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Olá! Nesse e-book você vai descobrir algumas informações e orientações sobre a importância de amamentar, para que este momento entre você e seu bebê seja o mais prazeroso possível. O ato de amamentar, apesar de ser um processo natural e fisiológico, é algo que se aprende, se aperfeiçoa e se estimula. Então, entenda que será tudo novo para você e seu bebê. É importante não se cobrar tanto. A amentação é o momento para desfrutar uma experiência única mãe-filho sem palavras para descrever. Boa leitura!
Índice 01. Introdução
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02. O leite humano e sua perfeição
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03. Preparar ou não os mamilos durante a gestação?
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04. A importãncia da oferta do leite materno no primeiro minuto
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05. Aprendendo a pega correta
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06. A apojadura e suas dificuldades
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07. A importância da rede de apoio
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08. Meu leite é suficiente?
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09. Livre demanda ou de três em três horas?
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10. Uso de bicos e mamadeiras
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11. Qual posição devo amamentar?
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12. Mitos e Verdades
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Amamentação: Tudo que você precisa saber sobre aleitamento materno sem segredos
Introdução A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o aleitamento materno deve ser exclusivo, ou seja, sem água, chá ou leites artificiais pelos primeiros seis meses de vida. Após a introdução alimentar, a orientação é de que o leite materno seja oferecido como complemento por até dois anos ou mais.
lembre-se:
Amamentar é fundamental!
O leite humano e sua perfeição O leite materno é o alimento mais rico em nutrientes, que são essenciais para o desenvolvimento saudável do recém-nascido. Sua composição é de rápida digestão e facilmente assimilada pelo organismo infantil.
Fases do leite materno O primeiro leite que você produz quando começa a amamentar é chamado de colostro. É o alimento ideal para
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o desenvolvimento do bebê, pois é altamente concentrado em proteínas e nutrientes. Esse leite também tem um papel fundamental na formação do sistema imunológico do bebê, pois é rico em anticorpos da mãe, devido às características fisiológicas do leite, sendo tido como a primeira vacina. O colostro ajuda no funcionamento do intestino do bebê, devido à rica presença de um anticorpo fundamental contra doenças do trato gastrointestinal. Seu aspecto é mais espesso e amarelado do que as outras fases do leite, sendo produzido d e acordo com a necessidade do seu bebê, ao longo do dia e da mesma mamada.
O colostro é a primeira vacina do bebê!
Após o colostro você vai produzir o leite de transição, que vai e do sexto dia até o 15º. Esse leite apresenta níveis mais elevados de gordura e mais lactose em comparação ao colostro. É nesse período que as suas mamas estão regulando a quantidade de leite necessária para o bebê.
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Então se o peito começar a ficar mais murcho, não quer dizer que você está ficando sem leite, mas que a sua produção já está sendo regulada para o que o seu bebê precisa. Peito não é estoque, é fábrica!!
Peito não é estoque, é fábrica!!
Ao final do primeiro mês do pós-parto, o leite já se torna maduro, ficando adequado para o crescimento do seu bebê. A sua composição não irá mudar tanto, a não ser que o seu bebê necessite, e, assim, o seu leite começará a produzir quantidades de alguns componentes que protegem o bebê de infecções bacterianas ou virais. A produção vai se moldando às necessidades do seu bebê naquele momento. É a mágica da natureza!
A amamentação não é só um momento de nutrição para o bebê, mas um vínculo entre mãe e filho com carinho, proteção e muito amor envolvido.
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São vários os benefícios da amamentação para a mãe e o bebê. Abaixo, cito alguns que são importantes para ambos:
Benefícios para o bebê: Auxilia o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê; Protege contra vírus e bactérias; Previne o aparecimento futuro de diabetes, linfomas, obesidade, doença de Crohn, colite ulcerosa e doença celíaca na criança; Melhora o desenvolvimento da visão; Reduz a propensão a cárie dentária; Melhora o desenvolvimento das mandíbulas, dos dentes e da fala; Facilita a digestão e o funcionamento do intestino; Diminui o risco de alergias alimentares e respiratórias; Diminui o risco para morte súbita do recém-nascido, asma, diabetes e obesidade; Favorece o vínculo mãe-bebê.
