Era uma vez...imagens e histórias - Andreia Ribeiro

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Era uma vez...imagens e histórias

Andreia Ribeiro

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Índice

3. Os Pássaros Coloridos 6. O Pássaro Felicidade 7. O Gato Voador 10. O Menino Miguel 12. As Máscaras de Carnaval

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Os Pássaros Coloridos Uma vez e numa linda paisagem, os pássaros coloridos fizeram os seus ninhos em cima de uma árvore cheia de folhas verdinhas e de ramos de diferentes tamanhos. Os pássaros tiveram que criar os seus filhos rapidamente, antes de vir o outono, porque, quando esse chegasse, as folhas começariam a ficar castanhas e meias amareladas e a caírem ao chão. A árvore iria ficar sem folhas e, assim, os pássaros e os seus filhos apanhariam frio. O que vale é que a mãe mete-­‐os debaixo dela e agasalha-­‐os, protegendo-­‐os do frio e da chuva. Assim a árvore ficou despida, os pássaros e os seus filhos tiveram que partir para um país mais quente para todos estarem mais tranquilos, sem ficarem preocupados com os agasalhos. Os pássaros coloridos, um dia mais tarde, vieram visitar o sítio onde nasceram os seus filhos para se lembrarem dos tempos passados. Esse local era muito bonito porque tinha árvores de outras espécies e até de frutos. Os passaritos -­‐ os filhos dos pássaros -­‐ ficaram amigos dos pássaros que os receberam e agora andam todos juntos a passear por vários sítios e desta forma protegem-­‐se uns aos outros. E foi assim que todos os pássaros coloridos ficaram felizes para sempre!

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O PÁSSARO FELICIDADE Era uma vez o Pássaro Felicidade que fez um ninho em cima de uma esquina do canto de uma casa. O Pássaro Felicidade, de vez em quando, ia buscar palha a outros lados para fazer os seus ninhos. O Pássaro Felicidade e as suas crias todas as noites faziam barulho ou punham-­‐se a cantar. O senhor João ouviu o barulho e depois os seus chilreios. Era como música, em que parecia uma pessoa a cantar. Ele pôs-­‐se a escutar aquela linda melodia. Gostou tanto que não queria sair da janela. Quando a música acabou, pôs-­‐se a espreitar, a espreitar para todo o lado e não conseguiu ver de onde vinha. Mesmo assim, continuava à janela para ver se conseguia descobrir a origem da melodia tão bonita. O senhor António, ao passar pela casa do senhor João, viu um bando de pássaros a cantar e outros a sair da esquina do telhado. O senhor António viu o amigo na janela e perguntou: -­‐ O que está fazer o senhor João na janela? -­‐ Estou a tentar perceber de onde vem o barulho e a música! – respondeu, preocupado. O senhor António disse: -­‐ Eu sei de onde vêm! Há bocado passei pela sua casa e vi naquela esquina do telhado um bando de Pássaros a cantar e outros a voar. É por isso que o senhor João não encontrava o que pretendia, porque é uma esquina muito escondida. Como já tenho muita idade e como não podia criar os pássaros, decidi dar metade à dona Rosa e outra a si. Assim, só fico com um casal de pássaros felicidade. É deste modo que fazem os vizinhos e os amigos para serem como os Pássaros, muito felizes!

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O Gato Voador Era uma vez, um gato voador que queria voar até ao céu. O gato voador todos dias ao acordar, tinha que arranjar sempre alguma ideia para voar até ao céu. Esse era o sonho. O gato voador, um dia pegou num cartão grosso e fez umas asas. Quando acabou de as fazer, colocou-­‐as no seu dorso e pôs-­‐se em cima da mesa que estava perto. Depois, deu um salto grande para o ar e, ao bater as asas, o papelão rasgou… O gato ficou muito triste por não conseguir aquilo que tanto queria e, nesses dias, andava pela rua muito triste.

