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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL

SUMÁRIO GESTÃO

SUMÁRIO INFORMÁTICA

AULA 1 GÊNESE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ............... 3

AULA 1 INTRODUÇÃO A EXCEL ............................................. 62

AULA 2 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA .......... 07 AULA 3 INTERDISCIPLINARIDADE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA........................................................................... 09

AULA 2 FORMATAÇÃO ......................................................... 66 AULA 3 FÓRMULAS .............................................................. 68

AULA 4 TOMADA DE DECISÃO ............................................. 11

AULA 4 FUNÇÕES ................................................................. 70

AULA 5 GESTÃO FINANCEIRA................................................ 16

AULA 5 FUNÇÕES MAIS UTILIZADAS .................................... 71

AULA 6 FLUXO DE CAIXA ....................................................... 18 AULA 7 CONTROLE BANCÁRIO.............................................. 22 AULA 8 CONTROLE DE VENDAS ............................................ 23 AULA 9 CONTROLE DE CONTAS A RECEBER.......................... 26 AULA 10 CONTROLE DE CONTAS A PAGAR........................... 29 AULA 11 CONTROLE MENSAL DE DESPESAS ......................... 31

AULA 6 FUNÇÃO SE ............................................................... 74 AULA 7 PASTAS DE TRABALHO ............................................. 75 AULA 8 FILTROS ..................................................................... 77 AULA 9 GRÁFICOS ................................................................ 79 AULA 10 FUNÇÃO PROC V..................................................... 80

AULA 12 CONTROLE DE ESTOQUE ....................................... 33

AULA 11 FUNÇÕES SOMASE E CONT. SE............................... 80

AULA 13 ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO ................ 37

AULA 12 TABELA DINÂMICA ................................................. 82

AULA 14 CAPITAL DE GIRO II................................................. 40

AULA 13 GRÁFICO DINÂMICA ............................................... 84

AULA 15 CAPITAL DE GIRO III ............................................... 46 AULA 16 ATIVO E PASSIVO ................................................... 49 AULA 17 POLÍTICA DE CRÉDITO ........................................... 54 AULA 18 FUNÇÃO COMPRA E VENDAS................................. 56

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL

Descrição Geral do Treinamento Treinamento de Administração, Gestão de Financeira e informática aplicada com certificado válido em todo Brasil.

• Resumo Informativo O Treinamento de Administração visa ensinar sobre os processos de gerenciamento de uma empresa, entender seu ambiente, função e características para organizar, controlar e motivar o desempenho do negócio.

• Metodologia de Ensino A metodologia é baseada em aulas práticas e dinâmicas, com as quais o aluno desenvolverá as habilidades e competências necessárias para exercer com eficácia as funções de: ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

Assistente Financeiro Auxiliar administrativo Operador de Caixa Analista Administrativo Líder Administrativo Assistente de Contabilidade Auxiliar de Contabilidade

As aulas interativas, com um educador acompanhando todo o momento da aula. Ele realiza questionamentos ao final da aula para garantia da aprendizagem. O método é dividido em três momentos: Interação, apostila e avaliação.

• Vantagens ✓ O setor administrativo Financeiro é uma das áreas mais estáveis do mercado de trabalho, já que, mesmo em momentos de crise, é difícil haver cortes nos setores de gestão. O salário inicial é de R$ 1.200,00 podendo chegar a R$ 2.500,00 ✓ Material de Estudo: Apostila, aulas práticas e teóricas. ✓ Certificado Válido em Todo Brasil.

• Objetivo do Treinamento Tem por objetivo formar um administrador Financeiro ético, com visão e responsabilidade social, criativo e que tenha senso crítico, espírito empreendedor e bom relacionamento interpessoal com sólida formação teórica e prática em administração empresarial.

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GÊNESE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪

1 AULA

A Gênese da Administração Financeira Linha do tempo: Administração O Administrador Financeiro Conceitos de Administração Qual sua função? Onde trabalhar?

1. A Gênese da Administração Financeira A administração financeira evoluiu de conformidade com o desenvolvimento da sociedade, no ano 5.000 a.c para manter a estrutura do Estado em funcionamento, já existia um sistema tributário em funcionamento na Suméria. No ano 2.000 a.c os babilônios já tinham leis que regulamentava os empréstimos. No ano 1.530 os Faraóis do Egito já arrecadavam 20% de toda produção da região. Na idade média (476 a 1453 d.c) a igreja proibiu a cobrança de juros, nessa época os judeus exercia forte papel nos empréstimos de dinheiro, a quem diga que foram eles que financiaram as navegações que descobriu o Brasil, já que nem a coroa portuguesa nem a igreja detinham de recursos suficientes na época. Nesse mesmo período surgiu a primeira bolsa de valores. Mais foi na idade moderna (1453 a 1789 d.c) que surgiu o primeiro banco nos moldes moderno o banco de Rialto em Veneza. Nesse período começou a existir o mundo capitalista, o trabalho passou a ser remunerado, veio à idéia da maximização dos lucros, a produção passou a ser independente o trabalho passou a ser remunerado.

Rialto - Veneza

Logo depois veio a revolução industrial com a linha de montagem e a mecanização da produção, a contabilidade passou a preocupar-se com a mensuração do custo das mercadorias produzidas, implantando então o CMV (Custo da Mercadoria Vendida, utilizado no comércio) E CPV (Custo do Produto Vendido, utilizado na indústria).

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Com a segunda guerra mundial as empresas passaram por uma situação financeira muito difícil e implantaram o calculo da rentabilidade do investimento, o estudo do orçamento da liquidez e a política de financiamento, tornado esse período um dos mais importantes na evolução da administração financeira. Antes da crise de 1929 predominância nos fatores externos prevalecia o que era chamado de abordagem tradicional, o gestor preocupava-se com a captação dos recursos através dos fornecedores, banqueiros, acionistas investidores e muito pouco com a gestão dos ativos. Após a crise observa-se um enfoque mais administrativo destacando-se a preocupação com a liquidez e solvência das organizações dessa forma a estrutura das empresas evoluíram de forma significativa.

Crise de 1929 A administração financeira era considerada como parte da ciência econômica foi só a partir dos anos 20 que passou a ser estudada separadamente, nos dias atuais passou a ter uma postura questionadora. Observamos uma revolução no pensamento da administração financeira com as teorias de Taylor, Fayol e Ford, a partir dessas influências, devido a inexpressivos resultados, as empresas passaram a preocupar-se com fatores internos com o gerenciamento e maximização operacional dos ativos. Em meados dos anos 50 o analista financeiro voltou a preocupar-se com os fatores externos analisando os aplicadores de recursos;

Com a teoria de KEYNES, após a década de 50 o administrador das finanças passou a preocuparse tanto com a captação dos recursos como com a aplicação dos mesmos. Dois conceitos importantes surgiram nesse período: retorno do investimento e custo do capital.

A moderna teoria financeira passou a ser denominada a partir das proposições de Franco Modigliani (anos 50) e Merton Miller (anos 60), que abordam a irrelevância do mercado de capital e da política de dividendos para mensuração do valor real da empresa.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Nos anos 90 a administração financeira passou a executar a gestão do risco, analisando o risco versos retorno. A moderna gestão adotou a idéia de portfolio, ou seja, um ativo deverá ser analisado com base na sua contribuição ao risco total em conjunto com outros ativos, conforme teoria dos autores: Markowitz, Sharpe, Fama e Lintner.

2. Linha do tempo: Período

FATORES

5.000 a.c

Sistema tributário na Suméria.

2.000 a.c

Babilônios tinham leis que regulamentavam o empréstimo.

1530 a.c

Faraós do Egito arrecadavam 20% da produção.

Idade média

A igreja proibiu a cobrança de juros, surgiu a primeira bolsa de valores.

Idade moderna

Surge o primeiro banco nos moldes moderno o Rialto.

Revolução Industrial

Surge a linha de montagem e a contabilidade implanta o CMV e o CPV.

Segunda guerra

Calculo da rentabilidade do investimento; O estudo do orçamento da liquidez e a política de financiamento.

Mundial Crise de 1929

Preocupação com a liquidez e solvência das organizações.

Teorias de Taylor, Ford e Fayol

Gerenciamento e maximização operacional dos ativos.

Teoria de Keynes

Retorno do investimento e custo do capital.

Modigliani e Miller

Irrelevância do mercado de capital e da política de dividendos para mensuração do valor real da empresa.

Anos 90

Risco X Retorno e a idéia de Portfolio.

3. Administração Aquele velho ditado popular que diz: “de Médico e Louco todo mundo tem um pouco”, deviria ser: “de Médico, Louco e Administrador todo mundo tem um pouco”, pois a Administração é inerente a todos, ou seja, sem que percebamos temos que usá-la na nossa casa, nas nossas finanças pessoais, enfim, na nossa vida. Podemos observar a Administração atual, que se faz presente desde o sorveteiro até o um Presidente de uma Multinacional, pois ambos se utilizam das funções e ferramentas da administração, mas cada um em proporções diferentes, com o mesmo objetivo, verem seus negócios prosperando. “Administrar um negócio, seja um modesto empreendimento ou uma grande sociedade anônima, envolvem muitas funções diferentes, funções estas imprescindíveis para a organização ter sucesso frente a seus clientes e concorrentes, mas é finanças que faz com que tudo aconteça. “GITMAN(2002, pag. 3) 4. O Administrador Financeiro 5


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Os administradores financeiros estão incumbidos da responsabilidade primária de maximizar o preço da empresa enquanto mantêm o risco no mais baixo nível possível. A fim de atingir essas metas, um administrador deve determinar quais investimentos resultarão em lucros mais elevados aos menores riscos. Os administradores devem usar políticas de investimento que minimizem o risco. Entretanto, alguns administradores interpretam suas missões de maneira diferente. Eles visualizam seus papéis como aqueles que evitam grandes erros. Os administradores são frequentemente apanhados no meio, tentando agradar as duas principais facções: os credores e os proprietários. Essa consideração é em especial importante quando a dívida se torna uma importante fonte de financiamento. Os credores impõem certas restrições à empresa, ora limitando os pagamentos de dividendos quando os lucros foram muito baixo, ora forçando os administradores a manter a liquidez a um dado nível para assegurar o pagamento dos empresários. Na tentativa de satisfazer as reivindicações impostas por esses credores, os administradores financeiros são inclinados a dar muito mais atenção aos credores e pouca atenção aos proprietários. Esse conflito pode tornar os administradores menos eficientes e impedi-los de tirar vantagem das melhores oportunidades.

Atividade 1. Como surgiu a administração Financeira _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 2. O Que são administradores financeiros

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FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ▪ ▪

2 AULA

Funções da Administração Financeira Principais Áreas em Administração Financeira

1. Funções da Administração Financeira Dentre as diversas funções do administrador financeiro podemos destacar: o Planejamento, controle, gestão dos Ativos e Passivos das organizações. Planejamento – Para elaboração de um bom planejamento o gestor deverá está bem engajado com os objetivos dos sócios da organização e ciente dos objetivos da empresa. Um bom planejamento não poderá ser mensurado positivamente de tal forma que seu alcance seja uma utopia, ou subjugado que seu alcance torne-se certo. A partir do planejamento o gestor irá decidir em quais ativos deverá investir e comparar os resultados dos os mesmos com o planejado, excluindo aqueles que não obtiverem um bom rendimento. Deverá também analisar se a capitação dos recursos favoreceu para a maximização dos resultados da empresa e colaborou para remuneração do capital dos acionistas ou cotistas da empresa. Controle – O gestor deverá está ciente se o planejamento está sendo executado conforme previsto, e corrigir as distorções ocorridas no decorrer do processo que estão prejudicando o desempenho na execução do projeto. Devendo também controlar todo desempenho financeiro da empresa, através da análise dos índices e das demonstrações contábeis e financeiras, para que não haja problemas que venham levar a organização à descontinuidade das suas atividades; Administração dos ativos – Consiste na aplicação dos recursos da empresa da melhor forma, ou seja, que venha a maximizar os resultados sem, contudo ocorrer riscos elevados à organização. O gestor financeiro deverá ficar atento com o fluxo do caixa da empresa, ou seja, com a entrada e saída de recursos de tal forma a não comprometer a liquidez e capacidade de pagamento em curto prazo, pois a má gestão desses recursos poderá incorrer na busca de capital com o custo mais elevado. Administração de passivos – O administrador financeiro deverá estabelecer a melhor estrutura financeira para organização, ou seja, de quanto deverá ser o capital próprio e o capital de terceiro, para que a empresa tenha uma adequada liquidez. O gestor deverá também fazer boas negociações na aquisição de capital de terceiros, procurando recursos com baixas taxas de remuneração e com bons prazos para pagamento, salientado que esse tipo de recurso tem origem no mercado financeiro através dos bancos de varejo e os de investimento, além dos fornecedores e dos dividendos. 7


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Lembrando que o gestor das finanças tem que tomar duas decisões primordiais na gestão dos recursos da empresa: Em quê investir e de onde se originarão os recursos para execução do investimento. O ponto chave desse binômio é o equilíbrio e maturidade financeira da organização, levando sempre em consideração o risco X retorno de cada operação. Ressaltamos que o capital próprio também é remunerado através do lucro, e que os sócios da empresa tem uma perspectiva de ganho, que deve superar as oferecidas pelo mercado especulativo, pois caso não seja atrativo investir na empresa, a capitação de recursos será cada vez mais difícil. Se houver um resultado de lucro acima das expectativas dos sócios, se justificará uma política de dividendos, pois essa ação dissolverá parte do lucro dos acionistas ou cotistas com os outros investidores, tornando essa operação inviável se a lucratividade da organização for abaixo do esperado pelos proprietários. 2. Principais Áreas em Administração Financeira Existe uma tendência cada vez maior de executivos oriundos da área financeira ocupando os cargos mais altos nas organizações. Nesse contexto, algumas áreas vêm se destacando e atraindo a atenção de estudantes e profissionais por serem excelentes oportunidades de carreira. São elas: Finanças Corporativas (ou Empresariais), Investimentos, Instituições Financeiras, Finanças Internacionais e, por último, Consultoria em Finanças Pessoais. 2.1 Finanças Empresariais requer do profissional financeiro conhecimento para decisões vitais no âmbito empresarial, que podem envolver a estrutura de ativos, a estrutura financeira ou planejamento e controle da gestão e obtenção de resultado de empresas e órgãos governamentais. 2.2 A área de Investimentos lida com ativos financeiros, tais como ações, debêntures, títulos públicos e privados, derivativos e outras obrigações. E sua atividade o profissional financeiro calcula preços desses ativos, determina os riscos envolvidos e o retorno possível, analisa o contexto para definição da melhor composição de carteiras para cada tipo de investidor. Esse profissional pode atuar como Operador de Bolsa de Valores, Administrador de Carteiras de Fundos ou ainda como Analista de títulos. 2.3 As Instituições Financeiras são aquelas que lidam primeiramente com assuntos financeiros, como Bancos, Associações de Poupança e Empréstimo e Seguradoras. Essas instituições necessitam profissionais para uma grande variedade de tarefas relacionadas a finanças. Pode atuar na área de empréstimos, captação de recursos, seguros, previdência privada e capitalização entre outras. 2.4 Finanças Internacionais podem ser definidas como uma especialização que requer conhecimento em todas as áreas citadas, sua atuação envolve aspectos internacionais como taxa de câmbio e risco político, empréstimos internacionais, administração de carteira e análise de títulos de empresas sediadas em vários países. 2.5 Consultoria em Finanças Pessoais é uma atividade com certa tradição nos Estados Unidos. No Brasil vem se desenvolvendo de forma crescente. O Consultor de Finanças Pessoais (CFP), conhecido também como Planejador de Finanças Pessoais, tem um foco de atuação muito forte no planejamento financeiro. Sua atividade básica consiste em gerir as finanças pessoais para facilitar o alcance de objetivos econômico-financeiros pretendidos pelos clientes. Pode auxiliar na administração do orçamento doméstico, na análise e na busca de alternativas para endividamentos elevados, orientações sobre aplicação de recursos nas modalidades mais adequados para cada perfil de investidor. Orienta ainda, na escolha de seguros e planos de aposentadoria. Analista de ações (Bolsa de valores e consultorias independentes), Analista de crédito e cobrança (consultorias independentes e executivos de empresas), Gerente de projetos (setor privado e público), Tesoureiro, (pagamentos e recebimentos das empresas públicas e privadas), Controller, Coordenador de planejamento e controle financeiro. (Empresas públicas e privadas), Gerente de bancos, Em corretoras, distribuidoras, bolsas de valores, (associações privadas ou vinculadas a instituições bancárias), Consultor autônomo de investimentos, Analista de risco, normalmente ligado à área estratégica de empresas ou bancos, Orientador de seguros, Enfim, em inúmeras atividades. 8


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Atividade 1. Qual a função da Administração Financeira _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 2. Quais as Principais Áreas em Administração Financeira _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

3 AULA

INTERDISCIPLINARIDADE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

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Contabilidade x Administração Financeira Economia x Administração Financeira

1. Contabilidade x Administração Financeira A contabilidade é uma das ciências mais antigas da humanidade, e tem como objeto de estudo o patrimônio das organizações, é uma ciência de extrema relação com a administração financeira, pois a mesma, através dos seus relatórios, fornece ferramentas que auxiliam o administrador financeiro nas tomadas de decisões.

Registros contábeis – período Paleolítico

Conforme acima citado dentre os relatórios contábeis podemos destacar o Balanço patrimonial, que retrata uma posição estática da empresa (fotografia) e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que reflete uma posição dinâmica (filme), pois mostra os movimentos de valores entre dois momentos ou duas posições. Contudo na nova conjuntura do mercado há uma exigência de informações que os relatórios contábeis não conseguem mensurar, exigindo assim que sejam feitas algumas adaptações para tornar os mesmos mais funcionais para o gestor das finanças. 9


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Hoje o valor patrimonial da empresa não retrata o valor de mercado das organizações, pois os registros dos bens adquiridos são feitos através do seu valor de aquisição (valor histórico) e não sobre o valor atual de mercado do bem. Já a depreciação dos mesmos é executada baseada em percentuais estipulados por lei, e o correto seria ser feita através da análise da real vida útil e do valor de mercado dos mesmos. Outro ponto relevante é a classificação dos estoques e dos títulos a receber (referente às vendas a prazo) como bens disponíveis, e na realidade esse fator só deveria ser considerado caso a empresa estivesse em processo falimentar (descontinuidade), caso contrário à relação é inversa, pois quanto mais à empresa vende a sua conta de estoque e de títulos á receber crescem proporcionalmente. Essa classificação acaba interferindo nos índices de liquidez da empresa. O lucro contábil também não é um fator suficiente para mensurar a capacidade da empresa em agregar valor, pois algumas despesas não financeiras são computadas (que não geram desembolso), diminuindo o resultado contábil, tais como: depreciação; exaustão; amortização etc. Atualmente é mais importante a análise da capacidade de geração de fluxo de caixa do que a do próprio lucro contábil. Outro fator de grande importância nas organizações que a contabilidade tradicional não consegue mensurar é o valor dos bens intangíveis da empresa (incorpóreos), é o caso do valor da marca ou do ativo intelectual. Diferente que no passado o tamanho físico da empresa não necessariamente representa a sua grandeza, pois hoje o valor da marca representa muito mais que o valor do patrimônio físico da empresa, é o caso da Coca-cola, da Microsoft e do Google, essas marcas valem muito mais que seus respectivos patrimônios corpóreos (imóveis, instalações, automóveis etc.).

2. Economia x Administração Financeira Como já estudamos uma das funções do administrador financeiro é a tomada de decisão, para tanto o gestor deverá conduzir suas escolhas lastreadas na maximização do lucro dos acionistas da empresa, dessa formar acabara também conduzindo a empresa no rumo do seu objetivo. Para tanto o administrador devera dispor de parâmetros comparativos de análise para empregar os recursos disponíveis da melhor maneira possível a fim de obter o melhor desempenho da empresa no que tange o binômio risco x retorno.

