Jornal Escolar do 2ºPeríodo

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Jornal Escolar Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral

abril de 2020

Número 23

Nesta Edição: Editorial

Pág. 2

Reflexão

Págs. 3 à 5

Educação Pré-Escolar

Págs. 6 à 10

1º Ciclo

Págs. 11 e 12

Inglês no 1º Ciclo

Pág 13

Departamento de Línguas

Págs. 14 e 18

Departamento de Ciências

Págs. 19 à 22

Departamento de Expressões

Pág. 23

Departamento de Educação Especial

Págs.24 e 25

Projetos de Turma

Págs.26 e 30

Espaço Comunidade

Págs.31 e 35

Espaço Criatividade

Págs.36 e 40

Anexo

Pág. 40

Siga as atividades e informações do Agrupamento em:

https://aejics.org/


Ano Letivo 2019/2020

Terminámos o 2º período letivo com uma situação atípica no ensino e nas nossas vidas: o encerramento das Escolas nas duas últimas semanas letivas desse período. Situação anómala, motivada pela pandemia COVID 19, que nos obrigou a isolar e a permanecer confinados às nossas casas por um longo período de tempo, a bem da saúde pública. Tudo na Escola mudou! O Ensino à Distância (E@D) passou a ser uma realidade. Aulas síncronas e assíncronas passaram a fazer parte do nosso dia-a-dia, das nossas programações. A Escola transformou-se, exigindo muitos esforços a todos nós: aos alunos e às suas famílias, aos professores, aos assistentes, à comunidade educativa, em geral. A falta de meios informáticos ainda existe no concelho de Sobral de Monte Agraço e isso impossibilita as aulas presenciais de chegarem a todos os alunos. No entanto, graças ao esforço da Escola e à ajuda de algumas empresas da região, a quem manifestamos o nosso agradecimento, conseguimos fazer chegar a mais alunos esses equipamentos. Aos restantes, àqueles que ainda não dispõem de meios informáticos, são enviados os pla-

nos de trabalho e as fichas de atividades a desenvolver, contando-se para isso com a ajuda da Autarquia, Juntas de Freguesia e forças de segurança. Temos consciência que muito ainda há a fazer para conseguirmos atingir os objetivos traçados no nosso Roteiro de E@D, de forma a satisfazer todas as necessidades, mas há condicionalismos que nos ultrapassam. Todos estamos ainda num percurso de aprendizagem nesta nova forma de E@D, com a esperança de conseguir ultrapassar os obstáculos que nos vão surgindo no caminho. Queremos muito que a pandemia acabe e que as nossas crianças e jovens voltem a encher e a dar vida às Escolas. A Diretora.

Joaquina da Costa Martins

Aceda às informações sobre o Conselho Geral do nosso Agrupamento em http://bit.ly/2Z6vBDt


abril de 2020

Pensamentos de um ano diferente, 2020… Os tempos que vivemos, de nada têm de normal, isto é uma certeza. O Covid-19 veio modificar por completo toda a nossa vida e a forma como nós a conhecemos por “normal”. Certo é que depois desta experiência todos nós vamos aprender novas coisas sobre nós próprios e sobre as pessoas que estão connosco a ter esta experiência, em isolamento. Depois desta experiência vamos compreender o verdadeiro valor: da liberdade, da solidariedade e da convivência. Este vírus retirou-nos a oportunidade de sair de casa e abraçar os nossos familiares que não vivem connosco na mesma casa. De forma a enriquecer este artigo pedimos a duas pessoas para darem o seu testemunho sobre a sua experiência em isolamento. Uma delas mãe de dois filhos, que vive nos Estados Unidos da América, o país com mais casos ativos neste momento. A outra pessoa é casada e sem filhos e vive em Portugal, o sítio da Europa onde talvez o vírus se encontre controlado. Muitas são as diferenças que conseguimos visualizar nos dois testemunhos. No testemunho da Lauren, uma mulher em regime de teletrabalho, observamos que apesar da situação vivida atualmente, esta se encontra grata pelo facto de poder acompanhar melhor os filhos e observar o seu crescimento, pois anteriormente devido a toda a logística familiar não possuía tal oportunidade “I try to do educational activities for at least 2-hours daily during the week, and more time on the weekend.”; “Normally, they’re in daycare/preschool 5-days a week, and now they’re home all of the time.”. No testemunho da Marta conseguimos ver uma pessoa, também se encontra em regime de teletrabalho, mas que explica que cada dia que enfrenta é igual ao anterior

sem haver por isso espaço para surpresas, uma monotonia constante. “O dia-a-dia é estranho. As semanas passam a “correr”, ainda que os dias sejam sempre iguais.” Esta situação deve-se fundamentalmente ao facto de não ter filhos, pois todos nós sabemos que o dia com uma criança é uma incógnita e uma verdadeira surpresa. Desta forma, com os dois testemunhos apercebemo-nos que nesta altura os filhos são uma força para os adultos, pois ajudam os pais a terem algo com que

se possam distrair, pois as crianças necessitam de muito carinho e ajuda. Analisando o testemunho de Lauren Prata, é possível encontrar certos contrastes e bastantes semelhanças entre o que se está a suceder em Portugal e na América. Através dos media, diariamente, temos notícias que declaram “o quão irresponsável” é Donald Trump. Porém, Lauren declara que “New Jersey was the first State to require masks in public plac-

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Ano Letivo 2019/2020

Pensamentos de um ano diferente, 2020… (continuação) es like grocery stores, and stores are also held to capacity requirements to limit the amount of shoppers” e “Parks recently closed in our State of New Jersey”, ou seja, existem bastantes medidas semelhantes às tomadas pelo parlamento português. Tal como em Portugal, verificou-se por parte da população americana uma corrida aos supermercados, esvaziando-os, “The stores do enforce controls on the amounts of items purchased to mitigate hoarding of essentials, like milk and toilet paper. “ Contundo, nos Estados Unidos da América, existe um pouco de noção por parte da população, pois “only my husband goes to the grocery stores” por outro lado, em Portugal, através dos media, percecionamos que bastantes casais são aconselhados e questionados por terem a necessidade de irem às comprar juntos. Infelizmente, a par desta situação, existe uma grande taxa de desempregos no país do tio Sam e reduções salariais, com um impacto muito mais visível do que em Portugal, “Overall, my company did a major lay off in late March. This was the second mass lay off in it’s history, with the last being in 2008. All of the remaining employees globally, including myself, received a 20% pay cut. “. É possível constatar, que na América os resultados dos testes demoram muito, “but the results did take longer to receive than desired“, sendo bastante angustiante, “The wait was difficult.”. Em suma, apesar das diferenças governamentais entre Portugal e os Estados Unidos da América, é possível identificar que ambos os governos, pretendem aniquilar e afastar este inimigo invisível que assolou os países de todo o mundo, desde o início de 2020. Todavia, apesar do brusco crescimento da doença nos Estados Unidos da América, toda a população deseja a normalidade, embora as pessoas tenham franca consciência, que até haver vacina, a vida como a conhecíamos, não a voltaremos a viver!

