


ALDO GONÇALVES
Presidente do CDLRio e do SindilojasRio
O comércio do Rio de Janeiro é um patrimônio econômico e social do nosso estado e de sua capital. É ele que dá vida aos bairros, movimenta ruas, gera empregos e sustenta milhares de famílias. No entanto, quem vive o dia a dia atrás de um balcão ou administra um ponto de venda sabe: empreender não tem sido tarefa fácil. A complexidade tributária, a insegurança pública, a rigidez de normas trabalhistas e a falta de diálogo estruturado entre o setor produtivo e o poder público compõem um cenário que desestimula o investimento e sufoca a atividade comercial.
Com o objetivo de trazer à luz às dificuldades enfrentadas por milhares de lojistas cariocas e colaborar com soluções concretas, o CDLRio e o SindilojasRio elaboraram o estudo “Os Gargalos do Comércio”. O levantamento identificou os entraves estruturais que comprometem o crescimento do setor, como a alta carga tributária, a concorrência desleal da informalidade, a dificuldade de acesso ao crédito e a burocracia para abrir ou encerrar empresas. Além disso, o estudo reuniu 18 propostas objetivas, divididas entre tributação, legislação, segurança pública e estímulo à inovação, que podem destravar o varejo e devolver vitalidade à economia local.
A intenção do estudo vai além da denúncia. Trata-se de um instrumento de diálogo. O SindilojasRio e o CDLRio têm apresentado este documento a autoridades das diferentes esferas dos poderes executivo e legislativo, como contribuição concreta ao debate sobre o futuro do Rio. Não se trata de pedir privilégios, mas de pleitear um ambiente de negócios racional, com segurança jurídica, eficiência administrativa e respeito ao empreendedor.
O Rio de Janeiro precisa valorizar sua vocação comercial. É preciso investir na recuperação de centros de comércio históricos como o Saara, reativar polos comerciais de bairro que estão esvaziados e estimular a formalização com políticas públicas de apoio ao pequeno e médio empresário. O comércio é parte da identidade da cidade — e sem ele, o Rio perde dinamismo, renda e muitas oportunidades.
Este é um chamado à ação. O comércio do Rio quer e pode mais. Mas precisa de condições reais para crescer, inovar e empregar. Que este movimento seja o início de um novo ciclo de escuta, parceria e construção conjunta entre o setor público e o varejo carioca.
Nessa direção, nossas entidades também promovem, continuamente, várias iniciativas voltadas à qualificação e à modernização das empresas lojistas, como o seminário sobre a Reforma Tributária e as oportunidades tributárias para o varejo, realizado recentemente. O encontro reuniu especialistas para debater os impactos das novas regras fiscais sobre o setor comercial e orientar os empresários sobre como se preparar para o novo cenário. Também temos realizado palestras sobre o uso de inteligência artificial, cada vez mais presente no cotidiano do varejo, para desmistificar o tema e mostrar como os comerciantes podem – e devem – aproveitar essas ferramentas, entre tantas outras ações.
Esses e outros eventos realizados pelo SindilojasRio e pelo CDLRio visam a um só objetivo: o desenvolvimento do comércio do Rio. Oferecer conhecimento prático e estratégico aos lojistas, para que possam aprimorar sua gestão, tomar decisões mais seguras e garantir a sustentabilidade dos seus negócios em meio a tantas transformações; informar, capacitar e apoiar, além de representar nosso setor com firmeza e eficiência — isso é o que nos move todos os dias.
Dia dos Namorados e a temporada de outono-inverno prometem movimentar as vendas do período.
Burocracia e dificuldade de acesso ao crédito são alguns dos entraves à atividade comercial, segundo estudo elaborado pelo CDLRio e pelo SindilojasRio.
Período de transição será desafiador, mas também trará oportunidades. Seminário do SindilojasRio e do CDLRio debateu estas questões com empresários e profissionais contábeis.
Diretoria do SindilojasRio
Presidente
Aldo Carlos de Moura Gonçalves
Vice-Presidente: Roberto Cury
Vice-Presidente de Relações Institucionais: Julio Moysés Ezagui
Vice-Presidente de Administração: Salomon Mordokh Dassa
Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta
Vice-Presidente de Patrimônio: Joel Georges Elias Mansour
Vice-Presidente de Marketing:
Juedir Viana Teixeira
Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti
Vice-Presidente de Produtos e Serviços
Henrique André Real Barboza
Diretoria do CDLRio
Presidente
Aldo Carlos de Moura Gonçalves O Lojista:
Conselho de Redação
SindilojasRio: Juedir Teixeira Andréa Mury
CDLRio: Jorge Carlos Pereira Lúcio Ricardo Rogério Muzy
Editor Responsável: Igor Monteiro Quintaes (MTE nº 31504/RJ)
Redação: Igor Monteiro Quintaes Andréa Mury
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Revisão: Andréa Mury
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Publicação bimestral do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio
Versão on-line: www.cdlrio.com.br e www.sindlojas.rio
A reunião inaugural do Conselho da Cidade para a elaboração do Plano Estratégico do Rio de Janeiro para o quadriênio 2025-2028 foi realizada no Palácio da Cidade, em 10 de abril, com a participação de empresários, lideranças sindicais, acadêmicos, especialistas e artistas. O SindilojasRio foi representado pelo seu vice-presidente de Associativismo, Pedro Conti. Com 395 integrantes, o Conselho da Cidade tem o papel de contribuir com sugestões e metas e de acompanhar as ações da prefeitura. No encontro, os participantes se dividiram em grupos temáticos: Equilíbrio Fiscal; Boa Gestão e Governança; Civilidade e Segurança; Futuro, Economia e Felicidade; Longevidade, Equidade e Humanidades; e, Infraestrutura, Prevenção a Desastres e Resiliência. Conti destacou a importância da participação ativa das
entidades representativas no processo de construção do futuro da cidade.
“O SindilojasRio está comprometido com a melhoria do ambiente de negócios e a promoção de políticas públicas que favoreçam o comércio, a inovação e o bem-estar da população. Participar do Conselho da Cidade nos permite incluir as perspectivas do varejo no planejamento municipal”, afirmou.
O documento final, com metas, projetos e prioridades da prefeitura para os próximos quatro anos, será apresentado em julho, em audiências públicas, de acordo com o cronograma estabelecido pela Lei Orgânica do Município.
A aprovação do Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 23-A/2018, que define a atuação da Guarda Municipal também como agente de segurança pública — com policiamento ostensivo, preventivo e comunitário — marca um novo momento do Rio. A regulamentação desse novo modelo será feita por meio de Projeto de Lei Complementar da prefeitura, a ser analisado pela Câmara Municipal. No mesmo dia em que a mudança que autoriza a Guarda Municipal a usar arma de fogo (15 de abril) foi aprovada pela CMRJ, Pedro Conti e Elizabeth Guimarães, vice-presidente de Associativismo e gerente do Núcleo Jurídico do SindilojasRio, respectivamente, se reuniram com o inspetor regional da GM, José Pedro Filho, para discutir ações que podem aprimorar a atuação da GM nas ruas, contribuindo para a segurança de lojistas, consumidores e tra -
balhadores do comércio. “O diálogo permanente com a Guarda Municipal é essencial para garantir que as mudanças legais se traduzam em ações eficazes no dia a dia do comércio. A troca constante de informações, ideias e demandas fortalece a atuação conjunta em benefício da cidade e do ambiente de negócios”, disse Pedro Conti.
O assessor econômico do CDLRio e do SindilojasRio, Antonio Everton, foi um dos palestrantes do evento que marcou um ano da Política Nacional de Apoio e Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas (PNADEMPE) e teve apoio institucional do CDLRio e do SindilojasRio. A cerimônia aconteceu na sede do Banco do Brasil em Brasília, no dia 10 de abril, e contou com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França.
