Juntos
Conheça o Ondina: o primeiro navio da Enseada 2
Ano 3 • Edição n.º 19 • Outubro/Novembro/Dezembro/2015 Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. Plano Básico Ambiental (PBA) – Programa de Comunicação Social
Ações sociais mobilizam comunidades 4
Jadiel Rocha, Encarregado de Elétrica da Enseada
Saiba onde encontrar o seu jornal Navegando Juntos 4
O estaleiro não pode parar: ALBA lança Carta em defesa do projeto da Bahia Foto MARCELO GENTIL
Fotos MALANY TAVARES
Navegando
“Todos sabem o que fazer, mas é preciso que seja feito a tempo de preservar o que resta da indústria naval brasileira”, disse Humberto Rangel em evento que discutiu a crise vivida pela indústria naval
A
Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), por meio da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, presidida pelo deputado Hildécio Meireles, elaborou a “Carta da Bahia em defesa da retomada imediata das atividades da Enseada Indústria Naval”, em Maragojipe. O documento, assinado por todos os 63 parlamentares baianos, foi protocolado na Casa Civil da Presidência da República no dia 17 de novembro. A Carta também foi entregue ao governador da Bahia, Rui Costa, e ao presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. A decisão de lançar o manifesto foi tomada em 24 de setembro, durante a 48ª Sessão Especial cuja pauta principal foi a cobrança de respostas sobre as obras paralisadas com 82% de conclusão do estaleiro
da Enseada. O encontro contou com a participação de deputados, além do prefeito de Jaguaripe, Heráclito Rocha Arandas, e de vereadores de
Salinas da Margarida e Maragojipe. O Governo do Estado, desde quando era liderado por Jaques Wagner, tem feito esforços para a continuidade das
Reprodução da "Carta da Bahia" assinada pelos 63 deputados baianos e entregue ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, em 17 de novembro
atividades da Enseada, considerado o “projeto da Bahia”. De acordo com o deputado Hildécio Meireles, a situação na região é de estarrecer e é necessário que a bancada estadual baiana una esforços para a superação do atual quadro. “Enquanto representantes do povo não podemos cruzar os braços para situações como esta. Portanto, a Carta surgiu como compromisso da Assembleia Legislativa da Bahia, casa criada com o princípio maior de defender o cidadão baiano, para dar continuidade a esta luta”, garantiu. Em novembro de 2014, a Enseada foi abatida por uma forte crise de liquidez que já acumula uma frustração de caixa da ordem de R$ 2 bilhões. Entre novembro de 2014 e outubro de 2015, a empresa precisou demitir mais de 10 mil integrantes, sendo 5.054 somente
na Bahia, e suspender suas atividades de implantação e construção de seis navios sonda para o cliente Sete Brasil. “Fomos obrigados a paralisar as obras do estaleiro com R$ 2,7 bilhões já investidos, de um total de R$ 3,2 bilhões. Hoje, se a pleno vapor estivesse, o empreendimento estaria gerando no estado 5.398 empregos diretos para as comunidades do entorno”, afirmou Humberto Rangel, diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade do estaleiro. A Enseada tem hoje, na Bahia, apenas 170 integrantes. Ao longo de suas atividades, o estaleiro acumulou 1,7 milhão de homem/hora trabalhadas e 2,6 mil toneladas de aço processadas, demonstrando alta performance industrial num estaleiro considerado estado da arte em construção naval no mundo.