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concurso universitário nacional de urbanismo
PATRIMÔNIO VIVO: a cidade do transeunte É internacionalmente conhecida a relevância do patrimônio cultural, artístico, e arquitetônico da cidade de Ouro Preto. A cidade expressa, por meio do casario centenário, ruas de pedra, becos estreitos, escadarias e ladeiras, um contexto urbano único, particularmente complexo em suas demandas, principalmente quando se leva em consideração a passagem do tempo e as necessidades da sociedade em contraposição às questões topográficas e de preservação patrimonial. Tal situação torna particularmente desafiador introduzir, em um espaço público tão cotidianamente absorvido pelas pessoas que ali residem, estudam, fotografam, e que é cenário cultural para os milhares de pessoas que passam pela cidade todos os anos, elementos e estruturas que se propõem a melhorar as condições de uso e permanência. Muito é possível, no imaginário, muito é novidade, na prática; mas de qualquer forma, todo o novo é destaque. E, a linha que distingue o antigo desse novo é quase sempre muito marcada. O desafio é propor sem impor, questionar sem elevar o tom de voz. Potencializar espaços adormecidos que passem a funcionar não só para aqueles que o estão admirando. As demandas são diversas. O projeto concentra-se em atingir mais grupos de pessoas, entendidos como usuários da cidade. Que se personificam nos moradores locais, nos estudantes e nos turistas. O objetivo é promover a inclusão de todos os grupos nos espaços criados, dentro do contexto de uma antiga cidade, porém, adaptada, contemporânea e possível para aqueles que atualmente fazem parte dela. A inserção de elementos de integração entre os espaços urbanos favorece o entendimento de um conjunto que se projeta para o presente, saindo, aos poucos, de um conceito tradicional rígido e cenográfico. Embora os desafios sejam grandes e crescentes, principalmente nas periferias de uma Ouro Preto muitas vezes desconhecida, o centro da cidade é realmente o ponto onde se concentra a vida social, econômica e comercial. É o ponto onde os usuários identificados se encontram de maneira preponderante. É o ponto de ação e que carece de uma atenção maior pra que seja, de fato, público e acessível. O desejo de integrar os usos dos espaços propostos com a promoção de utilização deles por um número maior de pessoas também justifica a escolha da área do projeto. As diretrizes principais do projeto se concentram em integrar e democratizar o uso dos espaços públicos que passam a ser potencializados, por meio da criação de atrativos que incentivem e promovam o uso e a permanência. Objetiva-se solucionar problemas relacionados à mobilidade, tentando realocar a grande quantidade de veículos que muitas vezes ocupam espaços que podem ser destinados ao pedestre.
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