Jornal 2

Page 1

Jornal Escolar Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral

abril de 2019

Número 20

Nesta Edição: Editorial

Pág. 2

Educação Pré-Escolar

Págs. 3 à 9

Inglês no 1º Ciclo

Pág. 10

1º Ciclo do Ensino Básico

Pág. 11

Educação Especial

Págs. 12 à 14

Departamento de Línguas

Págs 15 à 18

Desporto Escolar

Págs. 19 à 21

Eco-Escolas

Págs.22 e 23

Projetos de Turma

Págs. 24 à 27

Filosofia

Pãg. 28

Suplemento Espaço Opinião

Págs. 29 à 39

Espaço Criatividade

Págs. 40 e 41

Siga as atividades da nossa Biblioteca Escolar em: https://benalinha.wordpress.com/


Ano Letivo 2018/2019

Dando cumprimento ao Plano Anual de Atividades do Agrupamento, ao longo do 2º período letivo, foram várias as atividades em que os nossos alunos estiveram envolvidos, todas elas com muito interesse pedagógico. Destaco as atividades relativas ao Programa Erasmus +, com deslocações ao estrangeiro, intercâmbio que envolve 6 países: Portugal, França, Alemanha, Turquia, Polónia e Grécia. Ao longo deste 2º período, um grupo de 7 alunos e 2 professores deslocou-se à Alemanha e um grupo de 5 alunos e 2 professores à Grécia, permanecendo nesses países a desenvolver várias atividades em língua inglesa, durante uma semana. A experiência foi muito enriquecedora e os nossos alunos tiveram oportunidade de contactar com diferentes culturas, ao longo desse período de tempo. Destaco igualmente a visita de estudo efetuada a Londres, por dois grupos de 40 alunos cada, acompanhados de 10 professores. Felicito todos os alunos que se deslocaram ao estrangeiro e suas famílias, pelo Bom comportamento dos seus educandos e pelo desempenho nas atividades desen-

volvidas, bem com um agradecimento especial aos professores acompanhantes. A Escola Básica e Secundária Joaquim Inácio da Cruz Sobral foi muito bem representada no estrangeiro e a comunidade educativa pode orgulhar-se dos alunos que a representaram. Esperemos poder dar continuidade a estas iniciativas que muito nos honram!

A Diretora. Joaquina da Costa Martins Ferreira Lourenço

Aceda às informações sobre o Conselho Geral do nosso Agrupamento em. https://sites.google.com/aejics.org/conselhogeral/p%C3% A1gina-inicial?authuser=2


abril de 2019

Atividades Variadas No segundo período, as crianças realizaram algumas atividades que lhes possibilitaram adquirir aprendizagens, de partilhar, de divertimento, de interajuda e de articular com as famílias. Realizaram coroas dos Reis Magos, Sensibilização à Língua Inglesa com a visita do SR. Douglas, dia dos Afetos, elaboração de presente/postal para a Comemoração do Dia do Pai, de painéis alusivos ao inverno e à Páscoa e de culinária (“ Trufas”), por uma avó.

Turmas A, B e C

Página : 3


Ano Letivo 2018/2019


abril de 2019

Articulação entre a EPE/1º Ciclo/Ensino Profissional Ao longo do 2º período, cada grupo de crianças da Educação Pré-escolar de Sapataria desenvolveram atividades com os alunos do 1º Ciclo, das turmas do 1º ano A, 2º ano B e do 1º/4º ano B. Foram realizadas diversas atividades, como por exemplo: dramatização/teatro de uma história, de expressão plástica (desenho, pintura, recortes e dobragens), de expressão musical e de linguagem oral (leitura de poesias). Estas atividades permitiram criar momentos de aprendizagens, de partilha e de amizade.

Turmas A, B e C

Página : 5


Ano Letivo 2018/2019

No âmbito da atividade do PAA ”Campeonato de Jogos Matemáticos”, os alunos do Ensino profissional do nosso Agrupamento vieram ao Jardim de Infância de Sapataria e ensinaram, às crianças da Educação Pré-escolar, o jogo de tabuleiro “Semáforo”. Estes alunos construíram alguns jogos, tendo-os oferecido às crianças, para que estas possam desenvolver o seu raciocínio lógico-matemático e o gosto por jogar. Foram momentos de aprendizagem e depois de muita competição à mistura!

Turmas A, B e C


abril de 2019

Carnaval Neste segundo período, foram vivenciados momentos de muita alegria e diversão pelos alunos do nosso Agrupamento, em especial pelos alunos da EPE. Para comemorarmos esta época festiva, num primeiro momento os alunos vieram mascarados para

o JI ao seu gosto e num segundo momento, de acordo com a temática “500 anos do Foral”, realizamos um desfile na vila do Sobral de Monte Agraço com vestes relacionadas com esta época histórica.

Turmas A, B e C

Página : 7


Ano Letivo 2018/2019

Atividades com outras entidades No mês de Março, fomos à Biblioteca Municipal, assistir a um teatro intitulado “João Soveral”, relacionado com os 500 anos da atribuição do Foral à Vila do Sobral pelo Rei D. Manuel.

Turmas A, B e C


abril de 2019

Ainda neste mês comemoramos o dia Mundial da Árvore e tivemos a presença de dois funcionários da Câmara Municipal de Sobral Monte Agraço que nos falaram da importância das árvores para o meio ambiente e dos seus benefícios. De seguida, foram feitas plantações de algumas ervas aromáticas. Cada criança, no final, recebeu um saquinho com sementes para levar para casa.

Turmas A, B e C

Dia de Reis No dia 7 de janeiro, o grupo do JI da Sala A e a turma do 1ºB do Sobral de Monte Agraço, realizaram uma atividade de articulação, celebrando o Dia de Reis, com o cantar das Janeiras e oferta de presentes. Mais uma vez, os meninos da educação Préescolar puderam contactar com a realidade do 1º ciclo e com os seus ex-colegas. Foi um momento de grande animação e partilha para todos!

Turma A e 1. B

Página : 9


Ano Letivo 2018/2019

O Inglês na Escola No segundo período, os alunos de Inglês do primeiro ciclo elaboraram decorações alusivas ao Valentine’s Day (Dia dos Namorados) e, para celebrar a Páscoa, participaram numa Easter Egg Hunt (caça aos ovos da Páscoa), que é tradição em países de língua inglesa! A atividade “Árvore da Poesia” também contou com alguns trabalhos das turmas de Inglês!

Professoras do Grupo 120

Fotos em falta na 1ª edição das atividades de Inglês no 1. Ciclo


abril de 2019

Aprender a ler e a escrever Os alunos da turma B do 1º ano da Escola Básica do Sobral estão a aprender a ler e a escrever! Quanto à leitura, alguns meninos já conseguem ler livros de histórias, sozinhos! Outros, precisam de uma ajudinha!!!! Porém, quando se trata de escrita, ainda se apoiam muito uns nos outros! Foi o que aconteceu para escrevermos os dois textos que aqui apresentamos. Na altura em que andávamos a estudar as palavras com ar, er, ir, ou e ur, fomos à biblioteca da escola ler o livro de António Alves Redol : A flor vai ver o mar! Depois, escrevemos uma lista de palavras acabadas com or e, a partir delas, inventámos esta lengalenga:

Lengalenga do or

A nossa am iga Leo nor Vai ao senhor doutor Porque tem uma dor Leva na mão uma flor Para dar ao seu amor Juntos bebem um licor Que tem uma bela cor E ficam cheios de calor Ai que horror!

No mês de março, escrevemos um poema, para participarmos num concurso sobre o desenvolvimento sustentável do nosso planeta. Aqui está ele:

Queremos a mudança Somos da escola do Sobral E vimos aqui escrever Um poema com o que está mal No mundo em que estamos a viver! Há muita gente sem comida E muitos meninos sem educação Mereciam ter melhor vida Longe da poluição! Há muita gente sem riqueza E muitos países sem paz Queremos acabar com a pobreza Se o mundo quiser, é capaz! Todos juntos podemos reciclar E fazer uma grande poupança Todos juntos podemos limpar E deixar uma boa herança!

