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RANCOROSO MANIFESTO REGADO COM OS

VENENOS DE UM GRINDER FILHO DA PUTA CHEIO DE PURO

RANÇOSO VOMITADO,

ÓDIO DEVIDAMENTE

MIJADO

E

CAGADO PARA CIMA DE vocês TODOS... *iNvErNO de 2020 Editora Merda na Mão


R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ...

Prólogo É sempre complicado dizer onde uma coisa começa, o início... Talvez tenha começado no útero, no testículo... ou quem sabe antes disso... Quem sabe até... nunca tenha começado de fato. O bagulho é doido. Bem... O fato é que costumamos marcar um ponto inicial... a linha de partida para eventos que ocorrem... Cada um, de acordo com seu ponto de vista, faz esta marcação. Talvez a dessa história tenha sido com a chegada do e-mail do maldito Danihell Slaughter (ou quando ele descobriu o Reboco Caído e com isso meu endereço de e-mail?)... O grão é que começamos a trocar uma ideia e, de repente, parecia que nos conhecíamos há décadas. De forma muito clara e direta, como é o seu estilo, Danihell ia respondendo minhas perguntas sobre a Murder, entre outros projetos, e sobre a cena na Holanda, país onde vive atualmente. Entre lembranças de quando vivia em Portugal, seu país de origem, com o mergulho inicial no underground e o momento atual de suas iniciativas, fui conhecendo a forma singular deste guerreiro ver e sentir o mundo e a percepção de si mesmo nele. Pensei logo em colher mais uma entrevista para meu zine, o Reboco Caído, onde costumo expor pontos de vistas que fogem da ditadura do normal e da tristeza dos bem enquadrados neste sistema bizarro em que vivemos. Ele aceitou a proposta e enviei as perguntas que tinham como objetivo capturar o conteúdo que tanto levantávamos em nossas conversas. Ao ler as perguntas, ele me questiona sobre um limite para as respostas. Expliquei que ele podia ficar a vontade, a final, minha parte era fazer as perguntas,

responder era com ele. Quando recebi o retorno, me deparei com um verdadeiro manifesto de 12 páginas marteladas no Word. Neste ponto comecei a imaginar como poderia expor aquela massa. A lógica seria editar a entrevista dentro do espaço que tinha disponível, aparando aqui e ali, mas as mutilações teriam de ser em número tão grande que muita coisa essencial seria excluída, roubando assim muito da riqueza do material. Foi aí que veio a idéia de fazer um encarte (nesse ponto já tínhamos a convicção que o material era muito mais que uma boa entrevista). Então ela seria um encarte especial do próximo número do Reboco Caído – Na época seria o 54 que estaria para sair em julho de 2020. Nisso estávamos em um processo de ler e reler a matéria, fazendo algumas modificações e enviando para o outro, que acabava por ler e fazer novas modificações. Trabalho de esculpir em objeto duro e precioso para chegar a uma forma clara e contundente. Danihell me envia a sugestão de título:“RANCOROSO MANIFESTO REGADO COM OS VENENOS DE UM GRINDER FILHO DA PUTA CHEIO DE PURO ÓDIO RANÇOSO DEVIDAMENTE VOMITADO, MIJADO E CAGADO PARA CIMA DE VOCÊS TODOS...” Pensei que além de sair como encarte do zine, deveria ter uma vida independente. Conversei com Diego El Khourie e resolvemos lançar pela Merda na Mão. Então o Manifesto não iria ser apenas o encarte, mas, além disso, o lançamento inaugural da editora Merda na Mão e projeto inaugural da biblioteca virtual idealizada pelo enlouquecido Danihell.

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... FSB: Como foi o caminhar nessa estrada para chegar ao Danihell Slaughter de hoje? Quem existia antes, como foi a metamorfose e o que está por vir? Como foi a caminhada até a Holanda e até sua ideia atual de nada ter? Danihell: HELL-o, Fabio da Silva, meu infame e grande irmão do ruído fodido permanente mergulhado nas profundas trevas deste submundo perverso onde tudo se torna nada na minha insignificante existência repudiante como ser humano eternamente desagradável e constantemente desprezível... Mas antes de começar a responder a entrevista que resolveste fazer com esta minha imunda existência como maldita criatura desumana que fui, sou e pretendo continuar a ser, ou melhor, este trecho das nossas conversas que ambos resolvemos abrir ao público, devo informar que também tive a necessidade de ouvir a discografia em cassete de uma banda chamada JAZZUS, que é aí do Brasil e que se intitula “Aprenda Aqui Como Ser Um Filho Da Puta (Sem Tirar Nem Pôr)”, e pronto, agora sim já tenho o ruído perfeito de fundo para poder dar início aos ofensivos insultos que pretendo vomitar em todos os leitores mais sentimentalistas que se atreverem a ler esta merda toda, ou em todos aqueles curiosos que resolveram vir aqui meter o nariz e que nem possuem a capacidade de ler esta merda toda até o fim, muito menos a inteligência para perceber o que aqui será escrito e que lhes entrará pelos olhos a dentro, como agulhas que penetram as veias de um drogado com todo o veneno que os faz sofrer ou que até vai é matar com overdoses sociais... Vamos lá então, começar a vomitar ódio e cuspir veneno sulfúrico em todos os prováveis leitores das insanas páginas do teu Reboco Caído, e que talvez até saibam o que é que andam cá a fazer neste planeta miserável e repleto de repugnância humana... A criatura desagradável que sempre fui, que sou e que pretendo continuar a ser, de uma forma muito natural e asquerosa, mergulhou neste profundo submundo das trevas por volta de 1987, quando ainda era apenas uma criança inocente e revoltada que precisava de descobrir a si próprio, para assim poder saber o que algum dia iria ser, ou seja, nada, absolutamente nada nem ninguém, e onde não me sinto superior ou inferior a ninguém, mas onde sei o que sou, consciente de que sou diferente desta gente toda que eu chamo, sem problema algum, de escumalha humana. Como podes ver, aqui estou eu, passados estes anos todos, com o meu objetivo alcançado. Por isso acho que não preciso estar aqui com muitas conversas. Já conheço gente até demais e por esse motivo não sinto necessidade alguma de estar aqui a falar de mim próprio e assim também escuso de dizer muita merda. Quem realmente me conhece, ou sabe quem sou realmente, também sabe bem o que pode esperar de mim. Mas, para todos aqueles que pensam que me conhecem e aos quais não dou nenhuma importância, e a todos aqueles que não me conhecem de lado nenhum, também não perdem nada e por isso não percam o vosso tempo comigo e sugiro que sigam viagem, porque não estou interessado em socializar seja lá com quem for. Por isso não esperem nada de mim, que eu também não espero nada de ninguém...