O papel principal do economista é conseguir conciliar a limitação dos recursos da humanidade com a necessidade ilimitada homem, e o gestor financeiro deverá gerir esse conflito de interesses mantendo a empresa saudável financeiramente. A longevidade da empresa é de interesse de diversos setores tais como: clientes, fornecedores, governo, acionistas, funcionários etc. o que torna a empresa uma célula social, pois tanto sofre influências de fatores externos como também altera a realidade daquelas que a ela está ligada de forma direta e indireta. Portanto fatores macro e microeconômicos influenciam de forma direta o rumo a ser seguido pelo gestor das finanças de uma organização. Por exemplo quando o governo aumenta a taxa de juros referência Selic (falaremos de forma mais detalhada sobre essa taxa nos próximos capítulos), por consequência o custo de oportunidade da empresa aumenta influenciando assim a expectativas de lucro dos acionistas em relação aos recursos investidos na empresa, o que poderá torna inviável o investimento.

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O aumento da carga tributária tanto na produção de produtos como onerando a folha de pagamento, interfere diretamente nos custos das organizações onerando a produção e por conseguinte diminuído o lucro da empresa ou obrigando a mesma a aumentar o preço do seu produto, podendo dessa forma gerar impactos nas suas vendas. Outro fator econômico que influencia na empresa de forma direta é a intervenção do governo no mercado, através de algumas decisões como tabelamento de preços, abertura para o mercado externo, criação de empresas estatais. Tudo isso pode levar a organização a um processo de descontinuidade. Portanto um mercado economicamente saudável é um pré-requisito para o sucesso de uma empresa, pois o risco sobre o investimento será minimizado facilitando dessa forma a captação de recursos para empresa, tanto através de acionistas como do mercado financeiro. Valorizando dessa forma o mercado produtivo versos o especulativo. Como podemos observar a empresa está inserido em um organismo social, contudo sofre influência das diversas ciências, prevalecendo uma relação mais acentuada com a Ciência econômica e com a Ciências Contábeis, obrigando que o administrador financeiro tenha conhecimento genérico sobre essas ciências, para que o mesmo obtenha sucesso na gestão dos recursos disponíveis da empresa. Atividade 1. Diferencie Contabilidade, Administração Financeira e Economia __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________

4 AULA

TOMADA DE DECISÃO ▪ ▪ ▪ ▪

As atividades do administrador financeiro Análise e Planejamento Financeiro Planejamento à Tomada de Decisão Meta da Administração Financeira

1. As atividades do administrador financeiro Podem ser relacionadas às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas atividades primárias fundamentais são: realizar análises e planejamento financeiro; tomar decisões de investimento; e tomar decisões de financiamento. 2. Análise e Planejamento Financeiro Análise e planejamento financeiro dizem respeito à transformação dos dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar a situação financeira da empresa, avaliação da necessidade de se aumentar (ou reduzir) a capacidade produtiva e determinação de aumentos (ou reduções) dos financiamentos de aumentos (ou reduções) dos financiamentos requeridos. Seu objetivo fundamental é avaliar o fluxo de caixa da empresa e desenvolver planos que assegurem que os recursos adequados estarão disponíveis para o alcance dos objetivos.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL 3. Planejamento à Tomada de Decisão O planejamento para obter os melhores resultados deve ser flexível, permitindo estratégias alternativas para substituir os planos existentes quando os desdobramentos econômicos e financeiros divergirem dos padrões esperados. Além do mais, o planejamento financeiro envolve os prazos adequados dos investimentos a fim de evitar expansão excessiva e uso ineficiente de recursos. O uso ótimo dos recursos disponíveis significa explorar diferentes opções e selecionar aquela que resulte no maior valor total. Isso também significa adotar meios efetivos de determinar quanto captar a fim de reduzir os riscos financeiros. “O planejamento financeiro, uma parte crucial da administração financeira, inclui a tomada diária de decisões para auxiliar a empresa nas suas necessidades de caixa. Planejamentos a longo prazo devem ser elaborados a fim de fornecerem orientação adequada à área de pesquisa e desenvolvimento e para propiciarem fundamentadas decisões de gastos de capital. Se isso for por bem administrado, será percebido pelos investimentos como fator de redução de risco e de aumento nos retornos esperados, concorrendo provavelmente para que o valor da empresa aumente.” A.A. Groppelli & Ehsan Nikbakht (1998, pag. 05) 3.1. Decisões de Investimento O investimento é a força motriz básica da atividade empresarial. É a fonte de crescimento que sustenta as estratégias competitivas explícitas da administração e, normalmente, está baseado em planos (orçamentos de capital) comprometidos com fundos novos ou já existente, destinados a três áreas principais: 3.1.1 Capital de giro (saldos de caixa, de duplicatas a receber e de estoques, menos duplicatas a pagar e outras obrigações circulantes). 3.1.2 Ativos físicos (terrenos, edifícios, maquinaria e equipamentos, móveis de escritório, equipamentos de laboratório). 3.1.3 Programas de gastos principais (pesquisa e desenvolvimento, desenvolvimento de produto ou serviços, programas de promoção, aquisições, etc.). Ainda de acordo com as idéias de Helfert (2000), realizar opções adequadas de investimento e implementá-la com sucesso é uma responsabilidade-chave para a administração que leva à geração de riqueza. O novo investimento é o direcionador- chave para as estratégias de crescimento, mas somente se as expectativas são atingidas ou excedidas. Ao mesmo tempo, as empresas prósperas fazem avaliações críticas periódicas sobre como sua base de investimento (carteira de títulos) existente é diversificada, de modo a verificar se o desempenho e a perspectiva futura dos produtos, dos serviços e do segmento empresarial específico garantem um compromisso continuado. “As decisões de investimento do administrador financeiro determinam a combinação e o tipo de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa. Deve também decidir quais são os melhores ativos permanentes a adquirir, e saber quando os ativos existentes precisam ser modificados, substituídos ou liquidados.” Gitman (2002, pag. 14)

3.2 Decisões de Financiamento

As decisões de financiamentos vai lidar com as várias opções disponíveis para a administração rastrear os investimento e as operações do negócio a longo prazo. Existem duas importantes áreas de decisão estratégica e de compensação, a primeira área é distribuição de lucros: esta é crucial, pois tem que encontrar um consenso entre montante de dividendos a ser pago e o montante a ser retido desses fundos para ser investido no crescimento da empresa; o pagamento de juros aos financiadores é uma questão de obrigação contratual; e os lucros retidos representam o lucro residual que permanece na empresa uma parte significativa do potencial de recursos financeiros adicionais para investir e 12


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL crescer. A segunda área, o planejamento das proporções da estrutura de capital, envolve selecionar e equilibrar proporções relativas aos fundos obtidos ao longo do tempo mediante capital próprio e de terceiros a longo prazo. Helfert (2000) “A combinação mais apropriada entre financiamentos a curto e a longo prazo deve ser estabelecida. Igualmente importante, é que fontes individuais de financiamento, a curto ou a longo prazos, são as melhores, em um dado instante. Novamente, é o efeito dessas decisões na realização dos objetivos da empresa que realmente importa.” Gitman (2002, pag. 14) 4. Meta da Administração Financeira Quando alguém se dispõe a investir sua poupança em uma empresa, em vez de aplicá-la em alternativas mais seguras, está disposto a assumir certo risco em troca de um aumento no seu patrimônio ou riqueza pessoal. Assim, pode-se admitir que o objetivo principal da empresa, e, por conseguinte, de todos os administradores e empregados, é o de maximizar a riqueza de seus proprietários. Cada decisão financeira deve ter como meta o aumento do valor da ação. Nessa busca, duas variáveis conduzem as decisões: o risco e o retorno.

4.1 Definição De Risco

O risco é a possibilidade de perda financeira e afeta tanto os administradores financeiros quanto os acionistas (GITMAN, 2004). Todo investimento envolve certa medida de risco, e para caracterizar tal conceito corretamente é necessário diferenciar dois conceitos básicos que são: incerteza e risco.

“A incerteza pode se referir a situações nas quais muitos resultados são possíveis com probabilidades de ocorrência desconhecidas. Já o risco refere-se a situações as quais podemos relacionar todos os possíveis resultados, bem como estabelecer a probabilidade de ocorrência de cada um deles”. (KNIGHT apud PINDYCK; RUBINFELD, 2002)

As probabilidades envolvidas podem ser objetivas ou subjetivas. As objetivas fundamentam-se na frequência com a qual determinados eventos tendem a ocorrer, baseados em experiências similares. As subjetivas baseiam-se na percepção de que um determinado resultado poderá vir a ocorrer, embasada no julgamento e na experiência de uma pessoa, mas não na frequência em que os resultados tenham realmente ocorrido no passado. Ambas as interpretações da probabilidade são importantes no cálculo das medidas que auxiliam a comparar e escolher entre os riscos envolvidos, que são o valor esperado e a variabilidade dos possíveis retornos. 4.2 Tipos De Risco 4.2.1 Riscos Específicos Da Empresa Risco econômico: está intimamente associado ao tipo de operação da empresa, ao tipo de produto e às características de sua procura, já que este é o risco oferecido por sua atividade e setor de atuação e suas oscilações ficam sujeitas a forças externas, cuja origem pode estar relacionada a situação econômica do país e do mundo. Risco financeiro: por sua vez, além de incluir o risco econômico, é determinado pelo uso do capital de terceiros, que exige remuneração fixa e prioritária em face da remuneração do capital dos acionistas. 13


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Portanto, “...o risco econômico corresponde à estrutura de ativos da empresa, resultado de suas atividades e o risco financeiro corresponde à estrutura das fontes de recursos, principalmente em termos de endividamento”. (SANVICENTE, 1987) 4.2.2 Riscos Específicos Dos Acionistas Risco de taxa de juros: refere-se à possibilidade de que variações na taxa de juros afetem negativamente o valor de um investimento. Na maioria das vezes, os investimentos perdem valor quando a taxa de juros sobe e ganham valor quando a taxa de juros se reduz. Risco de liquidez: refere-se à possibilidade de um ativo não ser liquidado a um preço razoável e com facilidade de negociação, que dependem do porte e da profundidade do mercado onde este ativo é negociado. Risco de mercado: tem por característica básica a possibilidade de redução do valor de mercado de um ativo acarretado por instabilidades no mercado, independentes do ativo, como eventos econômicos, políticos e sociais. Quanto mais o valor do ativo reage às instabilidades do mercado maior o risco envolvido no investimento.

4.2.3 Riscos Conjuntos: Empresas E Acionistas Risco de evento: está relacionado a situações inesperadas que podem interferir no valor da empresa ou de um ativo específico. Geralmente, os eventos inesperados afetam setores específicos ou pequenos grupos de acionistas. Risco de câmbio: refere-se à possibilidade de flutuações na taxa de câmbio interferirem nas negociações empresariais com fluxos de caixa futuros previstos, já que tais flutuações podem mudar o valor da empresa e das ações negociadas. Risco de poder aquisitivo: relacionado à possibilidade de variação nos níveis gerais de preços, inflação ou deflação, e que esta variação afete os fluxos de caixa, as empresas e os ativos, pois variações no nível geral de preços afetam o poder aquisitivo dos agentes. Risco de tributação: refere-se a empresas e ativos que são influenciados por alterações na legislação tributária. Há ainda que se diferenciar os tipos de comportamento dos agentes com relação ao risco, estes podem ser avessos, neutros e arrojados com relação às situações que envolvem risco. Os investidores avessos ao risco, procuram o menor risco possível, medido pelo desvio-padrão da distribuição de probabilidades dos fluxos futuros, dado o valor esperado de retorno. Os investidores neutros ao risco são indiferentes ao recebimento de um retorno garantido ou de um retorno incerto que apresente o mesmo valor esperado de retorno. E por fim, os investidores arrojados que preferem assumir maiores riscos, se estes lhes trouxerem maior retorno associado.

4.3 Definição De Retorno A definição de retorno está diretamente ligada à definição da função financeira de uma empresa: “... a função financeira compreende os esforços despendidos objetivando a formulação de um esquema que seja adequado à maximização dos retornos dos proprietários das ações ordinárias da empresa, ao mesmo tempo em que possa propiciar a manutenção de um certo grau de liquidez”. (ARCHER; D’AMBROSIO, 1969 apud SANVICENTE, 1987)

“...retorno é o ganho ou a perda total sofrido por um investimento em um período determinado”. (GITMAN, 2004)

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Logo, o retorno de um investimento é a recuperação do capital investimento adicionado de um valor produzido na operação referente à remuneração do capital, conhecido como juros, em um determinado espaço de tempo. Os resultados geralmente são medidos pela soma de fluxos financeiros do período com a variação de valor. Contudo, o administrador financeiro, geralmente, analisa os investimentos pautados em projeções dos resultados do projeto ou ação, necessitando de indicadores para avaliar tais resultados. Tal retorno é medido com base na projeção dos resultados futuros e comparado com a taxa mínima de atratividade exigida pelo investidor. Essa taxa mínima de atratividade é também chamada de custo de capital, ou seja, em que medida o projeto atende ao custo de capital. No caso de investimentos produtivos, o retorno do investimento é calculado a partir dos fluxos financeiros previstos no período de duração do projeto, utilizando alguns indicadores como período de payback, valor presente líquido, índice de lucratividade, taxa interna de retorno e taxa média de retorno e comparado ao percentual do custo de capital imposto pelo investidor. No caso de investimentos financeiros, o retorno é calculado com base nos lucros e dividendos futuros relacionados à atividade da empresa que emitiu os títulos financeiros, e com menor intensidade o preço de transação do título no mercado. Assim, segundo Armando de Santi Filho (1997), quem está disposto a assumir riscos deseja uma compensação. Esta compensação diz que riscos maiores exigem retornos mais elevados.

Atividade

1. Quais as principais atividades do administrador financeiro _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

2.Quais os Tipos de Tomada de Decisão _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

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GESTÃO FINANCEIRA ▪ ▪ ▪

5 AULA

O Que é Gestão Financeira Organizando os Controles Financeiros Tipos de Controles Financeiros

1. O que é Gestão Financeira Uma boa gestão financeira garante a saúde de sua empresa e, porque não dizer também, a sua tranquilidade. Mantendo a liquidez, os compromissos assumidos com terceiros são honrados em dia, além de ampliar seus lucros sobre investimentos. Empresa sã, proprietário são. A manutenção de uma liquidez confortável e seus resultados satisfatórios são frutos de uma série de decisões e atitudes tomadas diariamente. A saúde vai bem graças as várias operações na empresa. Observe como algumas decisões e atitudes podem afetar, de maneira positiva ou negativa, a liquidez e os resultados operacionais da empresa: 1.1 Decisões impactos positivos • • • • o o • • o

Redução de estoques de materiais ou de mercadorias (estoques excedentes). Redução dos prazos de recebimentos de vendas, mediante: aumento das vendas à vista. Ações efetivas de cobrança e melhoria no crediário para reduzir os valores em atrasos com as vendas a prazo. Aumento de prazos para pagamentos aos fornecedores. Entrada de novos recursos no caixa, mediante: Integralização de capital dos sócios. Vendas à vista de equipamentos ociosos. Aumento dos lucros.

1.2 Decisões impactos negativos • • • • • • • •

Aumento de estoques, devido a compras excessivas ou queda nas vendas. Aumento dos prazos de vendas, com financiamento da própria empresa. Aumento da inadimplência (clientes em atraso). Aumento das compras à vista. Aumento do tempo de fabricação. Retiradas de recursos para aplicações em outras atividades. Excesso de retiradas pelos sócios. Redução dos lucros mensais.

Analisando os tópicos citados, verificamos que, para cuidar da gestão financeira, o administrador precisa lidar com números e informações o tempo todo. Se a empresa tem números confiáveis, ele consegue informações para tomar decisões. As informações financeiras que o administrador precisa para tomar decisões são obtidas por meio dos controles financeiros. 16


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Então, podemos dizer que a finalidade dos controles financeiros é gerar informações úteis e confiáveis para o administrador tomar decisões. 2. Organizando os controles financeiros Não adianta a empresa ter uma série de dados, se os registros existentes não forem confiáveis e se os procedimentos adotados não estiverem organizados para fornecer informações em tempo hábil. Imagine esta situação: uma empresa tem centenas de clientes que compram a prazo e pagam seus débitos no caixa da loja. Para agilizar os recebimentos, a empresa organiza o controle de contas a receber somente em ordem alfa- bética, pois, dessa maneira, fica fácil localizar a ficha do cliente. 3. Tipos de Controles Financeiros 3.1 Controle diário de caixa Registra todas as entradas e saídas de dinheiro, além de apurar o saldo existente no caixa.

A principal finalidade do controle de caixa é verificar se não existem erros de registros ou desvios de recursos. O caixa é conferido diariamente e as diferenças porventura existentes têm de ser apuradas no mesmo dia. Quando a diferença ocorrer por erros de registros, corrigem-se os erros e a diferença está zerada. Na hipótese de a diferença ocorrer por desvios de recursos, resta ao empresário tomar imediatamente uma decisão drástica: demitir a(s) pessoa(s) responsável(eis) pelos desvios. 3.2 Controle bancário É o registro diário de toda a movimentação bancária e do controle de saldos existentes, ou seja, os depósitos e créditos na conta da empresa, bem como todos os pagamentos feitos por meios bancários e demais valores debitados em conta (tarifas bancárias, juros sobre saldo devedor, contas de energia, água e telefone, entre as principais). O controle bancário tem duas finalidades: a primeira consiste em confrontar os registros da empresa e os lançamentos gerados pelo banco, além de apurar as diferenças nos registros se isso ocorrer; a segunda é gerar informações sobre os saldos bancários existentes, inclusive se são suficientes para pagar os compromissos do dia. 3.3 Controle diário de vendas Sua principal finalidade é acompanhar as vendas diárias e o total das vendas acumuladas durante o mês, possibilitando ao empresário tomar providências diárias para que as metas sejam alcançadas. Pode ser organizado para fornecer as seguintes informações: 3.4 Controle de contas a receber Tem como finalidade controlar os valores a receber, provenientes das vendas a prazo, e deve ser organizado para: 3.4 Controle de contas a pagar Chegou a hora de honrar os compromissos financeiros. Organize os totais a pagar, obedecendo a seus períodos de vencimento: dia, semana, quinzena, 30, 45, 60 dias etc. Mantendo as contas em dia você evita o estresse e ainda adquire uma série de vantagens: 3.5 Controle mensal de despesas Serve para registrar o valor de cada despesa, acompanhando sua evolução. Algumas delas necessitam de um controle mais rigoroso ou até de providências urgentes, como cortar gastos que podem e devem ser eliminados. 3.6 Controle de estoques Controlando os estoques, você evita desvios, fornece informações para reposição dos produtos vendidos e ainda facilita as providências para redução dos produtos parados no estoque. 17


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Atividade 1. O que é gestão financeira _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 2. Quais os tipos de Controles Financeiros _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

6 AULA

FLUXO DE CAIXA ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪

O que é Fluxo de Caixa Exemplos Modelos de Fluxo de Caixa Controle Diário De Caixa Atualização e rigor no controle do fluxo de caixa Viabilidade