Professora Fernanda Ruas

Página : 11


Ano Letivo 2018/2019

Intervenção Precoce na Infância No dia 10 de abril realizaram

Precoce, a sua articulação com a Esco-

-se duas sessões de esclarecimento

la Inclusiva e respetivo esclarecimento

sobre “Intervenção Precoce na In-

de dúvidas que culminou com o encer-

fância”, promovidas pela Equipa

ramento das ações.

Local de Intervenção Precoce de Alenquer, Arruda dos Vinhos e So-

bral

de

Monte

Agraço

(ELIAASMA).

Esta atividade decorreu no âmbito do Plano Anual de Atividades,

proposta para o 2º Período, tendo como coordenadoras as docentes de In-

No período da manhã realizou-se uma sessão na sala de reuni-

tervenção Precoce Ana Rocha e Catarina Oliveira.

ões da Câmara Municipal de Alenquer. A outra sessão realizou-se da parte da tarde na Escola Básica do Sobral de Monte Agraço e Santo Quintino. Nesta iniciativa estiveram presentes a Doutora Teresa Nunes Marques (Subcomissária da Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo), a Dra. Ana Paula Monteiro (Subcomissária da EducaçãoDGEstE) e a Enfermeira Amália Costa (Coordenadora da ELIAASMA). Destinadas a Professores/ Educadores/Técnicos

Especializa-

dos, as duas sessões contaram com cerca de 150 participantes, dos três concelhos abrangidos pela Equipa Local de Intervenção Precoce. Estas sessões serviram para clarificar o conceito de Intervenção

Professoras Ana Rocha e Catarina Oliveira.


abril de 2019

Consciencialização do Autismo Na sede do AEJICS, no âmbito do dia da Consciencialização do Autismo, comemorado a 3 de abril, decorreram diversas atividades, no 2º e 3ºciclos. Nomeadamente, a realização de marcadores de livros com frases alusivas ao tema, bem como o visionamento de uma curta metragem “Meu Lindo Mundo Azul - A vida de um Autista”. Estas atividades tiveram como objetivo sensibilizar para a importância de interagir, compreender e comunicar com esta problemática.

Professores do Grupo 910

Corridas Sensoriais No passado dia 23 de abril, na escola sede do AEJICS, foi dinamizada a atividade: “ Corridas Sensoriais”. A atividade foi direcionada para as turmas de 2º ciclo, com os objetivos de: promover momentos inclusivos; desenvolver competências ao nível da estimulação sensorial e motricidade fina; partilhar experiências de igualdade; consciencializar os jovens sem qualquer incapacidade, a vivenciarem algumas situações habituais para crianças com Necessidades Específicas.

Professores do Grupo 910

Página : 13


Ano Letivo 2018/2019

“Chá com histórias”

E quem não gosta de ouvir ou ler uma bela história? Desta vez, sempre com o objetivo de promover o hábito e o gosto pela leitura nos alunos e criar momentos de socialização entre os alunos, lemos a história Olá! Eu sou a Vera – É bom ter amigos, texto de Luísa Beltrão e ilustrações de Tânia Bailão Lopes. Esta história da coleção Meninos Especiais, tem a particularidade de ser baseada em factos reais e por momentos cativou a atenção dos alunos e sensibilizou-os para os efeitos da Trissomia 21 – Síndrome de Down, celebrado anualmente a 21 de março. Como é referido no resumo do livro: “É essencial que, como qualquer outra, estas crianças sejam amadas na família, aceites na escola tal como são. É muito importante que tenham amigos capazes de acreditar nelas, para que avancem no seu caminho, tornando-se adultos de plena cidadania, bem integrados na sociedade.” E, no final, quem é servido de uma bolacha para acompanhar o “chá com histórias”?

Professoras Cristina Pêssego e Sara Gaspar


abril de 2019

Ler por Prazer No dia 9 de janeiro, os entusiasmados alunos do 2º ciclo leram animadamente em Português e… em Inglês! No dia 7 de fevereiro, foi a vez dos alunos do 3º ciclo, que além de lerem em Português e Inglês, até leram em Francês e muito bem, en avant! No dia 14 de março, os alunos do Ensino Secundário deslumbraram-nos com as suas leituras expressivas e…impressivas quer em Português quer em Inglês!

Se ler dá tanto prazer Quando se faz com amor, Que maravilha ouvir ler Crianças e jovens com ardor! Depois, compenetrados, os mais crescidos Demonstraram que sabiam declamar Aos alunos da turma D do 5º ano Que os ouviram com atenção de pasmar! E que beleza a Clarinha Que tão bem se fez ouvir ler Em turmas do 10º ano, Apesar de estar a tremer! E com esta troca de experiências, Crianças e jovens vão crescendo,

Uns com os outros a aprender, Que afinal, é um prazer, Ler! A Coordenadora do Departamento de Língua—Professora Graça Oliveira

Clara a ler ao 10ºBC

Clara a ler ao 10ºD

Página : 15


Ano Letivo 2018/2019

O Prazer da escrita O jovem André Ferreira da turma A do oitavo ano adora poesia (desde que rime, afirma convicto!) e escreve com facilidade e a simplicidade própria da sua idade. Segue então para todos vós um poema da sua autoria, escrito com o entusiasmo que lhe é habitual. A Coordenadora do Departamento de Língua—Professora Graça Oliveira A Magia da Poesia Escrever desta forma é especial para mim, Tiro inspiração dos poemas que já li, Tento recriar as emoções que senti, Escrevo versões com sentidos para mim!

A poesia traz-me sensações nunca antes vividas, Não me importo de passar a vida a escrever. Um poema pode mudar imensas vidas, Pois nelas, ele se pode intrometer! André Ferreira, 8. A


abril de 2019

Árvore da Poesia Quem havia de dizer que a poesia delícia e encanta os pequenos dos três aos catorze anos? Seja em Português, a pesquisar, ilustrar e a criar poemas ou em Inglês (e no primeiro ciclo!), os nos-

sos alunos provaram ter muita imaginação (somos, sem dúvida, um país de poetas!). Os pequeninos do JI ouviram atentamente os poemas lidos pelas educadoras e, com desenhos, pinturas, recortes, colagens, entre outras coisas, ilustraramnos de formas muito originais; alunos do primeiro, segundo e terceiro ciclo empenharam-se na criação de poemas e, tudo serviu para ajudar a construir não uma, mas duas árvores da poesia que são o orgulho das professoras coordenadoras desta atividade. Quem sabe se, no próximo ano letivo, não conseguiremos criar uma floresta? Um agradecimento do coração a

todas as educadoras e aos professores do primeiro, segundo e terceiro ciclo que arranjaram um “tempinho” para participar, o que temos consciência de nem sempre ser fácil ou possível Professoras Graça Oliveira e Sara Gaspar

Página : 17


Ano Letivo 2018/2019

Visita de estudo à Inglaterra Entre os dias 1 e 6 de março, 79 alunos e nove professoras da nossa Escola (divididos em dois grupos) visitaram Londres, Cambridge e Windsor. Tiveram a oportunidade de conhecer a famosa London Eye, o Madame Tussaud’s, o museu Britânico, o Castelo de Windsor, Westminster, a Tower Bridge, a Torre de Londres, Trafalgar Square, Downing Street, Buckingham Palace, Regent´s Park, a plataforma de Harry Potter, Chinatown, Hard Rock Café, Camden Market,