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... Quanto a todo este percurso até este absoluto nada, foi alcançado pela filosofia de vida que adotei para mim mesmo de uma forma muito natural e que se resume em pensar pela minha cabeça e não com a cabeça dos outros, sejam eles quem forem, ser autentico comigo mesmo e não um pano de amostras, como a maioria das aberrações humanas que conheço e que simplesmente se vão moldando a isto ou aquilo, a este ou aquele, apenas para poderem permanecer caídos aqui e ali, onde são apenas mais uma parte dos rebanhos aos quais vão pertencendo, somente para poderem se afirmar com a voz e com as ideias dos outros que os guiam e manipulam constantemente. Comigo, nada disso existe e muito menos tem alguma importância ou significado. Nunca tive ou senti a necessidade de provar nada a ninguém, muito menos a obrigação de agradar seja lá quem for. Comigo é tudo muito simples, direto e eficaz. Também nunca pedi a ninguém para gostar de mim ou das minhas merdas. Só gosta quem quer e quem realmente se identificar comigo, assim como eu também só gosto de quem quero e das merdas com as quais me identifico e, muito sinceramente, acho que mais simples ou transparente que isto é praticamente impossível. Quanto a todo resto, são apenas memórias e episódios do passado que contam a minha historia e que partilho apenas com quem acho que devo partilhar, porque, muito sinceramente, cada vez mais me sinto com a mínima necessidade de receber ou dar aplausos, abraços ou beijinhos. Enquanto muitos outros preferem falar das suas próprias vidas constantemente, apenas para poderem se afirmar ou apenas para poderem chamar a atenção de uma forma miserável e muito superficial, onde as historias são sempre as mesmas e onde por mais que se vire o disco toca sempre o mesmo, comigo o mais provável é levarem logo um estalo nos cornos e um pontapé no cu. Por isso deixemme sossegado aqui no meu asqueroso submundo. Se eu resolvi desaparecer, foi por alguma razão e nunca me senti dependente de nada ou de ninguém apenas para poder ser alguma coisa. Sou o que sou e vivo a minha vida da minha maneira. Todo o resto são apenas escolhas e atitudes que resolvi assumir sempre de uma forma muito consciente e verdadeira para comigo mesmo e onde acabei por bater com a cabeça nas paredes apenas por ter feito escolhas ou conhecido as criaturas erradas... A minha auto destruição como pessoa, apenas a mim diz respeito e sei bem quem são os meus verdadeiros irmãos e amigos, nos quais também sei que posso confiar plenamente para desabafar ou falar sobre meus demônios internos. Por isso o resto, para mim, é apenas escória humana que não me interessa minimamente e com os quais não me apetece partilhar seja lá o que for, muito menos a minha vida ou as minhas intimidades... Ao dar esta entrevista, também sei que estarei me expondo em demasia, o que é algo que não costumo fazer, contudo e mesmo assim, resolvi dar esta entrevista porque também já conhecia e acompanhava o teu trabalho literário e desenvolvido com a Reboco Caído,

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... que, para mim, é uma das fanznines de referência para todas aquelas malditas criaturas que acompanham a tua arte com o intuito de se manterem devidamente informadas sobre o que vai surgindo e acontecendo neste nosso submundo caótico em que somos de certa forma obrigados a viver e no qual pretendemos permanecer distantes, mas atentos. Por isso, aproveito para te agradecer o interesse em disponibilizares este nefasto espaço nas tuas páginas com estes trechos da nossa amizade aqui expostos nesta desumana conversa aberta ao publico. Para todos aqueles que possivelmente queiram me contatar e que o tentarem fazê-lo no futuro, pensem duas vezes antes, porque o mais provável é eu não responder para vos dar o máximo desprezo e a mínima importância...

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... FSB: E essa sintonia com o som feito em tantas partes do mundo? Essa loucura pelos ruídos sonoros foi o que gerou a Murder Records? Fale sobre esse processo e o trabalho executado pela Murder Records. E já que vamos falar sobre isso tudo nessa pergunta que virou três, ou quem sabe quatro em um, fale também sobre Disfigured Human Mind, já que em conversas anteriores me falou que esta história e a da Murder Records estão entrelaçadas. Danihell: Na altura em que resolvi penetrar no meu negro submundo, onde permaneço até os dias de hoje e onde pretendo permanecer sem nenhum tipo de obrigação ou compromisso seja lá com quem for, devo dizer que comecei como todos aqueles que já tinham começado ou que eu simplesmente desencaminhei para dentro desta fossa desumana e sarjeta sonora, sem nunca esperar nada de retorno... Quando resolvi assumir para mim mesmo, há muitos anos atrás, este estilo de vida minimalista, devo dizer que nenhum tipo de retorno faz algum sentido. Isto é como permanecer num abismo sem fundo em constante queda livre até atingir um nada completo e absoluto. Daí o nome Murder Records, para assim poder abrir um cemitério musical onde sou apenas o cangalheiro que enterra todos os humanos com

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... ideologias fúteis e sem nenhum sentido ou lógica. É por esse motivo que nunca me identifiquei, nem me identifico e jamais irei me identificar, com nenhum tipo dessas medíocres ideologias fúteis, como as políticas, sejam elas de extrema esquerda ou direita, socialistas ou democratas ou de outras vertentes, como o capitalismo e o consumismo, onde apenas mudam as bandeiras, os símbolos e ridículas propagandas. E o mesmo se aplica para qualquer tipo de religião, onde os discursos se tornam lavagens cerebrais de opressão para assim poderem controlar e manipular estas mentes fracas existentes nas imundas massas humanas que só se queixam durante toda a vida, mas, no final das contas, são os mesmos retardados mentais que vão votar ou rezar para poderem se manter na ignorância absoluta e dentro do rebanho que os esmaga e controla...