Cláudia e Renata Gonçalves—11. BC


abril de 2020

COVID-19: Que consequências? Atualmente, estamos a passar por uma grande pandemia. Esta pandemia já infetou, no total, mais de 2 milhões de pessoas e vitimou mais de 150 mil. A maior parte dos países já fecharam as fronteiras e instruíram a população a manter o distanciamento social por meio da quarentena. Com este isolamento, receio que haverá muitos impactos, tanto a nível económico e profissional como a nível social e pessoal. Porém, isto não significa que as medidas de isolamento e de prevenção devem ser desconsideradas, como está a acontecer no Brasil. A nível económico, começou-se, relativamente cedo, a verificar quedas nas Bolsas de Valores, por exemplo, a Bolsa de Wall Street, nos EUA, segundo fontes do Jornal de Negócios, no dia 16/3, depois de ter sido decretado o estado de emergência no país, registou a maior queda desde a “segunda-feira negra” do crash de 19 de outubro de 1987. Os impactos económicos numa situação como esta, são inevitáveis.

Relacionados com os impactos económicos, estão os impactos profissionais, ou seja, os impactos nas empresas e trabalhadores. Desde que a pandemia chegou a Portugal, devido à quarentena, as empresas deixaram de operar e consequentemente de lucrar, não podendo assim pagar os salários de todos os funcionários, acabando, muitas vezes, por os despedir. Segundo previsões do Banco de Portugal, a taxa de desemprego (relação entre o número de população ativa e o número de desempregados) de Portugal irá subir dos 6,5% de 2019 para 10,1% este ano. O Banco de Portugal também prevê que a normalização desta taxa não será imediata, podendo demorar 3 ou 4 anos a voltar ao normal. Penso que este obstáculo não será muito preocupante a longo prazo, pois à medida que a economia for recuperando, a taxa de desemprego irá diminuir. Esta pandemia não traz só efeitos negativos, pois, a nível familiar, não está a ser tão mau. As famílias, apesar de estarem a trabalhar em Home Office (Teletrabalho), conseguem arranjar tempo para estar com os filhos e com os maridos/esposas. Isto tem aproximado as famílias, porém, o problema aqui é que algumas famílias não estão habituadas a estarem juntas tanto tempo no mesmo lugar, acabando, por vezes, na existência de intolerância e de discussões. Bem, eu acho que, esta aproximação é muito boa, apesar de, por vezes, se criarem discussões desne-

cessárias e inapropriadas. Infelizmente, com esta aproximação e apesar desta situação atípica, continuam a existir episódios de violência doméstica. Na minha opinião, esta atitude é muito preocupante e demonstra a dificuldade de convivência familiar e a incapacidade de se saber viver e respeitar outra pessoa, situação esta muito infeliz… Mas, e as pessoas que estão a passar a quarentena sozinhas? Para passar a quarentena sozinho, no meu ponto de vista, é preciso ser-se muito forte psicologicamente, pois, se algumas pessoas que estão acompanhadas durante a quarentena, já estão a ficar entediadas, tristes e, em alguns casos, com depressão, uma pessoa que passa esta quarentena sozinho irá provavelmente ficar pior, especialmente se não realizar nenhum tipo de contacto com amigos e/ou família. Penso que quem vive sozinho e não tem quase nada para se entreter, tem mais probabilidades de ficar com depressão ou até, em casos extremos, paranóica, devido ao desconhecimento do final do isolamento e a incerteza de quando irá ver as pessoas de quem mais gosta. Uma coisa que tenho reparado, é a existência de uma certa hipocrisia, por parte de alguma da população mundial. Um exemplo que, infelizmente, ocorreu no nosso país foi que, possivelmente, quem deveria cuidar e proteger os nossos idosos que estão em lares, foi quem lhes deu a beijar a Cruz, no dia de Páscoa, só para manter a tradição e pôs de parte, assim, os cuidados básicos a ter para evitar o contágio, mas enfim, isto é apenas uma opinião… Para concluir, gostaria de reforçar a ideia de que nada é permanente, seja o vírus ou as alterações que este está a causar na nossa sociedade, pois acredito que, tudo se resolve a longo prazo, mas isto não significa que os próximos anos sejam horríveis, pois com as medidas de contenção tomadas pelos governos e o cumprimento das mesmas por todos nós, podemos diminuir o tempo que falta até tudo voltar à normalidade. Estou confiante que este acontecimento irá permitir um avanço tecnológico e científico muito significativo para a Humanidade.

Tomás Hagatong, 9.A Página : 5


Ano Letivo 2019/2020

Carnaval 2020 Neste segundo período, todos os alunos do nosso Agrupamento, em particular os alunos da EPE, viveram momentos de pura diversão, fantasia e alegria. Para comemorarmos a épo-

ca festiva do Carnaval, num primeiro momento, foram realizadas diversas atividades de artes visuais. No dia 21 de fevereiro os alunos vieram mascarados para o Jardim de Infância ao seu gosto, e, foi muito divertido porque brincámos, dançámos e fizemos marchinhas de Carnaval. No dia seguinte e de acordo com a temática “Nós e o Mundo”, a nossa Escola optou por mascarar-se de animais, e fomos para o Desfile de Carnaval nas ruas da Vila do Sobral de Monte Agraço com o fato do animal que cada aluno escolheu

e também gostámos, porque mostrámos os nossos fatos e dançámos ao som da música de Carnaval. Obrigada aos pais que também desfilaram com as nossas turmas disfarçados com fatos de animais. Foi muito divertido!

Turmas A, B e C


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Carnaval 2020

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Ano Letivo 2019/2020

Articulação com pais/famílias e outras Entidades As turmas A, B e C da Educação Pré-escolar de Sapataria, realizaram diversas atividades de articulação com diversas entidades, nomeadamente com os Pais/ Famílias, Biblioteca Escolar e Mu-

nicipal, Proteção Civil, e Junta de Freguesia com o Projeto “Eu e a minha Freguesia”. A todos agradecemos a sua participação e colaboração em todos os projetos.

Turmas A, B e C


abril de 2020

Algumas Atividades temáticas no Jardim de Infância Durante o decorrer do 2º período, as turmas A, B e C da Educação Pré-escolar, realizaram diversas atividades temáticas em contexto sala e em articulação entre si, tais como o “Dia de Reis”, o “Inverno”, “A Chuva”, “O Ciclo da Água”, “Animais do gelo”, “Dia dos Afetos”, “Dia da Mulher”, “Figuras geométricas”, “Corpo humano”, “O Dia do Pai”, entre outras.

