Para refletir O texto a seguir conta uma história ocorrida no Maranhão; leia-a com atenção.
Terra da vergonha Antônio morava no Maranhão e precisava de trabalho. Até que ficou sabendo que uma proprietária estava recrutando peões. Ele se interessou e foi com mais 41 trabalhadores para o local do serviço. Chegando lá, foi vendido por R$ 80,00 ao fazendeiro Miguel de Souza Rezende. Ele passou a trabalhar na derrubada da mata e na limpeza do pasto. Dormindo em barraco, passando fome, sem dinheiro para enviar à família e ainda devendo ao armazém da fazenda, decidiu fugir. Mas o cantineiro avisou: “Não faça isso, que eles te matam”, referindo-se aos muitos jagunços armados que rondavam a fazenda. Uma colega de Antônio fugiu e o grupo chegou a ouvir tiros à noite. As condições a que Antônio e seus companheiros foram submetidos – pressão física ou psicológica [...] comprometendo a liberdade de ir e vir – representam o que defensores dos direitos humanos [...] chamam de trabalho escravo. LIMA, Vivi Fernandes de. Trabalho indecente. Revista de História da Biblioteca Nacional. Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/trabalho-indecente>. Acesso em: 24 mar. 2015.
O uso de mão de obra escrava ou semiescrava tem sido observado em várias partes do Brasil. Nesta foto de 2012, um trabalhador carrega um caminhão com cestos de carvão produzido com mão de obra escrava e madeira retirada ilegalmente da floresta Amazônica. Rondon do Pará (PA), 2012.
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Mario Tama/Getty Images
a) Você sabia que a escravidão continua sendo praticada no Brasil? b) Que elementos na história de Antônio indicam que se tratava de trabalho escravo? c) O que poderia ser feito para pôr fim a essa prática?