Quando iniciei a Murder Records, foi para poder lançar a primeira promo da Disfigured Human Mind, em 1999, e é por esse motivo que estes dois filhos que tenho e criei estão interligados e sempre estarão na ativa para provocar desconforto até o dia que eu morra de vez. Mesmo esperando que esse dia não demore muito a chegar até mim, durante este percurso natural das coisas e da vida maldita, pretendo e irei apoiar bandas e criaturas com as quais me identifico. Algumas destas criaturas foram ficando pelo caminho e também sei que muitas mais irão ficar por serem mentes fracas, sem uma personalidade própria ou simplesmente por não refletir uma atitude verdadeira e autêntica. Por esse motivo tive de enterrá-las na vala comum deste meu cemitério onde sou muito exigente nos projetos que resolvo apoiar ou com quem decido trabalhar e onde não me prendo a nada nem a ninguém. Para ser muito honesto, cada vez tenho menos paciência ou tolerância para pessoas que não passam de fantoches vazios de ideias ou com atitudes imaturas que se sujeitam a tudo e a todos apenas para assim poderem satisfazer suas ilusões e adrenalinas pessoais, que afinal de contas e se as observarmos bem, não sabem o que são e muito menos o que algum dia irão ser ou simplesmente o que andam cá a fazer. Por isso, comigo, esse tipo de pessoa ou projeto que não passam de parasitas humanos, não duram muito e não pretendo perder muito mais tempo com os mesmos, encaminhando-os diretamente para a vala comum que se encontra aberta a aguardar por mais criaturas que vão aparecendo e que se vão revelando com o passar dos tempos...

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... Com a Murder Records é tudo muito simples: Ou se tem uma atitude verdadeira, com caráter, ou então não me façam andar a perder tempo com as vossas vaidades asquerosas, nem egocentrismos horrendos, porque aqui, neste meu submundo atroz, apenas existe uma união e uma irmandade imundamente desprezível onde até muitos já conseguiram entrar, mas onde poucos permanecem e ainda menos são aqueles que conseguem permanecer. Aqui não há espaço para palhaçadas nem para muitas fantasias que apenas servem para agradar seja lá a quem for. Gostas ou não gostas, assim como te identificas ou não te identificas, porque aqui os imaturos ou indecisos simplesmente não tem lugar reservado para que eu lhes permita que estejam ao meu lado neste meu caminho desumano e onde o meu misantropo minimalismo social se torna cada vez mais rigoroso e profundo, sem a mínima necessidade de conviver com quem for ou de aparecer onde for...

Quanto a Disfigured Human Mind, é um projeto que não assume nem possui nenhum gênero de compromisso, seja ele musical ou pessoal. Disfigured Human Mind é apenas o reflexo da minha identidade perversa refletida no espelho desta humanidade asquerosa onde a dependência se tornou uma constante necessidade para aquelas criaturas mais fracas. Este projeto é o mais puro reflexo da minha repugnância por tudo e todos, onde exponho meu próprio eu e onde apenas existe ódio social e atrocidades pessoais. Todo o resto são apenas detalhes ou acontecimentos insignificantes que não me dizem absolutamente nada e com os quais não me importo minimamente, nem dou nenhuma importância e é por esse motivo que Disfigured Human Mind não é nenhuma banda ou algo desse gênero, mas sim eu mesmo e as deformadas maneiras que uso para me poder exprimir e dar minha ruìdosa opinião sobre tudo aquilo que me rodeia ou que de certa forma me incomoda e revolta...

Quem quiser conhecer meu nefasto trabalho ou descobrir a desumana mensagem que pretendo transmitir com minhas campanhas de ruído ou manifestos de ódio venenoso, é livre de o fazer, contudo também vai ter de o fazer por si próprio e não porque eu ande por aí a falar de mim mesmo ou das minhas merdas, como vejo muitos fazerem e que acho repudiante e completamente desnecessário, ninguém tem de impor seja o que for a ninguém, todos somos seres livres para fazer nossas próprias escolhas e tirar as nossas próprias conclusões, desde que exista também a capacidade de as conseguirmos admitir e assumir por completo. Por isso, assim como eu faço o meu trabalho de casa e perco meu tempo a procurar o que quero descobrir e o que me interessa absorver para cultivar minha mente retardada com a asquerosa capacidade de me informar sem estar dependente de ninguém, também não permito que ninguém esteja ou fique dependente de mim. Para dependências, já me chega a minha própria caótica tóxicodependência abrupta e profunda, onde o ruído ofensivo que exponho

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... FSB: Existe também um projeto chamado Anonimuus Creature, onde você grava ruídos e depois os trabalha de forma a expor certas conversas internas e figuras sombrias tanto internas quanto externas. Deixei até esta separada para você falar sobre, pois confesso que achei admirável sua viagem ao me explicar sobre e gostaria de compartilhar com nossos leitores para que eles também pudessem usufruir dessa oportunidade. Danihell: Desculpa lá, mas não sou uma criatura propriamente interessada em muitas partilhas, mas vou tentar responder a esta pergunta apenas como um complemento do que já expliquei na resposta anterior, por isso, quem quiser conhecer meu trabalho e o que faço ou com o Disfigured Human Mind são vomita- transmito com meus projetos, se leu dos com improvisações espontâneas das atentamente a resposta anterior, já deve essências brutas que me permitem adotar saber o que tem de fazer, por isso não há esta filosofia de vida em que o minimalismo muito mais a dizer, muito menos a partilhar social é uma constante e que eu preciso ou seja lá o que for que lhe quiserem completar com minha extrema falta de chamar... paciência para os seres humanos e suas E todos aqueles que não sabem como se atitudes, personalidades, emoções ou sentimentos, e é por esse motivo que aqui ninguém é ou será convidado ou bem-vindo. Aqui apenas vais poder encontrar os meus pesadelos mais grotescos, onde todos nós morremos no final com alguns a rir comigo e muitos outros a chorar por se terem atrevido a entrar no meu asqueroso submundo... Com Disfigured Human Mind apenas pretendo ser aquilo que sempre fui, muito direto e explícito, porque as doenças barulhentas apresentadas são feitas para representar, em sua plenitude, as disputas humanas que são transportadas para um nível decadente de fusão entre uma sociedade absurda com a necessidade de socialização abstrata e é assim que consigo alcançar a minha independência pessoal e onde sou o completo vazio do meu absoluto nada como criatura humana...