Covent Garden e muitos outros locais famosos. Desfrutaram também de um musical em West End e de um passeio de barco no rio Cam, em Cambridge. A visita de estudo foi fantástica e proporcionou a todos uma excelente oportunidade de praticarem a língua Inglesa em ambiente autêntico, além de uns dias inesquecíveis de aventuras e amizade. Professoras do Grupo 300


abril de 2019

Notícias Desportivas Desportos Gímnicos O grupo de Desportos Gímnicos do Desporto Escolar, na especialidade de Ginástica Artística, orientado pela professora Sofia Carvalho e com 22 alunos inscritos, já participou em três dos quatro encontros anuais, obtendo os resultados abaixo apresentados. De salientar a ginasta Inês Justino (nível 3) que foi selecionada para representar CLDE Oeste no Regional de Desportos Gímnicos. É de louvar a ATITUDE, o grande empenho e companheirismo que estes atletas demonstram ao longo do ano. Estão de Parabéns! Professora Sofia Carvalho

Página : 19


Ano Letivo 2018/2019

Notícias Desportivas Corta-Mato Esta competição é realizada em três fases: torneio de escola, torneio regional e torneio nacional. A fase escola, que contou com a presença de cerca de 300 alunos desde o 4ºano (2 turmas da escola da Sapataria) até ao 12º ano e apurou os 6 alunos femininos e 6 alunos masculinos, nos escalões de Infantis A, Infantis B, Iniciados e Juvenis, para representar o Agrupamento na fase regional, que decorreu no dia 24 de janeiro, no Parque Verde da Várzea, em Torres Vedras. Nesta prova de Corta Mato da zona Oeste, onde estiveram presentes cerca de 1500 alunos de 48 Estabelecimentos de Ensino. Destacou-se a nossa equipa de Iniciados Masculinos que se classificou em 1º lugar (Daniel Rosário - 6ºE, João Penacho - 8ºC, Luís Sampaio - 9ºA, Pedro Tomás - 9ºB e Francisco Pimenta - 8ºB). Estes alunos representaram as escolas do Oeste no Corta Mato Nacional, que decorreu nos dias 22 e 23 de fevereiro, na Marinha Grande. Neste evento estiveram 2200 alunos em representação das 24 Coordenações Locais do Desporto Escolar, do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve e ainda das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Coordenadora do Departamento de Expressões—Professora Graça Beirão


abril de 2019

Notícias Desportivas TORNEIO MEGAS DE ATLETISMO Decorreu na escola sede, no dia 20 de fevereiro, o torneio interturmas de Atletismo para apuramento do melhor aluno para representar o Agrupamento no Torneio Regional Megas, nas disciplinas de Sprint, Salto em Comprimento, Lançamento do Peso e Km. O Torneio Megas Regional da zona Oeste decorreu no dia 15 de março, na Pista de Atletismo de Óbidos, onde estiveram presentes cerca 900 de alunos oriundos das diferentes escolas da Coordenação local do Desporto Escolar do Oeste. A todos os nossos alunos, que foram apurados para representar a escola e participaram nesta prova, damos os parabéns pelo excelente comportamento, por terem representado meritoriamente o Agrupamento e também pelos lugares de destaque que alcançaram. Classificaram-se nos 3 primeiros lugares tendo sido medalhados, os alunos: Rafaela Lopes (5ºB) - 3º lugar no Km; Sara Grilo (8ºE) - 2º lugar no Lançamento; Mariana Rodrigues (10ºA) - 3º lugar no Salto em comprimento; Julio Botaro (10ºC) - 2º lugar no Salto em Comprimento e Sérgio Coelho (11ºA) - 2º lugar no Sprint. O Sérgio Coelho apurou-se para representar as escolas do Oeste na Prova Nacional, que se realizou na Pista Municipal de Atletismo de Faro, a 5 e 6 de abril. Neste evento, que contou com a presença do atleta olímpico Francis Obikwelu, padrinho da competição, estiveram presentes 725 alunos das 24 Coordenações Locais do Desporto Escolar do Continente e da Região Autónoma dos Açores. O Sérgio ganhou uma foto com o campeão olímpico e a camisola autografada! Coordenadora do Departamento de Expressões—Professora Graça Beirão Página : 21


Ano Letivo 2018/2019

Visita ECO-ESCOLA/PES ao Baleal e Peniche No dia 29 de março realizou-se uma visita no âmbito do Projeto Eco-escolas /Projeto de Educação para a Saúde destinada a alunos do 5º ao 12º ano, premiados pela maior participação nas atividades do projeto Eco-escolas. Pretendíamos proporcionar aos alunos um dia especial, em contacto com o Mar (tema do ano

Eco-escolas). Na parte da manhã, o Grupo visitou o Baleal com explicação dos fenómenos geológicos aí existentes, ao que

se

seguiu

uma

caminhada,

pela

praia,

até Peniche. Depois, percorreu a linha de costa até ao Cabo Carvoeiro, ouvindo também as explicações geológicas desse local. Na parte da tarde, os alunos realizaram atividades náuticas (surf) sob orientação do Centro de formação das atividades da zona Oeste. Este foi um dia muito bem passado, de aprendizagem e convívio, em contacto com a Natureza. Professora Maria Gabriela Pipa (Coordenadora Eco-Escola)


abril de 2019

Frases Eco-código 2018/19 À semelhança de outros anos também neste ano, todas as turmas da escola foram convidadas a elaborar frases de conduta ambiental sobre a água, energia, resíduos e mar. Depois, foram selecionadas as melhores frases resultando daí o Ecocódigo com as seguintes frases vencedoras: Toma atenção! Poupa a água como bom Lixo

cidadão. ( 5º F)

a boiar, peixes a sufocar. ( 6ºA)

Ilha de lixo no mar, o plástico anda aí a matar. Se a vida na terra não

(6ºA)

queres extinguir, o mar não deves poluir ( 6ºC)

A poluição está a vencer, o teu erro deves reconhecer! Para o mar Para

( 7ºF)

preservar, teremos de reutilizar. (8ºF)

os animais salvar, a floresta cuidar e a água preservar, os três R`s

deves usar ( 10ºB/C) Para o planeta melhorar começa a reciclar. (

10ºE/F)

Energia é um bem essencial, deves consumi-la de forma racional. (12ºD) Se água queres poupar, a torneira deves fechar. ( 12ºD)

Posteriormente, os alunos do 9º ano irão elaborar o poster Eco-código em Educação Visual e daí será escolhido o poster para o concurso nacional. Professora Maria Gabriela Pipa (Coordenadora Eco-Escola)

Página : 23


Ano Letivo 2018/2019

Mar- Poluição Aquática" No âmbito do Projeto de Turma e simultaneamente articulação curricular "Mar- Poluição Aquática", os Coordenadores de Projeto / Diretores de Turma das turmas 5º A, 6º A e 6º C, Octávio Sousa, Paula Mesquita e Elizabete Pereira, respetivamente, no dia 3 de abril, dinamizaram uma visita de estudo à Praia de Santa Cruz ,para Limpeza da Praia. Para isso, contaram com a colaboração de outros professores do Conselho de Turma no acompanhamento das turmas. A visita de estudo teve como objetivos principais a continuação da sensibilização dos alunos para os cuidados a ter na praia com os lixos, a diminuição da utilização de plásticos e a separação de resíduos. Tivemos a parceria da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço na cedência de transporte e Câ-

mara Municipal de Torres Vedras na oferta de luvas descartáveis assim como sacos para depositar o lixo. A visita decorreu muito bem, os alunos gostaram muito e consciencializaram-se, de outra forma, do muito lixo que se encontra, infelizmente, nas nossas praias... Mais uma boa ação com os alunos da nossa Escola. Salienta-se que anteriormente, tinha havido, na Biblioteca Escolar, no dia 27 de março, para as mesmas turmas, três sessões de sensibilização aos alunos para a Problemática do Uso Excessivo da Utilização dos Plásticos e suas consequências para o Ambiente assim como para os Seres Vivos. Para isso, contamos com a presença do Dr. Hugo Pardal, da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço. Ainda para os Projetos destas turmas, mais sur-

