
Ano 26 - nº292 - 2025
Ano 26 - nº292 - 2025
Reuso é tendência irreversível
Empresa brasileira reúne tecnologias para atender as a service
Entendendo procedimentos privados
O Brasil enfrenta um grande desafio na universalização do abastecimento de água potável e esgotamento sanitário: o marco legal do saneamento, instituído pela Lei nº 14.026/2020, estabelece que até 31 de dezembro de 2033, 99% da população deve ter acesso à água potável e 90% aos serviços de coleta e tratamento de esgoto. Atualmente, mais de 32 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável, e cerca de 90 milhões vivem sem esgoto - apenas 52,2% do esgoto gerado no país é tratado.
Para alcançar essas metas, seriam necessários investimentos anuais de aproximadamente R$ 44,8 bilhões; nos últimos anos, o investimento médio anual no setor tem sido de cerca de R$ 20 bilhões - mais que o dobro do valor atualmente investido no setor segundo o Trata Brasil. Ou seja, para cumprir as metas de universalização, o país precisa, além de investir mais, reunir esforços conjuntos entre os setores público e privado, e uma gestão mais eficiente dos recursos disponíveis. Antes da nova legislação, apenas 5% dos municípios brasileiros eram atendidos por empresas privadas de saneamento; em quatro anos, esse cenário mudou significativamente.
A adoção de tecnologias avançadas está na agenda de públicas e privadas porque elas otimizam os processos de tratamento de água e esgoto, redução de perdas e monitoração da qualidade dos serviços. Nesta edição, você, leitor encontra um pouco do desenvolvimento dessa história, inclusive com um olhar sobre a estação de tratamento considerada Farol para o setor pelo World Economic Forum. Segurança cibernética, assunto que se entranhou no dia a dia pessoal e industrial, ganhou uma seção na C&I – qual outro assunto você acha que deveria ter esse mesmo destaque? Conta pra gente!
Esta edição chega a você no começo do ano, completando nossas conversas diárias pelas redes sociais e semanais pelas newsletters.
Boa leitura!
Feliz ano novo!
O editor.
*objetivo de desenvolvimento sustentável 6 - garantir o acesso a água potável e saneamento para todos.
Colaboraram com informações e imagens as assessorias de imprensa e marketing
30. Reuso é tendência irreversível
33. Empresa brasileira reúne tecnologias para atender as a service
37.Entendendo procedimentos privados
A VLI – companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais – finalizou o processo de captação de R$ 1 bilhão em debêntures, preparando-se para realizar investimentos na malha da Ferrovia Centro-Atlântica, previstos no processo de renovação antecipada da concessão que está em curso no Ministério dos Transportes. Os recursos serão utilizados para modernização da via permanente, construção e modernização de pátios e melhorias no material rodante que circula na FCA.
“Desde sua criação, em 2011, a VLI, dentro do seu propósito desenvolvimentista visando a transformação da logística do Brasil, já investiu mais de R$ 14 bilhões, em valores corrigidos, diretamente na FCA. Esse valor corresponde a mais do que 100% do caixa gerado na operação da concessão, sendo que o excedente de investimento foi feito com aportes de capital”
Fábio Marchiori, CEO da VLI.
Além desses valores, diversos investimentos foram realizados para a construção e a modernização de terminais integradores que conectam o modal rodoviário ao ferroviário, aumentando a eficiência da logística de grãos, açúcar, fertilizantes, celulose, insumos e produtos siderúrgicos, minérios e outras cargas diversas.
Somado a tudo isso, desde sua privatização, em 1996, a FCA já transferiu cerca de R$ 17,5 bilhões – em valores corrigidos pelo CDI/SELIC – aos cofres públicos, referentes à outorga/arrendamento da concessão, contribuindo para o desenvolvimento de outras infraestruturas da logística nacional.
“Essa captação de debêntures nos prepara para fazer novos investimentos na FCA assim que ocorrer a renovação da concessão, esperada para 2026. Novas captações só devem ocorrer após a concretização do processo, que já passou por audiência públicas”, completa Marchiori.
Na operação, o BTG Pactual, o BNDES e o ABC Brasil coordenaram a emissão, sendo que o BNDES subscreveu 50% do valor, na tranche de mais longo prazo. Ao todo, o projeto de investimento habilitado pela portaria do Ministério dos Transportes é estimado em R$ 3,9 bilhões.
Os recursos poderão ser aplicados na construção de sete pátios ferroviários, que contribuirão com a eficiência da operação na Ferrovia Centro-Atlântica. Os pátios estão localizados nos Corredores Sudeste – ligação entre o DF e os portos da Baixada Santista –e Leste, que conecta o Triângulo Mineiro aos portos do Espírito Santo.
Cerca de R$ 600 milhões poderão ser aplicados na manutenção de trilhos e dormentes em todos os corredores logísticos da FCA. O projeto também contempla a manutenção de material rodante, com a substituição planejada de mais de 6 mil unidades de
rodeiros de vagões, a um custo estimado de R$ 100 milhões.
A proposta de renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica, em análise pelo poder público, poderá gerar uma nova onda de investimentos que incluem a modernização da malha da FCA, aquisição de vagões e locomotivas e o aumento de carga transportada para segmentos de grande peso no PIB brasileiro. Além disso, há previsão de dezenas de obras de solução de conflitos urbanos, gerando impactos positivos para a economia nacional e comunidades do entorno da ferrovia.
“Após as audiências públicas realizadas no fim de 2024, fizemos alterações em nossa proposta inicial para renovação antecipada, escutando atentamente as demandas que nos foram apresentadas por diversos stakeholders relevantes. Estamos confiantes de que nossa proposta evoluiu ainda mais. Nossa estratégia é seguir conectando as estruturas da FCA aos outros negócios da VLI, atendendo de forma abrangente diversas geografias e segmentos produtivos, apoiando o crescimento de negócios nos setores primário e secundário da economia e fomentando a expansão da Balança Comercial. Ampliar nosso horizonte de atuação é essencial para mantermos investimentos”, declara Marchiori.
O CEO destaca, ainda, que, de forma isolada, a FCA é uma operação deficitária, cujos investimentos têm sido viabilizados pela sinergia e fomento de todo o ecossistema da VLI, que incorpora os terminais integradores, terminais portuários, ferramentas digitais para integração rodoviária e compartilhamento de tecnologia, P&D, custos operacionais e despesas administrativas com os outros negócios da empresa. “Nossa proposta para renovação antecipada tem por objetivo trazer um equilíbrio para o negócio, garantindo um novo ciclo com investimentos de dezenas de bilhões de reais, criação de milhares de empregos e sustentabilidade para a operação”, conclui.
Com o compromisso de investir R$ 50 milhões na classe sênior de um FIDC, a Desenvolve SP reforça sua atuação no financiamento de projetos essenciais. A Desenvolve SP anunciou o compromisso de investimento no Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) Mauá Saneamento III, gerido pela JiveMauá. Esses recursos serão direcionados ao crédito direto para empresas, com ênfase em pequenas e médias que atuam na cadeia de saneamento básico.
O FIDC conta com R$ 240 milhões em capital comprometido e segue como parte de um esforço mais amplo: a universalização do saneamento básico no Brasil até 2030, para a qual estima-se que sejam necessários aproximadamente R$ 700 bilhões em investimentos.
Com o investimento neste FIDC, a agência busca reforçar sua contribuição para a
melhoria da qualidade de vida no Estado de São Paulo, promovendo o acesso a serviços essenciais de saneamento básico, fundamentais para a saúde e bem-estar da população.
A universalização do saneamento básico é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e faz parte dos pilares da Desenvolve SP sendo fundamental para o avanço social e ambiental não só do Estado de São Paulo, mas de todo o Brasil.
O caminho que a água percorre dos mananciais até a casa dos usuários é extenso. Em todas as muitas etapas, a preocupação com a qualidade é primordial. Por isso, órgãos como a Caesb - Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal e a Adasa - Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF aprimoram constantemente suas técnicas de monitoramento. A Caesb é a responsável por tratar a água para que ela chegue aos clientes pronta para consumo.
Alessandra Momesso, Gerente de Monitoramento
da Qualidade da Água da Caesb.
“Tem que tomar conta do ciclo completo. A gente capta água nos rios, nas barragens, nas represas… Essa água captada é transportada por meio de bombeamento até a Estação de Tratamento de Água. Dentro da estação, ela passa por vários processos de tratamento.
Depois de tratada, essa água é reservada e distribuída. O pessoal consome a água, depois ela volta como efluente para as estações de tratamento de esgoto. O efluente é tratado nas estações e volta no corpo hídrico. E a gente do monitoramento de qualidade avalia todas essas etapas da água”
“A Caesb é uma empresa inovadora, tanto na parte de análise nos laboratórios quanto na parte de tratamento. Cada tipo de água exige um tipo diferente de tratamento e a Caesb tem vários tipos de tratamento, cada um adequado para a água bruta, a água que vai chegar para a gente tratar. Todos os nossos resultados são acompanhados de forma online. A gente tem equipamentos de medição online que monitoram a qualidade da água que está sendo produzida nas estações de tratamento de forma contínua”
E o parque tecnológico é constantemente atualizado: a Caesb, anualmente, faz inovação de equipamento buscando técnicas novas, buscando equipamentos novos para, cada vez mais, aprimorar os ensaios que a gente faz, atender as legislações e conseguir determinar quantidades cada vez menores
“Nesse sistema, que a gente chama de Sirh - Sistema de Informações Sobre Recursos Hídricos do DF, qualquer usuário, qualquer pessoa que esteja navegando pela internet pode acessar e visualizar os dados de qualidade da água nos pontos monitorados pela Adasa em todas as unidades hidrográficas do Distrito Federal”
Carneiro que diz são quase 80 pontos de monitoramento nas 40 unidades hidrográficas do DF.
Cláudia Simões, Gerente do Sistema Produtor de Água Centro da Caesb.
de substâncias que podem conter na água para que a população fique segura quanto ao consumo.
A qualidade dos mananciais também é aferida pela Adasa. Todas as informações sobre esse monitoramento estão disponíveis em uma plataforma online.
Gustavo Carneiro, Superintendente de Recursos Hídricos da agência.
Na última semana, o Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) e a Câmara de Comércio Internacional da China (CCOIC) promoveram um encontro entre o Escritório Apex em Pequim e empresas chinesas. O objetivo foi apresentar o ambiente de investimentos em vários setores no Brasil, apresentando os próximos passos do Novo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento e os serviços e projetos desenvolvidos na ApexBrasil. O encontro contou com a presença de 56 empresas chinesas multissetoriais das áreas de maquinário, infraestrutura e energia, incluindo investidores já ativos no Brasil, como a LiuGong e JA Solar.
Durante o evento, foi enfatizada a condição favorável para investimentos no Brasil, que se posiciona como o principal destino de investimentos estrangeiros na América Latina, especialmente com o Novo PAC, com discussões sobre os diálogos atuais entre Brasil e China, apresentados pela diretora do CCPIT, Lei Hong e o representante CCPIT no Brasil, Guo Yinghui. O gerente-geral do Escritório Ásia-Pacífico da ApexBrasil em Pequim, Victor Queiroz, apresentou soluções de investimento no Brasil, projetos de destaque da atuação da ApexBrasil na China e esclareceu dúvidas dos empresários presentes.
A Eve Air Mobility (“Eve”) (NYSE: EVEX; EVEXW) e a JetSetGo, uma empresa de fretamento de aeronaves privadas e propriedade fracionada sediada em Nova Déli, firmou um acordo para explorar e avançar o uso do Vector, a solução agnóstica de software para gerenciamento de tráfego aéreo urbano (Ur- ban ATM) da Eve, na Índia. O anúncio, feito durante a Conferência Bharat Mobility AAM hoje, torna a JetSetGo o 14º cliente do Vec- tor e seu segundo cliente na Índia, à medida que o interesse pela solução continua a crescer globalmente.
O software de Urban ATM da Eve é um elemento fundamental para a implementa ção e escalabilidade da Mobilidade Aérea Urbana (UAM). A tecnologia oferece solu ções para provedores de serviços de nave gação aérea, autoridades urbanas, operado res de frotas e vertiportos, além de outros stakeholders no ecossistema de UAM. A solução engloba coordenação de voos de UAM, suporte à automação da área ope racional dos vertiportos, gerenciamento do fluxo do espaço aéreo e gestão de confor midade.
O acordo simboliza o comprometimento da Eve com o mercado indiano e estamos entusiasmados em colaborar com a JetSetGo na gestão do tráfego aéreo urbano da região, afirma Luiz Mauad, Vice-Presidente de Serviços ao Cliente na Eve.
“Diante dos desafios da produtividade em grandes centros urbanos, agravados pelo persistente problema de congestionamento, a mobilidade aérea urbana surge como uma alternativa promissora. Essa solução tem potencial para mitigar tais questões e ainda proporcionar conexões eficientes com regiões que atualmente enfrentam dificuldades de acesso. Nesse contexto, a solução de Urban ATM da Eve se destaca como um elemento chave, possibilitando o transporte seguro e ágil em áreas de alta densidade populacional no futuro.”
“A mobilidade aérea tem o potencial transformador de remodelar a vida urbana, tornando as viagens mais rápidas, limpas e eficientes, ao mesmo tempo que enfrenta os crescentes desafios das cidades modernas. Na JetSetGo, estamos comprometidos em impulsionar essa mudança na Índia por meio da nossa colaboração com a Eve. Ao aproveitar a inovadora plataforma Vector, nosso objetivo é possibilitar a operação contínua e segura de aeronaves eVTOL no futuro. Esta tecnologia é essencial para lidar com problemas como congestionamento de tráfego, horas perdidas, poluição do ar e a necessidade de soluções de viagens ecológicas. Além disso, buscamos garantir que as soluções de UAM sejam silenciosas, seguras e amplamente aceitas pelas comunidades. Por meio dessas inovações, pretendemos melhorar a vida urbana e posicionar a Índia como líder global no futuro da aviação.”
,afirma Kanika Tekriwal, CEO e co-fundadora da JetSetGo.
Como parte do acordo, as duas empresas colaboram na promoção da mobilidade aérea urbana na Índia enquanto a JetSetGo explora novas oportunidades nesse setor. Fomentar o potencial dessa nova forma de transporte inclui preparar o espaço aéreo para viagens, além da produção e certificação das aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL).
A BAE Systems anunciou que obteve sucesso na demonstração de seu primeiro submarino autônomo de grande porte, desenvolvido especificamente para aplicações militares. O teste foi realizado na costa sul da Inglaterra, marcando um importante avanço na tecnologia de veículos submarinos autônomos.
O Herne, um Veículo Subaquático Autônomo de Grande Escala (XLAUV), foi projetado para aprimorar a capacidade das Forças Armadas de monitorar e proteger infraestruturas subaquáticas em vastas áreas do fundo do mar, além de apoiar operações de guerra antissubmarino e realizar missões de vigilância clandestina. O submarino foi configurado pela BAE Systems para oferecer uma solução
autônoma robusta e eficiente, que elimina a necessidade de plataformas tripuladas em condições extremas.
Durante os testes realizados no início deste mês, o Herne executou com sucesso uma missão de informação, vigilância e reconhecimento, utilizando o avançado sistema de controle autônomo Nautomate, desenvolvido pela própria BAE Systems. Este sistema de alta performance não depende de plataforma e permite a operação autônoma em uma ampla gama de cenários marítimos. O teste também segue os ensaios bem-sucedidos realizados em embarcações de superfície no início do ano.
Com a capacidade de ser integrado tanto em embarcações novas quanto em platafor-
mas já existentes, o Herne proporciona uma solução econômica para expandir as capacidades autônomas das forças armadas. A tecnologia oferece maior escala, continuidade e persistência nas missões, ao mesmo tempo em que elimina a necessidade de tripulação humana em ambientes hostis. Isso libera recursos valiosos para funções mais estratégicas.
Uma das principais vantagens do Herne é sua capacidade de patrulhar por períodos muito mais longos do que alternativas tripuladas, já que não necessita de reabastecimento nem de sistemas de suporte à vida. Além disso, a plataforma pode ser atualizada conforme novas tecnologias ou necessidades operacionais, graças à sua arquitetura aberta e flexível, que permite a adição de módulos de missão.
A BAE Systems trabalhou em colaboração com a empresa canadense Cellula Robotics para fornecer a configuração de demonstração do Herne XLAUV. A parceria resultou em um desenvolvimento rápido, transformando a tecnologia de um conceito inicial em uma solução operacional no mar em apenas 11 meses.
“O Herne representa um verdadeiro marco no campo de batalha submarino. Ele oferece uma capacidade autônoma de alto valor para nossos clientes, permitindo uma ampla gama de missões, reduzindo a dependência de plataformas tripuladas e, ao mesmo tempo, mantendo as pessoas fora de perigo e ampliando a continuidade das operações.”
Scott Jamieson, diretor-geral de Serviços Marítimos da BAE Systems.
A Fórmula-E anunciu que a Maserati se comprometeu a seguir por mais quatro anos como construtora no Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula-E, assegurando sua participação na muito aguardada era GEN4. Esta decisão garante que os carros com motorização Stellantis permanecerão no grid da Fórmula E até a Temporada 16 (2029/30).
Com um legado rico que abrange mais de uma década, a Stellantis Motorsport tem estado na vanguarda do desenvolvimento de trens-de-força de ponta e com elevada eficiência para as equipes DS PENSKE e Maserati
MSG Racing da Fórmula E, ao longo da GEN3 e na era da GEN3 Evo. A continuação do envolvimento da Maserati para a GEN4 reforça a sua dedicação em alavancar a Fórmula-E como uma plataforma relevante para o avanço das tecnologias elétricas para as ruas, garantindo que o campeonato continua a ser um laboratório de inovação e desempenho sustentáveis.
GEN4 representa a próxima geração da tecnologia da Fórmula E, e estreia na Temporada 13 (2026/27) com um carro totalmente novo indo para a pista. Ele promete inovações revolucionárias, incluindo capacidade de regeneração de até 700 kW, aumento de potência para até 600 kW (equivalente a 815 cavalos) e uso de segurança de ponta. Esses avanços fornecerão um novo desafio dinâmico para os fabricantes, ao mesmo tempo em que oferecem insights para acelerar o desenvolvimento de veículos elétricos de rua.
Conforme a Fórmula-E entra na era GEN4, os fãs podem se preparar para testemunhar os carros mais rápidos, mais energeticamente eficientes e mais avançados tecnologicamente na história do campeonato. Com a Maserati se tornando o quinto fabricante entre outras marcas de liderança global, este próximo capítulo emocionante continuará a estabelecer a Fórmula E como pioneira no automobilismo elétrico e catalisadora da inovação na indústria automotiva.
“Estamos entusiasmados por confirmar o compromisso contínuo da Maserati com o Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E, inscrevendo-se na era GEN4 juntamente com a Stellantis Motorsport. Ambos têm sido uma parte valiosa do nosso campeonato e têm demonstrado desempenho notável em pista, ao mesmo tempo que impulsionam a tecnologia de veículos elétricos que beneficia seus clientes nas ruas. Seu envolvimento contínuo, juntamente com outros OEM globais, como a Nissan, a Jaguar, a Porsche e a Lola, é a prova do estatuto da Fórmula E como uma plataforma competitiva e relevante para o futuro da mobilidade eléctrica. Mal podemos esperar para ver a Casa do Tridente continuar a sua viagem com a Fórmula E e entrar numa nova era de desempenho melhorado, inovação e ação em pista.”
Jeff Dodds, Diretor Executivo da Fórmula-E.
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Shane Novacek - Marketing Communications Manager North America, Beckhoff Automation
Bárbara Barreiros - Coordenadora de Marketing, Beckhoff Brasil
As estações de tratamento de águas residuais, como o Upper Blackstone Water Pollution Abatement District, removem contaminantes nocivos das águas residuais antes que sejam liberados no meio ambiente.
Plataforma de controle baseado em PC otimiza a dosagem de produtos para tratamento de água
A água limpa é essencial tanto para áreas de consumo quanto comerciais, incluindo inúmeras aplicações industriais, como mineração, refino de petróleo e remediação de águas subterrâneas, além de aplicações residenciais. A Environmental Operating Solutions (EOSi), uma fornecedora de produtos e serviços utilizados no tratamento de água, evoluiu seu modelo de negócios para incluir o sistema de controle Nitrack®, que agrega valor aos operadores de plantas ao otimizar a dosagem de suplementos de carbono. O primeiro sistema de controle baseado em PC utilizado nesta área é ideal para suportar funções como o acesso remoto aos processos em plantas convencionais.