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... cultivar ou pesquisar para se manterem devidamente informados com o que realmente devem absorver, também duvido que algum dia aprendam e vão estar sempre dependentes e a reboque de algo ou de alguém, porque o instinto de descobrir por nós mesmos já nasce com cada um de nós, mas apenas alguns o conseguem desenvolver ou usar devidamente... No entanto, gostaria apenas de explicar de uma forma muito explícita o seguinte: Anonimuus Creature é um projeto que tive necessidade de criar para conseguir fazer uma auto avaliação sobre minha existência e onde falo comigo como se estivesse a olhar-me no espelho para assim conseguir penetrar dentro dos meus próprios abismos mais negros e insanos. É onde me viro do avesso para saber o que realmente sou e com Disfigured Human Mind é o inverso, é onde extraio a minha revolta sobre tudo o que me rodeia. Contudo, ambos se completam e permitem-me desabafar abertamente, sem nenhum tipo de complexo ou medo, sobre tudo aquilo que existe dentro e fora de mim... Assim como a Disfigured Human Mind, com Anonimuus Creature também não tenho necessidade de fazer nenhuma espécie de música ou de ficar preso a nenhum tipo de rótulo ou estilo musical, deixo esse tipo de etiquetas para todos aqueles que necessitam pertencer enquadrados em alguma coisa para poderem se identificar e se rotular. Com Anonimuus Creature, o noise e a mensagem que apresento é mais orgânico e pessoal, onde uso ruídos que vou captando no dia a dia da minha vida e que transformo em desabafos internos com a minha insignificante existência. É como ir pela rua e ouvir inconscientemente ruídos que nem te apercebes que estão ali simplesmente porque andas distraído ou atento e preocupado com outras coisas e por mais que queiras ou tentes nunca vais conseguir absorver ou dar a devida atenção a tudo ao mesmo tempo. Comigo é isso ai que acontece. Tenho de parar para pensar e olhar para dentro de mim mesmo, onde consigo falar com meu subconsciente de uma forma mais profunda e cuidada para assim poder compreender e entender a mim próprio... Anonimuus Creature é algo que possuo dentro de mim e que começou a se manifestar no inverno de 2017 através de abruptos ruídos abstratos que simplesmente me permitem extrair das minhas próprias entranhas toda a merda que me consome e onde consigo alcançar a plena corrosão caótica do meu próprio ser, como um simples eremita, com a minha própria filosofia de minimalismo social. Também é quando me permito ser consumido por todas as adições abruptas que simplesmente me devoram vorazmente sem pedir permissão ou consentimento, onde apenas existe uma profunda necessidade de me manter insensível com o quem quer que seja. É quando e onde consigo me abstrair de mim mesmo para me conseguir observar e avaliar.

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Também é onde consigo tornar-me escravo de mim mesmo sem nenhum sentimento de culpa, porque é onde me permito atingir o constante desprezo pessoal que se transforma em repúdio puro para com à minha existência decadente e apodrecida como a criatura desumana que sou. É algo que me permite expressar a vontade de enfrentar e falar com o meu lado mais atroz de uma maneira filosófica e onde a morte está sempre presente, como um ouvinte sombrio que me acompanha e que se mantém alojado nas profundezas da minha existência insignificante e que se transforma de uma maneira muito primitiva no significado mais íntimo do ruído revelado dentro da minha existência miserável, permitindo que minha insignificante criatura seja vorazmente consumida por meus malditos vícios de uma maneira completamente atroz e abrupta... Todas as criaturas possuem dentro de si ruídos que precisam ser devidamente extraídos e reproduzidos adequadamente e comigo isso não é diferente. Para que me possa compreender em minha plenitude, os ruídos produzidos por minha criatura me permitem fazer uma profunda autocrítica e é onde obtenho a completa decodificação do que possuo dentro de mim mesmo para poder me desventrar impiedosamente e extrair todos os sentimentos dolorosos e decadentes do mais puro ódio pessoal que bebo como veneno e que me vai consumindo lentamente até minha própria morte... A mensagem nos ruídos de Anonimuus Creature transmitem um relacionamento íntimo comigo mesmo e que transforma a minha vida abstrata em uma morte transparente e onde minha existência catatônica se transforma em nada ou em ninguém. Apenas o ruído produzido por minha existência obscura permanecerá para sempre eterno, assim como todos os meus impuros e mórbidos manifestos de puro ódio contra todas às criaturas humanas. Por isso pretendo apenas dizer que minhas próximas atividades permanecerão adequadamente enterradas profundamente no subconsciente da minha criatura durante o período necessário para que todo vazio da minha existência seja preenchido com o venenoso ódio que me consome... O Anonimmus Creature é algo que deves procurar dentro de ti mesmo, caso saibas ou tenhas a capacidade para te poderes auto avaliar, é algo que te permita realizar uma profunda reflexão sobre o que realmente significas para ti mesmo, sem estar dependente das opiniões ou regras alheias. Cada um de nós abre os seus próprios abismos e vive nos seus próprios pesadelos, sendo todo o resto um completo vazio que alguns preferem e resolvem preencher inutilmente com inconstantes sentimentalismos e afetos passageiros apenas para poderem continuar a se esconder e a fugir de si mesmos...

