinhança Solidária (PM) e com todo o sistema de monitoramento da vizinha São Sebastião. A sensação de segurança será ampliada e permitirá a redução dos baixos índices de criminalidade, além de permitir celeridade na

resolução de crimes que por ventura ocorram em 2018, durante todas reuniões do Conseg, a sociedade civil deixou clara a urgência e necessidade deste procedimento, pois apesar do excelente trabalho conjunto das Polícias Militar e Civil, a inteligência é fundamental para combater o crime. Será dado mais um gigantesco salto de qualidade da segurança. Agora, a cidade contará com uma estrutura de câmeras de monitoramento espalhadas nos pontos mais sensíveis do município, que possibilitará acompanhar tudo o que acontece em nossas ruas, ajudando da identicação de criminosos e servindo também preventivamente. Com a implantação desse sistema, nossa cidade será referência em segurança. Essa iniciativa é mais um investimento de nossa gestão, que também possibilitou a chegada de 15 bombeiros e 79 policiais para a Operação Verão, a criação do Departamento Especial de Segurança Pública, o novo prédio do Corpo de Bombeiros e Samu, na Barra Velha, a reforma do Samu do Engenho D'Água, a entrega de quatro viaturas e oito bicicletas para a PM e outros”, nalizou. A volta às aulas será com unidades escolares reformadas e ampliadas. As obras que já estão em andamento, neste período de férias, estão sendo realizadas nas escolas Prefeito Leonardo Reale, Waldemar Belisário, Antônio Marques Nogueira, P rofessora Maria Thereza de Freitas Vidal, Ilha de Vitória e Vereador Donizete da Silva (Praia da Fome). A Educação sempre é prioridade na nossa Administração, por isso, vamos oferecer um local adequado e confortável para que nossas crianças possam aprender com dignidade e respeito. Tem muito mais investimentos em andamento, a lista é grande.

Quando o assunto é saneamen-

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ILHABELA RONALD KRAAG

PRIORIDADES No primeiro “Fala, Prefeito” de 2019, Márcio Tenório declarou que o saneamento básico é uma das suas prioridades de governo para este ano

to básico, a sociedade ilhabelense se preocupa. Anal, o tema tem sido bastante discutido nas redes sociais. Prefeito, o que será realmente feito?

Gostamos de ver a população abordando esse tema agora, quando completamos dois anos à frente da gestão. Sou um prefeito que estimula a participação da população, tanto que realizamos reuniões e audiências públicas para tratar, várias vezes, desse assunto. Na resposta acima mostramos o que estamos fazendo para recuperar o tempo perdido nos últimos anos.

Faremos todos os necessários grandes investimentos em saneamento [água e esgoto].

Com a chegada da embarcação Catamarã para a travessia São Sebastião-Ilhabela, os usuários da travessia tem mais uma opção de transporte. A Prefeitura propôs subsidiar o valor da passagem nos

próximos 4 meses. E depois? Há a possibilidade de continuar a subsidiação?

Primeiro, vamos deixar claro, de novo, que a travessia é um serviço público de responsabilidade do governo do Estado, por meio da Dersa. Tem muita gente ainda acreditando que a travessia é responsabilidade da prefeitura. De acordo com a Dersa, serão quatro meses de travessia assistida, não haverá cobrança. Da nossa parte, defenderemos várias situações que beneciam nossa população e Ilhabela, como os universitários.

Mas isso tudo será discutido em uma câmara técnica, com a participação de representantes da Dersa, prefeituras de Ilhabela e São Sebastião e sociedade civil organizada.

Qual é a previsão de término para as obras de revitalização de ruas na Barra Velha, que fazem

parte do pacote de 41 ruas? E qual é a sua avaliação das obras da Praça Anacleto José de Souza, no bairro Santa Tereza; nova Unidade Básica de Saúde, também no bairro Santa Tereza; readequação do Centro Cultural da Salga; ampliação, reforma e readequação de espaços de escolas municipais; e escadaria e guarda-corpo da rua Olímpio José dos Santos; e o sistema de drenagem e abastecimento na Via Panorâmica?

A previsão, se tudo correr bem, é entregarmos dezenas de obras em 2019. Nossa avaliação, com relação as obras mencionadas, é que proporcionarão muito mais qualidade de vida à nossa população, pois representam muito mais melhorias na saúde, na segurança, na educação, enm mais condições de vida saudável.

Prefeito, centenas de cargo em c o m i s s ã o f o r a m e xo n e r a d o s .

Importantes departamentos da prefeitura de Ilhabela carão desfalcados. Isso pode causar uma ineciência no atendimento a população? A prefeitura prepara algum projeto ou proposta de reforma administrativa?