O Panel PC multi-touch CP2216 da Beckhoff executa o software HMI da EOSi e o software TwinCAT PLC
EtherCAT e tecnologia de controle baseado em PC estabelecendo padrões em todo o mundo: todos os componentes para IPC, E/S, motion e automação marcos na automação em escala global estabelecidos: Sistema Lightbus, Bus Terminal, software de automação TwinCAT escalabilidade máxima e sistemas de automação abertos com base na rede de alto desempenho EtherCAT integração de todas as funções essenciais da máquina e do sistema em uma única plataforma de controle soluções de automação universal para mais de 20 indústrias: desde máquinas-ferramentas controladas por CNC até sistemas inteligentes de controle predial.
A Environmental Operating Solutions Inc., com sede em Bourne, Massachusetts, fornece soluções sustentáveis e serviços técnicos para a remoção de contaminantes biológicos em sistemas de tratamento de água e efluentes nos EUA e no Canadá desde 2003.
O presidente Samuel Ledwell descreve o principal negócio da empresa da seguinte forma: “Atualmente, fornecemos soluções seguras, eficazes e ambientalmente sustentáveis para mais de 550 estações de tratamento de efluentes.”
A linha MicroC® de fontes suplementares de carbono constitui a base do portfólio da EOSi e representa uma opção não perigosa e ambientalmente sustentável para remover contaminantes, como nitrogênio, fósforo, selênio e perclorato, entre outros, de águas residuais. Os produtos MicroC® contêm diversas fontes suplementares de carbono à base de carboidratos, álcool e glicerina, que servem como nutrientes para os microrganismos presentes no lodo utilizado no tratamento biológico de águas residuais. Esses produtos passam pelos mais rigorosos processos de controle de qualidade.
Controle baseado em PC oferece alternativas aos modelos de vendas tradicionais
“Manter a conformidade regulatória com o menor custo possível é um objetivo co -
O Nitrack® da EOSi integra o primeiro controlador baseado em PC utilizado para monitorar a remoção biológica de nutrientes no tratamento de águas residuais
mum para nossos clientes”, afirma Samuel Ledwell. Cerca de cinco anos atrás, a EOSi iniciou uma nova iniciativa para ajudar seus clientes a otimizarem ainda mais o uso dos produtos MicroC®. Isso evoluiu para oferecer e, posteriormente, desenvolver seus próprios equipamentos de monitoramento e controle de dosagem de produtos. Além disso, os engenheiros de processos da EOSi desenvolvem estratégias de controle personalizadas para as configurações específicas dos processos de seus clientes e oferecem serviços para ajudar a monitorar o desempe -
nho das plantas.
O Nitrack® é o primeiro sistema de controle baseado em PC usado para monitorar e controlar a remoção biológica de nutrientes no tratamento de águas residuais. Ele coleta dados de sensores de uma infinidade de entradas e usa essas informações para controlar e otimizar um número ilimitado de processos de tratamento. O sistema Nitrack® calcula a dosagem adequada do MicroC® com base, por exemplo, na quantidade de nutrientes presente no sistema de águas residuais em comparação com a concentraçãoalvo no ponto final. O sistema Nitrack® apresenta uma ampla gama de soluções de controle baseadas em PC da Beckhoff, facilitando a integração simples nas instalações dos clientes, além de melhorias tanto na capacidade de processamento quanto nas opções de conectividade remota. A funcionalidade de conectividade remota permite o monitoramento da planta de forma independente do local, seja pelos especialistas da EOSi ou pelos próprios operadores. No entanto, isso também exige requisitos especiais de conectividade que os sistemas de controle de processo convencionais geralmente não conseguem atender.
Controle baseado em PC encontra a relação certa entre custo e desempenho
Ao projetar o sistema Nitrack®, a EOSi queria minimizar a quantidade de hardware necessária para controlar remotamente certos aspectos do processo de tratamento. Os sistemas baseados em PC fornecidos pela Beckhoff ofereceram a relação ideal de custo-benefício para atender às suas necessidades e estavam equipados com as interfaces de comunicação necessárias.
Randy Pulsifer, Gerente de Automação e Instrumentação, explica: “O principal objetivo aqui era desenvolver a tecnologia Nitrack® em uma plataforma econômica que permitisse à nossa equipe de engenheiros se comunicar abertamente com os sistemas
de controle dos clientes e, ao mesmo tempo, ter o benefício adicional de usar software padrão de PC, em vez de ser limitado a softwares que só podem rodar em sistemas PLC industriais.”
O núcleo do sistema de controle da Beckhoff é um CP2216 Panel PC multi-touch, que oferece um processador Intel® Celeron® dual-core de 2,2 GHz em um formato compacto, com customização de marca para a EOSi. Pulsifer observa: “Obtemos uma visibilidade de HMI muito maior do que antes com o formato widescreen de 15,6 polegadas, e o dispositivo se integra perfeitamente ao nosso software de HMI.” O Panel PC também executa o software de automação TwinCAT para gerenciar as saídas do controlador usadas em funções de processos importantes, como velocidades das bombas. Terminais EtherCAT transmitem variáveis de processo e outras informações da planta para o IPC C6920, que, então, envia os dados ao sistema SCADA da planta, permitindo o processamento necessário para a otimização contínua dos processos de tratamento.
“A flexibilidade é a chave para o sucesso da iniciativa Nitrack®. Considerando o longo ciclo de vida dos sistemas de tratamento de água, a capacidade de integrar os sistemas EOSi de forma simples em plantas de todos os tipos é vital para aumentar o valor
do produto para os clientes”, explica Pulsifer.
“Com o sistema EtherCAT, temos a capacidade de manter nossa plataforma de controle estática e alterar o equipamento de I/O distribuído conforme ditam as necessidades das instalações dos clientes.” Além de melhorar a conectividade e a disponibilidade de dados, o servidor TwinCAT TCP/IP desempenha um papel importante no processo de implementação, dada a natureza variada dos equipamentos utilizados nas plantas dos clientes da EOSi.
Outro fator importante na área de serviços públicos é a segurança: o sistema se integra diretamente nos sistemas SCADA das plantas existentes, permanecendo em uma rede independente e segura.
Flexibilidade do controlador: de retrofits a futuros projetos de plantas
A EOSi está satisfeita com o sistema Nitrack®. “O design usado em nosso sistema antigo só podia controlar um elemento do processo de tratamento. Em nossa primeira instalação do Nitrack® em uma estação municipal de tratamento de água, controlamos quatro elementos, assim como o HMI, sem sobrecarregar a CPU do PC industrial. Podemos facilmente adicionar mais elementos de controle, se necessário. Esse desempenho robusto do controle baseado em PC é um grande facilitador para nossos planos de expandir o escopo das instalações do Nitrack®”, conclui Samuel Ledwell.
Dr. Peter Wenzel - Diretor Executivo, PROFIBUS Nutzerorganisation eV.
Padrões abertos e independentes do fabricante foram e são essenciais para interfaces em sistemas técnicos. Isso se aplica em particular à automação industrial, onde o PROFIBUS foi um dos primeiros padrões a ser usado. A fundação da Organização de Usuários do PROFIBUS (PNO) em 11 de dezembro de 1989 foi precedida por uma iniciativa do governo alemão, que na época visava fortalecer a tecnologia da informação na Alemanha e dentro da estrutura da qual o projeto “Fieldbus” financiado publicamente foi lançado com o objetivo de fornecer um sistema de comunicação independente do fabricante aberto e padronizado, no qual a primeira versão do PROFIBUS foi criada. Devido ao seu sucesso, empresas líderes e institutos de pesquisa fundaram a PNO com o apoio do ZVEI para garantir o desenvolvimento, padronização e distribuição internacional do PROFIBUS a longo prazo. Para fortalecer o desenvolvimento da tecnologia e dar suporte à distribuição internacional, a PROFIBUS International (PI) foi fundada, consistindo hoje de 24 Associações Regionais de PI.
Este objetivo foi alcançado em uma extensão ainda maior do que os membros fundadores esperavam no início da existência do PNO, já que o PROFIBUS ainda é o líder
mundial de mercado em sistemas fieldbus clássicos hoje, o que é demonstrado de forma impressionante pelos produtos autenticados lançados no mercado a cada ano. Isso se deve ao desenvolvimento persistente com base nos requisitos do usuário. Com a tendência para Ethernet na automação, o PNO concluiu com sucesso uma mudança de paradigma para o benefício de fabricantes e usuários, mesmo após 10 anos de PROFIBUS com a introdução do PROFINET em 2001. Este foi um passo importante em direção à comunicação vertical, que é um pré-requisito para a digitalização eficiente.
O IO-Link, um sistema de comunicação aberto que ainda não tem concorrente, foi desenvolvido para integrar inteligência em sensores de automação de produção. Tanto o PROFINET quanto o IO-Link são líderes no mercado global, como evidenciado não apenas pela contagem autenticada pelo PI, mas também por outras pesquisas de mercado. Há uma série de projetos de tecnologia e marketing extremamente importantes que consolidaram seu sucesso de longo prazo. Primeiramente, três marcos importantes devem ser mencionados aqui com relação aos campos de aplicação. Isso inclui a introdução do perfil para dispositivos PA, permitin-
do que o PROFIBUS e o PROFINET ganhem uma posição na automação de processos. Além disso, a expansão da comunicação para incluir recursos como as chamadas funções DP-V2 para PROFIBUS e IRT para PROFINET, que permitem o uso em controle de movimento, juntamente com a especificação do perfil PROFIdrive, no qual as funções dos drives foram padronizadas. Por último, mas não menos importante, o PROFIBUS e o PROFINET também atenderam aos requisitos industriais de segurança com a especificação do PROFIsafe.
PROFIBUS e PROFINET são os únicos sistemas de comunicação que cobrem todo o espectro da automação industrial, desde a automação da produção até a automação de processos e aplicações de controle de movimento, incluindo segurança. O desafio aqui era e é “reconciliar” os requisitos muito diferentes e criar um sistema de comunicação que seja enxuto o suficiente para ser implementado em produtos e, ao mesmo tempo, atender aos requisitos dos diferentes campos de aplicação. Um desafio particular com a introdução do PROFINET foi convencer os fabricantes, que na época tinham vendas crescentes de produtos PROFIBUS, dos benefícios adicionais de longo prazo da integração do PROFINET em seus produtos.
No entanto, a medida para uma implementação abrangente da Indústria 4.0 está diretamente relacionada aos dois fatores de digitalização consistente e troca de dados e informações horizontais e verticais padronizadas. Com o PROFINET, a PI fornece uma tecnologia de comunicação robusta e em tempo real para OT e uma plataforma poderosa e segura para comunicação vertical para troca de dados com controle de produção por meio de serviços em nuvem. Formatos de dados padronizados desempenham um papel fundamental aqui. Portanto, era lógico para a PI desenvolver esses aspectos em cooperação com a OPC Foundation. Isso resultou em uma série de padrões complementares nos quais modelos de informações abertas são especificados.
Produção altamente automatizada não é possível sem robótica. No entanto, robôs são controlados por PLCs ou PCs industriais para executar etapas de produção. SRCI fornece uma interface aberta com comandos padronizados para que robôs de qualquer fabricante possam ser controlados especificamente por controladores de qualquer fornecedor sem trabalho de programação extensivo.
O ambiente alterado trazido pela digitalização alterou significativamente o foco em termos de desenvolvimentos tecnológicos. Por um lado, o forte foco na comunicação deu lugar a uma maior amplitude temática, que, além da visão da comunicação, se refere a diferentes aspectos de aplicação, bem como adota uma perspectiva de nível cruzado.
Por exemplo, o PI assumiu a hospedagem do omlox, uma tecnologia de posicionamento para aplicações internas que ajuda a aumentar a eficiência da produção industrial. Aumentar a flexibilidade de instalações de produção complexas ao trocar produtos pode ser aprimorado por um design modular da instalação de produção, pois isso reduz significativamente os custos de engenharia.
A NAMUR e a ZVEI confiaram ao PI a hospedagem do desenvolvimento posterior da tecnologia MTP (Module Type Package). O MTP pode ser usado para criar um sistema modular que consiste em elementos de interface padronizados e sua descrição semântica. Os MTPs contêm uma descrição funcional neutra do fabricante que pode ser usada para integrar módulos de processo no nível de orquestração.
A digitalização depende de uma comunicação vertical eficiente e segura que não afete os processos de automação. Para permitir a convergência estruturada de sistemas de TI e OT necessária para isso, a NAMUR e a ZVEI elaboraram requisitos para a NOA (Namur Open Architecture). O objetivo da NOA é fornecer um canal padronizado para a transmissão de dados digitais necessários em um segundo canal paralelo do campo para fins de otimização de processos e manutenção
preditiva. A NAMUR e a ZVEI confiaram a hospedagem da NOA à PI.
A segurança está desempenhando um papel cada vez mais importante na comunicação baseada em Ethernet e está se tornando um fator estratégico no desenvolvimento de produtos das empresas. Um desafio atual é atender aos requisitos de segurança que cresceram rapidamente nos últimos anos. A PI iniciou atividades correspondentes nos grupos de trabalho. Por um lado, extensões correspondentes foram implementadas na especificação PROFINET. A PI também está no processo de expandir o teste de certificação para PROFINET para incluir cenários de teste de segurança PROFINET (incluindo as classes de segurança).
Por meio de diálogo contínuo com os usuários, os especialistas em PI garantem que sugestões para aprimoramentos funcionais, melhorias e otimização das tecnologias se -
jam levadas aos grupos de trabalho relevantes para que medidas apropriadas e trabalho de implementação possam ser tomados. Este princípio é uma das bases para o sucesso de longo prazo das tecnologias.
Um dos motivos do sucesso do PI é que ele estabeleceu Centros de Competência, Centros de Treinamento e laboratórios de testes que oferecem serviços voltados para a respectiva região para a implementação e aplicação de tecnologias, treinamento de qualidade para usuários e garantia de qualidade do produto.
O principal meio de garantir a interoperabilidade de produtos de diferentes fabricantes é o sistema de certificação estabelecido, que inclui um comitê com vários grupos de trabalho que traduzem os requisitos acordados em marketing em especificações de teste, a implementação de ferramentas de teste controladas por grupos de especialistas e laboratórios de teste aprovados que testam produtos para conformidade com as especificações usando ferramentas de teste aprovadas. Isso é ladeado pela implementação regular de plugfests.
O estabelecimento de poderosos grupos de trabalho de marketing e a decisão de estabelecer organizações regionais em todos os continentes, que podem alinhar perfeitamente o marketing com as necessidades regionais, foram fatores decisivos na expansão global.
Impulsionado pela digitalização, o PROFINET continuará a moldar o futuro da automação industrial. Hoje, o PROFINET já tem uma ampla gama de funções para dar suporte tanto à tarefa de automação, por exemplo, em termos de capacidade em tempo real, quanto à comunicação vertical, por exemplo, por meio das Especificações Complementares. Essa funcionalidade é expandida com base em novos requisitos do usuário e usando novas tecnologias disponíveis. Exemplos incluem SPE/APL, TSN e PLCs virtuais. O objetivo aqui é tornar a digitalização da automação concreta e o mais fácil de manusear possível.
O produto chama-se TOPSUN e é adequado para usinas solares de pequeno, médio e grande porte. Ela fornece uma superfície antiaderente, repelente à água. A principal característica de inovação tecnológica do produto é a reflexão de ondas de calor, que pode evitar a degradação do painel, bem como reduzir a temperatura da superfície do módulo em 5 °C em média. Essa redução da temperatura potencializa a eficiência energética dos módulos fotovoltaicos.
Uma vez aplicado aos painéis, pode reduzir o consumo de água durante a limpeza em até 90%, já que deixa uma película protetora que não apenas reduz o acúmulo de sujeira, mas também bloqueia a luz UVB e IR, permitindo a passagem do espectro visível e faixa do UVA. Ele também protege os componentes plásticos dos painéis contra a deterioração causada pelo uso de produtos de limpeza inadequados, como detergentes neutros.
A solução compreende duas etapas. Na etapa I, o produto limpa a superfície sem degradar o painel e prepara para a etapa II. Este primer dura 14 dias. O componente da etapa II é aplicado posteriormente para formar um filme de revestimento protetor que fornece os efeitos térmicos e anti sujeira por até 90 dias.
O produto tem dois componentes e é fabricado usando matérias-primas de origem
nacional, no Brasil. O processo de formulação também incorpora insumos de processos de reciclagem química. Os ingredientes ativos são processados durante a fabricação em nanocristais, nanofios e microcristais.
O produto pode ser aplicado manualmente, semi-roboticamente e roboticamente. Os produtos de revestimento antissujeira e antitérmico estão sendo produzidos em laboratório, mas devem ser fabricados em escala industrial breve. A invenção evoluiu para uma startup, um spin-off da Nutec (Centro de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará), localizado na Universidade Federal do Ceará. A startup foi incubada em 2017 e graduada em 2019 pelo Instituto de Ciência e Tecnologia do Ceará.
O desempenho do produto foi examinado em um artigo apresentados no Encontro Regional Íbero-Americano do CIGRE 2023, intitulado “Análise Comparativa da Eficiência na Limpeza Nanotecnológica de Painéis Fotovoltaicos”.
O processo de formulação permanece confidencial como um segredo industrial registrado pelo inventor, Ismael Mendes, que é pesquisador cearense, CEO da Startup de nanotecnologia QNQNEOINDUSTRIA.
O TOPSUN já foi aprovado pela Anvisa e seu desenvolvedor pretende enviá-lo para obter a certificação da norma europeia EN 61215 no Instituto Fraunhofer.
O que são Atuadores Elétricos?
Atuadores elétricos são dispositivos que transformam energia elétrica em movimento mecânico, sendo usados para empurrar, puxar, girar ou posicionar. Eles são a força motriz em sistemas de automação e controle.
São compostos por um motor elétrico com um conjunto de engrenagens. Eles disponibilizam uma elevada faixa de torque de saída para controle de válvulas. A operação pode ser em válvulas com deslocamento linear e multivoltas ou giro parcial.
São conhecidos por sua precisão e eficiência, e podem ser programados para realizar tarefas complexas com alta repetibilidade.
Os atuadores elétricos podem ser operados à distância, permitindo uma gama de movimentos remotos. Eles podem ser acionados diretamente no aparelho ou remotamente, de forma manual ou programável.
Em 1982 a Smar lança Atuadores elétricos nos modelos AR, AD e AL. Equipamentos eletromecânicos que substituem com alta confiabilidade a operação manual de válvulas em:
- Locais de difícil acesso ou periculosidade elevada para o operador;
- Casos que demandam conjugado de atuação elevado;
- Condições onde for requerido posicionamento rápido, especialmente em válvulas cujo número total de voltas seja grande;
- Regime de trabalho com alta frequência de manobras;
- Controle automático de processos onde as válvulas operam em duas posições extre -
mas ou com reposicionamentos intermediários;
- Projetados e construídos sob critérios especiais, apresentando como características:
• Simplicidade de funcionamento;
• Robustez;
• Longa durabilidade;
• Facilidade de manutenção;
• Grau de proteção IP55.
Necessidade de evoluir
• Torque até 180Nm sem redutor
• Grau de proteção IP55
• Controle de posição analógico
• Peso 60Kg
Características do AC500
• Configuração não intrusiva via interface local ou Wi-Fi;
• Válvula quarto de volta para torque até 2000Nm;
• Válvula multivoltas para torque até 400Nm;
• Válvula linear com força até 100KN;
• Invólucro elétrico IP66 e IP68;
• Comunicação HART;
• À prova de explosão;
• Display Backlight LCD;
• Operação manual com volante e alavanca de engate com trava. Desengate automático na partida do motor e proteção de giro durante a operação elétrica;
• Caixa de engrenagens lubrificada em banho de óleo;
• Tipo de controle: ON/OFF e Modulante.
• Torque até 2000Nm sem redutor
• Grau de proteção IP66/68
• Controle de posição digital
• Peso 30Kg
Atualmente estamos em um momento de rápida evolução tecnológica e mudança nas malhas energéticas que podem levar a uma mudança para maior uso de atuadores elétricos.