O objetivo da PNADEMPE é ampliar a inserção das MPEs na economia nacional, estabelecendo diretrizes como liberdade para empreender,
Os colaboradores do SindilojasRio participaram de uma palestra especial sobre Educação Financeira, ministrada pelo economista Antonio Everton, realizada nos dias 7 e 8 de maio. A iniciativa teve como objetivo proporcionar aos funcionários mais conhecimento sobre finanças pessoais, consumo consciente e planejamento financeiro. O economista fez um panorama sobre a evolução do dinheiro, passando pelas primeiras formas de troca e pagamento, o surgimento do papel moeda, cheques, cartões de débito e crédito, até chegar ao Pix, e comentou tendências que estão chegando, como o Drex, a moeda digital do Banco Central. Ele abordou os efeitos da inflação sobre o poder de compra e comentou como isso impacta diretamente o dia a dia das famílias, ressaltando
aumento da produtividade e da competitividade, integração às cadeias produtivas e expansão dos mercados. Também define conceitos importantes como informalidade, semi-informalidade, inovação e produtividade, sempre alinhada aos princípios constitucionais que garantem tratamento diferenciado e favorecido às micro e pequenas empresas. A PNADEMPE está estruturada nos seguintes eixos de atuação: Simplificação, desoneração e desburocratização; Governança ambiental, social e corporativa; Acesso a mercados (incluindo compras públicas e comércio exterior); Tecnologia, digitalização e inovação; Empreendedorismo e capacitação; e Competitividade e produtividade.
a importância do orçamento doméstico, do planejamento financeiro e da prática de poupar para alcançar segurança e estabilidade a longo prazo. Everton também destacou a diferença entre necessidades e consumo, oferecendo dicas práticas para realizar boas compras e incentivando todos à adoção do consumo consciente — atitude fundamental para evitar o endividamento e promover o equilíbrio financeiro.
A ação reforça o compromisso do SindilojasRio com o desenvolvimento integral de seus colaboradores, promovendo não apenas a qualificação profissional, mas também o bem-estar pessoal e financeiro de sua equipe.
A Câmara Municipal aprovou, no dia 15 de maio, o Projeto de Lei Complementar 2/2025, que estabelece novas regras para o licenciamento e condições especiais para a regularização de construções na cidade, mediante o pagamento de contrapartida financeira à prefeitura. Conhecida popularmente como “Mais Valia” e “Mais Valerá”, a medida permite a regularização de obras e ampliações mediante o pagamento de contrapartidas à prefeitura. A proposta, que recebeu 50 emendas, traz mudanças importantes para
A Câmara Municipal do Rio também realizou uma audiência pública para discutir a situação crítica dos imóveis abandonados na cidade, especialmente no Centro. O evento, ocorrido em 24 de abril, foi conduzido pelo presidente da comissão de Assuntos Urbanos, vereador Pedro Duarte (Novo) e reuniu autoridades, especialistas de Urbanismo e Arquitetura e representantes de associações de moradores e de diversas organizações da sociedade civil.
Pedro Duarte destacou que uma cidade atraente para moradores e visitantes precisa priorizar a conservação urbana, a otimização do espaço público e o fomento ao turismo, acrescentando que a comissão de Assuntos Urbanos atua na fiscalização e no planejamento urbano, e está ouvindo diversos setores para resolver de forma definitiva esse problema histórico.
Já a empresária lojista e advogada imobiliarista Maria Izabel Castro, do movimento União pelo Centro, apoiado pelo SindilojasRio e pelo CDLRio, disse que a crise é multifatorial. “O valor do IPTU está descolado da realidade do Centro, desestimulando investidores e proprietários. A isso se soma a dificuldade de manter imóveis
o setor imobiliário e pode impactar diretamente comerciantes, empresários e proprietários de imóveis na capital fluminense.
Antes da aprovação, a comissão de Assuntos Urbanos da CMRJ realizou uma audiência pública, no dia 30 de abril, para discutir este PLC, de autoria do Poder Executivo. A expectativa da prefeitura do Rio é arrecadar cerca de R$ 500 milhões ainda em 2025 com a aplicação das novas regras.
tombados sem apoio técnico ou financeiro. O resultado são prédios vazios e deteriorados, e a insegurança crescente. Precisamos de soluções concretas para este problema", alertou.
Na audiência foram discutidas ações voltadas ao enfrentamento das causas do abandono. A questão fundiária também foi abordada, como um problema histórico e estrutural, com um acúmulo de imóveis sem registros adequados, inventários inacabados e sem segurança jurídica.
O SindilojasRio e o CDLRio participaram de uma reunião na sede do III COMAR (Comando Aéreo Regional), promovida pela Força Aérea Brasileira (FAB), para a apresentação do projeto Banco de Talentos. Também participaram da reunião, ocorrida em 9 de abril, representantes de instituições como Firjan, Faetec, Nav Brasil, Universidade Estácio de Sá e o grupo educacional Yduqs. O comandante do III COMAR, major-brigadeiro do Ar Rodrigo Fernandes Santos, agradecendo a presença das instituições, destacou a importância da iniciativa. Em seguida, o diretor de Administração de Pessoal, major- brigadeiro do Ar Luiz Guilherme da Silva Magarão, apresentou o projeto, que está sendo disponibilizado às empresas e entidades do Rio de Janeiro.
O Banco de Talentos visa oferecer às empresas profissionais qualificados, oriundos da reserva remunerada e não remunerada, e reformados,
para atuarem em diferentes setores. Os militares temporários, que atuam por até oito anos, e os da reserva, possuem formação em diversas áreas, com níveis técnico, médio e superior, além de serem treinados com base em valores como disciplina, comprometimento e ética – características marcantes das Forças Armadas. A iniciativa é uma oportunidade para o comércio e demais setores poderem contratar mão de obra qualificada ao mesmo tempo em que contribuem para a reintegração desses profissionais à sociedade civil.
Representados por Igor Quintaes, coordenador de Comunicação do sindicato e editor da revista O Lojista, o SindilojasRio e o CDLRio vão formalizar a parceria com a FAB por meio de um Acordo de Cooperação Técnica. O Banco de Talentos será disponibilizado às empresas lojistas, ampliando as oportunidades de contratação de profissionais capacitados.
A aplicação da Inteligência Artificial (IA) no comércio já é uma realidade. Seja para automatizar atendimentos, personalizar ofertas, prever demandas ou otimizar a gestão de estoques, a tecnologia tem se mostrado uma aliada estratégica para quem busca eficiência e crescimento em um cenário cada vez mais competitivo.
Com o objetivo de apresentar ferramentas práticas e acessíveis para os lojistas, especialmente micro e pequenos empresários, o SindilojasRio realizou mais uma palestra gratuita, em seu auditório, no dia 16 de abril. O encontro foi conduzido por Eros de Castro, especialista em Inovação e Transformação Digital, com quase 25 anos de atuação nas áreas de Marketing Digital e Vendas On-line.
De acordo com dados do setor, empresas que adotaram tecnologias baseadas em Inteligência Artificial registraram avanços significativos na produtividade e na experiência do cliente. Ferramentas como chatbots, mecanismos de recomendação, automação de marketing e análise preditiva estão cada vez mais acessíveis, inclusive para micro e pequenas empresas.
O 40º Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais (CNSE) reuniu lideranças empresariais e sindicais de todo o Brasil, de 28 a 30 de maio, para discutir o tema “Inovação no Comércio: O Futuro Começa Agora”. Promovido pelo Sincomércio Bauru, o encontro teve uma programação diversificada, voltada aos desafios e oportunidades do setor varejista.
Durante o congresso foram realizadas reuniões técnicas divididas por áreas: Jurídica, Executiva/ Gestão e Comunicação. A de Comunicação foi conduzida pelo jornalista Igor Quintaes, coordenador do setor no SindilojasRio e editor da revista O Lojista. Ele mostrou como a revista, a publicação sindical mais antiga do país, lançada em 1934, evoluiu através dos tempos, mantendo-se relevante por seu caráter informativo e de registro histórico. Quintaes também recordou a trajetória do jornalista Luiz Bravo, falecido em setembro de 2024, que foi editor da O Lojista e gerente de Comunicação da entidade, além de ter sido um dos idealizadores do I Encontro de Dirigentes Lojistas, atual Congresso Nacional dos Sindicatos Empresariais (CNSE).
Oficinas práticas, coordenadas por especialistas e dirigentes sindicais, abordaram temas importantes, como Planejamento Tributário dos Sindicatos como Contribuintes; Venda em Plataformas Digitais: Concorrência ou Oportunidade; Hubs de Inovação e o Papel dos Sindicatos; Inteligência
Artificial; e Cobrança da Contribuição Assistencial, este último conduzido pela gerente do Núcleo Jurídico do SindilojasRio, Elizabeth Guimarães Pereira.
Entre os debates destacaram-se os que discutiram as perspectivas econômicas e políticas em ano eleitoral, a contribuição assistencial e a sustentabilidade financeira dos sindicatos. O congresso incluiu ainda apresentações de cases de inovação sindical e a palestra “As novas competências tecnológicas para a liderança do futuro”, com Fernando Sollak, diretor da TOTVS, maior empresa de tecnologia do Brasil.
Palestrante do evento, o deputado federal Luiz Gastão (PSD), vice-presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços e presidente da Fecomércio CE, falou sobre o futuro do movimento sindical. Ele enfatizou que é preciso mostrar que o sindicalismo representa a defesa do emprego e da atividade econômica, e que um dos principais desafios atuais é fortalecer as entidades sindicais por meio da negociação coletiva e do diálogo social. Sobre a questão do financiamento sindical, o deputado detalhou propostas que estão em discussão e seus impactos para o setor empresarial que vão moldar o futuro do movimento sindical patronal.