presas, virão! Professores Elizabete Pereira, Paula Mesquita e Octávio Sousa


abril de 2019

Visita de estudo – Litoral de Peniche No dia 8 de fevereiro, de sorriso nos lábios, mochilas repletas de coisas deliciosas, cérebros ansiando por conhecimento, curiosidade quanto baste e muita brincadeira, a turma C do 10º ano, acompanhada pelas professoras Graça Oliveira e Maria José Godinho, entrou no autocarro rumo a Peniche para conhecer o litoral e tomar contacto com a beleza de uma natureza magnífica que pudemos observar num magnificente dia de sol que convidava a um mergulho nas águas gélidas mas apelativas das praias que visitámos. Sabiam que a península de Peniche já foi uma ilha? Só a partir dos séculos XIV e XV é que se começou a verificar um progressivo assoreamento (a pobre ilha sentiase, provavelmente muito só!). Sabem o que aconteceu? Apareceram pequenas dunas, cada vez mais fortalecidas por areias e depósitos de materiais costeiros transportados por correntes marítimas, por ventos do norte e pelos rios de S. Domingos e Ferrel. E pronto! A ilha de Peniche uniu-se ao continente. Os alunos verdadeiramente entusiasmados visitaram o Cabo Carvoeiro, de onde observaram o campo de “lapiás” que já vinha sendo estudado, analisado desde o miradouro dos Remédios, aliás muito intrepidamente por alguns alunos que se espantavam com a profundidade de alguns dos “lapiás”.

Encantaram – se com os fósseis… Entusiasmaram-se com a beleza do cordão dunar… entre Peniche e o Baleal onde se deliciaram com o pitoresco da pequena aldeia

e ainda encontrámos um esqueleto!!! Ainda bem que foi depois do almoço! E no regresso? As professoras lutavam contra o cansaço e o sono. Os alunos? Essa é outra história…

Professora Graça Oliveira

Página : 25


Ano Letivo 2018/2019

À conversa com… Sérgio Ramos No âmbito do projeto de turma, que liga diferentes níveis de escolaridade, de países diferentes (Itália, Roménia, Croácia; Macedónia, Turquia e Portugal), e que visa dar a conhecer as pessoas famosas de vários países, com vista a motivar para o conhecimento de outras realidades culturais e para a prática da língua inglesa, passamos uma manhã com o basquetebolista Sérgio Ramos Ana Verdilheiro - Qual foi a profissão que sempre quis ter? Sérgio Ramos — Foi ser basquetebolista. Não foi algo muito pensado logo no início. As coisas foram sucedendo pouco a pouco: entrei na faculdade de Desporto, ofereceram-me um contrato profissional, e eu, com 19 anos optei pela carreira de basquetebolista. Quando eu era da vossa idade, não era algo que eu pensasse fazer, mas acabou por ser a carreira que eu escolhi. André Serralheiro - Gosta do trabalho que faz? Sérgio Ramos — Gosto. Eu agora já não sou basquetebolista. Sou treinador. Tive a sorte de fazer algo que me dava muito prazer fazer e que fez parte da minha vida. Era a minha profissão, ou seja, havia pessoas que me pagavam dinheiro para eu fazer algo que eu adorava fazer, que era jogar basquetebol. Além disso, eu estava com os meus amigos. Foi algo que sempre me deu muito prazer ao longo de toda a minha carreira. Beatriz Paulo - Com quantos anos começou a jogar? Sérgio Ramos — Eu comecei a jogar com 10 anos. A minha mãe levou-me a um clube pequeno, que ficava ao pé de minha casa e eu comecei a jogar. Tinha lá uns amigos, que também jogavam, e comecei a gostar muito. Acabava por me divertir, jogar, aprender coisas novas e fazia desporto.

David Filipe - Qual o motivo que o levou a se tornar um jogador de basquetebol e depois um treinador? Sérgio Ramos — Como eu disse, foi a minha mãe que me levou a experimentar o basquetebol. Como gostei, comecei a treinar, a ser bom a jogar basquete. Tive a oportunidade de ir também para boas equipas e tornei-me profissional. A partir do momento que me ofereceram contrato e a oportunidade de eu fazer disso uma carreira, aproveitei e decidi ser basquetebolista.

Frederico Moreno - Qual foi o primeiro clube em que jogou? Sérgio Ramos — O primeiro clube onde eu joguei foi no “Maria Pia”. Estive no “Maria Pia” dos 10 até aos 14 anos. Depois fui para “Os Estrelas da Avenida”, dos 15 aos 19 anos. Dos 19 aos 23 anos fui para o “Benfica”. A seguir, estive cerca de 9 anos no estrangeiro, em Itália e em Espanha. Leonor Carvalho - Durante quantos anos foi jogador? Sérgio Ramos — Fui jogador durante 26 anos. Desses anos, fui profissional durante cerca de 20 anos. Aos 16 anos, apesar de ainda não ser profissional, já jogava em séniores. Maria Henrique - Em que clubes/seleção jogou e quem foram os treinadores? Sérgio Ramos — Joguei na Seleção Nacional e foram muitos os treinadores: Vladimir Eger, o Alfredo Almeida, o Valentim Menichuque, o Carlos Gonçalves, … Foram bastantes. Não me consigo lembrar de todos, porque eu fui 125 vezes internacional, entre os escalões de formação e a seleção “A”.


abril de 2019

Mariana Dinis - Qual foi o jogo que mais o marcou como jogador e como o treinador? Sérgio Ramos — É difícil, numa carreira de 26 anos, escolher um jogo. Houve um jogo no campeonato nacional que marquei 55 pontos, que ainda é o recorde do campeonato nacional. Lembro-me também dum jogo, que joguei no estrangeiro, em que nós éramos a equipa visitada em que também marquei muitos pontos, 65 pontos. No final, o público levantou-se para aplaudir a minha exibição. Recordo-me dum jogo semelhante, na República Checa, onde marquei também 38 pontos. As pessoas aplaudiram-me muito e pediram-me muitos autógrafos. Há outros jogos que simbolizaram títulos: Benfica, quando ganhámos a Taça de Portugal, os campeonatos,… Esses jogos são aqueles que também nos marcam mais: celebramos não só os nossos êxitos pessoais, mas também o êxito coletivo que é o mais importante.

Martim Alexandre - Para si, qual o melhor clube de basquetebol? Sérgio Ramos — Em Portugal, tenho que dizer o “Benfica”, pois foi o clube onde joguei mais anos. No estrangeiro, talvez aquele clube onde eu gostaria de ter jogado: o “Barcelona”. Martim Pereira - Qual o clube em que mais gostou de estar? Sérgio Ramos — Tenho dois clubes que me marcaram muito: o “Benfica” onde joguei 8 anos, que me permitiu ser profissional e depois, quando regressei do estrangeiro, me permitiu voltar a Portugal, estar com a minha família e continuar a fazer aquilo que eu gostava, que era jogar basquetebol; e houve um clube em Espanha, que foi o “Lérida”, onde me senti profissional, no verdadeiro sentido da

palavra, onde tínhamos as melhores condições, financeiramente também era melhor, éramos melhor acompanhados e tínhamos cobertura mediática muito grande. Era uma cidade pequena mas que estava muito voltada para o basquetebol e onde nós também éramos muito reconhecidos na rua. Foi o clube e o local que mais me marcou do ponto de vista profissional. Matilde Silva- Em que clube treina? Sérgio Ramos — Eu agora sou treinador dos séniores do “Belenenses”. Thomas HowardTripp Quantos jogadores tem, atualmente, na equipa? Sérgio Ramos — Tem 12/13 jogadores. Tivemos algumas baixas. Micael Palma - Qu al é o m elh or jogador da sua equipa Sérgio Ramos — O jogador que está a ter mais destaque agora é o Ricardo Rosa. Tínhamos um jogador que era o Rui Nério que, devido às exibições, conseguiu um contrato profissional numa equipa da liga. A minha equipa do “Belenenses” é da 2ª divisão e ele teve agora um convite para ir para uma equipa da liga. Obviamente que ficámos tristes por ele sair, mas contentes por ele ter uma oportunidade. Miguel Filipe - Pretende continuar a treinar basquetebol? Sérgio Ramos — Sim, é algo que me dá muito prazer. Neste momento, também consigo conciliar com a vida familiar e com a vida profissional. Também sou professor na Universidade. Além de treinar também sou professor.