Essa necessidade impulsionou o desenvolvimento de uma nova linha de atuadores elétricos, com um projeto compacto e leve, atendendo uma ampla faixa de torque que possibilite uma grande facilidade de comissionamento na maioria dos atuadores.
O AC500 será o principal instrumento para controle final na solução dos desafios das plantas de saneamento. Compacto, robusto, configurável e inteligente com opções para controle on/off e modulação contínua.
O Sistema de Controle e Automação Nova
Smar para aplicações de saneamento, trará a ajuda necessária para alcançar a excelência operacional, minimizando o uso de energia e aprimorando a confiabilidade do equipamento e a eficácia do operador.
Alojado na menor e mais leve carcaça do mercado, com as seguintes principais características:
• Mesma carcaça para opções de ação de válvulas multivoltas, linear e giro parcial;
• Torque até 2000Nm sem necessidade do uso de redutores;
• Grau de proteção IP66 e IP68;
• Certificação à prova de explosão.
Os ODSs – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 e 13 abordam a água e as mudanças climáticas, respectivamente. E eles se entrelaçam: a crise climática pode exacerbar a escassez de água. Portanto, água potável e saneamento devem estar entre as prioridades de todos para garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e de seu descarte é uma forma de aumentar a sustentabilidade.
todo o mundo precisarão ser mais criativas na maneira como gerenciam, conservam e protegem as fontes de água nos próximos anos.
Para isso, é importante desenvolver estratégias de adaptação, investir em tecnologias e infraestrutura; gerenciar melhor a água que se tem e encontrar novas fontes, em um contexto de mudanças climáticas que aumentam a incidência da seca. O Pnuma - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente apoia estes esforços desde a purificação de esgoto até a semeadura de nuvens porque reconhece que o planeta está à beira de uma iminente crise hídrica que pode deixar dois terços da humanidade sem água. Já 2,4 bilhões de pessoas vivem em países com estresse hídrico - países definidos como nações que retiram 25% ou mais de seus recursos renováveis de água doce para atender à demanda de água. A escassez de água se torna uma questão crítica para um número cada vez maior de países e as nações em
O aproveitamento de águas residuais é uma das opções a se explorar, mas apenas 58% passam por tratamento seguro em todo o mundo. As águas residuais muitas vezes não são reutilizadas devido a temores sobre contágios, microplásticos e medicamentos, mas com as políticas e tecnologias certas, elas podem ser aproveitadas com segurança. A desinfecção da água tratada garante sua qualidade e o tratamento eficiente de efluentes municipais e industriais preserva recursos hídricos além de proteger o meio ambiente. No Brasil, o potencial desse mercado em 2024 era estimado em US$ 61,5 bilhões, podendo chegar em 2029 a US$ 85,3 bilhões.
A referência mundial para uma economia circular da água é Singapura onde a escassez de recursos naturais e a alta densidade populacional levaram o país a desenvolver soluções pioneiras que integram tecnologias disruptivas, automação e inovações no tratamento de água e efluentes. A economia circular da água em Singapura se baseia na maximização do reaproveitamento da água
residual, reduzindo o desperdício e promovendo a sustentabilidade. O conceito inclui Reuso de Água Tratada - efluentes tratados retornam às atividades industriais, à agricultura e ao abastecimento público; Minimização de Perdas; e Produção de Energia a Partir de Resíduos - uso de lodo e outros resíduos orgânicos para gerar energia.
O NEWater é o programa de água de reuso de Singapura, que se utiliza de Osmose reversa com controle automatizado para manter alta eficiência. O Public Utilities Board (PUB) implementou sensores IoT em sua infraestrutura, reduzindo vazamentos em mais de 10% e aumentando a eficiência operacional.
O Brasil já dispõe de tecnologias para aproveitar a água de reuso, com técnicas que vão da utilização do lodo do esgoto na produção de fertilizantes e geração de energia até filtragem mais eficiente para obter água potável. E o país tem um projeto referência mundial no reuso industrial, o Aquapolo, maior empreendimento de água reciclada da América Latina que, inserido no conceito maior de sustentabilidade, trabalhou para atingir 100% de energia renovável em sua operação, reduzindo assim em 60% sua pegada de carbono e atinge meta por descarbonização prevista para final de 2025.
O Aquapolo tem capacidade de produzir até 1.000 litros de água reciclada por segundo, o equivalente ao consumo diário de uma cidade de 500 mil habitantes.
No Brasil, a água de reuso é aplicada há algum tempo para finalidades não potáveis como irrigação agrícola e paisagística, limpeza urbana, lavagem de veículos e instalações sanitárias: o agravamento do sistema de abastecimento de água no Sistema Cantareira fez com esse assunto fosse retomado em 2014. Em 2023, entrou em vigor a Lei 14.546, que estabelece medidas de prevenção a desperdícios, de aproveitamento das águas de chuva e de reuso não potável das águas cinzas - efluentes gerados após a utilização de recursos hídricos por uma residência, exceto esgoto sanitário. Também é permita a comercialização da água de reuso das ETEs operadas por empresas públicas ou privadas que tratam esgotos sanitários, excluindo aquelas implantadas por estabelecimentos comerciais e industriais. O produtor de água de reuso deve submeter solicitação prévia, obter junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), o licenciamento da atividade e parecer técnico, bem como à Vigilância Sanitária Municipal, para licenciamento no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária.
As normas brasileiras envolvidas são: CONAMA Resolução 54/2005: Define parâmetros de qualidade e especificações para o reuso de água; ABNT NBR 13969: Estabelece critérios para o uso de efluentes tratados, focando na proteção da saúde pública e do meio ambiente; ANA - Resolução 91/2013: Regula o uso de água de reuso para fins não potáveis; Decreto Federal nº 10.710/2021: Estabelece as diretrizes para o reuso em sistemas públicos e privados. Também existem normas internacionais como a Diretiva Europeia 2020/741: Regula o uso de água de reuso na agricultura; EPA Guidelines (EUA), que define os padrões para reutilização de água em diferentes aplicações; e ISO 20426:2018: que são diretrizes para reuso de água em processos industriais e urbanos. Já são muitos os projetos industriais de sucesso e alguns que incluem reuso para água potável, como o da Sabesp e Poli-USP que se uniram em um projeto cuja estação pilo -
to será implantada na Estação de Tratamento de Esgotos ABC (ETE ABC) da Sabesp, na cidade de São Paulo, por meio de termo cooperação técnica assinado em 2024 com a Companhia. Essa estação irá tratar esgoto bruto da ETE e produzirá água purificada com padrão de potabilidade.
Projeto conceitual da planta de purificação de água da estação Hwaseong AI
O Fórum Econômico Mundial reconheceu, em dezembro de 2023, a Planta de Purificação de Água de Hwaseong, operada pela Korea Water Resources Corporation (K-water), como integrante da Global Lighthouse Network. Esta rede destaca instalações que lideram a aplicação de tecnologias da Quarta Revolução Industrial para transformar a manufatura e promover a sustentabilidade.
@K-water
Estação de purificação de água inteligente baseada em IA, Estação de Purificação de Água de Hwaseong
A Planta de Hwaseong foi reconhecida por sua adoção de tecnologias 4.0, se posicionando como uma referência no setor de recursos hídricos. A Planta opera autonomamente utilizando tecnologias de inteligência artificial baseadas em big data com análise em tempo real de dados operacionais e a previsão de operações ideais através de algoritmos de IA.
O sistema de operação baseado em IA para a Estação de Purificação de Água de Hwaseong foi concluído em 2022 e a K-water planeja replicar essa tecnologia em 42 estações até 2030.
A FluidFeeder, fundada em 1997 por profissionais com longa experiência no setor de tratamento de água, representava comercialmente a área de equipamentos e serviços para tratamento de água da ATI Analytical Technology – recém adquirida pelo grupo Badger Meter, cujo foco tem sido ao longo dos seus mais de 100 anos de existência a tecnologia de medição de vazão quantitativa. A compra da ATI foi motivada porque o grupo queria ampliar seu escopo e ser líder do mercado mundial de medição quantitativa e qualitativa de líquidos e gases. A ATI fabrica sensores e sondas para medição qualitativa - medição de cloro, ph, Fluor, oxigênio dissolvido etc. O grupo adquiriu ainda em 2020 uma empresa austríaca com inovação no seu DNA, a s::can GmbH, uma fornecedora de sistemas de monitoramento da qualidade da água especializada em soluções de detecção óptica de medição em tempo real de uma variedade de parâmetros em água e águas residuais utilizando sistemas de monitoramento em linha. Ao contrário dos testes tradicionais de qualidade da água, as soluções da s::can capturam dados em tempo real por meio de sensores e sistemas que não dependem de reagentes e outros consumíveis, resultando em menores custos de capital e operação. Suas sondas medem grandezas orgânicas – oxigênio dissolvido, demanda química e biológica de oxigênio, carbonos orgânicos totais, traços de hidrocarbonetos na água e muito mais.
Então, a FluidFeeder está apta a medir tanto a quantidade como a qualidade de água, esgoto e efluentes domésticos e industriais, mas não só isso. O grupo que a Fluid Feeder
representa realizou nove aquisições com um valor médio de aquisição de $34,7M desde 2010, incluindo empresas de softwares para suportar a captura, tratamento, análise e armazenamento desses dados.
Um hidrofone faz a correlação aprimorada e os dados acústicos constroem uma imagem detalhada da tubulação principal monitorada ao longo da vida útil da implantação, fornecendo detecção permanente de vazamentos, sem nenhuma das interrupções associadas aos métodos de pesquisa geral.
A aquisição mais recente da Badger Meter foi a Syrinix, em 2023, por US$ 18,1 milhões. A Syrinix é uma provedora de soluções de hardware e software de monitoramento de rede de água cuja solução de hardware é o PipeMinder, que coleta tensões de rede, pressão, picos negativos e detecta vazamentos. A solução fornece uma plataforma de
nuvem para análise e painel de dados para insights acionáveis e inclui sensor para monitoramento de rede em tempo real e gerenciamento de risco ativo.
Dessa forma, em 2024, a FluidFeeder passou a oferecer um conjunto unificado e conectado de soluções da Badger Meter.
A FluidFeeder conta com o suporte de suas representadas, uma equipe global que agrega conhecimento especializado em produtos, software e serviços disponíveis para melhorar a eficiência operacional e criar resiliência, com base nas necessidades específicas dos clientes.
“Ouvimos nossos clientes e construímos um sistema adaptado para dar suporte às suas necessidades,” afirma Oliver.
“É uma solução que vai além da venda de um equipamento ou software; ele entrega o resultado da captura, gestão e análise dos dados capturados em um sistema As a Service. Somos representantes desse grupo, mas somos também fabricantes de sistemas de dosagens de líquidos e gases. Somos cadastrados em todas as companhias de saneamento em sistemas de dosagens de líquidos como dosagem de cloro – que já tem boa base instalada no país. Também nossos controladores de odores estão bem-posicionados no Brasil porque ele dá suporte à proteção ambiental já que no saneamento também podem ocorrer fuga de vários gases – isso pede um sistema de exaustão e um lavador de gás cloro, sulfeto de hidrogênio. Para saneamento, mas também para indústriasfornecemos lavadores de gases para a Marinha e a INB, Heineken e outras. A FluidFeeder tem sensores para todos os tipos de gás, além de uma linha de analítica. Por nossa inserção nesses mercados é que fomos escolhidos pelo grupo Badger Meter, temos soluções para unir todas essas tecnologias. Fazemos o projeto, instamos, fazemos assistência técnica e manutenção. Temos alguns contratos de manutenção que se responsabiliza pelo dia a dia dos cuidados”
Francisco Carlos Oliver, Diretor industrial da FluidFeeder.
A cidade de Columbia, na Carolina do Sul, buscou melhorar o atendimento ao cliente e tornar as operações de serviços públicos mais proativas, ao mesmo tempo em que apoiava iniciativas de sustentabilidade e cidades inteligentes no futuro.
A cidade desenvolveu uma visão cuidadosamente elaborada para seu futuro, visando fornecer serviços municipais eficientes, confiáveis e responsivos para seus moradores. Como parte dessa meta, junto com sua concessionária de água, a Columbia Water, embarcaram em um projeto abrangente de atualização de hidrômetros que não apenas melhoraria o atendimento ao cliente e tornaria as operações da concessionária mais proativas, mas também apoiaria iniciativas de sustentabilidade e cidade inteligente no futuro.
A Columbia Water atende mais de 400.000 pessoas em uma área de serviço de 320 milhas quadradas, com mais de 157.000 contas medidas. Até recentemente, apesar de muitos avanços tecnológicos na cidade, uma coisa não havia realmente mudado desde o início dos anos 1900: como os hidrômetros eram lidos. A cidade estava lendo medidores à moda antiga, enviando uma pessoa até o medidor, onde ela digitava números no dispositivo portátil. Um processo manual e trabalhoso que exigia uma equipe de 30 técnicos lendo 15.000 medidores a cada dois dias para produzir contas mensais. Se algo atrapalhasse a leitura do medidor, a Columbia Water teria que emitir uma conta estimada. Isso não só afetou as receitas da concessionária, mas também levou a reclamações quando os clientes acabaram recebendo contas refletindo seu uso real. Então houve uma erosão gradual na confiança na precisão das leituras dos medidores.
Para atingir as metas da cidade, a Columbia Water precisava se afastar das práticas reativas de gerenciamento de água. Como uma das primeiras a adotar o BlueEdge™ da Badger Meter, a concessionária ganhou
controle do uso de água do cliente por meio de insights acionáveis e ações proativas para melhorar a confiança do consumidor. Ao empregar um conjunto de soluções da Badger Meter, a Columbia Water fez a transição das operações e obteve maiores níveis de suporte ao cliente para seus serviços.
A Columbia Water já havia experimentado projetos piloto de leitura automatizada de medidores (AMR) e infraestrutura avançada de medição (AMI) em 2012. Embora as tecnologias fossem promissoras, a concessionária tinha muitas prioridades concorrentes na época para justificar o investimento. Então, em 2017, a Columbia Water conseguiu lidar com sua infraestrutura de medição de água envelhecida e fornecer a precisão e a transparência de medição que seus clientes estavam pedindo.
@Beacon
OrionEndpoints
O projeto foi colocado em licitação e, por fim, a Columbia Water selecionou a Badger Meter como sua parceira para modernizar o sistema de medição desatualizado com várias tecnologias inteligentes de água, incluindo BEACON ® Software as a Service (SaaS) , ORION ® Cellular endpoints , Recordall ® Disc Series meters e E-Series ® Ultrasonic meters . Essas soluções fornecem dados de medição precisos, visíveis de qualquer lugar no campo ou no escritório.
Dessa forma, a companhia de água pode focar no core de sua atividade e delegou o gerenciamento dessa medição já que o BlueEdge oferece uma visão holística do desempenho do sistema de medição e utilidades de água em um piscar de olhos. Usando o software BEACON, a utilidade conseguiu ser mais eficiente e proativa após um evento de congelamento de vários dias em 2022: o painel do medidor forneceu a localização de uma linha de incêndio rompida, e a concessionária conseguiu enviar uma equipe ao local em minutos para desligar a água. O número de vezes que a concessionária teve que enviar um técnico para o campo antes de mudar para uma rede AMI baseada em celular passou de mais de 1.000 vezes por mês para apenas 30 vezes por mês. Além disso, com o aumento da precisão do medidor, a Columbia Water viu uma redução de 21% no número de contas inativas consumindo água. Ao reduzir a quantidade de água não faturada em seu sistema, os operadores estão abordando o gerenciamento do sistema de forma proativa.
Os medidores Recordall ® Disc Series e os medidores ultrassônicos E-Series ® fornecem dados de medição precisos para a Columbia Water. Foto da Columbia Water Communications Team.
O sistema AMI da Columbia Water inclui a ferramenta de engajamento do consumidor EyeOnWater ® , que fornece aos clientes acesso ao seu próprio consumo de água. Assim eles podem visualizar o uso de água quase em tempo real, definir alertas e detectar problemas com antecedência — antes que resultem em contas altas já que podem definir um alerta de vazamento notificando-os de que há um problema. Em 2020, esse projeto da Columbia Water AMI recebeu um prêmio Smart 50 na categoria “Urban Operations”. “Essa abordagem inteligente não só resolve os desafios operacionais do fornecedor de água e saneamento, como também empodera os moradores. E a Fluid Feeder está apta a implantar essas soluções aqui também,” finaliza Oliver.
“Nosso foco é a busca por qualidade e eficiência nos projetos, além de questões relacionadas à expansão do saneamento básico, à parceria com fornecedores, à inovação tecnológica e à responsabilidade ambiental”, afirma Estela Testa, CEO da Pieralisi do Brasil e presidente do Sindesam.
Com a privatização, a Sabesp anunciou seus planos de antecipar a universalização dos serviços de água e esgoto de 2033 para 2029 e para isso investir algo em torno de R$ 70 bilhões nos próximos cinco anos. A tarefa vai impor um aumento significativo na demanda por equipamentos e tecnologias avançadas. E a Sabesp, agora sob gestão privada, quer maior eficiência operacional e rapidez na execução dos projetos, o que já pode ser sentido: a desburocratização dos processos de compra permitiu a contratação de obras em prazos mais curtos, reduzindo o tempo de licitação de até um ano para poucos meses.
Atento aos movimentos do mercado, o Sindesam – Sistema Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos organizou uma reunião com Gustavo do Valle Fehlberg - Diretor de Serviços Corporativos, Adriana Manicardi - Superintendente de Suprimentos e Contratações e Gustavo Paixão - Superintendente de Empreendimentos para conhecer e entender melhor os planos de investimento e modernização da Sabesp, incluindo as mudanças significativas promovidas nos processos de contratação e suprimentos.
Na reunião, Gustavo Fehlberg apresentou os planos de investimentos para a modernização da infraestrutura da empresa que en-
volvem investimentos de R$ 70 bilhões ao longo de cinco anos.
O setor não tem proteção de Conteúdo Local, mas tem a experiência e é bom lembrar que o fornecimento de equipamentos é como um casamento de mais de 30 anos, então você terá que ter a assistência técnica do fornecedor por todos os anos que estiver utilizando os equipamentos. Estela conta que o cliente não tende a arriscar a comprar de alguma empresa que não tenha uma sede no Brasil. “Aconteceu no passado e o resultado não foi bom; economizou-se na compra e se gastou muito para trazer os técnicos do exterior e trazer peças de reposição de fora. As normas e boas práticas estão garantidas pois os players atuais do mercado são empresas com forte governança e que sabem da necessidade de se manter essas boas práticas”.
Os associados do Sindesam ressaltaram a importância do saneamento básico e da expansão das estações de tratamento de esgotos. Os diretores da Sabesp destacaram a mudança na abordagem de contratação, que agora priorizam qualidade e desempenho, e não apenas o menor preço. Outro ponto relevante destacado foi a parceria contínua com fornecedores – que garante o cumprimento dos prazos e a qualidade dos projetos.
Os representantes da Sabesp destacaram a importância da qualificação rigorosa de fornecedores, a responsabilidade contínua pós-venda, a supervisão ativa durante a instalação dos equipamentos e a responsabilidade civil nos contratos para a tranquilidade das mudanças nos processos de suprimentos, como a homologação e a pré-qualificação de materiais e equipamentos.
E os fornecedores agora não passam mais por processos licitatórios, onde através dos jornais podiam acompanhar quais concorrências iriam acontecer. Clientes privados compram de quem confiam, e estabelecem parcerias com fornecedores que podem dar bons suportes a eles. Quanto as formas de pagamentos existe uma tendência no mercado dos pagamentos serem feitos apenas
após as entregas, o que é ruim quando essa entrega é de um equipamento para o qual a fabricante precisa comprar todo o material, fabricar e pagar pelas matérias primas e mão de obra, tudo antes de entregar, o que acaba sendo um financiamento complicado. Quanto aos projetos que já estavam em andamento, eles continuam acontecendo conforme contratos acordados.