Turmas A, B e C

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Ano Letivo 2019/2020

2º Período—Partilhas No segundo período foi tempo de explorar, E muitas experiências fomos realizar, Desde novos sabores, soldados no forte …, … e acabando por nevar.

Sala B SABOREAR O COCO E A SUA ÁGUA

PEDDY PAPER NO FORTE DE ALQUEIDÃO

JOGO DO SEMÁFORO

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

“FAZER NEVE”


abril de 2020

Aprender o az, ez, iz, oz e uz Ao quarto dia, do mês de março, os alunos da turma do 1º B, da Escola Básica de Sobral de Monte Agraço e Santo Quintino, com a pr ofessora titular, Raquel Abrantes, e com a colaboração ativa da Professora Bibliotecária, Fernanda Rua, trabalharam com empenho na descoberta dos sons az, ez, iz, oz e uz. Todos os alunos, em conjunto, inventaram um texto utilizando vocábulos com estes sons! Foi muito divertido!

Professora Raquel Abrantes

Ovos Misteriosos Ao vigésimo nono dia, do mês de janeiro, os alunos da turma do 1º B, da Escola Básica de Sobral de Monte Agraço e Santo Quintino, com a professora titular, Raquel Abrantes, participaram numa atividade de moldagem e pintura de ovos com pasta de moldar. Esta atividade prende-se com a exploração da obra “Ovos Miste-

riosos” das autoras, Luísa Ducla Soares e Manuela Bacelar, e estava inserida na área “Oficinas+s@ber”. Todos os alunos participaram com muita dedicação e empenho!

Professora Raquel Abrantes

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Ano Letivo 2019/2020

Carnaval No dia 21 de fevereiro, os alunos da turma do 1º B, da Escola Básica de Sobral de Monte Agraço

e Santo Quintino, com a professora titular,

Raquel

Abrantes, participaram no desfile de Carnaval pelas ruas da cidade, com o tema “Palhaços”. Foi um desfile muito divertido e as condições climatéricas ajudaram muito. Todos dançaram e pularam com muita energia. A maioria dos alunos participou e vestiu-se a rigor para o tema! Mui-

tos Parabéns, palhacinhos!!

Professora Raquel Abrantes


abril de 2020

O Inglês na Escola Os alunos de Inglês do primeiro ciclo elaboraram trabalhos alusivos ao Valentine’s Day, que é bastante celebrado em países de língua inglesa. Como é habitual, colocaram a imaginação a trabalhar, reutilizando materiais! No âmbito dos conteúdos programáticos, alguns alunos do terceiro ano elaboraram a árvore genealógica da sua família e fizeram marcadores de livros para o dia do pai e os alunos do quarto ano construíram e descreveram um “crazy robot”. Partilhamos alguns exemplos desses trabalhos!

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DIA DE SÃO VALENTIM No dia 12 de fevereiro, realizou-se a atividade do Dia de São Valentim, com a confeção e venda de crepes acompanhados com mensagens alusivas aos afetos. Esta atividade decorreu de forma bastante dinâmica e positiva, com a colaboração de toda a comunidade educativa.


abril de 2020

Nós e os Outros - Inclusão No dia 14 de Janeiro, no âmbito dos projetos das turmas, os alunos de Ensino Secundário da nossa escola assistiram a uma palestra do Presidente da Associação Cabra Cega, Pedro Nogueira, no Cineteatro de Sobral de Monte Agraço. Afinal por que razão as pessoas têm de

ser

chamadas

à

atenção

/

motivadas/ sensibilizadas para a inclusão? Não seria natural, em pleno século XXI, as pessoas aceitarem-se apesar das diferenças? Segundo David Rodrigues, Presidente da Pró-Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial; Conselheiro Nacional de Educação, Há palavras que exprimem, em

certos momentos, o “espírito do tempo”. A palavra “inclusão” é uma delas. Praticamente desconhecida há uma década atrás, “inclusão” assumiu uma presença cada vez mais frequente nos discursos educacionais, sociológicos e políticos. A palavra tornou-se de tal maneira comum que extravasou o seu significado social de forma que hoje é possível encontrar restaurantes com “menus inclusivos” (aqueles em que está tudo incluído…) e até “bagagem inclusiva” (talvez aquela que pode levar todos os pertences do seu proprietário). A palavra "inclusão" tornou-se quase imprescindível no discurso político, usada da direita à esquerda ainda que, certamente, com significados muito diferentes. Por causa disso a palavra sofreu uma enorme erosão e desgaste fruto do seu uso tão frequente e também pelas muitas ambiguidades que nela se acolitavam. Foi referido por Pedro Nogueira, mais de uma vez, no decorrer da palestra, que a inclusão não deveria ser de todo ser um tema em discussão, mas sim um procedimento adquirido em sociedade já que todos nós devemos respeitar o outro, independentemente da situação em que se encontra, possuindo ou não alguma deficiência, o que em grande parte não acontece. De acordo com David Rodrigues, A inclusão deve ser a possibilidade, a virtualidade ou a realidade de “pertencer”. Assim, interroguemo-nos: O que é para nós, na realidade, a inclusão? Algo real, utópico, conto de fadas? Reflitamos sobre o assunto e lutemos pela “purificação” da sociedade de todas as posições, todos os preceitos e preconceitos que impedem deslealmente que se cumpra o bem coletivo.

Professora Graça Oliveira—Coordenadora do Departamento de Límguas

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Ano Letivo 2019/2020

Atividades Auto da Barca do Inferno No dia 24 de janeiro, de sorriso nos lábios, mochilas repletas de coisas deliciosas, cérebros ansiando por

conhecimento,

curiosidade

quanto baste e muita brincadeira, as

turmas do 9º ano foram assistir à peça de teatro Auto da Barca do Inferno, r epr esen ta da pela Companhia O Sonho. Os professores de português vieram encantados com a representa-

Ler por prazer Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo. Fernando Pessoa

ção excelente a que já, há tantos anos, nos habituou esta Companhia e os alunos chegaram entusiasmados com a peça de teatro e todos foram unânimes ao afirmar que muito tinham aprendido e melhor compreendido a peça estudada em aula. Adoraram e alguns alunos até

No dia 13 de janeiro, os entusiasmados alunos do 2º ciclo deliciaram-nos

com a sua magistral leitura em Português e… em Inglês! No dia 20 de janeiro, foi a vez dos alunos do 3º ciclo, que magnificamente, leram em Português…

subiram ao palco…Será que desco-

Inglês e… Francês Que poliglotas, os

briram alguma faceta dramática es-

nossos jovens alunos! No dia 10 de feve-

condida nos recônditos das suas

reiro, os alunos do Ensino Secundário

almas?! Quem sabe?

deslumbraram-nos com as suas leituras eloquentes e…tocantes quer em Português quer em Inglês! Os resultados foram ótimos e encheram de orgulho os participantes, as famílias e os professores, que tão persistente e dedicadamente, os prepararam, pois segundo André Gide Um bom mestre tem sempre esta preocupação: ensinar o aluno a desenvencilhar-se sozinho. Professora Graça oliveira