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... FSB: E o fanzine? Fale sobre esta vertente do seu trabalho e suas emanações. Danihell: Quanto a este projeto, considero e pretendo que seja direcionado a uma vertente mais social e por isso resolvi chamá-lo de Sordid Noisecore Militia. É composto por uma compilação e por um fanzine e é um projeto que me permite apoiar apenas as vertentes mais extremas do Underground. Para os mais distraídos, devo alertar que este projeto não se dedica, muito menos se limita, exclusivamente ao Noisecore. Com este projeto pretendo dar minha humilde contribuição com total dedicação ao extremo e podre, apoio que presto de uma forma verdadeira e singela a todas as filosofias mais puras existentes e que se denominam de Metal Punk e onde se incluem as etiquetas do que se denomina de Grindcore, Death Metal, Powerviolence, Fastcore, Thrashcore, Raw Punk Hardcore, Raw D-Beat Crust, Harsh Noise e por aí fora, assim como a todas as maneiras de expressar as minhas ideologias ou sentimentos que são decompostos em ruídos violentos e imundos nesta minha nefasta doença maldita e mofada na podridão... Então sejam bem vindos ao submundo deste meu protesto ou manifesto de ruído desagradável. Este projeto foi feito para ajudar a manter toda a atitude DIY muito mais ativa, mais forte e unida nos lugares certos com as criaturas certas. Este não é um projeto público, para me permitir integrar seja onde for ou socializar seja lá com quem for. Apenas pretendo criar algo com significado para os que possuem a capacidade de entender, na sua plenitude mais pura, a arte de saber como protestar... Depois de efetuar uma profunda reflexão comigo mesmo, eu me sinta um pouco nostálgico por procriar um projeto no formato Fanzine. Foi assim que comecei a dar todo meu apoio, há muitos anos atrás, quando eu ainda era um miúdo cheio de raiva que tinha acabado de descobrir muito mais do que apenas uma forma de protesto, ou mais do que um estilo de música agressiva e irreverente. O que eu descobri realmente nessa altura, foi o estilo de vida que adotei de maneira muito natural para mim mesmo durante todos estes anos e que permitira manter-me sempre igual e fiel aos meus ideais que esculpiram esta minha existência sórdida com o intuito de vandalizar todo um conceito chamado música, ou todas as ideologias da moda ou merdas comuns onde eu não quero pertencer e que muito menos pretendo apoiar. Se muitos de nós sabem como elaborar um protesto sólido e consistente para assim poderem defender suas ideologias ou causas de uma forma madura no momento de protestar, também existem muitos que só sabem andar por aí reclamando com tudo e sobre todos de uma forma egoísta e infantil, que só procuram por afeto ou atenção e não tem a mínima capacidade de tirar suas próprias conclusões, muito menos de manter uma atitude credível e constante. Protestar não é nem significa reclamar, muito menos andar por aí a vitimizarse apenas para chamar a atenção. Isso, em minha opinião, é nada. Foi por isso que senti a necessidade de iniciar este projeto, onde pretendo debater meus protestos sem a necessidade de ter que provar nada a ninguém, muito menos de me justificar, simplesmente porque ruído ofensivo não significa falta de respeito composta por uma

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... estupidez grosseira, onde não existem fundamentos ou propósitos que te façam lutar pelas causas que defendes. Embora muitos prefiram ir para as ruas aos berros e empunhar bandeiras apenas para terem a oportunidade de vandalizar tudo o que aparece pela frente, mas quando lhes perguntam o que estão ali a fazer, simplesmente nem sabem falar ou responder para poder explicar o que os leva a fazer esse tipo de protestos ou ter esse tipo de atitudes que, no meu ponto de vista, é tudo menos protesto, mas sim criminalidade infantil manipulada por alguns vilões que ficam escondidos atrás de redes sociais a comandar estas formas de manipulação social e onde estas pessoas apenas servem e são usadas por ditadores de ideologias manipuladoras e opressivas pensando que são donos de tudo e todos ou da razão que as move neste mundo onde apenas se fala, mas nunca se ouve e que só servem para denegrir o verdadeiro significado do protesto e suas essências mais puras e fundamentais... A minha intenção de criar este projeto tem como objetivo principal o apoio total, ainda que restrito, a um estilo de vida que muitos poucos conseguem assumir e levar a sério de maneira mais íntima e reservada. Por muitos é chamada de niilismo ou misantropia, onde a necessidade de socializar ou manter o contato com os seres humanos simplesmente não existe e se torna cada vez mais desnecessário. Aqui, apenas o apoio verdadeiro e honesto se torna relevante e é isso que pretendo deixar registrado com este projeto feito para apoiar apenas e somente todos os guerreiros do Underground, com total respeito, mas sem a mínima tolerância para certas infantilidades das modas que se vão criando ou que vão surgindo e por esse motivo tenho o extremo cuidado e orgulho em ser um servo pervertido do ruído nefasto que me faz ser observado pela sociedade alienada no seu próprio sistema consumista e que me julga como provocador de violência contra esta humanidade capitalista que me julga e condena, mas onde ninguém é nada, onde não mereço nada e onde não possuo nada, porque quero e pretendo apenas expor todo o meu ódio mais voraz com o objetivo de devorar e dizimar todas as ideologias fracas que me cercam. Aqui, neste projeto, não há lugar disponível para estrelas do rock, nem para bonecas de porcelana góticas que têm a mania de superioridade e onde a ignorância é absoluta. Aqui não há lugar para competições ridículas ou rivalidades absurdas entre bandas ou selos, onde não pertenço e não quero pertencer, porque o Underground mais puro apoiado nesta minha milícia não se identifica com esse tipo de pessoas convencionais e sempre muito previsíveis, sem nenhum tipo de identidade própria. Não me identifico minimamente com estes tipos de competições ridículas ou rivalidades absurdas que só servem para destruir o que muitos pretendem construir. É aqui que cada um de nós se revela. A arte de protestar, com puro desprezo social, apresentada no meu projeto Sordid