Estela conta que a Sabesp anunciou a centralização de TODAS as compras e aquisições de produtos em São Paulo, com o objetivo de melhorar o relacionamento com fornecedores, padronizar processos e obter melhores condições em compras de maior volume. “Os diretores da Sabesp acreditam que essa mudança permitirá uma gestão mais eficiente dos processos de suprimentos, enquanto as unidades operacionais poderão se concentrar em suas atividades principais. Eles também enfatizaram o projeto “Saneamento 4.0”, que visa aumentar a automação e a eficiência operacional. Conversamos sobre a necessidade de inovação tecnológica e a implementação de metodologias como o BIM (Building Information Modeling) para facilitar o desenvolvimento de projetos. A colaboração entre engenharia, operação e suprimentos foi destacada como essencial para a integração e o sucesso desses projetos. A colaboração mais estreita entre as partes foi considerada essencial para o sucesso das próximas etapas de desenvolvimento e a reunião foi concluída com um entendimento claro das prioridades para os próximos meses, com foco na colaboração mútua entre a Sabesp e os associados para garantir a qualidade e eficiência das obras e projetos em andamento. Todos nós do Sindesam e da Sabesp reafirmamos o compromisso com os objetivos de modernização e expansão do saneamento básico no Estado de São Paulo”.
A reunião era mais que necessária para a comunidade de saneamento do Estado de São Paulo entender melhor os muitos pontos que impactaram a cadeia inteira de fornecimento do setor com a privatização da
Sabesp, concluída em julho de 2024, um decisivo ponto de inflexão no setor de saneamento básico do Estado: o governo paulista reduziu sua participação na empresa de 50,3% para 18%, arrecadando R$ 14,8 bilhões com a venda de 32% das ações. Desse montante, R$ 6,9 bilhões foram investidos pelo grupo Equatorial, que adquiriu 15% das ações, tornando-se o investidor estratégico da companhia.
Estela conta que o ano de 2024 foi marcado por avanços tecnológicos e eventos significativos no setor de saneamento. “A Fenasan 2024, realizada em outubro, se destacou como a maior feira de saneamento da América Latina, apresentando inovações em tecnologias de automação, Internet das Coisas (IoT) e soluções sustentáveis. Nela, já pudemos divisar as tendências para fornecedores de Tecnologia, Serviços e Equipamentos. O que vem por aí indica uma transformação significativa no setor. As privatizações devem continuar – e elas atraem investimentos, aumentando a eficiência operacional e acelerando investimentos em infraestrutura, com muitas oportunidades na Sabesp e em outras companhias para os fornecedores, ” pontua Estela que ressalta outras tendências: a adoção de IoT, inteligência artificial e big data – que permitem o monitoramento em tempo real das redes de abastecimento e esgoto, otimizando recursos e melhorando a gestão operacional; mais investimentos em tecnologias para detecção de vazamentos e modernização de tubulações; o desenvolvimento de soluções de inteligência artificial adaptadas às necessidades específicas do setor de saneamento.
A cadeia de fornecimento reconhece que a privatização da Sabesp e de outras companhias impulsionou investimentos significativos no setor de saneamento, aumentando a demanda por tecnologias avançadas e serviços especializados.
“Se as tendências para os próximos anos apontam para uma maior digitalização, foco em sustentabilidade e eficiência operacio -
nal - criando um ambiente propício para fornecedores de tecnologia, serviços e equipamentos inovadores – é bom destacar que antes do Marco o investimento anual em Saneamento era de R$14 bilhões e em 2023 foi de R$26,8 bilhões. Um aumento de mais de 90%! Nós fabricantes estamos preparados para os fornecimentos futuros; mas precisamos de uma atenção à previsibilidade dos investimentos e como serão pagas as aquisições!!” conclui Estela Testa, exemplo de determinação, inovação e resiliência, que sempre transformou desafios em conquistas, inspirando outras mulheres.
Sob a liderança da presidente do Sindesam, a Pieralisi passou a atuar em setores estratégicos como saneamento, um movimento que marcou a evolução da empresa e seu compromisso com a sociedade.
“Sempre buscamos diversidade nas contratações e inspiramos as mulheres a confiarem em si mesmas”, explica. Em seu compromisso com a transformação social, além do ambiente corporativo, Estela liderou a campanha da Dignidade Menstrual, iniciativa apoiada por organizações como AESABESP, AESBE e prefeituras locais, que garante que meninas e mulheres possam estudar e trabalhar com dignidade. “Essas ações são essenciais para um mercado mais justo e uma sociedade mais inclusiva. As barreiras de gênero estão sendo quebradas e as mulheres têm habilidades fundamentais para moldar um ambiente corporativo inovador e equilibrado”, defende.
A transição para uma economia circular é considerada um dos principais eixos para enfrentarmos os desafios ambientais e sociais da atualidade. Esse modelo coloca o setor de saneamento em posição de protagonismo, não apenas pela capacidade de tratar e gerenciar adequadamente os resíduos gerados, mas também por transformar esses resíduos em recursos valiosos para a sociedade.
A economia circular propõe um modelo em que os resíduos deixam de ser vistos como problemas e passam a ser reaproveitados como insumos para novos processos. No saneamento, isso se reflete em ações como a recuperação de nutrientes do lodo e o reaproveitamento de águas residuais para usos industriais, agrícolas e urbanos. Iniciativas que colaboram para a redução da pressão sobre os recursos naturais, e que geram ganhos econômicos e sociais.
Um conceito ampliado que abrange soluções como o reuso de água e a implementação de tecnologias de circuito fechado, que permitem a reciclagem contínua dos recursos hídricos. Por meio de sistemas avançados, como membranas e ultrafiltração, é possível tratar e reutilizar águas residuais, minimizando a dependência de fontes externas e otimizando o uso da água.
Em regiões costeiras ou áreas com pouca disponibilidade de água doce, por exemplo, a dessalinização se destaca como uma solução imprescindível para viabilizar a circularidade no uso da água. Com tecnologias de ponta, como a osmose reversa, é possível converter água do mar em água potável e utilizável para fins diversos. Uma alternativa que garante segurança hídrica para áreas severamente afetadas pela escassez.
Os benefícios da economia circular no saneamento vão além da preservação ambien-
André Ricardo Telles, CEO da Ecosan.
tal. Ela também fomenta o desenvolvimento da economia local, com a criação de empregos verdes, no estímulo à inovação tecnológica e reduz custos para municípios e empresas. Ao valorizar cada recurso, promovemos e reforçamos a conscientização sobre o uso responsável da água, um bem cada vez mais escasso, e que é fundamental para a vida.
No entanto, vale a ressalva, para que essa transformação aconteça em rápida e maior escala, é indispensável fortalecer as parcerias público-privadas, investir em tecnologias disruptivas e implementar políticas públicas que incentivem a adoção de práticas sustentáveis no setor de saneamento.
Embora estejamos apenas no início dessa jornada, as possibilidades são imensas. O Brasil, um país com uma rica biodiversidade e recursos hídricos vastos, está em uma posição privilegiada para liderar essa transição. Com o Marco Legal do Saneamento, já surgem oportunidades de curto, médio e longo prazo para acelerar o desenvolvimento sustentável nesse setor.
Cada gota tratada, cada resíduo reutilizado, é um passo em direção a esse futuro mais sustentável.
Por isso, convido empresas, governos e a sociedade como um todo a unir esforços para construirmos um modelo de saneamento que beneficie o meio ambiente, fortaleça a economia e melhore a qualidade de vida da população. Comprometidos com essa visão, continuaremos liderando esse movimento com inovação, responsabilidade e a certeza de que juntos podemos transformar desafios em oportunidades concretas.
Guilherme Neves, CISO da Doutornet e Especialista em Cibersegurança Industrial.
A cibersegurança tem se tornado uma preocupação crescente em todos os setores, e a indústria de automação e sistemas industriais não é exceção.
A cibersegurança tem se tornado uma preocupação crescente em todos os setores, e a indústria de automação e sistemas industriais não é exceção. Nesta era da Indústria 4.0, a cibersegurança emergiu como um pilar crucial para a integridade e continuidade operacional do setor industrial.
Com sistemas de automação cada vez mais interconectados, a proteção contra ameaças cibernéticas tornou-se tão vital quanto a manutenção física dos equipamentos. O relatório WEF Global Cybersecurity Outlook 2025 lança luz sobre os desafios e oportunidades que moldarão o futuro da segurança digital na indústria.
WEF
Complexidade crescente do cenário cibernético
A complexidade crescente do cenário cibernético, impulsionada por tensões geopolíticas, cadeias de suprimentos complexas, rápida adoção de tecnologias emergentes e requisitos regulatórios, é particularmente relevante para a indústria de automação. Nesta indústria, a interconexão de sistemas e a dependência de fornecedores externos aumentam a vulnerabilidade a ataques cibernéticos.
Desigualdade na resiliência cibernética entre organizações
Um ponto crucial do relatório é a disparidade na resiliência cibernética entre grandes e pequenas organizações. Enquanto grandes empresas têm recursos para investir em medidas avançadas de cibersegurança, as menores frequentemente lutam para acompanhar as ameaças em constante evolução. Na indústria de automação, onde pequenas e médias empresas desempenham um papel crucial na cadeia de suprimentos, isso é especialmente preocupante.
Evolução das ameaças cibernéticas
O relatório aborda também a evolução das ameaças cibernéticas, destacando o ransomware e as fraudes cibernéticas. A convergência do cibercrime com o crime organizado e o impacto da inteligência artificial (IA) no cibercrime são questões que merecem atenção especial. Para a indústria de automação, onde a interrupção de operações pode ter consequências graves, a preparação para essas ameaças é essencial.
Importância da colaboração entre os setores público e privado
Outro aspecto crucial abordado no relatório é a importância da colaboração entre os setores público e privado para melhorar
a resiliência cibernética. A proteção de infraestruturas críticas, como sistemas de água, biossegurança, infraestrutura de comunicações e sistemas de energia, deve ser uma prioridade. A indústria de automação, que frequentemente lida com esses tipos de infraestruturas, deve estar na vanguarda dessas iniciativas colaborativas.
No Brasil temos algumas iniciativas que endereçam esta preocupação:
1. Exercício do Guardião Cibernético: Este exercício foi conduzido pelo ComDCiber e envolveu diversas empresas e órgãos governamentais, como o Ministério da Defesa e a Assessoria de Comunicação Social. O objetivo foi criar uma cultura que fortaleça a segurança cibernética do país. A colaboração entre empresas de um mesmo setor, empresas de setores diferentes e o setor governamental foi essencial para tratar incidentes cibernéticos que afetam várias empresas de forma conjunta.
2. Prática de Segurança Cibernética do ONS: O ONS conduziu um processo de segurança cibernética focado nos três pilares: prevenir, detectar e responder. Na prevenção, foram empregadas tecnologias como firewall, anti-spam, filtro de conteúdo e aplicação de patches. Na detecção, foi realizado monitoramento proativo com o SOC, utilizando ferramentas de correlação como o SIEM. A resposta aos incidentes foi associada à conscientização, colaboração e evolução constante para criar uma cultura de segurança da informação.
diferentes fornecedores é comum, a gestão eficaz desses riscos é vital.
Recomendações para a indústria:
1. Abordagem Colaborativa nas Cadeias de Suprimentos: As cadeias de suprimentos modernas são altamente interconectadas, aumentando a complexidade e vulnerabilidades em cibersegurança. Uma abordagem colaborativa entre os parceiros da cadeia é essencial para mitigar riscos e fortalecer a resiliência. Isso inclui a adoção de práticas de segurança específicas e a realização de auditorias de conformidade periódicas.
2. Integração de Normas de Segurança Industrial: A integração de normas como a ANSI/ISA-62443-3-2-2020 pode levar a uma melhoria significativa na segurança operacional e na mitigação de riscos. A adoção dessas normas ajuda a reduzir a frequência e a gravidade de acidentes industriais, promovendo uma abordagem colaborativa para a segurança cibernética.
Por fim, o relatório sublinha a necessidade de avaliar a segurança das ferramentas de inteligência artificial antes de sua implementação. Com a rápida evolução das tecnologias emergentes, é fundamental garantir que essas ferramentas não introduzam novas vulnerabilidades nos sistemas industriais.
Exemplos de Vulnerabilidades Introduzidas pela IA:
1. Detecção de Ameaças: A IA é usada para identificar atividades suspeitas e potenciais ameaças em tempo real. No entanto, se não for bem configurada, pode gerar falsos positivos ou negativos, comprometendo a segurança dos sistemas.
2. Análise de Comportamento: O machine learning ajuda a analisar padrões de comportamento de usuários e sistemas para detectar anomalias que podem indicar fraudes Desafios nas cadeias de suprimentos
O relatório discute a interdependência crescente das cadeias de suprimentos e os desafios de gerenciar riscos de terceiros. A conformidade regulatória e a necessidade de uma abordagem holística para a cibersegurança são enfatizadas. Na indústria de automação, onde a integração de sistemas de
ou ataques. No entanto, se os algoritmos não forem treinados adequadamente, podem ser manipulados por atacantes para evitar a detecção.
3. Detecção de Fraudes e Malware: A IA pode ser usada para a detecção automatizada de fraudes financeiras e a identificação proativa de malware. No entanto, a IA generativa pode ser usada por cibercriminosos para criar malware mais sofisticado e difícil de detectar.
Como a norma IEC 62443 e a regulação NIS2 podem auxiliar na mitigação destes riscos?
Para aqueles que não estão familiarizados, a norma IEC 62443 é uma série de padrões que abordam a segurança para sistemas de automação e controle industrial (IACS). Esses padrões definem requisitos e processos para implementar e manter sistemas eletronicamente seguros, estabelecendo as melhores práticas de segurança e fornecendo uma maneira de avaliar o desempenho da segurança.
Já o NIS2 é um regulamento da União Europeia que visa fortalecer a resiliência cibernética das infraestruturas críticas e serviços essenciais. Ele introduz novos requisitos e obrigações para as organizações em áreas como gestão de riscos, responsabilidade corporativa, obrigações de reporte e continuidade dos negócios.
Importância da avaliação das tendências para 2025 no planejamento estratégico das empresas
A avaliação das tendências para 2025, como apresentada no relatório WEF Global Cybersecurity Outlook 2025, é crucial para o planejamento estratégico das empresas. Compreender as futuras ameaças e desafios permite que as organizações se preparem
proativamente, ajustando suas estratégias de segurança cibernética para enfrentar os riscos emergentes. Para a indústria de automação, onde a continuidade operacional é vital, antecipar essas tendências pode ser a diferença entre a resiliência e a vulnerabilidade.
A adoção das normas IEC 62443 e NIS2 no planejamento estratégico ajuda a garantir que as empresas estejam alinhadas com as melhores práticas internacionais e regulatórias, fortalecendo sua postura de segurança cibernética e protegendo suas operações contra ameaças futuras.
Estatísticas do relatório WEF Global Cybersecurity Outlook 2025
O relatório WEF Global Cybersecurity Outlook 2025 apresenta uma série de estatísticas que destacam a importância e a urgência de abordar a cibersegurança de maneira eficaz. Aqui estão algumas das principais estatísticas apresentadas no relatório:
• Disparidade na Resiliência Cibernética: 35% das pequenas organizações acreditam que sua resiliência cibernética é inadequada, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Em contraste, a proporção de grandes organizações que relatam resiliência cibernética insuficiente quase foi reduzida pela metade.
• Confiança na Preparação para Incidentes Cibernéticos: Apenas 15% dos respondentes na Europa e América do Norte não confiam na capacidade de seus países de responder a grandes incidentes cibernéticos que visam infraestruturas críticas. Essa proporção au- menta para 36% na África e 42% na América Latina.
• Impacto das Tensões Geopolíticas: Quase 60% das organizações afirmam que as tensões geopolíticas afetaram suas estratégias de cibersegurança. Um em cada três CEOs cita espionagem cibernética e perda de informações sensíveis como suas principais preocupações.
• Adoção de Inteligência Artificial: 66% das organizações esperam que a IA tenha o impacto mais significativo na cibersegurança no próximo ano. No entanto, apenas 37% relatam ter processos em vigor para avaliar a segurança das ferramentas de IA antes de sua implementação.
• Aumento dos Riscos Cibernéticos: 72% dos respondentes relatam um aumento nos riscos cibernéticos organizacionais, com o ransomware permanecendo uma preocupação principal. 47% das organizações citam os avanços adversários impulsionados pela IA generativa como sua principal preocupação.
• Desafios Regulatórios: Mais de 76% dos CISOs relatam que a fragmentação das regulamentações afeta significativamente a capacidade de suas organizações de manter a conformidade. A lacuna de habilidades cibernéticas aumentou 8% desde 2024, com dois terços das organizações relatando lacunas moderadas a críticas em habilidades.
Principais recomendações do relatório
• Adotar Normas e Regulamentos: Implementar as normas IEC 62443 e o regulamento NIS2 para garantir a segurança dos sistemas de automação e controle industrial, bem como a resiliência das infraestruturas críticas.
• Fortalecer a Colaboração: Promover a colaboração entre setores público e privado para melhorar a resiliência cibernética e proteger infraestruturas críticas.
• Gerenciar Riscos de Terceiros: Implementar uma abordagem holística para a gestão de riscos de terceiros, incluindo a avaliação de fornecedores e a conformidade regulatória.
• Avaliar Ferramentas de IA: Garantir que as ferramentas de inteligência artificial sejam avaliadas quanto à segurança antes de sua implementação para evitar novas vulnerabilidades.
Plano de ação para a indústria brasileira
• Implementação de Normas e Regulamentos: Adotar as normas IEC 62443 e o regulamento NIS2 no planejamento estratégico das empresas brasileiras para fortalecer a postura de segurança cibernética e proteger as operações contra ameaças futuras.
• Fortalecimento da Colaboração: Estabelecer parcerias entre o governo e o setor privado para compartilhar informações e recursos, promovendo uma abordagem colaborativa para a resiliência cibernética.
• Gestão de Riscos de Terceiros: Desenvolver um programa robusto de gestão de riscos de terceiros que inclua a avaliação contínua de fornecedores e a implementação de controles de segurança apropriados.
• Avaliação de Ferramentas de IA: Criar processos para avaliar a segurança das ferramentas de inteligência artificial antes de sua implementação, garantindo que não introduzam novas vulnerabilidades nos sistemas industriais.
A cibersegurança não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para a indústria brasileira. Ao adotar as recomendações deste artigo, baseadas no relatório WEF Global Cybersecurity Outlook 2025 e nas normas internacionais, as empresas não apenas se protegerão contra ameaças emergentes, mas também ganharão vantagem competitiva no cenário global. As empresas devem utilizar a cibersegurança como uma alavanca para impulsionar os negócios, estudo da ABINC (Associação Brasileira de Intenet das Coisas) aponta um crescimento de US$250 Bi com a implantação da cibersegurança em IoT, O futuro da indústria brasileira depende de sua capacidade de inovar com segurança. É hora de agir, investir em cibersegurança e construir uma base sólida para o crescimento sustentável no mundo digital. As empresas que liderarem essa transformação estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que 2025 e além trarão.
Em 2025, o cenário da segurança cibernética vai continuar demandando respostas a uma gama de ameaças e tecnologias em constante mudança. Estruturas nativas da nuvem e inteligência artificial (IA) exigem que as empresas se adaptem cada vez mais para enfrentar desafios cada vez mais complicados. Os especialistas destacam que é preciso repensar sua abordagem à defesa cibernética e ter a resiliência como nova prioridade.
A Commvault destaca que é necessário estar preparado para enfrentar uma nova onda de desafios existentes e aponta o phishing como exemplo, dentro da Pesquisa de Violações de Segurança Cibernética do Governo do Reino Unido de 2024* que o identifica como o vetor de ataque mais predominante, afetando 84% dos violados. Mas, embora o phishing em si não seja novo, ataques cibernéticos como esse só aumentaram em complexidade à medida que os invasores exploram as megatendências em tecnologia: inteligência artificial (IA), computação em nuvem, mídia social, cadeias de suprimentos de software, o home office e a Internet das Coisas (IoT).
A Node4 pede atenção à IA, que continuará a ser uma faca de dois gumes: seu levantamento mostrou que 30% dos tomadores de decisão de TI de médio porte disseram que a IA representa uma das principais ameaças à segurança cibernética, e 28% acreditam que ela pode expor a organização a novos riscos à segurança cibernética.
Ou seja, novas vulnerabilidades estão surgindo. A AquaSecurity aposta em soluções pontuais em um esforço para manter programas eficazes de segurança na nuvem - com o GenAI para automatizar a detecção e resposta a ameaças em ambientes distribuídos, permitindo análise em tempo real e defesa preditiva.