Para o presidente do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, também presente ao evento, o 40º CNSE foi uma excelente oportunidade de integração e troca de conhecimento e experiências entre as entidades sindicais empresariais brasileiras.
Com vista privilegiada para a enseada de Botafogo e um novo estilo de vender que impressionava pela variedade, a Sears marcou época no comércio do Rio de Janeiro. Inaugurada em 1949, a loja de departamentos norte-americana não foi apenas mais uma entre as que aportaram no Brasil no século passado. Representou uma revolução no varejo, trazendo consigo o modelo americano de consumo, com forte apelo publicitário, variedade de produtos e foco na experiência do cliente.
A Sears Roebuck and Co. surgiu em 1892, nos Estados Unidos, como uma empresa de vendas por catálogo. Sua expansão para lojas físicas a transformou em uma das maiores varejistas do mundo. No Brasil, a estreia ocorreu em 1949, com lojas que rapidamente se destacaram entre as concorrentes da época, como o Mappin e a Mesbla.
No Rio, a gigante loja de departamentos de Botafogo tornou-se referência por oferecer um leque impressionante de produtos: vestuário, perfumaria, eletrodomésticos, móveis, artigos de cama, mesa e banho, utensílios domésticos, brinquedos, equipamentos esportivos e até itens automotivos. A propaganda também era uma atração à parte — slogans marcantes como “Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta” e ações promocionais criativas, como desfiles de moda e o tradicional “Mês da Beleza”, ajudaram a consolidar a imagem da marca no imaginário carioca.
No entanto, o sucesso começou a ruir na década de 1980. Enquanto a matriz americana enfrentava
dificuldades financeiras, culminando em dívidas bilionárias e, décadas depois, na falência declarada em 2018, a operação brasileira foi vendida. Em 1983, o Grupo Susa adquiriu o controle das 11 lojas da Sears no país por cerca de 60 milhões de dólares. A transação, que buscava salvar a matriz, acabou marcando o fim da presença da rede no Brasil.
O espaço, que por décadas abrigou a icônica loja da Sears, deu lugar a um novo símbolo do consumo moderno. Inaugurado em 23 de novembro de 1999, o Botafogo Praia Shopping manteve a tradição de ser um polo de compras e lazer. Com 142 lojas, seis salas de cinema, duas megalojas e dez restaurantes, o shopping atrai cerca de 750 mil consumidores por mês e conta com um público diversificado, formado por executivos, moradores da região e turistas que passam pela zona sul carioca.
Localizado a poucos minutos do metrô e do aeroporto Santos Dumont, em frente ao Pão de Açúcar, o Botafogo Praia Shopping também representa o dinamismo e a reinvenção do varejo no Rio. Desde 2009 sob administração da Ancar Ivanhoé, o centro comercial passou por sucessivos investimentos para revitalização e modernização, mantendo viva a vocação do endereço como referência comercial na cidade.
O que antes foi um símbolo do consumo americanizado, hoje, reinventado, é um espaço plural, mostrando que, no comércio, tradição e inovação podem ocupar o mesmo lugar.
Gestão eficiente, lucro em alta - A rede Lojas Renner S.A., que engloba as marcas Renner, Youcom, Ashua e Camicado, teve lucro líquido de R$ 221 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 58,7% em relação ao mesmo período de 2024, superando as projeções do mercado. A receita líquida cresceu 12%, impulsionada pela melhor gestão de custos, pelo aumento da base de clientes e pelas vendas de vestuário, que cresceram 13% graças à combinação do maior fluxo em loja com a boa aceitação da coleção. A empresa iniciou um ajuste gradual de preços que também contribuiu para o crescimento da receita. O GMV Digital – valor total de produtos vendidos nas plataformas digitais, como e-commerce, marketplaces e redes sociais – cresceu 15%, totalizando R$ 583,8 milhões. A rede implementou um nova busca e uma melhoria na exposição das tendências, que aumentaram a conversão, tanto no site quanto no aplicativo. Com isso, a varejista aumentou sua margem EBITDA ajustada para 21,2%. A Realize, braço financeiro da empresa, contribuiu positivamente com a queda na inadimplência. Já a Youcom cresceu 28% no trimestre. Otimista, a Renner pretende investir entre R$ 800 e R$ 850 milhões em novas lojas. (Fashion Network)
Crescimento acelerado - O Mercado Livre mantém seu ritmo acelerado de crescimento, tendo fechado o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de US$ 494 milhões, um aumento de 44% em relação ao ano anterior. A receita líquida foi de US$ 5,9 bilhões e o GMV atingiu US$ 13,3 bilhões. As ações da empresa subiram 9% após o anúncio dos resultados. Este desempenho deve-se a investimentos em logística, tecnologia e expansão da fintech Mercado Pago, que agora soma 64 milhões de usuários ativos mensais. A carteira de crédito ultrapassou US$ 7,8 bilhões e a margem operacional aumentou, refletindo ganho de escala. No Brasil, a empresa investirá R$ 34 bilhões em 2025, reforçando sua liderança no setor.
(Acelera Varejo)
Menos lucro, mais avanços - No primeiro trimestre, o Magazine Luiza registrou um lucro líquido de R$ 12,8 milhões, registrando, porém, queda de 54,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da redução no lucro, a empresa destacou avanços operacionais, com o EBITDA ajustado crescendo 10,3%, atingindo R$ 758,8 milhões, e a margem EBITDA subindo para 8,1%, um dos melhores patamares históricos para um primeiro trimestre. A receita líquida somou R$ 9,39 bilhões, com crescimento de 1,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A empresa tem focado na rentabilidade, mesmo diante do aumento das despesas financeiras, que cresceram 31,9% no período, totalizando R$ 403,2 milhões. As lojas físicas apresentaram crescimento de 6,2% nas vendas totais e 7,1% no conceito de mesmas lojas, enquanto o e-commerce teve uma queda de 2,3%. A empresa reforçou sua estrutura de capital com a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures e um financiamento de US$ 130 milhões com a International Finance Corporation (IFC), ambas com prazo de cinco anos.
(Exame Invest)
De mulher para mulher (da classe C) - A rede de varejo Marisa fechou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 2,4 milhões, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior e sinalizando uma retomada consistente. A receita líquida cresceu 17,7% e o EBITDA – indicador que representa o lucro da empresa antes de serem deduzidos juros, impostos, depreciação e amortização – subiu para R$ 86,4 milhões. A margem bruta aumentou para 51,1% e as despesas operacionais foram reduzidas, indicando maior eficiência da operação. Entre os fatores decisivos para essa recuperação, destacam-se o reposicionamento da marca com foco na mulher da classe C e o uso de tecnologia para prever demanda e regionalizar o sortimento. As vendas em mesmas lojas cresceram 19,2% e a base ativa do cartão Marisa disparou, com quase um milhão de clientes.
(Acelera Varejo)
Reestruturação e muitos desafios - A Americanas registrou prejuízo líquido de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 453 milhões obtido no mesmo período de 2024. A receita líquida da companhia recuou 17,4% na base anual, para R$ 3,06 bilhões. O desempenho foi impactado pela ausência da Páscoa no trimestre, que neste ano ocorreu em abril, enquanto em 2024 foi em março, afetando significativamente as vendas do período. O EBITDA ajustado ficou negativo em R$ 20 milhões, contra um EBITDA positivo de R$ 243 milhões um ano antes. Apesar dos desafios, a companhia observou crescimento de 14,2% nas vendas de mesmas lojas nos primeiros quatro meses de 2025, em relação ao mesmo período de 2024, impulsionado pela Páscoa e pelo período de volta às aulas. A empresa continua em processo de reestruturação, buscando melhorar a performance das unidades menos rentáveis e expandir sua presença, especialmente na região Nordeste. (CNN Brasil)
TikTok Shop no Brasil - O TikTok lançou sua plataforma de e-commerce no Brasil, no dia 8 de maio. O TikTok Shop integra descoberta e compra dentro do próprio aplicativo, transformando a experiência de consumo digital, ao permitir que usuários comprem produtos diretamente por vídeos, lives ou vitrines nos perfis de criadores e marcas. Além disso, um programa de afiliados conecta criadores a vendedores, ampliando o alcance e a monetização de conteúdos. A iniciativa chega para competir com gigantes como Amazon e Magalu. Com foco na economia criativa e na regionalização, o TikTok Shop pretende fortalecer pequenos negócios, conectando vendedores locais com públicos diversificados e expandindo oportunidades no ambiente digital.