Página : 27


Ano Letivo 2018/2019

Rita Borges - O que gosta de fazer nos tempos livres? Sérgio Ramos — Gosto de estar com a família, de ver um filme, gosto de ler,… Não sou de sair, prefiro fazer atividades que envolvam a família. Eu agora não tenho muitos tempos livres, porque estou a tirar o doutoramento, por isso todos os mesmo tempos livres são dedicados a estudar.

Paulo Alqueidão - Quando com eçou a jogar pretendia apenas ser um jogador ou tornar-se uma pessoa conhecida como é agora? Sérgio Ramos — Comecei a jogar com a vossa idade. Nessa altura o que eu queria era jogar, divertir-me com os amigos, aprender coisas novas, nunca pensei em ser profissional. Comecei a jogar nos séniores, desde muito cedo. Com 16 anos, já treinava e jogava. Só a partir dos 19 anos é que decidi ser profissional. O clube que me contratou, o “Benfica”, ofereceu-me condições para deixar de estudar e ser profissional. No “Benfica” jogávamos em competições europeias. Todas as semanas ou de quinze em quinze dias tínhamos que viajar para o estrangeiro para jogar contra uma equipa. Íamos terça e só regressávamos quinta-feira. Eu não conseguia assistir às aulas. Por isso, a faculdade passou para um segundo plano. Rafaela Lopes - Qual o seu ídolo? Sérgio Ramos — Quando eu comecei a jogar basquete, o meu ídolo era o Carlos Lisboa. Era um jogador do “Benfica” e foi alguém que marcou muito a minha geração. O outro jogador que gostava muito era o Mikael Jordan, que foi possivelmente o melhor de todos os tempos.

Simão Fernandes - O que gostava de transmitir aos seus admiradores? Sérgio Ramos — Não sei se tenho assim tantos admiradores, mas aquilo que vos gostava de transmitir é que é importante que tenhamos sonhos, objetivos, que definam coisas que queiram atingir,… Na vossa idade pode ser ter boa nota a matemática ou a português ou fazer parte duma equipa,… Ter objetivos e trabalhar para eles. Foi isso que sempre fiz e foi isso que me permitiu ser atleta profissional, e fazer algo que gostava e que fosse a minha profissão. É muito fácil dizer: “eu quero ser jogador profissional”, mas se não trabalharmos para isso, não nos empenharmos e não nos esforçarmos é difícil atingirmos esse objetivo. O que é mais importante e que me marcou mais foi ter objetivos, ter algo importante que queiramos atingir e depois darem o vosso melhor para os atingirem. 5. B


abril de 2019

Direitos Humanos : realidade ou Utopia? Na sua mensagem para o Dia dos Direitos Humanos, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, expressou a sua preocupação com a atual situação dos Direitos Humanos que constituem os alicerces das sociedades pacíficas e do desenvolvimento sustentável: "Hoje, vemos hostilidades perturbadoras em relação aos direitos humanos em todas as regiões. É necessário contrariar essas forças negativas. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento mais traduzido do mundo.

Juntos temos de garantir que as palavras são traduzidas em ações." – afirmou António Guterres. De forma a assinalar esse mesmo dia, celebrado com o objetivo de homenagear o empenho e dedicação de todos os cidadãos defensores dos direitos humanos e colocar um ponto final a todo o tipo de discriminação, promovendo assim a igualdade entre todos, o grupo disciplinar de Filosofia realizou uma atividade nesse mesmo âmbito, intitulada “Direitos Humanos: realidade ou utopia?” Depois de debater, em aula, as questões ligadas aos direitos humanos, os alu-

nos (10.º e 12.º anos) produziram uma reflexão escrita que espelha algumas das preocupações que continuam a assolar as sociedades atuais, principalmente em relação a uma série de direitos inalienáveis que continuam a ser desrespeitados e que se apresentam no “Espaço Opinião”. Grupo disciplinar de Filosofia

Informação Técnica: ANO: IX EDIÇÃO: abr il de 2019 PROPRIEDADE: Agr upamento de Escolas J oaquim Inácio da Cr uz Sobral DIRETORA: J oaquina Lour enço COORDENADORA: Már cia Alves DESIGN GRÁFICO: Már cia Alves IMPRESSÃO: ver são on-line COLABORADORES: Comunidade Educativa do Agr upamento de Escolas J oaquim Inácio da Cruz Sobral TIRAGEM: ver são on-line PREÇO: 0 € (ver são on-line)

Página : 29


Jornal Escolar Agrupamento de Escolas Joaquim Inรกcio da Cruz Sobral


janeiro de 2019

Espaço Opinião

Um obstáculo chamado egoísmo ! No presente, um dos maiores problemas do processo deliberativo é o sentimento/ afetividade que o ser humano coloca naquilo que faz, nas coisas e nos outros, com quem se relaciona.

Esta emoção e apreço poder-nos-á levar à tomada de decisões que, por vezes, beneficiam quem se quer proteger embora possam prejudicar outros. Recordando a intriga principal do filme “Em último recurso”, Paul para proteger/salvar a sua filha com um problema muito grave de saúde, não hesita em pagar para esta ocupar o primeiro lugar da lista daqueles cuja vida dependia da obtenção de uns pulmões, deixando possivelmente aqueles que se encontravam em situações mais graves com uma menor probabilidade de voltarem a ter uma vida saudável e sem tal sofrimento. Este exemplo salienta o facto do ser humano ter a tendência a agir para a satisfação das suas necessidades (fisiológicas e psicológicas), isto é, ver o outro de quem se gosta a passar por uma fase de sofrimento causa-nos também desconforto. A nossa tendência será sempre tentar remediar/erradicar tal situação, pois o bemestar do outro é condição para o nosso. Pessoalmente, depreendo o egoísmo como a principal fonte geradora dos problemas do nosso século uma vez que é a promoção da satisfação pessoal que nos leva a desafiar a nossa liberdade (a agir de determinada maneira em detrimento de outra) e a cometer crimes como o suborno, a ofensa a outrem e, em casos mais graves (por vezes, não diretamente), o homicídio. O suborno, por exemplo, é um desafio à liberdade pois considero que a nossa condição social e socioeconómica jamais se deve sobrepor ao nosso direito à vida e ao respeito pelas normas e regras (sociais e morais) estabelecidas (artigos dois e três da Declaração Universal dos Direitos Humanos), pois trespassar o estabelecido é limitar os direitos daqueles que de alguma forma não atingiram um patamar social e socioeconómico tão elevado. Obviamente que esta situação proporciona o crescimento de uma sociedade desigual, onde os direitos não são imutáveis e em que as pessoas não são valorizadas por elas mesmas (por serem o que são) mas sim pelas condições onde nascem e em que vivem, e por-

tanto edificar uma sociedade condicionada que em última instância compromete a liberdade de quem nela vive. Embora para muitos custe acreditar que ainda existe quem pense e apele a esta ideia, a verdade é que houve a necessidade da criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que não se justificaria se a generalidade defendesse a igualdade, por outro lado, temos vindo a assistir à ascensão da extrema-direita na Europa (e não só) que se torna preocupante e também um desafio, pois através da manipulação (e, portanto implicitamente) parece apelar a uma ideia de que o local e cultura onde nascemos determina a nossa capacidade de resolução de problemas (inteligência/ perspicácia) e o nosso acesso às condições mais básicas. Assim, defendo que a vida de um ser humano não tem mais valor que outra. Destaco a cena final do filme em causa, em que Paul tem de escolher entre a vida de um menino de rua saudável que, embora tenha um problema na perna é de fácil resolução e não interfere na sua sobrevivência, e a da sua filha que se não for rapidamente transplantada tem uma enorme probabilidade de morrer. Paul acaba por decidir que a vida deste menino não é menos digna que a da filha e que, portanto, este deve ser tratado restando a ambos que as condições que lhes são externas (condições de vida em que vive e doença, respetivamente) decidam o seu futuro. Em suma, reitero que ter um papel ativo na sociedade é defender os direitos e bem-estar de todos, sendo que devemos apoderar-nos da liberdade de expressão e pensamento como forma de reivindicar toda e qualquer ideia de abuso de poder, estatuto social e/ou económico e portanto dos direitos humanos, pois ter esta ideia de respeitabilidade presente em todas as nossas ações é também uma forma de promover a estagnação de uma possível inversão da tábua de valores de uma sociedade tipicamente capitalista. Para isto, é ideal tentarmos subjugar as relações afetivas e ter consciência que cada ser humano vale por si mesmo e não pela relação que estabelece connosco.