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... Noisecore Milítia que muitos poucos podem sentir, ou até mesmo entender em sua plenitude, e onde existe uma capacidade para criticar tudo e todos, sem ter quaisquer problemas quando tudo e todos também nos criticam, sem deixar que isso nos afete ou incomode minimamente. Quando perdemos este tipo de controle de nós mesmos é quando revelamos as nossas fraquezas e fragilidades mais sentimentalistas que apenas nos fazem perder a razão nas causas que defendemos e onde simplesmente deixamos que nos comam e engulam vivos... A liberdade de expressão na maneira de protestar e defender nossos ideais é algo que eu aprecio muito e, com este projeto, pretendo convidar outras entidades que se dedicam e que usam os mestrar muitas informamos meios de proções para ler ou apetestar que eu para nas pontos de vista que também pose opiniões em algusam apoiar o verdamas entrevistas feideiro protesto existas com os projetos tente no submundo e bandas que estão do mais puro dando a sua infame Underground e é contribuição para por isso que tenho tornar este projeto a honra e o orgulho uma reflexão real de apresentar algusobre o que signimas entidades que fica, de fato, as váresolvi apoiar nesta rias maneiras de primeira edição e apoiar nossa milícia onde podes enconneste submundo trar alguns dos propodre e onde permajetos que apresennecem projetos cotam variadas maneimo Anonimuus ras de fazer ou Creature, Disfigured elaborar um verdaHuman Mind, D. deiro protesto e L.50, Drenagem, onde podes enconFinecut, Gorgonized Dorks, Harsh Noise Movement, Insolência, Insomnia Isterica, Junkie Warrior, Morte Lenta, New York Against The Belzebu, Nuclear Post Mortem, Ouroborean Piss, Pissdeads, Porräloka, Radiacion Suicyda, SxSxCxBx, The Bimbos, Väättumänukku... mas atenção que a maldita desgraça não fica por aqui e para garantir que possas alcançar uma insanidade mais coesa, de uma forma muito mais explícita através do verdadeiro apoio recebido com os seguintes projetos: Audio Nasty Records & Fanzine, Destruktomizik, Enfermo Distro, Enforced Existence Records, Funebre Records, Grindfather Productions, HNM Records, Kanashibari Records, L’è Tütt Folklor Records, Murder Records, Musikal Exterminator Productions, Nihilistic Holocaust Productions & Webzine, Nonoise Nogood Webzine, Posthuman Fanzine & Productions e Viceral Vomit Records. Então seja bem-vindo ao submundo desse projeto para o ruído desagradável, porque essa milícia é feita para ajudar a manter toda a atitude DIY muito mais ativa, mais forte e unida nos lugares certos e com

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... as pessoas certas, onde apenas podes encontrar o verdadeiro ruído e seu significando, porque aqui não há um lugar disponível ou tempo para apoiar ou compartilhar reclamações sem qualquer tipo de fundamento ou razão... Também gostaria de informar que este projeto se encontra a inteira disposição para que todos os interessados em fazer as suas próprias cópias deste fanzine e compilação que se sintam completamente à vontade para o fazerem desde que possuam a capacidade para tal e que saibam manter viva a verdadeira arte do DIY. Eu também gostaria de salientar e pedir a todos os infames viciados ou impuros apoiadores destas atitudes e formas de vomitar ruídos nas profundezas das trevas que façam tudo da maneira correta, para assim poderem mostrar algum tipo de atitude, porque, no final de contas, isso é que é o verdadeiro apoio e o total respeito que estou pedindo para se ter com este projeto... Contudo, para todos os restos humanos e bastardos da humanidade mais preguiçosos e que só sabem andar por aí de mão estendida a pedir favores ou que simplesmente procuram por atenção e afeto social, saibam que este projeto não foi elaborado e muito menos feito para vocês, mas mesmo assim podem obter o projeto no seu formato digital, onde todos vocês também são convidados a parar de pensar por redes sociais como o Facebook e por aí a fora. Espero que de alguma forma vos ajude a começar a usar o vosso cérebro e que, para quem não sabe que até tem um, é aquela massa cinzenta que possuis dentro da tua própria cabeça e que é o músculo da tua inteligência e que deve ser exercitado e usado constantemente para não ficar atrofiado... Este projeto também não é feito para se poder socializar ou onde vocês podem procurar amigos, mas, se é isso que vocês procuram, então devo relembrar que estás no lugar errado a ler o que nunca ou jamais irá entender, por isso não te massacres mais, nem insistas, porque acabas de descobrir que és mais um caso perdido sem identidade própria. Aqui só quero e pretendo escrever sobre meus próprios protestos e pontos de vista, assim como dar todo o meu apoio aos verdadeiros irmãos envolvidos, direta ou indiretamente, nesta milícia sórdida, onde nem toda gente se enquadra. Por isso, aqui, apenas alguns podem agir e ter uma atitude, enquanto outros apenas irão falar bem ou mal por só se preocuparem e gostarem de aparecer aqui e ali para chamar a atenção a este ou aquele. Será que tu que estás a ler esta conversa, sabes onde te encaixas nessa realidade que todos nós sabemos que existe e que apenas serve para enriquecer ou apodrecer as tuas atitudes? Se sabes a resposta, então guarda a mesma para ti e começa por agir e corrigir o que está de errado nas tuas próprias atitudes para que possas evoluir de alguma forma sem te sentires dependente de ninguém... Contudo, se quiseres continuar a ser apenas mais uma fotocopia humana do que te agrada e do que vês, também é livre de o fazer, mas vai lá pregar as tuas doutrinas e dogmas para outro lado que aqui não fazes falta nenhuma, muito menos será aqui que irás receber algum tipo de atenção ou afeto social...

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ...