(G1)
O megashow gratuito da cantora Lady Gaga, que reuniu cerca de 2,1 milhões de pessoas na Praia de Copacabana, no dia 3 de maio, em pleno feriadão do Dia do Trabalho, agitou os fãs da artista e, também, a economia da cidade. De acordo com a prefeitura do Rio, o evento movimentou cerca de R$ 600 milhões, 27% a mais do que o show da cantora Madonna realizado há um ano, beneficiando diretamente o comércio. A rede hoteleira registrou ocupação acima de 86%, sendo a maior procura por hospedagem nos bairros de Ipanema, Leblon e Copacabana.
Às vésperas do espetáculo, um levantamento do CDLRio e do SindilojasRio, que ouviu lojistas de segmentos como vestuário, calçados, acessórios, produtos de beleza e souvenires, entre outros, mostrou que os lojistas, principalmente das zonas Sul e Oeste e do Centro do Rio, estavam otimistas, apostando em uma alta de até 2% nas vendas por conta do show de Lady Gaga.
Para o presidente das entidades, Aldo Gonçalves, o evento gratuito, de uma artista internacional, em pleno feriado prolongado, foi uma chance de ouro para o varejo carioca atrair novos clientes e aumentar as vendas. Segundo ele, o comércio sentiu os efeitos antes mesmo da chegada da cantora à cidade, com muitos consumidores buscando o look ideal para curtir o show. Gonçalves acrescentou que, além do impacto imediato nas vendas, há um efeito positivo prolongado. “Visitantes que tiveram uma boa experiência costumam voltar ou recomendar a cidade e os estabelecimentos que conheceram”, destacou.
Vencedora de 14 Grammys, dois Globos de Ouro, um Oscar e um Bafta, Lady Gaga finalmente voltou ao Rio de Janeiro, depois de sua última apresentação aqui, há 13 anos, para a felicidade dos “little monsters”, como são chamados os fãs da artista.
"Nada poderia me preparar para o sentimento que tive durante o show - o orgulho e a alegria absolutos que senti cantando para o povo do Brasil. A visão da multidão durante minhas canções de abertura tirou meu fôlego. Seus corações brilham tão intensamente, sua cultura é tão vibrante e especial, espero que saibam o quanto sou grata por ter compartilhado esse momento histórico com vocês. Estima-se que 2,5 milhões de pessoas vieram me ver cantar, a maior multidão para qualquer mulher na história. Eu gostaria de compartilhar esse sentimento com o mundo todo... Obrigada, Rio, por esperar pela minha volta. Obrigada, little monsters de todo o mundo. Eu amo vocês. Nunca vou esquecer esse momento", escreveu a diva pop no Instagram.
O comércio do Rio de Janeiro está otimista com o Dia dos Namorados e estima um crescimento de 3% nas vendas em relação ao ano passado. É o que mostra a pesquisa realizada pelo CDLRio e pelo SindilojasRio que ouviu 250 lojistas entre os dias 19 e 24 de maio.
Agasalhos, roupas esportivas, calçados (especialmente tênis), bolsas, acessórios, joias, bijuterias, perfumes, lingerie, celulares, produtos de beleza e flores devem ser os produtos mais vendidos.
A pesquisa indica que o preço médio dos presentes por pessoa pode variar de R$ 150,00 a R$ 180,00 – o mesmo do ano passado – e que os clientes deverão usar o cartão de crédito parcelado como forma de pagamento, seguido do cartão de débito, Pix, crediário e dinheiro.
Conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, as lojas da Zona Norte (+28%) serão as que mais devem vender, seguidas pelas do Centro (+26%), da Zona Sul (+24%) e da Zona Oeste (+22%).
Outro ponto que justifica a estimativa de crescimento das vendas, exclusivamente para a Região Metropoli-
tana do Rio de Janeiro, são os preços. No acumulado do ano até abril pelo IPCA, verificam-se aumentos de preços de produtos como roupa masculina (1,14%), roupa feminina (2,31%), joias e bijuterias (1,18%), perfume (4,53%) e artigos de maquiagem (1,72%).
O fator preço é preponderante para as decisões de consumo. No Rio de Janeiro, de modo geral, os preços têm apresentado menos fôlego para subir do que no restante do País. Nos quatro primeiros meses deste ano, a inflação fluminense ficou em 2,17%, enquanto no Brasil chegou a 2,48%. Mantida essa tendência, o comércio fluminense pode aproveitar a ocasião para atrair clientes e vender mais.
Aldo Gonçalves, presidente das entidades, ressalta que é necessário o lojista estar preparado para o incremento da procura, pois o período é propício para aumentar receitas. "Planejamento e estratégias de vendas, descontos, facilidades de pagamento, kits, ambiente da loja e qualidade do atendimento, entre outras ações, são boas iniciativas para atrair clientes, ainda mais em um contexto de relativo resfriamento da economia”, disse.
Expectativa com as vendas do outono também é positiva
Outra pesquisa do CDLRio e do SindilojasRio mostrou que o comércio também espera que, até o fim do outono, que termina em 26 de junho, as vendas aumentem 2%. A estação é marcada pelos lançamentos de moda, com as tendências que vão predominar na temporada de outono-inverno. Aldo Gonçalves destacou que o Rio tem mostrado sinais
de recuperação. "O país criou mais de 1,6 milhão de empregos com carteira assinada em 2024, sendo o Rio de Janeiro responsável por 9% desse total. A pesquisa reflete esse cenário, indicando que as vendas de outono-inverno podem superar as do ano passado, beneficiando o comércio, especialmente os segmentos ligados à moda.
Estudo inédito do CDLRio e do SindilojasRio identifica os principais obstáculos ao desenvolvimento do setor e propõe caminhos para o fortalecimento do varejo.
Responsável por quase 20% dos empregos formais do país e por uma fatia significativa do PIB nacional, o comércio varejista ainda enfrenta sérias dificuldades para crescer de forma sustentável no Brasil. Um estudo inédito, elaborado pelo CDLRio e pelo SindilojasRio, com apoio de especialistas da área econômica, traz à tona os principais gargalos que impactam o setor e dificultam a vida dos lojistas, sobretudo no município do Rio de Janeiro.
Intitulado “Os Gargalos do Comércio”, o levantamento analisa o ambiente de negócios sob diferentes perspectivas – tributária, trabalhista, jurídica, regulatória, institucional e de segurança pública – e propõe medidas concretas para destravar o crescimento do varejo. O estudo foi elaborado pelo economista Antonio Everton, assessor econômico das entidades, especialista em micro e pequena empresa e mestre em economia empresarial.
Carga tributária e insegurança jurídica entre os maiores entraves
A alta carga tributária aparece como um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento do setor. A complexidade do sistema de arrecadação, com diferentes tributos municipais, estaduais e federais, cria um emaranhado de regras que consome tempo, recursos e energia dos empresários. Além disso, o peso das obrigações fiscais retira a margem de lucro de muitas empresas e dificulta inves-
timentos em inovação, qualificação profissional e expansão.
Outro ponto crítico é a insegurança jurídica, que gera instabilidade nas relações trabalhistas e contratuais. A falta de previsibilidade nas decisões judiciais, aliada à morosidade da Justiça, compromete o planejamento dos negócios e desestimula o empreendedorismo. Segundo o estudo, o ambiente regulatório confuso e sujeito a interpretações divergentes prejudica a confiança dos empresários.
O excesso de burocracia para abrir, regularizar ou até mesmo encerrar uma empresa também foi apontado como um gargalo importante. Os processos são lentos, descentralizados e muitas vezes envolvem diferentes órgãos públicos que não se comunicam entre si. A legislação trabalhista, embora já tenha passado por reformas, ainda é considerada pouco flexível e desatualizada diante das novas formas de trabalho e da digitalização do comércio.
Além disso, o estudo alerta para a dificuldade de acesso ao crédito, especialmente para os pequenos e médios lojistas, que representam a maioria do setor. A insegurança pública, por sua vez, é uma ameaça constante ao funcionamento dos estabelecimentos e ao fluxo de consumidores, especialmente em áreas comerciais do Centro e da Zona Norte do Rio.
O estudo identificou onze obstáculos estruturais enfrentados pelo varejo:
1. Alta carga tributária.
2. Complexidade do sistema de arrecadação.
3. Insegurança jurídica.
4. Morosidade nos processos administrativos e judiciais.
5. Rigidez da legislação trabalhista.
6. Burocracia para abertura, funcionamento e encerramento de empresas.
7. Falta de coordenação entre os entes federativos.
8. Falta de interlocução estruturada com o setor público.
9. Dificuldade de acesso ao crédito, especialmente por pequenas e médias empresas.
10. Concorrência desleal provocada pela informalidade.
11. Insegurança pública nas áreas comerciais.
Propostas para estimular o desenvolvimento do comércio
Com base nesses desafios, o estudo propõe 18 medidas concretas que podem contribuir para melhorar o ambiente de negócios e fomentar o desenvolvimento do setor. As soluções estão divididas em cinco eixos principais:
• Tributação: Simplificação e unificação do sistema tributário; Redução da carga de tributos sobre o consumo; Desoneração da folha de pagamento.
