ATPC - diálogos

DROP LITERÁRIO •

Alô, quem fala?

- Ninguém. Quem fala é você que está perguntando quem fala.

- Mas eu preciso saber com quem estou falando.

- E eu preciso saber antes a quem estou respondendo.

- Assim não dá. Me faz o obséquio de dizer quem fala?

- Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.

- Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem está no aparelho.

- Ah, sim. No aparelho não está ninguém...

- Como não está, se você está me respondendo?

- Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.

- Engraçadinho. Então, quem está fora do aparelho?

- Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.

- Não parece. Se fosse para me servir, já teria dito quem está falando.

- Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o outro.

- Se eu conhecesse não estava perguntando.

- Você é muito perguntador. Note que eu não lhe perguntei nada.

- Nem tinha que perguntar. Pois se fui eu que telefonei.

- Não perguntei nem vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras pessoas.

- Mas podia estar interessado pelo menos em responder a quem telefonou.

- Estou respondendo.

- Pela última vez, cavalheiro, e em nome de Deus: quem fala?

- Pela última vez, e em nome da segurança, por que eu sou obrigado a dar esta informação a um desconhecido?

- Bolas!

- Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem deseja falar, para eu lhe responder se essa pessoa está ou não aqui, mora ou não mora neste endereço? Vamos, diga de uma vez por todas: com quem deseja falar?

Silêncio.

- Vamos, diga: com quem deseja falar?

- Desculpe, a confusão é tanta que eu nem sei mais. Esqueci. Chau.

Carlos Drummond de andrade

EE. BARTOLOMEU DE GUSMÃO PRELEÇÃO: DIÁLOGO TIPOS DE ALUNOS RENDIMENTO ESCOLAR

INTRODUÇÃO • Após vários anos afirmamos que a causa principal do baixo rendimento escolar está relacionado a incompreenção do conteúdo, a falta de base e assimilação por parte do educando, o que de fato está associado a dificuldade de aprendizado.

• Procuramos encontrar outros fatores que, além da falta de pré-requisitos básicos, justifiquem a péssima influência no baixo aproveitamento dos alunos.

QUEM PARTICIPA? • Todas as Turmas de 1º Anos – Período Matutino e Noturno, que em análise no “Replanejamento 2016” foram identificadas, apresentando: • Comportamento excessivo indisciplinado; • Falta de noção entre o período de adaptação e rotina de desenvolvimento – Transição Ensino Fundamental II e Ensino Médio; • Falta de pre-requisitos com origem no Ensino Fundamental.

SOBRE O QUE CONVERSAMOS? • Vídeo “tipos de alunos 1 e 2”: Identificar os próprios comportamentos adolescentes no momento de aula .

• Gráficos dos Resultados coletivos da turma: Rendimentos -1º e 2º Bimestres. .

O QUE OBSERVAMOS! • Os alunos em grande parte se identificam com o comportamento de outros grupos, atribuindo as mesmas características do vídeo apresentado, assim como também se identificam no resultado coletivo da turma.

• Muitos não compreendem as orientações e explicações da matéria, • Reconhecem os exageros quando estão em grupos isolados, • Questionam não ser evidenciado pelo nome, nos momentos de chamada, a falta de uma segunda oportunidade para atender a chamada e a falta de uma explicação da matéria um pouco mais clara.

MOTIVOS...!

• Os comportamentos associados a baixa estima, são muito presentes, acordar cedo, preguiça, a falta de participação da família causam desmotivação e cooperam na evasão escolar.

DIFICULDADES DOS PAIS • Os alunos compreendem as reais causas da ausência dos pais, em uma “Reunião de Pais e Mestres” devido aos horários de trabalho, entre outros afazeres, porém ficam surpresos com o relato do interesse de muitos pais que procuram a escola para obter informações sobre os rendimentos dos filhos.

PROFESSORES!!!

• Os professores, ainda são citados como a segunda pessoa que ocupa mais espaço na vida do adolescente, muitos contabilizam o tempo de estudos, desde o 1º ano escolar.

PODEMOS PENSAR SOBRE, AMPLIAR O DIÁLOGO!?

• A participação dos pais ou representantes legais, ainda causa impacto, sendo de grande valia no rendimento escolar dos filhos, portanto a equipe gestora necessita estimular a participação dos pais, além das reuniões bimestrais.

• Professores e alunos devem afinar o “diálogo” , de repente propor 10 ou 15 minutos de conversa sobre algum assunto, fora do ambiente da sala de aula, irá contribuir para ampliar as intenções de ambas as partes.

O QUE DEU CERTO! • Projeto “O diálogo com o Ensino Médio”, iniciativa desenvolvida em diversas Escolas Públicas do Pará, com destaque para os sentidos atribuídos a esta modalidade de ensino e as expectativas de professores e alunos.

• O objetivo consiste em aprender a analisar as situações do Ensino Médio, criando consciência.

COMO ANDA A SUA ESCOLA? • Comentário do aluno em um dos em encontros, respondendo a questão: Recuperação!

“Bom gente...minha escola está cada vez mais bagunçada!

Agora somos obrigados a estudar no sábado.

Motivo: Recuperação! Tudo bem, não é todo mundo que pegou, mas e quem pegou em todas as matérias? Como fica? Esse não é o meu caso, mas não posso pensar só em mim, mas isso é um absurdo, será que a gente pode conversar e entender melhor isso?”

OBSERVAÇÃO • Antes da iniciativa do projeto os alunos não compreendiam as razões sobre determinado assunto e tão pouco importava, após a iniciativa os alunos mesmo não concordando, aprenderam a expressão suas opiniões e a aceitar opiniões diversas.

REFERÊNCIAS • file:///C:/Users/Usuario/Desktop/pro jeto_dialogos_ensino_medio.pdf • http://revistapontocom.org.br/materi as/dialogos-para-o-ensino-medio