Arritmias Cardíacas: Diagnóstico e Tratamento
lenta (taquicardia de Coumel). A diferenciação necessita da realização do estudo eletrofisiológico.6 Na Figura 4.8, pode ser visualizada uma TAVN com padrão de “pseudo R” em V1 e “pseudo S” em DII, DIII e AVF.
Taquicardia Reentrante Atrioventricular As vias acessórias são conexões musculares anômalas entre o átrio e o ventrículo, fora do sistema normal de condução. São mais comuns no sexo masculino e sua prevalência na população geral é de 0,1% a 0,3%. Ocorrem mais frequentemente em indivíduos com coração normal, porém há relatos de associação com cardiopatias congênitas, sendo a anomalia de Ebstein a mais frequente.5,6 As vias acessórias podem ter condução bidirecional, anterógrada ou retrógrada unicamente. Na condução anterógrada, observamos no ECG um intervalo PR curto (menor que 120ms) e complexos QRS com duração maior que 100ms, com “empastamento” da porção inicial (onda delta) e alterações secundárias da repolarização ventricular. Nas vias com condução apenas retrógrada, o ECG é normal (sendo a via acessória considerada “oculta”). No exame, durante a taquicardia, observa-se regularidade dos ciclos, FC variando de 150 a 240bpm, com início e término súbitos e relação 1:1 entre as ondas P e os complexos QRS.
I
AVR
V1
V4
II
AVL
V2
V5
III
AVF
V3
V6
Figura 4.8 Taquicardia por reentrada nodal atrioventricular (TAVN)
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C o p y r i g h t ©2 0 1 6E d i t o r aR u b i oL t d a . S o u z a / S c a n a v a c c a . Ar r i t mi a sC a r d í a c a s : Di a g n ó s t i c oeT r a t a me n t o . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
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