Se um dono de negócio olhar apenas para o dinheiro que entra das vendas ou contratos, pode ser levado a uma visão errada sobre a situação da empresa. Um pico nas vendas ou a data de vencimento dos contratos cria uma impressão de que tem dinheiro sobrando, mas sem olhar os gastos que vêm pela frente, essa informação sobre a realidade financeira da empresa fica escondida. É preciso entender o que é fluxo de caixa e como ele pode ajudar no controle e na organização de seus negócios. 1. O que é fluxo de caixa Para uma empresa, Fluxo de Caixa é o movimento de entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa, ou seja, o que você recebe e o que paga em seu negócio. Para um bom controle de fluxo de caixa, é necessário garantir registros detalhados de ganhos e gastos, com disciplina e sem erros. Em uma visão diária, semanal ou mensal, ele já oferece instrumentos de verificação e análise para seus negócios. Para tornar o processo mais eficiente, todas as receitas e despesas, por menores que sejam, precisam ser registradas. É comum, em pequenas empresas, que essa organização comece por planilhas, mas o mais recomendável é avançar rumo a ferramentas mais completas, como um sistema de gestão online.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL A partir desse levantamento, que é uma ação básica e indispensável de gestão financeira, é possível contar com uma verdadeira base de dados. Com ela, o dono do negócio tem os subsídios necessários para a tomadas de decisões. Isso porque, ao realizar o fluxo de caixa, ele adquire uma visão mais precisa sobre o momento financeiro da empresa. Isso significa saber, por exemplo, que aquela semana que parecia ótima para o faturamento, na realidade gerou receitas próximas das despesas. 2. Exemplo A boa notícia: Em uma estratégia para atrair clientes, você decidiu realizar uma semana de descontos especiais. Como retorno, ao fim do período, vendeu 25% a mais do que o previsto, atingindo um faturamento de R$ 72 mil. A má notícia: Ao registrar as receitas e as despesas do período, identificou que a promoção fez seus gastos crescerem e, somando todos os valores envolvidos, encontrou um custo total de R$ 70 mil. Conclusão: O fluxo de caixa jogou um balde de água fria na sua comemoração. O que parecia um lucro importante escondia falhas na estratégia, que, por pouco, não deixaram o saldo negativo. Por esse exemplo, fica claro que o fluxo de caixa pode, muitas vezes, abrir os olhos do dono do negócio e trazer notícias ruins. Mas não é ele o vilão da história. O instrumento apenas reflete os resultados de suas ações de gestão financeira. Para que seja bem aproveitado e cumpra seus objetivos, o ideal é que você mantenha relatórios periódicos com os números registrados no fluxo de caixa. Eles podem ser diários, semanais, quinzenais ou mensais, dependendo da necessidade da empresa em acompanhar as movimentações financeiras. A partir da verificação do desempenho apurado, o gestor deve partir para a análise, questionando-se sobre como chegou àqueles números, tanto os negativos quanto os positivos. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), entidade que acompanha de perto o desenvolvimento das MPEs, também indica o uso e a manutenção do fluxo de caixa. Este instrumento traz diversas vantagens, pois com ele, o dono da empresa consegue: • • • • • •

Prever, planejar e controlar entradas e saídas em um período determinado; Avaliar se o recebimento por vendas será suficiente para cobrir gastos assumidos e previstos; Antecipar decisões quanto à falta ou à sobra de dinheiro; Descobrir se a empresa está trabalhando com aperto ou folga financeira; Ter subsídios para ajustar o preço de venda para cima ou para baixo; Verificar a possibilidade de realizar promoções e liquidações;

Confirmar se os recursos financeiros próprios serão suficientes para tocar o negócio ou se há necessidade de buscar dinheiro extra. 3. Modelos de Fluxo de Caixa 3.1 Fluxo de caixa projetado

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Até aqui, destacamos a importância de registrar receitas e despesas para melhor compreensão da realidade financeira de uma empresa. Mas a forma como as informações originadas nesse levantamento são aproveitadas é um passo igualmente fundamental, sendo esse o produto do chamado fluxo de caixa projetado. Como o nome indica, trata-se de uma projeção. Isso quer dizer que a partir dos lançamentos realizados, o gestor pode não apenas conhecer suas entradas e saídas, mas planejar as ações futuras do negócio com base nos resultados. De forma resumida, é possível mencionar três funções do fluxo de caixa projetado: • • •

Organização: projetar a realização de pagamentos e recebimentos. Correção: projetar ajustes para estancar perdas e sair do vermelho. Afirmação: projetar investimentos no crescimento e na expansão do negócio.

Como é possível perceber, estamos falando de uma análise do presente para a construção de uma visão futura. Se há descompasso entre o prazo para pagar fornecedores e receber de clientes, se a empresa gasta mais do que recebe ou se há capital imobilizado, por exemplo, o fluxo de caixa irá revelar e, a partir daí, um gestor atento poderá definir as suas estratégias. Um dos principais instrumentos analíticos da ferramenta são os gráficos. Por meio deles é possível visualizar a curva de desempenho, comparando receitas e despesas em um determinado período e identificando tendências. O mesmo pode ser feito de forma individual. Se a ideia é reduzir custos, um gráfico comparativo pode indicar claramente quais despesas têm crescido acima da média e, por essa razão, demandam prioridade nos ajustes. Em complemento ao fluxo de caixa, é válido realizar o planejamento financeiro de acordo com o cenário externo, considerando os seus resultados previstos diante de estimativas econômicas e políticas, por exemplo. 3.2 Fluxo de caixa livre Continuamos falando de projeção. O fluxo de caixa livre ou final mede a capacidade de geração de capital em curto, médio e longo prazos, indicando o saldo existente na comparação com o chamado fluxo de caixa operacional, ou seja, após descontado o pagamento do serviço da dívida ou o recebimento de novos empréstimos. Na prática, o gestor trabalha com dois relatórios: o primeiro projeta os resultados pelo período de 60 a 90 dias, enquanto o segundo trabalha com um prazo de 2 a 5 anos. Com gráficos em linha, é possível acompanhar como o negócio se comporta e se o desempenho confirma ou reverte a expectativa. Se da análise resultar um balanço positivo, indicando superávit no período, a estratégia pode considerar ações para aplicar o capital ocioso. Já em caso de diagnóstico oposto, é preciso planejar como tirar o negócio do vermelho.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL O que o futuro reserva para a sua empresa: pagar dívidas, abrir uma nova unidade, pedir empréstimo, ampliar o estoque ou fechar as portas? A resposta pode estar no seu fluxo de caixa livre. 4. Controle Diário De Caixa Registra todas as entradas e saídas de dinheiro, além de apurar o saldo existente no caixa. A principal finalidade do controle de caixa é verificar se não existem erros de registros ou desvios de recursos. O caixa é conferido diariamente, e as diferenças porventura existentes têm que ser apuradas no mesmo dia. Quando a diferença ocorrer por erros de registros, corrigem-se os erros, e a diferença está zerada. Na hipótese de a diferença ocorrer por desvios de recursos, resta ao empresário tomar imediatamente uma decisão drástica: demitir a(s) pessoa(s) responsável(eis) pelos desvios. Além disso, o controle de caixa fornece informações para: • • •

Controlar os valores depositados em bancos; Controlar e analisar as despesas pagas; Fornecer dados para elaboração do fluxo de caixa. EMPRESA: MALHARIA ALFA LTDA.

ANEXO 1

CONTROLE DÍARIO DE CAIXA DIA

HISTÓRICO

2

Saldo anterior

2

Vendas à vista - Notas: 352/353/355/359

2 2 2 2 2 2 2

Mês/ano: Maio/2019 ENTRADAS

SAÍDAS

SALDO 890,00

650,00

1.540,00

1.250,00

2.790,00

Recebimentos de vendas a prazo em cheques Pagamento Papelaria Delta - NF. 1356

45,00

2.745,00

70,00

2.675,00

400,00

2.275,00

600,00

1.675,00

380,00

1.295,00

Pagamento serviços de manutenção elétrica - recibo Pagamento serviços de contabilidade - NF. 764 Pagamento Fiação Estrela - dpl. 232/2 Pagamento Indúst. Embalagens Beta - dpl. 1280 Depósito em cheques no Banco XYZ

1.250,00

SALDO ATRANSPORTAR

45,00 45,00

5. Atualização e rigor no controle do fluxo de caixa O fluxo de caixa cumpre um importante papel na saúde financeira do negócio. Mas precisamos destacar também que ele só terá sua função plenamente executada se você tomar alguns cuidados. E um deles é o controle rigoroso sobre entradas e saídas. Não ignore o que os relatórios indicam. Confie nos números e use essas informações com inteligência. Outro cuidado importante é a atualização periódica do fluxo de caixa, pois, assim, são apresentados resultados da forma mais precisa possível. Dados de qualquer tipo, se desatualizados, podem levar a interpretações erradas sobre suas finanças. Da mesma forma, você deve se concentrar em bons mecanismos para a coleta de dados. Também é interessante ressaltar que, sozinho, o fluxo de caixa não fornece respostas conclusivas. Destacamos que ele é apenas um instrumento que ajuda as empresas a definirem o planejamento com dados mais precisos.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL 6. Viabilidade do produto Feito o controle e a atualização, a análise passa a ser um elemento que merece cuidado. Digamos que ao fazer a projeção do fluxo de caixa para os próximos 12 meses, por exemplo, você chega à conclusão que terá mais despesas (fornecedores, funcionários, aluguel e outros) do que receitas e, consequentemente, um fluxo de caixa negativo. O que isso diz sobre a empresa? É muito provável que ela não está sendo viável e que alguma mudança precisa ser feita, seja para reduzir os custos, seja para precificar os produtos ou serviços. Isso significa, então, que um fluxo de caixa negativo é sempre algo ruim? De forma alguma. Um fluxo negativo pode refletir um determinado período da sua empresa, porém, se ele for temporário e previsto, não há problemas. Ele pode acontecer, principalmente, em negócios que envolvem alguma forma de economia de escala, na qual o valor inicial do produto é alto, mas com o aumento da base de clientes e, consequentemente, da produção, o preço diminui. Se o preço fosse muito alto logo no início, não conseguiria entrar no mercado. Atividade 1. Elaborar um Controle Diário de Caixa abaixo. EMPRESA:

ANEXO 1

CONTROLE DÍARIO DE CAIXA DIA

HISTÓRICO

Mês/ano: ENTRADAS

SAÍDAS

SALDO

SALDO A TRANSPORTAR

7 AULA

CONTROLE BANCÁRIO ▪ ▪

O Que é Controle Bancário Controle O controle bancário tem duas finalidades importantes

1. O Que é Controle Bancário O controle bancário é um poderoso instrumento de gestão, pelo qual o empresário pode verificar com rapidez e eficiência a disponibilidade de seus recursos. Contribui, ainda, para a tomada de decisões acertadas e melhoria do fluxo financeiro. 22


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL 2. O controle bancário tem duas finalidades importantes: • confrontar os registros da empresa e os lançamentos gerados pelo banco, além de apurar as diferenças nos registros, se isso ocorrer; • gerar informações sobre os saldos bancários existentes, inclusive verificando se são suficientes para pagar os compromissos do dia. Os valores mantidos nos bancos são considerados ativos líquidos, portanto exigem administração cuidadosa. Em primeiro lugar, no aspecto da segurança, porque os erros e as fraudes normalmente acontecem por falta ou falhas de controle, podendo causar danos (muitas vezes fatais) à vida da empresa. Em segundo lugar, o disponível reúne os meios com os quais as empresas saldam seus compromissos e realizam seus investimentos. Portanto, estes controles devem ser rígidos. Uma regra de ouro a considerar é que todos os pagamentos devem ser efetuados em cheques ou por meios eletrônicos, nominais, constituindo prova cabal da operação. Para se ter um controle eficaz é necessário fazer o registro diário de toda a movimentação bancária e apurar os saldos existentes. As contas bancárias devem ter registros (fichas) individualizados, para verificação dos saldos existentes em cada uma delas. É preciso registrar todos os depósitos e créditos efetuados na conta da empresa, bem como todos os pagamentos feitos por meios bancários e demais valores debitados (tarifas bancárias, CPMF, juros sobre saldo devedor, contas de energia, água e telefone, entre outras). EMPRESA: MALHARIA ALFA LTDA.

ANEXO 2

CONTROLE DE MOVIMENTO BANCÁRIO Número da Conta: 12352-8 DATA 02.05 02.05

BANCO: XYZ

ÂGENCIA: 343-9

HÍSTORICO

CRÉDITO

DÉBITO

Saldo anterior Receb. de clientes - boletos: 101 / 105 / 110 / 112

02.05

Depósitos em cheques

02.05

Débito em conta: fatura CEMIG

02.05

SALDO 3.360,00

1.850,00

5.210,00

1.250,00

6.460,00 600,00

5.860,00

Pagto. fornecedores - cheque 2128

1.980,00

3.880,00

02.05

Pagto. INSS e FGTS ref. abril/05 - ch. 2129

2.040,00

1.840,00

02.05

Débito em Conta: parcela empréstimo

640,00

SALDO ATRANSPORTAR

640,00

Atividade

1. Elaborar o Controle de Movimento Bancário, a seguir.

EMPRESA:

ANEXO 2 CONTROLE DE MOVIMENTO BANCÁRIO

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Número da Conta: DAT A

BANCO:

HISTÓRICO

ÂGENCIA: CRÉDITO

DÉBITO

SALDO

Saldo anterior

SALDO ATRANSPORTAR

8 AULA

CONTROLE DE VENDAS ▪ ▪ ▪ ▪

O que é Controle de vendas Por que controlar as vendas da empresa? Vendedores e comissões Informações sobre as metas

1. O que é controle de vendas? O controle de vendas nada mais é do que o ato de fiscalizar todas as atividades que dizem respeito às vendas efetivadas ou que podem ser efetivadas pela empresa. Este processo consiste em estudar e propor melhoras na maneira como os produtos são adquiridos, estocados, dispostos na loja, oferecidos, negociados e entregues ao consumidor final. Uma boa dica para melhorar o índice de vendas realizadas é aprender as técnicas de negociação, costuma ter um aumento de resultado de até 30%. Perceba, é uma quantia bem considerada, ainda mais quando se pensa em grande escala. A partir do controle de vendas, o administrador poderá ter completo domínio sobre as atividades que são realizadas no seu estabelecimento, podendo identificar as coisas boas que podem ser ampliadas e consertar o que está sendo feito do modo errado. Dessa maneira, é possível otimizar a execução das atividades em todos os setores do negócio. 2. Por que controlar as vendas da empresa? Você quer saber se deve aumentar ou reduzir a compra de um determinado produto comercializado no seu negócio? Então não pode deixar de promover o controle de vendas da empresa, pois este processo lhe traz uma série de informações que são extremamente úteis para melhorar o modo como as tarefas são operadas e o relacionamento do estabelecimento com os consumidores. 3. Vendedores e comissões

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Talvez um dos pontos mais importantes em uma empresa que trabalha com a comercialização de produtos e serviços seja os vendedores, os quais precisam estar preparados para exercer a sua atividade, caso contrário a empresa estará fadada ao insucesso, com pouca taxa de efetivação de vendas. Esse ponto é um dos focos do controle de vendas. Se você quer manter os seus funcionários estimulados, aumentar o seu número de vendas e consequentemente o lucro mensal, adote a política de dar comissões para os vendedores. O valor das comissões deve estar de acordo com o tipo e valor dos produtos que são comercializados. Dessa maneira, quanto mais caros as mercadorias vendidas, mais altas precisam ser as comissões. Ao adotar o método de comissões, é importante estabelecer uma forma de controle das vendas efetivadas pelos vendedores e as suas respectivas comissões. Para que este processo seja mais organizado, uma boa dica é fazer uso de uma planilha que deve ser atualizada todo o dia ou semanalmente. Lembre-se sempre de estar constantemente fazendo avaliações de desempenho dos funcionários. Na verdade, através do controle de vendas você conseguirá descobrir desde o que está faltando no seu estoque até a forma que os seus vendedores estão tratando os clientes. É importante lembrarmos que sempre é importante um bom atendimento ao cliente, mas mais importante que isso é você saber a tempo se os seus funcionários estão prestando esse atendimento, até mesmo para corrigir. A partir do controle de vendas, a empresa irá se tornar mais organizada e focada na busca de bons resultados. Além disso, também há a obtenção de dados que ajudam na elaboração de novos planejamentos como, por exemplo, oferecer um novo produto ou promover uma campanha de marketing. 4. Informações sobre as metas.

Neste mercado cada vez mais competitivo, o administrador necessita de informações precisas e atualizadas, que o direcionem para a tomada de decisões acertadas. Para o administrador ter em mãos essas informações é preciso implantar e manter controles financeiros consistentes, bem como indicadores para acompanhamento de seu desempenho. É de grande importância a manutenção de um Controle Diário de Vendas. Não basta ao administrador conhecer apenas o valor total das vendas realizadas no mês. Conhecer somente o montante vendido do mês é uma informação parcial, incompleta. É preciso acompanhar as vendas diariamente, tomar as providências no seu dia-a-dia, para que as metas sejam alcançadas no período. As informações geradas pelo Controle Diário de Vendas, possibilitam, do ponto de vista: 4.1 financeiro (caixa), controlar os prazos de recebimentos: à vista, com 7, 15, 28, 45, 60 dias, conhecendo

assim o grau de investimento que a empresa está fazendo no 'contas a receber'; 4.2 econômico (resultado), conhecer o lucro gerado, bem como a margem de ganho das vendas realizadas.

Estas informações facilitam a análise do desempenho da empresa com relação às suas vendas, custos e lucro. O Controle Diário de Vendas deve fornecer também informações para conferência do caixa (para certificar-se de que os valores das vendas à vista foram registrados no caixa); controlar os registros dos valores das vendas a prazo no controle de contas a receber; e, gerar informações para compras e fluxo de caixa. Existem muitos aspectos importantes que poderão ser analisados através deste controle, como por exemplo: relacionamento com clientes; atualização do cadastro de clientes; controle da carteira de pedidos; prazos de entrega; controle de vendas por representantes e vendedores, dentre outros. Atividade

1. Com base nos dados referentes às vendas diárias da sua empresa/negócio, preencha o Controle Diário de Venda a seguir.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL

EMPRESA:

Mês/ano: CONTROLE DIÁRIO DE VENDA

DIA

à vista

30 dias

60 dias

Anexo 3 90 dias

__dias

__dias

__dias

TOTAL

Soma

9 AULA

CONTROLE DE CONTAS A RECEBER ▪ ▪ ▪ ▪

Controle de contas a receber Controle Demonstração Recebimentos

1. Controle de contas a receber A gestão de uma empresa envolve uma série de procedimentos, processos, pagamentos, recebimentos, transferências e várias transações financeiras, seja para qual finalidade for. Tudo isso precisa estar perfeitamente alinhado, de modo a evitar rombos financeiros. Uma das partes mais importantes é a de recebimento, já que é nela que a empresa será remunerada pelos produtos oferecidos ou pelos serviços prestados. Porém, por mais vantajoso que seja esse momento, ainda é comum vivenciar erros bem sérios. Não importa se for uma empresa de pequeno, médio ou grande porte, todos esses procedimentos precisam ser feitos: o que vai mudar é apenas sua escala. Por isso, saber como lidar com a situação não é recomendável, mas sim fundamental. As contas a receber devem fluir perfeitamente na sua empresa, já que o dinheiro precisa ser utilizado para o pagamento dos custos operacionais, sejam eles fixos ou variáveis. Então, qualquer pequeno erro pode resultar em uma grande bola de neve. Uma boa gestão financeira deve prever a melhor margem de lucratividade, equilibrando os gastos e avaliando o saldo atual de CONTAS a PAGAR e a RECEBER. Controle

Demonstração

Recebimentos 26


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL

O controle de contas a receber funciona assim: se houver um controle financeiro eficaz, você vai poder avaliar como seu capital rodou no passado e o que está acontecendo no presente. Dessa forma, é possível identificar possíveis falhas e despesas desnecessárias, além de alternativas de lucro a partir do remanejamento de aplicações Portanto para uma eficiente gestão financeira na empresa é necessário implantar alguns controles gerenciais, que forneçam sistema gerador de informações que possibilite a efetivação do planejamento de suas atividades e controle de seus resultados. O controle das Contas a Receber fornece informações para tomada de decisões sobre um dos ativos mais importantes que a empresa dispõe os créditos a receber originários de vendas a prazo. 2. Controle O controle das Contas a Receber fornece informações para tomada de decisões sobre um dos ativos mais importantes que a empresa dispõe os créditos a receber originários de vendas a prazo. A data e o montante dos valores a receber, os descontos concedidos, e os juros recebidos; Os clientes que pagam em dia; o montante dos créditos já vencidos e os períodos de atraso; As providências tomadas para a cobrança e o recebimento dos valores em atrasos; Identificar os principais clientes, o grau de concentração das vendas, e a qualidade e a regularidade dos clientes; Acompanhamento da regularidade dos pagamentos, e programar as ações para cobrança administrativa ou judicial; Fornecer informações para elaboração do fluxo de caixa. Conciliação contábil; 3. Demonstração Para demonstração do Controle de Contas a Receber vamos utilizar os dados abaixo, relativos a vendas a prazo: Venda no dia 01/09 para Bento Ltda, no valor de R$ 2.200,00, com vencimento da duplicata n.º 342 para 05/09; Venda no dia 04/09 para Camila Moda Ltda., no valor de R$ 800,00, vencimento da duplicata n.º 300 para 10/09; Venda no dia 08/09 para Raquel Flores, no valor de R$ 500,00 com vencimento da duplicata n.º 400 para 22/09; Venda no dia 15/09 para Marina Silva no valor de R$ 850,00, com vencimento da duplicata n.º 500 para 25/10; Venda no dia 21/09 para Alex Manuel no valor de R$ 730,00, com vencimento da duplicata n.º 200 para 28/09; Venda no dia 28/09 para Rocha e Rocha Ltda. no valor de 1.000,00, com vencimento da duplicata n.º 100 para 30/10. 4. Recebimentos Até o dia 14/10 ocorreram os seguintes recebimentos: Em 02/10 R$ 780,00 da duplicata 400, com desconto de R$ 20,00; Em 13/10 R$ 850,00 da duplicata n.º 300 com juros de R$ 50,00; Em 14/10 R$ 1.200,00 da duplicata n.º 342;

Planilha Controle de Contas a Receber preenchido: 27


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Empresa: Calypso ltda

Mês: Setembro

Controle de Contas a Receber Data

Cliente

Recebimento

Doc.

