Edição Nº 6 - 22/05/09

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Verdade

Objectividade

Isenção

Tiago

Faremos a festa em Leiria Página 6

Director: Carlos Borges | Sexta-feira | 22 Maio 2009 | Ano 1 | N.º 6 | Preço: 1 Euro | Bissemanal (Terça e sexta) | www.desportotal.pt

VITOR MANUEL

“JÁ NÃO VIVO OBCECADO POR TREINAR OS GRANDES” Páginas 16 e 17

U. de Coimbra Marialvas No “Jamor” de Tábua a final inédita da Taça AFC Página 32

Frederico Silva

Mais uma promessa do ténis das Caldas Página 30


Verdade

Objectividade

Isenção

Vitor Manuel

“Já não vivo obcecado por treinar os grandes” Director: Carlos Borges | Sexta-feira | 22 Maio 2009 | Ano 1 | N.º 6 | Preço: 1 Euro | Bissemanal (Terça e sexta) | www.desportotal.pt

Páginas 16 e 17

TIAGO:

“PODE ESCREVER: FAREMOS A FESTA EM LEIRIA!” Página 6

Frederico Silva

Mais uma promessa do ténis das Caldas

Futsal

Nadadouro Campeão Distrital Página 30

Página 26


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Carlos Borges

A crise de confiança Bem pregam os políticos que "é preciso ter confiança", mas o cidadão comum, aquele que tem oito horas diárias para gastar as energias em troca de um parco salário, não acredita.

EDITORIAL Muito se tem falado, nos últimos tempos, da crise que, de uma forma global, tem afectado o mundo e, particularmente, Portugal, por razões que são bem conhecidas e se prendem, fundamentalmente, com a nossa dependência quase absoluta, dos outros países. Temos que viver com o que temos, muito embora este lema nem sempre seja levado a sério, talvez porque, por uma questão rácica, vamos sempre aparentando ter mais do que o que temos, sermos melhores do que aquilo que, verdadeiramente, somos. Mas, nestas ocasiões…não é raro ouvir que "temos que fazer opções nas compras", …"temos que olhar para os preços antes de comprar" enfim, um ror de recomendações que, sendo verdadeiras, não têm sentido aplicar-se só quando a "tempestade nos caiu em cima!" Mas, no meio da crise e como resultado desta, também se vai dizendo que a quebra na venda dos jornais é resultante dessa opção. O jornal não é um artigo de primeira necessidade, quando queremos estar informados basta ouvir os noticiários televisivos, enfim, por estas ou outras razões aí estão as vendas dos diários -

desportivos ou generalistas - a cair quase a pique e colocando os grupos económicos de quem dependem, com as mãos na cabeça, por sentirem o valor das suas acções a descer e, consequentemente, a provocar a desconfiança do investidor! Ora aqui está - a nosso ver - a principal razão para o estado a que chegámos: crise de confiança. Isso, crise de confiança em quem nos governa, crise de confiança em quem nos dirige, crise de confiança na qualidade dos produtos que nos oferecem e, ainda, crise de confiança nas nossas próprias capacidades! Bem pregam os políticos que "é preciso ter confiança", mas o cidadão comum, aquele que tem oito horas diárias para gastar as energias em troca de um parco salário, não acredita. Perdeu a confiança, entrou numa espiral de negativismo e já nem as noticias da sua terra ou do seu clube o fazem ir à

banca dos jornais e quando vão comprar os cigarros da ordem, já nem procuram a marca que se habituaram a gastar mas outra, uns cêntimos mais barata! Outra comparação que ajuda: quem se habituou a fumar…não deixou de fumar porque o tabaco aumentou; procurou outra marca, mais barata! Mas…quem nunca teve hábitos de leitura e muitas vezes exibia o matutino só para "fazer ver"…os jornais não fazem falta nenhuma! Conclusão: As vendas dos jornais caíram, é verdade. Mas a causa só tem a ver com a crise porque ler nunca fez parte dos hábitos da nossa gente. E por mais que digam o contrário…ficamos na nossa.

CARTAS AO DIRECTOR Ex.mº Senhor Director Tenho sido assíduo leitor do seu jornal, mais pela curiosidade do que, propriamente, como apaixonado pelo desporto. Claro que não desgosto de futebol, mas desde que deixou de ser praticado pelo amor à camisola e passou para uma profissão altamente paga, desinteressoume. Por isso…gosto do seu jornal porque me dá noticias do desporto "puro", aquele que é praticado nas colectividades que raramente aparecem na Comunicação Social. Calculo as dificuldades do seu corpo redactorial em encontrar noticias e reportagens que tenham o tal interesse para o publico, isto porque, sei-o bem , quase toda a gente gosta e quer ler coisas do futebol e dos seu clube.

Você marcou a diferença. Ainda bem e parabéns por isso. Vamos ver até quando aguenta o desafio. Oxalá que por muito tempo. Amilcar Carvalho, Cortes

Sr. Director: O "DESPORTOTAL" tem um mês de vida e uma coisa me despertou curiosidade: os seus colunistas! Não há por aí muito jornal que se possa orgulhar de ter um naipe tão valioso de gente a escrever, colocando no topo, naturalmente, o SENHOR Artur Agostinho, pessoa que me habituei a ouvir ainda usava bibe de escola, quando gritava emocionado os golos de Portugal, no hóquei em patins, quando a nossa selecção se impunha às demais, pelo seu valor individual e colectivo. Só por isso, dou-lhe os meus

efusivos parabéns. Mas também aprecio o senhor Ribeiro Cristóvão - que transformou a Rádio Renascença e, claro, Jorge Coroado, um árbitro que se distinguiu pelo seu porte vertical. E Alves Barbosa ? Meu Deus, SÓ o grande campeão que arrastava multidões para a estrada. Também me lembro muito bem do Sr. Costa Santos enquanto redactor do RECORD durante muitos e muitos anos. Enfim, desculpe este arrazoado de lembranças, mas com gente assim será muito difícil não ter êxito. Oxalá não me engane! Leiria a região centro - precisa de um jornal assim. Artur Luís Mendes, Boavista

Senhor Director Estamos a assistir às primeiras caminhadas de um jornal que,

seguramente, vai ter sucesso. As diferenças do número zero para o número quatro, são enormes e isso revela que há gente que sabe o que está a fazer e reconhece os erros inicialmente cometidos. Óptimo que seja assim. Em termos de diversidade de textos e modalidades, muito bem. Será para continuar? Numa coisa têm de melhorar: na exposição publica, no modo como se devem mostrar aos candidatos a leitores. Uma publicidadezinha não seria mau de todo. Se o jornal não tivesse qualidade, seria difícil; mas tendo-a, não me parece missão impossível uma parceria com alguém que também estivesse na Comunicação Social. Nesta altura difícil, economicamente, há que deitar mão a parcerias…

Muitos êxitos. José Manuel Santos, Alcobaça

Senhor Director Sou uma fã de tudo o que há nas Caldas da Rainha e, como tal, não podia deixar de comungar da felicidade dos voleibolistas que trouxeram o título para a minha terra. E que bela primeira página foi feita no seu jornal, para comemorar o feito. Julgo que é a primeira vez que, sem ser futebol , vejo um jornal dedicar uma primeira página inteira a uma modalidade das chamadas "pobres"! Obrigada, por isso e pelo ar renovado que trouxe à imprensa da nossa região. Alda Sofia Parra, Caldas da Rainha


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LIGA SAGRES

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CORREM-SE OS TAIPAIS DA LIGA SAGRES…

A confusão mora no fundo... Estamos a 90 minutos do fecho de mais uma época de futebol, no que a campeonato diz respeito. Na frente, há duas semanas que tudo ficou perfeitamente definido. No que toca ao campeão e…a quem irá à terceira eliminatória de Liga dos Campeões. No duelo dos outros…o Benfica andou à deriva e não foi fácil segurar o terceiro lugar, o prémio de consolação para quem, no inicio da temporada, não se cansava de garantir que o título já tinha dono e tudo se iria resumir a uma luta pelos postos secundários. Como os factor provaram que tudo isso eram "balelas" sem nexo!!! Pronto, vamos lá à antevisão da jornada trinta…

• BENFICA - BELENENSES Difícil a tarefa dos "azuis", agora comandados por Rui Jorge, nesta sua deslocação à Luz, levando na mente o único resultado que lhes serve: a vitória. Sabe-

Ao correr da Pena Por Costa Santos

O "mercado" futebolístico mais parece, na verdade, a "Boutique alcofa", sem ordem na apresentação dos artigos e com os "clientes" a deitar a mão ao produto, sem respeito por ninguém. É sabido que os fracassos que muitos vão somando, depois de não se terem cansado de debitar para a sua plateia toneladas e toneladas de promessas, os leva ao desespero e este, ao atropelo das mais elementa-

D.R.

Belenenses, na Luz, só vitória conta e, mesmo assim, precisa do "auxilio" da Naval ou… Estrela da Amadora!

mos que a vitória sobre o Rio Ave elevou os índices de confiança mas…a pressão de TER DE VENCER é, normalmente, fonte inibidora de uma prestação tão eficiente quão necessária. Por outro lado, como opositor está um Benfica que, no mínimo, não quer voltar a ser humilhado pelos seus adeptos. • FC PORTO - BRAGA - A festa já foi feita no Dragão, na Trofa e… voltará ao Dragão. Igualado o "recorde" de António Oliveira na estatística de onze vitórias consecutivas fora de

res regras de convivência . Deixaram de existir normas de relacionamento e, por isso, a "vilanagem" vai tendo mesa farta por onde espalha a sua gula. O mais recente episódio de "ultrapassagem" caiu na mesa do Benfica. Depois dos resultados e das exibições da sua equipa terem obrigado os dirigentes a reconhecer o "fracasso - Quique", - a propósito, este fracasso não terá começado no acto subserviente que subscreveram ao aceitar que o sr. Quique mandasse às malvas Fernando Chalana e Diamantino Miranda? - muitos nomes foram aventados na Comunicação Social como candidatos a futuro treinador. Sabemos como isso funciona: atiram-se uns quantos nomes, mais ou menos sonantes, para "apalpar" o pulso aos adeptos e sentir a receptividade do "candidato"; depois, mais ou menos apressadamente, os dirigentes

portas, Jesualdo Ferreira quererá, também, acabar a época com "chave de ouro". E não temos grandes dúvidas que isso sucederá. Por muito que custe a muita gente, o FC Porto é aquela equipa que, quando é preciso, põe tudo em campo para sair vitoriosa! • P. FERREIRA - TROFENSE - Se tudo funcionar como é legítimo esperar, o Trofense, nesta deslocação à "capital do móvel", não terá outra desdita senão confirmar a descida de divisão. Claro que "jogará", também, na Figueira da Foz, desejando que a Naval "cumpra" a sua obrigação, mas antes de tudo terá, ela própria, de vencer. E convenhamos que não é fácil… • SPORTING - NACIONAL Tudo definido: um para a Liga dos Campeões e o outro para a Liga Europeia. Mais ponto, menos ponto, só para as estatísticas da Liga Sagres. Uma boa oportunidade para se assistir a um espectáculo bonito. • LEIXÕES - MARITIMO - Manter o sexto lugar - muito honroso para os leixonenses - é coisa praticamente garantida, mesmo que os madeirenses consigam vencer, - o que não nos parece muito viável - …desde que a Académica apenas empate em Guimarães. Por isso,

desmentem e lançam para cima da Comunicação Social todas as culpas pela panóplia de nomes colocados a terreiro. Mas, desta vez, a "bagunça" foi mais longe: contactaram um treinador que, para além de estar "no activo", tinha - e tem contrato por mais um ano com o clube que o acolhe e…muito mais grave - comandou a sua actual equipa frente à equipa que o deseja! Se juntarmos a este "pitéu" o condimento de estar, na altura, em jogo, ainda, o terceiro lugar, só poderemos considerar perfeitamente despropositado para não lhe chamar outra coisa - o tempo e o modo da abordagem. Como diz o povo, "à mulher de César não lhe parecer séria; é preciso sê-lo mesmo! • José Eduardo Bettencourt, afinal, avança para a candidatura à presidência do Sporting e, com ele, muitos dos "históricos", excepção feita a Dias

será um jogo de festa, com a massa associativa da casa a não perder a oportunidade para presentear a sua equipa com a homenagem mais do que merecida. Foi uma equipa muito regular, mesmo tendo em conta que a segunda volta foi inferior à primeira. Até este aspecto foi…natural! • NAVAL - V. SETUBAL - Com os navalistas tranquilos, só restará aos sadinos fazer das tripas coração para vencer! Nenhum outro resultado lhe poderá acalentar a esperança da vencer, salvo se, obviamente, Belenenses e Trofense - porque no confronto directo, em igualdade pontual, os nortenhos têm vantagem de um golo! - perderem. • V. GUIMARÃES - ACADÉMICA - Um jogo entre duas equipas que sabem jogar futebol. Daí que, sem ambições classificativas, esteja um excelente espectáculo em perspectiva. • RIO AVE - ESTRELA DA AMADORA - Apenas o Belenenses poderá afectar os vila-condenses mas, para isso, têm que vencer na Luz. As duas vitórias conseguidas dão-lhe vantagem em igualdade pontual. Porém…a recepção ao Estrela da Amadora poderá nem precisar de estar atento ao resultado da Luz. Bastará pontuar...

Ferreira que não terá gostado muito da forma como emergiu o nome de Bettencourt, num jantar preparado para outras situações. O problema, no Sporting, é sempre o mesmo: muitos nomes à cabeça, muitos amuos à mistura e, depois, o emergir de um candidato com "peso", capaz de, logo à partida, colocar todos os demais na prateleira. Assim foi, assim será. E para não facilitar nada a ninguém, Bettencourt trás já consigo Pauklo Bento, como garantia de continuidade. Será preciso ir a votos? • A noticia bombástica da semana, terá sido o apoio camuflado de Luis Filipe Vieira à claque ilegal No Name Boys, "dizimada" por 38 acusações levadas a cabo pelo Ministério Público após seis longos meses de investigação. No meio de muita coisa estranha, o facto de ter sido

revelado (por quem ?) que o presidente do Benfica solicitava às forças policias "fechassem os olhos" a material proibido dentro dos campos de futebol e que, por ironia das ironias, os No Name Boys conseguiam fazer, sempre, passar as malhas da segurança. Claro que o desmentido não se fez esperar. É normal, nestes casos. Porém o público quer saber se, realmente, há fogo nestas nuvens de fumo que saltaram para a ribalta. O futebol - como espectáculo - não pode estar à mercê de uns quantos vândalos e seus protectores que se servem de tudo para manifestarem os seus instintos sanguinários. Era o que faltava, agora, saber que um histórico do nosso futebol, está envolvido, pela acção do seu presidente, no proteccionismo de tal gente…


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LIGA SAGRES

NAVAL NA 1.ª LIGA PELA QUINTA ÉPOCA CONSECUTIVA

“Se não fosse a fase má que atravessámos Bruno Fernandes Ulisses Morais chegou à Figueira da Foz no início da época 2007/2008. Em dois anos a comanda a equipa técnica do clube figueirense conseguiu com mais ou menos dificuldades atingir todos os objectivos propostos, este ano, com a manutenção assegurada, a tendência é sempre para melhorar. Nesta entrevista ao DESPORTOTAL, Ulisses Morais afirma que a manutenção é um motivo de orgulho e é a vitória do bem contra o mal, faz um balanço da época e conversa connosco sobre o problema de saúde que o tem atormentado. Com a manutenção quase garantida, qual o balanço que faz da época que agora está a terminar? Em termos de balanço terei de dividir a época em duas partes. Na primeira fase fizemos um início de época muito bom, tivemos uma entrada no campeonato a ganhar, a pontuar, atravessámos uma fase em que defrontámos equipas de maior dimensão e mesmo assim conseguimos pontuar. Em Dezembro as coisas acabaram por ter um rumo diferente, porque devido a lesões de vários jogadores da equipa tivemos alguns problemas no que diz respeito a alternativas com algumas posições e isso fez com que não nos encontrássemos tão bem como no início. É evidente que depois deste cenário todos, é satisfatório conseguirmos alcançar o objectivo principal com mais ou menos dificuldades. De uma forma geral temos de estar satisfeitos porque esta época foi uma época da vitória contra a derrota e do bem contra o mal. Estamos plenamente convictos que o nosso trabalho só nos pode encher de orgulho. Se não fosse a fase negativa que atravessámos na

segunda parte do campeonato estou convicto que teríamos feito uma segunda volta igual à primeira e provavelmente ficaríamos com mais sete ou oito pontos. Após atingir todos os objectivos, a Naval começará imediatamente a preparar a nova época? Ela já está nas nossas cabeças e está no papel e naturalmente é posta em marcha quando a direcção achar oportuno. O meu trabalho está apresentado e entregue, a partir desse momento naturalmente que existem outras pessoas com responsabilidades diferentes das minhas e será da responsabilidade dessas pessoas as tomadas de decisão. No meio disto tudo não é fácil trabalhar, as dificuldades são imensas e por isso tenho um sentimento de solidariedade para com a direcção,

porque sabemos que para continuarem a serem cumpridores e honestos têm de sofrer muito e muitas vezes prejudicar a vida profissional e pessoal. Por tudo isto, atingir a manutenção é um orgulho enorme para todos nós. Que ambições terão para 2009/2010 e o que pensa alterar na equipa? No mínimo desejo que a próxima época seja tão conseguida como esta, mas que existisse mais o bem que o mal e mais a vitória que a derrota. Para isto acontecer existe um vasto leque de factores que vão ser fundamentais para que no futuro se criem todas as condições para termos mais sucesso. Espero que consigamos encontrar os factores necessários para nos darem mais confiança para o futuro e para atingirmos todos os nossos objectivos o mais cedo possível.

