Japão, uma nova potência capitalista
Escola japonesa. Séc. XIX. Gravura. Coleção particular. Foto: Archives Charmet/The Bridgeman Art Library/Glow Images
Desde o início do século XIX, as nações ocidentais tentavam, sem sucesso, abrir os portos do Japão ao comércio internacional. Até que em 1853, com os canhões apontados para a baía de Tóquio, o oficial estadunidense Matthew Perry conseguiu a abertura de dois portos japoneses aos navios mercantes estadunidenses. Logo depois, a Grã-Bretanha, a Rússia e a Holanda pressionaram e também conseguiram a abertura dos portos japoneses para os seus navios.
Com o aumento das relações com o Ocidente, uma parte das lideranças japonesas passou a defender a incorporação dos avanços tecnológicos da Europa. Outra parte, porém, via essa modernização como uma submissão dos japoneses ao domínio estrangeiro. Isso levou à explosão de uma guerra civil vencida por aqueles que eram favoráveis à modernização. Essa vitória enfraqueceu os senhores rurais (daimios) e fortaleceu o poder do imperador. No ano de 1868, o jovem imperador Mutsuhito anunciou uma política de “modernização” do país, dando início à chamada Era Meiji. “Modernização”, para os japoneses, significava industrializar-se, absorvendo a tecnologia ocidental, mas sem abrir mão de sua cultura tradicional. Neste processo de modernização acelerada verificou-se também uma concentração crescente de capital nas mãos de uns poucos grupos econômicos, como o Mitsubishi, o Yasuda Mitsui, entre outros.
A chegada da esquadra do Comodoro Perry a um porto do Japão em 1853. Repare a bandeira dos Estados Unidos.
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