Procedimentos Ecoguiados em Cirurgia Vascular | Felipe Coelho Neto

Page 21

Mapeamento Pré-operatório de Varizes dos Membros Inferiores

5

Figura 1.10 Exame de veia safena parva

Figura 1.8 Teste perfurante com garrote

altura do ponto “J” (ponto onde a veia safena magna cruza a interlinha do joelho)14 ou a interlinha poplítea (veias perfurantes posteriores de coxa). Outras veias perfurantes com topografias diversas devem ser avaliadas baseando-se no contexto e na apresentação clínica das varizes do paciente. Deve-se dar atenção às perfurantes da face posterior e lateral da coxa, posteriores e laterais da panturrilha e perfurantes da loja tibial anterior. Para análise das veias posteriores da panturrilha, pede-se ao paciente para se posicionar, ainda em posição ortostática, de costas para o examinador (Figura 1.10) com o peso do corpo apoiado no membro contralateral. Inicia-se o exame da veia

safena parva (VSP) com insonação transversa alguns centímetros abaixo da interlinha poplítea. Frequentemente essa é a região onde a VSP apresenta maior calibre. A partir desse ponto, ainda com o transdutor em posição transversal no modo B, procede-se a movimento ascendente, com o objetivo de identificar a junção safenopoplítea (JSP) que apresenta grande variação anatômica.15 Documentam-se o tipo de junção e a altura da mesma perante interlinha poplítea ou em relação ao solo. Identificada a junção, realiza-se a pesquisa da competência valvular com manobras de compressão da panturrilha. Em caso de refluxo da JSP, o diâmetro da mesma deve ser documentado imediatamente abaixo da tributária mais cranial da crossa ou mesmo 3cm abaixo da JSP.12 Prosseguimos com investigação descendente da VSP no modo B em corte transverso, observando o trajeto na loja safena, as variações súbitas de calibre, a presença de segmentos hipoplásicos e duplicados e a sua relação anatômica com tributárias e perfurantes, principalmente no terço médio da panturrilha, onde é frequente fazer conexões com tributárias provenientes da safena acessória posterior. As manobras de pesquisa de competência valvular seguem os mesmos princípios da veia safena magna.

DOCUMENTAÇÃO

V. perf. 6cm abaixo J direita

Figura 1.9 Estudo do refluxo em veia perfurante. A documentação do refluxo deve obrigatoriamente constar de análise em modo colorido e espectral

158 - Procedimentos Ecoguiados em Cirurgia Vascular - cap-01.indd 5

A documentação do exame deve conter um laudo descritivo dos achados do mapeamento venoso, ressaltando os achados anormais e incidentais. Sinteticamente, o laudo deve conter informações sobre: Perviedade e competência do sistema venoso profundo. Determinação topográfica e anatômica de pontos e segmentos com refluxo, sua origem e drenagem. Diâmetro das veias nos segmentos insuficientes. Profundidade das veias (ou segmentos) passíveis de submissão à ablação térmica, bem como a sua presença dentro do compartimento safeno, para as veias safenas. Topografia das perfurantes insuficientes. A documentação fotográfica deve ser cuidadosa e demonstrar cada segmento venoso analisado. Segmentos doentes das veias devem ser documentados com maior quantidade de fotos e o refluxo deve ser sempre comprovado com a análise espectral

C o p y r i g h t ©2 0 1 6E d i t o r aR u b i oL t d a . Ne t o . P r o c e d i me n t o sE c o g u i a d o se mC i r u r g i aV a s c u l a r . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .

CAPÍTULO 1

25-08-2016 08:07:58


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
Procedimentos Ecoguiados em Cirurgia Vascular | Felipe Coelho Neto by Editora Rubio - Issuu