“Fui a tempo de evitar males maiores” Ulisses Morais tem se deparado com um grave problema de saúde. Tudo começou com uma grande inflamação numa perna mas veio-se a confirmar, felizmente a tempo de evitar a propagação da doença que se tratava de um TVC, mais especificamente uma trombose na perna esquerda. Apesar desta adversidade Ulisses Morais encontra-se optimista quanto à recuperação e diz estar cada vez mais perto da recuperação. De que se trata a lesão pela qual o Ulisses morais se depara? Eu tive um TVC, que é uma trombose profunda no membro inferior esquerdo que se fosse no cérebro seria um AVC e são situações que quer na perna ou noutro órgão ou membro pode por em causa a minha vida. Aquilo que aconteceu foi que uma chamada de alerta da minha parte fez com que pusesse toda gente em alerta e de prevenção e fez com que fosse a tempo de evitar males maiores e que a lesão se propagasse para os sítios vitais do corpo. Este problema é uma situação que ainda tem algumas origens por explicar e ainda tem algumas situações que podem no futuro ter em atenção para poder estar de prevenção, no entanto, a situação está estabilizada. Apesar de ter alguns cuiPerfil de Ulisses Morais Nome completo: Ulisses Manuel Nogueira Morais Data de Nascimento: 22/11/1959 (49 anos) Naturalidade: Santarém Na Naval desde 2007

dados continuo a fazer uma vida normal. A lesão tem evoluído favoravelmente rumo à recuperação total? Sim, estou cada vez mais perto da recuperação apesar de ainda ter alguns cuidados. Isto não seria possível sem toda a equipa médica que acompanhou o meu caso. Queria deixar uma palavra de agradecimento ao departamento médico da Naval na pessoa do Dr. Pedro santos e ao Hospital Distrital da Figueira da Foz pela forma como fui atendido e como foram capazes de olhar para mim com a urgência que merecia. A todos eles estou agradecidos e graças a eles posso acreditar que em breve terei uma vida completamente normal. Esta lesão fez que por algumas vezes estivesse ausente, de alguma forma a prestação da equipa saiu prejudicada com isso? Penso que não perturbou de todo porque a minha equipa técnica percebe perfeitamente o conhecimento que tem sobre a liderança. Foram poucos os dias que estive ausente e enquanto eu estive ausente a minha estrutura técnica teve um acompanhamento e teve uma capacidade de realização de trabalho exemplar e que não pôs nada em causa. A minha presença foi sempre tão forte e tão profunda que mesmo nos momentos da minha ausência eu sentia que o grupo estava completamente controlado. Sérgio Claro / Imagereporter

Sérgio Claro / Imagereporter

teríamos mais 7 ou 8 pontos”


ENTREVISTA

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Capitão dá voz à ambição da Académica para os últimos 90 minutos do campeonato

“Vamos lutar pelo 6.º lugar” Carlos Jorge Monteiro / Imagereporter

"A missão é difícil, mas não impossível", refere o capitão Nuno Piloto. Uma vitória em Guimarães e a derrota do Leixões diante do Marítimo dará à Académica o 6.º lugar final e, consequentemente, a melhor classificação... dos últimos 30 anos. Paulo Rodrigues

Carlos Jorge Monteiro / Imagereporter

Diz o ditado que até ao lavar dos cestos é vindima. Pois é com esse espírito que a Académica vai entrar em campo na última jornada do campeonato, em Guimarães. A manutenção há muito que ficou garantida, agora o objectivo dos estudantes é acabar o ano com boa nota no último exame. E boa nota significa, para além da obtenção dos três pontos, esperar uma ajudinha do Marítimo, que defronta o Leixões, actual 6.º classificado com mais três pontos que a Académica. A tarefa não é fácil, todos o reconhecem, mas a forma como os estudantes têm vindo a subir na tabela classificativa (nas últimas três jornadas, subiram do 9.º para o 7.º lugar), leva a que os jogadores não abdiquem de um sprint final. Mas se o campeonato tivesse terminado no passado domingo, a Académica já teria feito história, dado que a última vez que conseguiu um 7.º lugar no principal campeonato foi há quase 25 anos, com Vítor Manuel no comando da equipa - foi, de resto, a melhor

classificação da história do Organismo Autónomo de Futebol.

Nuno Piloto, capitão e um dos intocáveis da equipa de Domingos Paciência, reconhece que os jogadores podem escrever uma página bonita na história do clube, facto que poucos acreditariam no início da temporada. "Ninguém estava à espera disto", começa por confessar, recordando o sofrimento das épocas anteriores, em que "a manutenção só era alcançada nos últimos jogos". No próprio balneário, as atenções estavam centradas em evitar a aflição das últimas jornadas. Apenas e só isso. Mas, recorda, "a partir da vitória em casa, com o Belenenses, e fora, com o Benfica, redefinimos os nossos objectivos. Agora vamos lutar pelo 6.º lugar, embora saibamos que não dependemos só de nós. A mis-

são é difícil, mas não impossível". A tranquilidade na tabela classificativa trouxe outra motivação aos atletas, que se reflectiu na conquista de 18 pontos nas últimas nove jornadas, com apenas uma derrota diante do campeão FC Porto. Nuno Piloto admite que "os bons resultados trouxeram confiança aos jogadores", mas o segredo do sucesso esteve na "coesão e união de todos". E, não o esconde, nas qualidades do treinador. "A equipa reflectiu o bom trabalho realizado durante a semana e a forma como se prepararam os jogos. Por isso, o treinador tem uma grande quota-parte de responsabilidade no êxito", refere. Conhecedor da realidade académica como poucos, o médio polivalente espera que

este desempenho traga um novo fôlego ao clube. "Pode ser que os adeptos se aproximem mais da equipa", deseja, lembrando, todavia, que elevar demasiado a fasquia a partir de agora poderá tornarse perigoso. "Tem que se saber primeiro que política se vai seguir, para não se defraudar as expectativas", salienta. A terminar, Piloto lembra que o derradeiro adversário no presente campeonato, e arqui-rival crónico da Briosa (por força do célebre "caso N'Dinga"), tem uma boa equipa e que, perante os seus adeptos, apresenta outros argumentos. "Apesar de já não lutar por nada, não acredito que os jogadores do V. Guimarães já estejam a pensar nas férias. Têm uma massa associativa muito exigente, que não lhes permitiria isso", conclui.


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LIGA VITALIS

TIAGO, ACREDITA…

“Pode escrever que subiremos de divisão!” Sérgio Claro / Imagereporter

A um jogo da subida de divisão. Melhor: a um jogo de poder festejar o regresso à Liga Sagres se, claro, para além da vitória da União de Leiria, o Santa Clara “escorregar” em Santa Maria da Feira… Costa Santos Tiago é um "vete rano" nestas andanças. Mas isso não impede que viva o momento com a ansiedade normal de quem quer mais um título para o seu curriculum. E subir de divisão é sempre um título… "Sem dúvida que é e… que bom seria! Seria óptimo. Falta-nos um jogo e é nesse jogo que se decide o trabalho de uma época. Era importantíssimo, para o grupo, para a cidade, para tudo… Mas sabemos que não dependemos de nós e não podemos pensar noutra coisa que não seja fazer o nosso jogo, cumprir a nossa obrigação de ganhar e esperar que o Santa Clara escor-

regue frente ao Feirense…" Pressão acrescida e alguma ansiedade

pelas noticias que possam vir do banco? No nosso grupo temos jogadores experientes e não podemos estar a pen-

sar no resultado do Santa Clara. Temos que pensar no nosso jogo, vencê-lo antes de mais e, depois, esperar que a verdade

desportiva aconteça noutro lado. Atento ao banco? Nada disso. Só nos distrairia e não podemos perder a concentração naquilo que estamos a fazer e que teremos de fazer muito bem feito! Ainda pensam no desaire de Oliveira de Azeméis? Neste momento já não. Mas não minto se disser que, logo a seguir, houve ali um tempo em que não foi fácil digerir a derrota. Depois da recuperação que fizemos nesta segunda volta,- muito boa, já ninguém dava nada pela União de Leiria e, paulatinamente, chegámos cá acima num momento importante e onde não podíamos falhar… falhámos! Um resultado negativo que ninguém esperava. Não há que esconder: não estivemos no nosso melhor, o campo - pequeno - não nos ajudou, e perdemos. Estão em aberto todas as hipóteses mas, depois de uma recuperação como a que foi feita, não subir de divisão será como "morrer na praia"? Sim, atendendo a tudo o que ficou para trás. Mas não pensamos nisso, agora. Sabemos que é um resultado possível, mas acreditamos que a verdade desportiva acontecerá e ninguém irá facilitar nada a ninguém! Estamos animados pela força interior de todo o grupo e iremos subir de divisão. Pode escrever…

Chegaram a pensar, face aos lugares do fundo da tabela que ocuparam, que a manutenção já era uma vitória? Chegámos, é verdade. Um período houve em que pensámos que a manutenção iria ser muito complicada. Nunca pensámos em descer de divisão mas…que seria difícil vir cá para cima, que iríamos andar ali a lutar, isso sim. Por outro lado, conhecíamos o valor da nossa equipa e que seríamos capazes de dar a volta à situação. Uma coisa sempre fizemos: lutar pelo melhor resultado possível, nunca atirar a toalha ao chão. E essa força - juntamente com outras formas de trabalhar - deu no que deu. Estamos prontos para o derradeiro jogo e para regressar a casa já no escalão superior…

“O PÚBLICO QUE NÃO FALTE!” Há autocarros e… caravanas de particulares. Gente com fé, com esperança em regressar em festa… "É bom que isso aconteça. Temos sentido - nós, os jogadores - o forte apoio do nosso publico e a forma entusiasta como nos empurra para a frente. Para além de lhes agradecer essa força, peço-lhes que estejam em massa em Aveiro. Acreditem que vamos fazer a festa juntos!"


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FUTEBOL

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NO MAR DE AVEIRO…

Leirienses querem safra da melhor! Costa Santos Como se esperava, a União de Leiria tem, este fim de semana, no Municipal de Aveiro, uma prova de fogo que, valha a verdade, por não depender exclusivamente da sua prestação, poderá ter sabor menos doce. Mas, uma coisa terá de ser certa: a vitória!

Sérgio Claro / Imagereporter

Com os ouvidos em Santa Maria da Feira, há que ganhar no Municipal da "Ria" Claro que "o problema" já poderia estar meio resolvido, se não tem acontecido a escorregadela em Oliveira de Azeméis. Dizemos meio resolvido porque, nessa circunstância, bastaria um ponto, apenas, para garantir a subida. No entanto, em futebol, a realidade dos factos prendese, exclusivamente, com golos, pontos ganhos e

De Fátima a Aveiro

Sérgio Claro / Imagereporter

Carlos Vieira vai apoiar a União de Leiria

CARLOS VIEIRA "O BOMBEIRO CICLISTA DE LEIRIA", Recordista do "GUINNESS", vai fazer a ligação de bicicleta, entre o Santuário de Fátima e Aveiro, guiado na fé e na esperança em apoiar a União Desportiva de Leiria no derradeiro jogo com vista à subida ao escalão principal do futebol Português. A exemplo da deslocação da União a Oliveira de Azeméis, Carlos Vieira partirá de Fátima no próximo Domingo pelas 08 horas e desta vez envergará a camisola de Tiago (capitão da Equipa da União). Carlos Vieira faz esta ligação de bicicleta de Fátima até Aveiro porque tem fé e uma enorme esperança fidedigna nos Jogadores da União, "eles merecem todo o meu sacrifício, porque também sei o que eles sofrem quando não conseguem ganhar, por isso, temos de ser fortes e apoiar a Equipa também nos maus momentos, a fé é esperança".

pontos perdidos. E, neste particular, o sonho da subida está, para a União de Leiria, preso por uma vitória - obrigatória - em Aveiro e…esperar que o Santa Clara, na sua deslocação a Santa Maria da Feira,

não vá além de um empate! A "safra" de Aveiro, terá de ser a melhor. Na "rede" terá de vir a quantidade de pontos suficiente para se atingir o objectivo e esperar que "outros",

ao lado, tranquilos na tabela classificativa, não consigam os meios para festejar. Nunca como agora, o plantel comandado por Manuel Fernandes, terá de dar resposta positiva às to-

neladas de "pressão" que sobre ele caiem. Nada que não estejam habituados, é verdade, mas…só por ser a derradeira "chance" tudo parece ter muito mais peso! Carlos Vieira - como noticiamos noutro local figura popular em Leiria, quer repetir o feito que o levou da cidade do Lis a Oliveira de Azeméis. Desta feita vai de Fátima a Aveiro. E muita gente irá, também, em autocarros e viaturas próprias, dar o seu grito de incitamento nos 90 minutos decisivos. Esperança, existe; confiança, também, mas…as "nuvens" que ainda cobrem o "mundo" do futebol, levam-nos a pensar muitos e muitos "ses" que poderão surgir e desviar a trajectória natural dos acontecimentos. A ver vamos.


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ENTREVISTA

JULIO VIEIRA, PRESIDENTE DA AF LEIRIA EM DIA DE FESTA….

“Temos um espaço com conceito novo!” Entrevista de Tiago Ramalho

D. R.

“Sou dos poucos presidentes que nunca recebeu um cêntimo para nada!” Júlio João Carreira Vieira é o homemforte da Associação de Futebol de Leiria desde 9 de Julho de 1999, estando já no seu terceiro mandato. Para além de presidente da AFL é profissional de Seguros. Nasceu a 16 de Julho de 1963, na freguesia da Sé Nova, em Coimbra, é casado e reside actualmente em Porto de Mós.

As instalações da AF Leiria "lavaram a cara", mas o espiríto associativo mantém-se, muito graças ao Presidente, Júlio Vieira. Após uma visita guiada à remodelada sede, o Desportotal sentou-se com o presidente para uma conversa sobre o passado, presente e futuro do futebol distrital em Leiria. Sente-se um presidente feliz com a remodelação da sede? Sim, claro que foi feito um esforço no sentido de modernizarmos a nossa sede. Eu recordo que as instalações actuais têm cerca de 25 anos, estavam muito desactualizadas em termos de funcionalidade. O modelo antigo era o de gabinete. Não é esse o conceito que existe hoje na maior parte das organizações. É o conceito de open-space, onde todos estao em contacto com todos. E foi nesse sentido, no sentido de melhorar as condições de trabalho dos funcionários mas também as condições de trabalho e de recepção dos nossos filiados, que nós soubemos dar uma volta completa nas instalações, procurando que elas fiquem actualizadas e modernas para os próximos 25 anos. O orçamento foi o mais ajustado tendo em conta as melhorias? Foi ajustado ao contexto actual. Nós procurámos limitar ao máximo os custos das alterações. Fizemos com aquilo que fomos conseguindo, de alguma forma, economizar ao longo das últimas épocas. Não tivemos de recorrer à banca nem a associação neste momento deve nada a ninguém. Não tivemos de aumentar nem taxas nem prémios em relação aquilo que é pago da parte dos clubes. Por isso os nossos filiados não se aperceberam, em termos financeiros, do investimento que foi feito da associação. O que nos deixa mais confortáveis, porque não tivemos de recorrer ao esforço finaceiro por parte dos clubes no sentido de suportarem estas obras. Foi feito com uma redução de custos que fomos fazendo ao longo dos anos e com algumas economias que conseguimos. Idealizava uma remodelação da sede ou preferia a mudança da localização do espaço?

Durante os últimos 10 anos tem se falado nisso, principalmente depois da construção do estádio. Algumas pessoas foram, eventualmente, equacionando essa possibilidade. E eu não escondo que cheguei tambem a equacionar essa possibilidade. O que eu entendo é que a Associação de Futebol de Leiria como maior instituição desportiva do distrito de Leiria, tendo a responsabilidade de movimentar cerca de 10 000 atletas por ano, 160 clubes, mais de 2500 dirigentes, mais de 150 árbitros tem de ter uma sede própria. Se o local mais adequado é este espaço ou no estádio não sei. O que sei é que é esta a sede que temos, é nesta que os funcionários têm de trabalhar, que os nossos clubes tem de proceder a todo o aspecto administrativo que o futebol envolve, e nós tinhamos a obrigação de reorganizar o espaço de maneira a proporcionar melhores condiçõess aos funcionários e aos clubes. Depois de 3 mandatos, que retrospectiva faz da sua presidência? É sempre dificil falarmos em causa própria, embora eu tenha a consciência tranquila. Sou o único presidente de todas as associações distritais, ou devo ser

dos poucos, que nunca recebi um tostão nem da associação nem nas despesas de representação. Dei 10 anos da minha vida em prol do desenvolvimento da associação e o que eu sei é os factos. Os factos são que em 1999 tínhamos 300 equipas e agora temos 690. Movimentavamos cerca 5200 atletas e hoje movimentamos cerca de 10 500. Organizavamos cerca de 200 jogos por fim-desemana e hoje organizamos mais de 300. Somos a 5ª associaçao do competo geral do país. Somos a 3ª em futsal. Somos a 1ª em futebol 7, somos a 1ª em futebol 5. Crescemos como nenhuma outra nos últimos 10 anos. E isto são factos, que me deixam obviamente satisfeito. Ao fim de 10 anos à frente da AFL, o que mudou ao nível do desporto? Mudou muito. E fundamentalmente mudou em termos de apostas nos escalões de formação. Foi para aí que direccionamos a nossa aposta e foi uma aposta ganha. Porque eu recordo que quando começámos não tinhamos a pirâmide toda constituída do futsal. Tinhamos apenas as equipas seniores e juniores e hoje

temos a pirâmide toda constituída até às escolas. Da mesma forma que apostamos na criação do escalão de escolas e de escolinhas. Somos a única associação que tem futebol de rua, que é um regresso às origens do futebol, ou procura sê-lo. E portanto também aí as coisas evoluiram bastante. E o paradigma da formação no distrito alterou-se substancialmente. Recordo que em 1999 nós tinhamos cerca de 250 treinadores que nem o prímeiro nível de formação tinham, o que hoje é proibido. Houve muitas alterações neste 10 anos, mas felizmente o movimento associativo tem conseguido resistir às dificuldades e tem conseguido crescer. Nesse aspecto o distrito de Leiria é um caso de estudo porque isso não está a acontecer nos outros distritos. Falou no futebol de rua. De que forma é que os eventos que a AF Leiria cria ajudam os jovens a difundir-se no mundo do futebol? Tem duas finalidades: mostrar às entidades responsáveis que qualquer espaço é importante. Seja ele numa vila, numa aldeia ou numa cidade, para que se possa proporcionar a prática do des-


ENTREVISTA

Como vê o futuro do futebol distrital? É uma preocupação porque o movimento associativo não é uma ilha isolada e portanto vive no contexto social e económico que o país atravessa. Nós temos alguma preocupação em relação às próximas épocas, se vamos conseguir continuar a crescer ou pelos menos manter a realidade que temos hoje que já era muito bom. E evidente que é difícil adivinhar o futuro. Nós temos vindo a procurar ajudar os nossos clubes, facilitando-lhes a vida principalmente na questão das inscrições que representa sempre um custo elevado. Vamos continuar esse trabalho e vamos procurar algumas soluções no sentido de os ajudar, criando alguns mecanismos que permitam que eles possam rentabilizar algumas iniciativas nossas de maneira a poder com isso suportar melhor as inscrições que não tem aumentado, é verdade, mas tem um peso elevado derivado do custo desportivo que para além de funcionar mal, é caro. Tem-se falado muito das arbitragens, como funcionam as formações de árbitros na AF Leiria? Pois, esse é provavelmente o maior problema que a AFL tem, no qual estamos a trabalhar em conjunto com o Conselho de Arbitragem de forma intensa, mas não é facil acompanhar o crescimento exponencial do número de equipas com o número de árbitros. Depois temos um adversário terrível que é a televisão. Tudo o que acontece ao nível dos campeonatos profissionais influência negativamente aquilo que é o recrutamento no terreno. E como sabe não há nenhuma campanha de promocão da arbitragem, sem a qual não é possivel existir desporto federado. E portanto andamos aqui numa luta muito desigual mas não vamos baixar os braços, porque precisamos de injectar cerca de mais 100 novos árbitros nos quadros para ficarmos com a situação mais ou

menos estabilizada. E ainda na passada semana fizemos uma acção de formação nas Caldas, em conjunto com o Conselho de Arbitragem onde estiveram varios árbitros nossos, inclusivamente o Olegário, com dois ou três clubes locais, nos escalões de formação desses clubes, no sentido de os sensibilizar para essa causa, no sentido de estreitar os laços de amizade e camaradagem entre os atletas e os árbitros, mas tambem no sentido de os alertar que se eles não tem possbilidades de continuar a jogar futebol porque podem não ser dotados para isso, têm na arbitragem uma portaa de entrada numa nova carreira desportiva, ao serviço do futebol. E pode ser até uma excelente saída profissional no futuro. E é esse trabalho que vamos ter de fazer porque sem árbitros não há futebol federado. Acha que as pequenas colectividades desportivas mereciam mais apoio em deterimento dos grandes clubes e elites? Claros, nós somos defensores acérrimos do movimento associativo. No meu caso já tenho ligação ao movimento associativo há cerca de vinte anos e sei por experiência própria a importância que estas colectividades têm no contexto social em que estão inseridas. E portanto uma aposta no movimento associativo, parte das entidades oficiais, é sempre uma aposta no caminho certo, porque elas têm um papel insubstituível, em que o Governo ou Estado dificilmente conseguirá substituí-las no futuro. E é evidente que o tecido social que nós temos , o número de colectividades que nós temos. Se no futuro não as conseguirmos manter, aqueles que são mais desprotegidos, que têm menos condições de pagar o ingresso em escolas de desporto, vão ter mais dificuldade em ter acesso ao desporto federado. Como vê o seu futuro na AFL? O futuro é simples: acabar o mandato, se eventualmente nada surgir que o impeça, procurando dar o melhor em conjunto com os meus colegas da direcção e dos restantes orgãos sociais e depois deixar a associação o mais bem preparada para isso, procurando que quem nos suceda possa fazer ainda melhor trabalho que temos vindo a fazer.