FSB: Existem outros projetos em andamento, que ficaram pelo caminho ou estão por vir? Danihell: Sim, existem muitos projetos e pessoas que já ficaram pelo caminho, como existem muitos projetos e pessoas que ainda estão por vir e aqueles que existem mas que não pretendo ou necessito de expor, muito menos falar deles. Contudo, o que realmente me importa é que esta metamorfose de aberrações criativas que me consome e que existe dentro de mim continue sempre ativa no vulcão repudiante que possuo dentro de mim e que se encontra em constantemente erupção a jorrar lava cáustica no ódio social que me faz ser quem sou para atingir o meu nada absoluto. Por isso, mais uma vez vos digo para que não esperem nada de mim, que eu também não espero nada de ninguém e é por este motivo que pretendo permanecer isolado o mais possível de qualquer tipo de contato social com humanos desprezíveis e sem conteúdo, mas também espero, e apenas espero, que vocês continuem por aí, pois vocês são a merda humana que eu derreto dentro das minhas bolsas vulcânicas e que me permitem permanecer em constate erupção para cuspir magma escaldante nas vossas sensíveis e imaturas existências que eu tanto gosto de repudiar com o intuito de vos aniquilar por completo com cada erupção que pretendo vomitar, mijar e cagar para cima de vocês todos sem piedade e onde apenas poderás encontrar o meu mais impiedoso rancor cheio de puro ódio venenoso onde ninguém sairá ileso...

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... FSB: Agora gostaria que mergulhássemos com maior profundidade no noise. São poucas pessoas que conseguem expor com tanta propriedade e fluência sobre essa vertente. Em nossas conversas você traz a tona toda a riqueza e relevância deste estilo que trabalha os sons de uma forma completamente diferente dos demais. Vamos levar estes loucos que nos leram até aqui para se jogar neste universo. Danihell: Muito bem e ainda bem que tocas neste assunto, pois é delicado e devemos saber separar as coisas, porque Noise qualquer um faz ou lança, não é preciso tirar nenhum curso na universidade para se fazer Noise, contudo, na minha opinião e forma de estar ou até mesmo de apresentar as minhas campanhas de ruído, tento ser o mais autêntico e orgânico possível sem ter que utilizar as ideias dos outros ou copiar, muito menos ajustar a ninguém. Para quem faz ou ouve ruído a sério, existem vários aspectos, como a originalidade e autenticidade. Para mim, estes são os aspectos que se tornam essências e fundamentais, porque para se fazer barulho com pedais ou com feedbacks todos o fazem e que muito sinceramente até já enjoa e é onde não me revejo ou identifico minimamente, onde não se obtém absolutamente nada de útil ou interessante, porque não passa do mesmo e é algo

sem conteúdo nem mensagem que nos ponha a pensar ou a refletir e que se torna em algo fútil e é por isso que esse tipo de ruído é aquele que chamo de Noise infantil para meninos e que acaba por desaparecer assim como apareceu. No final de contas, acabam por aniquilar a sua própria existência, tornando-se dispensáveis, mas que permite a mais um ou outro que até achou interessante o que viu ou ouviu alguém fazer e simplesmente resolveu fazer igual, tipo macaquinhos de imitação, e muito sinceramente, isso, para mim, não é nada, muito menos Noise das trevas a sério... Depois tens aqueles que, assim como eu, mergulham de olhos vendados neste submundo onde apenas existe necessidade de ir cada vez mais ao fundo nas profundezas de si mesmos para esgravatar as suas entranhas com o pudor nefasto que emana de uma forma natural e que nos faz ser organicamente ativos nos ruídos minimalistas que reproduzimos com as nossas próprias existências insignificantes, não só no tipo de Noise que criamos, como também se reflete e complementa com a nossa própria identidade e capacidade de transmitir uma mensagem explícita e recheada de conteúdo com fundamentos próprios, que dará uma personalidade própria e singular nos mais variados tipos de manifestos que existem para se elaborarem protestos de ruídos onde existe uma identidade assumida... Quando se diz uma coisa, mas depois, na realidade, se faz outra, isso, para mim, não é nada e também é por esse motivo que sou muito rigoroso no ruído que faço e que consumo todos os dias. É como comer e respirar apenas para te manteres de pé, mas se abdicas disso, simplesmente cais ou morres. Não pode haver controvérsias absurdas, como estou

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... farto de observar por ai e onde o que dizem que são, na realidade não é bem assim e é por esse motivo que tem de haver uma avaliação e reflexão séria sobre Noise antes de se fazer ou de se ouvir. A maioria das criaturas que pensam que sabem fazer Noise das trevas, simplesmente não são, nem possuem a capacidade ou o conhecimento que lhes permite assumir de uma forma transparente o que dizem ou tentam parecer ser. Não se enganem a vocês próprios, nem adianta tentarem ser o que não são. Isso apenas demonstra ignorância e faz destes seres criaturas ridículas que em vez de produzirem Noise, deviam era fazer mute, porque em silêncio é que estavam bem e se estivessem calados seriam uns verdadeiros poetas, mas que infelizmente não passam de mais uns merdas que andam por ai a dizer que fazem Noise... Para quem faz ou consome Noise, não existe meio termo, muito menos hipocrisias. Ou é ou não é. Infelizmente o Noise também está sendo infectado por algumas criaturas que até pensam que isto algum dia vai ser uma moda. Enganam-se redondamente todos aqueles que pensam assim. No que se pode chamar de Noise das trevas, existe um filtro que filtra e não deixa esse tipo de pessoa muito tempo no ativo e, como em todas as modas, o tempo irá revelar quem assume o Noise como filosofia de vida e quem anda por aí apenas por andar e a fazer monte. Por isso basta dar tempo ao tempo para que essa escória humana e desprezível acabe por se revelar e desaparecer sem deixar rasto ou algum tipo de vestígio... dar tempo ao tempo para que essa escória humana e desprezível acabe por se revelar e desaparecer sem deixar rasto ou algum tipo de vestígio...