O gato pinguim, ao ver aquele gato triste, encostado num canto, disse para si: -­‐ O que terá acontecido àquele gato para estar assim tão triste?! O gato pinguim

abeirou-­‐se dele e perguntou: -­‐ O que é que tens, amigo? O que te aconteceu para ficares assim triste? O gato voador respondeu: -­‐ Estou triste porque queria voar até ao céu, fiz umas asas de papel para voar, mas ao saltar para o ar as asas, como eram de papelão, rasgaram-­‐se e agora não sei o que hei de fazer mais para conseguir realizar o meu sonho – voar até ao céu! O gato pinguim, então, disse ao gato voador:

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-­‐ Não te preocupes, porque eu ajudo-­‐te a voar! O gato voador ficou todo contente por ter encontrado um belo amigo e por este o ajudar. O gato pinguim foi rapidamente a casa buscar as asas de pássaros de plástico, porque tinha ficado de se encontrar com o gato voador no jardim da Rosinha para o ajudar a voar. À hora marcada, encontraram-­‐se. O gato pinguim colocou as asas no gato voador e empurrou-­‐o para o lançar no voo. O gato começou a bater as asas e conseguiu voar alguns metros e disse: -­‐ Olha, gato pinguim, consegui voar um bom bocado, que fixe! O gato pinguim respondeu: -­‐ Agora tens que treinar sempre para chegares ao céu! O gato voador respondeu: -­‐ Amanhã de manhã, até à tarde, já virei para aqui treinar contigo outra vez! Se tu puderes, amigo, é claro… O gato pinguim respondeu: -­‐ Claro que posso. Enquanto não chegares ao céu, vou ajudar-­‐te sempre e no que for preciso! O gato voador, logo de manhã, foi novamente com o amigo para o jardim da Rosinha, como combinaram. Depois, o gato pinguim pôs as asas no gato voador e, no momento certo, empurrou-­‐o e o gato voador começou a bater com as asas com tanta força que chegou ao céu. O gato voador ficou todo contente porque agora já conseguiu voar sozinho, sem ajuda. Então, disse para o amigo: -­‐ Que bom, amigo, já cheguei até ao céu!! Era isto mesmo que desejava! Agora, já consigo voar sozinho. Obrigado, amigo! Se não fosses tu, não sei como seria capaz de realizar o meu sonho. Obrigado, mais uma vez! Respondeu o gato pinguim: -­‐ Não tens nada que agradecer, ora essa! Só te queria ajudar a voar! Num dia destes, vou fazer um grande jantar para nós para comemorarmos a tua vitória e as nossas amizades maravilhosas, está bem? Afinal, somos amigos felizes!

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O Menino Miguel Era uma vez o menino Miguel, que vivia sozinho com o seu cão Tobias. O Miguel ainda era pequeno, tinha 14 anos e tomava conta de si próprio como um adulto. A mãe, no seu aniversário, deu-­‐lhe de prenda um cão pequeno. Depois, quando o Miguel perdeu a sua mãe, andou sempre acompanhado com o seu cão. Ele fazia do cão o seu pai e até o tratava por “pai”. O cão ladrava como se estivesse a responder e o fosse mesmo. O Miguel todos os dias ia passear e tomar café com o seu cão Tobias. Quando ia trabalhar, o Tobias acompanhava-­‐o e também trabalhava. O Miguel e o “pai–cão trabalhavam os dois na mesma fábrica. O menino todos os dias fazia as refeições para ele e para o “pai” Tobias e comiam os dois à mesa. Era o Tobias quem a preparava: toalha, pratos e copos, talheres, guardanapos… Certo dia, o menino Miguel lembrou-­‐se de fazer um piquenique com o Tobias no jardim grande, bonito e perfumado pelas muitas flores existentes. Lá havia muita gente. Tinha mais raparigas do que rapazes e o Miguel passava o tempo a olhá-­‐las. Uma delas também olhava para ele. Era a Papoila. A Margarida perguntou à amiga Papoila: -­‐ Para onde estás a olhar? A Papoila disse: -­‐ Estava a olhar para aquele rapaz ali, é tão girinho! A Margarida respondeu rapidamente: -­‐ Se estas apaixonada por ele, porque é que não vais falar-­‐lhe? Porque não lhe dizes que gostas dele e pedes para namorar contigo? -­‐ Obrigada, amiga, pela ideia que me deste! Amanhã, vou a casa dele convidá-­‐lo para vir tomar café comigo. Assim, aproveito e falo mais seriamente com ele. A Margarida respondeu: -­‐ Assim é que eu gosto de ouvir! Vai lá, mas com juízo!... A Papoila afirmou: -­‐ Não te preocupes, amiga! Depois conto-­‐te tudo. Beijinhos. Torce por mim! E não desistiu da ideia. No dia seguinte, a Papoila, ao chegar a casa do Miguel, bateu à porta e disse: -­‐ Olá, Miguel! Sou a Papoila e venho convidar-­‐te para tomares um cafezinho comigo. Queres vir?