Venc.

01/09 Bento Ltda

342

05/10 2.000

14/10 2.000

04/09 Camila Moda Ltda

300

10/10 800

13/10 850

08/09 Raquel Flores

400

22/10 500

02/10 480

15/09 Marina Silva

500

25/10 850

20/09 Alex Manuel

600

28/10 700

28/09 Rocha e Rocha Ltda 100

valor

data

valor

desconto juros

obs

50,00 20

30/10 1.000

Total do mês

5.850,00

3.330,00 20

50,00

Como podemos verificar a empresa Calypso Ltda. vendeu a prazo no mês de setembro R$ 5.850,00, e até o dia 14/10 havia recebido R$ 3.330,00, tendo concedido R$ 20,00 de desconto e recebido R$ 50,00 de juros. Para a implantação do controle de contas a receber existe no mercado os modelos em papel (ficha), e também softwares (alguns até gratuitos). É comum nas pequenas empresas que o fato do proprietário dar mais atenção às operações diárias de compra/produção e venda, em detrimento da organização administrativa, lembre-se de quem tem o controle da empresa administra melhor, e assim pode conseguir melhores resultados. Atividade 1. Com base nas informações das vendas a prazo da empresa/negócio, preencha o Controle de Contas a Receber, por dia de vencimento, conforme modelo a seguir. EMPRESA:

ANEXO 4 CONTROLE DE CONTAS A RECEBER

(Controle por data de vencimento)

Mês/ano: VALOR

DIA

CLIENT E

RECEBIMENTO

DESCRIÇÃO (R$)

DAT A

VALOR (R$)

TOTAL A RECEBER NO DIA

28


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL

CONTROLE DE CONTAS A PAGAR ▪ ▪ ▪ ▪

10 AULA

Controle de contas a pagar Controle Demonstração Pagamento

1. Controle de contas a pagar

Uma boa gestão financeira deve prever a melhor margem de lucratividade, equilibrando os gastos e avaliando o saldo atual de CONTAS a PAGAR e a RECEBER. Controle

Demonstração

Pagamentos

O controle de contas a pagar funciona assim: se houver um controle financeiro eficaz, você vai poder avaliar como seu capital rodou no passado e o que está acontecendo no presente. Dessa forma, é possível identificar possíveis falhas e despesas desnecessárias, além de alternativas de lucro a partir do remanejamento de aplicações Portanto para uma eficiente gestão financeira na empresa é necessário implantar alguns controles gerenciais, que forneçam sistema gerador de informações que possibilite a efetivação do planejamento de suas atividades e controle de seus resultados. O controle das Contas a Pagar fornece informações para tomada de decisões sobre todos os compromissos da empresa que representem o desembolso de recursos. As contas a pagar são compromissos assumidos pela empresa, representadas por compra de mercadorias, insumos para produção, máquinas, serviços, salários, impostos, aluguel, empréstimos, contribuições, entre outros. O controle das contas a pagar deve ser uma tarefa de rotina da empresa, pois normalmente envolve com grande quantidade de dinheiro.

29


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL 2. Controle O controle de contas a pagar possibilita a identificação dos seguintes elementos: • • • • •

Identificar todas as obrigações a pagar; Priorizar os pagamentos, na hipótese de dificuldade financeira; Verificar as obrigações contratadas e não pagas; Não permitir a perda de prazo, de forma a conseguir descontos; Não permitir a perda de prazo, de forma que implique no pagamento de juros; • Fornecer informações para elaboração do fluxo de caixa; • Conciliação com os saldos contábeis. 3. Demonstração

multa e

Para demonstração do Controle de Contas a Pagar vamos utilizar os dados abaixo: • • • • •

31/08 conta de luz conforme NF008 no valor R$ 800,00; Em Compra do Armazém Bicudo Ltda., 01/09 no valor de R$ 1.200,00, com vencimento em 01/09 da duplicata 008; Em Compra do Armazém Bigode Grande Ltda. no dia 01/09 no valor de R$ 1.500,00, com vencimento da duplicata n.º 003 para o dia 15/09; Em Compra do Armazém Bicho do Mato Ltda. no dia 20/09 no valor de R$ 890,00, com vencimento da duplicata n.º 012 para o dia 20/09; Em Compra do Armazém Bicudo Ltda. no dia 03/08 no valor de R$ 450,00, com vencimento da duplicata n.º 168 para 05/09; CONTROLE DE CONTAS A PAGAR

PAGAMENTO

Data

Cliente

Documento

Venc

Valor

Data

Valor

31/08

Conta de luz

NF.008

01/09

800,00

01/09

800,00

-

-

-

01/09

Armazém Bicudo

Duplicata 003 15/09

1.200,00

15/09

1.200,00

-

-

-

01/09

Armazém Duplicata 009 18/09 Bigode Grande

1.500,00

18/09

1.500,00

-

-

-

02/09

Armazém Duplicata 012 20/09 Bicho do mato

890,00

20/09

890,00

-

-

-

1.100,00

27/09

1.220,00

-

110,00

-

720,00

28/09

720,00

-

-

-

4.800,00

03/10

4.800,00

-

-

-

6.330,00

-

110,00

-

03/09

04/09

04/09

Armazém Bicudo

Duplicata 026 25/09

Armazém Boca Duplicata 030 28/09 Louca Folha

Folpa 09/2014 05/10

TOTAL NO MÊS

11.010,00

Desconto Juros

30

Obs


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Compra da Teixeira e Sá Ltda. no dia 04/08 no valor de R$ 380,00, com vencimento da duplicata n.º 047 para 10/09; 31/08 folha de pagamento do mês de agosto no valor R$ 5.000,00; 4. Pagamentos Até o dia 03/10 ocorreram os seguintes pagamentos: Em 01/09 foi pago a conta de luz; Em 15/09 foi pago a duplicata 003 do Armazém Bicudo; Em 18/09 foi pago a duplicata n.º 009 do Armazém Bigode Grande; Em 20/09 foi pago a duplicata n.º 012 do Armazém Bicho do Mato Em 27/09 foi pago a duplicata n.º 026 do Armazém Bicudo no valor de R$ 1.220,00, com juros. Em 20/09 foi pago a duplicata n.º 030 do Armazém Boca Louco Em 03/10 foi quitada a folha de pagamento. Empresa: Minibox São Tomé

Mês: Outubro

Através deste relatório todos os compromissos da empresa são controlados, fornecendo ao administrador a possibilidade de verificar todos os seus compromissos por: fornecedor, tipo de pagamento, títulos a pagar e títulos pagos, duplicatas em atraso, em qualquer intervalo de datas. Para a implantação do controle de contas a receber existe no mercado os modelos em papel (ficha), e também softwares (alguns até gratuitos). É comum nas pequenas empresas que o fato do proprietário dar mais atenção às operações diárias de compra/produção e venda, em detrimento da organização administrativa, lembre-se de quem tem o controle da empresa administra melhor, e assim pode conseguir melhores resultados. Atividade 1. Com base nos dados da sua empresa/negócio, preencha o Controle de Contas a Pagar, a seguir. EMPRESA:

ANEXO 5 CONTROLE DE CONTAS A PAGAR

(Controle por data de vencimento)

Mês/ano: VALOR

DIA

FORNECEDOR

RECEBIMENTO

DESCRIÇÃO (R$)

DAT A

TOTAL A RECEBER NO DIA

31

VALOR (R$)


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL

11 AULA

CONTROLE MENSAL DE DESPESAS ▪

A importância do controle de gastos empresariais

Um bom controle de gastos empresariais é fundamental para o sucesso de todo empreendimento. E o contrário pode ser dito: uma empresa que não controla corretamente os seus gastos pode enfrentar muitas dificuldades financeiras e isso refletirá no negócio como um todo. A falha, em grande parte dos casos e principalmente em micro e pequenas empresas, está objetivamente na falta de controle, de gestão. Ou seja, os gastos existem, os sócios e gestores têm conhecimento de sua relevância, mas há gargalos no que diz respeito ao controle dessas saídas de dinheiro.

1. A importância do controle de gastos empresariais No dia a dia de uma empresa uma série de recursos é utilizada, movimentada, contratada, adicionada e removida. De maneira mais objetiva, recursos financeiros transitam pela empresa, entrando e saindo. No que diz respeito às saídas financeiras, em particular os gastos para manutenção, produção e crescimento da empresa, é fundamental o controle bem apurado.

Porém, essa mesma dinâmica agitada do cotidiano traz desafios para o controle financeiro. São documentos e informações que precisam ser registrados e gerenciados para que tudo permaneça organizado e trabalhe a favor dos objetivos organizacionais. Podemos dizer, de maneira ampla e simples, que são 3 as ações que precisam ser tomadas continuamente com relação ao controle de gastos: 1.1 Controlar as movimentações e identificar os gastos: todo tipo de movimentação financeira da empresa deve ser controlada e, dentre elas, os gastos devem ser identificados; 1.2 Registrar todos os gastos: tudo o que for identificado como um gasto deve ser devidamente registrado, preferencialmente com informações detalhadas, como data, classificação, origem, entre outras; 1.3 Analisar os gastos da empresa: não basta identificar e registrar os gastos para realizar um controle efetivo; é preciso periodicamente analisar os dados e números e identificar oportunidades de melhorias. A partir desses 3 passos, é possível realizar uma análise em sua empresa e identificar onde está o ponto falho do controle de gastos. Está na identificação e controle? Ou estaria no registro correto das informações? Ou talvez no uso das informações registradas para realizar boas análises?

32


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL

EMPRESA: MALHARIA ALFA LTDA.

ANEXO 6

CONTROLE MENSAL DE DESPESAS

DIA

Salários

02.05

Encarg os

2.04 0

05.05

10.980

Soma

10.980

Aluguel

2.100

Ener gia e Ág ua

Mês/ano: Maio/05

Materia l Escritóri o

60 0

4 5

Serviço Contábil.

Gastos Veículos

Manut/ Conserv.

400

300

70

TOTAL (R$)

5.555

80 2.04 0

2.100

68 0

11.060 4 5

400

300

70

16.615

Atividade 1. Com base nos dados de sua empresa/negócio, preencha o Controle Mensal de Despesas a seguir.

EMPRESA:

ANEXO 6

CONTROLE MENSAL DE DESPESAS

DIA

Salários

Encargos

Aluguel

Energia e Água

Mês/ano:

Material Escritório

Serviço Contábil.

Gastos Veículos

Manut/ Conserv.

TOTAL (R$)

Soma

12 AULA

CONTROLE DE ESTOQUE ▪ ▪ ▪ ▪ ▪

Controlando o Estoque Recomendações Ficha de Estoque Tipos de estoque Para que serve o controle de estoque

1.Controlando o estoque O controle de estoque tem como objetivo informar a quantidade disponível de cada item dentro da loja e também a quanto dinheiro os produtos valem. Embora seja uma tarefa básica e muito importante, muitas das pequenas empresas não realizam um controle eficaz e apresentam "furos de estoque".

33


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL A falta de controle pode trazer diversas consequências para uma empresa, como a falha em mensurar se o consumo dos materiais está de acordo com as necessidades, a possibilidade de desvios e o impacto nas vendas e produtividade de funcionários. 2. Recomendações • • • • • •

O controle das entradas e saídas de materiais deve ser obrigatório e cobrado de forma rígida. Todas as entradas e saídas devem ser anotadas em fichas ou em sistema informatizado. Qualquer saída de estoque deve ser acompanhada de requisição de saída. Não permitir a retirada de mercadorias ou materiais sem a devida identificação de quem retirou. Implantar o Inventário Rotativo. Nesse sistema, diariamente são escolhidos alguns itens para serem contados. As diferenças encontradas deverão ser comunicadas e investigadas. Todo processo de movimentação de estoque deve ser estabelecido por meio das Normas de Entrada e Saída de Estoque.

Com as informações sobre tudo o que está saindo, o gestor pode calcular o giro das mercadorias de forma organizada. Isso vai ser útil em futuras compras da empresa e vai ajudar a melhorar o aproveitamento do capital de giro da empresa. Além disso, obtém-se a segurança de que as mercadorias são realmente utilizadas e não desviadas. 3. Ficha de estoque Para te ajudar nessa organização, o Sebrae preparou um modelo de ficha de estoque. Ela pode ser física ou digital e tem o objetivo, justamente, em catalogar a entrada e a saída das mercadorias do estoque.

Os registros de entrada devem ser feitos no recebimento das mercadorias, a partir da própria nota fiscal ou em uma nota de recebimento. Já os registros de saída devem ser feitos a partir da requisição de mercadorias emitidas pelos usuários

3. Tipos de Estoque O estoque pode ser, geralmente, de duas modalidades diferentes. Uma é de matérias-primas para a produção industrial de grande ou pequeno porte. A outra, de produtos finais prontos para a comercialização no varejo. 3.1 Estoque de matérias-primas 34


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Esse estoque está relacionado a empresas de tipo industrial, que realizam a produção de mercadorias para que empresas de comércio a revendam. Ele está disponível para o setor de produção, que transforma esses materiais estocados em produtos finais. É necessário que a empresa tenha sempre em estoque todos os materiais necessários à produção, e a importância de seu controle está em nunca deixar faltar tal material ou em apurar uma diminuição da produção. O estoque é o termômetro da boa saída de produtos de uma empresa. 3.2 Estoque de produtos para o varejo Esse estoque está relacionado a empresas de tipo comercial. Ou seja, que vendem seus próprios produtos ou, na maioria dos casos, produtos de terceiros. Ele traduz a quantidade de mercadorias disponíveis para a venda. Assim, seu controle é importante para medir o alto ou baixo desempenho do comércio em questão. Ficar com um produto muito tempo em estoque é um mal sinal. Significa que a demanda está menor que a oferta, e também que o seu valor no mercado está em baixa. Além disso, manter produtos em estoque geram custos de espaço e administração. Quando o estoque fica parado por muito tempo, muitas empresas realizam os famosos “queimões”. Que servem para liberar mercadorias antigas e possibilitar o recebimento de novas. Gerenciar a saída e entrada de mercadorias é realmente um assunto muito sério. 3.3 Estoque de matérias-primas. Os materiais que ainda não foram aplicados no processo de transformação em produtos em determinada data. 3.4 Estoque de produtos em elaboração.Os produtos parcialmente acabados, que se encontram, portanto, ainda em fase de fabricação em determinada data. 3.5 Estoque de produtos acabados. Os produtos que já estão prontos, mas que ainda não foram vendidos em determinada data. 4.Para que serve o controle de estoque? Muito além de ter um espaço físico organizado, esse controle permite otimizar as tarefas de toda a estrutura da empresa. E assim, trazer inúmeras vantagens e benefícios. Controlar o estoque significa fazer a gestão de uma parte importante dos seus ativos. Além de representar uma estratégia essencial das operações de negócios. Essas operações podem ser complexas, principalmente se houver mais de um ponto de distribuição. No entanto, deixar de fazê-las ou fazê-las de forma inadequada gerará pequenos erros que podem custar caro. 4.1 Economia em gastos desnecessários Existem mudanças que poderiam ser implementadas para reduzir ou eliminar totalmente os desperdícios de recursos, poupando dinheiro. O planejamento aliado a estratégias que envolvam técnicas e ferramentas certas otimizarão os processos. Assim, fazendo do controle de estoque um fator determinante para o sucesso do negócio. Sem controle de estoque eficiente, sua empresa pode ter dificuldade em identificar produtos que estão em falta ou baixa quantidade. Isso pode levar a perda de possíveis vendas. Já que, neste caso, seus potenciais clientes poderão procurar outra empresa que possua o produto desejado. 4.2 Melhora nas vendas Um bom controle de estoque também pode se tornar uma vantagem competitiva para a sua empresa. A medida em que possuindo determinado produto que esteja em falta nas empresas concorrentes, você garante um aumento das vendas. Além da fidelização de seus clientes. É péssimo para o vendedor conseguir fechar uma venda difícil e descobrir que não há o produto no estoque. E pior que ele pode demorar a chegar. A frustração não é só do vendedor, mas também do cliente que acaba procurando a concorrência. 35


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Esse é um exemplo muito comum. Mas que deveria não existir para uma empresa organizada e com controle total de seu estoque. Salvo produtos com rara saída e difíceis de serem comprados ou situações específicas de aumento repentino da demanda, o estoque deve estar preparado para atender sua clientela. A gestão de estoque controla o fluxo de materiais na empresa; que indicam o desempenho de setores como financeiro, vendas e administrativo. Ela permite prever as necessidades de compras futuras e organiza o planejamento da empresa. O controle de mercadorias a serem vendidas indica quais os produtos com maior procura. E até em que momento do mês há mais vendas sobre ele. Também fala quais os que têm pouca saída e os que são sazonais. Ou seja, os que vendem somente em determinada época. Através dessas observações, é possível compreender as estratégias de vendas desses produtos e como o consumidor tem reagido a elas. Assim como o que pode ser feito no futuro. Para o setor financeiro, o controle de estoque pode diminuir seus custos, aumentar o fluxo de entradas e saídas e evitar desperdícios. Tudo através de um planejamento seguro mensal. EMPRESA: MALHARIA ALFA LTDA.

ANEXO 7

CONTROLE DE ESTOQUES PRODUTO: Malhas Suedine - Algodão

FORNECEDOR: Fiação Santana

TAMANHO: 50m

ESPECIFICAÇÃO: Largura 1,60m

COR: LOCALIZAÇÃO NO ESTOQUE: Branca Prateleira 04

MOVIMENTAÇÃO DO ESTOQUE ENTRADA

DATA

No DOCUM. QUANT.

SAÍDA

Valor TOTAL (R$)

QUANT.

SALDO

Valor TOT AL (R$)

QUANT.

Preço Médio (R$)

175

8,25

1.443,75

Valor TOTAL (R$)

01.05.05

Inventário

02.05.05

Req. 151

60

495,0 0

115

8,25

948,75

04.05.05

Req. 158

75

618,7 5

40

8,25

330,00

05.05.05

NF. 1132

190

8,37

1.590,00

06.05.05

Req. 167

130

8,37

1.087,80

150

1.260,00 60

502,2 0

Atividade 1. Com base nos dados dos produtos em estoque da sua empresa/negócio, preencha o Controle de Estoques, a seguir.

EMPRESA:

ANEXO 7 CONTROLE DE ESTOQUES

36


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL PRODUTO:

FORNECEDOR: COR:

TAMANHO:

ESPECIFICAÇÃO: LOCALIZAÇÃO NO ESTOQUE:

MOVIMENTAÇÃO DO ESTOQUE ENTRADA

DATA

No DOCUM. QUANT.

Valor TOTAL (R$)

SAÍDA

SALDO

Valor TOTAL QUANT.

(R$)

ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO ▪

Preço Médio (R$) QUANT.