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Benefícios para a mãe:
O leite materno é prático e conveniente, sem necessidade de preparação, aquecimento e desinfecção; Melhora a recuperação do parto; Diminui a perda sanguínea no pós-parto; Retarda a ovulação e menstruação; Diminui a incidência de câncer de ovários e mama; Diminui o risco para desenvolvimento de síndrome metabólica, diabetes e artrite reumatoide; Aumenta a confiança da mãe e a sensação de bem-estar; Cria uma melhor ligação emocional entre a mãe e o bebê, o que garante uma maior estabilidade da criança.
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Preparar ou não os mamilos durante a gestação? Você já deve ter ouvido da sua mãe, prima, amiga ou vizinha que é necessário preparar os mamilos para a amamentação. Atualmente, a recomendação dos especialistas é de que não se faça nada, pois o próprio corpo se encarrega de deixá-los prontos para o aleitamento. Dependendo do que você fizer, pode até prejudicar a produção de leite. O uso de buchas, por exemplo, pode provocar microlesões, que aumentam o risco de infecções. Além disso, estímulos intensos na região podem acelerar a produção de ocitocina, hormônio liberado durante as contrações, e até levar à indução de parto prematuro.
A importãncia da oferta do leite materno no primeiro minuto O
momento
ideal
para
iniciar
a
amamentação
é
imediatamente após o parto, na sala de parto, na própria mesa de parto ou numa outra cama mais larga e confortável, permitindo-se o contato pele a pele entre mãe e recém-nascido. É nesse momento que acontece o maior estímulo à amamentação.
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Os benefícios da amamentação na primeira hora são inúmeras para a criança: Protege contra infecções; Aquece e acalma; Promove uma melhor adaptação ao ambiente; Facilita a adaptação do aparelho respiratório; Proporciona um período de descanso maior ao bebê após o parto, pois ele já estará alimentado.
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Para a mãe, o aleitamento logo após o parto libera endorfina, elimina a sensação de dor e muda o foco do incômodo
do
pós-parto
para
o
bem-estar
do
recém-nascido, despertando o instinto de cuidado e proteção, além de estimular a produção de leite e agilizar a volta do corpo da mãe ao normal.
Aprendendo a pega correta Desde o primeiro momento da amamentação, deve-se buscar a famosa 'pega correta', que é uma das principais dificuldades das lactantes no início. O bebê precisa abocanhar a maior parte da aréola possível, com a boca bem aberta e seus lábios inferiores e superiores virados para fora, simulando uma boca de peixinho. O posicionamento da mãe e do bebê deve ser avaliado constantemente a cada mamada. Procurar um local calmo e confortável é o começo de tudo. Nesse momento, você e seu bebê precisam estar confortáveis, por isso, procure posições relaxantes. Lembre-se, naquele momento você pode até conseguir dar de mamar, mas a continuidade da posição incorreta só trará dores e cansaço ao longo da mamada. Fique atenta! Se o bebê estiver fazendo barulho ao mamar, é porque está engolindo ar, e esse é um dos sinais
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de que a pega não está adequada. Outro sinal que a pega não está acontecendo de forma adequada é quando as bochechas do seu bebê ficam afundadas, como quando tomamos alguma bebida usando canudo. Quando a pega não está correta, há várias consequências que podem dificultar as primeiras semanas da amamentação, entre elas dor e fissuras no seio materno. A sucção também não acontece de forma eficaz, e o bebê passa longos períodos no seio e não fica saciado, causando choros e o não ganho de peso. No início, a lactante precisa ter paciência para corrigir a pega. A minha dica é passar o mamilo no lábio superior do bebê, que, pelo seu instinto, deve abrir a boca para procurar o peito e então introduzir o seio na boca do bebê quando estiver bem aberta.