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porto, seja ele futebol ou outro qualquer. Esse alerta é muito importante porque nós crescemos em termos de urbanismo de uma forma muito desordenada, sem preocupação a esse nível. Portanto os nossos jovens hoje querem praticar desporto e não têm onde fazê-lo. Por outro lado é fundamental criar novos hábitos na juventude desde tenra idade. Estamos a falar de miúdos de 5, 6 anos. Para que consigamos tirar do sofá, da playstation, do computador. E que eles percebam que se calhar é muito mais agradável ir para a rua, para a praça, para o baldio, como nós faziamos à 20 ou 30 anos atrás, no nosso tempo. Porque o futebol precisa desses espaços, precisa de enriquecimento técnico, precisa que os jovens pratiquem futebol de forma informal, porque nós estamos a perder qualidade técnica nos nossos jovens e isso vê-se nas selecções distritais.

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ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE LEIRIA OITENTA ANOS DE VIDA 9 de Setembro de 1925, foi fundada em Leiria a Federação Desportiva do Distrito de Leiria (F.D.D.L.), antecessora da Associação de Futebol de Leiria (A.F.L.), com a aprovação dos respectivos Estatutos e a eleição dos seus primeiros Corpos Gerentes. 28 de Maio de 1926, a chamada “Revolução Nacional”, que teve lugar neste dia, afectou nitidamente a vida associativa desportiva e particularmente a Federação Desportiva do Distrito de Leiria, que acabaria por entrar em rápida decadência até à extinção definitiva. 20 de Maio de 1929, com os mesmos objectivos da extinta F.D.D.L. nasceu a Associação de Futebol de Leiria (A.F.L.). Neste dia foram discutidos e aprovados os Estatutos e Regulamento da Associação de Futebol de Leiria e eleitos os seus primeiros corpos Gerentes. O 1º Presidente da Direcção foi Acácio de Almeida Henriques. Os clubes fundadores foram os seguintes: Sport Club Bombarralense, Caldas Sport Clube, Sporting Club das Caldas, Grupo Desportivo “Os Nazarenos”, Sporting Club da Nazaré, Atlético Club Marinhense, Sport Operário Marinhense, Leiria Gimnásio Club, Gimnásio Sportivo Lis e Associação Académica. 4 de Junho de 1929, a Direcção da A.F.L. decide organizar a sua 1ª Competição Futebolística: o “Torneio Estímulo” que contou com a adesão dos seguintes clubes: Gimnásio Sportivo Lis, Leiria Gimnásio Club e Sporting Club Caldas, e jogou-se nas seguintes localidades: Leiria, Nazaré, Marinha Grande e Bombarral. 30 de Outubro de 1929, inscreveram-se no 1º Campeonato Distrital de Leiria os seguintes filiados: Sporting Club das Caldas, Leiria Gimnásio Club, Sport Club Bombarralense, Gimnásio Sportivo Lis, Grupo Desportivo “Os Nazarenos”, Atlético Club Marinhense, Foot-Ball Club de Peniche, Sport Lisboa e Pombal e Sport Lisboa e Alcobaça. 30 de Setembro de 1931, são publicados em Leiria, pela Tipografia Mendes Barata, os primeiros Estatutos, Regulamento Geral de Jogos e Regulamento para o Campeonato Distrital de Futebol da Associação de Futebol de Leiria e Liga de Atletismo. 29 de Dezembro de 1931, é punido com 90 dias de suspensão um jogador do A.C. Marinhense, por ter dito ao árbitro: “O que o Sr. Árbitro precisava sei eu!”. 27 de Janeiro de 1932, a Câmara Municipal de Leiria subsidiou a A.F.L. e a L.A. Com 300$00 para ajuda da compra do equipamento da Selecção de Leiria. Um jogador do A.C. Marinhense, mediante a apresentação de atestado médico, é subsidiado com 8$00 por dia, a subtrair do Fundo de Assistência. Agosto de 1953, foram inauguradas as novas instalações da A.F.L., em Leiria, com a presença do capitão Maia Loureiro, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol e várias entidades oficiais. Houve sessão solene, em que as várias individualidades, que usaram da palavra, puseram em destaque as novas e excelentes instalações. 15 de Setembro de 1978, à A.F.L. foi atribuída a qualidade de instituição de UTILIDADE PÚBLICA. Maio de 1979, o Governo, face ao valioso contributo para a causa desportiva da A.F.L., no momento no seu cinquentenário atribuiu-lhe a MEDALHA DOS BONS SERVIÇOS DESPORTIVOS. Março de 1980, a Câmara Municipal da Marinha Grande concedeu a esta Associação a Medalha de Cobre do Concelho. 21 de Janeiro de 1984, a A.F.L. inaugura a sua actual Sede Social. Era o seu Presidente da Direcção, António Vieira Rodrigues Ascenso, considerado um dos principais obreiros das novas instalações, na altura, consideradas as melhores do País. No dia da sua inauguração, estiveram presentes o Secretário de Estado, o Presidente da Federação Portuguesa do Futebol, autoridades civis, militares, eclesiásticas e desportivas. Maio de 1992, a Câmara Municipal de Leiria atribui à Associação de Futebol de Leiria o seu GALADRÃO MUNICIPAL. 19 de Maio de 2004, o Governo, pelo seu Despacho nº 36/2004, assinado pelo Secretário da Juventude e Desportos, Henrique Loureiro, condecorou a A.F.L. com a Medalha de Mérito Desportivo, na véspera do dia em que esta prefazia os 75 anos de existência. 28 de Maio de 2004, jantar comemorativo das Bodas de Diamante da A.F.L., que juntou mais de meio milhar de pessoas. Para além dos dirigentes da Associação de Futebol de Leiria, estiveram representadas quase todas as Associações Distritais de Futebol, o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, o Governador Civil de Leiria e, entre outras entidades, o Secretário de Estado do Ministro da Presidência. A ocasião foi aproveitada para a assinatura de um Protocolo, entre a A.F.L., o governador Civil e as Autarquias do Distrito, tendo em vista o desenvolvimento do desporto.


II DIVISÃO D. R.

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FÁTIMA A 90 MINUTOS DE DECIDIR A ÉPOCA

“Casa cheia para a vitória” Paulo Alexandre Teixeira

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Fátima e Carregado estão neste momento a noventa minutos de decidir toda uma época de futebol, no segundo dos jogos do "playoff" de subida para a Liga Vitalis. Depois do empate a uma bola no passado Domingo, em casa do Carregado, o jogo da segunda mão do "playoff", agora no Estádio Municipal de Fátima, irá revestir-se de capital importância para as aspirações do clube, pois é uma partida onde se joga toda uma temporada.

O treinador do clube, Rui Vitória, descreveu as dificuldades que teve no jogo da primeira mão, em casa do adversário: "Foi um jogo difícil, pois defrontavam-se em campo as duas equipas que ficaram em primeiro lugar nos seus grupos. Jogamos num campo sintético, contra um adversário valoroso, estável tacticamente e com jogadores experientes, e perante uma multidão que nos era hostil. Acusamos o nervosismo inicial, ao sofrermos cedo na partida o golo deles, mas após essa contrariedade começamos a dar réplica, e partimos para dar a volta ao jogo, o que conseguimos mais tarde, quando o Bruno Matias marcou o golo", afirmou. Com este empate, que lhe proporcionou um valioso golo fora de casa, o Fátima conseguiu trazer a decisão do "playoff" para o seu reduto. No próximo Domingo, a partir das 16 horas, Fátima e Carregado irão defrontar-se no Estádio Municipal de Fátima, e nesses noventa minutos joga-se muito mais do que uma simples partida de futebol, pois é uma verdadeira final que se disputa, onde aqui, só a vitória conta para ambas as equipas. "Gostaríamos de ter a casa cheia de adeptos, no Domingo, em Fátima, para que possamos tentar ganhar essa partida crucial. Queremos ter um verdadeiro 12º jogador no estádio para nos embalarmos rumo à vitória. No final, caso aconteça aquilo que esperamos e desejamos, queremos comemorar junto deles esta tão desejada subida de divisão e consequente passagem aos jogos de apuramento do campeão", afirmou. O mesmo tipo de pedido faz o presidente do clube, Luís Albuquerque, para o jogo do próximo Domingo. "Estamos confiantes num bom resultado, mas gostaríamos de ter o maior apoio popular possível. Esperamos e desejamos ter a casa cheia no próximo Domingo, que temos

consciência que ser difícil, mas esperamos ganhar, para comemorarmos a subida", concluiu. O presidente do Fátima aproveitou a ocasião para "alfinetar" o actual modelo competitivo que está desenhada a II B, onde somente dois dos quatro clubes vencedores das séries existentes é que sobem à Liga Vitalis. Para ele, este resultado de uma tremenda injustiça para todos os intervenientes. "Este jogo é uma

autêntica final, pois joga-se toda uma época. Estamos confiantes num bom resultado, e esperamos casa cheia no Domingo. Infelizmente, para as equipas que sairão derrotadas neste "playoff" vai ser uma tremenda injustiça, pois caso acabem derrotados no conjunto destes dois jogos, vai ser jogado fora todo o trabalho de uma época. É o modelo competitivo no qual temos de jogar e estamos sujeitos a ela", respondeu.


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III DIVISÃO

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SP. POMBAL TEM NOVO PRESIDENTE

“Saneamento financeiro e formação são as prioridades” D. R.

José Hilário traça linha de rumo Cid Ramos

José Hilário foi eleito o novo presidente do Sp.Pombal. A candidatura de José Hilário é acompanhada pelo médico Jorge Silva, no cargo de vice-presidente, António Cintra fica responsável pela área do futebol sénior e Carlos Branco que assume a pasta do futebol juvenil. Vasco Silva exerce funções de tesoureiro. A deputada social-democrata Ofélia Moleiro preside a mesa da Assembleia- Geral acompanhada de Pedro Pimpão e José França. O conselho Fiscal é liderado pelo economista Sérgio Gomes.

O Sp. Pombal está na luta pela subida de divisão e caso suba de divisão, é lógico que o clube não vai recusar. Agora sabemos que o clube não atravessa uma fase para muitas loucuras. Está a dizer que é melhor o Sp.Pombal manter-se na 3ªdivisão? É lógico que gostava que o Sp. Pombal subisse de divisão, mas se calhar e olhando para a realidade do clube, é melhor que se mantenha na 3ªdivisão. Agora se subir à 2ª divisão, vamos construir um plantel que dê garantias de alcançar a manutenção.

O que o levou a avançar para a presidência do Sp. Pombal? Sobretudo o apoio que tive por parte de várias pessoas que gostam do clube. Eles motivaram-me para avançar, até porque na sua opinião, eu era a pessoa ideal para assumir os destinos do clube. Tenho que consciências que entramos no clube, numa altura difícil, mas penso que estamos à altura do desafio.

As nossas prioridades são o saneamento do clube e a formação. O saneamento do clube, é a nossa principal prioridade, até porque é a que mais preocupa. O clube tem um passivo de 100 mil euros e teremos que com a ajuda de todos, reduzir o passivo do clube, caso contrário, a situação da instituição complica-se.

Quais as principais prioridades?

Caso o clube suba, há condições para manter o clube na 2ªdivisão?

A 3ªdivisão deve terminar na próxima época e o futuro do Sp. Pombal pode passar pelos distritais. Não o assusta esta situação? Eu defendo que o Sp.Pombal até pelo historial que tem, deve militar sempre nos campeonatos nacionais, mas se cair nos distritais, é uma situação que não me assusta. Caso o Sp.Pombal continue na 3ªdivisão, quais são os objectivos para a próxima época? Na próxima época, vamos tentar lutar pela subida, embora, neste momento ainda não sabemos se a terceira divisão vai terminar não. Vamos apresentar uma

equipa competitiva e que vai honrar o nome do clube. Fernando Mateus vai continuar no comando técnico? Já foi convidado para continuar no comando técnico e não fazia sentido outra coisa, dado o bom trabalho que está a realizar. Considero que não convidar Fernando Mateus, era dar um tiro no próprio pé. Tudo se conjuga para que permaneça no clube e isso deixanos satisfeitos, porque estamos contentes com o seu trabalho. A formação é outra das suas bandeiras. Quais as suas ideias para futebol juvenil? O Sp.Pombal deve apostar cada vez mais na sua formação. Pretendemos criar mais condições para o futebol juvenil, até porque o campo de Flandes não é o suficiente, dado o elevado número de atletas a treinar. Que solução tem para esta situação? Criar sinergias com outros clubes perto de Pombal. Penso que os Caseirinhos seria o clube ideal, até porque fica localizado à saída de Pombal e como tal para os pais seria mais fácil a deslocação.

SÉRIE D Orlando Joia O Marinhense manteve seis pontos de vantagem sobre o Sp. Pombal no segundo lugar da série D da III Divisão, isto a três jornadas do fim da prova. Apesar do empate registado na visita ao Vigor da Mocidade, a igualdade entre Pombal e Benfica e Castelo Branco ajudou a equipa vidreira a estar mais próximo da subida. Segue-se a visita ao já promovido, Sertanense.

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Marinhense joga subida na festa do Sertanense

No jogo de Fala, o Marinhense empatou a

classificou de “muito equilibrado e com poucas oportunidades de golo. As equipas não arriscaram muito. Justificando essa postura dizendo que “não queríamos arriscar e acabar por perder o jogo. O objectivo era ganhar, mas não perder também não era mau. O resultado foi positivo”.

zero, num desafio que o seu técnico, José Petana,

“Não deixar o pássaro fugir” O treinador nazareno diz que “a possibilidade de não subir já não nos passa pela cabeça, não poderemos deixar o pás-

saro fugir nesta altura, ainda há hipóteses para o Pombal e mesmo para o Castelo Branco. Só dependemos de nós, e mesmo que percamos os dois próximos jogos, podemos subir se ganharmos em Pombal”. “O Marinhense está numa posição privilegiada, a margem de erro do Pombal é cada vez menor, já passou mais uma jornada e a vantagem manteve-se”, reforça. A ronda do próximo domingo, afigura-se como decisiva para Sp. Pombal e Benfica e Castelo Branco, ambos têm jogos ca-

seiros frente a adversários já sem ambições (Vigor da Mocidade e Gândara, respectivamente), sendo imperativo que vençam. O grande candidato à segunda vaga de subida, Marinhense, tem a pior tarefa possível, pois joga no terreno do líder, Sertanense. “Jogo entre as duas melhores equipas” Para Petana, a deslocação ao Sertanense, trata-se de “um jogo que poderá ser mais difícil, porque eles querem fazer a festa a ganhar.”


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DISTRITAIS

UM ANO DEPOIS

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Ansião regressa à divisão de Honra O Ansião carimbou no passado Domingo a subida à divisão de Honra. Desde o início do campeonato, que a turma de Ricardo Silva demonstrou clara superioridade sobre os seus adversários e a duas jornadas do final, já tem como destino, o regresso ao campeonato principal da AF.Leiria. Dois golos em cada parte selaram a vitória do Ansião. A figura do encontro, foi o médio André Silva, que apontou dois golos de belo efeito. Ruizito e Bajedas marcaram os outros dois golos. No final festejou-se a subida de divisão. Ricardo Silva (Treinador do Ansião) "Foi concretizar de um objectivo traçado no início da época. Estamos todos de parabéns e conseguimos atingir o principal objectivo do campeonato. Ago-

ra vamos defrontar o Ramalhais, que é um adversário complicado. Em caso de vitória garantimos o primeiro lugar e vamos disputar o jogo de apuramento de apuramento de campeão da 1ªdistrital, diante do Valcovense. Mas para que tal aconteça, temos que ganhar domingo. Quero dar os parabéns aos jogadores, direcção e adeptos, pois sem a ajuda deles, a subida não era possível. Em relação ao jogo de hoje, considero que foi uma vitória justa, frente a um adversário, que vinha a obter bons re-

sultados. Neste momento ainda não posso dizer se vou continuar no Ansião na próxima época. Vamos aguardar pelo final da época e depois conversaremos." Jorge Fazenda (Capitão do Ansião) "Após a descida bizarra na última época, traçamos logo desde cedo como meta a subida de divisão e felizmente hoje conseguimos concretizar esse objectivo. Este grupo de trabalho está de parabéns pela conquista da subida e pelo empenho e dedi-

cação, em prol do clube. Agora vamos tentar ficar no primeiro lugar e desta forma garantir o título de campeão de série. Em caso de vitória no domingo diante do Ramalhais, garantimos o primeiro lugar e vamos disputar o apuramento de campeão diante do Valcovense. Estamos também nas meias-finais da Taça distrital, onde vamos defrontar o Bombarralense, mas neste momento o nosso pensamento é no encontro diante do Ramalhais, onde queremos a vitória, para desta forma, garantirmos o direito de disputarmos o apuramento de campeão. Sinto muito orgulho em ser o capitão desta equipa. Pedro Neves (Médio-centro) "Hoje é um dia feliz para o nosso clube, porque conseguimos a subida de divisão. Penso que com inteiro mérito, pelo campeonato que fizemos. O grupo de trabalho está todo de parabéns e agora há que continuar a trabalhar com o mesmo empenho, porque ainda faltam dis-

Campo Pinheiros Mansas, em Pousaflores Árbitro: Jorge Faustino (AF.Leiria) POUSAFLORES 0: Mica; Daniel; Rui Ferreira, Ricardo e João Índio; Luís Simões, Cafona e Emídio (Ramalhal, 75'); Pedro César, Teixeirita e Cláudio (Tavares, 70') Treinador: Jorge Tomas ANSIÃO 4: Bruno; Poquinha, Hugo Rosa, Rogério Fazenda e Jorge Fazenda; Zé António, Pedro Neves e Linas; Bajedas (Alexandre, 60'), André Silva (Samuel, 86') e Ruizito (João Ricardo, 55') Treinador: Ricardo Silva Marcadores: Ruizito (25'), André Silva (35' e 55') e Bajedas (60')

putar duas jornadas do campeonato e ainda temos uma meiafinal da Taça distrital de Leiria para disputar. Está a ser uma época positiva para o clube e esperamos que até ao final do campeonato, ainda consigamos mais êxitos para o clube. Parabéns aos nossos adeptos, pelo apoio dado à nossa equipa."