Professoras Irina Miranda, Lídia Correia, e Graça oliveira


abril de 2020

Atividades Humoristas de ontem e de hoje Raúl Solnado, Ricardo Araújo Pereira e

muitos

outros

humoristas

/

comediantes foram apresentados pelos alunos das turmas A e D do 9º ano. Houve muito entusiasmo e os jovens até

puseram os pais e avós a trabalhar. Foi uma paródia! E muito aprendemos com os coleguinhas oriundos do Brasil. Sabiam que existe uma grande diferença entre comediantes do Norte do Brasil e os do Sul? Entre as grandes cidades e o interior do Brasil? Espaços políticos, sociais e económicos diferentes, costumes dife-

rentes! Faz sentido! Enfim, entre aprendizagem e diversão, os alunos, cada um à sua maneira, transmitiram aos colegas que afinal, nos séculos XX e XXI, à semelhança de Gil Vicente, Ridendo castigat mores, ou seja, A rir corrigem-se os costumes! Professora Graça Oliveira

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Ano Letivo 2019/2020

“À Descoberta da Universidade” No

“On the last 28th January, we visited the

passado dia 28

University Campus in Lisbon, with other

de janeiro, as

classes from the 10th and 12th grades.

turmas do 10º e 12º anos do AEJICS visitaram a Reitoria da Universidade de Lisboa. Tratou-se de um dia aberto aos alunos do Ensino Secundário, que puderam visitar os expositores das diversas Faculdades e Cursos disponíveis na ULisboa, colocando as suas dúvidas a estudantes das próprias instituições, e recolhendo informação muito útil relativamente às escolhas que têm de fazer

We started in the Rectory, where we saw many stands about the different courses available in the University of Lisbon. At first, we felt a little confused, because there are many options and we still don't know what we want. But then we could ask questions to students and teachers, and participate in funny activities and workshops. There was an amazing environment! The people who promoted the activities and answered our questions were very nice and we felt very welcome.

em relação ao seu futuro. A visita

We could see that there are many

contemplou também uma deslocação

courses, and the possibilities of each one. So,

a pé pela Cidade Universitária, atra-

in some cases, we got more confused than

vés do qual puderam constatar o am-

before! In the end, we thought it will be very

biente universitário até à Faculdade

interesting and we will live new experiences.

de Ciências. Esta visita inseriu-se nos

While we were there, we started

projetos de articulação das turmas do

imagining we actually were students there,

10º ano, articulando com o Núcleo de

seeing ourselves in those corridors, having

Orientação Escolar, tendo os alunos

classes, walking around and hanging out

realizado trabalhos de preparação/

with our friends.

guiões e de apreciação da visita, nas diversas disciplinas envolvidas. Deixamos aqui um exemplo dos trabalhos apresentados:

We liked this field trip very much, it was very funny and interesting for us, because we could see how great our future can be. Adriana, Alice, Érica, Matilde, Mónica e Tatiana—10.A

Professora Graça oliveira


abril de 2020

Dia da Matemática No âmbito da Atividade do PAA – Dia da Matemática – as coordenadoras da atividade lançaram o desafio aos colegas de Português para os alunos escreverem um poema ao π e o resultado foi fantástico. Entre os trabalhos realizados nas turmas de 8.º e 9.º anos foram selecionados alguns de forma aleatória uma vez que todos os trabalhos realizados estavam muito bons. (Devido ao estado de emergência não foi possível considerar os poemas das turmas do 8º B, C, D e E dado que os trabalhos foram impressos e encontram-se na escola)

Poema ao π

π eu sou ...

O π é um número irracional Cujo valor é descomunal. Ele é difícil de decorar, Mas temos de o aplicar.

Eu sou o π E venho da antiguidade E aos mais estudiosos Desperto a criatividade .

Certo é que não se escreve Em forma de fração. É um número com coração Apenas à espera de utilização. João Ribeiro; Madalena Santos; Núria Filipa 9. C

Foram os egípcios Os primeiros que me encontraram Mas só quando me tornei Uma bela letra grega É que me tornei famoso.

Meu π 3,14, Fácil de se calcular, Difícil de se juntar. Não gosta do «racional» Isso não é normal!

O meu valor é infinito E ninguém fica sem mim, Mas é por esse motivo Que sou representado Com reticências no fim… Carolina Nunes, Gabriela Lopes, Márcia Esteves 9. F

Oh! Meu π infinito, Isso não é bonito, Obrigas-me a pensar, Como te decifrar! π , um símbolo histórico, Porém um pouco caótico. Que número maravilhoso, Com um passado glorioso! Ana Anastácio; Gonçalo Mateus; Inês Batista; João Pereira 9. A

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Ano Letivo 2019/2020

Dia da Matemática (continuação)

O π é… Ó π ,és uma coisa tão simples E tão complexa ao mesmo tempo, Tu e outras coisas da matemática Até podem ser um passatempo. Primeiro começou o Arquimedes A calcular os hexágonos… Hoje em dia há tanta coisa que tu medes Mesmo já tendo passado tantos anos. O último foi Leonard Euler, Um grande matemático suíço, Depois de tanto estudar e ler, E de teus dígitos procurar, Acabou por descobrir Que os teus números são infinitos.

Emília, Pedro e Raquel 9. E

Aventuras do π

Olá, eu sou o Pi, Sou um número irracional Dizem que sou 3,14, Mas sou muito mais especial! E dos milhares de milhão De casas onde vivi, É uma aventurosa existência Desde o dia em que nasci.

Para me descobrirem, Não foi tão fácil assim Tiveram de estudar e calcular, Pois não pensem que apareci Com pós de perlimpimpim! E o mais engraçado Desta história sem fim É que até consigo calcular A área das bolas de Berlim! Ana Rita Santos, Lucas Jesus, Matilde Moreira, Rafael Ferreira 9. D

A vida de um número anormal O meu nome é π Já não tenho idade para estar aqui. Mas mesmo assim Vou contar esta história sobre mim. Há mais de 4000 No Egito nasci Mas foram os gregos Que me chamaram de π. Sou usado na Matemática, Pois sou uma letra prática, Torno simples qualquer Situação problemática. A minha alcunha é 3,14 E o meu aniversário é mês de março dia catorze. Sou irracional e anormal Já passou o Carnaval, Mas ninguém leva a mal. O meu fim não vês Nem sequer prevês. Tenho muitas casas decimais. Até demais. Antigamente para me determinar, O Método de Arquimedes tinhas de usar. Hoje em dia é tudo mais moderno, Metes-me na calculadora e deixo De ser um Inferno. Perímetro e Diâmetro da Circunferência Uniram-se e eu fui Uma grande experiência. Muitas pessoas tentaram me descobrir, De Ptolomeu a Ceulen, Mas quem mais perto chegou, Foi Leonhard Euler. E esta história chegou ao fim, Ao contrário de mim, Porque a vida é mesmo assim. {\displaystyle \pi } Ana Lúcia Paixão; Beatriz Mafra; Inês Lopes; Inês Reis 8. A


abril de 2020

16º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos?! Não houve! No corrente ano letivo, o CNJM deveria ter ocorrido no dia 20 de março, na Universidade de Aveiro. Porém, devido à COVID-19, a 16ª edição deste campeonato foi adiada!

O Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos (CNJM) ocorre anualmente, desde 2004 e envolve cerca de 2 mil alunos, provenientes de instituições escolares de Portugal Continental, Madeira e Açores. Nos últimos anos, conta também com a participação de uma escola de Cabo Verde. O CNJM é uma competição inclusiva, pois encontra-se preparado para receber alunos surdos e cegos, ou com baixa visão.

O CNJM é promovido por 4 entidades: a Associação Ludus, a Associação de Professores de Matemática, a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Agência Ciência Viva. Neste campeonato, disputam-se seis jogos de tabuleiro, onde os alunos põem em prática a concentração, o raciocínio e a estratégia. Cada escola apenas pode inscrever um aluno por jogo e por nível de ensino, conforme consta nesta tabela.

1º ciclo

2º ciclo

3º ciclo

Secundário

(1º; 2º; 3º; 4º)

(5º; 6º)

(7º; 8º; 9º)

(10º; 11º; 12º)

Semáforo

x

Cães e Gatos

x

x

Rastros

x

x

x

x

x

x

x

x

Produto Dominório Atari Go

x

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Ano Letivo 2019/2020

16º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos?! Não houve! Ao longo das 15 edições já realizadas, o Campeonato Nacional já ocorreu nas mais diversas localidades do país: Fundão, Vila Real, Lisboa, Santarém, Évora, Penafirme (Torres Vedras), Covilhã, Guimarães, Beja, Coimbra… Na manhã do dia do Campeonato Nacional, realizam-se as eliminatórias e, à tarde, procede-se à fase final. Enquanto os finalistas esgrimam as suas técnicas,

os alunos que não ficaram apurados divertem-se nas atividades que a organização disponibiliza. Antes de o Governo Português ter deliberado o encerramento das escolas, o apuramento dos alunos que iriam representar o nosso agrupamento no 16º CNJM decorria com normalidade e tudo estava organizado para que os 18 alunos selecionados se juntassem, no Terminal da Rodoviária, pelas 5h da madrugada, para darem início à sua viagem em direção a Aveiro. Estamos certos de que, caso tivesse acontecido na data prevista, os alunos

do AEJICS dariam o seu melhor, de modo a trazerem honrosos prémios, como é habitual! Parabéns a todos os habituais participantes e boas jogadas matemáticas! 2021 espera por nós…

Os Coordenadores dos Jogos Matemáticos Alice Rocha, Ana Damião, Anabela Lourenço, Fernanda Rua e Rui Ferreira

Ambiente no CNJM


abril de 2020

“Festejar as Janeiras” No presente ano letivo, a atividade “Festejar as Janeiras” que faz parte do Plano Anual de Atividades do grupo disciplinar de Educação Musical, decorreu entre o dia 7 e 31 de janeiro. Os alunos visitaram diversos espaços da escola sede: Sala de Professores, Secretaria, Biblioteca, Sala de Atividades da Vida Diária - AVD, Bar, Refeitório, Salas de aula, … algumas salas do 1º ciclo do Agrupamento. A atividade foi coordenada pela Professora Ana Paula Ferreira que preparou as suas turmas de 5º ano de escolaridade e apresentou uma música tipicamente cantada nesta época. Assim como, o Professor Rui Arménio preparou igualmente as suas turmas de 6º e 5º ano de escolaridade. Os seus dinamizadores, o professor Rui Arménio e a Professora Ana Paula Ferreira, têm como objetivos sensibilizar a Comunidade para a preservação do Património Cultural, em sintonia com a Arte Musical e desejar um bom ano 2020 à Comunidade Educativa. Na sequência desta atividade o grupo 3 do 6º A com a professora Sara Gaspar e o auxiliar Sr. Carlos foram à sala de Educação Musical ter com a turma do 5º A. Os alunos do grupo 3 do 6º A entregaram um belo postal elaborado pelos alunos e distribuíram doces pelos colegas do 5º A. Foi um momento muito agradável para todos os intervenientes. (* Fotos na sala de Educação Musical) Cantar as Janeiras é uma tradição portuguesa que consiste em cantar músicas pelas ruas, por grupos de pessoas, anunciando o nascimento de Jesus e desejando um feliz ano novo. Finalizando, a atividade acima descrita constituiu mais uma oportunidade de desenvolver a sensibilidade e capacidade artística dos(as) seus(suas) intervenientes, cujo resultado, segundo os(as) mesmos(as) foi muito positiva. Apresentam-se em fotografia alguns dos momentos destas iniciativas, que igualmente já foram relatadas na página interativa da BE.

Professora de Educação Musical—Ana Paula Ferreira

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Ano Letivo 2019/2020

Salame de Chocolate

As docentes de Educação Especial:


abril de 2020

A Língua Gestual Portuguesa Língua Gestual Portuguesa (LGP) é uma das três línguas oficiais de Portugal, através da qual grande parte da comunidade surda comunica entre si. É processada através de gestos (mãos, corpo e por expressões faciais) sistematizados e a sua captação é visual. É usada pela comunidade surda, e também por toda a comunidade envolvente, como familiares de surdos, educadores, professores, técnicos, entre outros. A expressão "língua gestual", ao invés de "linguagem gestual", refere-se à língua materna de uma comunidade de surdos.

A LGP foi reconhecida enquanto língua da comunidade surda portuguesa pela Constituição da República em 1997, a 15 de novembro, data em que se assinala o Dia Nacional da Linguagem Gestual Portuguesa. A Comissão para o reconhecimento e proteção da Língua Gestual Portuguesa e defesa dos direitos das pessoas surdas foi criada também a 15 de novembro. E foi no dia 15 de novembro (1º período) que começamos a cumprir as atividades do nosso Plano Anual de Atividades (à exceção da atividade prevista para este 3º Período). Dinamizamos a atividade com turmas de 1º Ciclo, pois consideramos que é desde pequeno que deve haver esta senilização e aquisição de gestos, mas também com 2º e 3º ciclo.

Foi muito giro “falar/ comunicar” com as mãos, corpo e expressão facial, para o próximo ano esperamos continuar!