• Regulação e legislação: Modernização da legislação trabalhista; Celeridade nos processos judiciais e administrativos; Revisão de normas obsoletas que afetam a atividade comercial; Combate efetivo à informalidade e à concorrência desleal.
• Relação institucional: Diálogo permanente entre setor produtivo e os poderes Executivo e Legislativo; Criação de fóruns estruturados de escuta e
Um apelo por racionalidade econômica e segurança jurídica
Para o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, os dados do estudo confirmam o que o setor denuncia há anos. “O comércio é um dos maiores empregadores do país e um pilar da economia urbana, mas vem sendo penalizado por um ambiente hostil ao empreendedorismo. Precisamos de políticas públicas que facilitem a vida do lojista e incentivem a geração de empregos e renda”, afirma.
deliberação; Coordenação entre União, estados e municípios para políticas integradas; Desburocratização dos processos de abertura, licenciamento e encerramento de empresas.
• Segurança pública: Integração entre as forças de segurança das três esferas de governo; Investimentos em inteligência, tecnologia e policiamento ostensivo em áreas comerciais; Monitoramento e proteção dos principais polos de comércio.
• Crédito e estímulo à inovação: Ampliação das linhas de crédito acessíveis para pequenos e médios lojistas; Fomento à digitalização dos negócios e inovação tecnológica no varejo; Campanhas de valorização do comércio legal e formalizado; Incentivos fiscais para empresas que investem em capacitação e geração de emprego.
Gonçalves destaca ainda que o objetivo do estudo é fomentar o debate público qualificado e contribuir com soluções viáveis. “Queremos colaborar para um país mais racional do ponto de vista econômico, com segurança jurídica, menos burocracia e mais respeito à atividade empresarial. O lojista precisa de previsibilidade, segurança e liberdade para empreender”, conclui.
Leia o estudo completo “Os gargalos do comércio” :
ANTONIO EVERTON
Mestre em Economia Empresarial, com MBA e especialização em Micro e Pequenas Empresas.
O Pix segue cada vez mais importante
O Brasil possui um sistema financeiro robusto, sólido o necessário e suficiente para que os usuários tenham condições de realizar transações de forma segura, fácil e rápida.
Considerando ser país em estágio de desenvolvimento, com extensão continental, desigualdade regional e social, esse feito é fabuloso ao conseguir conectar essas dimensões de forma instantânea.
Lá atrás nos anos 80, os planos heterodoxos de congelamento de preços, câmbio e salários, com tablitas de conversão da moeda e medidas de arresto das contas-correntes e de poupança, impeliram o processo de inovação do setor bancário, fortalecendo-o e destacando-o no horizonte global como um dos melhores.
No contexto das mudanças tecnológicas, da digitalização de produtos e serviços, e agora com o advento da Inteligência Artificial (IA), os setores produtivos,
por meio das empresas produtoras de bens e serviços, buscam acompanhar as inovações a fim de se tornarem mais eficientes para enfrentarem a concorrência e terem acesso de maneira mais rápida às possibilidades de serem mais produtivos e terem alcance maior nas vendas, ficando mais perto dos clientes, seja fisicamente ou no digital.
O ambiente de circulação de mercadorias em escala mundial hoje vem passando por transição devido à
retumbância das medidas protecionistas determinadas pelos EUA, no que se convencionou chamar de guerra comercial. Em consequência, o papel das empresas tem sido o de procurar adequar-se à nova ordem de fluxos de produtos, novos parceiros e de movimentação de capital, produzindo uma nova fotografia da rede do comércio.
Nessa conjuntura afetada pelas imposições norte-americanas, o desenvolvimento da tecnologia aplicada no setor financeiro parece não ter fim. Principalmente quando o mote é reduzir custos operacionais, melhorar a eficiência no atendimento, amplificar ações de inclusão e beneficiar mais clientes.
Segundo o Banco Central do Brasil, as movimentações via Pix podem acontecer por meio da conta-corrente, poupança ou conta de pagamento pré-paga. Isso agora junto a 800 instituições. Dessa maneira, cada vez mais brasileiros são incluídos nas modalidades, podendo ter acesso às transações com Pix.
Somos aproximadamente 218 milhões de pessoas. Hipoteticamente, deste total, uns 42 milhões, por estarem na faixa até dez anos e outros por possuírem acima de 90, provavelmente não devem utilizar o Pix nem ter acesso a contas em bancos. A população desbancarizada deve abranger 40 milhões, embora muitas pessoas possuam contas em fintechs ou utilizem apenas os cartões dos programas de transferências, não tendo muito acesso aos serviços financeiros por diversas razões.
Imaginemos que o contingente de brasileiros que tenham potencial de operar via Pix possa ser de 155 milhões. A este universo juntam-se os mais de 21 milhões de CNPJs, divididos em 16 milhões de MEIs, mais de 4 milhões de MPEs e o restante entre médias e grandes empresas.
pelo Bacen mostram números expressivos, compatíveis com a realidade de um sistema grandioso com condições de oferecer múltiplas condições para que os meios de pagamento estejam ao alcance de todos, assim como acontece com as moedas papel e metálica.
Com dados de março deste ano, as chaves Pix superaram a casa dos 845 milhões, entre e-mails, números de celular, CPF, CNPJ e chaves aleatórias. Pouco mais de 174,3 milhões é o total de usuários cadastrados, sendo 15,7 milhões de pessoas jurídicas e 158,5 milhões as pessoas físicas.
Revelando tendência crescente, praticamente de um mês contra o anterior, as transações Pix ultrapassaram 6,2 milhões em março. Enquanto isso, as movimentações financeiras ficaram acima do montante de R$ 2,5 trilhões.
Para que o Pix seja sucesso, participam do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) cerca de 912 instituições (bancos, cooperativas, instituições de pagamentos, sociedades de crédito, corretoras e distribuidoras, entre outros).
Os valores do Pix saque e troco vêm aumentando. Estão perto dos R$ 401 milhões. Além dos bancos e outras instituições financeiras, o comércio (lojas, padarias, supermercados, entre outros segmentos) pode aderir ao serviço. Ao disponibilizá-lo, as lojas aproximam-se dos consumidores, permitindo a circulação de dinheiro sem serem agentes financeiros.
Num universo estimado de 175 milhões de CPFs e CNPJs, aproximadamente, que seriam os agentes em condições de fazer Pix, as operações disponibilizadas
Nas circunstâncias atuais, o Pix saque e troco pode constituir-se em mais um atributo para qualificar a importância do comércio na economia. Na medida em que decidir atuar como facilitador do giro do dinheiro, o comerciante poderá atrair (novos ou mais) consumidores. Assim, o estabelecimento irá proporcionar outra (nova) experiência ao cliente, compreendendo momentos memoráveis graças às inovações que o sistema de pagamentos suscita e que o comerciante protagoniza.
Transição será desafiadora, mas trará oportunidades.
O Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro - SindilojasRio e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio, realizaram, no dia 15 de maio, o seminário "Reforma Tributária e Oportunidades para os Lojistas". O evento, gratuito, lotou o auditório do SindilojasRio, no Centro, e reuniu especialistas nas áreas jurídica e tributária de empresas parceiras, lojistas, gestores financeiros do varejo e contabilistas.
Durante o seminário foram explicadas e discutidas as profundas mudanças que estão a caminho com a Reforma Tributária e foram apresentadas diferentes oportunidades que as empresas lojistas têm de recuperarem recursos referentes a créditos fiscais e previdenciários, depósitos recursais, valores pagos a mais e tributos pagos indevidamente .
As mudanças previstas pela reforma já começam a alterar a forma de tributação no País, modificando regras de impostos, crédito tributário e recolhimento, o que exige ajustes na gestão financeira e estratégica das empresas. As regras de transição da reforma tributária do consumo começarão em 2026 e serão concluídas em 2033, quando estará implementado o novo e simplificado sistema tributário.
Durante esse período de transição, os profissionais da área fiscal terão que lidar, simultaneamente, com o atual sistema tributário que inclui ICMS, ISS, PIS, COFINS e IOF, seguros até sua extinção, com a nova configuração do IPI, e com as regras dos novos tributos sobre o consumo, como IBS, CBS e IS.