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A apojadura e suas dificuldades Você sabe o que é apojadura? Apojadura é o preparo da mama para a produção de leite que, geralmente, acontece até cinco dias após o parto — o que pode variar em função da quantidade de estímulo que a mama recebeu. Nesse período, as mamas ficam maiores e bem cheias, por igual, e algumas vezes quentes. É normal haver um pequeno fluxo de leite, começando a descer em forma de gotinhas, que é suficiente para o bebê ficar satisfeito. É bastante comum as mães confundirem a apojadura com outros problemas que podem ocorrer nos seus seios, como o ingurgitamento mamário, mais conhecido como “peito empedrado”, que surge quando a pega do bebê está errada, então o bebê não consegue sugar todo o leite.
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A mãe que amamenta em livre demanda tende a acelerar a descida do leite, isto é, a apojadura acontece logo e é rápida. É necessário a ajuda do bebê para isso, pois quanto mais ele sugar, maior o estímulo na produção e mais rápida e com maior volume será a descida do leite. Por isso, não leve para a maternidade chupetas, mamadeiras e/ou bicos de silicone, pois todos esses acessórios podem prejudicar o início, o sucesso e a duração da amamentação. Também é importante o acompanhamento de uma consultora em amamentação para ajudar nesse momento, facilitando assim um pós-parto imediato com menos dúvidas e mais apoio para toda a família.
A importância da rede de apoio Você já deve ter ouvido da sua mãe, prima, amiga ou vizinha que é necessário preparar os mamilos para a amamentação. Atualmente, a recomendação dos especialistas é de que não se faça nada, pois o próprio corpo se encarrega de deixá-los prontos para o aleitamento. Dependendo do que você fizer, pode até prejudicar a produção de leite. O uso de buchas, por exemplo, pode provocar microlesões, que aumentam o risco de infecções. Além disso, estímulos intensos na região podem acelerar a produção de ocitocina, hor-
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mônio liberado durante as contrações, e até levar à indução de parto prematuro.
Meu leite é suficiente? Essa pergunta é algo que faz as novas mães se preocuparem com frequência. Praticamente todas as mães recentes passam por algum período em que questionam se estão produzindo leite suficiente para os seus bebês. Isso acontece principalmente no começo, quando ela e o bebê estão se adaptando ao processo de aleitamento. É normal o recém-nascido parecer que está o tempo todo com fome. Isso acontece porque ele provavelmente está sempre com fome, já que o leite materno é digerido bem rápido, e o estômago dele é muito pequeno. A maioria dos recém-nascidos costuma mamar entre 8 e 12 vezes ao dia depois do quarto dia de vida. O intervalo entre as mamadas, o tempo que o bebê fica no peito e a quantidade de choro não são indicadores suficientes para medir se ele está mamando bem ou não, isso varia muito de criança para criança. Por mais aflitivo que possa ser, é preciso lembrar que bebês não choram só por fome. O choro também é a forma que o bebê tem para ma-
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nifestar que está com frio ou calor, que a fralda está suja ou mesmo que ele quer um aconchego. Ou seja, bebês bem alimentados também choram.
Livre demanda ou de três em três horas? Antigamente as mães já saíam do hospital com uma receita pronta: amamente seu bebê de três em três horas, reveze os dois peitos. Mas a ciência evoluiu, e a recomendação do Ministério da Saúde é de que a amamentação aconteça em livre demanda, ou seja, toda vez que o bebê solicitar. Além disso, irá mamar o quanto quiser, até se sentir satisfeito. Isso depende do ritmo de cada criança e da quantidade de leite disponível em cada mama.
