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RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
IV Você cidadão!
a) A operária inglesa Hannah Brown. b) Do passado, dos seus tempos de criança, quando trabalhava como operária em uma fábrica inglesa do século XIX. c) Trabalhava em média 15 horas diárias; não tinha horário para as refeições; o tipo de trabalho feito por ela afetava a saúde; sofria agressões físicas no interior da fábrica. Durante o início da industrialização, os donos de fábricas exploraram intensamente o trabalho infantil e feminino. Professor: fazer uma ponte com a Língua Portuguesa e ampliar o conhecimento dos alunos lembrando que a entrevista é um gênero textual com características próprias. d) O salário pago às crianças, que, geralmente, era menos da metade do de um adulto. e) Resposta pessoal. Professor: a questão pode ajudar a pensar sobre o uso da violência contra a criança no presente. O art. 5o do Estatuto da Criança e do Adolescente diz: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.
Pergunta: Com quantos anos você começou a trabalhar em fábricas de fiação? Resposta: Aos nove anos de idade. P: Qual era seu horário de trabalho? R: Eu começava às seis horas da manhã e trabalhava até às nove da noite. P: Havia um horário para as refeições? R: Não, não tinha. P: Este trabalho afetou seus membros? [...] R: Sim; meus dois joelhos são meio virados pra dentro. [...] P: Sr. Ackroyd alguma vez castigou você? R: Sim; ele me segurou pelo cabelo e pela orelha, me puxou e me bateu. P: Você o viu adotar um tratamento semelhante com alguém mais? R: Sim. Eu tinha visto ele puxar uma parente minha pelo cabelo. P: Você quer dizer que ele a arrastou pelo cabelo? R: Sim, por vários metros.
a) Quem está falando no texto?
BRIDGEMAN/FOTOARENA
Entrevista concedida por Hannah Brown para o Comitê da Câmara de Comuns, em 13 de junho de 1832.
Menina trabalhadora. Estados Unidos, 1910. HANNAH BROWN (child factory worker). Spartacus Educational. Disponível em: <http://spartacus-educational. com/IRbrown.htm>. Acesso em: 10 jul. 2018. (Tradução do autor.)
b) De que tempo ela está falando? c) Como era o cotidiano da entrevistada nesta época? d) O que levava os empregadores a optarem pelo trabalho infantil? e) O uso da violência contra a criança é um dos problemas sociais brasileiros. Pesquise e opine sobre o assunto.
Indicação de sites para pesquisa: • Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: <http://livro.pro/8y8a7i>. Acesso em: 9 nov. 2018. • Organização Internacional do Trabalho. Disponível em: <http://livro.pro/2qj6jk>. Acesso em: 9 nov. 2018. • Fundo das Nações Unidas para a Infância. Disponível em: <http://livro.pro/wqw9az>. Acesso em: 9 nov. 2018.
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Texto de apoio Questão cultural dificulta erradicação do trabalho infantil Junto com o fator econômico, a questão cultural, a crença de que trabalhar é bom, é apontada pelos especialistas como um dos mitos que legitimam o trabalho infantil no Brasil. [...] Esses mitos como: eu também trabalhei quando criança, meu pai trabalhou... isso só reforça esta
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cultura de que é normal criança trabalhar. [...] Mario Volpi, oficial de programas do Unicef, o Fundo da ONU para a Infância e Adolescência, diz que esta ideia está já incutida na sociedade. “As famílias, principalmente as mais pobres, veem a questão do trabalho como uma forma de livrar a criança, o adolescente da marginalização, da exclusão social, do envolvimento com drogas. É essa visão
cultural que deposita no trabalho uma forma de prevenção dos males. O trabalho educativo de mostrar para essas famílias que mantêm seus filhos trabalhando que vale mais a pena mandá-los para a escola é o grande desafio. Hoje, há na cultura geral um mito de que o trabalho é bom. O trabalho é bom, desde que ele seja na fase correta, na medida certa, na função adequada à fase da vida que a pessoa vive”, completa. BETTENCOURT, Babeth; JACOBS, Claudia Silva. Questão cultural dificulta erradicação do trabalho infantil. BBC Brasil, 19 maio 2003. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/ noticias/2003/030519_tcultural.shtml>. Acesso em: 11 set. 2018.
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