Com essa perspectiva, em 2025, os profissionais que atuam no setor contábil e fiscal de empresas do varejo e nos escritórios de contabilidade precisam se capacitar, passando por treinamentos, para compreender toda a estrutura do novo sistema tributário que abrange os tributos incidentes sobre o consumo. Com essa base consolidada, estarão aptos a interpretar os regulamentos do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS); da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS); e do Imposto Seletivo (IS), que serão publicados ao longo do ano.
Em sua saudação, ao abrir o seminário, o presidente do SindilojasRio e do CDLRio, Aldo Gonçalves, destacou que a reforma tributária é um dos temas mais relevantes e complexos da atualidade, pois as mudanças afetarão diretamente o funcionamento das empresas, exigindo não apenas adequações técnicas, mas também uma nova postura estratégica por parte de todos que atuam no comércio.
“É fundamental que os lojistas estejam informados e preparados para lidar com o novo cenário fiscal. Neste momento desafiador, informação qualificada é uma ferramenta valiosa. Por isso, este seminário é mais uma iniciativa voltada ao fortalecimento do varejo e ao desenvolvimento de quem empreende, reforçando o compromisso do SindilojasRio e do CDLRio em contribuir com conhecimento qualificado, reunindo especialistas de referência para proporcionar uma visão clara, prática e acessível dos impactos da reforma tributária”, declarou ele.
O assessor econômico do SindilojasRio e do CDLRio, Antonio Everton Jr., economista especialista em micro e pequenas empresas (MPEs), deu início ao seminário fazendo uma análise conjuntural do momento econômico do Brasil. Em seguida, a advogada tributarista Ana Cristina Martins Pereira, autora e criadora do canal "Dicas Tributárias" no Youtube, detalhou as principais mudanças que serão implantadas pela reforma.
Na segunda parte do seminário, a gerente jurídica do SindilojasRio, Elizabeth Guimarães, apresentou as principais ações promovidas pela entidade que já resultaram em importantes conquistas de direitos no âmbito tributário, explicando como as empresas lojistas associadas podem ser beneficiadas.
Entre as oportunidades que foram abordadas estão a redução de PIS/COFINS e a recuperação de ICMS sobre contas de energia e telefonia para as empresas lojistas; a recuperação de tributos para empresas do Simples Nacional; e o resgate de depósitos recursais trabalhistas; entre outras. Os palestrantes também trataram da importância do planejamento tributário e do compliance fiscal, com o apoio de diferentes ferramentas tecnológicas.
Essas oportunidades foram detalhadas nas palestras realizadas por Daniel Leite, gestor da Monteiro & Monteiro Advogados no Rio de Janeiro; Oséias Guerra, especialista da Cloudged, empresa especializada em serviços voltados para otimização tributária, recuperação de créditos e conformidade fiscal; e André Lemos, head de parcerias Jurídico-Contábeis do Grupo AG Capital, com expertise em compliance e na identificação de oportunidades tributárias previdenciárias na folha de pagamento.
O seminário mostrou, tanto para os lojistas como para os profissionais da área financeira que, com a reforma, que obrigará as empresas a lidarem, simultaneamente, com o atual sistema e com as mudanças, o período de transição – os próximos 10 anos – será muito desafiador, mas, também, de muitas oportunidades. E, por isso, as empresas do comércio que se prepararem e que buscarem esses processos de revisão, além de "colocar a casa em ordem" e levantar recursos, estarão mais capacitadas para aproveitar o novo cenário tributário.
Antonio Everton Jr.
Economista especialista em micro e pequenas empresas (MPEs) e assessor econômico do SindilojasRio e do CDLRio, fez um amplo panorama sobre a atual conjuntura econômica brasileira, comentando política monetária e fiscal, a importância da simplificação do sistema tributário e projeções para 2025, entre outros pontos, além de comparar a situação do Brasil em relação a outros países.
Ana Cristina Martins Pereira
Sócia da MG Treinamentos, destacou que empresas e escritórios de contabilidade precisam intensificar a capacitação dos profissionais da área fiscal para minimizar os impactos da reforma tributária desde já. "A Lei Complementar nº 214/2025 chega com uma nova perspectiva para o sistema tributário do país. É um marco histórico e traz implicações que impactarão empresas, profissionais e cidadãos. Entender essas alterações será vital para empresas e profissionais que precisam estar preparados para essa transformação", afirmou.
Daniel Leite
Da Monteiro & Monteiro Advogados, apresentou oportunidades para as empresas lojistas, como a recuperação de créditos tributários, de modo retroativo, por meio da adesão a ações coletivas do SindilojasRio, já vitoriosas, como a exclusão do ICMS da base de cálculo do Pis e da Cofins e a recuperação de crédito de ICMS, pago indevidamente nas contas de energia elétrica. Reiterando como o resgate desses créditos pode beneficiar o caixa das empresas, ele explicou que o contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.
Oséias Guerra
Especialista da Cloudged, apresentou soluções tecnológicas, desenvolvidas pela empresa, que garantem precisão e qualidade aos processos, envolvendo a apuração e a recuperação de créditos tributários e de depósitos recursais, além de permitirem aos clientes a possibilidade de acompanhar, em tempo real, o andamento dos trabalhos. Todos os processos são conduzidos de forma transparente e eficaz, minimizando o tempo de recuperação.
Do Grupo AG Capital, abordou a importância do compliance fiscal e do planejamento tributário como pilares da governança corporativa, e explicou como a tecnologia pode agilizar diagnósticos e ser uma aliada na recuperação de créditos previdenciários. Em relação à reforma tributária, ele destacou que os próximos 10 anos – aos quais se referiu como “década de ouro” – trarão desafios e, também, muitas oportunidades para as empresas, como redução da inadimplência tributária, monetização de créditos acumulados e possibilidade de capital de giro. “Lojistas preparados terão vantagem competitiva”, ressaltou.
Quer saber mais sobre as oportunidades apresentadas neste seminário?
Entre em contato com o Núcleo Jurídico do SindilojasRio, pelo telefone 21 98552-1822 ou envie um e-mail para sindilojasriocom@gmail.com
Empresas associadas ao SindilojasRio têm descontos e atendimento especiais.
Cada vez mais pessoas e empresas têm experimentado os benefícios da tecnologia do certificado digital – ferramenta inovadora que aumenta o grau de confiança e de transparência das transações eletrônicas.
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O atendimento presencial também está disponível na agência de serviços do SindilojasRio situada na Barra da Tijuca, na Avenida das Américas, nº 4790/ Sala 226, também às segundas, quartas e sextas-feiras, das 9h às 17h.
A parceria do SindilojasRio com a Certifique Online garante atendimento diferenciado para os associados da entidade, que contam com descontos exclusivos, e também para o público em geral. Os clientes são atendidos em horários agendados e com a emissão do certificado na mesma hora, pronto para o uso.
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O otimismo do comércio do Rio com o show da cantora Lady Gaga na Praia de Copacabana e as expectativas positivas com as vendas para o Dia das Mães e o Dia dos Namorados, registrados pelas pesquisas do CDLRio e do SindilojasRio, foram assuntos em destaque na imprensa, em maio. Outros assuntos que ganharam espaço na mídia foram a abertura das lojas no feriado do Dia do Trabalho, 1º de Maio; o seminário “Reforma Tributária e Oportunidades para os Lojistas”, realizado em conjunto pelas duas entidades; e, de novo, a apreensão do comércio do Centro com a falta de transparência em relação ao projeto imobiliário previsto para a área do Buraco do Lume. Também foi destaque um artigo do presidente do SindilojasRio e do CDLRio sobre a chamada bioeconomia.
Expectativas com as vendas do Dia dos Namorados.
Comércio pode abrir no 1º de Maio e lojistas estão otimistas com o show de Lady Gaga.
Expectativas positivas para o Dia das Mães.
Reforma Tributária –Varejo precisa estar preparado.
Espigão no Buraco do Lume pode destruir área verde do Centro.
Bioeconomia e o comércio.
DCT – Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.
ISS – Recolhimento do imposto. O prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Obs.: os prestadores de serviços devem recolher o ISS no terceiro dia útil de cada mês, conforme o Decreto nº 44.030 de 7/12/17.
CAGED – Cadastro de Empregados. Remeter via Internet através do programa ACI ou utilizando um certificado digital válido, padrão ICP Brasil; Informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários ocorridos no mês anterior.
ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior.
IR/FONTE – Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior.
ICMS – Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.
FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior.
Super Simples/ Simples Nacional – Pagamento do DAS referente ao período de apuração de maio/junho de 2025.
INSS – Recolher a contribuição previdenciária referente ao mês anterior. Obs. Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447 publicada do D.O.U em 17/11/08.
PIS, Cofins, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 2ª quinzena do mês de maio/ junho de 2025. Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado - Cofins, PIS/Pasep, CSLL.
