Artes visuais: apontamentos históricos

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Artes visuais: apontamentos histรณricos


Artes visuais: apontamentos históricos

Desirée Paschoal de Melo (org.)

Publicação aprovada pelo Conselho Editorial da UNICENTRO

Editora UNICENTRO Rua Salvatore Renna, 875, Santa Cruz, CEP 85015-430 - Guarapuava - PR. Fone: (42) 3621-1019 editora@unicentro.br www.unicentro.br/editora


Universidade Estadual do Centro-Oeste Reitor: Aldo Nelson Bona Vice-Reitor: Osmar Ambrosio de Souza Editora UNICENTRO Direção: Denise Gabriel Witzel Assessoria Técnica: Beatriz Anselmo Olinto, Ruth Rieth Leonhardt, Suelem A. de Oliveira Lopes, Victor Mateus Gubert Teo, Waldemar Feller Divisão de Editoração: Renata Daletese Correção: Dalila Oliva Lima de Oliveira Diagramadores: Roger Ongaratto Nunes, Thomas Volski, Victor Gubert Teo Diagramação: Eduardo Alexandre Santos de Oliveira Capa: Desirée Paschoal de Melo Gráfica UNICENTRO Lourival Gonschorowski, Marlene dos S. Gonschorowski, Agnaldo Dzioch

Ficha Catalográfica Catalogação na Publicação

A786

ARTES visuais: apontamentos históricos / organizado por Desirée Paschoal de Melo. – – Guarapuava: Unicentro, 2015. 122 p. : il. ISBN 978-85-7891-151-5 Bibliografia 1. Artes visuais - História. I. Título. CDD 707

Copyright © 2015 Editora UNICENTRO Nota: O conteúdo desta obra é de exclusiva responsabilidade de seus autores.

Sumário


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Introdução Comunicação exterior e a formação do cartaz Desirée Paschoal de Melo

39 Movimentos europeus 50 anos a mil

de vanguarda:

Priscilla Paula Pessoa

67

Hélio Oiticica:

algumas

propostas

representativas sobre as importantes transformações na arte brasileira do século XX Sara Cristiane Jara Grubert

91 A pintura na segunda metade do século XIX: quando a luz se tornou tema Rosemeire Odahara Graça

107

Interatividade, virtualidade e imersividade: a participação na obra de arte contemporânea Venise Paschoal de Melo


Introdução


Nada existe realmente a que se possa dar o nome de Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram homens que apanhavam um punhado de terra colorida e com ela modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para os tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém dar o nome de arte a todas essas atividades, desde que se conserve em mente que tal palavra pode significar coisas muito diversas, em tempos e lugares diferentes. Gombrich (1993)

Este livro apresenta cinco pesquisas que tiveram como preocupação o estudo sobre os fenômenos e as expressões visuais; as manifestações simbólicas e artísticas; a constituição e as transformações técnicas, formais e conceituais no universo das imagens. As pesquisas apresentadas em cada capítulo foram organizadas em uma dinâmica de completude, sem contudo estar reduzidas a uma linearidade convencional. Desirée Paschoal de Melo no primeiro capítulo “Comunicação exterior e a formação do cartaz”, por meio de uma revisão bibliográfica,


apresenta o percurso histórico da comunicação visual exterior – em termos de suporte e mensagem – que culmina com o surgimento do cartaz impresso, na intenção de investigar os possíveis diálogos estabelecidos entre o design gráfico e a arte. Do ponto de vista da autora, a tecnologia disponível a cada momento, as condições econômicas, a configuração das sociedades e os gostos estéticos predominantes, constituem fatores que influenciaram a relação de diálogo entre os percursos históricos do cartaz e o percurso histórico da arte. Priscilla Paula Pessoa, no segundo capítulo “Movimentos europeus de vanguarda: 50 anos a mil”, expõe um panorama sobre o desdobramento entre a arte moderna e a contemporânea na Europa, marcado por uma revolução estética que trazia consigo uma sucessão de estilos e movimentos, muitos dos quais de pouca duração e, em sua maioria, centrados na busca de novas direções e princípios inovadores. Estes movimentos e estilos se caracterizaram por marcar uma ruptura com a arte de tradição que dominava desde o renascimento. Sara Cristiane Jara Grubert, no terceiro capítulo “Hélio Oiticica: algumas propostas representativas sobre as importantes transformações na arte brasileira do século XX”, trata da trajetória artística de Hélio Oiticica, que tem uma obra bastante representativa de um importante momento do cenário nacional, que implicou, posteriormente, numa ampla discussão e transformação dos horizontes na arte brasileira. A autora analisa seu processo de pesquisa, que se estende da pintura às suas últimas proposições como ambientes, performances e objetos. Rosemeire Odahara Graça, no quarto capítulo “A pintura na segunda metade do Século XIX: quando a luz se tornou tema”, analisa alguns dos artistas que utilizam a luz como elemento de composição e dramaticidade nas suas obras, bem como certas variações de compreensão acerca desse tema: trata-se de obras que abordam questões da luz natural; obras que abordam questões da luz artificial; obras que abordam luz diurna; obras que abordam luz noturna; obras que centram a luz em determinadas estações do ano; obras que representam a luz em certas condições climáticas e obras que representam a luz em determinados horários do dia (pôr do sol).

Venise Paschoal de Melo, no quinto capítulo “Interatividade, virtualidade e imersividade: a participação na obra de arte contemporânea”, aborda uma das mudanças fundamentais na linguagem artística provida pela ruptura desenvolvida na arte moderna: a abertura da obra de arte à plena percepção e interação com o espectador. A partir do conceito de arte contemporânea interativa, a autora propõe a sistematização e a apresentação, como uma visão panorâmica, dos níveis de abertura da obra de arte participativa, no campo das artes plásticas. A partir desses cinco olhares, este livro tem a intenção de apresentar, em uma perspectiva ampla, os diferentes fundamentos, procedimentos e percursos das práticas e produções visuais ao longo da história das artes visuais e, desta forma, fomentar a investigação sobre o entendimento das produções visuais como linguagem dinâmica, em constante reflexão e (re)definição, sujeita a (re)formulações comunitárias do conjunto de convenções que a compõe. Boa leitura! Desirée Melo

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