Ana Carolina Silva – 12.. A

Página : 31


Ano Letivo 2018/2019

Espaço Opinião

Reflexão sobre os Direitos Humanos! A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento que define os valores e os direitos de todos os seres humanos. Apesar de ser amplamente conhecido, este documento não parece ser respeitado à letra após setenta anos da sua elaboração. Por todo o mundo artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos são violados em diversas situações e o filme “O Último Recurso”, tal como muitos outros, demonstra este acontecimento abordando um problema tomado por desconhecido mas que é realmente conhecido por todos nós: o tráfico de órgãos humanos. O filme conta a história de Paul Stanton que procura desesperadamente por um dador para a sua filha, que necessita de um transplante de pulmão. De modo a assegurar um órgão para a sua filha, seria necessário que uma outra criança morresse. No entanto, esta morte não aconteceria por uma causa natural mas sim devido a um acidente propositado. Isto é uma clara violação do Artigo 3.º (“Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.”), uma vez que seria retirar o direito à vida a um ser humano em prol de outrem. Este acontecimento revela também que o Artigo 1.º (“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos…”) é desrespeitado, visto que seria como se a vida de um ser humano tivesse mais valor do que a vida de outro. Situações como as que são retratadas no filme acontecem todos os dias, sem que nos apercebamos de tal. Vidas são retiradas em função de outras para que este mundo do tráfico de órgãos funcione, movimentando quantias de dinheiro inimagináveis. Todos temos direito à vida, quer sejamos brancos ou pretos, mulher ou homem, heterossexuais ou homossexuais, ricos ou pobres, entre outros aspetos. Em nenhuma circunstância a vida de um ser humano vale mais do que a vida de outro, uma vez que todos nós somos iguais e temos direito à liberdade, sendo condenável que, em pleno século XXI, a nossa sociedade aceite estas violações dos direitos humanos e que nada faça para as combater. Para diminuir as vítimas do tráfico de órgãos, bem como para terminar com este mercado, os governos de todos os países deveriam considerar alterar alguns aspetos nos seus sistemas de doação de órgãos. Deste modo, poderia ser institucionalizada uma lei que faria de todos nós dadores de órgãos e, caso não o quiséssemos ser, teríamos de o ter estipulado na nossa ficha médica, ou seja, o contrário do que acontece atualmente. No entanto, sendo esta uma medida difícil de aplicar, poder-se-iam realizar campanhas de sensibilização para incentivar as populações a doar os seus órgãos. E, ainda, aplicar penas ou multas severas a quem pratica este tipo de negócio, uma vez que o único interesse destas pessoas é ganhar dinheiro e não a saúde do doente e do dador. Em suma, a questão do tráfico de órgãos deve ser combatida com o propósito de fazer respeitar os direitos de todos os seres humanos, para que estes sejam mais importantes do que os interesses económicos que fazem este “negócio” perpetuar-se.

Ana Rita Agostinho – 12.. D


janeiro de 2019

Espaço Opinião

Direitos Humanos por: António Lourenço 12. D Para fazer uma reflexão sobre os direi-

sua filha; contudo, acaba por descobrir um

tos humanos temos que ter uma noção do que

mundo do tráfico de órgãos e desrespeito para

estes englobam e em que sentido foram cria-

com os direitos humanos, uma vez que a máfia

dos.

mexicana, controlava todos os principais órOs direitos humanos são as liberdades

fundamentais que pertencem a cada indivíduo independentemente do seu género, etnia ou

gãos de poder e queria matar um jovem inocente para facilitar o tráfico para a filha do personagem principal.

religião. A perceção dos termos: Respeito, Li-

O desrespeito dos direitos humanos é

berdade e Compreensão são de extrema im-

algo visível por todo o mundo, é algo existente

portância para entender o assunto.

em todo o mundo, é algo que, apesar de tudo,

Estes direitos foram promulgados de

modo a assegurar um acordo entre as diversas nações do mundo, para garantir de uma maneira igual e universal os direitos fundamentais. Também o passado histórico de diversos países como Portugal (escravatura), diferenças culturais e tragédias outrora experienciadas na história global (2.ª Guerra Mundial) levaram à promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos a 10 de dezembro

de 1948. Apesar de tudo, existem violações destes direitos pelos mais diversos motivos, existem países onde o desrespeito é total, como é o caso da Venezuela, que foi dado a conhecer ao mundo pela ONU que decidiu expor este caso onde a polícia mata pessoas sem qualquer motivo ou justificação. Também o caso visto em aula do filme “Inhale”, onde o prota-

gonista principal se vê obrigado a cometer ilegalidades para encontrar um pulmão para a

também tem formas de combater! Todos aque-

les que contrariem os direitos humanos deveriam ser seriamente punidos, expulsos da sua posição, julgados como verdadeiros criminosos que são. O mundo não precisa de pessoas assim, precisa de pessoas que estejam dispostas a servir os outros e não a usar os outros para seu próprio benefício; precisa que pessoas de diferentes raças se olhem e se considerem irmãos; o mundo precisa de nós na fraternidade e na união para se tornar um lugar melhor e não num lugar pudico e repugnante. Cabe a cada um de nós fazer essa mudança, e se cada um de nós decidir mudar de mentalidade em relação a este assunto o desrespeito irá diminuir cada vez mais até passar a ser inexistente. “Negar ao povo os seus direitos humanos é pôr em causa a sua humanidade. Imporlhes uma vida miserável de fome e privação é desumanizá-lo.”

Nelson

Mandela

Página : 33


Ano Letivo 2018/2019

Espaço Opinião

Direitos humanos em pleno século XXI

Vivemos num mundo onde se defende a liberdade, a individualidade, a compaixão, a solidariedade, a defesa dos mais fracos. Vivemos em plena sociedade utópica, mas qual será o significado desta palavra para nós? Segundo os direitos humanos, todos nós somos livres e temos um papel a desenvolver, mas realmente o que é a ”liberdade”? Vivemos constantemente agarrados a palavras e conceitos, mas não há realidade inóspita em que nela se desenvolve. Procuramos todos os dias ser uma “melhor pessoa”, ajudar os que precisam, contudo muitos de nós só o fazem para se sentir bem com eles mesmos, já Kant dizia: “ajudar o outro é um dever moral, uma lei, e não um proveito próprio”. Comprova-se esta fragilidade do ser humano com o filme “ Em último recurso”, que mostra o lado desumano do ser humano, até que ponto estamos dispostos a ajudar os outros? Muitos de nós, neste exato momento, dizem que vão até ao limite, pena é que este limite seja uma ilusão; no filme todos se mostram o típico “ser humano”, contudo basta alguém do seu núcleo adoecer que as prioridades mudam, bem como os valores, leis morais perdem a importância, e o ser humano entrega-se ao egoísmo e a corrida pela sobrevivência torna-se o seu único objetivo, valor, a razão da sua existência. Com isto pergunto se realmente existem direitos humanos? O que é o livre arbítrio? Quando começa e acaba a minha liberdade? O que é realmente a igualdade? Como ser humano egoísta que sou direi que contribuo para esta sociedade utópica que vivemos cada dia, pois queixo-me da vida que tenho, ajudo os outros com proveito próprio e desrespeito a liberdade do outro quando ela a mim não me convêm, e faço tudo isto afirmando, todos os dias, que sou “uma boa pessoa” (ou lá o que isso realmente é); por isso pergunto-me: tal como eu todos os outros realmente perguntam se os direitos humanos são os “10 mandamentos” da liberdade e da igualdade, ou se é só fachada, para poder afirmar que vivemos num mundo de-

senvolvido?