FSB: Agora, para encerrar, quebra tudo:

Danihell: Antes de terminar, quero aproveitar para te agradecer este espaço na Reboco Caído, onde resolvemos permitir que esta parte das nossas infames conversas fiquem exposta ao público, e seguiremos em privado com todo o resto que ainda temos que conversar e partilhar um com o outro, na nossa negra intimidade e devidamente fechados ao público, dentro da nossa amizade e irmandade do ruído fodido...

Achas que ainda falta quebrar mais alguma coisa ou mais alguém? Muito sinceramente acho que já falei e disse tudo o que tinha a dizer e, muito sinceramente, até acho que falei foi demais, mas pronto, já que tanto insistes, aqui vai um último suspiro insultuoso recheado com os odores do meu bafo panafernálico exalando

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ...

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... enxofre mofado na intolerância social que permanentemente me consome e que me permite escarrar veneno doentio nesta sociedade demasiadamente humana... Para os infames leitores deste manifesto, não sejam apenas mais um, como tantos outros que no final de contas não servem para nada, muito menos para fazer Noise. Abram os olhos e aceitem a realidade, porque vocês, no final de contas, não enganam ninguém, ou melhor, vocês só andam é a enganar-se a vocês próprios com essas atitudes ridículas e que fazem de vocês criatura rudimentares e que se limitam em ser apenas umas miseráveis fotocopias humanas, sem nenhum tipo de interesse ou significado. Por isso estimo bem que vocês todos se fodam de alto a baixo e que vão morrer longe, porque aqui não existe nenhum tipo de tolerância, muito menos paciência para o vosso tipo de ruídos sintéticos ou atitudes hipócritas onde nada muda, nem vocês próprios. Por isso, se ainda nem sabes quem realmente és ou o que pretendes ser, deixa-te de garotices e segue o teu caminho, porque toda a gente já viu que até tens queda, só não tens é onde cair, mas também és o único que ainda não se apercebeu disso, por isso, abre os olhos, fecha a boca e usa o cérebro... Para todos aqueles que me tentam contatar desnecessariamente, aconselho e sugiro que não o façam, porque não me apetece conhecer nem pretendo conhecer humanos, já conheço criaturas até de mais, por isso, antes de me contatarem, pensem bem duas vezes ou até mais. Não estou interessado em socializar, seja com quem for, nem comigo próprio muitas das vezes por isso também não me sinto na necessidade de o fazer seja com quem for, ide é todos para o caralho e não me fodam a cabeça que não tenho a mínima paciência para isso muito menos para vos aturar... Para todos aqueles que acredito, de uma forma muito duvidosa, e que estejam possivelmente interessados em conhecer as minhas campanhas de ruído, os meus protestos literários ou registros mortuários, devem fazê-lo no sitio certo e não através do que ouvem falar ou do que vão te dizer todos aqueles que, das mais variadas formas, te dizem que me conhecem ou que já trabalharam comigo. Não se deixem iludir por estas criaturas carentes que mais uma vez procuram ou precisam dos outros para se mostrarem ou afirmarem da forma mais desprezível e mesquinha possível e que depois chamam de apoio, mas que eu prefiro chamar de um repugnante oportunismo carenciado de afetos e de atenção. Por isso, para quem quiser ficar a conhecer o meu trabalho, sugiro que o faça por si mesmo e não pelo que ouves ou possivelmente te digam. É por isso que deixo e ficam aqui as ferramentas que te possam permitir cavar e aprofundar nas entranhas deste meu submundo em permanente escuridão e onde poderás iniciar a tua própria pesquisa sobre a minha insana autodestruição. Não se deixem enganar por aqueles protagonistas que vão aparecendo ou desaparecendo e que andam por aí aos saltinhos de banda em banda ou de projeto em projeto só para lamberem cus e dizerem que conhecem toda a gente e que tocam em todo o lado, mas depois não passam de uns tristes seres frustrados e sem objetivos concretos... Se fores inteligente, consegues tirar as tuas próprias conclusões e fazer as tuas próprias

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ... avaliações, não precisas de dar ouvidos a meros protagonistas que querem fazer parte de tudo, mas que na realidade não se identificam com nada e que se sentem injustiçados por onde andam a chorar apenas para se poderem vitimizar. Por isso, não sejas e nem te deixes transformar em mais um desses humanos sem importância alguma... Murder Records www.murder-records.com www.murderrecords.bandcamp.com Disfigured Human Mind www.disfiguredhumanmind.bandcamp.com Anonimuus Creature www.anonimuus-creature.bandcamp.com NOISE ON... WORLD OFF... ALL HUMANS FUCK OFF...

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R.M.R.C.O.V.D.U.G.F.D.P.C.D.P.O.R.D.V.M.EC.P.C.D.V.T. ...

Epílogo Após muito trabalho e dedicação, eis que fica pronto. Nossa massa maravilhosamente mastigada, deglutida, digerida e defecada. Acabei de fazer novo contato com Danihell para avisar que hoje ainda envio para ele apreciar o resultado final. Ele já me envia o nome da biblioteca - Cadaveric Noise Bibliothec - e um esboço da logo.

decadente mundo doente, mas posso dizer que, nem ao menos deu seus primeiros passos e já está pondo as coisas em movimento. E as ideias para este projeto totalmente sem fronteiras não param de saltar de nossas massas cinzentas. ***************************** Se depois disso tudo você ainda está com a bunda esmagando o sofá, levanta e anda, ô porra. Crie, pule, dance, enlouqueça... Tire as calças pela cabeça! Só não fique nessa catatonia mineral. Ou então fique e apodreça. Por mim, tanto faz. *******************************

Era uma ideia que ele já cultivava e que agora poria em prática e esta coisinha que tens em mãos será o trabalho inaugural. Assim como a Merda na Mão, que eu e o Diego já tínhamos pensado e até inaugurado a idéia sem ainda dar o ponta pé inicial. Não sei como será o caminhar deste embrutecido manifesto após sua chegado ao nosso

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editoramerdanamao@gmail.com


NIHILISTIC AND SCHIZOPHRENIC NOISES FROM THE UNDERGRIND...

STAY AWAY... FAR AWAY!!!


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