As exonerações ocor reram, infelizmente tivemos que atender a ordem da Justiça. Teremos uma estrutura mínima para atender o nosso Plano de Governo, registrado no cartório. Já enviamos à Câmara um projeto de reforma administrativa. É importante lembrar que em nossa gestão aprovamos projetos que representam grandes avanços para o funcionalismo público: o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, o PCCV de todos os funcionários, o PCCV do Magistério e o Estatuto dos Servidores. Essas iniciativas são históricas para os servidores, que esperavam, há décadas, o atendimento dessas reivindicações.

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CLÁUDIO RODRIGUES | EXPRESSO LITORAL

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ANTIGO TRU IPVA substitui a antiga taxa Rodoviária Única [TRU], instituída em 1969 para subsidiar investimentos do governo na área de transportes

IPVA: Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela arrecadaram mais de R$ 167 mi nos últimos 5 anos ESTIMATIVA PARA 2019 é que o valor do imposto chegue a R$ 34 milhões nas três cidades do LN, sendo

aproximadamente R$ 12 milhões em São Sebastião, R$ 6 milhões em Ilhabela, e R$ 16 milhões em Caraguatatuba Cláudio Rodrigues claudio@expressolitoral.com.br

O

mês de janeiro é de férias para milhares de brasileiros em todo país. Sol, praia e diversão. Porém, quando o assunto é pagar imposto, esse mês também causa 'arrepios nanceiros' em muita gente. É o caso do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Auto-motores, o famoso IPVA. Anal, quanto a nossa cidade arrecada com este imposto? Para que serve e para onde vai o dinheiro? É importante destacar que o IPVA é um tributo sobre a propriedade de automóveis sujeitos a registro, matrícula ou licenciamento. Ele é previsto pela constituição federal e instituído pelos estados e pelo Distrito Federal, que praticam valores diferentes variando de acordo com alíquota de cada estado.

O IPVA substitui a antiga taxa Rodoviária Única (TRU), instituída em 1969 para subsidiar investimentos do governo na área de transportes.

O IPVA, por ser imposto, deixou de ter sua receita atrelada a uma aplicação especíca. Os recursos não se restringem mais ao desenvolvimento do transporte e podem ser gastos com educação, saúde, entre outras áreas de atuação do governo.

A reportagem do Expresso Litoral questionou as cidades de São Sebastião, Caraguatatuba e Ilhabela para obter mais informações sobre os valores do IPVA em cada município e como esse dinheiro é investido.

CARAGUATATUBA A prefeitura de Caraguatatuba informou que estima receber em 2019 o valor de R$ 16.000.200,00 com IPVA. Entre 2014 e 2018, o município recebeu cerca de R$ 73,4 milhões. As prioridades de investimento, de acordo com a administração é em educação, saúde, obras,

esporte, cultura, manutenção da cidade, entre outros.

A prefeitura informou ainda que “esse recurso contribuiu juntamente com os demais recursos que adentraram aos cofres públicos, para a manutenção de quase 300 ruas e 100 galerias; construção de 03 novas Unidades Básicas de Saúde nos bairros Perequê-Mirim, Sumaré e Jetuba; desenvolvimento de ocinas esportivas; a fomentação de eventos turísticos e culturais, dentre várias obras de manutenção”, diz a nota.

ILHABELA De acordo com a prefeitura de Ilhabela, o valor previsto de arrecadação do IPVA para 2019 é de R$ 6.010.000,00. A gestão informou ainda que nos últimos 5 anos arrecadou aproximadamente R$ 22,1 milhões.

A nota diz que os recursos do IPVA não são vinculados constitucionalmente nas despesas, portanto fazem parte da Arrecadação Própria

Global do Município, podendo ser aplicado em qualquer área. A cidade despende de 25% do arrecadado para a área de Educação, 15% para a área de Saúde e o restante, ou seja 60%, para despesas gerais.

SÃO SEBASTIÃO A prefeitura de São Sebastião informou que de acordo com a SEFAZ, a Secretaria Municipal da Fazenda, de 2014 até 2018 foram arrecadados cerca de R$ 50 milhões em recursos do IPVA. O ano de 2019 ainda está em levantamento, porém, até o momento [25 de janeiro] já foram arrecadados cerca de R$ 2,7 milhões.

De acordo com a nota, segundo a Secretaria da Fazenda não existe especicidade na aplicação dos recursos do imposto dos automotores [IPVA], eles entram como recursos do tesouro e não há vinculação. Portanto, podem ser aplicados nas mais diversas áreas como saúde, educação, segurança e infraestrutura.