Cofins – Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tributadas no lucro real. (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447, publicada no D.O.U em 17/11/08).
Cofins – Recolher 7,6% para empresas tributadas no lucro real. (Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada no D.O.U em 17/11/08).
PIS – Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. Obs. Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada no D.O.U em 17/11/08.
PIS, Cofins, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 1ª quinzena do mês de junho/ julho de 2025 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado – Cofins, PIS/Pasep, CSLL).
IR/PJ – Empresas devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.
Contribuição Social do Empregado – Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação.
Contribuição Social – Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.
A cada edição, a advogada Luciana Mendonça, do Núcleo Jurídico do SindilojasRio, responde às perguntas mais frequentes dos lojistas.
As empresas associadas do SindilojasRio têm direito a consultas presenciais e, também, por e-mail e por telefone nas áreas trabalhista, cível e tributária. Já
A alteração no item 1.5 que trata do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – NR-1 já está em vigor?
– Não. A recém-publicada Portaria 765/2025 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 15 de maio de 2025, adiou para 25 de maio de 2026 o início da vigência do novo capítulo "1.5 - Gerenciamento de Riscos Ocupacionais" da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, aprovado pela Portaria MTE nº 1.419, de 27 de agosto de 2024.
O adiamento tem como objetivo oferecer mais tempo para que as empresas se adequem às novas exigências. A partir de maio de 2026, com a vigência das novas regras, terá início a fiscalização e as empresas poderão ser multadas.
A jornada de trabalho 12x36 – 12 horas de trabalho seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso – pode ser celebrada mediante acordo individual escrito?
– Sim. O artigo 59-A da CLT estabelece que é facultado às partes, mediante acordo indivi-
os lojistas não associados podem tirar dúvidas por telefone e fazer a primeira consulta presencial gratuitamente. Mas, para dar continuidade ao atendimento e fazer novas consultas, é preciso associar-se.
Tire suas dúvidas, das 9h às 17h, de 2ª a 6ª feira, pelo telefone 2217-5062.
dual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de 12x36.
Na rescisão antecipada do contrato de experiência há pagamento de aviso prévio?
– Depende. Qualquer das partes pode rescindir o contrato antes do prazo. Porém, conforme o artigo 481 da CLT, só haverá aviso prévio se houver no contrato de experiência cláusula recíproca de rescisão antecipada.
O abono concedido aos empregados pela empresa configura salário?
– Não. A Lei 13.467/2017, que alterou o artigo 457 da CLT, trouxe nova redação ao 2º inciso, estabelecendo que, ainda que habituais, a partir de 11/11/2017, não integram a remuneração do empregado as seguintes parcelas: Ajuda de custo; Auxílio-alimentação (vedado seu pagamento em dinheiro); Diárias para viagem; Prêmios; e Abonos. Além de não integrarem a remuneração, essas parcelas não são incorporadas ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Durante as férias, o empregado pode prestar serviços a outro empregador?
– Não. Durante as férias, o empregado não pode prestar serviços a outro empregador, a não ser que já tenha com ele contrato de trabalho regular, ou seja, tenha dois empregos anotados na carteira de trabalho com horários compatíveis, conforme determina o artigo 138 da CLT.
Os intervalos de descanso são computados na jornada de trabalho?
– Não. De acordo com o 2º inciso do artigo 71 da CLT, os períodos de descanso, sejam eles de uma hora ou 15 minutos, não são computados na duração do trabalho.
Qual é a porcentagem que o empregador pode descontar como fornecimento de alimentação?
– O desconto por fornecimento de alimentação, para atender ao fim ao qual se destina, não poderá exceder 20%, limitado ao custo da alimentação, conforme o artigo 2, 1º inciso do Decreto nº 5/91, e o artigo 458, 3º inciso da CLT.
As empresas lojistas associadas do SindilojasRio voltaram a ter direito à isenção da taxa de renovação anual de letreiro, depois de anos de batalha judicial contra uma decisão que modificou o trânsito em julgado da ação proposta em 1991.
Desde 2013, o Núcleo Jurídico do SindilojasRio vinha demonstrando que, mesmo com a publicação de novas leis tratando de publicidade, o fato gerador da taxa de publicidade é o poder de polícia. No entanto, este fato inexiste no caso da taxa de publicidade, sendo, portanto, ilegítima esta cobrança.
Por meio de Ação Rescisória, proposta pelo SindilojasRio, foi reconhecido que não houve alteração dos elementos essenciais dos tributos (fato gerador, base de cálculo, alíquota e contribuinte). Sendo assim, foi restabelecido o direito das empresas associadas do SindilojasRio à isenção deste pagamento. Por isso, os lojistas associados estão novamente isentos da Taxa de Renovação de Publicidade, cobrada anualmente no Rio, como já havia sido decidido pela 12ª Vara de Fazenda Pública do
Estado do Rio de Janeiro nos autos do mandado de segurança impetrado pelo sindicato.
Há duas modalidades de letreiros: os indicativos e os publicitários. O pagamento da taxa de letreiros considerados indicativos é exigido uma única vez, por ocasião da autorização inicial, salvo se ocorrerem modificações. Ou seja, para os letreiros indicativos não há taxa anual de renovação de publicidade. Já os letreiros publicitários de lojas, anualmente têm que recolher a chamada Taxa de Renovação de Publicidade. A exceção fica por conta das empresas lojistas associadas do SindilojasRio que são isentas.
As empresas associadas não devem retirar a guia de pagamento da Renovação de Publicidade. Mas, caso já a tenham retirado, os lojistas associados devem entrar em contato com o Núcleo Jurídico do SindilojasRio, setor de Despachantes, para fazer o cancelamento da guia junto à Inspetoria Regional Municipal de acordo com a localização da loja.
Mais informações pelo telefone 2217-5049 ou 2217-5045.
Os lojistas do Rio que desejarem abrir seus estabelecimentos no dia 19 de junho - feriado de Corpus Christi – devem emitir o Termo de Adesão para Trabalho nos Feriados.
O Termo de Adesão para Trabalho nos Feriados, documento que identifica os funcionários que estarão trabalhando, deve ser homologado tanto pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro - SindilojasRio como pelo Sindicato dos Comerciários do RJ (SECRJ).
O Termo de Adesão está disponível para todas as empresas lojistas e pode ser emitido on-line no site do SindilojasRio – www.sindilojas. rio , acessando a Central de Serviços ou o link: https://bit.ly/Central_Socio
Importante:
Lojas que funcionarem exclusivamente com os sócios das empresas trabalhando no feriado, sem a presença de funcionários, estão isentas da obrigatoriedade de emitir o Termo de Adesão.
Saiba como formalizar o Termo de Adesão de modo on-line:
O procedimento é simples:
1. Acesse www.sindilojas.rio e clique no Menu Central de Serviços e depois em acesso. Para o primeiro acesso, o login e a senha são o CNPJ da empresa (apenas números), lembrando que após o primeiro acesso, recomenda-se a troca da senha. Caso já tenha acessado a Central, basta entrar com a sua senha normalmente. Se a esqueceu, clique em “Esqueceu sua senha?” e siga as instruções enviadas para o e-mail cadastrado.
2. Após o login, clique no Menu localizado à esquerda da página “Abertura Domingos e Feriados”. Escolha o feriado e insira o número de funcionários que constará no Termo. Depois, inclua os dados de cada funcionário que vai trabalhar: nome completo, CPF válido, data de nascimento,
CTPS e o horário de início e fim do expediente. Esses dados são obrigatórios.
A jornada efetiva de trabalho em dias de feriado é limitada a 6 (seis) horas, sendo vedada qualquer prorrogação.
3. Para continuar, clique no botão “Imprimir”. Neste momento serão mostradas três opções:
a) Lojas associadas do SindilojasRio, em dia com suas contribuições e mensalidades:
O Termo será emitido e enviado automaticamente ao SECRJ, que enviará um boleto para o pagamento de sua taxa. Após a confirmação deste pagamento, o SECRJ enviará o Termo de Adesão, devidamente homologado, para o e-mail cadastrado pela empresa. Obs.: Entende-se como em dia as empresas quites com as contribuições assistencial, confederativa, negocial ou sindical dos últimos cinco anos e a mensalidade até o mês anterior.
b) Lojas associadas do SindilojasRio, em atraso com suas contribuições:
Aparecerá uma mensagem para entrar em contato com o setor de Relacionamento do SindilojasRio para regularizar pendências. Após resolver a situação, será necessário refazer o procedimento para emissão e homologação do Termo de Adesão.
c) Empresas não associadas:
Será emitido um QR Code para pagamento, via Pix, da taxa do Termo de Adesão, conforme a tabela disponível em https://www.sindilojas.rio/ downloads Após a confirmação deste pagamento, o Termo será emitido e enviado automaticamente para o SECRJ, que enviará um boleto para o pagamento de sua taxa. Confirmado este pagamento, o SECRJ enviará o Termo de Adesão, devidamente homologado, para o e-mail cadastrado pela empresa.
