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Abiquim trabalha para o Brasil dos sonhos
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Abiquim apresentou ao governo uma agenda de sustentabilidade para setor químico brasileiro, que leva em consideração frentes como gás natural, energia renovável, saneamento, bioprodutos e saúde. O trabalho foi dividido em cinco frentes no escopo de ESG – Governança ambiental, social e corporativa. A visão apresentada ganha importância, quando analisada à luz dos dados do Conselho Internacional das Indústrias Químicas, que mostram que, até 2050, as soluções geradas pela química poderão reduzir as emissões totais de dióxido de carbono de outros setores. André Passos Cordeiro, Diretor de Relações Institucionais da Abiquim, reforça que a agenda ESG é “central na Abiquim e é ela que orienta as pautas da entidade. Já temos, inclusive, posicionamento público, sobre Mercado de Carbono e Economia Circular, temas endereçados exclusivamente pelo Comitê para o Desenvolvimento Sustentável da associação. Temos uma visão de que o futuro caminha para um mundo organizado sob os princípios de ESG, ao ponto de interferir no processo produtivo”. A agenda da Abiquim já é estruturada a partir desses conceitos e princípios e, entre as suas ações, podemos destacar: a interlocução com o Ministério do Meio Ambiente, na questão dos planos setoriais de redução de emissões de carbono; o avanço na discussão do PL 528/21 no Congresso Nacional, que procura estabelecer um mercado de carbono cap and trade no Brasil; e a discussão com outros setores industriais, sobre um modelo de economia circular, sob a liderança da CNI. “Ou seja, estamos avançando no sentido do desenho de políticas públicas que, cada vez mais, aprofundem a ideia de que o nosso país se una, para organizar-se pelos prin44
Petro & Química
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cípios de ESG. Nossa intenção é que o país promova um ‘ESG Made in Brazil’, e a química é fundamental, como setor produtivo, para viabilizar um modelo de produção sustentável, com baixa ou nula emissão de carbono, e com o princípio da circularidade”, conta André. O que a Abiquim desenha é o Brasil do futuro, de 2050: quarta maior indústria química global, líder mundial em química de renováveis e biocombustíveis, gerador de soluções sustentáveis para todas as cadeias de produção; é um país com economia circular — o que significa que resíduos se tornaram insumos – , emissões de gases de efeito estufa, zeradas; um país capaz de gerar energia limpa em abundância; o Brasil é finalmente um país sem fome, com um sistema de saúde eficiente e acessível, com água limpa abundante, e florestas preservadas; com uma infraestrutura de educação, ciência e tecnologia pujante, e nos tornamos um país rico; de geradores de 2% da riqueza mundial, passamos para 15%. Algumas empresas já estão engajadas com essa visão. Mas, para chegar lá, é preciso que todos se comprometam. @Braskem