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Hélio Nascimento

Regularidade... de vice Depois de, na semana transacta, ter passado em revista mais um título do FC Porto, dedico agora algumas linhas aos outros grandes do futebol português, que ocuparam, como de resto vem sendo mais ou menos hábito, os lugares seguintes do pódio. Sem surpresas de maior, o Sporting ocupa o segundo lugar, mercê, sobretudo, de uma regularidade deveras superior à do Benfica. Uma regularidade, digamos, de vice... A época leonina decorreu na linha das anteriores, não obstante o desempenho, em termos gerais, ter ficado aquém do que Paulo Bento já conseguira. É verdade que a equipa

logrou passar à segunda fase na Champions, mas, ao invés, no plano interno - para lá da presença na polémica final da Taça da Liga -, falhou o troféu onde brilhara nas duas derradeiras temporadas: a Taça de Portugal. O Sporting conquistou a Taça em 2006/07 e 2007/08, mas, agora, não carimbou o bilhete para o Jamor. Para os mais exigentes admitese, na circunstância, que o lugar de vice-campeão saiba a pouco. O "falhanço" na Taça e as goleadas sofridas na Champions, perante o Barcelona e em especial o Bayern de Munique, poderão ser a pedra no sapato que alguns querem atirar a Paulo Bento. O bom senso, porém, obriga-nos a uma análise mais ponderada. E aí salta à vista, por exemplo, o facto dessas mesmas goleadas nunca se terem repercutido na carreira intramuros. Em termos de campeonato o Sporting deu a ideia de correr sempre um bocado por fora. Quer isto dizer que a liderança do Benfica, primeiro, e do FC Porto, depois, deixou sempre os leões numa situação expectante. Salvo um ou outro acidente de percurso nem se pode dizer que o conjunto tenha oscilado por aí além no que concerne

aos resultados. Oscilou, isso sim, no rendimento exibicional, com Liedson, várias vezes, a decidir e a fazer a diferença para os restantes companheiros, muitos deles sem dar mostras de terem pedalada para acompanhar as performances do Levezinho. A novidade Daniel Carriço, a certeza Rui Patrício e, a espaços, a utilidade de Derlei não chegaram para disfarçar a mediania de Rochemback, tido, durante o defeso, como o grande reforço leonino. Também de Hélder Postiga se esperava um pouco mais. Sem interferências prosseguiu João Moutinho, o mesmo não se podendo dizer de Miguel Veloso, cuja época foi de um sobressalto constante, ora sem "colocação" no onze ora com tomadas de posição que em nada abonam quem ainda tem muito que fazer e provar na alta roda do futebol. A novela Vukcevic, que se arrastou durante alguns meses, não foi igualmente susceptível de transmitir tranquilidade. Neste e noutros aspectos, Paulo Bento foi igual a si próprio, consolidando uma imagem de marca que já ninguém lha tira: é um dos grandes treinadores do nosso futebol.

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OPINIÃO

Alves Barbosa

Ciclismo português está a mexer!

Falar de ciclismo, nesta época, é relativamente fácil, quer o abordemos a nível nacional quer, do mesmo modo, olhemos tudo o que se passa na velocipedia internacional. Com efeito, é nos meses de Maio, Junho e Julho que se acumulam as grandes realizações nacionais e internacionais, como a Volta à Suiça, Dauphine Liberé, Volta a Itália, Volta à Bélgica, Volta ao Luxemburgo (além fronteiras) e, por cá, as provas mais importantes a seguir à Volta a Portugal, como o Grande Prémio dos CTT, Grande Prémio Joaquim Agostinho etc. Para já, temos o Cândido Barbosa a triunfar no Grande Prémio de Paredes e, entretanto, na Volta a Itália, a sensacional equipa Columbia a surpreender-nos etapa a etapa, dominando em toda a linha as diversas classificações. Sem sombra de dúvida, o ciclismo por cá e a nível internacional, está a "mexer" e bem, o que me satisfaz significativamente. De tal modo que até os nossos representantes, a nível de ciclismo de elite, não nos têm envergonhado, muito pelo contrário. Que continuem e tanto quanto possível se aproximem do nível de rendimento que proporciona a conquista de êxitos; que a Federação Portuguesa de Ciclismo mantenha a plolitica de desenvolvimento que tem pautado as suas realizações, nos últimos tempos.


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OUTEIRENSE 2

DIVISÃO DE HONRA GRAP 0

VALCOVENSE

OUTEIRENSE a uma vitória da subida Em jogo a contar para a 1ª Divisão Distrital / Serie Sul, o Outeirense levou a melhor sobre uma pouca inspirada equipa da GRAP. Numa partida onde ambas as equipas não cumpriram as expectativas de um grande jogo, a vontade e a maior determinação por parte dos jogadores da casa, proporcionou-lhes a tão esperada vitória. O Outeirense está assim, a uma vitória da subida de divisão.

semana é treinar terça, quinta e sexta e ganhar no domingo, mais que nunca obviamente so a vitoria nos interessa. O Outeirense é um clube que luta sempre para subir, mas é um clube muito realista, somos um grupo muito unido e está á vista essa união e esse grupo. Estes jogadores merecem tudo, merecem os meus parabéns, e por isso esperamos mais que nunca irmos a Turquel festejar”.

Rui Botas Treinador Outeirense

“Acima de tudo o que falhou hoje foi entrarmos muito desconcentrados, penso que até, com demasiado nervosismo e durante toda a 1º parte a equipa não se conseguiu encontrar nem jo-

“Objectivo cumprido para este jogo, o objectivo era ganhar os 3 pontos forçosamente e esta assim cumprido. Para a

Carlos Ribeiro (Tocha) Treinador GRAP

gar aquilo que tem jogado, penso que foi isso que nos levou a perder o jogo. Na 2ª parte mesmo com 1 jogador a menos, tivemos muito mais bola e conseguimos controlar o jogo apesar de não termos grandes oportunidades de golo, mas o Outeireinse acho que ganhou bem. A esperança é a ultima a morrer, ainda é possível temos vantagem sobre eles, agora não dependemos só de nós também dependemos deles, temos de ganhar o nosso jogo e esperar que eles empatem, se isso acontecer subimos se não parabéns ao Outeirense, também fez um bom campeonato.”

“Objectivo era a subida” O Valcovense já garantiu a subida à algumas jornadas na 1ªdistrital-Zona Sul. A formação de Vale Covo regressou aos campeonatos distritais esta temporada e logo com uma subida de divisão. No dia 7 de Junho, o Valcovense vai disputar o apuramento de campeão da 1ªdistrital, ao que tudo indica com o Ansião, num encontro a disputar no Estádio Vale das Éguas, em Albergaria dos Doze. Em declarações a DESPORTOTAL, Paulo Roque salienta “ desde o início da época, que o objectivo do clube era a subida de divisão e formamos um plantel que nos desse garantias disso mesmo. Nas primeiras jornadas, percebemos que a nossa equipa tinha argumentos para discutir a subida e o resto do campeonato, confirmou que não estávamos enganados”. Agora o objectivo é o título de campeão distrital da primeira divisão. “Penso que este clube merece o título de campeão distrital, por tudo o que tem feito esta temporada.”, realça. Contudo reconhece “

ao que tudo indica vamos defrontar o Ansião, que é um conjunto recheado de bons executantes, por isso teremos uma óptima final em perspectiva”, considera. Em relação à próxima época, Paulo Roque confirma a sua continuidade. “ vou permanecer no comando técnico, isso é um dado adquirido. Agora já estamos a tentar chegar a acordo com a maioria do plantel desta temporada. O Bula e o Bruno Matias, são continuidades asseguradas, mas em breve, mais jogadores se vão juntar”, assegura. Na próxima época, na divisão de Honra, Paulo Roque tem consciência das dificuldades, mas acredita na manutenção. “ sei que a divisão de Honra, é uma competição muito mais forte que a 1ªdistrital, por isso vamos preparar-nos convenientemente para este campeonato, sabendo das dificuldades que vamos ter, dado que é nesta competição, que se encontram as melhores equipas a nível distrital.”, conclui. Cid Ramos

Divisão de Honra: Pilado, Caranguejeira e Vieirense lutam para não descer A uma jornada do final da época 2008/09 da Divisão de Honra, que termina este Domingo, e com o AD Portomosense campeão da AF Leiria há muito, falta definir quem acompanhará o GD Ilha na descida à I Divisão Distrital. A jornada passada não definiu nada, mas seleccionou três candidatos às duas vagas existentes: Vieirense, Caranguejeira e o Pilado / Escoura são os clubes que tentam escapar dessas duas indesejadas vagas que restam na relegação para a divisão mais baixa do futebol distrital de Leiria. No lado da Sociedade Desportiva e Recreativa de Pilado Escoura, o clube dos arredores da Marinha Grande irá receber em casa o Nazarenos e depende de si próprio para conseguir a manutenção, já que dos três clubes em questão, é a que está em melhor situação. O seu presidente, Paulo Moleirinho, afirma que apesar de estarem a fazer “uma época um pouco abaixo das expectativas, devido às contrariedades que aconteceram em certos jogos”, confia que no jogo de Domingo, com o Na-

zarenos, as coisas se possam resolver. E para isso, quer ter o campo cheio de adeptos, pois “este é um jogo que define toda uma época”. Quanto ao treinador do Pilado, Zé Ricardo, bate um pouco na mesma tecla do presidente: “Esta foi uma época atribulada. Tivemos sempre dificuldades para constituir o plantel, e desde cedo que descobrimos que se encontrava desequilibrado. Tentamos colmatar estas falhas ao longo da época, e ainda por cima, muitos destes jogadores são jovens e não tem experiência na Divisão de Honra”, afirmou. Para Domingo, o treinador sabe que basta pelo menos um ponto para conseguir a manutenção na Divisão de Honra. “E podemos nem precisar desse ponto, caso os nossos adversários não vençam as suas partidas. Caso consigamos a manutenção, será inédito nesta categoria, pois normalmente, as equipas que sobem num ano à Divisão de Honra,

descem na época seguinte. É um plantel jovem e sem grande experiência, e a tarefa não vai ser fácil, mas pelo menos sei que dependemos de nós”, concluiu. No lado da União Desportiva da Caranguejeira, após a derrota em casa com o Marrazes, a vida ficou muito mais complicada para os comandados de José Ricardo. Sendo o único clube que joga fora nesta última jornada, contra o Guiense, precisa mesmo de vencer este jogo, se quiser alcançar a manutenção na Divisão de Honra. Apesar das complicações existentes, na Caranguejeira, a esperança ainda mora no horizonte: “Tenho consciência de que apanhei um plantel desequilibrado. Tenho jogadores muito jovens, alguns ainda nem são seniores, e nos treinos só costumo ter 11 a 14 jogadores, num total de 22. Apesar de no jogo de Domingo contra o Marrazes termos sido terminantemente prejudicados pelo árbitro, e por causa disso, decidimos man-

dar uma exposição à Associação de Futebol de Leiria, espero que neste jogo fora contra o Guiense, consigamos a vitória e desejamos que o Pilado não vença o seu jogo com o Nazarenos. Em suma, apesar de todas as contrariedades, temos uma réstia de esperança e desejamos manter na Divisão de Honra”, declarou. Rui Carreira, o presidente de clube, não esconde a sua revolta pela actual situação do Caranguejeira na tabela classificativa. O presidente responsabiliza as arbitragens dos últimos jogos, especialmente o do último Domingo, contra o Leiria e Marrazes. “Tenho a sensação que estamos a ser deliberadamente atirados para a 1ª Distrital. Num plantel feito com a prata da casa, quando deveríamos ter 37 ou 38 pontos, e a manutenção garantida, temos neste momento 27 pontos e corremos o risco de descer à 1ª Divisão Distrital. Este clube está a passar

por uma reestruturação profunda, é certo, e esperávamos que esta época fosse mais tranquila do que a anterior, quando estivemos na III Divisão. Afinal, acabou por ser uma época muito frustrante para nós. Esperamos manter-nos, pois a esperança existe”, comentou. Para finalizar, o Industrial Desportivo Vieirense é a equipa que tem a vida mais complicada de todas. O clube da Vieira de Leiria é actualmente penúltimo classificado, com 26 pontos, e necessita imperiosamente de ganhar frente ao Figueiró, e mesmo assim, torcer para que Pilado e Caranguejeira não vençam os seus jogos. Fazendo um balanço da época, Carlos Chavinha, o actual treinador do Vieirense, afirma que esta actual classificação era a esperada, dadas as limitações do actual plantel à partida desta época. Para além disso, as lesões que afectaram neste momento quatro jogadores que costumam estar no onze titular, contribuiriam para este desfecho.

“Confesso que não estou admirado com a actual classificação, pois este plantel do Vieirense esteve sempre limitado em termos de jogadores. Iniciamos a época sem cinco dos jogadores da temporada passada, devido a compromissos profissionais e pessoais. Para além disso, na segunda volta ficamos com quatro jogadores titulares gravemente lesionados, e que foram ou vão ser operados. No final, foram estes desequilíbrios no plantel que ajudaram a estar onde estamos agora”, afirmou Chavinha. Quanto ao jogo com o Figueiró, que pode decidir toda a época, o objectivo é claro: “Ganhar o jogo vai ser complicado. Queremos a vitória, mas mesmo que consigamos, dependemos de outros para garantir a manutenção. Esperamos por um deslize do Caranguejeira e do Pilado para alcançar os nossos objectivos”. Paulo Alexandre Teixeira


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DISTRITAL

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PIMENTA, O MÉDIO GOLEADOR DA DIVISÃO DE HONRA

“Os golos que marco são fruto do trabalho da equipa”

Reinaldo Silvério P.A.T.

D. R.

Nascido a 15 de Setembro de 1982, na aldeia da Castanheira, nos arredores de Alcobaça, Pimenta começou a sua carreira competitiva aos nove anos no União de Leiria, onde jogou em todos os escalões, desde as Escolas até à categoria de Juniores. Quando chegou à idade de sénior, jogou durante duas temporadas no Mirense, então na III Divisão, seguindo-se de-

pois passagens pelo Ginásio Clube de Alcobaça, durante um ano, também na III Divisão. Regressou ao Mirense, durante um ano, para ingressar no seu actual clube na época de 2004-05. Como é ser o melhor marcador do campeonato distrital da Divisão de Honra? É fruto do trabalho de toda a equipa, quer jogadores, quer a equipa técnica, que nos motiva bastante durante a semana para que depois em cam-

po, no Domingo, darmos o nosso melhor para marcar golos e ganhar jogos. Recentemente, tem marcado menos golos do que o habitual. Existe algo que explique essa "seca"? Não, não existe. Os jogos têm corrido bem para a equipa, só que as oportunidades não têm sido tantas como tem acontecido normalmente, provavelmente devido ao facto de estarmos na ponta final do campeonato, e a motivação não tem

Sérgio Claro / Imagereporter

Pedro Pimenta é actualmente, com 20 golos marcados, o melhor marcador da Divisão de Honra da AF Leiria da temporada 2008-2009. Aos 26 anos de idade, o jogador do Alqueidão da Serra está a alcançar agora, na quinta época ao serviço do clube, o ponto alto na carreira. sido tanta. Enfim, há que continuar a trabalhar para que os golos voltem a aparecer com maior frequência. Fez toda a formação no União de Leiria. Pensou na equipa principal? Quando nós somos jovens, a ideia de jogar no plantel principal passa-nos pela nossa cabeça. Como via alguns colegas meus a chegarem lá e a aproveitar as oportunidades, julguei que a hipótese de jogar na equi-

pa principal também chegaria a mim, embora soubesse que o União de Leiria não costumava aproveitar muito os jogadores provenientes da formação para a sua equipa sénior. Quais são as expectativas em relação à próxima época? De-

seja regressar ao escalão nacional? Desejo, obviamente, embora saiba que a III Divisão nacional será extinta no final da próxima época. Mas caso surja algum convite para jogar nesse escalão, ou ainda mais alto, irei considerá-lo, com toda a certeza.

RICARDO SILVA - GOLEADOR DA I DISTRITAL

“Ganhei a aposta” Provavelmente o melhor marcador a nivel nacional, chama-se Ricardo Silva, joga no Recreio Pedroguense, e já leva 55 golos. Os adversários têm já uma atenção especial para com o “Tubarão da Distrital” A fazer uma época absolutamente genial, em termos de golos, leva já 55. Qual é o segredo? Creio que não possa dizer que há um segredo em especial, é apenas, como costumo dizer, meter a bola na baliza que é como se faz um golo. Contudo ainda não dá para vencer uma certa aposta. Pode contar-nos isso? Não foi uma aposta, foi um desafio que coloquei a mim próprio no inicio da época. Normalmente todas as epocas

tinha sempre uma meta diferente, quando cheguei aqui, á primeira distrital, pensei que se na 3ª divisão fazia 15, aqui na divisão mais baixa do futebol nacional, tinha de fazer 30. Depois vi que 30 resultava num golo por cada jogo, era necessário aumentar a fasquia para os dois golos por jogo, foi daí que sairam os 60. Podia dizer 64 ou 62 mas 60 é um número certo e mais bonito (risos).

pecial para com o “Tubarão da Distrital”? Nos três jogos depois da entrevista ter saido não fiz golos, senti que havia um cuidado especial porque apareci na televisão. As pessoas até uma certa altura sabiam que tinha 40 ou 50 golos, mas não havia aquela preocupação, apenas a necessidade de me marcar. Ter aparecido na televisão acho que serviu de motivação extra.

Desde que foi alvo da comunicação social, sente que tem havido um cuidado es-

Para aqueles que não o conhecem enquanto jogador. Como se caracteriza?