A Drata prevê que em 2025, segurança, privacidade e conformidade se tornarão
acesse os dados completos
cada vez mais interligadas, necessitando de uma abordagem mais integrada, colaborativa e abrangente para GRC - governança, risco e conformidade - entre essas práticas e domínios às vezes divididos. Então as organizações serão compelidas a integrar funções anteriormente isoladas e pensar sobre elas holisticamente.
A HackerOne acredita que haverá maior adoção de padrões de segurança e proteção de IA com foco em benchmarks que melhoram a transparência da IA e cita os cartões de modelo de IA como exemplo: assim como rótulos nutricionais em produtos embalados, esses fornecem um resumo para informar
usuários em potencial sobre como os modelos devem ser usados, detalhes sobre procedimentos de avaliação de desempenho, metadados sobre os conjuntos de dados por trás do modelo e muito mais.
A segurança cibernética em 2025 exigirá uma mudança de pensamento, com as empresas sendo aconselhadas a assumir uma abordagem multifacetada e proativa. As organizações devem adotar tecnologias de forma mais responsável e estar prontas para se defender contra ameaças sofisticadas. Mas uma coisa é clara: colaboração e adaptabilidade serão essenciais na seleção de estratégias de segurança cibernética bem-sucedidas.
O Google Cloud Security lançou seu H1 2025 Threat Horizons Report . Esta iteração do relatório fornece aos profissionais de segurança em nuvem uma compreensão mais profunda da ameaça com inteligência e mitigações de risco acionáveis dos especialistas
em segurança do Google.
Os ambientes de nuvem estão enfrentando uma ameaça crescente de agentes de ameaças priorizando a exfiltração (roubo) de dados, explorando a identidade como o novo perímetro e adaptando táticas para evi-
tar a detecção e a atribuição. Ransomware e ameaças de dados na nuvem não são novidades.
Os especialistas do Google citaram incidentes de ransomware e roubo de dados ou riscos associados em ambientes de nuvem nos dez Relatórios Threat Horizons anteriores. Apesar da presença contínua de riscos de ransomware e roubo de dados, as tendências observadas pelo Google na última metade de 2024 revelam uma mudança preocupante. Os agentes de ameaças não estão apenas refinando suas táticas, técnicas e procedimentos em ambientes de nuvem, mas também estão se tornando mais hábeis em obscurecer suas identidades.
Essa evolução torna mais difícil para os defensores conterem seus ataques e aumenta a probabilidade de pagamentos de resgate. Reconhecendo o destino compartilhado na defesa contra ameaças em evolução na nuvem, o Relatório atualizado do Google Cloud Threat Horizons fornece análises oportunas e mitigações acionáveis para as tendências recentes de ransomware e roubo de dados que os especialistas em segurança e inteligência de ameaças identificaram e estão in-
terrompendo no cenário de ameaças atual, incluindo:
- Riscos para contas de serviço: a pesquisa do Google Cloud mostra que contas de serviço com privilégios excessivos e táticas de movimentação lateral são ameaças cada vez mais significativas, embora problemas de credenciais e configuração incorreta continuem sendo comuns para acesso inicial;
- Exploração de identidade: identidades de usuários comprometidas em ambientes híbridos podem levar ao acesso persistente e à movimentação lateral entre ambientes locais e na nuvem, resultando posteriormente em extorsão multifacetada;
- Bancos de dados em nuvem estão sob ataque: agentes de ameaças estão explorando ativamente vulnerabilidades e credenciais fracas para acessar informações confidenciais;
- Maior adaptabilidade: os agentes de ameaças estão aproveitando as ofertas de Ransomware como serviço e ajustando táticas para evitar detecção e atribuição;
- Métodos de ataque diversificados: Um grupo de agentes de ameaças que rastreamos como TRIPLESTRENGTH usa escalonamento de privilégios, incluindo cobranças nas contas de cobrança das vítimas para maximizar os lucros das contas comprometidas;
- Os agentes de ameaças estão usando táticas cada vez mais sofisticadas para roubar dados e extorquir organizações na nuvem: os agentes de ameaças estão usando desvio de autenticação multifator em serviços baseados em nuvem para comprometer contas e estratégias de comunicação agressivas com as vítimas para maximizar seus lucros.
Para ficar à frente da curva em 2025, uma estratégia de segurança de nuvem robusta deve priorizar a exfiltração de dados e a proteção de identidade. O relatório atualizado fornece aos tomadores de decisão de segurança de nuvem as últimas informações sobre táticas de agentes de ameaças e mitigações acionáveis para informar melhor as estratégias de segurança de dados de nuvem.
A crescente sofisticação dos ataques cibernéticos, juntamente com a expansão da superfície de ataque devido à adoção da nuvem, trabalho remoto e cadeias de suprimentos complexas, tornou a avaliação robusta de riscos de segurança cibernética mais crítica do que nunca. Mas a maioria das organizações não elevou seus padrões de segurança de acordo. O Cybernews Business Digital Index mostra que 84% das empresas analisadas da Fortune 500 obtiveram uma pontuação D ou pior por seus esforços de segurança cibernética.
A equipe de pesquisa da Cybernews analisou 466 empresas na lista da Fortune 500. Trinta e quatro empresas não puderam ser analisadas para avaliar a postura de seguran-
ça cibernética de uma organização. O relatório avalia o risco em sete áreas principais: patches de software, segurança de aplicativos da web, segurança de e-mail, reputação do sistema, configuração SSL, hospedagem do sistema e histórico de violação de dados.
A equipe divulgou a pesquisa e, embora as maiores empresas dos EUA em receita sejam responsáveis por dados confidenciais de clientes, os resultados mostram que elas têm grandes deficiências na segurança de dados de clientes corporativos: 84% das empresas da Fortune 500 obtiveram pontuação D ou pior, com 43% caindo na categoria F; apenas 6% das organizações analisadas obtiveram uma classificação A para medidas de segurança.
A categoria de Construção e Engenharia também é vulnerável, com 45% das empresas pontuadas recebendo uma classificação D e 27% uma classificação F. Apenas 9% das empresas analisadas nesta categoria da Fortune 500 obtiveram nota A. No geral, este setor recebeu uma pontuação média de segurança de 71.
A maior categoria da Fortune 500, Finanças e Seguros, tem 102 empresas na lista e 63% delas receberam classificação D; quase 24% receberam classificação F; no geral, o setor recebeu pontuação média de segurança de 71.
A segunda maior categoria, com 88 empresas, é a Manufatura, onde a pontuação média de segurança é 65. De acordo com o The Business Digital Index, 81% das empresas analisadas receberam uma classificação de segurança de D ou pior, com 53% caindo na categoria F; apenas 3% obtiveram uma classificação A por suas medidas de segurança.
61% das empresas analisadas da categoria Energia e Recursos Naturais em todo o mundo obtiveram nota F e 24% obtiveram uma nota D; 7% dessas organizações tiveram classificação A.
Situação semelhante existe na categoria de Tecnologia e TI onde a pesquisa mostrou que 75% das empresas obtiveram um D ou pior por seus esforços de segurança cibernética; 50% das empresas da categoria de varejo e atacado pontuadas receberam uma classificação D e 40% uma classificação F.
O setor de saúde é particularmente vulnerável, com 55% das empresas pontuadas recebendo uma classificação D e 31% uma classificação F; 10% das empresas da categoria Saúde e Farmacêutica obtiveram nota A e, no geral, o setor de saúde recebeu uma pontuação média de segurança de 70.
33% das empresas da categoria Transporte e Logística receberam pontuações D e F. 43% das empresas da categoria de Consultoria e Serviços de Negócios foi classificada como D e 57% obtiveram um F. As empresas da categoria Imobiliário e Desenvolvimento receberam 30% para as classificações D e 60% para F.
Entre todos os setores, as empresas da categoria Transporte e logística têm a maior participação de empresas de nível A (20%). As empresas da categoria Finanças e Seguros são as mais vulneráveis - apenas 1% deles obteve uma pontuação de segurança de nível A.
O Business Digital Index mostrou que os problemas mais comuns estão relacionados às configurações do Secure Sockets Layer (SSL), com mais de 490 problemas encontrados em 466 empresas analisadas.
Os pesquisadores encontraram quase 671 vulnerabilidades críticas ou de alto risco que os hackers podem explorar para entrar em redes e roubar informações. Também descobriram que as empresas analisadas da lista Fortune 500 têm 254 problemas de segurança de e-mail e 480 incidentes totais de violação de dados.
O Grupo Piracanjuba está impulsionando sua transformação digital e garantindo uma gestão de processos ainda mais eficiente por meio da adoção do RISE with SAP, uma solução em nuvem para otimizar operações, melhorar a performance e reduzir riscos, ao mesmo tempo que habilita novas funcionalidades e integrações essenciais para o crescimento do negócio.
O projeto começou a ser implementado em agosto de 2022, com go live em janeiro de 2023. A empresa conseguiu migrar rapidamente suas operações críticas para o RISE with SAP, modernizando a plataforma tecnológica e integrando ferramentas como SAP Fiori, que melhora a experiência do usuário, e SAP Integration Suite, para prover mais segurança, eficiência e conectividade com sistemas externos. Este avanço permite à companhia operar com mais agilidade e atender à demanda de maneira mais segura, garantindo que seus produtos estejam sempre disponíveis nas prateleiras dos supermercados.
A implementação do RISE with SAP reflete a visão do Grupo Piracanjuba de investir em inovação para apoiar o crescimento e a evolução do negócio. Entre os benefícios, destacam-se a redução de custos com
licenciamento e infraestrutura; ampliação de licenças para novas soluções; capacidade analítica habilitada, mobilidade nos acessos e modernização de aplicações; melhor performance operacional e simplificação da automação de processos, com mais de 650 transações SAP homologadas e 7.300 atividades de testes realizados durante o projeto.
A execução do projeto envolveu mais de 100 colaboradores e parceiros, incluindo 68 usuários-chave e 27 áreas diretamente impactadas. Com mais de 450 atividades de preparação pré-implementação e 55 comunicados internos para alinhamento, o projeto contou com a dedicação de uma equipe técnica de mais
O Grupo Piracanjuba reúne várias marcas, com mais de 200 produtos no portfólio. São sete unidades fabris, 16 postos de recepção de leite, e parque industrial com capacidade de processar até 6 milhões de litros de leite por dia, além de fazendas de eucalipto e programas de educação continuada. Com uma equipe de mais de 4 mil colaboradores e 8 mil produtores rurais parceiros, a empresa ampliou a escalabilidade e a segurança de suas operações.
“O projeto trouxe um avanço significativo em termos de estabilidade e performance, o que impacta diretamente nossos processos de fabricação e distribuição. Com o ambiente modernizado, conseguimos expandir o número de usuários e oferecer uma plataforma escalável para novos projetos, como o sistema de gestão de transportes e de armazém,” afirma Fernando Cunha, gerente de Tecnologia e Inovação do Grupo Piracanjuba.
O Grupo Piracanjuba pretende avançar na jornada Clean Core e aumentar a capacidade analítica com o uso de ferramentas como o SAP Datasphere. Entre os projetos futuros,
estão a implementação de novas soluções, como SAP EWM, SAP IBP e SAP Sustainability Control Tower, que trarão ainda mais eficiência e inteligência para suas operações.
“A jornada de transformação digital do Grupo Piracanjuba com o RISE with SAP é um exemplo de como a tecnologia em nuvem da SAP pode transformar operações. Ao integrar funcionalidades avançadas, a empresa está pronta para atender suas demandas com agilidade e segurança, enquanto reduz custos e aumenta a eficiência em toda a cadeia”, conclui Rafael Okuda, vice-presidente de Agribusiness & Food da SAP Brasil.
A Fapesp lançou, em dezembro passado, o programa Fapesp em QuTIa Tecnologias Quânticas, acrônimo em inglês de Quantum Technologies Initiative. Com recursos da ordem de R$ 31 milhões durante um período inicial de cinco anos, a iniciativa visa acelerar o desenvolvimento, formar recursos humanos e im-
pulsionar a liderança científica e tecnológica do Estado de São Paulo e do Brasil em tecnologias quânticas. Trata-se de um novo campo da física e da engenharia que visa promover aplicações práticas de propriedades da mecânica quântica, como a superposição e o emaranhamento, em áreas como sensoriamento, comunicação e computação. O programa também tem os objetivos de estimular a criação de startups e atrair investimentos e talentos globais na área para a região.
“Além dos programas tradicionais de pesquisa mantidos pela FAPESP em áreas como biodiversidade, bioenergia e mudanças climáticas, decidimos que deveríamos lançar alguns novos desafios para a comunidade de pesquisa do Estado de São Paulo. Isso resultou no lançamento de iniciativas recentes voltadas a temas como inteligência artificial, pesquisa sobre o Atlântico Sul e a Antártida e, agora, sobre tecnologias e ciência quânticas”, disse Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, na cerimônia de lançamento do programa.
De acordo com o dirigente, um dos fatores que motivaram a criação do QuTIa foi um documento com recomendações publicado em 2020 por pesquisadores paulistas, em que resumiram a situação do Brasil e,
especialmente do Estado de São Paulo, em relação às tecnologias quânticas.
No documento, os pesquisadores sublinharam que os potenciais impactos das tecnologias quânticas são vastos, abrangendo desde sensores para saúde, biologia e agricultura, até segurança cibernética em comunicações, bem como potenciais vantagens na resolução de problemas computacionais complexos por meio da computação quântica. “Eles sugeriram que a FAPESP deveria lançar um programa sobre o tema”, disse Zago.
O mercado global para várias tecnologias quânticas já existentes, liderado pela fotônica, semicondutores e segurança cibernética, é estimado em mais de US$ 1 trilhão. Os investimentos mundiais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) na área já atingiram a marca de US$ 42 bilhões. Em alguns países superam os realizados em inteligência artificial e estão voltados para tecnologias quânticas de segunda geração, abrangidas pelo sensoriamento remoto, comunicação e computação quânticas.
“Todas essas vertentes de tecnologias quânticas de segunda geração exploram propriedades quânticas da matéria descobertas ao longo do século 20 e já foram demonstradas em laboratório em alguma escala. Acreditamos que essa iniciativa do QuTIa
de promover o desenvolvimento de um ecossistema de tecnologias quânticas é o caminho mais curto e razoável para conseguirmos conquistas científicas e inovações impulsionadas pelas tecnologias quânticas”, disse Gustavo Wiederhecker, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (IFGW-Unicamp) e coordenador do programa.
Segundo Wiederhecker, hoje na competição global para desenvolver computadores quânticos diversos países estão impondo restrições para controlar a exportação não apenas de computadores, mas também de tecnologias usadas para construir essas máquinas. “Chamo isso de embargo quântico”, disse. Por isso, na avaliação dele, é fundamental que o Brasil também invista no desenvolvimento de soluções próprias e estabeleça alianças para abordar os desafios nessa área.
“Esse é um tópico novo em todos os lugares do mundo. Precisamos entender como podemos nos posicionar como nação para abordar algumas dessas preocupações, prevalecendo os nossos interesses”, avaliou.
Em palestra on-line durante o evento, Chris Monroe, professor da Duke University, dos Estados Unidos, também apontou que a computação quântica está entrando em um estágio de desenvolvimento que demanda maior participação de empresas para viabilizar a tecnologia.
“Estamos entrando em uma fase de engenharia neste campo em que a indústria realmente tem de se envolver”, avaliou o pesquisador que é cofundador da IonQ – uma empresa de hardware e software de computação quântica, sediada no College Park em Maryland, nos Estados Unidos.
“Não está claro como essas tecnologias de computação quântica vão se desenrolar, mas pode ficar evidente que as empresas que
fabricam computadores comuns talvez não sejam as empresas certas para fabricar esses novos computadores”, disse Monroe.
O Brasil tem investido na formação de pesquisadores em tecnologias quânticas que nos últimos 20 anos, no âmbito dos Institutos do Milênio e dos Institutos Nacionais de Ciência eTecnologia (INCTs), exploraram uma diversidade de tópicos, com maior concentração em informação quântica, avaliou Wiederhecker.
Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) lançados nos últimos anos pela FAPESP, como o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF), sediado na Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, também têm contribuído para estabelecer grupos fortes de pesquisa sobre o tema no Estado de São Paulo.
Entretanto, a abrangência e o volume de recursos desses programas ainda são limitados e, em algum grau, pulverizados, o que tem permitido o avanço da ciência quântica básica, de menor custo, mas são insuficientes para fomentar o desenvolvimento de dispositivos quânticos, que requerem investimentos maiores, ponderaram participantes do evento.
“O lançamento do programa QuTIa pela FAPESP está alinhado às iniciativas do governo federal de promover o desenvolvimento econômico e social
sustentável e inclusivo. Nesse contexto, as tecnologias quânticas se destacam pelo potencial de revolucionar setores como comunicação, computação e metrologia”, disse Ulisses Rocha, secretário de ciência e tecnologia para transformação digital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que participou do evento on-line.que deveríamos lançar alguns novos desafios para a comunidade de pesquisa do Estado de São Paulo. Isso resultou no lançamento de iniciativas recentes voltadas a temas como inteligência artificial, pesquisa sobre o Atlântico Sul e a Antártida e, agora, sobre tecnologias e ciência quânticas”, disse Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, na cerimônia de lançamento do programa.
Uma das primeiras ações para a constituição do programa QuTIa foi o lançamento de uma chamada de propostas pela FAPESP, em abril de 2024, com o objetivo de trazer ao Brasil até cinco pesquisadores, em início de carreira, com atuação destacada em suas áreas.
Um deles foi o físico colombiano Hans Marin Florez, vinculado à Universidade Federal do ABC (UFABC). O pesquisador e colaboradores pretendem desenvolver o primeiro magnetômetro atômico do país, em diferentes escalas de tamanho, combinando o sensor com luz comprimida produzida por um oscilador paramétrico óptico (OPO) atômico – uma fonte de luz que produz dois feixes luminosos emaranhados – para melhorar a leitura de um tipo de fonte de luz quântica.
“Isso tem muitas aplicações em diferentes áreas, como a da saúde, para o estudo da função cerebral, mas também para detecção de objetos metálicos, de defeitos de fabricação de baterias sem uso de raios X e, mais recentemente, em comunicação, por meio do uso de sensores magnéti-
cos”, explicou Florez, que participou do evento on-line.
Já o pesquisador Amilson Fritsch, do Instituto de Física da USP de São Carlos, quer construir uma armadilha de íons, com aplicação em computação quântica e para aumentar a precisão de medições.
“A máquina poderá ser usada para diferentes tipos de experimentos e um deles será para metrologia”, disse Fritsch.
O trabalho do físico Rodrigo Benevides, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), também é voltado para
aplicações na computação quântica. O pesquisador planeja criar com colaboradores um transdutor quântico modular de micro-ondas óptico.
“Pretendemos construir um novo laboratório para a produção de sistemas de comunicação quântica projetados”, disse Benevides.
Por sua vez, o pesquisador Rafael Barros, também do IF-USP, irá estudar no âmbito de seu projeto estados quânticos com modos especiais e o físico Saimon Silva, do IFGW-Unicamp, se dedicará a elaborar fontes de fótons únicos de estado sólido para frequências de telecomunicações.
“O principal objetivo do projeto é desenvolver uma nova fonte única que opere no regime de telecomunicações”, disse Silva.
Um dos próximos passos na constituição do programa QuTIa será o lançamento, no primeiro trimestre de 2025, de uma chamada conjunta entre a Fapesp e a Faperj - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro para financiar pesquisa colaborativa em tecnologias quânticas entre pesquisadores dos dois Estados.
Por meio da chamada, as duas instituições selecionarão até cinco propostas de pesquisadores em início de carreira e seniores.
“As propostas selecionadas poderão receber recursos de até R$ 6 milhões, divididos em partes iguais entre as duas instituições. Além disso, lançaremos uma chamada para constituição de consórcios colaborativos de pesquisa em tecnologias quânticas”, antecipou Marcio de Castro, diretor científico da FAPESP.
Serão selecionados até três consórcios, que poderão receber recursos da ordem de R$ 10 milhões cada.
“Também estarão no escopo dessa chamada aplicações de defesa com tecnologias quânticas, que serão desenvolvidas em colaboração com pesquisadores de instituições militares, como o Exército, a Marinha e a Aeronáutica”, disse Wiederhecker.