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O Miguel continuava olhar para ela de alto a baixo e respondeu: -­‐ Claro que sim! Eu vou tomar café contigo. Só vou preparar-­‐me. Entra e espera um bocadinho. A Papoila ficou toda contente por ele aceitar o convite e por ter uma casa grande e bonita, toda colorida com imagens de flores na parede. Entretanto, o menino Miguel disse: -­‐ Já estou pronto. Vamos! E a Papoila respondeu: -­‐ Sim, vamos! Ela já estava a ficar “derretida” por ele… Depois, estavam os dois já a saborear o café, quando a Papoila declarou algo receosa: Eu queria falar contigo, mas não tenho coragem!... O menino Miguel respondeu: -­‐ Diz, não tenhas medo! A Papoila ficou mais aliviada e começou a contar: eu ontem estava no jardim grande, comecei a olhar para ti e fiquei apaixonada. O Miguel respondeu: -­‐ Eu também estava sempre a olhar para ti, Papoila. Também fiquei apaixonado por ti… Gosto mesmo muito de ti. Para mim, és linda como o céu! A Papoila ficou toda emocionada, aproveitou a oportunidade e perguntou: -­‐ Queres namorar comigo? O Miguel ficou a olhar para ela e respondeu: -­‐ Claro que quero namorar contigo, minha linda Papoila!! Nesse momento, a Papoila e o Miguel deram um beijo. O cão Tobias começou a ladrar, mostrando que estava feliz por ele arranjar uma papoila tão bonita e perfumada. Um dia, o Miguel resolveu casar com a Papoila. Eles e o seu cão Tobias formaram uma família feliz para sempre…

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As Máscaras de Carnaval Era uma vez o senhor João, que trabalhava numa fábrica de máscaras de vários tipos. Um dia, o patrão da fábrica fez mil máscaras para pôr em exposição. O senhor João na terça-­‐feira, dia 21 de fevereiro, fez uma exposição de máscaras com o preço afixado em baixo para as pessoas verem e comprarem. Nesse mesmo dia, ligou para o patrão a encomendar mais mil máscaras, porque as outras já tinham acabado. O Patrão respondeu-­‐lhe: -­‐ Não se preocupe! Vou rapidamente lá abaixo levar as cem máscaras que já estão prontas! O senhor João retorquiu: -­‐ OK, eu fico à sua espera. Mas, por favor, não se demore porque as pessoas estão aqui a aguardar. O Patrão depressa chegou à loja e disse: -­‐ Aqui tem as cem máscaras, senhor João. Logo conto passar aqui para trazer as restantes. Se não vier eu, virá o meu colega trazê-­‐las na carrinha, já estão em caixotes. Desta vez são trezentas caixas de máscaras, imagine! O sr. João pensou para si: parece-­‐me que esta ideia que eu tive de fazer a exposição para vendermos as máscaras está a correr muito bem! Só hoje, já vendemos 4 100!! Está a ser um enorme sucesso! Amanhã talvez possamos vender ainda mais. Afinal, temos que aproveitar enquanto rende e com esta crise… O patrão resolveu dar férias a toda a gente como prémio pela dedicação perante tão grande trabalho e pediu ao chefe de serviço para chamar todos os funcionários ao escritório porque pretendia falar com todos sem exceção. As pessoas compareceram. O patrão informou: -­‐ Amanhã, todos os empregados estão dispensados. Depois de terem mostrado grande capacidade de trabalho, merecem descansar. E à tarde estão todos convidados para a festa de Carnaval da fábrica. Espero que apareçam todos e com máscaras diferentes que é para nos divertirmos, sim? Ah, tragam as vossas famílias!

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E também desejo que aproveitem ao máximo a nossa maravilhosa festa carnavalesca. Estou convencido de que o vai ser!

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