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Difusão superficial em matrizes porosas

No dia 12 de novembro de 2014, um módulo, equivalente a uma máquina de lavar roupa em dimensão, chegou à superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, assim denominado devido aos astrônomos ucranianos Klim Churyumov e Svetlana Gerasimenko, que o descobriram em setembro de 1969, dois meses após Neil Armstrong pisar na superfície da Lua. Batizado Philae, o tal módulo foi levado à órbita do cometa pela sonda espacial Rosetta, cujo nome faz referência a certa rocha vulcânica, que possibilitou a tradução de hieróglifos egípcios por Jean-François Champollion, no século XIX – a famosa Pedra de Roseta. Philae, nome do módulo, homenageia uma ilha, do rio Nilo, em que foi encontrado um obelisco essencial para a compreensão de tais hieróglifos. O Philae fixou-se na superfície do cometa à distância de um quilômetro do planejado, depois de viajar mais de 500 milhões de quilômetros da Terra e por cerca 6,5 bilhões de quilômetros por meio do Sistema Solar, durante dez anos e oito meses. Mas o que leva o ser humano a despender quase US$ 2 bilhões, na época, para enviar uma sonda para longe do olhar e fazê-la orbitar o Sol por cinco vezes, antes de atingir a região de pouso no cometa, a Agilkia? Agilkia? Ok. Trata-se de uma referência à ilha para a qual foram transferidos antigos templos egípcios da ilha de Philae, no ensejo de se preservar registros arqueológicos; não só da história do Egito, mas da humanidade. Todos esses nomes, Agilkia, Philae, Rosetta, não são por acaso e sim para evidenciar a relação da missão ao cometa Chury com a mais longínqua história de nosso Planeta. Além de, então, configurar-se em feito inédito na Ciência, a missão Rosetta teve como objetivo estudar a composição química daquele corpo celeste, que

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