Valor TOTAL (R$)

13 AULA

Administração do capital de giro

1. Administração do capital de giro As empresas, para realizarem suas atividades, precisam de recursos financeiros. Dessa forma, é essencial que toda empresa, independentemente do seu ramo de negócio, procure controlar os seus ciclos operacional e financeiro, para que possam honrar seus compromissos, diminuir sua dependência financeira e aumentar o seu lucro. A gestão do capital de giro é extremamente dinâmica exigindo a atenção diária dos executivos financeiros, pois qualquer falha nesta área de atuação poderá comprometer a capacidade de solvência da empresa e prejudicar a sua rentabilidade. Dolabella (1995, p. 102), oferece a seguinte definição de capital de giro: “são os recursos financeiros aplicados pela empresa na execução do ciclo operacional de seus produtos, recursos estes que serão recuperados financeiramente ao final deste ciclo”. 37


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL 2. Os Ciclos Econômicos Os ciclos dividem-se em Ciclo Econômico, Ciclo Financeiro e o Ciclo Operacional que compõe todo o sistema. 2.1 Ciclo econômico É o período em que a mercadoria permanece nas dependências da empresa, ou seja, inicia-se com a compra da mercadoria e encerra-se com a venda da mesma. Este ciclo é o giro de estoques, ele nos diz quanto tempo à empresa está demorando para girar o seu estoque. Quanto maior for o estoque, mais lento será o giro do mesmo, ocasionando, inclusive, numa possível insuficiência crônica de caixa, forçando-a a captação sistemática de recursos de terceiros comprometendo a saúde financeira da empresa. 2.2 Ciclo operacional Representa os dois ciclos juntos, iniciando-se quando da compra da mercadoria e encerrando-se quando da venda ou do recebimento dos recursos da venda. Segundo Hoji, o Ciclo Operacional inicia-se junto com o Ciclo Econômico ou Ciclo Financeiro, o que ocorrer primeiro, e encerra-se junto com o encerramento do Ciclo Econômico ou Financeiro, o que ocorrer por último.

Para se chegar ao ciclo financeiro e operacional é necessário o cálculo dos prazos médios, representados em dias. Uma boa administração do capital de giro passa pela correta interpretação dos prazos médios e na forma de reduzi-los ou aumentá-los de acordo com as necessidades de gestão dos recursos. A análise dos recursos investidos no giro das operações de uma empresa envolve o cálculo dos prazos médios de renovação de estoques, de cobrança de duplicatas a receber e de pagamento das compras de mercadorias para revenda. “A análise dos prazos médios só é útil quando os três prazos são analisados conjuntamente”. (MATARAZZO,2003, p.318) A conjugação dos três índices de prazos médios leva a análise dos ciclos operacional e de caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, tanto comerciais quanto financeiras, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa. (MATARAZZO,2003, p.311) 2.2.1 Prazo médio de renovação dos estoques (PME) O Prazo Médio de Renovação de Estoque - PMRE representa, na empresa comercial, o tempo médio de estocagem de mercadorias; na empresa industrial, o tempo de produção e estocagem. (MATARAZZO, 2003, p.318).

38


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Esse indicador mostra a velocidade com que o estoque se transforma em produção vendida, ou seja, é um indicador da produtividade operacional e da eficiência dos valores empatados em estocagem de materiais e produtos. (PADOVEZE, 1997, p.149). A fórmula utilizada para cálculo do Prazo Médio de Renovação de Estoque, conforme Matarazzo (2003, p.317), é a seguinte:

2.2.2 Prazo médio de recebimento de vendas (PMR) É o tempo médio que a empresa demora para receber suas vendas a prazo. (AUGUSTINI, 1999, p.42). O Prazo Médio de Recebimento de Vendas – PMR expressa o tempo decorrido entre a venda e o recebimento. (MATARAZZO, 2003, p. 318). Tem por objetivo dar um parâmetro de quanto tempo em média a empresa demora para receber suas vendas, Depende da política de crédito que a empresa consegue ou pode atribuir a seus clientes. (PADOVEZE, 1997, p.147). Conforme Matarazzo (2003, p.312), a fórmula final do Prazo Médio de Recebimento de Vendas fica:

2.2.3 Prazo médio de pagamento de compras (PMP) É o tempo médio que a empresa demora para pagar as suas compras de insumos a prazo. (AUGUSTINI,1999, p.42). Se o prazo médio de pagamento de compras – PMP for superior ao prazo médio de renovação de estoques – PMR, então os fornecedores financiarão uma parte das vendas da empresa. (MATARAZZO, 2003, p.319). A finalidade desse indicador é mostrar o prazo médio que a empresa consegue para pagar seus fornecedores de materiais e serviços. Neste caso, a empresa é dependente da política de crédito que os fornecedores conseguem adotar. (PADOVEZE, 1997, p.148). A fórmula utilizada para calcular o Prazo Médio de Pagamento de Compras, conforme Matarazzo (2003, p.317), é a seguinte:

Apesar de ser calculado de modo similar ao cálculo do índice do período médio de cobrança, neste caso, é necessário estimar o montante de compras anuais a prazo, o que não é informado nas demonstrações contábeis. Para isso, consideram-se as compras a prazo como uma porcentagem do custo dos produtos vendidos (compras anuais a prazo = custos de produtos vendidos x percentual estimado de compras a prazo) alternativamente, esse valor pode ser obtido pela equação: compras anuais = custos de produtos vendidos – estoque inicial

2.3 o Ciclo financeiro (CF) 0 PAGTO da M.P.

65 PMP

Recebimento da Venda

39


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Para Ramos (2008), o ciclo financeiro ou conversão de caixa, começa com o pagamento do produto/matéria prima, que será revendida ou transformada em produto acabado, e termina com o recebimento do pagamento desse produto. Gitman (2004) demonstra que a conversão de caixa está dentro do ciclo operacional, que começa com a entrada da matéria prima no estoque e que envolve basicamente duas categorias de ativos, o estoque e o contas e receber. Porém para a fabricação e venda do produto são necessários vários gastos como a compra de matéria prima e a mão de obra, que resulta em passivos que são as contas a pagar. As administrações desses ativos e passivos resultaram em uma empresa forte e competitiva, ou em uma empresa fraca e endividada. Para Liz (2008), um bom gestor financeiro deverá analisar os resultados e planejar ações para sua melhoria. Também deverá negociar junto aos fornecedores os melhores prazos de pagamentos e os menores juros cobrados, como também estabelecer uma boa política de crédito para seus clientes. A empresa precisa organizar todos os registros e documentos de forma a preservar um histórico de suas finanças pra consultas posteriores. Como também deverá controlar o movimento de caixa, classificar as despesas fixas e variáveis e estabelecer regras para a retirada de pró-labore dos sócios, nesse caso um dos principais motivos de fracassos administrativos. O cálculo do ciclo financeiro: CF = PME + PMR – PMP Se o resultado do ciclo financeiro for positivo, significa que a empresa primeiro paga os fornecedores e depois recebe de seus clientes.Implica em necessidade de recursos para capital de giro. Se o resultado do ciclo financeiro for negativo, significa que primeiro recebe de clientes e depois paga seus fornecedores, não necessitando de capital de giro. Exemplo: A Cia Ipiranga é uma empresa que vende todos os seus produtos a prazo. Os prazos médios apresentados são os seguintes: PME = 60 dias, PMR = 30 dias e PMP = 25 dias. Determinar os ciclos operacional e financeiro: CO = PME + PMR → CO = 60 + 30 = 90 dias. CF = CO – PMP → CF = 90 – 25 = 65 dias Atividade 1: Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores: 45 dias Prazo Médio de Recebimento de Duplicatas: 30 dias Prazo Médio de Giro dos Estoques: 30 dias Ciclo Operacional = Prazo de Rotação de Estoque + Prazo de Recebimento O ciclo operacional desta empresa se realiza em quantos dias? E o Ciclo Financeiro? 2.Uma Empresa tem Prazo médio de renovação dos estoques 74 dias; Prazo médio de recebimento de vendas de 63 dias; Prazo médio de pagamento de compras de 85 dias e Ciclo de caixa de 52 dias. Considerando essas informações, o Ciclo Operacional é de: (A) 128 dias. (B)) 137 dias. (C) 140 dias. (D) 142 dias. (E) 145 dias.

40


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL

CAPITAL DE GIRO II ▪ ▪ ▪

14 AULA

Conceito de Capital de Giro Necessidade de Capital de Giro Reserva de Capital de Giro

1. Conceito de Capital de Giro Para seu funcionamento, as empresas utilizam recursos materiais de renovação lenta (imóveis, instalações, máquinas, equipamentos), denominados capital fixo ou permanente, e recursos de rápida renovação (dinheiro, créditos, estoques) que formam seu capital circulante ou capital de giro, também chamado de ativo corrente. Capital de giro, portanto, é o ativo circulante que sustenta as operações do dia-a-dia da empresa e representa a parcela do investimento que circula de uma forma a outra, durante a condução normal dos negócios. Assim, 1. CAPITAL DE GIRO = Ativo Circulante Uma administração ineficiente do capital de giro poderá afetar de forma dramática o fluxo de caixa da empresa. O volume de capital de giro utilizado por uma empresa depende de seu volume de vendas, de sua política de crédito comercial e do nível de estoques que ela precisa manter. Duas considerações muito importantes na administração do capital de giro são os ciclos econômicos e a sazonalidade especifica de determinados negócios. As indústrias normalmente possuem maior proporção de ativos permanentes em relação aos ativos totais, e tendem a concentrar-se nas necessidades de caixa a longo prazo; as empresas comerciais trabalham com maior percentagem de capital de giro e concentram-se principalmente nas contas a receber e nos estoques, buscando mais os financiamentos a curto prazo; as empresas de serviço, por sua vez, possuem poucos ativos permanentes e enfocam basicamente as contas a receber. O capital de giro necessita de recursos para seu financiamento, :.; rno acontece com o capital permanente. Assim, quanto maior for o capital de giro, maior será a necessidade de financiamento, seja com recursos próprios, seja com recursos de terceiros. 2. Necessidade de Capital de Giro O correto dimensionamento da necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do administrador financeiro. Elevado volume de capital de giro irá desviar recursos financeiros que poderiam ser aplicados nos ativos permanentes da empresa. Todavia capital de giro muito reduzido restringirá a capacidade de operação e de vendas da empresa. A necessidade de capital de giro pode ser estimada de dois modos: a) Baseada no ciclo financeiro REPORT THIS AD b) Utilização dos demonstrativos contábeis (balanço patrimonial) Cálculo com Base no Ciclo Financeiro 41


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Esse método é aplicável a uma empresa em fase de implantação, por ainda não dispor de demonstrações contábeis. A necessidade de capital de giro corresponde ao caixa operacional, ou seja, ao montante mínimo de recursos financeiros necessários para garantir a operacionalidade da empresa. Trata-se de uma forma simples de se efetivarem os cálculos, pois o método pressupõe que as despesas projetadas anuais são uniformemente distribuídas ao longo do ano. Cálculo com Base no Balanço Patrimonial O capital de giro líquido (CGL) é definido como a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Porém, nem todo o valor do CGL assim calculado representa efetiva necessidade de investimento. O ativo circulante contém contas transitórias (caixa, bancos, aplicações financeiras de curto prazo) e no passivo circulante também são transitórios os empréstimos e financiamentos de curto prazo, bem como os seus respectivos encargos financeiros. Essas contas transitórias (ativo e passivo flutuantes) não estão relacionadas à necessidade de investimento em capital de giro. Para se calcular a necessidade de capital de giro de uma empresa com base em seu balanço patrimonial é necessário reclassificar algumas contas tanto do ativo como do passivo, com a finalidade específica de se proceder a esses cálculos. Passa-se a considerar o balanço patrimonial da seguinte maneira: Ativo Permanente (AP) – formado pelos itens de longo prazo do ativo. Esse valor é igual à soma dos seguintes itens: realizável a longo prazo, investimento, imobilizado e diferido. Ativo Operacional (AO) – representa os recursos utilizados nas operações da empresa que dependem das características de seu ciclo operacional. É composto por duplicatas a receber, estoques e outros valores a receber que possuem natureza permanente. Ativo Flutuante (AF) – corresponde aos itens de curtíssimo prazo do ativo circulante que possuem natureza transitória como caixa, bancos e aplicações financeiras de curto prazo. Passivo Permanente (PP) – é formado pelas contas de longo prazo de passivo e representa a fontes permanentes de recursos financeiros da empresa. É igual à soma do exigível a longo prazo com o patrimônio líquido. Passivo Operacional (PO) – representa as contas do passivo vinculado ao ciclo operacional da empresa, tais como fornecedores, salários, encargos, impostos, taxas e outras contas a pagar. Passivo Flutuante (PF) – corresponde aos itens de curtíssimo prazo do passivo circulante que não têm vinculação direta com as operações da empresa. Sãos eles: empréstimos, financiamentos e outras obrigações financeiras de curto prazo. A fórmula de cálculo da necessidade de capital de giro (NCG) é: NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional A fórmula de calculo do capital de giro líquido (CGL) é: CGL = PASSIVO Permanente – ATIVO Permanente O capital de giro líquido (CGL) calculado com base nessa reclassificação de contas será: NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional O resultado será o mesmo se for usada a fórmula CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante Denomina-se efeito tesoura (ET) o valor do capital de giro líquido que excede a necessidade de capital de giro calculada na forma acima. Tal valor corresponde ainda à diferença entre o ativo flutuante (AF) e o passivo flutuante (PF) 42


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Têm-se as seguintes fórmulas para seu cálculo: EFEITO TESOURA = CGI – NCG EFEITO TESOURA =Ativo Flutuante – Passivo Flutuante Exemplo: Calcular a necessidade de capital de giro, o capital de giro líquido e o efeito tesoura com base no balanço patrimonial da empresa hipotética abaixo. *Valores em Milhares de Reais ATIVO

PASSIVO

Caixa

100,00

Fornecedores

1.000,00

Bancos

900,00

Salários a Pagar

2.000,00

Aplic. Financeiras

2.000,00

Encargos a Pagar

1.000,00

Contas a Receber

3.000,00

Impostos e Taxas

1.000,00

Estoques

3.900,00

Empréstimos

2.000,00

Outros Valores a Rec.

100,00

Exigível a Longo Prazo

4.000,00

Realizável a Longo Prazo

2.000,00

Capital

7.500,00

Investimentos

2.000,00

Reservas

1.000,00

Imobilizado

5.500,00

Lucros Acumulados

500,00

Diferido

500,00

TOTAL DO ATIVO

20.000

TOTAL DO PASSIVO

20.000,00

Reclassificando-se o balanço, tem-se: ATIVO

PASSIVO

Caixa

100,00

Fornecedores

1.000,00

Bancos

900,00

Salários a Pagar

2.000,00

Aplic. Financeiras

2.000,00

Encargos a Pagar

1.000,00

ATIVO FLUTUANTE

3.000,00

Impostos e Taxas

1.000,00

Contas a Receber

3.000,00

PASSIVO OPERACIONAL

5.000,00 43


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Estoques

3.900,00

Empréstimos

2.000,00

Outros Valores a Rec.

100,00

PASSIVO FLUTUANTE

2.000,00

ATIVO OPERACIONAL

7.000,00

Exigível a Longo Prazo

4.000,00

Realizável a Longo Prazo

2.000,00

Capital

7.500,00

Investimentos

2.000,00

Reservas

1.000,00

Imobilizado

5.500,00

Lucros Acumulados

500,00

Diferido

500,00

PASSIVO PERMANENTE

13.000,00

ATIVO PERMANENTE

10.000,00

TOTAL DO ATIVO

20.000,00

TOTAL DO PASSIVO

20.000,00

a) Cálculo da necessidade de capital de giro (NCG) NCG = AO – PO NCG = 7.000–5.000 NCG = 2.000 b) Cálculo do capital de giro líquido (CGL) CGL= PP – AP CGL= 13.000–10.000 CGL = 3.000 OU CGL = AC – PC CGL = 10.000–7.000 CGL = 3.000 c) Cálculo do efeito tesoura (ET) ET = CGL – NCG ET= 3.000–2.000 ET = 1.000 OU ET = AF – PF ET = 3.000 – 2.000 ET = 1.000 44


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL 3. Reserva de Capital de Giro O capital de giro é fortemente influenciado pelas incertezas inerentes a todo tipo de atividade empresarial. Por esse motivo, a empresa deve manter uma reserva financeira para enfrentar os eventuais problemas que podem surgir. Quanto maior for a reserva financeira alocada à manutenção do capital de giro, menores serão as possibilidades de crise financeiras, ou seja, menor será o risco de a empresa deixar de honrar seus compromissos financeiros a curto prazo, nas datas de seus vencimentos. Mais uma vez, no entanto, deve ser lembrado que somente os ativos permanentes proporcionam a rentabilidade satisfatória para a empresa. A rentabilidade obtida pela reserva de capital de giro aplicada no mercado financeiro não constitui a atividade-fim das empresas nãofinanceiras. O administrador financeiro deve buscar, portanto, um equilíbrio entre o volume necessário à manutenção da reserva de capital de giro e o valor a ser aplicado no ativo permanente da empresa. Deve lembrar, por fim, que a rentabilidade da empresa pode esperar por uma recuperação de lucros, mas que o capital de giro não pode esperar. Ele é prioritário. Sem o lucro, a empresa fica estagnada ou encolhe, porém, sem o capital de giro, ela desaparece. Redução da Necessidade de Capital de Giro Um ciclo financeiro curto permite maior giro de caixa, que, por sua vez, implica menor necessidade de capital de giro. O ciclo financeiro de uma empresa depende de três fatores: Prazo de pagamento das compras, prazo de produção ou estocagem e prazo de recebimento das vendas. Os prazos de pagamento de compras e de recebimento das vendas são determinados pelas condições de mercado. Apenas alterações provisórias desses prazos poderiam ser conseguidas a partir de negociações com fornecedores e clientes. Por esse motivo, as medidas financeiras para encurtamento do ciclo financeiro são pouco eficazes. Apenas o encurtamento do prazo de produção ou estocagem pode fazer mudanças significativas e duradouras sobre o cicio financeiro da empresa. Essas medidas, entretanto, estão fora de escopo da área financeira, exigindo o concurso das áreas técnicas, como e produção, operação ou logística para sua implementação. Diversas técnicas podem proporcionar o encurtamento da etapa de produção ou operação da empresa, dentre as quais se pode destacar Just in Time (JIT), Administração Total da Qualidade (TQM), Supply Chain Management (SCM), Lean Production, etc… Dos muitos problemas ocorridos com as empresas que as obrigam a recorrer a bancos e a outras instituições financeiras em busca de recursos para seu capital de giro, destacam-se: • • • • •

Má administração da empresa em diversas áreas elevando demais os custos fixos; Sazonalidade das vendas; Ciclo operacional e ciclo financeiro muito longos; Excesso de inadimplência por parte de clientes; Empréstimos e financiamentos obtidos a custos muito elevados;

Atividade 1. Reclassifique os balaços a baixo A) Calcule a NCG;

B) Calcule o SLC:

1.1 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO

PASSIVO

Circulante

Circulante

Caixa

11.300,00

Títulos a Pagar

24.000,00

Bancos

28.700,00

Fornecedores

21.500,00

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Duplicatas a Receber

22.000,00

Impostos a Pagar

4.500,00

Estoques

48.000,00

Empréstimos Bancários

32.200,00

Salários a Pagar

7.800,00

Não Circulante Imobilizado

Total do Ativo

Patrimônio Líquido 60.000,00

170.000,00

Capital

55.000,00

Reserva de Lucro

25.000,00

Total do Passivo

170.000,00

1.2 A) Calcule a NCG:

B) Calcule o SLC:

BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO

PASSIVO

Circulante

Circulante

Caixa

21.500,00

Títulos a Pagar

29.000,00

Bancos

32.800,00

Fornecedores

21.500,00

Duplicatas a Receber

35.700,00

Impostos a Pagar

14.500,00

Estoques

52.000,00

Empréstimos Bancários

43.400,00

Salários a Pagar Não Circulante Imobilizado

Total do Ativo

27.800,00

Patrimônio Líquido 58.000,00

200.000,00

Capital

35.500,00

Reserva de Lucro

28.300,00

Total do Passivo

200.000,00

15 AULA

CAPITAL DE GIRO III ▪ ▪ ▪ ▪

Medidas para solucionar os problemas de capital de giro Algumas solução. Solução definitiva

1. Medidas para solucionar os problemas de capital de giro As dificuldades de capital de giro numa empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores: • •