Mais informações pelos telefones 2217-5000/ 2217-5037 ou pelo WhatsApp 98552-1822.
O prefeito Eduardo Paes sancionou a Lei n° 8.881/2025, que declara feriado municipal no Rio no dia 7 de julho de 2025, por causa da realização da cúpula do Brics. A medida visa a facilitar a operação logística e o deslocamento das delegações internacionais, como ocorreu durante a realização do G20 em 2023, quando feriados semelhantes foram decretados para garantir a segurança e fluidez das operações. O evento do Brics começa em 6 de julho, um domingo, e o feriado será na segunda-feira, dia 7.
O feriado, no entanto, não se aplicará a setores como comércio de rua, shoppings, bares, hotéis, estabelecimentos culturais, turismo, imprensa, indústrias nas zonas Norte e Oeste, padarias, serviços essenciais e atividades remotas.
O Brics é um grupo internacional que reúne economias emergentes — hoje composto por 10 países-membros — e, desde 1º de janeiro, o Brasil ocupa a presidência do bloco. A atuação brasileira neste mandato foca na reforma da governança global e no fortalecimento da cooperação entre países do sul global.
Além dos membros plenos, o Brics criou recentemente a categoria de "países parceiros", que permite a participação de outras nações nas reuniões do grupo, desde que haja consenso. Em 2024, mais de 30 países demonstraram interesse em integrar o bloco, seja como membros ou parceiros.
No dia 26 de maio, a nova Norma Regulamentadora 1 (NR-1), com medidas referentes à saúde mental, começou a valer de forma educativa por um ano. Depois deste prazo, terá início a fiscalização com possibilidade de autuação.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deu início, no dia 26 de maio, à implementação das novas diretrizes voltadas à saúde mental no ambiente de trabalho. Inicialmente, a aplicação será educativa, pelo prazo de um ano. Com isso, a fiscalização com possibilidade de autuação começará em 26 de maio de 2026.
As novas regras integram fatores psicossociais ao Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e serão monitoradas por uma comissão tripartite, composta por representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores. O objetivo é ampliar a proteção da saúde dos trabalhadores, levando em conta não apenas os riscos físicos, mas também questões como assédio moral, excesso de carga de trabalho e metas abusivas.
Como parte das ações de apoio à adaptação das empresas, o MTE já lançou um guia prático com orientações para empregadores e trabalhadores, destacando boas práticas e exemplos para a gestão de riscos psicossociais. Além disso, dentro de 90 dias, será divulgado um manual técnico detalhado para esclarecer dúvidas e orientar o cumprimento das novas exigências.
A iniciativa busca criar ambientes de trabalho mais saudáveis e inclusivos, fortalecendo a prevenção de
problemas de saúde mental e promovendo a qualidade de vida no trabalho.
O SindilojasRio e o CDLRio, junto com outras entidades representativas do comércio, solicitaram ao Ministério do Trabalho e Emprego a prorrogação, por um ano, da entrada em vigor da Portaria nº 1.419/2024, que altera a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1). Reconhecendo a relevância da iniciativa, as entidades alertaram, entretanto, que os conceitos de riscos psicossociais ainda carecem de maior clareza e padronização, o que pode gerar dificuldades técnicas e insegurança tanto para as empresas como para a fiscalização. O SindilojasRio e o CDLRio destacaram que micro e pequenas empresas, que representam a maioria dos negócios nos setores de comércio e serviços, podem ser particularmente afetadas pela complexidade e pelos custos de adaptação imediata. Por isso, reforçaram a necessidade de um prazo maior para que as empresas possam se preparar adequadamente e implementar a norma de forma responsável e sustentável.
Confira o Guia de Informações sobre os Fatores de Riscos Psicossociais Relacionados ao Trabalho, já disponibilizado pelo MTE:
55 RJ - CACHAMBI
AMEWQS - RECREIO
AMISSIMA - BARRA DA TIJUCA
ART ÍNTIMA- 2 LOJAS
ATRATIVA - MADUREIRA
BELLE COPINE - 2 LOJAS
BLUSH - PECHINCHA
BOARD SESSION - 2 LOJAS
BUSH BUG - IPANEMA
CAROL BASSI - 2 LOJAS
CASA & LAZER - VICENTE DE CARVALHO
CITYCOL - MARECHAL HERMES
COBASI - BOTAFOGO
DI SANTINNI - 2 LOJAS
DU BRONCA - COPACABANA
DUFRY - 4 LOJAS
ESPAÇO RUBRO NEGRO - 4 LOJAS
FIRST CLASS HOME - RECREIO
GIRASSOL - ANIL
GRENDENE S/A - IPANEMA
SPLASH - BARRA DA TIJUCA
INLOVE PARK - JACAREPAGUÁ
MONTE CARLO - BARRA DA TIJUCA
MR. CAT - ANIL
NAÇÃO RUBRO-NEGRA - BARRA DA TIJUCA
NATURA - 4 LOJAS
NBA STORE - 3 LOJAS
NEW BRASIL - BOTAFOGO
RECFLA - RECREIO
RECWQS - RECREIO
SANDALS E CO - SULACAP
TEAM ÁGUIA STORE - JACAREPAGUÁ
TOYBOY - BOTAFOGO
TRS - BARRA DA TIJUCA
WQSURF - JARDIM CARIOCA
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RODRIGO TOSTES MALTA
Sócio administrador do escritório Tostes Malta Advogados Associados,especializado em Direito Trabalhista
Você tem conta em alguma rede social? Usa aplicativos de mensagens?
Provavelmente o leitor respondeu de forma positiva, já que, hoje em dia, praticamente dependemos da tecnologia para interações sociais e profissionais.
E é inegável que esses recursos são úteis para a otimização do trabalho, permitindo que as lideranças tenham uma interação rápida e eficaz com suas equipes. Mas, como tudo na vida, o excesso e o descuido podem transformar essa vantagem em uma verdadeira armadilha para o empregador.
De fato, se pudéssemos colocar todas as reclamações trabalhistas distribuídas nos últimos anos em uma grande urna e as fossemos sorteando, veríamos, em grande percentual, prints de conversas do WhatsApp estampadas nas petições iniciais.
Poderíamos nos deparar com absurdos, como:
“– Vocês são idiotas? Bando de incompetentes”. (Gerente reclamando com a equipe em um grupo de trabalho);
“– Amanhã vamos ter plantão. Favor marcar o ponto no horário de saída e retornar aos seus postos”. (Supervisor de uma fábrica para os seus subordinados);
“– ‘Fulana’, deixa de frescura e vê se aparece amanhã, senão já sabe”. (Sócio de um empreendimento para a empregada que havia sofrido acidente de trabalho no qual quebrou um dedo da mão).
Há coisa muito pior, mas vou poupar o distinto público. O fato é que essas conversas acabam servindo de prova pronta nos processos.
O leitor, atento, deve estar se perguntando se esse tipo de evidência é válido. É lícito apresentar nos autos do processo uma conversa sem a autorização do interlocutor? O reclamante não precisa provar que essa conversa é verídica?
Precisamos lembrar que a Justiça do Trabalho tem uma balança com uma calibragem diferente. Existe o entendimento de que o empregado não dispõe dos mesmos meios que a empresa para defender seus interesses no litígio. Por sua própria natureza, o processo trabalhista é menos formal e, nesse contexto, as mensagens podem vir a ser admitidas sem maiores indagações.
O advogado da empresa, evidentemente, vai questionar a validade das mensagens, sua veracidade, a identificação dos interlocutores, a cadeia de custódia, etc. O conteúdo das conversas será valorado pelo Juízo, que, inclusive, poderá entender que é do réu o ônus de provar que as mesmas são falsas, adulteradas ou apresentadas fora de contexto. Tudo isso será analisado em contraponto às outras provas.
Seja como for, um print de tela pode causar um dano irreparável. Mesmo que a conversa não seja aceita formalmente, é difícil esquecer aquilo que foi visto.
Costurando o que foi dito, não creio que seja possível abandonar o uso de aplicativos de mensagens no âmbito do trabalho. Mas, essa utilização tem que ser feita, de modo responsável e moderado, por lideranças que estejam cientes das consequências nefastas que podem advir do mau uso dessas ferramentas.
A empresa, por segurança, deve partir da premissa de que as conversas são públicas. Aqui, vale a máxima de que é melhor prevenir do que remediar.