Tenho uma caracteristica que acho que me define, uma boa finalização. Os meus colegas dizem que a bola vem ter comigo, mas não, há que estar no sitio certo à hora certa e fazer golo. O que o adversário diz dele: Rápido, técnicista, aproveita bem os erros dos adversários porque é muito inteligente na disputa de bolas e a aproveitar os erros dos defesas. (Marcelo Baptista jogador do Arcuda de Albergaria dos Doze)


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ENTREVISTA

VÍTOR MANUEL

“QUERO SER CAMPEÃO NO ESTRANGEIRO” Angola viu “renascer” Vítor Manuel, um dos treinadores com mais jogos disputados no principal campeonato português e que muitos julgaram acabado para o futebol. Carlos Jorge Monteiro / Imagereporter

Entrevista de Paulo Rodrigues

Esteve quase três anos parado, depois de uma experiência traumatizante no União da Madeira. Julgaram-no acabado para futebol, mas um desafio na longínqua Angola permitiu-lhe recuperar valores e, sobretudo, a autoestima. De regresso a casa, já pensa em voltar ao estrangeiro, mas concretizar um sonho: ser campeão. O 2.º lugar em Angola deixou-lhe água na boca… Como tem ocupado o tempo desde que regressou de Angola? Neste momento, mais com a minha vida familiar, mas sem me desligar do futebol completamente. Vejo jogos na televisão, leio os jornais, vou à internet, mas estes três meses e meio foram mais dedicados à família. Foi uma experiência enriquecedora enquanto treinador? Sim, foi uma experiência completamente diferente daquela a que estava habituado. As relações, a cultura, a filosofia de vida… O povo angolano é encantador mas tem uma mentalidade um bocadinho africana, sem muito rigor nas coisas. Na fase inicial, houve coisas que me custaram a perceber, mas depois também comecei a fazer algumas cedências, que penso serem importantes, porque não conseguiria mudar tudo num ano. Tentei explicar às pessoas qual era o meu pensamento e elas perceberam. Melhorámos algumas coisas em termos de rigor, disciplina táctica, organização, metodologia do treino e cumprimento de horários. O jogador angolano tem umas condições físicas fantásticas, técnicas também, mas para se transformar num grande jogador precisa perceber também estas coisas. A falta de organização foi, então, o maior obstáculo que enfrentou?

Ficámos em 2.º lugar e tudo levava a crer que continuássemos. Não fizemos a equipa, não conhecíamos adversários, a imprensa, a mentalidade, mas fizemos um excelente trabalho porque lutámos pelo título até duas jornadas do fim. A não continuidade, se calhar, deveu-se a algumas coisas extra-futebol, com as quais reagi à minha maneira. Chegámos a acordo de uma forma séria e positiva, mas fiquei com pena porque tudo se preparava para continuar. Neste momento, tínhamos muito mais condições para chegar ao título. O trabalho foi reconhecido pelos atletas, com os quais houve uma empatia muito grande. Mas não escondo que tinha uma má relação com o director desportivo, que queria ser treinador e eu não deixava. Tive sempre ali um obstáculo tremendo. Não foi, então, uma situação fácil… Nunca me hipotequei, pensei sempre pela minha cabeça. Agora, sabia que era muito difícil ser campeão. Para voltar a trabalhar, teve que sair de Portugal… É verdade, infelizmente tenho que dizer isso. Não sei o que vai na cabeça das pessoas, mas foi bom para mim.

“Fico emocionado quando falo de Leiria, pois conseguimos coisas extraordinárias, com poucas condições de trabalho.” Tivemos algumas dificuldades na fase inicial, mas depois os jogadores perceberam que estavam a evoluir. Em relação à desorganização, também tem que ver com o próprio campeonato. Hoje marcava-se um jogo e amanhã desmarcava-se, as próprias estruturas federativas tinham alguma dificuldade. Angola tem essa dificuldade em ser mais profissional. Porque saiu a meio do contrato?

Se calhar, elevei demasiado a fasquia, mas senti que teria de ser assim. O 1.º de Agosto, que é um clube histórico, com a maior massa adepta em Angola, e comparo-o ao Benfica, enquanto o Petro de Luanda é como o FC Porto, na organização, mentalidade e profissionalismo. Foi esse cenário que quisemos mudar e houve esse reconhecimento por parte dos responsáveis. Mas na parte final da época, as coisas precipitaram-se.

Estive quase três anos sem treinar e este desafio fez-me bem. Recuperei valores e a minha auto-estima. Levei comigo o professor Vítor Bruno, que embora numa fase de aprendizagem, tem excelentes condições para ser treinador, e isso foi muito importante na minha ida para Angola. Voltei aos treinos, aos jogos, a preparar as coisas intensamente. As portas em Portugal tinham-se fechado.


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Encontra razões para tantos treinadores da sua geração serem obrigados a emigrar? E com bons resultados lá fora. O [Manuel] Cajuda teve que sair para o Zamalek para depois voltar, o Manuel José está a ganhar títulos, o [Bernardino] Pedroto, se calhar, nem teve convites para voltar a Portugal e é campeão em Angola, eu fui vice-campeão, o Henrique Calisto foi campeão na Ásia… Se calhar, isto também se deve a dificuldades financeiras dos próprios clubes, mas agora as coisas estão a diluir-se um bocado.

já foi importante ter tido esse convite. Quando cheguei, tive outro convite, mas disse, com sinceridade, que tinha que pensar noutros horizontes. Se calhar, tenho mais coisas para fazer no estrangeiro…

A moda dos novos "Mourinhos" já está a passar? Os que o foram, acabaram por ser vítimas deles próprios. Foi uma moda, mas não há ninguém igual a ninguém. Tentou-se criar um novo treinador, mas agora vemos onde eles estão. E digo isto com alguma mágoa.

Agora que regressou, como tem visto o campeonato português? Está a atravessar uma crise financeira tremenda. Não é um campeonato sério, devido ao problema dos salários. Isso falseia a verdade desportiva. O FC Porto continua a ser o melhor, o Sporting está a querer aproximar-se com um trabalho fantástico do Paulo Bento, e o Benfica continua com os mesmos problemas. Mas outros clubes surpreenderam-me como o Sporting de Braga, que tem uma grande equipa, e o Nacional, que consegue contratar brasileiros de muita qualidade e que joga bem.

Não pensa que também existem treinadores a mais em Portugal? Acho que sim. Temos que ser mais rigorosos nesse aspecto. A nossa classe também tem que ter mais cuidado na forma como os cursos são ministrados. É preciso mais selecção, mais rigor. As coisas estão a melhorar, mas houve uma fase, e contra mim falo também, em que facilitámos um bocado. Demos cursos a pessoas que não estavam preparadas, mas a selecção também se faz por si própria. Quem é competente, é competente, e não tem nada a ver com idade. Já recebeu algum convite? Tive um de Portugal enquanto ainda estava em Angola. E era um bom clube, mas como tudo se perspectivava para continuar no 1.º de Agosto… Mas

Agrada-lhe a ideia de voltar a emigrar? Agrada-me muito, porque tive uma grande experiência e gostaria de repetir rapidamente. Mas se aparecer um convite válido aqui em Portugal, com um projecto que tenha pernas para andar, poderei abraça-lo.

E a carreira da Académica? Tem feito um bom campeonato, sem nomes sonantes, mas com uma equipa bem rentabilizada pelo Domingos. Teve a pecha dos jogos fora de casa, mas equilibrou em Coimbra. Talvez seja uma equipa que se estiver junta mais dois ou três anos, e com alguns arranjos, poderá fazer ainda melhor. Joga um pouco o futebol da Académica, apoiado, de pé para pé, bonito, mas falta-lhe desequilibradores. Tem um bom colectivo, mas precisa de individualidades.

PERFIL Nome: Vítor Manuel Mota Fernandes Idade: 56 anos Data Nascimento: 12-08-52 Naturalidade: Mouriscas (Abrantes)

Carlos Jorge Monteiro / Imagereporter

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ENTREVISTA

Percurso Jogador: Tramagal (1966/1969) e Académica (1969/1978) Treinador: Académica, Sporting de Braga, Penafiel, União de Leiria, Belenenses, Leça, Salgueiros, Alverca, União da Madeira e 1º Agosto (Angola).

E a União de Leiria, onde viveu bons momentos, pensa que ainda vai a tempo de subir de divisão? Gostaria muito, porque foi um clube que me marcou imenso. Foram dois anos e meio extraordinários. Tem um bom presidente, muito importante no trajecto do clube e que dá aos seus treinadores boas equipas. Merece estar na primeira liga. Fizemos um 6.º e 7.º lugar, depois de o Cajuda subir a equipa à 1.ª divisão. Fizemos um excelente trabalho, com uma equipa muito boa. Tinha uma grande empatia com os sócios. Fico emocionado quando falo de Leiria, pois conseguimos coisas extraordinárias, com poucas condições de trabalho. Para terminar, que sonho ainda lhe falta concretizar? Já não vivo obcecado por treinar os chamados "grandes". Os treinadores devem deixar um pouco de si por onde pas-

sam e penso que deixei. Ainda não cheguei à meta, tenho 56 anos, e ainda queria treinar mais 10 anos. Quero continu-

“O FC Porto continua a ser o melhor, o Sporting está a querer aproximar-se com um trabalho fantástico do Paulo Bento, e o Benfica continua com os mesmos problemas.” ar a deixar a minha marca de seriedade, profissionalismo e rigor por onde passar, contribuir para que os clubes e os jogadores evoluam. Nesta fase, depois de Angola, gostaria de ser campeão no estrangeiro, porque aqui não tive essa possibilidade. Estive próximo de treinar um "grande", mas faltou-me, se calhar, ser mais atrevido, arrogante, esperto.


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FUTEBOL

2ª DIVISÃO NACIONAL DE JUNIORES – 2ª FASE – ZONA 4

Naval às portas do título O grupo da Figueira da Foz, com este triunfo termina a Zona 4 em primeiro lugar com 12 pontos e sem derrotas – três vitórias e três empates – qualificando-se para a 3ª Fase onde disputará o título de Campeão da 2ª Divisão de Juniores com o Feirense, o Odivelas e o Varzim. Esta próxima fase inicia-se amanhã com a deslocação a Odivelas. Madeira (Capitão da Naval) Como tem sido liderar este grupo? Apesar das contrariedades que existiram, acho que demos a volta por cima e conseguimos os objectivos delimitados. Considera que o sucesso poderia estar condicionado devido às condições

Helder Ferreira / Imagereporter

Foi no impróprio Campo de Treinos da Naval 1º de Maio que os Juniores da casa se qualificaram para a 3ª Fase e, desta forma, estão na luta pelas faixas de Campeão.

de treinos e à suspensão provisória? Sim, um bocado. Acho que demos a volta por cima apesar de não termos muitas condições… Qual é que foi o “segredo” da equipa para conseguir dar a volta àquela crise

da suspensão provisória (que depois não se confirmou)? Muita união, muito espírito de equipa e acreditar sempre. Zé Carlos (Coordenador das Camadas Jovens da Naval)*

Como analisa a prestação da equipa neste jogo tão importante que deu acesso à próxima fase? Foi um jogo que a equipa encarou para ganhar e conseguiu ganhar. Com muita dificuldade devido ao facto da equipa ter uma capacidade técnica acima da média e o campo… penso que era o nosso pior inimigo. Mas conseguimos um dos nossos objectivos que era subir à primeira divisão. Sentiu, desde início, que este grupo tinha potencial para atingir promoção? Eles podem confirmar aquilo que disse no início de época. Falei com eles diversas vezes e afirmei que tinham capacidades, logo no início da época, para subirmos de divisão e para ten-

Naval 1 - Alverca 0 Campo de Treinos Estádio Municipal José Bento Pessoa, na Figueira da Foz Árbitro Hugo Pires auxiliado por David Mendes e Luís Soares Naval: Emanuel (GR); Madeira (Cap.), Iano, Danilo, Nuno; César, Damien (Ricardito 67’), David (Nunito 89’); João Pinto (Gato 86’), Zé Ricardo e Bari. Treinador: Miguel Carvalho Alverca: Bruno (GR); Bernardo, Ruben, André, Edson (Emanuel 82’); Resende, Claudio, Nascimento; Milton, Guilherme e Vando (Cap.) (Gidel 63’). Treinador: Paulo Henriques

tar conquistar o titulo de campeões nacionais.

DIVISÃO DE HONRA JUNIORES E JUVENIS AF LEIRIA

Festa “agri-doce” na Ordem Orlando Joia Os juniores do SL Marinha não sentiram grandes dificuldades para garantirem o triunfo sobre o último classificado da Divisão de Honra da AF Leiria (Bombarralense), isto apesar da equipa se apresentar limitada pelas lesões e castigos de vários atletas. Ao intervalo, o SL Marinha vencia por 2-0, acabando por ampliar a vantagem no 2º tempo, mercê de três golos de B.A., enquanto o Bombarralense foi reduzindo a desvantagem com dois golos de grande penalidade. No final do jogo, houve festa entre a equipa do SL Marinha, com a garantia do título distrital e o regresso ao campeonato nacional de juniores. Já entre o público afecto à equipa da Ordem, a festa era contida, com um sabor "agri-

doce". Uma vez que os olhos estiveram ao longo da tarde no sintético da Ordem a ver os juniores, mas os ouvidos e uma boa parte do coração, estavam em Porto de Mós e também na Benedita. O empate dos juvenis no Portomosense e a vitória do Beneditense, por 2-1, sobre a U. Leiria B, impediam grandes festejos, pois desse modo era o Beneditense que garantia o título distrital de juvenis.

D. R.

No passado sábado, o SL Marinha teve um dia de sensações opostas: juniores festejam título, juvenis veêm-no fugir...

Juvenis SL Marinha “morre” na praia Os juvenis do SL Marinha entraram no pelado de Porto de Mós, praticamente a perder, com um golo consentido logo aos 5 minutos, acabando por restabelecer a igualdade ainda antes do intervalo. Enquanto isso, na Benedita, o U. Leiria B falhava uma grande penalidade logo aos 2 minutos de jogo, o Beneditense

respondeu com uma bola ao poste e aos 5 minutos adiantava-se no marcador. A equipa B do U. Leiria, que se apresentou na Benedita na máxima força, não baixou os braços e conseguiu restabelecer a igualdade ainda antes do intervalo. No segundo tempo, em Porto de Mós, a equipa da Mari-

nha Grande tentou obter o golo que valia o título distrital mas, segundo o técnico Vítor Duarte "a bola não quis entrar". Na Benedita, o jogo não agradou ao técnico Bruno Roda, da U. Leiria, uma vez que "naquele campo o tipo de futebol que se pratica é de bola para a frente e é tudo o que eu peço

aos meus jogadores para não fazerem". No entanto a equipa da Benedita "tem mérito na forma como, na 2ª parte, procurou e conseguiu chegar ao segundo golo". Bruno Roda diz ainda que o Beneditense "é um justo campeão, ao contrário do Lisboa e Marinha que desiludiu na parte final". No final do empate muito amargo para a sua equipa, o treinador do SL Marinha regista o facto de em quatro partidas que disputou em pelados só conseguiu vencer uma delas. No entanto, o "Beneditense fez uma excelente segunda volta e os campeões são sempre justos". A festa que ao longo da época parecia programada para a Marinha Grande, acabou por se fazer na Benedita, com a equipa local a subir ao campeonato nacional.


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FUTEBOL FINAL DA TAÇA DISTRITO DE LEIRIA DE JUVENIS

Leiria e Vieira disputam

Taça de juvenis Orlando Joia A final da Taça Distrito de Leiria em juvenis vai disputar-se este sábado, pelas 15h30 no sintético do Vale das Éguas, em Albergaria-dos-Doze. Frente-afrente duas equipas que disputaram a Divisão de Honra. A equipa B da U. Leiria, que parte como favorita, pois terminou em 4º lugar o campeonato, com 42 pontos, contra o Vieirense que acabou a prova em sétimo, com 33 pontos. A favor da segunda equipa do emblema leiriense está ainda a história dos dois confrontos para o campeonato, que ditaram dois triunfos, 3-1 em Santa Eufémia e 0-1, em Vieira de Leiria. U. Leiria B: Final da Taça era um dos objectivos O treinador da U. Leiria B, Bruno Roda, mostra-se agradado com o comportamento da sua equipa nesta época que classifica de "francamente positivo", porque "apesar do lugar na classificação, para uma equipa B uma das coisas mais importantes será sempre permitir aos miúdos a competição, continuando a aprendizagem, para encarar no ano seguinte o Nacional de outra forma". Avançando ainda que foi alcançado outro dos seus objectivos "que era chegar à final da Taça" e agora, "vamos tentar disputar para ganhar". Bruno Roda entende que o facto da final se disputar em Albergaria-dosDoze "não vai beneficiar

D. R.

U. Leiria B e Vieirense disputam amanhã, em Albergaria-dos-Doze, a final da Taça Distrito de Leiria de juvenis. Depois de uma época positiva na Divisão de Honra, ambos os conjuntos prometem lutar pela vitória, parecem motivadas e em boa forma.

nenhuma das equipas", no entanto, sempre vai dizendo que "talvez o piso seja mais semelhante ao do Vieirense, mas não haverá grande vantagem por aí". O técnico leiriense deixa o seu lamento quanto ao local, porque "é uma pena ser tão longe, quando temos campos mais perto das duas equipas e facilitava muito mais a presença dos adeptos". Depois de terminar à frente no campeonato e de vencer por duas vezes o Vieirense para essa prova, o técnico admite que a sua equipa tem "um favoritismo teórico, mas no campo é que vamos ver, esperamos ter mais argumentos que eles para os poder levar de vencida". O treinador não poupou nenhum jogador na derradeira ronda do campeonato, em que perdeu na Benedita, por 2-1. Bruno Roda justifica dizendo que "não pensei em gestão do plantel, porque não acredito que miúdos que joguem uma vez por semana necessitem de gestão de esforço". Diogo Justo, de-

vido a lesão, será a única ausência da U. Leiria B nesta final. Vieirense: Temos equipa para ganhar O Vieirense vem de um triunfo folgado na última ronda do campeonato, por 5-1 sobre o U. Serra, numa partida onde o treinador, Rui Miranda, fez alguma gestão do plantel, uma vez que jogou "de início e nas substituições com alguns atletas menos utilizados". Apresentando-se nesta final com todo o plantel disponível. Sobre o desafio que tem pela frente, Rui Miranda diz que "é um jogo de entrega onde temos todas as possibilidades de ganhar, apesar de termos perdido os dois jogos com eles para o campeonato, mas temos equipa para lhes ganhar". Isto apesar de, no seu entender, "poder dar-se algum favoritismo a eles", mas mostra-se convicto que "nós vamos contrariar isso, de certeza absoluta". Justificando que "a nossa equipa não é a mesma a jogar para a taça

ou para o campeonato. A atitude é completamente diferente". Recordando a forma como foi alcançado o passaporte para esta final: - "Não é por acaso que nós perdemos duas vezes com o Lisboa e Marinha para o campeonato e fomos lá ganhar para a Taça". Rui Miranda diz ainda que a forma como se mostra confiante no triunfo vem do seio da sua equipa, "eles dão-me essa confiança". Quanto ao local desta final, o treinador do Vieirense refere que "o campo é sintético e ambas as equipas estão habituados a jogar nesse piso". Isto apesar de estar "mais perto de Leiria", mas adverte que "só a nível de público é que podem ter mais que nós, porque dentro do campo é igual". Rui Miranda nega ainda que esta taça possa servir para salvar a época desportiva do clube, que tem tido alguns desaires, dizendo que "não tenho sentido nenhuma pressão por causa disso".

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HÓQUEI EM PATINS

HC Turquel

HC Turquel mais longe do primeiro lugar No passado sábado, o Hóquei Clube Turquel viu fugir o primeiro lugar da 2ª Divisão Norte de hóquei em patins, ao perder o desafio contra a Académica de Espinho por 3-4. A noite chuvosa parecia antecipar uma final menos agradável para a equipa de Turquel, que mesmo jogando em casa nunca conseguiu estar em vantagem no marcador. Mas apesar da constante inferioridade não baixou os braços e lutou até ao final, chegando mesmo a fazer sonhar os adeptos com o empate, que acabou por não cheg a r.