Com atualizações nas redes legadas e uma visão liderada pelo governo, o progresso de cidades inteligentes eficientes e inclusivas continua inabalável, afirma a empresa de pesquisa e consultoria Astute Analytica.
O mercado japonês de cidades inteligentes foi avaliado em US$ 63,15 bilhões em 2024, de acordo com os dados mais recentes. A Astute Analytica projeta que ele atingirá US$ 216,99 bilhões até 2033, representando
uma taxa de crescimento anual composta de 14,7 por cento durante o período previsto de 2025-2033.
O relatório descreve como o mercado de cidades inteligentes do Japão está progredindo em um ritmo notavelmente rápido, revelando uma série de projetos inovadores, gastos públicos consideráveis e uma visão liderada pelo governo que se estende muito além do desenvolvimento urbano convencional.
Tóquio, Kobe, Fukuoka e Sapporo emergiram como algumas das principais cidades inteligentes, com Tóquio sozinha alocando 350 bilhões de ienes em 2023 para gerenciamento de tráfego por inteligência artificial (IA) para reduzir o congestionamento em mais de 2.000 cruzamentos. O governo japonês forneceu 1,2 trilhão de ienes em fundos totais para mais de 12 projetos piloto de larga escala, com foco em sistemas de água habilitados para Internet das Coisas (IoT), transporte público autônomo e aplicativos de segurança baseados em dados. Em linha com essas iniciativas, o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações está coordenando 18 comitês recém-formados para refinar os padrões técnicos para cobertura universal de 5G até o final de 2023, refletindo um impulso concentrado em direção a uma interconectividade mais ampla em regiões urbanas. Osaka é pioneira em transporte de última geração ao implantar 750 e-shuttles autônomos em rotas movimentadas, enquanto Sa-
pporo lidera em inovação em clima frio ao testar mais de 400 postes de luz equipados com sensores para monitoramento de queda de neve em tempo real. Fukuoka está instalando 9.000 câmeras de vigilância de alta resolução integradas com software avançado de reconhecimento facial, visando garantir a segurança pública enquanto experimenta análises de IA para controle de multidões.
Coletivamente, esses empreendimentos são apoiados pela visão abrangente do governo nacional que prevê pelo menos 10 expansões adicionais em nível de cidade até 2030, unindo tecnologias em gerenciamento de energia, assistência médica digital e segurança pública. Como prova da crescente ênfase na sustentabilidade, agora há 39.700 estações de recarga de veículos elétricos operando em todo o Japão, um número que ressalta a intenção do país de fazer a transição para soluções de mobilidade mais limpas em escala.
Muitos dos maiores municípios, incluin-
do Yokohama e Nagoya, começaram a implantar 14.000 postes de iluminação pública equipados com módulos LED adaptativos e sensores de movimento que escurecem ou aumentam de intensidade com base no tráfego de pedestres. Juntamente com mais de 500.000 unidades de vigilância gerenciadas privadamente espalhadas em complexos comerciais, o volume de hardware em serviço atingiu níveis sem precedentes, relata a Astute Analytica.
Esses conjuntos de hardware no mercado de cidades inteligentes no Japão são sustentados por investimentos robustos em infraestrutura. Os provedores de telecomunicações do Japão ativaram 37.000 estações base 5G adicionais em 2023, visando dar suporte a testes de veículos autônomos mais seguros em rodovias que abrangem mais de 500 km. Uma rede de 2.800 sensores meteorológicos avançados também foi lançada este ano, ajudando as autoridades locais a emitirem alertas de chuva hiperlocais. Enquanto isso, o relatório define como o governo continua a apoiar a expansão de nós de computação quântica em cinco incubadoras de tecnologia como parte de um piloto nacional. Combinados, os reguladores planejam equipar 20 data centers de grande escala com módulos de energia de backup de última geração para atender à crescente demanda por serviços ininterruptos. Os fornecedores de hardware, particularmente aqueles especializados em processadores de IA e configurações avançadas de sensores, acharão esse ambiente imensamente convidativo.
Aplicações de segurança pública no mercado de cidades inteligentes no Japão também ganharam destaque. Várias cidades introduziram plataformas integradas de prevenção ao crime que conectam municípios vizinhos, com 700 canais de dados inter-regionais operacionais neste ano.
O sistema de vigilância de rua baseado em IA de Fukuoka, que pode detectar comportamento suspeito em tempo real, alimenta diretamente um centro de aplicação da lei unificado com equipe 24 horas por dia
inaugurou 12 programas piloto com foco em divulgação de saúde mental por meio de sensores vestíveis, refletindo o compromisso do Japão com o bem-estar holístico em seus ambientes inteligentes.
A topografia diversificada do mercado de cidades inteligentes do Japão influencia substancialmente como as soluções de cidades inteligentes são implementadas: áreas historicamente avançadas como Tóquio, Yokohama e Kawasaki administram coletivamente 25 data centers multiníveis que gerenciam tudo, desde redes de energia até transporte público. Já regiões menores, mas em rápido desenvolvimento – como Kumamoto e Kanazawa – começaram a instalar 300 subestações de microrrede, garantindo fluxos ininterruptos de eletricidade mesmo durante desastres naturais. Essa interação demonstra uma profunda consciência da paisagem variada do país, especialmente porque 10 novos bancos de testes foram sancionados em prefeituras remotas para ajustar soluções de vida baseadas em agritech. Em regiões montanhosas, o monitoramento de estradas em tempo real cresceu em 2023, com 4.200 unidades de sensores implantadas em encostas para evitar deslizamentos de terra e inundações repentinas. E áreas costeiras no mercado de cidades inteligentes no Japão estão aproveitando dados de movimento de maré de 50 boias avançadas para regular a geração eólica offshore e proteger a pesca. Os planejadores urbanos também se beneficiam de redes de fibra óptica estendidas, que agora conectam 60 condados remotos a hubs de dados nacionais.
Desde o início de 2023, mais de 15 novos contratos foram formalizados com fornecedores estrangeiros de tecnologia no mercado de cidades inteligentes no Japão. Além disso, o orçamento nacional vem destinando cerca de 40 bilhões de ienes especificamente para projetos colaborativos que alinham empresas nacionais com provedores de serviços internacionais, uma abordagem projetada para promover parcerias criativas.
Divulgação/LNCC
O supercomputador Santos Dumont está entre os 100 supercomputadores mais poderosos do mundo. Isto porque, uma lista dos sites que operam os 500 sistemas de computadores mais poderosos é montada duas vezes por ano, e nesta última edição, lançada em novembro, o Santos Dumont aparece na lista do TOP500 na posição 89, garantindo a classificação do supercomputador como o mais poderoso da América Latina para pesquisa acadêmica, usado para processamento de cálculos complexos, tarefas extensas e com grandes volumes de dados. O Santos Dumont também está presente na lista Top500 Green, equipamentos mais eficientes em relação à eficiência energética, na posição 39, ou seja, é considerada a máquina mais eficiente na América Latina.
O supercomputador está instalado no Laboratório Nacional de Computação Científi-
ca (LNCC) e, recentemente, recebeu novos equipamentos para aumentar a sua capacidade. Os equipamentos foram adquiridos através de projeto de cooperação no valor de US$ 19,4 milhões com a Petrobras. Desenvolvidos pela empresa Eviden, linha de negócios líder do Grupo Atos em computação avançada, baseada na arquitetura BullSequana XH3000 da Eviden, com a capacidade expandida em 17 Petaflops e com 68,064 cores, termo utilizado para se referir, em informática, ao núcleo de um processador. Quanto mais “cores” (núcleos), mais rápido atuará o sistema - em tarefas robustas realizadas concomitantemente, como trabalhos com arquivos multimídia e gráficos.
O que difere um computador de um supercomputador é a capacidade para atender a projetos de grande escala, ou seja, são Petascala, sistemas de computação capazes de
calcular pelo menos 10 elevado a 15 operações de ponto flutuante por segundo (1 petaFLOPS). No caso do Santos Dumont, a capacidade de processamento foi quadruplicada para 20 quatrilhões de operações por segundo, de pico.
“Ganhamos uma infraestrutura de ponta que permitirá aos pesquisadores e cientistas acelerar descobertas e desenvolver soluções em áreas essenciais, como saúde, agronegócio e sustentabilidade,” afirma o diretor do LNCC, Fábio Borges.
Qualquer cientista brasileiro que apresente um projeto, em que fique comprovada a necessidade de uso de um supercomputador com a capacidade do Santos Dumont, pode utilizá-lo. Com essa expansão significativa, o equipamento permitirá que mais projetos de pesquisa brasileiros possam ser atendidos e aqueles, que já usam o Santos Dumont, possam concluir mais rapidamente suas simulações e análises de dados.
A atualização do Santos Dumont é a primeira etapa do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) que visa transformar o país em referência mundial em inovação e eficiência no uso da inteligência artificial, especialmente no setor público. O PBIA estabelece passos importantes para consolidar o Brasil como referência em inovação e tecnologia, promovendo conhecimento, desenvolvimento econômico e uma sociedade mais preparada para os desafios do futuro.
Atualmente, os novos equipamentos já foram montados e o supercomputador encontra-se na fase de “pré-ligação”, o que deve ocorrer em meados de janeiro de 2025. Além da atualização da máquina, será adquirido um novo sistema de refrigeração, visando maior eficiência e economia de água. Também está prevista a construção de uma rampa de acesso ao supercomputador visando maior mobilidade.
Novo relatório mostra adoção acelerada da nuvem híbrida e a crescente influência estratégica de TI
A Genetec Inc. compartilhou os resultados de seu Relatório Estado da Segurança Física 2025. Com base em insights de mais de 5.600 líderes de segurança física em todo o mundo (incluindo usuários finais, parceiros de canal, integradores de sistemas e consultores), o relatório oferece uma análise abrangente das tendências em evolução nas operações de segurança física.
Enquanto as organizações avaliam soluções em nuvem para segurança física, a maioria está optando por uma estratégia híbrida que atenda às suas necessidades operacionais, restrições orçamentárias e exigências de armazenamento. Essa abordagem flexível permite que dados e aplicações essenciais sejam gerenciados tanto localmente quanto na nuvem.
De acordo com o relatório, 43% dos usuários finais preveem adoções híbridas como sua abordagem preferida nos próximos cinco anos, em comparação com apenas 18% que preferem implementações totalmente na nuvem e 17% planejam permanecer totalmente in loco. Essa preferência pela nuvem híbrida é compartilhada por consultores e parceiros de canal, com 66% dos consultores planejando recomendar implantações híbridas nos próximos cinco anos.
Esses dados não apenas refletem a crescente demanda por modelos de implantação adaptáveis, mas também destacam uma abordagem ponderada para a adoção da nuvem à medida que a indústria amadurece.
Ao focar nas realidades operacionais, nos custos variáveis da nuvem e evolução dos requisitos de segurança, as organizações estarão mais bem posicionadas para adotar a nuvem com sucesso em um ritmo e custo que reflitam suas necessidades.
“Não é preciso tudo ou nada na abordagem de nuvem híbrida. As empresas permanecem no controle total de como adotam os seus sistemas em vários locais. Com um ecossistema aberto, podem implementar a melhor tecnologia — seja in loco ou na nuvem — que atenda às suas necessidades comerciais e evite comprometimentos desnecessários, sem nunca ficarem presos a soluções pro-
prietárias. Isso permite que eles implantem, escalem e façam upgrade de sistemas mais rapidamente, otimizem processos e fortaleçam sua postura de segurança de maneira mais eficiente”, disse Christian Morin, Vice-Presidente de Engenharia de Produto da Genetec Inc.
Uma década atrás, os sistemas de segurança física em grandes organizações eram normalmente gerenciados por colaboradores de departamentos de segurança especializados. No entanto, a crescente adoção de soluções na nuvem e nuvem híbrida, o aumento das ameaças à cybersecurity e a necessidade de alinhar a segurança física e digital levaram as equipes de TI a assumir um papel cada vez mais proeminente na influência da aquisição e implantação de sistemas de segurança física.
De acordo com o relatório, 77% dos usuários finais dizem que os departamentos de segurança física e tecnologia da informação (TI) agora trabalham de forma colaborativa. Além disso, os departamentos de TI estão assumindo um papel cada vez maior no processo de compra, com mais de 50% dos usuários finais, integradores de sistemas e consultores relatando que as equipes de TI agora estão ativamente envolvidas nas decisões de aquisição de segurança física.
“O papel em evolução da segurança física está remodelando a maneira como as organizações protegem tanto seu pessoal quanto suas redes digitais. Com a TI na vanguarda da implementação de soluções híbridas e na nuvem, as operações de segurança física estão se tornando mais resilientes, orientadas por dados e adaptáveis às ameaças em evolução”, acrescentou Morin.
O relatório revela um aumento significativo no interesse pela adoção de IA em segurança física, com 37% dos usuários finais planejando implementar recursos baseados em IA em 2025, ante apenas 10% em 2024. Esse interesse maior está alinhado a uma abordagem estratégica e orientada por propósitos. Com 42% dos usuários finais vendo a IA como uma ferramenta para otimizar as operações de segurança, as organizações estão se concentrando em aplicações práticas, como refinar a detecção de ameaças e automatizar processos de rotina com a automação inteligente como objetivo final.
Na América Latina, 69% das organizações estão priorizando a educação dos usuários sobre as melhores práticas de segurança cibernética, e 55% estão ajustando as permissões e privilégios dos usuários, em comparação com as médias globais de 71% e 44%, respectivamente. Além disso, a região se destaca no uso de Inteligência Artificial (IA), com 44% das organizações planejando inte -
grar Aprendizado de Máquinas, IA e/ou grandes aplicativos de modelos de linguagem em seu ambiente de segurança física até 2025, superando a média global de 37%.
“O Brasil está alinhado a essa tendência e esperamos um aumento expressivo da demanda por tecnologias com recursos de IA. Para 42% dos usuários finais na região, a IA é uma ferramenta para otimizar as operações de segurança, refinar a detecção de ameaças e automatizar processos de rotina, e a Genetec está totalmente preparada para atender às necessidades locais”, afirmou Luis Vieira, diretor de Marketing da empresa para a América Latina e Caribe.
Impulsionada pela demanda sem precedentes por capacidade de rede e poder computacional, a Verizon Business revelou o Verizon AI Connect , um conjunto integrado de soluções e produtos projetados para permitir que as empresas implantem cargas de trabalho de inteligência artificial (IA) em escala.
Embora o treinamento de modelos avan-
çados de IA atuais exija imensos recursos de computação, a mudança para a tomada de decisão em tempo real - conhecida como inferência - está pronta para impulsionar uma demanda massiva por poder de computação adicional. De acordo com a McKinsey, espera-se que 60-70% das cargas de trabalho de IA mudem para inferência em tempo real até 2030, criando uma necessidade urgente de
conectividade de baixa latência, computação e segurança na borda além da demanda atual.
Para atender à demanda atual e futura de hiperescaladores, provedores de nuvem e empresas globais, a Verizon está construindo sua estratégia para alimentar o ecossistema de IA com ativos existentes reimaginados e integrados na rede inteligente e programável da Verizon. Da rede macro 5G e conectividade de fibra de alta velocidade a ambientes de computação de ponta e infraestrutura de espaço, energia e resfriamento, o Verizon AI Connect foi projetado para fornecer cargas de trabalho de IA conforme necessário. Hoje, o Google Cloud e o Meta já estão aproveitando capacidade adicional para dar suporte às suas cargas de trabalho de IA.
Além disso, a Verizon está expandindo seu ecossistema de IA por meio de parcerias e colaborações importantes, como seu trabalho com a NVIDIA para reinventar como plataformas de ponta baseadas em GPU podem ser integradas às redes privadas 5G da Verizon; uma nova parceria com a Vultr, uma provedora líder global de GPU-as-a-Service (GPUaaS) e computação em nuvem; colaboração com o Google Cloud em soluções avançadas de IA para manutenção de rede e detecção de anomalias, demonstrando o
poder da IA para otimizar o desempenho da rede e prever problemas potenciais; e com a Meta em vários produtos, tecnologias e unidades de negócios. A Verizon AI Connect expandirá essa parceria para infraestrutura de rede, um diferencial para ambas as empresas ao ajudar a construir o ecossistema de IA.
“Estamos vendo uma demanda significativa por infraestrutura de rede confiável que possa suportar cargas de trabalho de IA existentes”, disse Kyle Malady, CEO da Verizon Business. “À medida que a tecnologia evolui, nossa liderança no setor, a melhor conectividade edge-to-cloud da categoria, rede programável e ativos nos permitirão atender a essas necessidades e acelerar a inovação.”
O celular está desbloqueando a próxima onda de inovação tecnológica
Börje Ekholm, President & CEO of Ericsson. LINKEDIN
Estamos à beira de uma mudança sísmica, à medida que as empresas e o setor público adotam a transformação digital completa. E com essa mudança vem uma verdade simples: sem conectividade móvel de alto desempenho, sem digitalização avançada.
Vemos três grandes tendências interdependentes entre setores acelerando nos próximos 5 a 10 anos: eletrificação, automação e digitalização. Realizar o potencial dessas tendências depende de três tecnologias conectadas: móvel, nuvem e IA. Trabalhando juntas, essas tecnologias aumentarão a eficiência e a produtividade, ao mesmo tempo em que possibilitam serviços digitais e fáceis de usar, experiências imersivas e soluções mais sustentáveis.
Sem dispositivos móveis, nem a nuvem nem a IA podem realmente escalar. É por isso que é tão importante escalar totalmente essa próxima onda de conectividade avançada — especificamente os recursos superiores do 5G. Semelhante às mudanças tecnológicas anteriores que digitalizaram os consumidores e impulsionaram uma rápida expansão da economia de aplicativos, a próxima onda de dispositivos móveis remodelará as empresas, desbloqueará novo valor de rede e desencadeará inovação em todos os setores. Tornando a próxima onda de conectividade móvel uma realidade
Nos últimos anos, houve uma mudança fundamental na forma como construímos redes móveis. Na Ericsson, agora projetamos e construímos redes programáveis abertas. Essas redes são resilientes e energeticamente eficientes, garantindo uma experiência de
usuário superior em termos de disponibilidade, confiabilidade e velocidade.
Ao mesmo tempo, uma rede programável pode ser gerenciada por meio de software, o que permite mudanças rápidas e controle flexível sobre como a rede atua e quais serviços podem ser lançados. Isso permite conectividade mais rápida, segura e diferenciada, criando níveis de serviço baseados em prioridade que fornecem soluções personalizadas para cada cliente empresarial e governamental.
Também estamos mudando como inovadores, empreendedores e empresas podem aproveitar os recursos exclusivos da rede. Embora a rede móvel seja a maior plataforma que o mundo já viu, ela só tem operado em uma direção — da rede para o usuário. Queremos torná-la bidirecional, permitindo que os desenvolvedores interajam com a rede e usem seus recursos exclusivos para inovar.
Nós conduzimos essa mudança fundamental por meio de interfaces de programação de aplicativos de rede (APIs). Essas são interfaces padronizadas que permitem que redes móveis e aplicativos se comuniquem entre si e capacitam os desenvolvedores a chamarem recursos de rede específicos, como qualidade de serviço, velocidade, latência e localização, com um comando simples.
Nossa ambição é ver milhões de desenvolvedores usando tecnologias 5G para experimentar, inovar e criar aplicativos revolucionários.
No ano passado, anunciamos uma nova
parceria com alguns dos maiores provedores de serviços de comunicação do mundo. Eles abrirão suas redes para tornar recursos avançados facilmente acessíveis por meio de uma plataforma global para APIs de rede agregadas. Isso resultará em novos casos de uso para bancos, logística, manufatura e outras áreas que ainda não podemos imaginar.
Impactos reais da conectividade avançada
Hoje, muitos setores da indústria usam soluções proprietárias e não têm uma base única de tecnologia de conectividade, o que limita os benefícios de escala, como maior eficiência e custos mais baixos. Algumas áreas em que nossas redes padronizadas podem transformar uma indústria incluem redes privadas, redes para socorristas e conexões com satélites chamadas redes não terrestres.
Junto com APIs de rede e outras inovações, esses novos tipos de redes permitirão que os fabricantes redesenhem os processos de produção, permitam que os varejistas usem o celular como a principal tecnologia de acesso em todos os locais e garantam que os serviços de emergência e mensagens estejam disponíveis em todos os cantos do globo. Vemos esses ganhos de produtividade em primeira mão em nossa fábrica conectada por 5G no Texas, onde inovações como gêmeos digitais ajudaram a dobrar a produtividade da mão de obra.