Inês Anjos – 12. D


janeiro de 2019

Espaço Opinião Reflexão acerca dos direitos humanos baseada no filme “Em último recurso” O filme “Em último recurso” retrata a história de um casal desesperado, que faz de tudo para conseguir encontrar um dador compatível com a sua filha Chloe, diagnosticada com uma doença degenerativa rara que lhe afeta os pulmões, e que ao longo do filme se vai tornando cada vez mais incontrolável. Com isto, o pai de Chloe parte para o México em busca de uma solução. Mesmo não sabendo a 100% como funcionaria o tráfico e as doações de órgãos nesse país. No preciso momento em que lhe é apresentado o “dador”, atropelado propositadamente para possibilitar a doação do seu pulmão a Chloe, apercebemo-nos da grave violação dos direitos humanos cometida, principalmente em relação ao artigo 3 dos mesmos (“Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”). No meio de tudo isto, trata-se de um “negócio sujo” que coloca em risco e deixa várias pessoas de

uma comunidade desprotegidas, sem saber o dia de amanhã e o que lhes espera. Acima de tudo o que estas pessoas possam passar, e da baixa esperança de vida que existe nestes locais, todos temos igual direito à vida e jamais os nossos valores deverão ser desvalorizados e postos de parte. Felizmente o filme acabou bem, dado que o pai de Chloe vivenciou toda aquela situação de perto e não permitiu que Camarãozito (suposto “dador”) morresse injustamente para Chloe tratar a sua doença. Defendeu, assim, o que estava correto e o que vai de encontro aos direitos humanos, uma vez que caso decidisse matar o Camarãozito, iria retirar-lhe o seu legitimo direito à vida. No fim de contas apercebemo-nos de que é preciso mudar, ninguém é mais que ninguém, e o tráfico de órgãos para fins comerciais não é a solução. Trata-se de uma violência baseada na venda do outro, a degradação humana em proveito do lucro. É, por isso, um crime contra a dignidade humana, que vitimiza as pessoas sem poder económico e com baixa escolaridade, provenientes maioritariamente de países subdesenvolvidos. Como “soluções” para todo este problema ,deveria deixar de haver benefícios e distinção para os que têm um maior poder económico, visto que estes se encontram sempre sobre os que não o têm e que se vêm incapacitados de fazer o que quer que seja para reverter essa situação, vendo-se por isso, obrigados a ceder. Deveria haver uma melhoria na legislação, uma vez que é um fator que contribui para o comércio ilegal de órgãos, especialmente a legislação com lacunas. É também importante o reforço fronteiriço, a fim de prevenir e detetar o tráfico de pessoas e órgãos. E, por fim, é fundamental estarmos atentos ao que nos rodeia, de forma a nos podermos prevenir também deste tipo de situações.

Margarida Rodrigues 12. B

Página : 35


Ano Letivo 2018/2019

Espaço Opinião Reflexão sobre os Direitos Humanos ” A Assembleia Geral das Nações Unidas, a 10 de dezembro de 1948, criou a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Esta declaração visa a promoção da paz e de valores como a liberdade, a justiça e a igualdade. Contudo, nem todos os países ratificaram esta declaração, pelo que nem todos são obrigados a segui-la. Mas aqueles que aceitaram, cumprem-na efetivamente ou não? Muitos são os países que aceitaram a declaração com os direitos do homem, mas também muitos deles não fazem cumprir esses mesmos direitos. Um exemplo desses países é o México. Neste país, consegue-se comprar e vender órgãos, de uma forma ilegal e, para isso, existe a possibilidade de algumas pessoas serem mortas sem razão alguma, violando assim um dos artigos que compõem a declaração (“Todo o indivíduo tem direito à vida”). Este exemplo acima referido aparece no filme Em Último Recurso, de Baltazar Kormákur. Neste filme, é diagnosticado a uma criança uma doença degenerativa rara, e os seus pais tentam salvar a vida da sua filha. Até que, a certa altura, o pai da criança vai até ao México para conseguir um órgão, e assim

salvar a sua filha, mas para isso ele tem “a vida de uma outra criança nas suas mãos”. Terá de “matar” uma criança inocente para salvar a vida da sua filha. Haverá alguma situação que justifique a “troca” de uma vida humana por outra? Teremos realmente liberdade e poder de decisão? Do meu ponto de vista, nada justifica a “troca” de uma vida por outra, uma vez que todos os indivíduos têm o direito à vida e isso é algo que devemos respeitar. Não é pelo simples facto de salvar uma vida que temos o direito de pôr fim a uma outra. Sendo assim, essa liberdade e esse poder de decisão limitam-se apenas à vida de cada um, na qual não deve de haver outros intervenientes. Posto isto, que papel deve desempenhar, cada um de nós, na defesa dos direito humanos? Todos os dias são violados os direitos humanos, mas mesmo sabendo de tal coisa acabamos por não fazer nada, e assim mais cedo ou mais tarde estes direitos serão violados de novo. A meu ver, para conseguirmos acabar com estas constantes violações, devem ser feitas resoluções, condenando quem tem este tipo de práticas e assim servir de exemplo, para que não se volte a cumprir outro tipo de violações. Para finalizar, todos temos uma certa opinião no que toca aos direitos humanos. Quando uma pessoa é alvo de maus tratos, todos aqueles que constam na Declaração Universal dos Direitos do Homem, também são alvo de maus tratos, não no sentido genérico, mas pela simples razão de que todos somos iguais, e temos os mesmos direitos, para tal devemos agir para conseguir promover paz e valores

como a liberdade, a justiça e a igualdade.

Pedro Antunes 12.. A


janeiro de 2019

Espaço Opinião Vamos mudar? Todos falamos em direitos humanos, pensamos e discutimos em mudar o mundo, mas nunca nada é feito para resolver. Como resolvemos a pobreza, a fome, a guerra, a escravatura, os refugiados? Será que palavras chegam para mudar? Começarmos guerras a matar pessoas inocentes faz-nos ganhar razão? Faznos ter poder? Palavras são bonitas mas as atitudes são escassas. Em pleno século XXI, não conseguimos combater a pobreza em África, não conseguimos arranjar soluções para este problema. Milhares de crianças morrem todos os dias por não terem um pedaço de pão na mesa ou mesmo água, enquanto que nós temos tudo (uma casa, comida, água potável, uma boa educação) e não conseguimos dar valor a isso, achando que somos infelizes e que queremos mais e mais. Todos temos o direito de ter comida em cima da mesa, uma casa, uma educação, viver num lugar onde não haja guerra. Como Malala Yousafzai afirma: “Nossos livros e canetas são as armas mais poderosas.

Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é a única solução”. Como são capazes de pôr armas nas mãos de crianças? Essas que não fizeram nada de mal, essas mesmas que deviam ter uma infância. Porque é que as mulheres não podem ter educação, assim como os homens? Porque é que se um homem tiver várias mulheres é considerado normal mas uma mulher ter vários homens é considerada adúltera? Porque tem que haver diferença entre os salários dos homens e das mulheres? Onde há direito nisso? Não somos todos iguais? Não podemos ter todos os mesmos direitos? Após tantos anos, de tantas guerras, de tantas mortes, nada vai mudar? Não fazemos nada para puder arranjar soluções. Destas vivências podíamos aprender e mudar. Não digo mudar o mundo, pois isso é impossível, mas talvez arranjar soluções para alguns problemas. “Os direitos humanos são violados não só pelo terrorismo, a repreensão, os assassinatos, mas

também pela existência de extrema pobreza e estruturas económicas injustas, que originam as grandes desigualdades”- Papa Francisco.