Redução de vendas Crescimento da inadimplência 46


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL • •

Aumento das despesas financeiras Aumento de custos

Alguma combinação dos quatro fatores anteriores Na situação mais frequente, os problemas de capital de giro surgem como consequência de uma redução de vendas. Neste caso, o administrador financeiro se defronta com as seguintes questões: como manter o capital de giro sob controle diante de um quadro de redução das vendas? O que pode ser feito para evitar uma crise maior de capital de giro? 2. Algumas solução. 2.1 Formação de reserva financeira Como acontece no trato de muitos outros problemas, a ação preventiva tem um papel importante para a solução dos problemas de capital de giro. A principal ação consiste na formação de reserva financeira para enfrentar as mudanças inesperadas no quadro financeiro da empresa. A determinação do volume dessa reserva financeira levará em conta o grau de proteção que se deseja para o capital de giro. Também uma análise do tipo "o que aconteceria ao capital de giro se...." poderia ser bastante útil para se formular a estimativa do volume da reserva financeira. À primeira vista, poderia soar antieconômico a formação de uma reserva financeira, já que esta decisão tiraria recursos financeiros que de outra forma deveriam ser aplicados no investimento em ativos fixos de modo a permitir a expansão da empresa. Dada a alta volatilidade da economia brasileira, a formação de reserva financeira para o capital de giro deveria ser a prioridade econômica fundamental da empresa. Além disso, os recursos destinados e essa reserva seriam aplicados no mercado financeiro, onde as taxas de juros têm sido maiores do que a taxa de rentabilidade do capital fixo. 2.2 Encurtamento do ciclo econômico Quando a empresa encurta seu ciclo econômico - este pode ser definido como o tempo necessário à transformação dos insumos adquiridos em produtos ou serviços - suas necessidades de capital de giro se reduzem drasticamente. Numa indústria, a redução do ciclo econômico significa um menor tempo para produzir e vender. No comércio, esta redução significa um giro mais rápido dos estoques. Na atividade de serviços, a redução do ciclo econômico significa basicamente trabalhar com um cronograma mais curto para a execução dos serviços. A redução do ciclo econômico não é uma função tipicamente financeira. Ela requer o apoio de funções como produção, operação e logística. 2.3 Controle da inadimplência A inadimplência dos clientes de uma empresa pode decorrer do quadro econômico geral do país ou de fatores no âmbito da própria empresa. No primeiro caso, a contração geral da atividade econômica e a conseqüente diminuição da renda das pessoas, tende a aumentar a inadimplência. Nesta situação, a empresa tem pouco controle sobre o problema. Quando a inadimplência é decorrente de práticas de crédito inadequadas, estabelecidas pela própria empresa, existe uma solução viável para o problema. Neste caso, é preciso dar mais atenção à qualidade das vendas (tanto as vendas a crédito como as vendas faturadas) do que ao volume dessas vendas. No caso das vendas a crédito, também será recomendável uma redução do prazo de pagamento concedido aos clientes. 2.4 Não se endividar a qualquer custo 47


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Na tentativa de suprir a insuficiência de capital de giro, muitas empresas utilizam empréstimos de custo elevado. Como regra, qualquer dinheiro captado a um custo maior do que 1,17% ao mês (ou 15% ao ano) em termos reais, são incompatíveis com a rentabilidade normal da empresa que gira em torno de 15 % ao ano, também em termos reais. Assim, uma linha de crédito de curto prazo que custe mais de 1,17% ao mês em termos reais, é claramente antieconômica. O financiamento de capital de giro a uma taxa real maior do que 1,17% ao mês, pode resolver o problema imediato de caixa da empresa, mas cria um novo problema - seu pagamento. Obs: taxas ilustrativas, podendo variar de acordo com o montante econômico O administrador tem consciência da inviabilidade do custo financeiro dos financiamentos de capital de giro. Ele tenta ganhar tempo, esperando que uma melhora posterior nas condições de mercado da empresa permita pagar o capital de terceiros. Todavia, quando a recuperação das vendas acontece, a empresa já acumulou um estoque de dívidas cujo pagamento será impraticável. 2.5 Alongar o perfil do endividamento Quando a empresa consegue negociar um prazo maior para o pagamento de suas dívidas, ela adia as saídas de caixa correspondentes e, portanto, melhora seu capital de giro. Embora essa melhora seja provisória, ajudará bastante até que a empresa se ajuste financeiramente. Também neste caso, é importante uma atenção especial para o custo do alongamento de prazo. Ele precisa ser suportado pela rentabilidade da empresa. 2.6 Reduzir custos A implantação de um programa de redução de custos tem um efeito positivo sobre o capital de giro da empresa desde que não traga restrições às suas vendas ou à execução de suas operações. Uma vez que a empresa com problema de capital de giro também estará com sua capacidade de investimento comprometida, a redução de custos em atividades como modernização, automação ou informatização não será possível. Diante de uma crise de capital de giro, o programa de redução de custos tem natureza compulsória e seu grande desafio é identificar aqueles itens de gastos que possam ser cortados sem grandes prejuízos para as atividades da empresa. Dificilmente serão encontrados gastos supérfluos ou desperdícios, pois a crise de capital de giro naturalmente já os deve ter eliminado. 2.7 Substituição de passivos A política de substituição de passivos consiste em trocar uma dívida por outra de menor custo financeiro. Por exemplo, uma empresa de grande porte poderia adotar esta solução, através do lançamento de títulos no exterior ou mesmo fazendo um lançamento de ações. Entretanto, as empresas de pequeno e médio porte não têm essa opção. Um programa tradicional de substituição de passivos para essas empresas quase sempre significaria trocar seis por meia dúzia. Numa situação extrema, as pequenas e médias empresas poderiam trocar passivo exigível por passivo não exigível (capital), através da admissão de novos sócios. Sem dúvida, esta seria uma solução a ser adotada em último caso. 3. Solução definitiva É evidente que existe um forte entrelaçamento entre a administração do capital de giro da empresa e sua administração estratégica. Por isso, a solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na recuperação da lucratividade da empresa e a consequente recomposição de seu fluxo de caixa. 48


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance que vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a reconfiguração do negócio como um todo. Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer muito mais do que medidas financeiras. Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser repensadas para que o capital de giro volte ao estado de normalidade. Atividade 1. Quais as Soluções você adotaria para resolver o problema de capital de giro da sua empresa . _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

16 AULA

ATIVO E PASSIVO ▪

Ativo Passivo

Aprendendo a Analisar Variações Patrimoniais

Patrimônio Líquido

Variações Patrimoniais

Contas

A Contabilidade convencionou nomes para o conjunto de bens, direitos e obrigações que constituem o patrimônio de uma empresa. O ativo corresponde ao conjunto de bens e direitos e o passivo corresponde às obrigações. No passivo, teremos dois tipos de obrigações. As obrigações com terceiros e as obrigações com os sócios ou proprietários que denominamos de capital.

1. Ativo Passivo A partir de agora, podemos verificar o que ocorre com a representação do patrimônio de uma empresa quantitativa e qualitativamente. Sobre as demonstrações dos gráficos patrimoniais, podemos notar: a) Formação inicial do patrimônio, quando os sócios entregaram a importância de R$ 200.000,00. O ativo ficou com a conta Caixa (representa o dinheiro da empresa) que é um bem

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL e, portanto, um ativo. E o passivo, com a conta de capital (é uma obrigação) que a empresa tem para com os proprietários que colocaram dinheiro para que ela começasse a existir. b) Compra de máquinas à vista no valor de R$ 30.000,00 A conta Caixa diminuiu, porque houve a saída de dinheiro para o pagamento da máquina. E a conta Máquina, que é um bem, portanto um ativo, aparece com o seu valor de compra. c) Compra de mercadorias a prazo no valor de R$ 50.000,00 No ativo, a conta caixa e a conta máquinas permanecem com os mesmos valores.

Surge a conta de mercadorias, que é um bem e, portanto, um ativo, com o valor correspondente a sua compra. No passivo, surge a conta de fornecedores (que é uma obrigação) já que a compra da mercadoria foi feita a prazo. d) Obtenção de empréstimos no valor de 100.000,00 No ativo, surge a conta de Banco conta movimento (que representa o dinheiro que a empresa tem no banco) no valor do empréstimo. E no passivo, surge a conta de Empréstimos a pagar (uma obrigação) que a empresa tem com o Banco que lhe concedeu o empréstimo.

2. Aprendendo a Analisar Variações Patrimoniais Nas aulas anteriores, você aprendeu o conceito de Patrimônio. De uma maneira simples, podemos resumir o seguinte: Patrimônio é tudo que faz parte dos bens, direitos e obrigações de uma empresa.

Lembre-se de que: Os bens de uma empresa podem ser compostos pelos móveis e utensílios de uso da empresa, pelos estoques de mercadorias, por seus veículos, instalações prediais e equipamentos da empresa, pelo dinheiro depositado em caixa, etc. Os direitos de uma empresa são compostos por tudo que pertence à empresa, mas que não está em sua posse, em dado momento. Podemos citar como exemplo as contas a receber (de clientes ou não), as duplicatas a receber, entre outros. As obrigações de uma empresa são compostas por tudo que a empresa tem a pagar, como empréstimos a pagar, fornecedores, duplicatas a pagar, só para citar alguns exemplos.

O conceito de Patrimônio Líquido vem, em parte, do conceito de Patrimônio. Agora, observe um exemplo para entender um pouco mais. Considere uma empresa onde foram realizados os seguintes registros:

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No quadro abaixo, você terá uma nova representação, uma nova visão do patrimônio, deixando em evidência o patrimônio líquido, que poderemos chamar de PL.

No exemplo em que apresentamos um gráfico patrimonial com valores numéricos, você pode observar que o total do Ativo é igual ao total do Passivo. Portanto o patrimônio líquido é a diferença (bens + direitos) – (obrigações com terceiros).

Segundo a Lei das Sociedades Anônimas, as contas que formam o Patrimônio Líquido, são: • • • • •

Capital Social Reservas de Capital Reservas de Reavaliação Reservas de Lucros Lucros ou Prejuízos

Se houver adiantamentos para um futuro aumento de capital, estes também são incluídos no Patrimônio Líquido. 3. Patrimônio Líquido O Patrimônio Líquido poderá apresentar três situações, como você verá a seguir. PL POSITIVO – ocorre quando a soma de bens e direitos supera as obrigações para com terceiros. É uma situação positiva, também chamada de favorável.

PL NEGATIVO – ocorre quando as obrigações para com terceiros superam a soma de bens e direitos. É uma situação desfavorável, que é chamada também de passivo a descoberto.

PL NULO – ocorre quando a soma de bens e direitos se igualam às obrigações para com terceiros.

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4. Variações Patrimoniais A Contabilidade registra as variações quantitativas e qualitativas do patrimônio, que são provocadas pelos fatos administrativos.

Atos administrativos – são todos os procedimentos que no momento em que acontecem, não alteram o patrimônio da empresa, como por exemplo, a assinatura de um contrato ou o envio de um e-mail ou de uma correspondência, entre outros. Fatos administrativos – são todos os procedimentos que afetam o patrimônio quantitativa e/ou qualitativamente, como por exemplo, o pagamento de uma duplicata, a aquisição de mercadorias, etc. Estes fatos deverão ser registrados e controlados pela Contabilidade. Um Fato Administrativo pode ser classificado como sendo: Permutativo, Modificativo ou Misto. Fato Permutativo – É aquele que modifica o patrimônio da empresa, apenas nos seus componentes, não alterando o patrimônio líquido.

Fato modificativo – é aquele que modifica o patrimônio, alterando o patrimônio líquido. O fato modificativo pode ser aumentativo, quando o patrimônio líquido aumenta, ou diminutivo, quando o patrimônio líquido diminui. Fato misto – envolve ao mesmo tempo um fato permutativo e um fato modificativo, alterando o patrimônio e patrimônio líquido. 5. Contas A Contabilidade deve registrar todos os fatos administrativos que acontecem numa empresa. Esse registro é feito separadamente, de acordo com a natureza de cada fato. Chamamos de Conta os agrupamentos dos fatos de uma mesma natureza. Cada conta recebe uma denominação permanente, um título, que possibilite identificar, de forma clara, a natureza dos fatos que a representam. 52


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Sendo assim, quando você estiver lendo o nome de diferentes contas, terá a idéia imediata do que elas representam e os fatos que elas registram.

Veja o nome de algumas contas e o que cada uma representa.

Atividade 1. o que é Ativo Passivo _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 2. explique o que é Patrimônio Líquido _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 3. o que são Contas e der 3 tipos de contas _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 53


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POLÍTICA DE CRÉDITO ▪ ▪ ▪ ▪ ▪

Política de crédito Modelos de seleção concessão de crédito Os cinco Cs do crédito Prazo de crédito Política ideal de crédito

de

clientes

17 AULA

e

1. Política de crédito Vender a crédito sujeita a empresa a riscos que não existem nas vendas à vista, asso- ciados à possibilidade de não-recebimento. Desse modo a disposição de uma empresa trabalhar com esse tipo de venda não significa que todos os potenciais clientes serão beneficiados. É necessário que a empresa vendedora tenha uma política de crédito eficiente que, além de fixar prazo para a quitação das dívidas, estabeleça critérios para a seleção de clientes, a fim de tentar distinguir os mais confiáveis, que receberão crédito, daqueles menos confiáveis, o qual o crédito será negado. 2. Modelos de seleção de clientes e concessão de crédito Como parte da política de crédito e para minimizar seus riscos, empresas vendedoras empregam como parâmetro alguns modelos de análise que permitem averiguar a com potabilidade do crédito com a capacidade do potencial do cliente em honrar seus compromissos em dia. Entre esses modelos, destacam-se o cinco Cs do crédito. 3. Os cinco Cs do crédito

O cinco Cs do crédito é um modelo com alto grau de subjetividade, uma vez que depende do julgamento do analista de crédito da empresa sobre o cliente. Por meio desse modelo, o analista avalia o perfil do potencial cliente e, em seguida pondera, subjetivamente, e conclui sobre a concessão ou não do crédito. O cinco Cs são: caráter, condições, capacidade, capital e colateral. Caráter:Busca-se avaliar a idoneidade do cliente e, com isso, sua intenção em honrar seus compromissos. Nessa avaliação, procura-se conhecer o 'caráter' do cliente por meio da avaliação de seus hábitos de pagamento, dos históricos de liquidação de obrigações junto a outros ofertantes de crédito, das informações obtidas em bancos, cartório de títulos e protesto, SPC - Serviço de Proteção ao Crédito, Serasa etc. Condições:Relaciona-se a fatores externos à empresa que, de alguma forma, possam prejudicar seu fluxo de caixa e conseqüentemente sua capacidade de honrar os pagamentos. São fatores relacionados ao ramo de atividade do cliente, como sazonal idade e hábitos de consumo de seus clientes; fatores ecológicos, como a reação de grupos 54


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL de pressão; fatores econômicos, como a maneira pela qual a taxa de juros ou o índice de inflação interfere na procura pelo produto; e fatores relacionados à concorrência, que podem afetar o volume de venda do cliente. Capacidade:Diz respeito à habilidade do cliente em relação a seus conhecimentos em proporcionar renda para seu negócio, o que cria capacidade de honrar os pagamentos. Análises das demonstrações contábeis, especialmente dos índices de liquidez e endivi- damento, permitem identificar o potencial do cliente em satisfazer suas obrigações. Capital:Refere-se à situação financeira do cliente e sua capacidade de pagamentos. Por meio de demonstrações contábeis, avaliam-se sua evolução patrimonial, a maneira como são efetuados os investimentos em ativos etc. Colateral:Diz respeito às garantias oferecidas pelo cliente para se candidatar à obtenção de crédito. Incluem ativos, avais, fianças etc.

4.Prazo de crédito O prazo de crédito corresponde ao período que a empresa concede aos clientes para quitarem seus compromissos. Em geral, esse prazo é definido com base em uma combinação de diferentes fatores, como a prática adotada pela concorrência e o desempenho da economia. Esse prazo interfere diretamente no volume de vendas: quanto mais tempo é oferecido, maior é o volume de vendas e vice-versa. Essas situações afetam o lucro da empresa. 5. Política ideal de crédito A carteira de clientes de uma empresa depende da adoção de uma política de crédito mais rígida ou mais liberal. Por um lado, políticas mais liberais atraem um número maior de clientes, mas incluem aqueles de maior risco: os que podem deixar de pagar. Além disso, é necessário maiores investimentos em duplicatas a receber. Por outro lado, políticas mais rígidas tendem a provocar efeito contrário, isto é, reduzem o número de clientes devido à seleção mais criteriosa. Essa situação minimiza os problemas decorrentes de maus pagadores e exige investimentos menores em duplicatas a receber. A análise dessas variáveis em conjunto determina a política de crédito ideal. À medida que a empresa torna a política de crédito mais liberal, aumentam os custos decorrentes da concessão de crédito em relação ao investimento em duplicatas a receber e as perdas com maus pagadores. Já a política mais rígida, ao negar crédito a potenciais clientes, além de provocar efeito contrário, tem um custo de oportunidade correspondente à margem de contribuição das vendas não realizadas. Atividade 1. o que é Política de crédito _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 2. Explique os cinco Cs do crédito _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

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FUNÇÃO COMPRA E VENDAS ▪ ▪ ▪

18 AULA

Funções de Compras Documentos utilizados nas transações de compras Funções de vendas

1. Funções de compras O setor de compras cuida de tarefas essenciais a toda a empresa, que dizem respeito aos produtos dos quais necessita para realizar a prestação de um serviço, como também à compra de todo o material necessário para o consumo interno do estabelecimento. O assistente administrativo Financeiro dá apoio às principais funções de compras da empresa, auxiliando, por exemplo, na identificação dos materiais que devem ser adquiridos e na organização dos documentos necessários às compras. Algumas etapas são importantes para a realização dessas atividades, como você verá a seguir, mas é importante saber que variações nesses procedimentos podem acontecer, dependendo das escolhas de organização de cada empresa. verificar a necessidade de comprar produtos solicitados pelos vendedores ou materiais requisitados pelos vários setores e departamentos. Fazer um planejamento das compras, reunindo as requisições vindas dos diferentes departamentos. consultar o cadastro de fornecedores para identificar quais empresas fornecem os produtos solicitados. depois, é preciso comparar preços, condições de pagamento e prazos de entrega. Escolhida a melhor opção (muitas vezes depois de consultar os funcionários ou o gerente), o encarregado faz um pedido de compra. ao receber as mercadorias que pediu, o responsável pela compra deve verificar se os itens relacionados conferem com o pedido. se tudo estiver certo, recebe a nota fisc al e confirma a compra destacando o aceite [...]. aí ele deve assinar e escrever a data, confirmando que aceitou a mercadoria entregue. a partir daí, o fornecedor emitirá a duplicata e a fatura para que a empresa possa pagar a compra que realizou. a mercadoria entregue deve ser guardada no lugar apropriado (estoque), antes de ser enviada ao seu destino final. Essa entrada no estoque é feita por meio de uma ficha de controle de materiais, na qual se devem relacionar as quantidades de produtos e as suas principais características. Quando o produto estiver disponível, o setor de material comunica à área que o solicitou. À medida que vai sendo entregue ao solicitante, o setor de material vai dando baixa no estoque. o solicitante, por sua vez, deve preencher um documento confirmando que recebeu o produto. cabe ainda ao setor de mate- rial analisar perdas por estocagem, manejo e prazos de validade. Para isso, ele deve elaborar um registro das perdas de materiais e do controle dos prazos de validade dos produtos. Quando se trata da compra dos chamados bens imobilizados (máquinas, móveis, veículos etc.), estes devem ser indicados pelo setor de patrimônio. sERviÇo nacional dE aPREndiZaGEM coMERcial (sEnac). Práticas administrativas em escritório. Rio de Janeiro: senac nacional, 2010. p. 71-2. 2. Documentos utilizados nas transações de compras

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL • Nota fiscal (NF) – principal documento de comprovação de uma transação comercial ou prestação de serviços. Nela devem constar os principais dados da empresa, como razão social, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), endereço e inscrição estadual e/ou municipal. Além desses dados, devem também ser registradas na NF informações do produto ou serviço, tais como sua descrição, valor e data de realização. Serve ainda como documento-base para fiscalização do governo e arrecadação de tributos e impostos. Atualmente, a empresa pode optar ainda pela emissão da nota fiscal eletrônica.