Vamos analisar mais de perto três exemplos da próxima onda de inovação móvel:
• A banda larga de missão crítica permite uma cooperação perfeita entre agências de primeiros socorros. Os sistemas médicos podem relatar dados de pacientes em tempo real, complementados por vídeo para insights adicionais. Ao mesmo tempo, a equipe médica em campo pode receber instruções rápidas dos médicos e utilizar uma ampla gama de novos aplicativos, incluindo análise de voz baseada em IA para monitorar o status de um chamador para pré-diagnóstico preciso de condições como ataques cardíacos.
• Os portos são fundamentais para a economia global, transferindo até 90 por cento dos bens do mundo e buscando principalmente eficiência operacional e descarbonização. Em Cingapura, estamos implantando conectividade avançada 5G com a Singtel no Porto de Tuas para conectar veículos guiados automatizados (AGVs) habilitados para 5G. Isso melhorará o rastreamento de remessas em tempo real e otimizará ainda mais as operações de guindastes, permitindo
o transporte tranquilo de cargas entre o cais e os navios e vice-versa.
• APIs de rede permitirão proteção aprimorada contra fraudes online. A Amazon Web Services está trabalhando com a Vonage e a Ericsson para alavancar APIs para aprimorar a segurança móvel por meio de recursos como detecção de troca de SIM e autenticação segura, tudo impulsionado por IA generativa.
A próxima onda de dispositivos móveis
determinará os vencedores de amanhã
As empresas, países e regiões que lideram com 5G hoje colherão a maior parte da inovação e se tornarão as potências econômicas e políticas de amanhã. Assim como as ferrovias catalisaram a industrialização, as redes móveis de próximo nível remodelarão o cenário econômico e político, impulsionando o crescimento sustentável.
Os EUA e a China prosperaram na economia de plataforma de consumo porque foram os primeiros países a construir redes 4G nacionais. Índia, EUA e China, juntamente com partes do Oriente Médio, já estão correndo à frente na era 5G. Por exemplo, a China implantou mais de 10.000 redes privadas para digitalizar empresas e obter ganhos massivos de produtividade, enquanto a Índia dobrou seus esforços 5G para implantar mais de 1 milhão de células 5G em um ano.
A Europa, por outro lado, ficou para trás. Coletivamente, ela agora enfrenta uma escolha que terá um impacto de longo alcance — ou continuar liderando o mundo em regulamentação ou começar a competir em inovação e tecnologias como 5G, como Jenny Lindqvist escreve.
Inovando para promover o crescimento de amanhã
Sou otimista por natureza e sempre acreditei que você molda seu próprio futuro. A digitalização só vai acelerar, e a indústria de telecomunicações tem uma oportunidade única na vida de criar mudanças transformacionais em sociedades em todo o mundo. Os países têm uma escolha importante a fazer. Eles vão se comprometer com a liderança tecnológica ou ficarão de fora?
Pode ser desafiador nos desvencilharmos coletivamente de como trabalhávamos no passado, seja em nível empresarial ou governamental ou dentro da própria indústria de telecomunicações. Como meu pai costumava dizer: “Qual é a melhor hora para plantar uma árvore? 40 anos atrás. Quando é a segunda melhor hora? Hoje. Apenas comece.”
Por Puneet Sinha, Siemens Digital Industries Software.
A indústria de baterias expandiu muito rapidamente devido à alta demanda por veículos elétricos a bateria, aos programas de incentivo de governos para impulsionar a produção e às regulamentações para promover novas fábricas. No entanto, o cenário de mercado em evolução introduz novas complexidades, incluindo problemas de excesso de capacidade, preços flutuantes e aumento da concorrência. Para prosperar, as empresas precisam se adaptar, adotando a transformação digital como base para o crescimento e a eficiência.
Manufatura orientada por dados para aumento de eficiência
Um dos desafios mais urgentes na fabricação de baterias é a alta taxa de materiais descartados, que pode representar até 40% da produção em instalações recém-criadas e de 10 a 15% em operações maduras. A redução dessas taxas de refugo, mesmo que seja por uma pequena margem, pode se traduzir em bilhões de dólares em economia para os produtores de grande escala.
Os métodos tradicionais de ajuste das operações para obter melhorias gradativas não são mais suficientes. Ao invés disso, as empresas estão se voltando para a manufatura orientada por dados, alimentada por gêmeos digitais, convergência de TI-OT e tecnologias avançadas como inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML). Essas ferramentas permitem que as empresas coletem e contextualizem dados
de fábrica, descubram gargalos de produção e resolvam problemas de qualidade em sua causa raiz. Por exemplo, a combinação da análise de IA com simulações de fabricação ajuda a identificar células defeituosas no início do processo, minimizando o desperdício e melhorando a qualidade geral da produção.
A transformação digital também muda a forma como os engenheiros interagem com o chão de fábrica. Por meio de ferramentas virtuais, os engenheiros podem diagnosticar e resolver problemas sem estarem fisicamente presentes, economizando tempo e recursos. À medida que o setor enfrenta a intensificação da concorrência e a flutuação da demanda, a digitalização continua sendo fundamental para manter a lucratividade e impulsionar a inovação.
Além de aprimorar os processos existentes, a transformação digital desempenha um papel fundamental na aceleração da adoção de tecnologias inovadoras de baterias. Os avanços nas químicas de íons de sódio e nas arquiteturas de estado sólido estão remodelando o setor, oferecendo novas possibili-
dades de baterias econômicas e de alto desempenho. As baterias de íon de sódio, por exemplo, estão em fase inicial de comercialização na China, atendendo a pequenos veículos urbanos. As baterias de estado sólido, defendidas por empresas como a Toyota e a Quantumscape, prometem revolucionar o mercado com maior densidade de energia e segurança.
A adoção dessas tecnologias depende de ferramentas digitais que permitam simulações e avaliações abrangentes. Ao aproveitar os gêmeos digitais e os modelos orientados por IA, as empresas podem iterar rapidamente em novos projetos, otimizar o desempenho e colocar as baterias de última geração no mercado mais rápido do que nunca.
À medida que as iniciativas globais de sustentabilidade pressionam por redes de energia descarbonizadas, a demanda por sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) deverá quintuplicar até 2030. Esse aumento é alimentado ainda mais pelas crescentes necessidades de energia das instalações de treinamento de IA e dos data centers.
No entanto, a produção de BESS apresenta desafios únicos. Um sistema de 1 GWh pode incluir milhões de componentes, o que o torna tão complexo de fabricar e gerenciar quanto uma aeronave Boeing 787. O uso de soluções digitais é essencial para superar esses obstáculos, desde a simplificação das cadeias de suprimentos até o aprimoramento do gerenciamento de estoques e de listas de materiais. Com o crescimento do setor, a digitalização continuará sendo um facilitador essencial da produção escalável e sustentável de BESS.
Tornar-se uma empresa digital ajuda os negócios a encontrarem a flexibilidade para reorientar e dar continuidade a operações bem-sucedidas. Essa mudança pode se dar por meio de melhorias técnicas no produto ou no processo, mas também pode ser uma mudança no foco do mercado. As baterias têm aplicações importantes em toda a nossa vida. Concentrar-se em apenas uma aplicação, mesmo que grande, não é uma receita sustentável para o sucesso.
A Siemens torna as ferramentas acessíveis em todo o mercado de baterias. Há um grande potencial para o futuro do setor e as ferramentas certas podem transformar esse potencial em realidade.
O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou financiamento no valor total de R$ 800 milhões para apoiar o plano de digitalização das medições de três concessionárias de distribuição de energia da CPFL Energia S.A. Com recursos do BNDES Mais Inovação, serão adquiridos e instalados medidores inteligentes (smart meters) em substituição aos medidores atuais (eletromecânicos ou eletrônicos). O investimento integra o plano de substituição de medidores nas áreas de concessão de cada uma das concessionárias, previsto para se estender entre 2025 e 2029, com um custo total estimado em mais de R$ 1,2 bilhão.
Os recursos serão destinados a três empresas controladas pela holding da CPFL, que prestam serviço público de distribuição de energia elétrica. Serão R$ 326,3 milhões para a CPFL Paulista (Companhia Paulista de Força e Luz, que atende cerca de 5 milhões de clientes em 234 municípios de São Paulo), R$ 411,4 milhões para a CPFL Piratininga (Companhia Piratininga de Força e Luz, com 2 milhões de clientes em 27 municípios paulistas) e R$ 62,1 milhões para a CPFL Santa Cruz (Companhia Jaguari de Energia, com 511 mil clientes em 45 municípios em São Paulo, Minas Gerais e Paraná).
Entre os benefícios estão a transmissão dos dados de consumo de forma remota e em tempo real, eliminando a necessidade de leituras manuais mensais de consumo (passíveis de erros, atrasos e custos de deslocamento), a melhora na gestão em caso de interrupção do fornecimento de energia e a melhora na gestão e monitoramento em tempo real por parte dos consumidores sobre o uso da sua energia, possibilitando o ajuste dos hábitos de consumo, para reduzir as contas de eletricidade, além da adoção de um consumo mais consciente.
“Esse é o primeiro plano de investimentos para a implantação de medidores inteligentes aprovado pelo BNDES. O projeto resultará na aquisição de equipamentos inovadores, de fabricação nacional, que oferecem diversos recursos tecnológicos para gestão do consumo de energia, garantindo agilidade nos serviços prestados pelas distribuidoras, beneficiando os consumidores”
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Segundo Kedi Wang, a CFO da CPFL Energia, a empresa está comprometida em desenvolver uma rede elétrica inteligente, sustentável e altamente confiável. “O aumento nos investimentos em medidores inteligentes desempenha um papel fundamental ao permitir uma gestão mais eficiente das cargas elétricas e ao proporcionar um entendimento mais preciso dos padrões de consumo dos clientes. Isso resulta em maior eficiência operacional, redução de custos e acelera a digitalização e modernização de equipamentos no setor elétrico, contribuindo para uma significativa melhoria na qualidade dos serviços de energia oferecidos aos consumidores. O apoio do Fundo de Inovação do BNDES é essencial para viabilizar o início desse projeto”, reforça Kedi.
A digitalização é um dos temas transversais presentes no Plano Nacional de Energia 2050 da EPE - Empresa de Pesquisa Energética, baseado nas diretrizes do Ministério de Minas e Energia para o desenho da estratégia de longo prazo do setor energético brasileiro.
A Embraer anunciou que está trabalhando em conjunto com a Florida Power & Light Company (FPL) para expandir o uso de energia renovável nas unidades industriais dos Estados Unidos, com a instalação de painéis solares em Melbourne.
Este é o primeiro e o maior projeto de geração de energia solar da Embraer dentre todas as suas operações globais. Insta -
lados em Melbourne, Flórida, na sede da Embraer Aviação Executiva, esses painéis solares de última geração ampliarão o uso de energia renovável pela empresa. Essa iniciativa reforça o compromisso da Embraer em atingir a meta de operar com 100% de sua energia proveniente de fontes renováveis até 2030, em todas as suas instalações globais.
“Esse projeto representa um grande marco para a nossa companhia. Ele significa nosso compromisso com o futuro da aviação sustentável e a nossa dedicação ao crescimento sustentável. Ao reconhecer a urgência da crise climática, entendemos a importância da transição para uma economia de zero carbono. A necessidade de adaptar o nosso setor a esse novo contexto apresenta uma oportunidade significativa de crescimento e inovação”, afirma Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer.
“Nossos clientes nos consideram uma referência em tecnologia de última geração e inovação, seja no ar ou no solo. A transição de uma parte significativa do consumo de energia do nosso campus de Melbourne para um modelo mais sustentável irá melhorar nossa eficiência operacional, garantindo que nossos jatos executivos, líderes do setor, sejam respaldados por uma infraestrutura tão avançada quanto as próprias aeronaves”, disse Michael Amalfitano, presidente e CEO da Embraer Aviação Executiva.
O programa FPL SolarVantage facilita a adoção do uso de energia renovável por empresas como a Embraer, oferecendo uma solução para geração de energia solar completa. O programa fornece uma variedade de estruturas solares customizadas para clientes comerciais e governamentais, incluindo coberturas, pavilhões, instalações solares em
telhados e no solo, abrigos, bancos, mesas e árvores. Os clientes trabalham em estreita colaboração com a equipe da FPL para identificar e desenvolver uma solução adequada às suas instalações. O programa não exige investimento inicial e a FPL gerencia o projeto, a instalação e a manutenção do ativo solar durante a vigência do contrato.
“Estamos muito felizes em dar as boas-vindas à Embraer ao nosso programa FPL SolarVantage com uma instalação solar projetada para ajudar a empresa a dar um passo significativo em direção às suas metas de sustentabilidade”, diz Tim Oliver, vice-presidente de Desenvolvimento para a FPL. “Parabenizamos o comprometimento da Embraer com as fontes de energia que irão ajudar a manter o ar e a água limpos, hoje, e pelos próximos anos”.
A instalação solar, que conta com mais de 1.900 painéis, será a primeira em uma unidade industrial da Embraer nos EUA capaz de compensar o consumo de energia no local. Os painéis solares têm a capacidade de fornecer até 1.800 MWh/ano – o que representa a maior parte da energia necessária para alimentar as instalações do Centro de Atendimento ao Cliente da empresa.
Desde 2021, quando a Embraer anunciou as novas metas ambientais como parte
de seus compromissos de ESG, a companhia continuou priorizando alternativas de energias mais limpas, incluindo a adoção e o aumento no uso de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) em operações de voo a partir de suas instalações em Melbourne, Flórida.
A instalação dos painéis solares no local irá trazer energia livre de emissões para o campus da Embraer Aviação Executiva, com previsão de início das operações até o final de 2025.
A última edição do International Business Report (IBR), estudo trimestral conduzido pela Grant Thornton, uma das maiores empresas de consultoria, auditoria e tributos do mundo, apresentou o menor índice de preocupação do médio empresariado brasileiro em relação aos custos com energia, desde o início da pesquisa. De acordo com os dados, houve queda de 5 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2024, saindo de 41% para 36%.
O IBR, realizado com cerca de 4 mil líderes empresariais de médio porte em 31 países, também aponta que o Brasil está na contramão da América Latina, que saiu de 37% e subiu para 39%, além da média global que aumentou de 50% para 55%.
Segundo Élica Martins, Líder de Energia e Recursos Naturais na Grant Thornton Brasil, esse cenário reflete a busca dos empresários por fontes alternativas, impulsionada principalmente pelo mercado livre de energia, que permite a redução de custos a partir da autonomia de consumidores de alta tensão na escolha do fornecedor ideal.
Além do livre mercado de energia, Martins também pontua que condições climáticas são fatores influentes na preocupação com os custos de energia. “No Brasil, onde as reservas hidrelétricas representam nossa principal fonte, anos com boas condições hídricas, como foi em 2024, permitem um aumento na geração hidrelétrica. Isso tende a reduzir os custos de energia, uma perspectiva que o setor já sinaliza para 2025”, explica.
A especialista ainda ressalta que a maior disponibilidade de energia solar e eólica em determinadas regiões também ajuda a manter os preços mais baixos, principalmente para gerações próprias e por meio de grupos de consórcios.
A Abraceel - Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia divulgou no início de dezembro passado que o modelo atingiu 60 mil unidades consumidoras, sendo que
mais de 22 mil migraram em 2024, representando aumento de 58% em relação a 2023. Esse número corresponde a 40% do consumo de eletricidade do país. “O movimento foi possível por meio da portaria MME 50/2022, em vigor desde janeiro do ano passado, que reduz custos operacionais principalmente para indústrias de médio porte, ao possibilitar a migração de forne -
cedores e por poder escolher a fonte de geração de energia para o negócio. Analisando as informações, esse formato deve permanecer em alta ainda em 2025”, avalia a especialista.
Élica traz também a diversificação de fontes de energia como um possível fator para a redução da preocupação. “O aumento da participação de energias renováveis, como solar e eólica, tem ajudado a estabilizar os preços. Isso ocorre porque essas fontes são menos suscetíveis às flutuações de preços dos combustíveis fósseis, além de estar em linha com o grande desafio sustentável, uma vez que é uma energia limpa”, esclarece.
Nesse contexto, a analista também acrescenta: “Para as empresas de médio porte que não conseguem investir neste momento, existe a possibilidade de procurar por consórcios e optar pela geração distribuída ou também entrar no mercado livre de energia. Esse movimento não só democratiza o acesso à energia mais barata, mas também promove a sustentabilidade e a independência energética.”
Em linha com a diversificação, também estão as novas políticas governamentais e regulatórias. De acordo com a especialista, medidas como incentivos fiscais para energias renováveis e regulamentações que promovam a eficiência energética têm um papel importante na redução dos custos de energia. Apesar disso, Élica explica que o setor ainda enfrenta desafios. “A volatilidade dos preços das matérias-primas e a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura são obstáculos que não podem ser ignorados”, conclui.
“O ano de 2024 foi marcado por uma significativa depreciação do real em relação ao dólar, evidenciando as pressões cambiais enfrentadas pela economia brasileira. Essa desvalorização, impulsionada por fatores internos e externos, influenciou para uma maior expectativa no aumento da inflação, já que importar produtos se torna caro, impactando negativamente o poder de compra da população e dificultando o planejamento das empresas e dos consumidores. O caminho para superar esses obstáculos exige planejamento e cumprimento dos orçamentos de forma criteriosa, geração e preservação do caixa. Além disso, alguns empresários têm buscado a inovação para maior eficiência operacional e redução de custos. Porém, cabe ressaltar, que a mão de obra qualificada continua, e continuará, sendo um dos desafios para o crescimento sustentável a longo prazo”, afirma Daniel Maranhão, CEO Grant Thorton Brasil.
A nova agenda regulatória da ANA - Agên- cia Nacional de Águas e Saneamento Básico para o biênio 2025/2026 foi publicada em 12 de dezembro do ano passado, oficializada na Resolução ANA nº 227/2024, identificando e priorizando os temas que serão estudados e transformados em resoluções e normas de referência. Essa edição estabelece 25 temas divididos entre os eixos de atuação da ANA: saneamento básico, regulação de uso de recursos hídricos, regras para operação dos reservatórios, monitoramento hidrológico, planejamento e informação de recursos hídricos, implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, fiscalização, regulação de serviços e segurança de barragens.
Para o saneamento básico, 12 temas serão transformados em normas de referência (NR). As duas últimas agendas (21/22 e 23/24) tinham 21 temas cada para o eixo do saneamento básico. Nos últimos quatro anos, a média de publicação de NRs foi de duas por ano: a agenda atual é mais realista com o tempo que se leva desde os estudos,
formulação, debate público e finalização de cada NR.
O acompanhamento das fases de implementação pode ser feito pelo painel de monitoramento da ANA, mas já se espera, para o 1° semestre 2025 a Norma de Referência (NR) sobre estrutura tarifária para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A importância e urgência desta norma se alinha também com a necessidade de regulamentação da Lei da Tarifa Social (Lei 14.898/2024). Com prazo para o 2° semestre de 2025, deve sair a elaboração de NR sobre redução progressiva e controle das perdas de água - tema que havia sido colocado na agenda de 2021-2022. Com prazo para o 2° semestre de 2026, o tema de reuso de efluente de esgoto sanitário tratado deve ganhar espaço nas discussões.
Outros temas da agenda que devem receber atenção são a regulação de parcerias público privadas (PPPs) nos serviços de saneamento básico; a drenagem e manejo de águas pluviais que deve gerar duas NRs, uma sobre a estruturação dos serviços públicos
que está em fase final e outra que estabelece padrões e indicadores operacionais; para manejo de resíduos sólidos urbanos a NR prevista para o período versa sobre padrões e indicadores operacionais; norma que trata dos contratos e editais de licitação já está em elaboração para a padronização de instrumentos negociais da prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
A Agenda foi acrescida de uma segunda lista com temas para serem desenvolvidos entre 2027 e 2028, no entanto em 2027 deve ser elaborada uma nova agenda para os próximos dois anos.