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CLÁUDIO RODRIGUES | EXPRESSO LITORAL

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INVESTIMENTO O IPVA, por ser imposto, deixou de ter sua receita atrelada a uma aplicação específica. Os recursos não se restringem mais ao desenvolvimento do transporte e podem ser gastos com educação, saúde, entre outras áreas de atuação do governo

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LITORAL NORTE

O que é possível fazer com R$ 44 no Litoral Norte?

Reportagem do Expresso Litoral fez um levantamento e descobriu que não dá para fazer muito com o VALOR DO REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO Raiana Bitencourt raiana@expressolitoral.com.br Estudante 5º semestre do curso de Jornalismo Sob supervisão do jornalista Cláudio Rodrigues

Q

uem recebe um salário mínimo nacional a partir desse mês tem um aumento. Este é naquantia de R$ 44, primeiro aumento real do salário mínimo em três anos, que passou de R$ 954 para R$ 998 a partir do dia 1º de janeiro de 2019. Tendo por base a nova correção, a reportagem do Expresso Litoral fez uma breve sondagem nos preços e descobriu que os R$44 não devem trazer alívio para quem recebe o piso salarial no Litoral Norte.

O valor não chega a cobrir o preço de uma cesta básica na região, visto que na média das cidades de Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião este ultrapassa os R$ 100.

Em sua maioria, as cestas padrão ou grandes reportadas contêm alimentos considerados essenciais como arroz, feijão, açúcar e óleo, entre outros. A contagem dispensa alimentos perecíveis como carne ou frutas.

Além disso, o serviço, que deveria facilitar a economia, exige uma profunda procuranos mercados, como ocorreu em São Sebastião.

Dos cinco contatados, apenas dois

tinham cestas em estoque ou ofereciam o serviço, com opções entre R$ 79 e R$ 89,90.

Os valores mais elevados foram encontrados em Ilhabela, chegando a R$ 140. Em outros dois mercados, os preçoscaem para R$ 100 e 110.

Já Caraguatatuba tem a média pouco mais em conta, girando em torno dos R$ 90.

Comer fora também está longe de ser barato. Em 12 restaurantes das três cidades, a cotaçãode um prato do dia ou comida por quilo variam de R$ 10 a R$ 75. A média de um almoço que serve uma pessoa está R$ 24,80. Isso, em menos de dois dias, já ultrapassa o orçamento.

LAZER Para quem quer aproveitar o dia em uma das 90 praias das três cidadesa situação não é melhor.

Uma porção de 600 gramas de batatas fritas em Caraguatatuba pode chegar a mais de R$ 42. Isso sem contar a bebida, como uma lata de refrigerante de 350 ml, que nos mercados sai por volta de R$ 2 e nos quiosques não se encontra por menos de R$ 5.

Em Ilhabela, a porção tem um valor um pouco menos elevado, dependendo do quiosque. A média está por volta de R$33,50, incluindo uma bebida de R$ 6. Já em São Sebastião, além do gasto nos quios-

ques, o que pode pesar mesmo no bolso são os preços das passagens, uma vez que a maioria dos quiosques do município se encontra na região sul.

As passagens do transporte coletivo em São Sebastião podem chegar a R$ 5,20, do Centro até determinados bairros da Costa Sul. Da região central até a Costa Nortea tarifa cai para 3,80 e 3,60. Na última opção, se o passageiro possuir cartão da empresa de transportes.

Os valores são semelhantes aos de Caraguatatuba, que tem mesma faixa de preços, embora as tarifas sejam as mesmas para circulação em toda a cidade. Ilhabela é a única que tem o valor promocional de R$ 1 real até o m do Carnaval, em 10 de março, para quem tem o bilhete eletrônico recarregável. No dinheiro, a quantia sobe para R$ 4,00.

Utilizar o carro também não alivia em nada os bolsos. Para se deslocar de carro utilizando a balsa em nais de semana e feriados o valor para automóveis e caminhonetes chega a R$ 28,50. Já para motocicletas é de R$ 14,20. Em dias de semana a taxa cai para R$ 19,00 e R$ 9,50, respectivamente.

Isso sem contar o preço do combustível que, segundo um levantamento feito pela reportagem com dados da Agência Nacional do Petróleo [ANP], está até R$ 0,50

mais caro no Litoral Norte do que no Vale do Paraíba. A gasolina tem a média de preço de R$ 4,43.

Por outro lado, apesar de parecer pequeno, o reajuste de R$ 44 no salário mínimo tem um impacto signicativo nas contas dos governos, como explica o economista Edson Trajano.

– Esse aumento pesa nas contas públicas por duas razões: a primeira é a conta da previdência, pois a maioria dos beneciários recebem salário mínimo e a segunda são as despesas das prefeituras, principalmente nas pequenas cidades, em que o piso salarial é o salário mínimo – esclarece.