O pavilhão Gimnodesportivo de Turquel registou bela moldura humana, asfixiou ambiente e casa cheia num dos jogos mais importantes da época. O jogo em si também teve traços de um duelo de gladiadores, com muita intensidade, agressividade q.b. (mas nunca violência) e diversos duelos individuais. O próprio resultado final espelha a competitividade e equilibrio que caracterizaram o desafio. No final do encontro, treinador do Turquel desolado pelo resultado, mas não pela exibição. Com o primeiro lugar já demasiado longe, o próximo objectivo é enfrentar o SC Tomar e assegurar a ferro e fogo a subida de divisão. Foi uma derrota que afastou o Turquel do primeiro lugar... O jogo foi muito disputado, acho que a determinada altura qualquer equipa podia passar para a frente. O Espinho é uma equipa que quando está naa frente do marcador joga com mais facilidade tendo em conta

Nuno Brites / Imagereporter

"Primeiro lugar é uma miragem..." - assume João Simões, Treinador do HC Turquel O SC Tomar é o adversario mais directo. Acha que é candidato? Sim, o Tomar, o próprio Riba D'ave. Destes 3, estou convencido que vai sair o 2º classificado. O Tomar tem os mesmos pontos que nós e o Riba d'ave, se ganhou, há-de estar a um. Passa um bocado pelo jogo de Tomar e pode sair de lá o segundo finalista.

as características deles e eles estiveram sempre em vantagem aqui. Ainda assim o jogo foi muito equilibrado. Estamos frustrados porque realmente o primeiro lugar acaba por ser neste momento uma miragem, mas estamos orgulhosos pelo trabalho que temos feito e pelo público, o apoio que nos tem sido dado. Se a equipa dentro de campo luta ate ao último segundo, o público também nos tem apoiado até ao último segundo e isso deixa-nos muito orgulhosos. Acha que a pressão do "jogo do título" pode ter influenciado os jogadores? Não. Não concordo com isso ate porque o Turquel, embora este tenha sido um dos últimos 3 jogos, a pressão das equipas que vão a frente já existe há 7 ou 8 jornadas. Qual-

quer jogo perdido há 7 ou 8 jornadas fazia com que o grupo se dividisse. Temos lidado bem com essa pressão e hoje o resultado podia ter caído para qualquer lado. Não acho que a pressão nos afectado e até acho que fizemos um bom jogo tendo em conta as características do nosso adversário. Como encara os proximos 2 jogos? O Turquel pode orgulhar-se de a 2 jornadas do fim só depender dele para subir de divisão e é com esse espírito que vamos encarar. Acho que estamos no bom caminho e o jogo no próximo sábado pode ser decisivo, tal como foi este, contra um adversário de valor. E nós com os nossos argumentos vamos tentar trazer de lá uma vitória que nos coloque em boa posição para a subida.

Quais eram as expectativas no início da temporada? Nós traçamos o objectivo inicial que era ficar nos 5 primeiros. A determinada altura da epóca quando reparamos que podiamos alcançar algo mais, reformulámos os nossos objectivos e tornou-se preferível ter de sofrer a frustraçao de não subir de divisão do que ficarmos contentes por ficar nos 5 primeiros. Acaba por ser uma capacidade que a nossa equipa tem de se ajustar às características da própria classificação do campeonato. Acha que a massa associativa é fundamental para ganhar jogos? Sim, é fundamental para ganhar jogos e se vocês repararem o ambiente que é criado aqui é um ambiente no sentido de motivar e puxar pela nossa equipa. E nesse aspecto a nossa massa associativa tem sido um aspecto importantíssimo para nos empurrar para algumas exibições que já conseguimos. Há outros pavilhões onde os adeptos utilizam outro tipo de abordagem, que é pressionar os árbitros. E há outros pavilhões com pouco público que conseguem puxar a brasa à sua sardinha fazendo maior pressão sobre o árbitro. Aqui as pessoas mostram grande desportivismo e centram-se essencialmente no apoio à equipa.

Na eventualidade do Turquel não subir, como encara a próxima época? A próxima época vai ser encarada com a mesma perspectiva que encarou esta, independentemente de estar na primeira ou na segunda. Já disse aos meus jogadores há 7 ou 8 jornadas atrás que se subirmos ou não, se eles quiserem continuar está formado o plantel 09/10, a perspectiva é a mesma continuar a trabalhar para podermos ser melhor amanhã do que somos hoje. Isso aplica-se tambem na perspectiva mais feliz de subirem... Exactamente, os jogadores podem ter essa noção, independentemente de subirmos ou não, o plantel está formado. Como vê o seu futuro no Hóquei Clube Turquel? O meu futuro continua, tal como eles, a querer aprender mais e melhor, fazer o melhor que posso e sei, no sentido de ajudar este clube que é especial. Qualquer pessoa que aqui venha, independentemente do resultado, sai com a sensação que é um clube especial e eu sinto-me orgulhoso por fazer parte do Turquel. Também faz a formação. Como vê a possibilidade dos jovens virem a jogar pelos seniores? A nossa linha orientadora é mesmo essa. Tentar formar mais e melhor e tentar ter equipas seniores competitivas, como temos esta. Muitos jogadores seniores trabalham arduamente a treinar os escalões de formação e têm feito um bom trabalho e é preciso dar continuidade para que num futuro próximo possamos continuar a ser munidos, do ponto de vista dos seniores, pelos jogadores dos escalões mais baixos.


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HÓQUEI EM PATINS

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Vasco Luís, melhor marcador da 2.ª Divisão:

“Subida é um sonho” Jogo terminado, festa para os de Espinho, frustração para os de Turquel. Vasco Luís, melhor marcador da 2ª Divisão, estava desolado pelo resultado que manteve o HC Turquel no segundo lugar. Com mais dois golos para a sua conta pessoal, mas com um sabor amargo, Vasco falou com o Desportotal sobre o seu futuro e traçou uma meta: a subida à 1? Divisão. Foi uma derrota que afastou o Turquel do prim e i r o l u g a r. C o m o v a i encarar os próximos jogos? O jogo em Tomar é complicado, porque está em jogo o segundo lugar, tendo em que conta que o Espinho garantiu hoje aqui o primeiro lugar, visto que joga contra os dois últimos classificados nas duas últimas jornadas. Temos de ir com uma mentalidade ganhadora, parecida com a que encaramos este jogo. Entrámos no jogo para vencer mas não foi possível por uma boa reação do Espinho que nos deixou sem argumentos. A pressão do jogo afectou os jogadores? Algum tipo de pressão, sim. Mas isso havia para os dois lados. Do lado do Espi-

nho alguns jogadores mais experientes lidam melhor com essa pressão. Do nosso lado havia, porque estava o primeiro lugar em jogo, a jogar à frente do nosso público, não queriamos defraudar as expectativas mas não foi possivel ganhar, também pelo bom jogo do Espinho. Tem alguma meta ate ao final da temporada? Em termos de golos, não ligo muito a isso. Os golos vão aparecendo porque há um trabalho por trás de toda a equipa e sou eu a encostálos. Em termos colectivos sim, há a meta a alcancar que é o 2? lugar. Queríamos o primeiro mas já não é possível à partida. Matematicamente ainda é possível, mas já não deve ser devido aos dois últimos jogos de Espinho. Vamos jo-

gar o tudo por tudo em Tomar, para conseguir o segundo lugar. Tem 21 anos, ainda é jovem, como vê o futuro no hóquei? O meu futuro, já vi de forma pior. Estou no clube e estudo em Rio Maior, por isso vou me mantendo. No presente é ficar no clube. No futuro, se aparecer alguma coisa, só mesmo se for uma proposta muito especial que me faça sair. Caso contrário prefiro ficar aqui no clube que jogo desde os 4 anos, é o clube que adoro. Fez a formaçao no Turquel? Desde os 4 anos que jogo aqui, sou tambem treinador no escalão de formaçao, neste momento estou nos senio-

res e posso dizer que fiz toda a formação aqui. Tr e i n a d o r d e a l g u m a s escolinhas? Sou treinador de equipa de bambis e iniciadas femininas. Apesar da minha idade, tentamos transmitir alguma experiência e vivências que temos aqui na modalidade aos mais novos. Vê algum futuro como treinador? Para já não penso nisso. Penso só em ser jogador, fazer o máximo lá dentro como jogador, mas tambem tendo dar o máximo como treinador e procuro ajudar os miúdos o máximo possível. No caso da subida, quais são as expectativas?

A subida ia ser muito bom porque para mim é um sonho mesmo muito grande subir com este clube. Já subimos à pouco tempo, mas não era senior ainda. É um sonho muito grande, gostava que acontecesse e as expectativas eram fazer um grande campeonato para ficar. Como sente o apoio dos adeptos? Muito bom, muito gratificante ver que o teu trabalho está a ser reconhecido. E nem tenho palavras para descrever esta moldura humana. Têmnos acompanhado desde a primeira jornada, com o pavilhão quase sempre muito cheio, hoje esteve muito lotado, também por estar aqui gente de Espinho, e só tenho mesmo é que agradecer e dar uma palavra de apreço ao público que tem sido inexcedível.

Sp. Tomar - HC Turquel impróprio para cardíacos Orlando Joia

Depois das fortes emoções vividas na última ronda, estas prometem ser ainda maiores no próximo sábado, pelas 18 horas, com Sp. Tomar e HC Turquel a medirem forças na cidade do Nabão. É uma autêntica final. Já não há mais espaço para errar.

A experiente equipa orientada pelo treinador marinhense e antigo jogador do HC Turquel, Nuno Lopes, vai receber a jovem equipa do concelho de Alcobaça. Quem ganhar, praticamente garante a ida ao play-off de subida com o 2º classificado da zona sul. Quem perder, vai ficar irremediavelmente fora da possibilidade de subida. Se houver empate, o HC Turquel ficará com vantagem no confronto directo, mas o grande beneficiado poderá ser o Riba D'Ave, que, à noite, recebe o Famalicense e caso vença poderá saltar para o 2º lugar.


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MODALIDADES

VOLEIBOL

Sport Operário Marinhense No passado sábado o Operário somou a oitava vitória na 2ª fase do campeonato em casa em nove jogos disputados. A equipa da casa ganhou por 3-1 ao Fontaínhas com os parciais de 29-27; 25-19; 23-25 e 25-20.

Carlos Jorge Monteiro / Imagereporter

Para este jogo, o treinador marinhense contou com os seguintes atletas na convocatória: Mário Soares (capitão); Bruno Ramos; Ricardo Oliveira; Pedro Santos; André Almeida; Luís Cavaleiro; Anderson Camará; Bruno Cunha; Bruno Sequeira; Pedro Couto; Rodrigo Castro e Rui Sequeira a libero. Cláudio Sousa, Treinador da equipa da Marinha Grande, não esconde que: "Foi um jogo em que os atletas do Operário tiveram alguma dificuldade em

parar no 1º set, quer no bloco quer na defesa, os adversários das entradas. Já no 2º set a equipa marinhense esteve imparável no bloco e Mário, André e Anderson fizeram um autêntico muro ao ataque adversário. No 3º set mudei completamente a equipa e o entrosamento não foi o melhor entre os nossos atacantes com o Luís a distribuir, à excepção de Anderson que esteve sempre a pontuar para a sua equipa. No 4º set houve que evitar prolongar a decisão

do resultado para o 5º set e então lancei novamente o seis inicial do 2º set, que claramente foi o melhor do jogo e com algumas substituições pelo meio, o Operário conseguiu despedir-se do seu público com mais uma vitória." "De destacar igualmente ao longo do jogo a eficácia de Luís no ataque, Pedro Santos na defesa, Kiká no ataque e serviço e Ramos na distribuição." Relativamente à arbitragem, o técnico diz que: "Apesar de alguns erros

da arbitragem que em nada influenciaram o resultado, a equipa marinhense conseguiu controlar o seu descontentamento em algumas decisões menos acertadas, no entanto pouco desculpáveis para um primeiro árbitro que é internacional." Amanhã o Operário joga pela última vez esta época e deslocar-se-á a Trás-os-Montes para defrontar a equipa da U.T.A.D., de Vila Real.

PÓLO AQUÁTICO Não importa as equipas, os jogadores, o resultado. Importa, apenas, a beleza da foto. A bola, o movimento dos jogadores, o sincronismo que se imagina entre braços e pernas e água como "pano de fundo". Infelizmente por falta de campos - piscinas, naturalmente - e de uma divulgação adequada, o pólo aquático ainda vai sendo uma modalidade quase de elite. Mas é belo, sem dúvida. Pelo enquadramento estético que proporciona, pela capacidade física e atlética que exige e pelo ambiente tranquilizador em que é praticado. Competição? Sem dúvida. Importante. Mas mais importante é, inquestionavelmente, toda a envolvência, tudo quanto a rodeia. Imagens destas valem muito mais do que mil palavras. Por isso a deixamos sem mais comentários.

PATINAGEM ARTÍSTICA Vai realizar-se, nos dias 23 e 24 (amanhã e Domingo), no Pavilhão Desportivo Municipal dos Pousos, o Torneio de Esperanças de Patinagem Artística, da Associação de Patinagem de Leiria. Neles estarão presentes cerca de uma centena e meia de jovens atletas em representação de 12 Clubes filiados naquela Associação. As provas terão início às 09.30 horas, no Sábado e no Domingo, de manhã, e às 14.00 horas de tarde, prolongando-se até cerca das 19.00 horas. A organização é da responsabilidade do Hóquei Clube de Leiria em colaboração com a Associação de Patinagem de Leiria e a Federação de Patinagem de Portugal. A entrada é livre.


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ATLETISMO

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MILHA URBANA DE POMBAL

As duas provas de elite, foram discutidas ao sprint, o que provocou muito animação, junto à meta. Na prova de elite Feminina, a atleta queniana superiorizou-se a Mónica Rosa (Maratona C.Maia) e Daniela Cunha (Várzea). A nível masculino, Adelino Monteiro, levou a melhor sobre Luís Pinto (Marítimo) e Alexandre Silva ( Centro de Seia). Em Juniores Masculinos venceu Ricardo Fernandes (JV) e no sector feminino Daniel Cunha (Várzea). Em Juvenis, o vencedor foi Tiago Silva (Benfica). No sector feminino, Soraia Lopes (Bairro dos Anjos obteve a primeira posição. Em iniciados, venceram Benedito San-

Helder Ferreira / Imagereporter

Prisca Jeehtoo (Individual) e Adelino Monteiro (Sporting) foram os grandes vencedores da sétima edição da Milha Urbana de Pombal, integrada no Circuito Nacional de Milhas Urbanas.

Helder Ferreira / Imagereporter

C. R.

Helder Ferreira / Imagereporter

Prisca Jeehtoo e Adelino Monteiro os vencedores

tos (AC Vermoil) e Carina Santos (2AP). Já em Infantis, os vencedores foram: Edgar Alexandre (Santiago da Guarda) e Marisa Gomes (AC. Carnide). Em Benjamins B , o primeiro

lugar foi obtidoYvane Silva (2AP) e Manuela Martins (2AP). Finalmente nos escalão de Benjamins A, venceram João Ferreira (2AP) e Bárbara Mota (2AP). Em termos colectivos a

vitória sorriu ao conjunto de Pombal, 2AP. Seguiram-se AC Vermoil e AC Carnide. Numa prova nacional, os atletas do distrito brilharam e venceram quase todas as provas.

Porto de Mós organiza no próximo dia 24, e pela 23ª vez na sua história, uma corrida fora do vulgar: o “17 km Porto de Mós/Serra de Aire”, uma prova de atletismo sempre a subir, desde o centro de Porto de Mós até á entrada das grutas de Santo António, passando este ano por dentro da Gruta de Alvados. Organizado pela secção de Desporto da Câmara Municipal de Porto de Mós, a prova conta para o Troféu de Montanha, competição organizada pela Associação de Atletismo de Leiria. Apesar de ainda não estarem fechadas as inscrições, o responsável pela organização, Miguel Fernandes, afirma que deverão ter nos mesmos números que em 2008: “Tivemos 180 a 200 atletas no ano passado. Como só aceitamos inscrições a partir dos 20 anos, não temos tido renovações nos inscritos em termos de idade. Como muitos destes atletas participam aqui

D. R.

Porto de Mós organiza corrida de montanha desde quase a primeira edição, como consequência, a cada ano que passa estamos a ter cada vez mais inscritos na categoria de veteranos”, referiu. No ano passado, o vencedor da corrida foi o portomosense Nuno Varela, do Clube de Atletismo da Barreira, que se tornou no primeiro atleta em 22 anos a figurar na galeria dos vencedores. Na edição de 2009, a grande novidade será uma passagem no interior de uma da Gruta dos Alvados, algo inédito na história da competição. “Este ano vamos ter um extra com a passagem no interior da Gruta dos Alvados, que acontecerá a três quilómetros da chegada. Estávamos um pouco receosos no início, devido à estreiteza do percurso nesse local e a humidade existente no interior da gruta, mas fizemos um teste e vimos que não houve problemas de maior. Assim sendo, esta passagem inédita será o ponto alto do

nosso percurso, este ano”, referiu. O percurso dentro da gruta terá 450 metros de comprimento. Para esta prova de atletismo, a Câmara Municipal conta com um orçamento total de cinco mil euros, que serve para “policiar o percurso, assegurar os abastecimentos e pagar os prémios de presença”. As inscrições estão abertas até dia 23 de Maio, véspera da corrida, na secção de Desporto da Câmara Municipal de Porto de Mós, e aos dez primeiros classificados da corrida, quer em termos individuais, quer em termos colectivos, a organização oferecerá um troféu. Os três primeiros classificados, para além da vencedora na categoria feminina e a equipa mais numerosa à chegada, terão libras de ouro como prémio. Paulo Alexandre Teixeira


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ATLETISMO

CLUBE ATLETISMO MARINHA GRANDE REALIZA O SEU PRIMEIRO “MEETING”

“Motivar os atletas mais novos…” P.A.T

D. R.

Objectivo “escondido” como revela Luís Espinha

O Clube de Atletismo da Marinha Grande vai organizar hoje no Estádio Municipal da Marinha Grande o seu Meeting Nocturno. Esta prova, que se realiza pela primeira vez na história, serve como preparação de clubes e atletas para as próximas provas, nomeadamente o apuramento para o Campeonato Nacional de Clubes, que se realizará nos dias 30 e 31 de Maio, em Viseu.

meçou por referir Luís Espinha, presidente do Clube de Atletismo da Marinha Grande, a entidade organizadora do evento. “Este evento de atletismo serve também para aferir aos atletas presentes como andam

em termos de preparação para as competições que se avizinham, neste caso o Campeonato Nacional de Clubes, que para os clubes da zona Centro decorrerá nos dias 30 e 31 de Maio no Estádio de Fontelo, em Viseu. Como nesta altura ainda há pouca competição ao nível de seniores, quer a nível distrital, quer a nível nacional, achamos que este evento seria ideal para os clubes da região, como o Bairro dos Anjos, Arneirense, Juventude Vidigalense e nós, Clube de Atletismo da Marinha Grande”, concluiu. O “meeting” conta com provas em Seniores Masculinos e Femininos, bem como provas em Benjamins, Infantis e Iniciados, num número que não deve andar longe dos 200 atletas. Esta indecisão nos números acontece porque os clubes do distrito estão dispensados de inscrever especificamente nesta competição. “Esperamos uma grande participação a nível distrital, isso é garantido. Contudo, as inscrições não vão ser a nível individual, pois os atletas vão competir com o dorsal dos clubes da região, e estas estão isentas de inscrição

neste meeting. Mas se cada uma das provas, e temos previstas vinte, tiver pelo menos dez atletas, creio que 200 atletas é um numero realista, referiu. E quanto a nomes grandes do atletismo nacional, Luís Espinha não conta muito com isso, devido a motivos de agenda: “Não conto com muitos atletas vindos de fora do distrito, pois primeiro que tudo é o nosso primeiro ano que organizamos o meeting, e os nossos prémios são simbólicos e não monetários. Para além disso, este evento vai acontecer um dia antes do Meeting D. R.