Para quem tiver curiosidade… “Gestinhos - Aprendo Língua Gestual Portuguesa” https://www.youtube.com/watch?v=dgW_swRltZA As docentes de Educação Especial: Ana Paula Lourenço, Cláudia Mendonça e Sara Gaspar

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Ano Letivo 2019/2020

Reflexão crítica sobre a palestra com a Associação Cabra Cega

No dia 14 de Janeiro presenciámos uma palestra da Associação Cabra Cega com o seu fundador, Pedro Nogueira, sobre o tema inclusão e direitos humanos. Inclusão é o a to de integ r a r e acrescentar, ou seja, adicionar coisas ou pessoas em núcleos que antes não faziam parte, é um ato de igualdade entre os diferentes individuais, Pedro Nogueira declara que não gosta da palavra “inclusão”, pois devia ser um conceito inerente à sociedade e não precisaríamos de apelar isso às pessoas. Concordamos com o palestrante, pois este conceito já deveria estar implícito na sociedade, desde que respeitasse e valorizasse a diversidade humana. A igualdade de oportunidade foi outro tema abordado na palestra, igualdade de oportunidades é possibilitar meios diferenciados. Pedro Nogueira diz que não concorda com a igualdade, mas com sim com a equidade. Pedro Nogueira contou-nos a sua história, nasceu com deformações ao nível das mãos e na ligação do nariz com a boca, aos 14 anos foi-lhe retirado os sacos lacrimais devido à criação de várias infeções, após essa operação Pedro Nogueira tinha que aplicar gotas ao longo do tempo, as gotas deixaram de ser suficientes para os olhos não ficarem secos, aos 24 anos perdeu a visão do olho esquerdo e aos 34 perdeu a visão do olho direito, ficando assim completamente cego e teve que fazer reabilitação. Pedro Nogueira afirma que, no

inicio foi difícil mas com o tempo começou a ter prática e a arranjar meios que o ajudassem, como pôr material nas teclas do computador para o auxiliar, também nos contou algumas histórias e referiu que não queria ter cães guia, pois estes só estavam aptos a trabalhar durante 7/8 anos e criam uma certa dependência na pessoa cega. Pedro Nogueira falou-nos dos problemas/ obstáculos encontrados por pessoas com deficiências, como por exemplo carros estacionados no passeio, lixo espalhado pelo chão, passadeiras não assinaladas, postes no meio do caminho, etc. O palestrante afirma que a maior parte das localidades não estão adaptadas às necessidades de pessoas incapacitadas, apela às pessoas que tenham consciência e pensem nos outros. Na nossa opinião há situações criadas pelas pessoas que poderiam ser evitadas se as mesmas pensassem mais nos outros e nas situações que podem criar com as suas ações irresponsáveis, e não pensam que essa falta de civismo pode prejudicar as pessoas ao seu redor. Muitas vezes as pessoas tentam ajudar, mas não sabem como, por isso cometem erros genuinamente sem maldade alguma, mas torna -se constrangedor para a pessoa que está a ser ajudada. O palestrante referiu as maneiras certas de ajudar essas pessoas, por exemplo, primeiro devemos apresentar-nos dizendo o nosso nome e em seguida perguntar se precisam de ajuda e não assumir que dela precisa. Daniela Fernandes, Beatriz Almeida, Pedro Simões, João Lobato, 11.. D


abril de 2020

Equidade e Civismo No âmbito da Educação para a Cidadania decorreu, no passado dia 14 de janeiro, no Cineteatro do Sobral de Monte Agraço, uma palestra com Pedro Nogueira, fundador da Associação Cabra Cega, dirigida a todas as turmas do 11º ano, incluindo as turmas do curso profissional. A palestra incidiu sobre assuntos relacionados com os direitos humanos e inclusão da pessoa com deficiência, tendo por objetivo incentivar os alunos para atitudes empreendedoras que promovam a solidariedade; alertar para a importância das diferenças, desmistificando crenças e preconceitos e sensibilizar para a inclusão e igualdade de oportunidades. Após esta palestra os alunos (em tempos letivos dedicados a este assunto e em trabalho autónomo) refletiram sobre os assuntos tratados e elaboraram vários trabalhos (em grupo) para apresentarem à comunidade educativa. Esta iniciativa partiu das diretoras de turma do 11º ano (Filomena Fouto, Luísa Moras e Maria da Luz Soares) incluindo depois as dos cursos profissionais (Helena Ribeiro e Anabela Lourenço). As docentes aproveitam a oportunidade para agradecer a todos os intervenientes e em particular ao palestrante Pedro Nogueira pela sua disponibilidade, permitindo que esta atividade se pudesse realizar. A todos um bem hajam Nesta palestra foram abordadas as temáticas anteriormente referidas, através da colocação de questões (feitas pelas pessoas presentes no auditório, todos os alunos do ensino secundário da Escola Básica e Secundária Joaquim Inácio da Cruz Sobral) ao palestrante. Como conseguiu reconhecer as pessoas no início? R. O palestrante referiu que ainda hoje tem dificuldade em reconhecer as pessoas. Uma grande ajuda é que as pessoas, ao se aproximarem, se identifiquem e avisem quando estão de saída. Ainda no âmbito da resposta a esta questão, Pedro Nogueira referiu que os cegos não são “coitadinhos nem invisuais, pois sinónimo de invisual é ser invisível”. Também frisou que não devemos usar o termo “portador de deficiência visual”.

Qual a sensação de quando vou para um lugar novo?

Como consegue fazer o seu dia-a-dia normalmente?

Tem vontade de ter algum cão-guia ou já teve algum?

R. Pedro começou por referir que conseguia fazer o sei dia-a-dia normalmente, embora houvesse coisas que ele não conseguia efetivamente fazer, por exemplo escolher a roupa, coisa que faz recorrendo a uma máquina que deteta as cores.

R. “Não tenho, não tive e acho que não vou ter.” Pedro referiu que se apega muito ao animal e que se fica muito dependente do cão. Os cães-guias trabalham cerca de 6/7 anos e têm muita procura. O palestrante também frisou que, enquanto se tem o cão-guia, a pessoa perde o hábito de usar a bengala e

R:”É um bocado estranho. É uma sensação de desorientação. Sem ajuda, é muito complicado”.