Tatiana Bucica – 12.. C Página : 37


Ano Letivo 2018/2019

Espaço Opinião

Escravidão moderna Atualmente, quando se fala em trabalho escravo, a primeira imagem que nos vem à mente é a do negro acorrentado. Afastamo-nos da ideia da escravidão, convencendo-nos que esta foi abolida há décadas. Vivemos numa sociedade que evoluiu no sentido de abolir todas as práticas que se possam relacionar com escravidão. No entanto, quando analisamos todas as notícias que se passam no mundo surgem-nos factos aterradores. Será que temos consciência do atual conceito de escravidão?

Nos tempos modernos pode-se traduzir sobre diferentes práticas. Desde as sociedades mais evoluídas, em países desenvolvidos, onde vemos trabalhadores escravos da sua atividade profissional, sendo muitas vezes explorados sobre o pretexto da evolução tecnológica. Até aos países em desenvolvimento, onde temos verdadeiros flagelos de tráfico humano seja qual for o seu fim. A escravidão moderna é definida como a posse ou controlo de um indivíduo, privando-o dos seus direitos, com a intenção de o explorar. Toda a sociedade deve tornar-se consciente da existência destes “escravos” por todo o mundo, pois ao contrário do que seria esperado, a escravatura não foi abolida. Pelo contrário. Se levantássemos esta questão, em muitos países iríamos desco-

brir que são ainda hoje milhões de pessoas forçadas a trabalho escravo e privadas da sua liberdade.

Filipe Baltazar 10. A


janeiro de 2019

Espaço Opinião

Violência doméstica Já alguma vez ouviu dizer “Só as mulheres de meios sociais desfavorecidos sofrem de violência doméstica”, “Quanto mais me bates mais gosto de ti”, “Uma chapada não magoa ninguém”, “O marido tem direito de bater na mulher quando ela se porta mal” e “Há mulheres que provocam os maridos, não admira que eles se descontrolem”? Todas essas citações são mitos, que infelizmente, em pleno século XXI muitas pessoas ainda acreditam que sejam factos. A violência doméstica é uma realidade que muitas pessoas sofrem. Apesar de esta ser mais comum nas mulheres (como vítimas), também existem atos abusivos contra os homens, ao contrário do que muitos pensam. Este tipo de violência pode não só envolver adultos mas também crianças, que acabam por presenciar este ambeinte entre os pais ou até mesmo ser a própria vítima. No tópico da violência doméstica, também podemos referir a violência no namoro, sendo esta mais comum entre jovens. As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, etnia, orientação sexual, formação ou estado civil. No fundo, todos podemos ser vítimas de violência doméstica. Qualquer tipo de ação que inflija sofrimentos físicos, psicológicos, sexuais ou económicos, é considerada violência doméstica. Este crime engloba diversos tipos de abusos como: violência emocional, social, física, sexual, financeira ou, até mesmo, perseguição e controlo sobre a vítima. Grande parte das vítimas destes abusos sofre em silêncio, por vergonha ou medo da reação das

outras pessoas. No caso do sexo masculino, muitos homens têm receio de ferir a sua masculinidade por serem vítimas de violência doméstica. Já no caso das mulheres, onde é mais comum, normalmente as mesmas sentem-se frágeis e impotentes em relação à situação. Após todo o sofrimento que a pessoa passa, é necessário compreender que pode ser difícil denunciar um agressor ou fazer com que a sua voz seja ouvida. Por isso, se você sofre de violência doméstica ou conhece alguém sob tais circunstâncias, quero que saiba que é possível ultrapassar toda esta fase, não deixe de acreditar em si próprio/a, erga a sua voz e com certeza que alguém o/a ouvirá e ajudará. Não deixe de acreditar. Este tema trata-se de algo atual e que quebra o princípio dos direitos humanos, pois segundo estes é suposto vivermos num mundo onde exista harmonia, igualdade, liberdade e fraternidade, algo

que certamente não é promovido por meio de violência doméstica.

Mariana Alegria 10. A

Página : 39


Ano Letivo 2018/2019

Espaço Opinião

O direito de liberdade de expressão Os direitos humanos foram criados para serem utilizados, como uma fonte de informação (sobre o que os seres humanos precisam para ter uma vida razoável- necessidades básicas dos seres humanos). Um dos aspetos abordados pelos direitos humanos, que na minha opinião é muito importante, é a liberdade de pensamento e expressão. O pensamento é um acontecimento. Acontece independente da nossa vontade. Quando estamos em situações complexas involuntariamente pensamos sobre aquela situação. O pensamento é uma necessidade fisiológica do ser humano. Na minha opinião, as sociedades que negam a expressão dos pensamentos às pessoas, desejam que estas pessoas deixem de ter carácter e personalidade própria. O que nos torna diferentes é a forma como pensamos, agimos e encaramos uma situação independente desta ser desconhecida ou não. Ao tirarem às pessoas o direito de pensarem e pronunciarem-se, tiram o direito às pessoas de distinguirem-se e serem reconhecidas perante uma sociedade. Concluímos então que sociedades que apoiam que os cidadãos não pensem nem se expressem,

têm como objetivo ter cidadãos apáticos, sem opinião e que não se questionem. O pensamento e a expressão é o que nos torna diferentes uns dos outros, únicos e especiais. São a base do ser humano.

Renata Gonçalves 10. B/C


Jornal Escolar Agrupamento de Escolas Joaquim Inรกcio da Cruz Sobral


Ano Letivo 2018/2019

Espaço Criatividade

Venezuela no Auto da Barca Se Gil Vicente fosse vivo, nos dias de hoje, teria muitos temas para abordar e um desses temas seria a crise na Venezuela. Esta crise envolve toda a população da Venezuela e do resto do mundo. E, a partir dela, poderia ser feita uma 2ª edição do Auto da Barca. Nicolas Maduro poderia ser a primeira personagem a entrar em cena e seria rapidamente dirigida para a barca do diabo, pois, este ditador, representaria o egocentrismo, por este estar disposto a matar e a deixar morrer para manter o seu poder. Além disso também representaria a corrupção- Gil Vicente representaria este defeito ao colocar o ditador a transportar um barril de petróleo. Isto porque a Venezuela é um país pertencente à OPEP e podendo ser um país muito evoluído, devido a desvios de dinheiro, encontra-se na situação de hoje. As próximas personagens a entrar em cena seriam Donald Trump e Putin. Representariam (tal como o Sapateiro e o Fidalgo) a vaidade e a falsidade. Isto é evidente pois, ambas as personagens fingem preocupar-se com esta crise, quando na verdade apenas se querem confrontar e contrariar. Desta forma, seriam ambos punidos e enviados para o Inferno, culpando-se um ao outro pelo sucedido e caindo numa cena altamente ridícula. A outra figura a entrar em cena seria Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela. Carregaria consigo uma coroa de papel, por ser um líder sem qualquer tipo de poder. Tal como o Parvo, Juan Guaidó permaneceria no cais, por não sabermos se realmente se preocupa com a situação ou se apenas procura o poder assim como Maduro. Os únicos a serem enviados para o Paraíso seriam a população Venezuelana, pois estes lutam pelos seus direitos, não tendo medo de morrer para os atingir. Desta forma, Gil Vicente concluiria que a falta de valores e pecados cometidos no passado continuam a ser cometidos no presente, como se o ser humano nada aprendesse com a História, a sua História.

Luís Sampaio 9. A


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.