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Quando a criança é amamentada sempre que solicita, ela aprende desde cedo a regular a ingestão de alimentos conforme a sua fome. Com esse aprendizado, o bebê corre menos riscos de sofrer com a obesidade infantil mais para frente. Também é importante lembrar que dentro do útero, o bebê recebe alimento e oxigênio o tempo todo. Quando nasce, a temperatura muda, e ele precisa sinalizar quando quer comer e todo o processo orgânico de digestão se inicia. Essa árdua mudança é pesada para mãe e para o bebê. Amamentar em livre demanda é difícil, dói, cansa, nos priva de sono e de eventos sociais, mas é um momento rico para você e seu bebê. Nesse processo, é importante que também as mães olhem para sua individualidade, a rede de apoio é extremamente importante para o sucesso da amamentação em livre demanda.
Para produzir leite, a mãe precisa descansar, ter momentos de relaxamento e contar com a ajuda do seu ciclo familiar e social.
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Uso de bicos e mamadeiras As conchas e bicos de silicone são itens comuns na maioria das listas de enxoval. O que muitas mamães não sabem é que esses objetos são totalmente dispensáveis, pois não ajudam na amamentação e podem até atrapalhar. É contra indicado o uso de chupetas, mamadeiras, bicos intermediários de silicone ou qualquer outro utensílio que não seja o seio durante a amamentação exclusiva. Eles interferem negativamente em todo o processo e ainda podem causar a confusão de bicos, gerando dificuldades para amamentar ao seio, fissuras mamilares e interrupção da amamentação.
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Qual posição devo amamentar? A posição correta para amamentação é o fator mais importante para o seu sucesso. Para isso, a mãe deve estar em uma posição correta e confortável, e o bebê deve pegar a mama corretamente para que não ocorra ferimento nos mamilos e também consiga beber mais leite. Caso encontre logo de cara uma posição que funcione bem para você e para o bebê, então não há motivos para tentar mudar. Porém, à medida que o bebê cresce e você também fica mais experiente, as posições provavelmente vão variar dependendo de onde você está e do que estiver fazendo.
Mitos e Verdades O meu leite é “fraco”. Nenhum
leite
materno
é
“fraco”,
pobre
ou
insuficiente. Ele constitui o alimento ideal para o bebê e contém todos os nutrientes necessários ao organismo do bebê.
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Posso ingerir bebidas com cafeína enquanto amamento? Algumas lactantes recorrem a bebidas com cafeína para combaterem o cansaço característico desta altura. Aconselha-se evitar o consumo de bebidas ou alimentos que contenham cafeína (ex: café, chá preto ou verde, refrigerantes de cola, bebidas energéticas) já que tudo que a mãe consome vai para o leite do bebê.
E as bebidas alcoólicas? Nessas situações, verifica-se o mesmo que nas bebidas com cafeína. Além disso, sabe-se que o álcool pode reduzir o reflexo de saída do leite da mama, limitando o consumo de leite por parte do bebê. Deve-se evitar o seu consumo.
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Posso tomar medicamentos? Apenas deve tomar os medicamentos que sejam prescritos
pelo
médico.
Não
tome
nenhum
medicamento ou suplemento sem aconselhamento do seu médico.
E comer chocolate, pode? A mulher que amamenta pode comer chocolate sem exageros e ficando sempre de olho em possíveis efeitos negativos no comportamento do bebê.
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A fonoaudióloga Maria Martins Moura é graduada em Fonoaudiologia pela Universidade Católica de Pernambuco, mestra em Ciências da Linguagem, também pela Católica, e possui especialização em Motricidade Orofacial pelo CEFAC/IEPAP. Durante sua trajetória, fez cursos em amamentação e atualmente se especializa em cuidado materno-infantil com ênfase em amamentação pelo Mame Bem.
FICHA TÉCNICA
maria_martins85@hotmail.com
Título: Amamentação: Tudo que você precisa saber sobre aleitamento materno sem segredos Propriedade: Executiva Comunicação @executivacomunicação Coordenação: Fabiana Galvão Karla Barbosa Concepção: Maria Martins Moura Direção editorial: Giulia Machado
Fono Maria Martins Moura
Redação: Giulia Machado Revisão: Marjourie Corrêia Projeto Gráfico: Fillipe Bezerra Imagens: Freepik Pixabay Pexels
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