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Equidade e Civismo (continuação) quando este desaparece, o cego tem de voltar a usá-la, algo que, do ponto de vista de Pedro, é muito complicado. Quais são os sonhos e metas que ainda tem para concretizar? R. O palestrante referiu que o seu maior sonho é o de existir uma sociedade totalmente inclusiva. Ainda no âmbito desta questão, Pedro aludiu aos momentos de maior frustração, que vão aparecendo diariamente, e deu o exemplo de coisas que sabe fazer (da sua experiência antes de ficar cego) e que, atualmente, não consegue por estar cego. Pensa que não consegue realizar alguns sonhos e metas pelo facto da sociedade possuir algum tipo de preconceito por quem tem algum tipo de deficiência?” R. Pedro referiu que também se deve a esse preconceito e que, por vezes, esse vem de pessoas mais próximas. Frisou também que, por vezes, as barreiras que se impõem à concretização desses sonhos e metas surge pelo desconhecimento das pessoas, que por vezes têm medo de fazer algo errado. Em relação a esta questão Pedro declarou que: não devemos ter medo, devemos falar com as pessoas cegas para saber para onde estas querem ir e que, ao abordarmos as mesmas, devemos dizer quem somos e se é possível ajudar. Ainda dentro desta questão, o palestrante disse que a Associação Cabra Cega foi contemplada por um dos prémios do “BPI Capacitar”, por um projeto que consiste na criação de uma plataforma de ensino à distância para que as pessoas cegas consigam ser autónomas ao nível das tecnologias, e que o seu avan-

ço está dependente de outra candidatura. Foram também colocadas outras perguntas relacionadas com o escutismo, com o que Pedro faria se deixasse de ser cego, e de que forma este utilizava o seu telemóvel e escreve mensagens no seu dia-a-dia. No final da palestra, quando questionado em relação aos pontos importantes a alterar na sociedade de forma a torná-la inclusiva, Pedro respondeu “mudar mentalidades e diminuir o egoísmo”. Esta palestra teve então um teor pedagógico , uma vez que esta decorreu num formato de diálogo, onde os ouvintes e o palestrante interagiram com perguntas e respostas, o que promoveu uma troca de experiências e ensinamentos por parte dos intervenientes. Catarina Bogalho; Joana Rodrigues; Maria Cardoso; Paulo Gaspar; Susana Gaspar—11. B/C


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Visita de estudo – 9º ano

No início do 2º período letivo (24 de janeiro), as turmas de 9º ano efetuaram uma

visita de estudo a Lisboa, à Central Tejo e ao Teatro. Durante a manhã, visitámos a Central Tejo, um dos exemplos no nosso país de arquitetura industrial da primeira metade do século XX e integrada no MAAT desde 2016. Hoje aberta ao público, primeiramente como Museu da Eletricidade, funcionou ininterruptamente como central termoelétrica desde 1909 até 1954 e chegou a ser, durante mais de 30 anos, a maior central elétrica do país, fornecendo eletricidade a todo o distrito de Lisboa e ao Vale de Santarém. Na visita guiada à Central, foi-nos dado a conhecer todo o processo de produção de eletricidade recorrendo à energia do vapor de água a alta pressão, obtido através da queima de carvão. Tivemos a possibilidade de percorrer o interior da fornalha de uma das

caldeiras, preparada para simular o seu aspeto enquanto em funcionamento. Percebemos que as condições de trabalho na central eram muito duras, tendo os trabalhadores de suportar temperaturas extremamente altas, inalar poeiras nocivas resultantes da queima do carvão e de estar sujeitos a ruído muito intenso durante as muitas horas de trabalho. Pudemos mesmo “conhecer” alguns desses trabalhadores, enquanto percorríamos as ins-

talações. Houve até um que gritou do cimo das caldeiras, assustando quem passava…

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Visita de estudo – 9º ano (continuação) Na sala de experiências interativas, tivemos oportunidade de realizar diversas atividades sobre eletricidade, como a do boneco que abria os olhos quando colocávamos as mãos de modo a permitir a passagem de corrente elétrica pelo nosso corpo. Não podemos visitar o interior do edifício do MAAT, que se encontrava fechado para manutenção, mas subimos ao seu telhado,

onde a vista deslumbrante para o rio Tejo e também para a cidade de Lisboa valeu a pena, apesar do frio que nesse dia se fazia sentir. Em substituição da visita ao MAAT, os alunos foram ver a exposição/instalação do artista plástico Vasco Barata, “DREAMERS NEVER LEARN (TIDAL)” que tem explorado o conceito de espaço visível e invisível, habitado por vagas humanas que se deslocam no espaço urbano. Para este projeto, o artista transfor-

mou o espaço expositivo numa instalação em que os visitantes são imersos num ambiente urbano semiabandonado. Os alunos tiveram uma visita guiada onde tomaram contacto com o contexto da obra.

Da parte da tarde, pelas 15h, as turmas assistiram à representação da peça escrita por Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno, pela companhia de teatro O Sonho. Unanimemente, os alunos gostaram muito da representação, que consideraram divertida, dinâmica e interativa. Vários alunos fizeram figuração, deslocando-se ao palco, e os atores também vieram à plateia e interagiram diretamente com o público. Após terem assistido à peça, os alunos fizeram questão de tirar algumas selfies com alguns atores.


Jornal Escolar Agrupamento de Escolas Joaquim Inรกcio da Cruz Sobral


Ano Letivo 2019/2020

Espaço Comunidade AEJICS em tempos de pandemia 3.º período e o Ensino à Distância #EstudoEmCasa Como poderá ser do vosso conhecimento, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em comunicado da sua Diretora-Geral, Audrey Azoulay, afirmou que se verificou nas últimas duas semanas uma disrupção educativa nunca vista antes e com esta magnitude (87% da população estudantil de 165 países). Portugal, não sendo exceção, também revela ser um país que enfrenta novas realidades de teletrabalho e de autoisolamento, e sobretudo de ensino à distância, que impossibilitam o acesso a aspetos comuns das nossas vidas pessoais, como a deslocação ao trabalho, ou até a ida para a escola. Para fazer face a esta nova realidade e promover a mudança é fundamental encontrar formas de aumentar a responsabilidade coletiva a fim de garantir a continuidade escolar, assegurando a equidade e a inclusão de todos os alunos no acesso à aprendizagem. Para facilitar este processo, a APEAVES encontra-se disponível para ajudar e promover o bem-estar, tanto das famílias como dos alunos pertencente ao Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral.

Face a estas novas circunstâncias sem precedentes, a Associação revela ainda estar presente nesta fase, em colaboração com o Agrupamento e demais entidades envolventes, mostrando toda a disponibilidade para prestar qualquer informação ou apoio que se revele necessário no arranca deste 3.º período e última fase do ano letivo de 2019/2020. Para tal, sugerimos que possam acompanhar a informação que disponibilizamos através da nossa página (facebook.com/apeaves), onde são abordadas questões que se revelam fundamentais no período que atravessamos. Podem igualmente contactar-nos através do correio eletrónico (apeavesapais@gmail.com).

Saudações educativas e saúde para todos/as! Carlos Levezinho Presidente da Comissão Executiva da APEAVES


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Espaço Comunidade 1 - A Nossa Casa é um Planeta Sobral de Monte Agraço recebeu, no dia 14 de fevereiro, a atividade “A Nossa Casa é um Planeta” inserida no programa Ecovalor. Cerca de 160 alunos, do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral, assistiram a uma ação de educação ambiental promovida pela Valorsul. Esta iniciativa teve por base a projeção de filmes de educação ambiental numa cúpula insuflável – planetário – e teve como principal objetivo a sensibilização para a redução, reutilização e reciclagem de resíduos. O planetário foi colocado no parque de viaturas dos Bombeiros Voluntários de Sobral de Monte Agraço que, gentilmente, cederam o espaço para o efeito.

