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ENCAMINHAMENTO
Antigo Império (cerca de 2680 a 2180 a.C.): período de certa estabilidade política e de progresso econômico. Médio Império (cerca de 2040 a 1780 a.C.): período em que os egípcios expandiram seu território em direção ao sul e intensificaram seu comércio com a Núbia, região habitada por povos negros e rica em minerais, entre os quais o ouro. Apesar da prosperidade material, o Egito se enfraqueceu por causa de disputas pelo poder entre os próprios egípcios. Então, os hicsos, povo originário da Ásia Central, atravessaram o deserto e invadiram o Egito, lá permanecendo por 170 anos.
• Enfatizar que, durante o Antigo Im-
pério, o território egípcio esteve dividido em 42 nomos, administrados por nomarcas que deviam obediência aos faraós reinantes. Dica de leitura • SCHNEIDER, Maurício Elvis. O Egito
MUSEU DO LOUVRE. PARIS. FOTO: WERNER FORMAN/UNIVERSAL IMAGES GROUP/GETTY IMAGES
Antigo. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. O livro O Egito Antigo aborda temas como política, economia, sociedade e religião no Egito Antigo.
EDITORA SARAIVA
Busto de uma mulher jovem, possivelmente uma filha de Akhenaton. Egito, c. 1336 a.C.
VALE DAS RAINHAS, EGITO. FOTO: BRIDGEMAN IMAGES/KEYSTONE BRASIL
Novo Império (cerca de 1580 a 1070 a.C.): esse período inicia-se com a expulsão dos hicsos. Os faraós do Novo Império organizaram um poderoso exército com cavalaria e carros de combate e, depois de conquistar o Reino de Kush, ocuparam a Síria, a Fenícia e a Palestina, estendendo seus domínios até o rio Eufrates, na Mesopotâmia. Pintura representando Ramessés III (c. 1184-1153 a.C.) encontrada em uma tumba. Tebas, Egito. Nesta coleção as linhas do tempo não estão em escala.
1780 a.C.
1580 a.C. 2o período intermediário
1070 a.C.
Novo Império
656 a.C.
3o período intermediário
525 a.C. Conquista persa
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Texto de apoio O Novo Império A atividade militar seria marcante em todo o Novo Império, considerado o apogeu da civilização egípcia. É desse período da História do Egito Antigo que temos o maior número de monumentos e, consequentemente, de informações. A invasão dos hicsos não só despertou a necessidade de defesa das fronteiras como também criou um espírito guerreiro nunca antes visto, e
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os faraós passaram a dirigir inúmeras campanhas militares. Tothmés III (1479-1425 a.C.) é considerado um dos maiores faraós, pois comandou guerras que resultaram na criação de um Império Egípcio na Síria-Palestina. Essa era uma região com importante atividade comercial, formada por cidades politicamente independentes, mas obrigadas a pagar tributo ao faraó. Uma vez não sendo enviado o pagamento, a cidade era punida através de uma incursão militar, que resultava em saques e
destruição. A presença egípcia era marcada por alguns poucos oficiais e mínimas forças militares. [...] [...] O militarismo do Novo Império obviamente fez crescer a importância do exército – envolvido diretamente na política imperial –, bem como da classe sacerdotal, beneficiada com o grande afluxo de riquezas ao país. As campanhas militares eram dedicadas em especial ao deus Amon, de Tebas, e se faziam sob sua proteção. O clero de Amon tornou-se rico e poderoso com as doações oriundas das conquistas militares e tributos estrangeiros: terras, gado, serviçais, barcos, metais preciosos etc. Esse fortalecimento deu ao clero forças para assumir o poder político: foi assim que se encerrou o Novo Império, quando, em 1070 a.C., Herihor, o sumo sacerdote de Amon, proclamou-se faraó, inaugurando a 21a dinastia e o 3o Período Intermediário [...]. SCHNEIDER, Maurício Elvis. O Egito Antigo. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 9-11.
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