D. R.

“O Meeting Nocturno acontece este ano porque proporcionaram-se condições para tal. Escolhemos fazê-lo à noite, porque quisemos ser diferentes dos outros, e porque como queremos que isto tenha continuidade nos próximos anos, queremos que este evento seja marcante quer naquilo que se faz em termos de atletismo na Marinha Grande, quer no distrito de Leiria” co-

de Elvas, que conta para o calendário nacional, e onde vão estar lá todos os grandes nomes do atletismo nacional, logo não devemos contar com muitas participações provenientes de fora do nosso distrito”, concluiu. Quanto á razão pelo qual as diversas categorias estarem misturadas numa mesma prova, Luís Espinha afirma que a ideia é proporcionar aos mais novos a sensação de competição perante atletas profissionais: “Posso considerar que era o ‘objectivo escondido’, pois como somos um clube de formação, queremos proporcionar-lhes mais um motivo de competição. Tem muita durante a época, mas as competições de pista são raras nestes escalões. Estar lado a lado com alguns dos seus ídolos em pista seria uma razão para motivar estes atletas para continuarem no atletismo, principalmente para aqueles que gostam da modalidade”. afirmou. Sendo um evento que vai na sua primeira edição, e sem prémios, o orçamento é pequeno, cerca de 1200 euros, mais pequeno do que a Milha de Cristal, que aconteceu no passado 24 de Abril, e que teve um orçamento de cinco mil euros. A competição começa a partir das 21 horas, com 20 competições em Masculinos e Femininos, seis dos quais dedicados às categorias inferiores (Benjamins, Infantis e Iniciados).


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FUTSAL

DIVISÃO DE HONRA

Nadadouro Campeão Distrital D. R.

Equipa das Caldas vence Divisão de Honra pela 2.ª vez na sua história GABRIEL FERNANDES

“O TRABALHO RESULTOU” Gabriel Fernandes, técnico do Nadadouro, era no final do encontro de sábado, um homem satisfeitíssimo e, em declarações ao nosso jornal, revelou que é uma grande alegria a conquista do título enaltecendo o trabalho desenvolvido por todos. "Sinto uma enorme satisfação porque vejo o trabalho de oito meses e meio ter resultado e ter dado a estes jovens jogadores a satisfação da subida à 3.ª divisão" Questionado sobre qual a chave para a conquista da Divisão de Honra, Gabi Fernandes afirmou que o trabalho desenvolvido pelos seus jogadores e a união do grupo vivida ao longo da época, foram as razões

do sucesso. "Com a saída de alguns jogadores importantes tive que mudar o modelo de jogo da equipa e trabalhá-lo como equipa, a partir daí tudo foi feito numa base onde todos os jogadores faziam parte da equipa, o que fez com que o grupo se tornasse muito forte" Em relação a 2009/2010, o técnico do Nadadouro revelou que os objectivos prendem-se com a luta por um campeonato tranquilo. "Os objectivos que me pediram foi a manutenção um campeonato tranquilo, e dentro dessa base vou estruturá-la para atingirmos essa estabilidade, e acima de tudo, acho que com trabalho não vai ser difícil", concluiu.

RUI VENTURA

“A NOSSA VONTADE OBRIGA-NOS A EVOLUIR” Bruno Fernandes No último sábado, a Associação Cultural e Recreativa do Nadadouro venceu as Chãs por 5-3 e, pela segunda vez na sua história, conquistou a Divisão de Honra, sagrando-se Campeão Distrital de Futsal. O jogo foi disputado pelas 19 horas no pavilhão da ACR Nadadouro e foram centenas as pessoas que festejaram efusivamente, junto com os seus jogadores, técnicos e dirigentes, a conquista do escalão mais alto do futsal e consequente subida à terceira divisão nacional, divisão esta que já conta com várias equipas do nosso distrito, tais como a U. Leiria, Externato da Benedita, Mendiga e Arnal. Com uma equipa jovem e equilibrada nos seus sectores, o Nadadouro foi

a formação que demonstrou mais regularidade ao longo da época e mostrou que com um bom jogo defensivo se constrói uma grande equipa, uma vez que, feitas as contas às 22 jornadas realizadas, arrecadou o prémio de melhor defesa do campeonato com 41 golos sofridos. O melhor ataque ficou ao cargo da Mata dos Milagres com 117 golos marcados, que ao longo do ano foi a equipa que "acompanhou" o Nadadouro na guerra pelo título e ainda luta pela conquista da Taça Distrital de futsal. A secção de futsal do Nadadouro foi criada em 2003/2004, seis anos volvidos, é a segunda vez que se sagram campeões distritais e a terceira vez que irão disputar a 3.ª divisão nacional, o que demonstra a qualidade do clube e a vontade de atingir mais altos voos.

1.ª DIVISÃO NACIONAL/FUTSAGRES

Instituto D. João V desloca-se à Luz para tentar a “negra” No último sábado o Instituto Dom João V recebeu o SL Benfica no primeiro jogo do Play-off de campeão nacional de futsal, com o resultado final a ser favorável aos encarnados por 4-1. Amanhã a formação do Louriçal desloca-se ao pavilhão da luz com o intuito de vencer e forçar um último jogo. B.F.

Rui Ventura, responsável pela secção de futsal do Nadadouro, revelou-se um homem orgulhoso da sua equipa dizendo que a conquista do campeonato foi o culminar de uma época desgastante. " Sinto-me muito orgulhoso por voltar com esta equipa aos nacionais. Fomos uma equipa que desde o início mostrou que a sua vontade era estar na terceira divisão nacional. Conseguimos porque somos um grupo muito unido, e esta subida mostra a qualidade existente no nosso futsal distrital".

Em termos de objectivos para a época vindoura, Rui Ventura assumiu que o Nadadouro vai ter em mente a manutenção. "Esperamos muita competitividade, mas é muito diferente. É uma divisão superior, o futsal é jogado de outra forma, o tempo pára, até o nível de arbitragens é diferente. Temos de treinar muito, jogadas, movimentações… Como a vontade que todos temos de evoluir no futsal vamos lutar pela manutenção na 3.ª", finalizou.

PAULO SIMÕES

“ESTOU ORGULHOSO” Paulo Simões, fazendo jus à expressão "velhos são os trapos" é, aos 43 anos, o capitão da equipa do Nadadouro e um dos jogadores mais influentes no plantel sendo mesmo um dos que em melhor plano esteve ao longo da época. No final do encontro, Paulinho, como é conhecido no balneário e pelos mais próximos do clube, era um homem muitíssimo emocionado e orgulhoso com a massa associativa que se deslocou ao pavilhão para festejar mais uma conquista do Nadadouro. "Estou orgulhoso, depois de uma época desgastante como esta. Desde a primeira até à última jornada, como nós trabalhámos, com o afim que tivemos e com as dificuldades que tivemos, chegarmos ao último jogo

no nosso pavilhão e oferecer o título a esta maravilhosa mancha, para mim é o ouro". Em relação ao regresso à 3.ª divisão, o capitão do Nadadouro afirmou que ainda há algumas coisas a rever mas que a equipa, por lá já ter passado, sente-se preparada para mais um grande desafio. "Vamos ter de ensinar alguma coisas aos jovens da nossa equipa, que são muitos, mas como já tivemos no nacional sabemos o que vamos encontrar e estamos mais preparados e estou convencido que com os jogadores que temos tenho a certeza que vamos fazer uma época tranquilíssima, que é esse o nosso principal objectivo", completou.


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FUTSAL

DUAS FINAIS

1.ª DIVISÃO

Anços e Burinhosa decidem título em Santiago da Guarda Bruno Fernandes Amanhã realiza-se a final do campeonato distrital da 1.ª divisão de futsal. Num jogo a ser disputado no pavilhão do Lagoa Parada em Santiago da Guarda, as formações do Anços e da Burinhosa vão disputar o título de campeão. Um jogo que opõe as formações mais regulares das suas séries. O Anços terminou a série norte no primeiro lugar, registando-se nessa série um enorme equilíbrio entre os participantes. A Burinhosa foi o vencedor da série sul com apenas três empates consentidos, tendo dominado a prova do início ao fim. Este jogo promete um bom ambiente, um bom espectáculo e muita emoção dentro e fora das quatro linhas.

fiante na conquista da taça embora enaltecendo que não existem favoritos. "Estou confiante. É um jogo onde não há favoritos, ambas as equipas têm qualidade para ganhar e julgo que vai ser um jogo acima de tudo interessante e com 50% de hipóteses para cada lado". O técnico do Anços assumiu os dois cenários possíveis. "Em caso de vitória tenho de lhes dar os parabéns, já lhes demos por terem sido campeões de série e em caso de vitória tenho de estar orgulhoso e satisfeito com a prestação dos meus jogadores, mas também vejo a coisa pelos dois lados, em caso de derrota também não vou ficar triste nem colocar em causa o valor dos meus jogadores porque as finais decidem-se em pormenores e que não vai ser por causa de perder que a época deixa de ser extremamente positiva. Estamos preparados para tudo." Finalizou.

“Estou confiante” Carlos Carvalho, técnico da formação do Anços mostra-se um homem con-

“Nas finais não há favoritos” Dominique Antunes, líder da equipa técnica da Burinhosa, revelou respeito pelo adversário do próximo sábado mas

revela também que a sua equipa está preparada para tudo. "Nas finais não há favoritos, o Anços tem muito boa equipa, por aquilo que vi e pelas informações que consegui obter. É uma equipa muito bem organizada, com muitos bons valores individuais, aliados a um excelente treinador, e acabou por criar um forte grupo que venceu a série norte. Nós estamos preparados para enfrentar o Anços, sei que não vai ser fácil para nenhuma das equipas, mas vamos fazer os possíveis para tentar levar de vencida o Anços e arrecadar o troféu". O técnico da Burinhosa afirmou ainda ao nosso jornal que mesmo em caso de derrota a época não fica manchada. "O que fizemos esta época já foi muito positivo, em 22 jogos conseguimos 19 vitórias e apenas 3 empates, acho que espelha o que pretendíamos e o que nós trabalhámos, e não temos nada a perder. Se ganharmos festejamos, se perdemos paciência, com certeza que vai haver muitas finais para poder ganhar", concluiu. •

2.ª DIVISÃO/ AP. CAMPEÃO

Planalto sagra-se campeão da 2.ª distrital No sábado passado, o Planalto da Nazaré recebeu e venceu o Bombarralense por 5-4 e garantiu desde já o título de vencedor da 2.ª divisão distrital de futsal, faltando ainda duas jornadas por disputar. Logo no primeiro ano a disputar os campeonatos distritais de futsal, o Planalto, para além de conquistar a série centro, acaba por conquistar o título absoluto de campeão distrital da 2.ª divisão. Na época que vem a formação da Nazaré irá disputar a 1.ª divisão distrital. “Sinto-me orgulhoso e feliz” Paulo Chinês, técnico da formação do Planalto não esconde a sua

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felicidade e assume que é um orgulho chegar ao título logo no primeiro ano que a sua equipa entra em competição. “Sinto-me orgulhoso e feliz dado que foi um projecto que começou o ano passado com uma equipa de juvenis e este ano com uma de juniores e outra de seniores. Formámos uma equipa sénior e é com grande satisfação que logo no ano de estreia conseguimos alcançar a vitória no respectivo campeonato e conquistamos o titulo distrital da 2.ª divisão”. No que diz respeito à época 2009/ 2010, onde a sua equipa vai disputar a 1.ª divisão distrital, Paulo Chinês assumiu que os objectivos da equipa passam pela continuidade do projecto. “Os objectivos serão os mesmos deste ano, já que os objectivos principais, como disse, e sendo o primeiro ano, foi formar uma equipa competitiva em que conseguisse praticar um futsal agradável. Claro que as dificuldades aumen-

tarão embora o plantel já mostrasse, em jogos com equipas de divisões superiores, indicações que podemos fazer novamente um bom campeonato, tudo isto aliado ao reforço do plantel”, concluiu. Portomosense a uma vitória do título No que diz respeito ao apuramento do 4.º lugar e da equipa que acompanha o Planalto na subida à 1.ª divisão distrital, o Portomosense deslocou-se ao terreno do Sp. Estrada e arrancou uma preciosa vitória por 2-1 faltando-lhe apenas 3 pontos para garantir o 4.º lugar e consequente subida. Amanhã realiza-se a 5.ª jornada onde o Portomosense recebe a formação das Figueiras e pode fazer a festa junto dos seus adeptos e simpatizantes. B. F.

Campeonato Distrital I Divisão de Séniores Masculinos Amanhã, pelas 18h00, o C.C.R.D Burinhosa vai defrontar a A.C.R. Anços, no pavilhão Gimnodesportivo de Santiago da Guarda, para a final do campeonato distrital de seniores masculinos. A importância do jogo é notória e é um prémio para ambas as equipas pela óptima prestação ao longo da época. Tal como as restantes partidas organizadas pela AF Leiria, as entradas são livres.

Taça Distrito de Leiria de Iniciados Masculinos O C.R.P. Ribafria defronta amanhã o C. Benfica Caldas Rainha, no pavilhão Gimnodesportivo de Alvaiázere, pelas 17h00, onde a Taça será o grande prémio. As entradas são livres, pelo que não haverá motivo para a falta de apoio a ambas as equipas.

Taça Nacional de Juniores/Série B

Barreiros estreia-se a vencer na prova Na série B da Taça nacional de juvenis de futsal, a formação do Barreiros estreou-se a vencer na prova ao ir derrotar fora o CC Barrô por 5-1, tendo agora tês pontos conquistados, continuando, ainda assim, no último lugar da tabela. No que diz respeito à Académica de Coimbra, os estudantes receberam a Casa do Benfica de Viseu e não foram além de um empate 1-1. Este resultado faz com que a briosa continue no 1.º lugar da tabela, agora com 8 pontos conquistados. Amanhã realiza-se a 5.ª jornada que colocará frente a frente as formações do Barreiros e da Académica, num jogo a ser disputado no pavilhão dos Barreiros. B.F.

Taça Nacional de Juniores/Série B

Casal Velho vence, Académica empata Na série B da Taça nacional de juniores de futsal, a formação do Casal Velho deslocou-se a Coimbra para defrontar a Académica e acabou derrotado por 1-0 sendo que continua na 4.ª posição com 6 pontos alcançados. A Académica, vai de vento em popa e com a vitória frente ao Casal Velho aumentou a sua pontuação para 19 pontos cimentando ainda mais o primeiro posto da tabela. No próximo Domingo disputa-se a 8.ª jornada onde o Casal velho recebe a formação do vale de Cambra e a Académica recebe o Retaxo. B.F.


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MOTORES

Coordenação Adélio Amaro adelio.amaro@gmail.com

TIAGO SISMEIRO E LEONARDO ASCENSO DE MOSTAS EM PUNHO

Conhecer a Europa com a CERCILEI na Bagagem Adélio Amaro

Dois jovens, Tiago Sismeiro, natural de Leiria e Leonardo Ascenso, natural de Coimbra, resolveram dar a volta à Europa em mota e levam na bagagem a Cercilei. Este projecto nasce depois de algumas viagens por terras ibéricas, onde surgiu a ideia de percorrerem a Europa de mota. A ideia foi ganhando contornos e a viagem irá decorrer de 4 a 18 de Julho. Segundo declarações de Tiago Sismeiro ao Desportotal, "o móbil desta viagem, além do desafio físico, é a conjugação entre prazer de conduzir uma moto, o espírito de aventura e a vontade de conhecer novas pessoas e explorar novas culturas, associando o excelente trabalho de solidariedade que a Cercilei tem desenvolvido". Os dois jovens pretendem visitar 13 países em 15 dias, percorrendo uma média de 500 quilómetros por dia, o que totaliza cerca de 8.000 quilómetros: Portugal, Espanha, França, Mónaco, Itália, Eslovénia, Croácia, Hungria, Áustria, Eslováquia, República Checa, Alemanha e Bélgica.

Preparativos A ideia surgiu cerca de um ano antes da data prevista para a viagem, mas os preparativos intensificaram-se cinco meses antes da data para a grande partida, a 4 de Julho.

CERCILEI Foram definidas etapas ao pormenor, pesquisaram os pontos de interesse em cada etapa, esboçaram os custos de cada etapa, foi definido o que levar para a viagem, quais os procedimentos a tomar antes de partir e claro, definiram um plano de contingência.

Rota e etapas Tiago Sismeiro deu-nos a conhecer a importância da rota traçada, salientando que "estão bem definidas as diversas etapas, existindo sempre um ponto de referência com o qual possamos quantificar e gerir o tempo disponível para a viagem, bem como traçar rotas alternativas em caso de necessidade de por em prática o plano de contingência". Para tal, foram consideradas as rotas mais extensas na primeira semana de viagem, uma vez que à medida que os quilómetros vão sendo percorridos o desgaste físico será maior.

Custos É certo que quando estes jovens se disponibilizaram a por em prática um projecto ambicioso como este em que a despesa nunca é pouca, foi necessário arranjar apoios. Assim todos os interessados podem consultar a página www.longwayround.eu na Internet, onde podem apoiar esta iniciativa, não esquecendo que 50% dos fundos angariados revertem a favor da Cercilei.

Promoção Sobre a promoção Tiago Sismeiro revela que para uma maior mediatização deste projecto "pretendemos envolver a imprensa e os fóruns, realizar actividades tais como exposição das motos antes e depois da viagem em locais estratégicos (Beat Club, stand Yamaha-Leiria, entre outros) e organizar acções promocionais para a partida e chegada, mobilizando o máximo de pessoas", afirma.

CLUBE 4X4 RODAS E O CLUBE LEIRIVIDA TT

DAKAR expedição de sonho O Clube 4x4 Rodas e o Clube LeiriVIDA TT preparam uma expedição de sonho para qualquer amante dos grandes espaços e da condução de um veículo todo-o-terreno. "Solidários até Dakar" decorrerá de 30 de Setembro a 17 de Outubro.

Depois de Marrocos a comitiva entrará na Mauritânia, onde viverá, de certo, momentos que ficarão na memória dos participantes. Depois do Senegal... por fim Dakar! Sim, Dakar essa cidade que deu nome à maior prova de todo-o-terreno do mundo.