•Requisição de materiais – formulário que deve ser preenchido para que se conheçam os produtos que serão comprados. Nele constam dados como data, número do pedido para futuros controles, descrição do produto, quantidade, valor etc

• Pedido (ou ordem) de compra – documento que comprova a realização do pedido de compra. Nele constam informações sobre os produtos e sobre a transação comercial realizada, como prazo de entrega, preços, formas de pagamento etc.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL • Fatura – outro documento que comprova a transação comercial, mas que é uti- lizado apenas em vendas a prazo. Nele constam basicamente os mesmos dados da nota fiscal, que serve como base para seu preenchimento

Duplicata – documento basicamente igual à fatura; sua importância se dá pois é esse o documento utilizado como prova de existência de uma dívida a ser paga. Nele consta a assinatura do cliente e, por isso, é usado como prova perante a justiça, em casos de necessidade de comprovação deefetuação de uma transação comercial

• Boleto bancário – atualmente, em função da

informatização das empresas, é o documento de cobrança mais utilizado. Nele constam as informações necessárias para a realização do pagamento, tais como valor, dados da empresa, prazo de vencimento etc.

3. Funções de vendas É igualmente importante que você conheça as funções relacionadas às vendas da empresa. Nesse setor, o assistente administrativo dá apoio às principais funções de vendas da empresa, que podem envolver atividades de atendimento aos clientes e identificação de suas necessidades, auxiliando assim no processo de venda do pro- duto ou serviço oferecido pela empresa. Nesse contexto, o assistente poderá trabalhar realizando funções como lidar com os pedidos feitos pelos clientes; fazer a manutenção dos cadastros dos clientes, facilitando assim o processo de venda e de futuras 58


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL negociações; e ainda cuidar do serviço de pós-venda, fornecendo, tanto para a própria empresa como para os clientes, informações sobre a situação dos pedidos de venda, incluindo dados sobre sua entrega. O departamento de vendas de uma empresa geralmente trabalha de forma conjunta com o de marketing, resultando assim em um processo de venda de maior qualidade para o cliente e também para a organização da própria empresa. Veja no quadro a seguir os principais tipos de vendas e algumas de suas características. Tipode venda

serviço completo ou venda direta tradicional

Características a compra é intermediada por vendedores, que quase sempre trabalham com comissões. o cliente pode ter acesso direto à mercadoria, mas deve necessariamente passar por um funcionário para efetuar a venda. É muito usado pelo setor de varejo e por lojas de vestuário, de eletrodomésticos e de móveis.

Auto serviço

Muito praticado pelos supermercados, é um dos que mais têm crescido no comércio brasileiro. o consumidor tem acesso livre às mercadorias e a todas as informações de que precisar, sem o auxílio direto do vendedor. depois de escolher o que quer, é só passar no caixa e efetuar o pagamento.

Auto seleção

É parecida com o autosserviço, à medida que dá livre acesso do consumidor às mercadorias, mas há também vendedores que dão assistência ao cliente. Muito adotada em lojas de departamentos e em redes de confecções.

venda de porta em porta

o vendedor vai à casa ou ao trabalho do cliente oferecer seus produtos. É uma das modalidades mais difundidas no mundo. [...]

comércio eletrônico

o consumidor consulta os sites disponíveis, escolhe o que quer, combina a forma de pagar e depois negocia a entrega. as vendas online não param de crescer no Brasil, principalmente em épocas festivas como dia das Mães, dia da criança e natal.

Atividade Vamos agora colocar em prática um pouco daquilo que aprendemos até aqui. A ideia é simular uma situação de necessidade de compra de mercadorias para que você possa trabalhar com as rotinas descritas anteriormente. Para tanto, vamos escolher um estabelecimento comercial, forme um grupo com os colegas. Vocês vão realizar todas as etapas previstas para a realização das compras necessárias para o funcionamento do estabelecimento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano Guasti. Curso de Administração Financeira. São Paulo: Editora Atlas, 2009. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7ª Ed. São Paulo: Editora Harbras, 1997 SECURATO, José Roberto; SECURATO, José Cláudio. Mercado Financeiro: conceitos, cálculo e análise de investimento. 3ª Ed. São Paulo: Editora Saint Paul, 2009. SILVA, Edson Cordeiro da. Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas. 4ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2010. Complementar: CEPEFIN FEA/USP Ribeirão Preto. Finanças Corporativas de Curto Prazo: A gestão do Valor do Capital de Giro. Vol.1 São Paulo: Editora Atlas, 2007. Finanças Corporativas de Longo Prazo: Criação de Valor com Sustentabilidade Financeira. Vol. 2. São Paulo: Editora Atlas, 2007. FIPECAFI FEA/USP. Curso de Mercado Financeiro. São Paulo: Editora Atlas, 2010. FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 18ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark,2010. GROPPELLI, A.A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração Financeira. 3ª Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010. HOJI, Masakazu. Administração Financeira e Orçamentária. 8ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009. ROSS, Stephen A.; WESTERFIEL, Randoph; JAFFE, Jeffrey F.,Jaffe. Administração Financeira: Corporate Finance. São Paulo: Editora Atlas, 2010. SANTI FILHO, Armando de; OLINQUEVITCH, José Leônidas. Análise de Balanços para Controle Gerencial. 2ª Edição. São Paulo: Editora Atlas, 1989. ZDANOWICZ. José Eduardo. Fluxo de Caixa. 8 edição. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2000. Imagens todas do Google

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INTRODUÇÃO A EXCEL ▪ ▪ ▪ ▪

1 AULA

Um Pouco de História Classificação dos Computadores Principais Usos da Informática Conceitos da Informática

1.EXCEL 2016

O Excel 2016 é um programa para elaboração de planilha eletrônica, constituindo poderosa ferramenta de ▪ Avaliação de Treinamento auxílio à execução de trabalhos que envolvem cálculos matemáticos. Com esse aplicativo você pode criar uma grande diversidade de documentos, utilizando recursos como fórmulas, atualização automática de resultados, gráficos elaborados em 3D e classificação por valores preestabelecidos, entre muitos outros. Serão abordados temas sobre a formatação de planilhas, fórmulas, funções, classificação de dados, filtro, gráficos, e outros elementos. 2. A TELA DE TRABALHO Ao ser carregado, o Excel exibe sua tela de trabalho mostrando uma planilha em branco com o nome de Pasta 1. A tela de trabalho do EXCEL 2016 é composta por diversos elementos, entre os quais podemos destacar os seguintes:

Células: Uma planilha é composta por células. Uma célula é o cruzamento de uma coluna com uma linha. A função de uma célula é armazenar informações que podem ser um texto, um número ou uma fórmula que faça menção ao conteúdo de outras células. Cada célula é identificada por um endereço que é composto pela letra da coluna e pelo número da linha. Workbook: O EXCEL 2016 trabalha com o conceito de pasta ou livro de trabalho, onde cada planilha é criada como se fosse uma pasta com diversas folhas de trabalho. Na maioria das vezes, você trabalhará apenas com a primeira folha da pasta. Com esse conceito, em vez de criar doze planilhas diferentes para mostrar os gastos de sua empresa no ano, você poderá criar uma única planilha e utilizar doze folhas em cada pasta.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Marcadores de página (Guias): Servem para selecionar uma página da planilha, da mesma forma que os marcadores de agenda de telefone. Esses marcadores recebem automaticamente os nomes Plan1, Plan2, etc., mas podem ser renomeados. Barra de fórmulas: Tem como finalidade exibir o conteúdo da célula atual e permitir à edição do conteúdo de uma célula. Linha de status: Tem como finalidade exibir mensagens orientadoras ou de advertência sobre os procedimentos que estão sendo executadas, assim como sobre o estado de algumas teclas do tipo liga desliga, como a tecla Num Lock, END, INS, etc. Janela de trabalho: Uma planilha do Excel tem uma dimensão física muito maior do que uma tela/janela pode exibir. O EXCEL 2016 permite a criação de uma planilha com 1.048.576 linhas por 16.384 colunas. 3. MOVIMENTANDO-SE PELA PLANILHA Para que uma célula possa receber algum tipo de dado ou formatação, é necessário que ela seja selecionada previamente, ou seja, que se torne a célula ativa. Para tornar uma célula ativa, você deve mover o retângulo de seleção até ela escolhendo um dos vários métodos disponíveis. • • • •

Use as teclas de seta para mover o retângulo célula a célula na direção indicada pela seta. Use as teclas de seta em combinação com outras teclas para acelerar a movimentação. Use uma caixa de diálogo para indicar o endereço exato. Use o mouse para mover o indicador de célula e com isso selecionar uma célula específica.

4. USANDO TECLAS A próxima tabela mostra um resumo das teclas que movimentam o cursor ou o retângulo de seleção pela planilha: Ação Teclas a serem usadas Mover uma célula para a direita Mover uma célula para a esquerda Mover uma célula para cima Mover uma célula para baixo Última coluna da linha atual Primeira coluna da linha atual Última linha da coluna atual Primeira linha da coluna atual Mover uma tela para cima Mover uma tela para baixo Mover uma tela para esquerda Mover uma tela para direita Mover até a célula atual Mover para célula A1 F5 5. USANDO A CAIXA DE DIÁLOGO

seta direita seta esquerda seta superior seta inferior CTRLseta direita CTRLseta esquerda CTRLseta inferior CTRLseta superior PgUp PgDn ALT+PgUp ALT+PgDn CTRL+Backspace CTRL+HOME Ativa caixa de diálogo

Se você sabe exatamente para onde quer movimentar o cursor, pressione a tecla F5 para abrir a caixa de diálogo Ir Para. Quando ela aparecer, informe a referência da célula que você deseja. Esse método é muito mais rápido do que ficar pressionando diversas vezes uma combinação de teclas. Depois de informar o endereço, pressione o botão OK.

6. INSERINDO OS DADOS 63


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Para inserir os dados você deve selecionar a célula que receberá os dados. Em seguida, basta digitar o seu conteúdo. O EXCEL 2016 sempre classificará o que está sendo digitado em quatro categorias: • • • •

Um texto ou um título Um número Uma fórmula Um comando

Essa seleção quase sempre se faz pelo primeiro caractere que é digitado. Como padrão, o EXCEL 2016alinha um texto à esquerda da célula e os números à direita. 6.1 ENTRADA DE NÚMEROS Por exemplo, selecione a célula C4 e digite o número 150. Note que ao digitar o primeiro número, a barra de fórmulas muda, exibindo três botões. Cada número digitado na célula é exibido também na barra de fórmulas.

Para finalizar a digitação do número 150 ou de qualquer conteúdo de uma célula na caixa de entrada pelo botão na barra de fórmulas, pressione ENTER. Como padrão, o EXCEL 2016 assume que ao pressionar ENTER, o conteúdo da célula está terminado e o retângulo de seleção é automaticamente movido para a célula de baixo. Se em vez de, ENTER, a digitação de uma célula for concluída com o pressionamento da caixa de entrada ,o retângulo de seleção permanecerá na mesma célula. Para cancelar as mudanças, dê um clique na caixa de cancelamento na barra de fórmulas ou pressione ESC. Essas duas operações apagarão o que foi digitado, deixando a célula e a barra de fórmulas em branco. Se durante a digitação algum erro for cometido, pressione a tecla Backspace para apagar o último caractere digitado. Como padrão, adotaremos sempre o pressionamento da tecla ENTER para encerrar a digitação de uma célula. Agora insira os números mostrados na figura abaixo:

6.2 ENTRADA DE TEXTOS Inserir um texto em uma célula é igualmente fácil, basta selecionar a célula, digitar o texto desejado e pressionar uma das teclas ou comandos de finalização da digitação. Além da tecla ENTER, que avança o cursor para a célula de baixo, e da caixa de entrada, que mantém o retângulo de seleção na mesma célula, você pode finalizar a digitação de um texto ou número pressionando uma das teclas de seta para mover o retângulo de seleção para a próxima célula. Agora insira os textos, conforma a figura abaixo:

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7. ALTERAÇÃO DO CONTEÚDO DE UMA CÉLULA

Se você quiser alterar o conteúdo de uma célula, pode usar dois métodos bem simples que ativarão a edição. Dê um duplo clique sobre a célula. Posicione o retângulo de seleção sobre a célula e pressione F2. Complete a planilha como mostra a próxima figura:

8. SALVANDO UMA PLANILHA Quando você salva uma planilha pela primeira vez no EXCEL 2016 , é solicitado que você forneça um nome para ela. Nas outras vezes, não será necessário o fornecimento do nome. Para salvar uma planilha, você pode optar pelo menu Arquivo, e em seguida menu Salvar.

Outra opção é pressionar a combinação de teclas CTRL+B. A terceira opção é a mais rápida para quem gosta de usar mouse. Basta dar um clique no botão salvar, o primeiro botão da barra de ferramentas de acesso rápido.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Qualquer uma dessas opções abrirá a caixa de diálogo mostrada a seguir:

No EXCEL 2016, toda vez que uma nova planilha é iniciada, ele recebe o nome de Pasta1. Se em uma mesma seção de trabalho mais de um novo documento for criado, os nomes propostos pelo Excel serão Pasta2, Pasta3 e assim por diante. É por isso que você deve fornecer um nome específico para a planilha que está sendo criada.

2 AULA

FORMATAÇÃO ▪ ▪ ▪

Formatação Formatação de Células Formatação De Textos E Números

1. Formatação Para efetuar a formatação de células no EXCEL 2016 é bastante simples, basta selecionar uma faixa da planilha e em seguida aplicar a formatação sobre ela.

1.1 Seleção de Células No EXCEL 2016 a unidade básica de seleção é uma célula, e você pode selecionar uma célula ou uma faixa de células horizontais, verticais ou em forma de retângulo. Toda faixa é composta e identificada por uma célula inicial e por uma célula final. Uma faixa de células pode ser selecionada por meio do mouse ou por meio do teclado.

2. Formatação De Textos E Números No EXCEL 2016, pode-se mudar o tamanho e os tipos das letras, aplicar efeitos especiais tais como negrito, itálico, sublinhado entre outros. Um texto pode ser alinhado dentro de uma coluna à esquerda, à direita ou centralizado. Você pode ativar um desses efeitos durante a digitação do conteúdo de uma célula, ou posteriormente, bastando para tal selecionar a célula desejada e pressionar o botão do efeito desejado. Você pode aplicar mais de um efeito na mesma célula.

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2.1 Formatação De Números Além da formatação genérica que se aplica tanto a textos como a números, o EXCEL 2016 possui formatos específicos para serem aplicados a números. Na guia Página Inicial, grupo Número estão os botões específicos para esse fim.

3. Alteração Da Largura Das Colunas Você pode alterar a largura de uma coluna aumentando ou diminuindo suas margens por meio do uso de uma caixa de diálogo ou do mouse. 3.1 Alterando A Largura Da Coluna Com O Mouse Para alterar a largura com o mouse, você deve mover o cursor até a barra de letras no alto da planilha. Em seguida, você deve mover o cursor no sentido da margem da coluna, ou seja, da linha que separa as colunas. Então o cursor mudará de formato. Neste instante você deve manter o botão esquerdo do mouse pressionado enquanto arrasta a linha de referência que surgiu até a largura que achar conveniente. Ao atingir a largura desejada, é só liberar o cursor do mouse. 3.2 Alterando A Largura Da Coluna Por Meio Da Caixa De Diálogo

Outra forma de alterar a largura de uma coluna é por meio de uma caixa de diálogo que é acionada a partir da guia Página Inicial, grupo Células, botão formatar, item Largura da Coluna. Esse comando atuará sobre a coluna atual, a menos que você selecione mais de uma coluna antes de ativá-lo.Com uma ou mais colunas selecionadas, o comando exibe uma caixa de diálogo onde você deve informar a largura da coluna em centímetros.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL 3.3 Alterando Altura Da Linha Para alterar a altura da linha com o mouse, você deve mover o cursor até a divisão das linhas até o cursor mudar de formato. Neste instante você deve manter o botão esquerdo do mouse pressionado enquanto arrasta a linha até a altura que achar conveniente. Ao atingir a altura desejada, é só liberar o cursor do mouse.

3.3.1 Alterando A Altura Da Linha Por Meio Da Caixa De Diálogo Outra forma de alterar a altura de uma linha é por meio de uma caixa de diálogo que é acionada a partir da guia Página Inicial, grupo Células, botão formatar, item Altura da Linha. Esse comando atuará sobre a linha atual, a menos que você selecione mais de uma linhas antes de ativá-lo. Com uma ou mais linhas selecionadas, o comando exibe uma caixa de diálogo onde você deve informar a altura da coluna em centímetros.

3.4 Apagando O Conteúdo De Uma Ou Mais Células

Se você cometeu algum erro e deseja apagar totalmente o conteúdo de uma célula, a forma mais simples é posicionar o seletor sobre ela e pressionar a tecla DEL. Para apagar uma faixa de células, selecione as células da faixa e pressione DEL.

3 AULA

FÓRMULAS ▪ ▪

Formulas Operadores

1.Formulas A principal característica de uma planilha reside na possibilidade de utilizar e relacionar o conteúdo de células para a obtenção de algum resultado. O relacionamento de células é obtido por meio da criação de fórmulas. Com elas, você pode realizar operações matemáticas, estatísticas e manipular o conteúdo das demais células da planilha. Uma fórmula é composta basicamente de referências a outras células, operadores matemáticos e funções do EXCEL 2016. Contudo, é na possibilidade de se referir a outras células que reside a maior vantagem de uma planilha. No início da apostila foi realizada uma planilha na qual introduzimos uma fórmula simples que somava o conteúdo de outras células. Note que no lugar da fórmula digitada apareceu a soma das células, enquanto na linha de fórmula apareceu a fórmula digitada. A partir desse momento, se qualquer uma das células referidas na fórmula tiver o seu valor alterado, a fórmula será recalculada e exibirá o novo resultado. 68


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Note que o símbolo de igual foi adicionado no início da fórmula na barra de fórmulas. Esse sinal é o elemento básico que o EXCEL 2016 usa para saber que você está digitando uma fórmula. Embora no exemplo acima tivéssemos começado a digitar a fórmula com o sinal de mais, essa é uma das poucas exceções feitas pelo Excel. Nos demais casos, se não for digitado o sinal de igual antes do início da fórmula, ele interpretará o seu conteúdo como um texto ou uma data.

2. Operadores

Quase todas as fórmulas que você escrever certamente conterão algum operador matemático. Esses operadores indicam qual tipo de operação será realizada. Os operadores disponíveis no EXCEL 2016 são os seguintes:

Operador + / * % ^

Realiza Adição Subtração Divisão Multiplicação Percentual Exponenciação

Exemplo =A1+B1 =A1-B1 =A1/B1 =A1*B1 =A1*20% =A1^3

Alguns operadores atuam sobre dois valores, tais como as quatro operações matemáticas. Já o operador de percentual atua diretamente sobre o número que o antecede, dividindo-o por 100. Além desses operadores, o EXCEL 2016 possui operadores especiais que avaliam dois valores e retornam o valor lógico Verdadeiro ou Falso.

Operador = > < >= <= <> 2.1 Ordem De Precedência Dos Operadores

Descrição Igual Maior que Menor que Maior ou igual que Menor ou igual que Diferente de

Quando você cria uma fórmula que contém mais de um operador do mesmo tipo, as operações matemáticas vão sendo realizadas da esquerda para a direita até que a última tenha sido efetuada. Contudo, quando você mistura operadores, o EXCEL 2016 segue uma tabela de prioridades executando determinadas operações matemáticas antes de outras.

Operador () % ^ *e/ +e = <> <= >= <>

Descrição Parênteses Percentual Exponenciação Multiplicação Divisão Adição e subtração Comparação

e

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FUNÇÕES ▪ ▪ ▪ ▪

4 AULA

Funções Anatomia De Uma Função A função SOMA Argumentos

1. Funções Genericamente uma função consiste em uma série de operações matemáticas que agem sobre valores fornecidos pelo usuário e retorna obrigatoriamente algum resultado. No exemplo anterior tivemos que somar apenas o conteúdo de quatro células para facilitar esse trabalho, o EXCEL 2016 possui uma função chamada "SOMA", que pede a especificação apenas da referência da primeira e da última célula da faixa que será somada. No exemplo anterior, em vez de digitar a referência das células, poderíamos digitar =SOMA (C4:C7). Além de economizar digitação, a utilização dessa função beneficia o usuário quando ele precisa alterar a estrutura da planilha.