O governo nacional projeta que cada R$ 1 de aumento no salário mínimo constituium acréscimo de 300 milhões ao ano nas despesas do governo, uma vez que o salário mínimo serve de referência para o rendimento de cerca de 48 milhões de trabalhadores no Brasil.

Ainda assim, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, um salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas, necessário para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de aproximadamente R$ 4 mil [R$ 3.960,57] ao mês de dezembro de 2018.

RAIANA BITENCOURT | EXPRESSO LITORAL

415

2008 2009 ..................

465

2010 .................................

510

2011 ...........................................

545

2012 ...............................................................

622

2013

................................................................................

678

2014

..............................................................................................

724

2015

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788

2016

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880

2017

937 ..................................................................................................................................................

.................................................................................................................................................

EXPRESSO LITORAL

EVOLUÇÃO Crescimento do piso nos últimos anos [em R$]

954

2018

2019

......................................................................................................................................................................

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LITORAL NORTE 998

QUAL SALÁRIO IDEAL? Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, um salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas, necessário para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 3.960,57

EXPRESSO LITORAL

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CLÁUDIO GOMES | PMC

LITORAL NORTE SHOWS DE VERÃO Cada cidade tem o seu espaço para acomodar cadeirantes e idosos. Em Caraguá, shows tiveram uma excelente média de público

Shows sobre rodas: Como o público cadeirante assiste aos shows de verão?

Durante as atrações, são reservados espaços exclusivos para DEFICIENTES E IDOSOS Jessica Vidal jessica@expressolitoral.com.br

O

s shows de verão contratados pelas cidades do litoral são conhecidos da população e dos turistas. Pensando em atender a todos os tipos de públicos são reservados lugares especícos para pessoas com deciência e idosos.

Na cidade de Caraguatatuba, a área predestinada a este público ca localizada em frente ao palco, separada por grades do restante da platéia. Os cadeirantes cam bem próximos ao palco e a entrada é permitida para eles e acompanhantes.

Já em São Sebastião a disposição é outra. Os cadeirantes são coloca-

dos sobre uma estrutura elevada, afastada do palco e no meio do público. Os cadeirantes sobem por uma rampa para acessar os dois andares do mezanino e desfrutar do show.

Em Ilhabela, os cadeirantes são colocados também em um mezanino ao lado do palco, com o objetivo de facilitar a visão de todos.

Em conversa com a cadeirante Caroline Cordeiro, de Caraguatatuba, ela explica que existem pontos bons e ruins nos três modelos.

– Em Caraguatatuba a ideia é boa, mas o espaço acaba cando muito cheio e os acompanhantes acabam por tapar a nossa visão – explica.

A proximidade do palco também atrapalha quem acaba cando muito próximo dele, pois além de

ter que car olhando para cima durante todo o show a visão ca prejudicada.

–Em São Sebastião a ideia também é ótima, mas ao colocar a plataforma no meio do público a visão de quem ca atrás é prejudicada – conta a cadeirante que também acha que apesar de boa, o espaço reservado nos shows da Ilhabela também prejudica a visão.

Para Amanda Santos, de 19 anos, o espaço não atrapalha em nada o público não deciente.

– Acredito que o melhor lugar seja na frente, porque estando ali, eles têm o acesso facilitado – explica.

Já para a Carol, a estrutura do espaço de Caraguatatuba melhorou em relação ao ano de 2018, pois antes o espaço era menor.

– O espaço era muito menor, não era em frente ao palco e a estrutura

era horrível – diz.

Carol também conta que a entrada de pessoas sem deciência também prejudicava a visão, já que por muitas vezes elas se posicionavam na frente dos cadeirantes.

– Acredito que a estrutura ideal seja uma plataforma elevada, na lateral ou até mesmo e no meio do público [como é feito na cidade de São Sebastião], porque assim todos podem assistir sem incômodos os shows, e com visão livre para o desempenho do artista – diz Carolina.

As prefeituras das cidades de Caraguatatuba e de Ilhabela nos informaram que nunca tiveram reclamações de cadeirantes ou do público em si, quanto ao espaço reservado. Já a prefeitura da cidade de São Sebastião não respondeu aos questionamentos.

EXPRESSO LITORAL

FEVEREIRO DE 2019 | EDIÇÃO 6

CLÁUDIO GOMES | PMC

LITORAL NORTE

RECLAMAÇÕES Prefeituras de Caraguatatuba e de Ilhabela informaram ao Expresso que nunca tiveram reclamações de cadeirantes ou do público em si, quanto ao espaço reservado

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