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Ano Letivo 2019/2020

Espaço Comunidade 2 - Patri...Kê? Visitas extraordinárias feitas por guias extraordinários No âmbito das atividades da Artemrede, associação da qual faz parte o Município de Sobral de Monte Agraço, teve lugar uma visita extraordinária feita por guias extraordinários, inserido no plano “Patri…Kê?”, concebido e coordenado por Anabela Almeida, Alfredo Martins e Sara Duarte, do Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser. O projeto contou com a colaboração dos alunos do 11º ano, do Curso Profissional de Informação e Animação Turística, da Escola Básica e Secundária Joaquim Inácio da Cruz Sobral: Ana Martins, Ana Schittini, Ana Seixas, Ana Veloso, Dinis Rodrigues, Duarte Quintino, Gabriel Desidério, Gonçalo Vicente, Isa Rodrigues, Miguel Carvalho e Tatiana Marinho. Os alunos foram acompanhados pelo corpo docente da escola, com as professoras Ana Ribeiro, Anabela Lourenço, Beatriz Cordas e Helena Maria Ribeiro. O início do projeto deu-se em Setembro, com a pesquisa, por parte dos alunos, de factos e curiosidades acerca do património sobralense, seguindo-se algumas visitas orientadas aos espaços históricos da vila, pela Técnica de Turismo, Susana Teixeira. Posteriormente, e em conjunto com os coordenadores, os alunos escreveram o guião das apresentações, ensaiando ao longo dos últimos meses. As apresentações começaram de manhã, no dia 21 de janeiro, para alunos da Escola Básica e Secundária Joaquim Inácio da Cruz Sobral, seguindo-se, já durante a tarde, uma apresentação para alunos do 10º ano, do curso de Turismo, da Escola Secundária Santa Maria do Olival, em To-

mar. Assim, será proporcionado um intercâmbio, já que os alunos de Tomar fizeram também uma apresentação para os alunos de Sobral de Monte Agraço. Os pontos visitados no centro histórico sobralense incluíram o Chafariz, a Igreja de Nossa Senhora da Vida, a Estátua do Dr. Eugénio Dias, o Centro de Interpretação das Linhas de Torres e a Galeria Municipal, onde se revisitou a tradição dos bolos de perna ou de casamento, culminando num lanche-convívio. Além destes pontos, foram também referidos locais como a Casa dos Condes de Sobral, a casa onde viveu António França Borges, o Forte do Alqueidão e o edifício da Câmara Municipal.


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Espaço Comunidade 2 - Patri...Kê? Visitas extraordinárias feitas por guias extraordinários (reportagem Fotográfica)

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Jornal Escolar Agrupamento de Escolas Joaquim Inรกcio da Cruz Sobral


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Espaço Criatividade A Escolha da Liberdade

Para ser sincero até me sinto contente Dei uma volta à minha sala e senti-me livremente Não preciso de sair à rua para estar em liberdade Pois dentro da minha mente há muito espaço e tranquilidade Só eu controlo o meu pensamento E nenhuma epidemia pode negá-lo Se aqui tenho que ficar neste momento Não vou evitá-lo Não me vou amedrontar Não me deixo levar pela tristeza Pelos meus irei rezar Para que nada lhes aconteça Nem que sejam vários anos Não nos podemos lamentar Nós nas nossas casas sufocamos E deixamos a casa de todos respirar André Ferreira, 9 . A

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Espaço Criatividade Fábulas O Mocho Zarolho e a Joaninha Safadinha Era uma vez um Mocho Zarolho Que era um completo trambolho E a Joaninha Safadinha Que era muito riquinha. Numa manhãzinha Estava o Mocho a voar E a Joaninha Uma partida decidiu pregar Certa vez, estando o Mocho regressar Observava-o a Joaninha Para a porta fechar Onde a cabeça o Mocho chocaria Lá foi o Zarolho E com a cabeça bateu Ria a Joaninha Porque o Mocho surpreendeu O Mocho ao vê-la rir Logo pensou Aquela partida retribuir

Enquanto estivesse fora As suas joias o inseto esconderia Quando chegasse a hora O Mocho lá iria Pobre da Joaninha Quando a casa voltou Viu que nenhuma joia Estava onde deixou O Mocho que a estava a observar Logo desatou a rir Assim que a Joaninha o viu Ter com ele decidiu ir Logo que disse a ave “Amiga, já rimos e choramos muito.” “Vamos a isto pôr um fim. Uma lição aprendemos “Não faças aos outros o quem não queres que te façam a ti” Francisco Caseirito; Joana Alves; Afonso Lopes; Alexandre Jesus


abril de 2020

Espaço Criatividade Fábulas O Cão Rezingão e o Gato Cordato Era uma vez, numa quinta, um cão a descansar e um gato cordato por ele decidiu passar.

“Eu sou assim, porque tenho um bom coração e tu? Porque és tão rezingão?”

O gato bem-disposto para ele olhou e o cão rezingão, logo lhe perguntou:

“Gato cordato, não tenho amigo nenhum! Se aceitares a minha amizade, passo a ficar com um!”

“Ó gato, como consegues estar sempre contente, e falar bem com toda a gente?”

“Eu aceito, meu amigo, o teu pedido de amizade. Vamos ser companheiros para a eternidade!?” Jéssica Fonseca, Alexandre Suciu, Luana Pereira, Rodrigo Mateus

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Ano Letivo 2019/2020

Espaço Criatividade Fábulas O Macaco Velhaco e a Pantera Vera Estava o Macaco Velhaco, sentado na varanda de sua casa, na árvore, quando passa a Pantera Vera e o convida para passear. O Macaco negou o convite, dizendo que a família o iria visitar. A Pantera desconfiada decide, no dia seguinte, ir visitar a Serpente que era vizinha do Macaco e perguntar o que tinha feito no dia anterior. A Serpente naturalmente diz que tinha ido a uma festa com o Macaco. Como já desconfiava, logo a Pantera ficou a perceber que o matreiro a tinha enganado. “Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo” Luciana Silva , Manuel Valada, Lucas Soares e Tiago Félix

Informação Técnica: ANO: X EDIÇÃO: abr il de 2020

Siga as atividades da nossa Biblioteca Escolar em: https://benalinha.wordpress.com/

PROPRIEDADE: Agr upamento de Escolas J oaquim Inácio da Cruz Sobral DIRETORA: J oaquina Lour enço COORDENADORA: Már cia Alves DESIGN GRÁFICO: Már cia Alves IMPRESSÃO: ver são on-line COLABORADORES: Comunidade Educativa do Agr upamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral TIRAGEM: ver são on-line line)

PREÇO: 0 € (ver são on-




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