O processo de construção da Agenda Regulatória contou com duas etapas de participação: a Tomada de Subsídios nº 02/2024 e a Consulta Pública nº 05/2024 – da qual participaram 37 pessoas e instituições em 200 contribuições; destas, 34 foram acatadas, 53 acatadas parcialmente, 60 não acatadas e 53 não se aplicam.
O IAS – Instituto Água e Saneamento participou dos dois processos de escuta sugerindo a inclusão na agenda regulatória da
Norma de Referência sobre medidas de segurança, emergência e contingência, inclusive racionamento. Mas a NR em questão não entrou na Agenda 2025/2026 e na análise das contribuições feitas pela ANA considerou-se a sugestão como parcialmente acatada. A devolutiva foi que a necessidade de uniformizar diretrizes para lidar com racionamento de água de forma integrada e contextualizada com a realidade local, já está sendo abordada na futura NR de condições gerais para prestação dos serviços de água e esgoto e de maneira transversal em outros normativos.
Junto à proposição o IAS incluiu uma Nota Técnica elaborada pelo IAS na qual ressalta que a NR sobre Medidas de Segurança, de Contingência e de Emergência está incluída no conjunto de normas de referência definidas na Lei pelo Marco Legal. Assim, não deveria ser suficiente que apenas uma parte – a que trata de medidas para situações de escassez hídrica e não de enchentes e chuvas extremas - fosse abordada de forma pouco detalhada em uma outra NR de caráter geral.
Com fumaça e corantes, os técnicos da Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo percorrem as ruas de Itanhaém e Guarujá, na Baixada Santista, fazendo testes e inspeções nas redes de esgoto para identificar conexões irregulares de despejo de água pluvial nos sistemas operados pela empresa.
Como o litoral de São Paulo tem baixa cobertura de rede de drenagem, a ocorrência de conexões irregulares é alta. Em época de chuvas fortes, entra água pluvial em excesso na rede de esgoto e pode provocar vazamentos nas ruas.
O trabalho é dinâmico porque as casas são vendidas e reformadas com frequência.
Uma residência que estava plenamente regular numa vistoria, pode ter construído ou reformado e a ligação pode ficar irregular. Mas também é bastante comum que as vistorias encontrem ligações irregulares mesmo nas vias públicas e bocas de lobo.
O teste de fumaça consiste na liberação de uma fumaça inofensiva à saúde, insuflada por poços de visita – os bueiros. Cada teste de fumaça é realizado a cada 150 a 200 metros e tem duração média de 5 a 10 minutos. A fumaça pode aparecer em pontos como ralos, calhas, tanques e caixas de inspeção, e pode apontar possíveis problemas nas instalações, como a ligação indevida do sistema de águas pluviais do imóvel na rede de esgoto.
Com a fumaça dentro das redes da Sabesp, identificam – se as ligações de água de chuva dos imóveis com as redes da Companhia e se consegue mapear e visualmente identificar uma possível ligação irregular. A rede de esgoto não é projetada para admitir água de chuva, é projetada para encaminhar apenas esgoto doméstico. Ao misturar água de chuva com a rede da Sabesp, em períodos de alta carga de água, como as chuvas de verão, há sobrecarga na rede de coleta de esgoto,
causando prejuízos como extravasamento, retorno dessa água para dentro do imóvel e comprometendo a operação das redes e estações elevatórias.
Além do teste de fumaça, os técnicos aplicam um corante inofensivo à saúde, que complementa o diagnóstico e ajuda a identificar possíveis falhas nas tubulações de esgoto dentro das residências. O corante é despejado diretamente no vaso sanitário, pias e caixas de inspeção, possibilitando o rastreamento da água colorida pelas redes de esgoto. Esse tipo de teste não oferece nenhum tipo de risco à saúde dos moradores.
Os testes são conduzidos por técnicos especializados da Sabesp, que realizarão vistorias em garagens, quintais e ao longo das ruas, procurando sinais de fumaça. Caso os moradores percebam a presença de fumaça em suas residências, devem avisar um dos técnicos que acompanham a ação.
O teste é gratuito e não há qualquer cobrança de taxas. Caso vazamentos sejam identificados, a Sabesp elabora relatório e orienta a população sobre os reparos necessários, além de formalizar a situação junto à Prefeitura.
Águas minerais reage após retirada de água mineral da cesta básica estendida
Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), relator do projeto de regulamentação da Reforma Tributária, rejeitou a proposta de redução em 60% da alíquota sobre a água mineral, prevista na emenda 2105, de autoria do senador Espiridião Amin e incorporada ao relatório do Projeto de Lei Complementar 68/2024. Se nada for mudado, produto que protege o meio ambiente, não passa por qualquer tratamento e beneficia milhões pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade, que não tem opções de consumo, passará a pagará mais impostos que os refrigerantes.
“Entendemos que a aprovação da emenda 2105 deve ser objeto de um robusto esforço coletivo para que possamos assegurar a sustentabilidade do setor, essencial para a sociedade. A redução tributária é fundamental para a manutenção da atual tributação do setor de águas minerais, considerando a importância deste produto tanto para a saúde da população quanto para a economia nacional. A água mineral enfrentará uma carga tributária de aproximadamente 26,5% + 1% de royalties por Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), superior à dos refrigerantes, que se beneficiam de incentivos fiscais mantidos na reforma tributária. A redução proposta visa corrigir esta distorção”, afirma Carlos Alberto Lancia, presidente da ABINAM.
Com a aprovação, o imposto sobre os garrafões de 20 litros (retornáveis) aumentará de 7% para 26,5% em grande parte do país, resultando em um acréscimo de 19%. Já as embalagens descartáveis, que atualmente têm alíquotas próximas de 18%, passarão a pagar 27,5%, somando o 1% de royalties pela exploração mineral (CFEM).
Para ABINAM a decisão impacta diretamente o povo brasileiro, principalmente as
populações mais vulneráveis, como comunidades em favelas, populações ribeirinhas, no Sertão nordestino e no Pantanal, onde o acesso à água potável já é limitado.
A ABINAM lamenta que uma medida tão crucial para corrigir distorções tenha sido rejeitada, mantendo incentivos fiscais para produtos prejudiciais à saúde enquanto penaliza um item essencial para a hidratação e saúde da população.
O Instituto Mauá de Tecnologia, uma das instituições mais respeitadas no campo da inovação tecnológica no Brasil, recebeu o Prêmio Automação 2024 da GS1 Brasil na categoria Educação, com o projeto “Emba- lagem Inteligente para o Transporte de Órgãos”, uma iniciativa que estabelece novos padrões de segurança, eficiência e rastreabilidade no transporte de órgãos para transplantes.
O projeto, que aborda um dos maiores desafios logísticos da área de saúde, alia tecnologias de ponta para garantir que os órgãos cheguem ao destino em condições ideais, minimizando o risco de comprome -
timento. Além de oferecer uma solução tecnológica de excelência, o Instituto Mauá de Tecnologia também propõe normatizar todo o processo de transporte, criando um modelo que pode ser replicado em escala nacional e internacional.
A embalagem inteligente utiliza o QR Code Padrão GS1 e o Digital Link para fornecer informações detalhadas em tempo real sobre o
transporte. Esses padrões permitem que cada caixa seja rastreada desde a saída até a chegada ao hospital ou centro cirúrgico, com dados acessíveis por meio de smartphones ou dispositivos integrados. As informações incluem a localização da embalagem, a temperatura interna, a integridade do conteúdo e até notificações sobre qualquer alteração nas condições que possa colocar o órgão em risco.
“Com as soluções propostas pela GS1, criamos um sistema que garante total rastreabilidade e segu- rança. É possível acompanhar todas as etapas do transporte e assegurar que o órgão chegue ao seu destino em condições ideais”, explica Fernando Martins, chefe da Divisão de Eletrônica e Telecomunicações do Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia.
Além do QR Code Padrão GS1, o sistema também integra o protocolo SGTIN-96, que associa de forma inviolável cada embalagem a um banco de dados único, e antenas RFID, que registram automaticamente a entrada da embalagem em hospitais ou centros cirúrgicos equipados com a tecnologia.
Um dos diferenciais da embalagem inteligente é o sistema de monitoramento remoto, que elimina a necessidade de gelo tradicionalmente usado para manter a estabilidade térmica. Em vez disso, a solução utiliza sensores IoT para controlar a temperatura, um
visor digital que exibe as condições internas e alarmes que alertam sobre qualquer alteração que possa comprometer o órgão.
Esses recursos mitigam problemas logísticos frequentemente responsáveis pela recusa de órgãos para transplantes, que impactam diretamente as milhares de pessoas que aguardam na fila. “Estamos criando um legado para a sociedade. Essa embalagem não é apenas um equipamento; ela redefine como o transporte de órgãos deve ser feito, aumentando a eficiência do sistema de saúde e, principalmente, salvando vidas”, destaca Martins.
Os desafios do saneamento básico no Brasil permanecem urgentes. Segundo dados do Instituto Trata Brasil de 2023, mais de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água tratada, e quase 100 milhões carecem de coleta de esgoto. Soluções tecnológicas que aumentem a eficiência e resiliência de redes de tratamento de água já existem e são cada vez mais cruciais para a sustentabili-
dade hídrica. A Rockwell Automation, líder global em soluções de automação industrial, está por trás de tecnologias inovadoras que estão permitindo esses resultados.
A empresa apresentou durante a Automation Fair 2024, feira global de inovação e tecnologia para o setor industrial, como uma agência de tratamento de água na Califórnia, Estados Unidos, transformou a sua operação
através de sistemas integrados e da automação, aplicando um modelo viável para o futuro do saneamento básico em outros países, incluindo o Brasil.
A planta da Inland Empire Utilities Agency (IEUA) atende quase um milhão de pessoas na região de Chino Creek e enfrentava problemas semelhantes aos de muitas cidades brasileiras: infraestrutura obsoleta e demanda crescente por água tratada. Em parceria com a Rockwell Automation, a agência implementou o PlantPAx®, um sistema avançado que permite monitorar e gerenciar, em tempo real, variáveis críticas como fluxo e qualidade da água, integrando todas as operações em uma interface única.
Com a tecnologia, a planta passou a operar 24 horas por dia, mesmo com funcionários trabalhando apenas em horário comercial.
Já a plataforma ThinManager, também da Rockwell Automation, envia alertas de problemas na planta e permite que operadores respondam rapidamente, muitas vezes sem sair de casa. A solução se mostrou particularmente relevante em cenários de emergência, onde a capacidade de intervenção imediata foi fundamental para prevenir interrupções no fornecimento de água na região. Essa automação também melhorou a eficiência energética, reduziu o desperdício de recursos e garantiu a conformidade com regulamentações ambientais.
Para Loren Shifley, consultor sênior de soluções para a indústria da Rockwell Automation, a modernização contínua e o uso de tecnologias são mais do que uma necessidade: são uma estratégia para a resiliência hídrica. “O futuro do saneamento está em antecipar os desafios, integrando sustentabilidade e eficiência em todos os níveis da operação. A automação não é apenas uma ferramenta; é uma aliada na transformação das cidades.”
No Brasil, onde o setor industrial consome 9,4% da água disponível, segundo a Agên- cia Nacional de Águas (ANA), a adoção de tecnologias como o PlantPAx® oferece múltiplos benefícios. Com sensores inteligentes e monitoramento contínuo, problemas na distribuição e no tratamento podem ser detectados e corrigidos antes de se tornarem crises. Além disso, soluções como o biorreator de membrana (MBR) elevam a qualidade do efluente tratado, permitindo sua reutilização em indústrias e na agricultura, aliviando a pressão sobre os recursos naturais.
A experiência da IEUA também mostra a importância da modernização de infraestruturas legadas para cidades mais inteligentes. A substituição de sistemas por plataformas integradas não apenas melhora o desempenho operacional, mas também prepara as cidades para futuras demandas e crescimento populacional.
“O que vemos em todo o mundo é que o futuro do saneamento não está apenas em resolver os problemas de hoje, mas em se preparar para os desafios de amanhã,” afirma Shifley.
O VIF11-GP é um Transmissor de Pressão de Silício Piezoresistivo de alta performance, completamente digital, projetado para medições de pressão manométrica e absoluta, além de possuir modelos para aplicações de nível flangeado, selo remoto e sanitário. É um equipamento integrante das soluções IoT iField® da Vivace.
A versão GPRS do transmissor pode ser alimentada por fontes 5,0 Vcc/2A por fontes externas ou baterias e utiliza o protocolo de comunicação GPRS/GSM, classe 10 (GPRS device classe B), para transmissão de mensagens SMS(Short Message Service, ou Serviço de Mensagens Curtas), podendo trabalhar em quatro bandas: 850/900/1800/1900MHz. Pode ser configurado até 3 números de Sim Card para recebimento dos SMSs. Trabalha com Sim Card comerciais e modelos M2M e conceitos de APN.
Além disso, trabalha com MQTT.
Para configuração, calibração, monitoração e diagnósticos utiliza o software gratuito iField® com conectividade USB para Windows. Além disso, é possível calibrá-lo via ajuste local através de uma chave magnética. Possui, opcionalmente, a funcionalidade de data logger com registro em cartão SD Card de até 32 GBytes.
A Pepperl+Fuchs lançou sensores de medição de distância indutivos com interface IO-Link. Os dispositivos são adequados para aplicações da Indústria 4.0 e oferecem não só funcionalidades de medição de elevada precisão, mas também informações abrangentes para monitorização de condições e manutenção preditiva. Os sensores conseguem detectar objetos a uma velocidade de até 3 m/seg e fornecer dados de medição precisos com uma precisão de repetição de 5%. O seu alcance de medição é de até 30 mm. Os sensores determinam a velocidade e a aceleração do elemento de amortecimento. É possível parametrizar individualmente duas janelas de comutação independentes e valores-limite definidos. Os filtros ajustáveis permitem ajustar a velocidade e a precisão de medição. A elevada frequência de comutação de até 1300 Hz permite tempos de transmissão muito curtos, ajudando assim a aumentar a produtividade. Através da interface IO-Link são transmitidos dados adicionais, incluindo temperatura e tempos e contadores de operação. A monitorização da velocidade e aceleração e os valores históricos destas variá-
veis permitem uma análise detalhada de subprocessos como abertura/fecho de válvulas e aceleração/travagem de elementos absorventes. Esta monitorização do estado da máquina facilita a manutenção preditiva e evita paragens imprevistas. Também estão disponíveis dispositivos com saídas analógicas para aplicações clássicas.
A RealMan destaca uma série de produtos de última geração projetados para revolucionar vários setores. Inovadores braços robóticos humanoides ultraleves oferecem agilidade, força e precisão inigualáveis. Projetados com materiais de última geração e controle de movimento avançado, esses braços permitem movimentos realistas, o que os torna ideais para as indústrias de produção e serviços, e até para assistência doméstica. Entre eles, o GEN72 é um braço robótico de classe de consumo que custa somente um pouco mais de US$1,000 e possui uma capacidade de carga de 2 kg. É adequado para aplicações de grande escala como pesquisa e desenvolvimento pessoais e cenários de serviços comerciais, levando verdadeiramente os braços robóticos para milhares de lares e indústrias.
Plataforma de desenvolvimento inteligente integrada de última geração combina destreza de dois braços com poderosos recursos de elevação. Seu design é ideal para linhas de montagem industriais, tarefas pesadas e operações colaborativas em armazéns e fábricas. 1/4 Os dois sistemas de teleoperação de cor-
po inteiro totalmente de código aberto desenvolvidos pela RealMan são treinados por meio de algoritmos de aprendizado por imitação e dados estáticos. Com somente 50 demonstrações de aprendizado, o robô com dois braços consegue realizar tarefas operacionais complexas com precisão de forma autônoma. Atuador integrado de robô combina motor, sensores e sistemas de controle em um design compacto. Suas capacidades de alto desempenho aumentam a eficiência robótica em inúmeras aplicações, de automação industrial a robótica colaborativa. A articulação WHJ da RealMan oferece densidade de torque ultraelevada, com uma densidade de torque máxima de 200 Nm/ kg, uma saída de torque máxima de 360 Nm e um diâmetro de somente 88 mm, oferecendo aos usuários um desempenho ideal. Possui codificadores duplos de 18 bit e um redutor harmônico com folga de quase zero, alcançando uma precisão de saída final de até 0,01°. Esse atuador integra motores de torque sem armação, redutores harmônicos, codificadores de círculo duplo, servoacionamentos, detecção de temperatura e outros componentes. Com funcionalidade plug-and-play, o rápido posicionamento da articulação, corrente e outros controles.
A Emerson lançou o Energy Manager, uma oferta de hardware e software pré-projetada criada para simplificar o monitoramento de eletricidade industrial com configuração rápida e operação intuitiva. Pronta para uso, a solução Energy Manager monitora o uso de energia dos ativos em tempo real, permitindo que os fabricantes obtenham informações detalhadas sobre o consumo de energia e os custos operacionais, reduzindo as emissões de dióxido de carbono (CO2) e maximizando a eficiência energética e operacional. A maioria dos fabricantes, incluindo fabricantes de equipamentos originais e industriais, empresas de bens de consumo embalados e produtores de alimentos e bebidas, enfrenta uma pressão crescente para aumentar a produtividade e reduzir o uso de energia e o impacto ambiental. No entanto, as máquinas industriais utilizam muita energia, consumindo altas cargas mesmo quando ociosas. Para atender melhor às metas de eficiência e sustentabilidade, os operadores precisam da melhor visibilidade possível do uso da energia de suas instalações para lidar com resíduos e ineficiências. A solução fornece medições de energia em tempo real, permitindo que os gerentes da planta visualizem rapidamente valores detalhados e identifiquem oportunidades de economia, como consumo ocioso e cargas de pico. O painel de instrumentos do software é fácil de usar e fornece uso de energia específico dos ativos, custos associados e emissões de CO2 para até 10 pontos de extremidade (expansível para 50 pontos de extremidade com uma licença). Esse nível de visibilidade proporciona às organizações maior controle para identificar máquinas ociosas e otimizar os cronogramas das máquinas durante horários de pico, diminuindo o uso de eletricidade em toda a planta e reduzindo significativamente os custos gerais com serviços gerais. A maioria das instalações pode reduzir o desperdício de energia em até 10–30% e as emissões de carbono em até 15–30%.
A Rohde & Schwarz aprimorou seu portfólio de osciloscópios de nível de entrada com o R&S RTB 2, o sucessor do popular osciloscópio R&S RTB2000. Em 2017, o R&S RTB2000 estabeleceu um novo padrão em sua classe, com recursos como operação touchscreen e resolução vertical de 10 bits - recursos anteriormente disponíveis apenas em instrumentos de ponta. Agora, o R&S RTB 2 continua esse legado, oferecendo recursos adicionais e desempenho aprimorado em um novo esquema de cores. Com o R&S RTB 2, a Rohde & Schwarz apresenta várias atualizações importantes que melhoram ainda mais a funcionalidade e a versatilidade do instrumento. Primeiro, o osciloscópio agora inclui um gerador de forma de onda arbitrária integrado. Esta adição permite que os usuários simulem estímulos de circuito ou emulem componentes ausentes. O gerador de forma de onda é capaz de gerar sinais de até 25 MHz e velocidades de padrão de até 50 Mbits/s. Ele suporta formas de onda importadas de arquivos CSV ou capturas de osciloscópio, com a capacidade de adicionar ruído para simular condições do mundo real. Ele também inclui padrões predefinidos para protocolos I2C, SPI, UART e CAN/LIN, fornecendo aos usuários a flexibilidade de selecionar contadores ou inserir padrões manualmente. O R&S RTB 2 se destaca como um instrumento versátil, 10 em 1, combinando um osciloscópio, analisador de protocolo, analisador lógico, gerador de forma de onda e muito mais.
Essa integração de múltiplas ferramentas o torna ideal para usuários que exigem soluções compactas, especialmente estudantes, amadores e engenheiros que trabalham em ambientes com espaço limitado. O modo educacional protegido por senha e o servidor web integrado permitem a visualização e o controle durante as sessões de laboratório, aumentando ainda mais a utilidade em ambientes educacionais. Além disso, o R&S RTB 2 vem com capacidades de memória expandidas, permitindo até 160 Mpoints no modo segmentado e permitindo que os usuários capturem mais dados para solução de problemas em profundidade. O pacote de opções de software R&S RTB 2-PK1 revisado aprimora ainda mais as 1/2 capacidades do osciloscópio, oferecendo uma gama mais ampla de aplicações e desempenho aprimorado.
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