Toda a informação já está disponível no site www.4x4rodas.pt e depois da expedição “Sentir Marrocos 2009” (no dia 13 de Junho) passará a estar também no nosso site www.leirividatt.com .

A Cercilei, pretende no seu âmbito de acção, mostrar à comunidade em geral as capacidades e valores do cidadão considerado diferente e dar-lhe oportunidades nos seus três grandes sectores de intervenção – Ensino e Reabilitação, Formação e Emprego e Social – de forma a contribuir para a sua aceitação a nível social e consequente mudança de mentalidades e atitudes. Ao longo dos seus 30 anos de existência, a Cercilei, Instituição de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, tem vindo a crescer sempre à procura de melhores respostas para a pessoa com deficiência mental e/ ou em situação de desvantagem no mercado normal de trabalho, caminhando, passo por passo, à conquista de um lugar ao sol! Donativos para a Cercilei, NIB: 5180 0001 00000108931 56 Contactos: geral@cercilei.pt


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MOTORES

Coordenação Adélio Amaro adelio.amaro@gmail.com

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DESPORTOTAL RECORDA CLÁSSICO

No meu tempo já o PORSCHE 356 roncava desta maneira Adélio Amaro

Assim que o nosso amigo Albino nos deu a conhecer o seu Porsche 356 B 90 Coupé, de 1962, fomos tentados a colocar a chave na ignição para escutar o roncar vibrado pelas duas saídas de escape, através dos escudetes dos párachoques. Sem hesitação o 356 B de imediato fez palpitar os nossos corações. Depois de umas voltas neste maravilhoso clássico sentimos, por momentos, que estávamos noutra época. A designação de 356 surge porque este modelo foi o 356.º projecto para a criação do primeiro Porsche.

Porsche estabeleceu-se em Gmünd, Áustria, onde criou os primeiros carros Porsche, com motores baseados nos Volkswagen de 1086 cc e carroçaria roadster desportiva de uma liga leve. Contudo, Ferdinand entendeu que as condições de trabalho em Gmünd eram muito difíceis, com faltas de material, de componentes e falta de trabalho. Assim, os carros Porsche eram relativamente baratos e de grande procura. Após a construção de 50 exemplares do 356, a Porsche mudou-se para Estuguarda, Zufenhausen, na Alemanha. Este modelo 356 apareceu, desta forma, com motores de 1096 cc a 1966 cc. O primeiro Porsche 356 B Super 90

foi fruto das criatividade e inspiração da mecânica e alguns conceitos básicos do VW "Carocha", tendo sido criado, desta forma, um novo modelo desportivo. Após a apresentação dos primeiros exemplares, deste modelo, foram apelidados de "forma de geleia". Restaurado ao mais ínfimo pormenor, o Porsche 356 que aqui apresentamos é constituído por um monobloco de aço com chassis de plataforma em aço prensado. O motor é arrefecido a ar, com 4 cilindros horizontais opostos, com 1582 cc e carburadores duplos. O 356 B apresenta 90 cv às 5.500 rpm. A transmissão é manual com caixa de 4 velocidades, todas cincronizadas e com tracção atrás. A suspensão à frente é indepen-

dente, braços oscilantes, barra de torção transversal e barra anti-rolamento. A suspensão atrás é também independente, semi-eixos flutuantes, braços radicais, barras de torção transversais e amortecedores telescópios. Os travões do 356 são de tambor hidráulicos. Este Porsche atinge a velocidade máxima de 177 Km/h e consegue alcançar os 100 Km/h em 10 segundos. Foram produzidos 30.963 destes modelos, nas versões Coupé, Cabriolet e Speedster, entre 1959 e 1963. Após este modelo surgiu o Porsche 912, que foi fabricado entre 1965 e 1969. es Jorge Henriqu

es Jorge Henriqu

Este modelo foi criado por Ferry Porsche, filho de Ferdinand Porsche. Este último, austríaco, foi o criador do conhecido VW “Carocha”, Carro do Povo. Depois da sua libertação de um campo de concentração em França, Ferdinand

es Jorge Henriqu

O Porsche 356 B foi um marco no desenvolvimento dos automóveis desportivos. Durante décadas este modelo tem dado cartas no desporto automóvel, dando bastantes alegrias a quem nele apostou.


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22 MAIO 2009

TÉNIS

MAIS UMA PROMESSA DO TÉNIS

“Estar no Open dos EUA é o sonho” Entrevista de JOÃO SILVA

D. R.

FREDERICO SILVA, o menino das Caldas da Rainha, sabe os terrenos que pisa e os objectivos que quer atingir. E sabe, também, que só com muito trabalho e humildade, poderá atingir o sonho. É o 12º jogador no ranking da sua categoria mas… quer chegar ao "top tem"

Apontado por muitos como uma das maiores promessas do ténis nacional, Frederico Silva é um rapaz que mostra uma peculiar maturidade e uma vontade enorme de vencer. Com 14 anos feitos neste ano, Frederico luta por ser tenista profissional e por marcar a História da modalidade. Ao conversar com o Desportotal, o tenista da Escola de Ténis de Caldas da Rainha deixou de parte a modéstia e revelou as suas ambições e os seus sonhos. É muito difícil praticar ténis em Portugal? Para mim não tem sido difícil visto que tenho as condições de treino necessárias e estão perto da minha casa. Mas reconheço que há quem queira praticar a modalidade e não tenha os apoios que consigo reunir. Responsáveis do ténis no distrito dizem que és uma das maiores promessas desta modalidade. O que tens a dizer sobre isso? Não quero analisar as coisas que dizem de mim. Não posso deixar de dizer que até aqui as coisas têm-me corrido bem, trabalho diariamente e esforço-me bastante para que os resultados apareçam o

que, felizmente, tem acontecido. Mas no ténis não nos podemos contentar com o patamar a que chegámos, queremos sempre mais, jogar melhor, estar melhor fisicamente, porque todos os dias há novos e mais difíceis adversários… Qual foi a vitória que mais te marcou? Todas a vitórias são muito importantes para qualquer jogador, mas penso que aquela que me deixou mais feliz foi a vitória na final do campeonato nacional individual em 2007 contra o Gonçalo Loureiro. Em termos internacionais, foi a vitória que me apurou para os quartos - de - final do Orange Bowl em Miami, nos Estados Unidos.

É notória a diferença entre as competições nacionais e as internacionais? O facto de jogar contra os melhores jogadores mundiais, torna a competição completamente diferente. Outra das diferenças é a dificuldade dos torneios internacionais, sendo que é mais complicado vencer os jogos. Em Portugal, por vezes, há jogos mais acessíveis, mas se queremos ir mais longe, não podemos deslumbramo-nos com isso. Qual é o teu ídolo? É o suíço Roger Federer. Qual a prova em que sonhas participar?

No US Open, um dos quatro torneios que compõe o Grand Slam. Se ganhasses o US Open contra o Roger Federer, a quem dedicavas a vitória? Eu dedicaria a vitória a todas as pessoas que me apoiaram e me ajudaram até esse momento. É muito complicado conciliar os estudos com a prática do ténis? É bastante complicado. Quando estou fora, mesmo que queira estudar, não é fácil porque quando chego ao hotel estou bastante cansado devido às competições onde participo. Eu passo bastantes semanas do ano fora de Portugal mas, apesar dis-

so, esforço-me e consigo ter muito boas notas.

nidade de jogar a um nível mais competitivo.

Entendes que devia haver mais cooperação entre o ensino e o desporto? Sim. Acho que para quem pratica desporto de alta competição deveria haver um programa diferente, com menos carga lectiva. Eu treino 3 a 4 horas diárias e o tempo para estudar é pouco.

Modéstia à parte, achas que poderás fazer história no ténis nacional? Sim, tenho alguma esperança que isso possa vir a acontecer, pelo menos esforço-me para isso.

A tua escola facilita-te de alguma forma? Os professores, até agora, têm facilitado no que diz respeito à marcação de testes. Quando não estou cá, faço os testes quando chego. O que é o ténis para ti? No início, era um passatempo, como os outros desportos que praticava na altura. Agora continua a ser algo que adoro fazer mas com outros objectivos - evoluir de forma a poder ser tenista profissional. O que pensas do actual estado do ténis em Portugal? Tem vindo a melhorar, embora ache que podia haver mais apoios e mais investimento no ténis juvenil, de forma a que haja mais gente a ter a oportu-

Quais os teus objectivos a curto-prazo? Em Portugal, ser campeão Nacional individual de sub-14 e, no mínimo, chegar às meias finais do nacional individual de sub-16. Internacionalmente, sou neste momento o 12º jogador do ranking europeu e espero entrar no grupo dos 8 primeiros. John McEnroe, antigo tenista norte-americano, disse uma vez que "o mais importante num campeão de ténis é o desejo". Concordas? Completamente. O desejo de evoluir e de ganhar é muito importante para se conseguir alcançar os objectivos propostos. O que sentes quando estás dentro do court? Gosto muito de jogar e de fazer os possíveis para vencer. Jogar ténis já se tornou um vício, um vício positivo claro.

XVIII TORNEIO FESTAS DA CIDADE

Clube Escola de Ténis de Leiria Este fim-de-semana será de festa para o ténis em Leiria, com o retorno do Torneio Festas da Cidade, organizado pelo Clube Escola de Ténis de Leiria. Após um interregno forçado, por

consequência das condições degradadas do complexo desportivo do Parque da Cidade, o clube mudou de local e dessa forma possibilitou o tão esperado retorno de um torneio que traz festa à cidade. As inscrições já

foram efectuadas e ontem ocorreu o sorteio que definiu os participantes. Sábado e Domingo dar-se-á o Torneio de nível C, que compreende os escalões séniores masculino e feminino.


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MODALIDADES

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Colégio João de Barros é campeão nacional

Académica “afunda” recorde regional com 10 anos

O Colégio João de Barros sagrou-se no passado domingo, campeão nacional de Juniores femininos, ao derrotar na final o Valongo do Vouga 23-22. Foi um encontro extremamente equilibrado, com Ana Rita Ferreira a ser decisiva, ao defender nos últimos instantes do encontro, um livre de sete metros e desta forma ofereceu a vitória ao Colégio João de Barros, que alcançou o terceiro título nacional de juniores. Na meia-final o Colégio João de Barros sentiu muitas dificuldades para levar de vencido o Bartolomeu Perestrelo, tendo que disputar-se um prolongamento, onde a turma de Mário Pité saiu vencedor por 37-35. No final do tempo regulamentar, o resultado encontrava-se numa igualdade a 29 golos. Mal soou o apito final, a euforia tomou conta das atletas e de todos os membros da instituição. Também houve festa nas bancadas, com os adeptos do Colégio João de Barros a apoiarem a equipa do primeiro ao último minuto. No final o técnico Mário Pité não escondeu o seu contentamento pela vitória alcançada. " é mais um grande feito do nosso clube. Muitos não acreditavam que era possível alcançar este título, mas nós demonstramos a todos, que era possível". O técnico da formação das Meirinhas reconhece que " qualquer das quatro equipas, podia ter vencido, dado o equilíbrio existente. Felizmente tivemos mais sorte e conseguimos o título nacional." No próximo ano, Mário Pité tem consciência que não será fácil revalidar o título nacional, mas realça " vamos trabalhar muito, para que consigamos mais um título, sabemos que não vai ser fácil, dado que a maioria das jogadores, segue para as seniores, mas também temos juvenis, que nos dão garantias de fazer uma boa equipa". O sucesso desportivo do Colégio João de Barros tem motivado a cobiça a algumas atletas. " sabemos que alguns clubes já sondaram algumas atletas da nossa equipa, o que é normal dada a qualidade que possuem e para além disso, são jogadoras com presença regular nas selecções ", conclui. São campeãs nacionais: Andreia Santos, Liliana Cruz, Carolina Freitas, Olga Sousa, Patrícia Lopes, Ana Patrícia Ferreira, Maria Pereira, Telma Pinto, Nathalie Ferreira, Elodie Santos, Débora Marques, Karine Lopes, Ana Ferreira, Raquel Ribeiro, Mónica Dias, Ana Marques e Rute Ferreira. Cid Ramos

Os infantis da Secção de Natação da Associação Académica de Coimbra voltaram a estabelecer novo recorde regional, desta vez, aos 4×50 metros estilos No I Torneio de Natação Cidade de Cantanhede, mais de metade dos estudantes inscritos melhorou ainda as suas marcas pessoais. A estafeta constituída por Gustavo Ribeiro, João André Neves, Luís Oliveira e José Forte (14 anos) percorreu, no último fim-de-semana, a distância em 2:06.50 minutos, baixando o anterior registo que pertencia ao Clube Náutico Académico (2:07.25 m), em vigor desde 1999. Já em 2009, também em piscina curta, os mesmos nadadores tinham fixado novo máximo regional aos 4×100 m livres, proeza igualmente alcançada pela estafeta juvenil feminina nos 4×50 estilos. Entre outros aspectos, a temporada 2008/2009 está a revelar-se profícua ao nível dos tempos recorde, com três inserções no livro de ouro da Associ-

ação de Natação de Coimbra. Como forma de engrandecer uma competição que mereceu os mais rasgados elogios em termos organizativos, a Briosa compareceu na Piscina Municipal de Cantanhede com a segunda maior comitiva do evento, num total de 18 atletas. Mais do que uma aposta deliberada na classificação final (em absolutos), o quinto lugar alcançado colectivamente traduz o principal objectivo que norteou a formação comandada pelo técnico Miguel Abrantes: melhorar as performances individuais. E, neste capítulo, as pretensões foram largamente atingidas. Uma elevada percentagem dos nadadores (mais de metade) melhorou os seus tempos, dando assim seguimento ao trajecto evolutivo que tem caracterizado as cores academistas. A prestação de Cintia Fernandes é ilustrativa do fulgor reinante. Ao nadar os 200 m estilos em 2:55.16 m, retirou, numa semana, cerca de oito se-

D. R.

NATAÇÃO

D. R.

ANDEBOL FEMININO

gundos ao registo efectuado no Torneio Nadador Completo (3:03.75). Gustavo Ribeiro, Luís Oliveira, João André Neves, Gustavo Madureira, Daniel Relvão e Ana Rita Artur são alguns dos estudantes que seguiram as braçadas de Fernandes. A ronda competitiva estendeu-se ainda ao pólo aquático. Integrados no Torneio de Apuramento para o Campeonato da Europa Masculino - Grupo B (seniores), realizaram-se, na piscina olímpica, um conjunto de encontros amigáveis que opuseram a Selecção Nacional de sub-18 e os únicos clubes da cidade que abraçam a modalidade, Académica e Clube Náutico.

Apesar das derrotas, o técnico Paulo Tejo faz um balanço bastante positivo da iniciativa. "Temos uma equipa jovem, em construção, que adquire experiência com este tipo de eventos e se prepara, no próximo ano, para abraçar a competição com expectativas redobradas. Depois de interregno de vários anos, estamos todos empenhados em fazer crescer a escola de pólo, actualmente com seis dezenas de atletas, repartidos por três escalões etários". Resultados: Académica - Clube Náutico (410); Clube Náutico - Selecção Nacional (3-30); Académica - Selecção Nacional (4-20).


22 MAIO 2009

ÚL TIMA ÚLTIMA MARIALVAS E UNIÃO DE COIMBRA DISCUTEM TROFÉU

Tábua à boa maneira do Jamor Eduardo Marques Marialvas e União de Coimbra disputam, no domingo, às 16h, no Estádio Municipal de Tábua, a final da Taça da Associação de Futebol de Coimbra. A hipótese do União completar a dobradinha (venceu de forma categórica o campeonato), vai tentar ser contrariada pelo Marialvas, pela época menos conseguida que realizou no campeonato.

mais alto da história de um clube que este ano comemora 90 anos de história. PEDRO ILHARCO (Treinador do União de Coimbra):

“Espero uma festa muito bonita” Com uma campanha, a todos os títulos, notável, o União de Coimbra sagrou-se Campeão da Divisão de Honra da

D. R.

Se uma final é sempre apetecível, e um dos momentos mais altos de uma carreira, quer de jogadores, quer de treinadores, o que dizer do facto de ambos

os conjuntos nunca terem logrado alcançar tal feito? A verdade é que nenhum dos emblemas, apesar do seu longo e vasto historial, conseguiu arrebatar o troféu. Se ainda não havia motivação de sobra para os artistas (o que é muito difícil), este é apenas mais um dado. Será uma final disputado por dois clubes históricos da A.F. Coimbra, com nome também no futebol português. O Marialvas, ainda há bem pouco participou na II Divisão B (corria a época 2005/2006, tendo descido de divisão), ao passo que o União de Coimbra teve a sua época de ouro na temporada 1972/73, quando participou, pela primeira e última vez, no Campeonato Nacional da I Divisão. Foi, sem sombra de dúvida, o momento

Carlão recebeu o prémio Tsunami na passada quartafeira, entregue pelo representante do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol “Franque”, por ter sido eleito o jogador do mês, numa iniciativa daquele organismo sindical.

A.F. Coimbra esta temporada. Contas feitas, foram 19 os pontos com que terminou de vantagem do segundo classificado, tendo marcado 94 golos e sofrido apenas 15. Números esclarecedores do favoritismo da equipa no campeonato que, segundo o seu treinador, "foi a melhor equipa, sem sombra de dúvidas". Depois do título, a possibilidade de conquistar a "dobradinha", agrada a Pedro Ilharco, que afirma "claro que é um momento bonito da época, uma final é sempre uma final. Estamos muito motivados, queremos ganhar, e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para consegui-lo". Quando jogaram entre si para o campeonato, a superioridade do União de Coimbra ficou bem patente nas duas vitórias que conseguiu (em casa por 5-0 e fora por 0-2), mas isso não belisca a opinião do treinador campeão sobre a equipa adversária, já que a considera "uma equipa com muito valor, ainda jovem, é certo, mas que joga um bom futebol. Temos que ser a equipa que sempre fomos para os conseguir derrotar. Aliás, o facto de o adversário não ter feito uma boa prova no campeonato, pode jogar a favor deles, já que podem subir os níveis de motivação ainda mais, para esta final da Taça. Espero que seja uma festa muito bonita".

PEDRO COSTA (Treinador do Marialvas):

“As finais são para ganhar!” No campeonato as coisas não correram de forma positiva ao Marialvas e Pedro Costa é o primeiro a afirmá-lo, ao dizer que "não estivemos bem, obtivemos uma classificação abaixo do que tínhamos planeado. O oitavo lugar acaba por ser escasso, mas ainda assim, foi o que lográmos alcançar". Se no campeonato as coisas não correram bem, na Taça foi o inverso, já que, "chegar à final era um dos nossos objectivos. O Marialvas nunca conseguiu conquistar o troféu, e penso que seria muito gratificante para o clube". O grande problema é que pela frente terão um adversário que foi tão só o campeão da Divisão de Honra, e que "teve todo o mérito no título que alcançou". "Têm uma excelente equipa, mas nós também temos o nosso valor e vamos tentar com todas as nossas armas chegar à vitória. Estamos muito motivados e queremos muito ganhar esta Taça!".


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