Eco da Tradição 207 - Novembro de 2018

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novembro de 2018

CADERNO PIÁ 21

Caderno Piá 21 conta com novos projeto e posicionamento editoriais O jornal Eco da Tradição, desde a edição de agosto, apresenta um novo Caderno Piá 21. O suplemento é encartado na edição impressa da publicação e fica disponível para download gratuito no site do Movimento Tradicionalista Gaúcho, com forte apelo principalmente entre prendas e peões que participam dos concursos. Com conteúdo essencialmente didático, o suplemento é uma ferramenta importante para todos que pretendem ampliar seus conhecimentos sobre cultura gaúcha, tradição, folclore e história do Rio Grande do Sul. O novo caderno, que é de responsabilidade técnica da vice-presidência de cultura, tem operacionalização de Roberta Jacinto, que nesta entrevista explica o novo posicionamento editorial da publicação. Qual a importância do Caderno Piá? O Caderno Piá é uma ferramenta de incontestável importância para o tradicionalismo. Trata-se de um meio de comunicação que proporciona ao leitor a oportunidade de ampliar seus conhecimentos a respeito de inúmeros conteúdos. Não se trata apenas de um “caderno” que aborda matérias para “concursos de prendas e de peões”, mas sim de um informativo acessível, que, além de informar, traz ao meio tradicionalista maior igualdade de oportunidades de acesso à cultura, uma vez que é disponibilizado de forma impressa e digital (junto ao jornal Eco da Tradição ou no site do MTG). Quem é seu público? Muitos dizem que são as prendas e peões. Eu penso que deveria ser toda a comunidade tradicionalista e justamente por isso fizemos inovações. O tradicionalismo é um movimento voltado à cultura, é importante que todos se interessem por ela em todos os aspectos. Quais os objetivos com esta inovação?

Edição de agosto

Edição de setembro

Edição de outubro

Tornar o Caderno Piá muito mais que uma ferramenta de estudo, fazer com que ele seja um informativo a toda comunidade tradicionalista e, quiçá, também aos não tradicionalistas. Não podemos enxergar o movimento de uma forma fechada e fragmentada, fazer tudo direcionado a um público “x”. Precisamos contemplar o todo para sermos, efetivamente, um movimento coeso, unido e forte. Além disso, notamos que era urgente despertar novamente o interesse dos leitores em acompanhar o Caderno Piá. Há anos o caderno não era contemplado com inovações, fato que estava o tornando apenas “mais uma publicação do MTG”.

versas artes, indo desde a costura e a fotografia, até as trovas e poesias.

co da nossa história, do caminho que foi traçado por nossos antepassados para que pudéssemos chegar até aqui.

Com que novas editorias a publicação conta? Foram adicionados ao caderno duas novas colunas, “Tu sabias?” e “Um pouco de prosa, verso e arte”. Com a “Tu Sabias?”, pretendemos trazer curiosidades importantes de conteúdos diversificados e não necessariamente de história, geografia, tradição ou folclore, como ocorreu na edição de agosto, onde foram elencadas curiosidades de linha portuguesa. Já na coluna “Um pouco de prosa, verso e arte”, o objetivo é resgatar, valorizar e divulgar os artistas gaúchos. Neste sentido, é importante lembrar que procuraremos valorizar as mais di-

Como são escolhidas as pautas? Escolhemos as pautas levando em consideração a utilidade, o alcance que poderá ter, o público a ser contemplado e, também, os conteúdos que precisam ser elencados a fim de complementar a bibliografia das Cirandas e Entreveros. Além disso, temos como prioridade pesquisar os conteúdos em fontes confiáveis, ou seja, sites oficiais ou livros. Por fim, temos grande preocupação em passar o conteúdo de forma didática, de modo que o leitor se interesse, leia e aprenda com o material. Em outubro foi realizado, no site do Eco da Tradição, uma WebSérie com 10 perguntas de múltipla escolha, como um convite ao exercício prático. A WebSérie teve mais de 1.500 acessos e foi considerado um sucesso sob o ponto de vista de audiência. Como você avalia? É importante levar a informação aos mais diversos ambientes. Temos que desconstruir o pensamento de que “estudar é coisa de prenda e peão”. Estudar “é coisa” de todos nós. Todos os tradicionalistas, de todos os departamentos, deveriam saber ao menos um pou-

Como você avalia o fato do conteúdo ser disponibilizado gratuitamente por meio do site do MTG? Quanto mais pessoas tiverem acesso à informação, mais igualdade estaremos promovendo no Movimento Tradicionalista Gaúcho. O acesso à educação e à cultura, muito mais que princípios que devemos colocar em prática, conforme preceitua nossa Carta de Princípios, são questões que envolvem os direitos humanos, a dignidade da pessoa humana. É importante que tenhamos o entendimento de que formamos um movimento plural, do qual fazem parte pessoas nas mais diversas situações financeiras. Nem todos têm dinheiro para comprar livros ou para pagar a assinatura do jornal. No momento em que são disponibilizadas as versões digitais, muitas pessoas que não teriam condições de arcar com os custos dos materiais são contempladas, e isso é um caminho para tornarmos nosso movimento mais acessível a todos. Claro, ainda temos muito para evoluir, mas com um passo de cada vez vamos construindo, cada vez mais, um MTG para todos.


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