2.ANATOMIA DE UMA FUNÇÃO Uma função se caracteriza pela seguinte estrutura genérica:

Toda função é composta por um nome que é sucedido obrigatoriamente por parênteses. Dependendo da função, dentro dos parênteses podem existir argumentos, ou seja, valores ou referências a células e que serão usados pela função para retornar o resultado da função 3. A função SOMA A função SOMA( ), por exemplo, exige como argumentos a especificação da célula inicial e da célula final separadas por dois pontos ou, então, uma série de endereços de células separados por ponto e vírgula. Cada função possui uma sintaxe própria, ou seja, espera-se que os seus argumentos sejam especificados em uma ordem determinada. Se isso não ocorrer, haverá um erro que faz com que o resultado não seja produzido ou uma mensagem de advertência seja exibida. 4. ARGUMENTOS O número e tipo de argumentos requeridos variam de função para função. Um argumento pode ser: 70


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL • • • • • •

Números Texto Valores lógicos Valores de erro Referências Matrizes

Usando referências a outras células, você pode especificar diretamente o endereço de uma célula ou então uma faixa de células, usando o símbolo de dois pontos para separar a célula inicial e final. Exemplo: SOMA(A1:A20) Quando uma função possuir mais de um argumento, eles devem ser separados por um ponto e vírgula. Exemplos: SOMA(A1;A15;A30)

Soma as três células especificadas.

SOMA(C1:C15;B1:B15) Soma as duas faixas especificadas.

5 AULA

FUNÇÕES MAIS UTILIZADAS ▪ ▪ ▪

Funções mais Utilizadas Fórmulas Geração E Correção De Erros Referência Circular

1. FUNÇÕES MAIS UTILIZADAS As funções matemáticas mais utilizadas no dia a dia. Elas são mostradas com uma explicação sobre sua finalidade, sua sintaxe e alguns exemplos. O nome do argumento normalmente já indica qual o seu tipo, ou seja, se deve ser um texto, um número ou valor lógico. 1.1.MÁXIMO Retorna o valor máximo de uma lista de argumentos.

Sintaxe: MÁXIMO (núm1; núm2; ...) Núm1; núm2;... São 1 a 30 números cujo valor máximo você deseja encontrar. Você pode especificar argumentos que são números, células vazias, valores lógicos ou representações em forma de texto de números. Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números geram erros. Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números nesta matriz ou referência serão usados. Células vazias, valores lógicos, texto ou valores de erro na matriz ou referência serão ignorados. Se os argumentos não contiverem números, MÁXIMO retornará 0.

Exemplos: Se A1:A5 contiver os números 10, 7, 9, 27 e 2, então: MÁXIMO (A1:A5) é igual a 27 MÁXIMO (A1:A5;30)

é igual a 30 71


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1.2 MÉDIA Retorna a média aritmética dos argumentos.

Sintaxe: MÉDIA (núm1; núm2; ...) Núm1; núm2;... São de 1 a 30 argumentos numéricos para os quais você deseja obter a média. Os argumentos devem ser números ou nomes, matrizes ou referências que contenham números. Se uma matriz ou argumento de referência contiver texto, valores lógicos ou células vazias, estes valores serão ignorados; no entanto, células com o valor nulo serão incluídos.

Exemplos: MÉDIA (B1:B15) MÉDIA( B1:B10;20)

1.3 MÍNIMO Retorna o menor número na lista de argumentos.

Sintaxe: MÍNIMO (núm1; núm2; ...) Núm1; núm2;... São números de 1 a 30 para os quais você deseja encontrar o valor mínimo. Você pode especificar os argumentos que são números, células vazias, valores lógicos ou representações em texto de números. Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros. Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números daquela matriz ou referência poderão ser usados. Células vazias, valores lógicos ou valores de erro na matriz ou referência serão ignorados. Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO retornará 0.

Exemplos: Se A1:A5 contiver os números 10, 7, 9, 27 e 2, então: MÍNIMO(A1:A5) é igual a 2 MÍNIMO(A1:A5; 0) é igual a 0

2. Fórmulas Geração E Correção De Erros Quando você trabalha com fórmulas, a possibilidade de gerar um erro é muito grande e pode ocorrer pelo uso indevido de uma função ou erro de digitação. O EXCEL 2016 constata o erro, exibindo uma mensagem de erro. No exemplo abaixo realizamos a soma de campos com texto, ao invés de números.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL 3. Referência Circular A referência circular é um erro muito comumente criado quando você introduz uma fórmula em uma célula cujo conteúdo faz uma referência a ele própria.

3.1 Valores De Erro #N/D O valor de erro #N/D significa "Não há valor disponível". Este valor de erro pode ajudá-lo a certificar-se de que não foi feita acidentalmente uma referência a uma célula vazia. Se houver células em sua planilha que devam necessariamente conter dados, mas estes dados ainda não estiverem disponíveis, inclua o valor #N/D nestas células. As fórmulas que fazem referência a estas células retornarão o valor #N/D ao invés de calcular um valor.

#NOME? O valor de erro #NOME? Ocorre quando você usa um nome que o Microsoft Excel não reconheça.

#NULO! O valor de erro #NULO! Ocorre quando você especifica uma interseção entre duas áreas que não se Intersectam.

#NÚM! O valor de erro #NÚM! Indica um problema com um número.

#VALOR! O valor de erro #VALOR!

Ocorre quando você usa um tipo de argumento ou operando inválido.

#DIV/0! O valor de erro #DIV/0! Significa que uma fórmula está tentando efetuar uma divisão por zero.

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FUNÇÃO SE ▪ ▪

6 AULA

Função SE Função aninhada SE:

1. SE Retorna um valor se teste _lógico avaliar como VERDADEIRO e um outro valor se for avaliado como FALSO. Use SE para conduzir testes condicionais sobre valores e fórmulas e para efetuar ramificações de acordo com o resultado deste teste. O resultado do teste determina o valor retornado pela função SE.

Sintaxe: Planilhas e folhas de macro SE (teste_ lógico; valor_ se_ verdadeiro; valor _se _falso) •

Teste _lógico, é qualquer valor ou expressão que pode ser avaliada como VERDADEIRO ou FALSO.

Valor _se_ verdadeiro, é o valor fornecido se teste_ lógico for VERDADEIRO. Se teste_ lógico for VERDADEIRO e valor_ se_ verdadeiro for omitido, VERDADEIRO será fornecido. Valor _se_ falso é o valor fornecido se teste _lógico for FALSO. Se teste _lógico for FALSO e valor_ se_ falso for omitido, FALSO será fornecido. •

Até sete funções SE podem ser aninhadas como argumentos valor _se_ verdadeiro e valor

_se_ falso para construir testes mais elaborados. Consulte o último exemplo a seguir. Se você estiver usando SE em uma macro, valor_ se_ verdadeiro e valor _se_ falso também podem ser funções IRPARA, outras macros ou funções de ação. Por exemplo, a fórmula seguinte é permitida em um macro: SE (Número>10;IRPARA(Grande);IRPARA(Pequeno)) No exemplo anterior, se Número for maior do que 10, então teste_ lógico será VERDADEIRO, a instrução valor_ se _verdadeiro é avaliada, e a função de macro IR PARA (Grande) será executada. Se Número for menor ou igual a 10, então teste_ lógico é FALSO, valor _se_ falso será avaliado, e a função de macro IR PARA (Pequeno) é executada. Quando os argumentos valor _se_ verdadeiro e valor_ se_ falso são avaliados, SE retorna o valor que foi retornado por estas instruções. No exemplo anterior, se o número não for maior do que 10, VERDADEIRO continua a ser fornecido, caso a segunda instrução IRPARA tenha sido bem-sucedida. Se qualquer um dos argumentos de SE forem matrizes, cada elemento da matriz será avaliado quando a instrução SE for executada. Se algum dos argumentos valor_ se _verdadeiro e valor _se_ falso forem funções de execução de ação, todas as ações são executadas. Por exemplo, a seguinte fórmula de macro executa as duas funções ALERTA: SE({VERDADEIRO.FALSO};ALERTA("Um";2);ALERTA("Dois";2))

Exemplos: No exemplo a seguir, se o valor ao qual se fez referência pelo nome Arquivo for igual a "Gráfico", teste_ lógico será VERDADEIRO e a função de macro NOVO (2) será executada, senão, teste_ lógico será FALSO e NOVO(1) será executada: SE (Arquivo="Gráfico";NOVO(2),NOVO(1)) 74


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Suponha que uma planilha de despesa contenha os seguintes dados em B2:B4 em relação às "Despesas reais" para janeiro, fevereiro e março: 1500, 500, 500. C2:C4 contém os seguintes dados para "Despesas previstas" para os mesmos períodos: 900, 900, 925. Você poderia escrever uma macro para verificar se está acima do orçamento em um mês específico, gerando texto para uma mensagem com as seguintes fórmulas: SE(B2>C2;"Acima do orçamento";"OK") é igual a "Acima do orçamento" SE(B3>C3;"Acima do orçamento";"OK") é igual a "OK" Suponha que você deseje efetuar uma classificação atribuindo letras aos números que são referenciados pelo nome Média. Consulte a tabela a seguir.

Se a Média for Então retorna Maior do que 89 De 80 a 89

B

De 70 a 79

C

De 60 a 69

D

Menor do que 60

A

F

2. Função aninhada SE: SE (Média>89;"A";SE(Média>79;"B";SE(Média>69;"C";SE(Média>59;"D";"F")))) No exemplo anterior, a segunda instrução SE também é o argumento valor _se_ falso para a primeira instrução SE. Da mesma maneira, a terceira instrução SE é o argumento valor _se_ falso para a segunda instrução SE. Por exemplo, se o primeiro teste _lógico (Média>89) for VERDADEIRO, "A" será fornecido. assim por diante.

Se o primeiro teste_ lógico for FALSO, a segunda instrução SE é avaliada e

7 AULA

Pastas De Trabalho ▪ ▪ ▪

Pastas De Trabalho Inserção De Planilhas Movimentação De Planilhas

1. Pastas De Trabalho O EXCEL 2016 introduziu o conceito de Pasta de Trabalho, em que cada planilha na verdade deve ser encarada como uma pasta contendo folhas em branco. Os nomes das planilhas aparecem nas guias na parte inferior da janela da planilha. A quantidade de planilhas é limitada pela memória disponível e pelos recursos do sistema .

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Ao dar um clique sobre as guias, você passa de uma planilha para outra, ou seja, a planilha da guia selecionada torna-se a planilha ativa da pasta de trabalho. A guia da planilha ativa sempre ficará em negrito e com uma cor de fundo diferente das demais Entre as operações possíveis com uma pasta de trabalho estão as possibilidades de: 1. 2. 3. 4.

Copiar ou movimentar planilhas de uma pasta de trabalho para outra. Inserir e excluir planilhas da pasta. Ocultar planilhas em uma pasta de trabalho. Renomear as planilhas.

Pode haver seis tipos diferentes de planilhas em uma pasta de trabalho: • • • • • •

Planilha Folha de gráfico Módulo do Visual Basic Folha de diálogo Folha de macro do Microsoft Excel 4.0 Folha de macro internacional do Microsoft Excel 4.0

O tipo mais utilizado é a planilha, seguido pela folha de gráfico.

1.1 Apagando Uma Planilha Para apagar uma planilha, você deve selecioná-la e utilizar a guia Página Inicial, no grupo Células, clique na seta ao lado de Excluir e, em seguida, opção Excluir Planilha. Após a exclusão de uma planilha, as demais que estavam à sua direita tomam o seu lugar. Outra maneira de excluir uma planilha é clicar com o botão direito do mouse sobre a planilha e selecionar opção Excluir.

2.Inserção De Planilhas

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Para inserir uma planilha na pasta de trabalho, selecione uma das planilhas em cujo local você deseja que a nova seja inserida e utilize na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em Inserir e em seguida opção Inserir Planilha Quando uma planilha é inserida na pasta de trabalho, as demais são deslocadas para a direita. Outra opção de inserir planilha é clicar no ícone planilhas.

localizado na barra de

Utilizando o teclado é possível inserir nova planilha através da combinação de teclas: Shift +

3. Movimentação De Planilhas Você pode mover uma planilha de forma que ela seja acomodada em qualquer posição dentro da pasta de trabalho. Para mover uma planilha, é só selecioná-la com o botão esquerdo do mouse e arrastá-la até a posição desejada. Enquanto estiver arrastando a planilha, poderá visualizar uma seta, para onde a planilha será movimentada.

8 AULA

FILTROS ▪

Criar Filtros

1. Criar Filtros O Excel pode ser um grande aliado na hora de organizar informações. É possível criar filtros que ajudem a organizar a informação de acordo com diferentes critérios. Para entendimento, insira os valores abaixo na planilha.

Selecione a linha 1 e na guia Dados, grupo Classificar e Filtrar clique na opção Filtro

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Ao lado de cada título, foi criada uma caixa de combinação, indicada por uma setinha ao lado do título, onde podemos filtrar os campos de cada coluna. Para isso, é só clicar sobre a seta.

9 AULA

GRÁFICOS ▪ ▪ ▪

Gráficos Inserção De Planilhas Movimentação De Planilhas

1. Gráficos Expressar números em forma de gráficos é uma das características mais atraentes das planilhas eletrônicas. Em muitos casos, um gráfico pode sintetizar todo um conceito ou dar uma idéia precisa e instantânea sobre um determinado assunto que possivelmente exigiria a leitura atenta de muitas linhas e colunas de números da planilha. O EXCEL 2016 possui uma grande variedade de tipos de gráficos que podem representar os dados por meio de dezenas de formatos em duas e três dimensões. 2. Criando Graficos O EXCEL 2016 permite a criação de gráficos na mesma página da planilha atual ou então em outra página da pasta. O Excel 2016 possui vários tipos de gráficos. Cada gráfico possui subtipos ou variações. A quantidade de subtipos vária de tipo para tipo de gráfico.

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Veremos agora a criação de um gráfico na mesma página da planilha. Para criar um gráfico, você deve selecionar previamente a área de dados da planilha que será representada pelo gráfico. Em nosso exemplo, a série que será representada está na faixa B3:E7. Após selecionar a faixa, selecione a guia Inserir, grupo Gráficos, opção

. Inicialmente escolha o gráfico da coluna 2D.

ALTERAR O LAYOUT OU O ESTILO DE UM GRÁFICO Depois de criar um gráfico, é possível alterar sua aparência. Para evitar muita formatação manual, o Excel 2016 oferece uma série de layouts e estilos rápidos, úteis e predefinidos que talvez você deseje aplicar ao gráfico. Você pode então personalizar ainda mais o gráfico, alterando manualmente o layout e o estilo de formatação de elementos individuais do gráfico. Para alterar o layout de um gráfico, clique no gráfico que você deseja formatar. Isso exibe as Ferramentas de Gráfico, incluindo as guias Design, Layout e Formatar.

Na guia Design, no grupo Layouts de Gráfico, clique no layout de gráfico que deseja usar

Para alterar um estilo de gráfico, clique no gráfico que você deseja formatar. Isso exibe as Ferramentas de Gráfico, incluindo as guias Design, Layout e Formatar.

Na guia Design, no grupo Estilos de Gráfico, clique no estilo de gráfico que deseja usar

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FUNÇÃO PROC V ▪

10 AULA

PROC V

1. PROCV

Esta função procura um valor na primeira coluna à esquerda de uma tabela e retorna um valor na mesma linha de uma coluna especificada. Como padrão a tabela deve estar classificada em ordem crescente. Sintaxe: =procv(valor procurado;matriz_tabela;núm_indice_coluna;...) Exemplo: A planilha abaixo foi criada na plan1. A plan1 foi nomeada para de “Vendas”.

Na plan2, vamos criar a seguinte planilha:

Onde o resultado seria:

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11 AULA

FUNÇÕES SOMA SE E CONT. SE ▪ ▪

Somase Cont. se

1. SOMASE

Esta função é utilizada para somar as células especificadas por um determinado critério ou condição. Sintaxe: =somase(intervalo; critérios; intervalo_soma)

Em seguida, vamos acrescentar as seguintes informações na planilha:

Neste caso, o resultado, será o valor total das vendas de Ana e Jão conforme abaixo:

2. CONT.SE

Esta função calcula o número de células não vazias em um intervalo que corresponde a uma determinada condição.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Sintaxe: =cont.se(intervalo;”critério”)

Teremos o seguinte resultado:

12 AULA

TABELA DINÂMICA ▪

Tabela Dinâmica

1. Tabela Dinâmica

Um relatório de tabela dinâmica deve ser usado quando você deseja analisar totais relacionados, especialmente quando tem uma longa lista de valores a serem somados e deseja comparar vários itens sobre itens sobre cada um. Em uma tabela dinâmica, cada coluna ou campo nos dados de origem torna-se um campo de tabela dinâmica que resume várias linhas de informação. 1.1 Criar Um Relatório De Tabela Dinâmica Um relatório de Tabela Dinâmica é um meio interativo de resumir rapidamente grandes quantidades de dados. Use um relatório de Tabela Dinâmica para analisar detalhadamente dados numéricos e responder perguntas inesperadas sobre seus dados. Um relatório de Tabela Dinâmica é projetado especialmente para: Consultar grandes quantidades de dados de várias maneiras amigáveis. Subtotalizar e agregar dados numéricos, resumir dados por categorias e subcategorias, bem como criar cálculos e fórmulas personalizados. Expandir e recolher níveis de dados para enfocar os resultados e fazer uma busca detalhada dos dados de resumo das áreas de seu interesse.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CLASSE A CONSULTORIA PROFISSIONAL Mover linhas para colunas ou colunas para linhas (ou "dinamizar") para ver resumos diferentes dos dados de origem. Filtrar, classificar, agrupar e formatar condicionalmente o subconjunto de dados mais útil e interessante para permitir que você se concentre nas informações desejadas. Apresentar relatórios online ou impressos, concisos, atraentes e úteis. Exemplo:

Click em qualquer campo da planilha e click no menu inserir>tabela dinâmica, irá aparecer a janela criar tabela dinâmica, e olhe o intervalo que apareceu se refere a planilha toda então click em OK

Nesse momento o Excel criou uma nova planilha para o gerenciamento da tabela dinâmica, repare que apareceu nova janela, no lado direito da janela que aparecerá será lista de campos da tabela dinâmica e o espaço da construção da tabela dinâmica.

Nessa janela usamos para criar a tabela dinâmica arrastamos os campos para as áreas abaixo de acordo com a disposição que desejamos, por exemplo: arraste a região para o rótulo de linha, arraste o produto para rótulos de coluna e arraste o total para valores e observe a lateral a esquerda a planilha vai se desenhando. Caso deseje desfazer click nos campos que estão marcados na área dos campos e pode logo em seguida pode fazer outra tabela só arrastar novamente. Observação a sua planilha como base dados continua intacta no mesmo lugar que foi feita.

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Ficando assim:

13 AULA

GRÁFICO DINÂMICA ▪

Gráfico Dinâmica

1. GRÁFICO DINÂMICO Um Gráfico Dinâmico oferece uma representação gráfica dos dados em um relatório de Tabela Dinâmica. Quando você cria um relatório de Gráfico Dinâmico, os filtros do relatório de Gráfico Dinâmico são exibidos na área de gráfico para que você possa classificar e filtrar os dados subjacentes do relatório de Gráfico Dinâmico. Um relatório de Gráfico Dinâmico exibe série de dados, categorias, marcadores de dados e eixos da mesma forma que os gráficos padrão. Você também pode alterar o tipo de gráfico e outras opções como os títulos, a colocação da legenda, os rótulos de dados e o local do gráfico. Para criar um gráfico dinâmico basta posicionar o cursor em qualquer campo da planilha desejada e selecionar na guia Inserir, grupo Tabelas a opção Gráfico Dinâmico. Agora siga os passos da tabela dinâmica. E no final terá o gráfico para ser manipulado conforme desejar.

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Se você chegou até aqui mostra que realmente quer uma mudança. Desejamos sucesso profissional para você...

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