Eco da Tradição 199

INFORMATIVO OFICIAL DO MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO - MTG ECO DA TRADIÇÃO - ANO XVII - Nº 199 - MARÇO DE 2018

As cavalgadas, cada vez mais numerosas, cruzam o Rio Grande de ponta a ponta, expandindo para além dos galpões a vivência e o cultivo da cultura gaúcha. À pata de cavalo, desfilam a história e a tradição do povo gaúcho, construindo mais pontos de contato do tradicionalismo organizado com a sociedade como um todo.

Foto: Eduardo Rocha

Página 10

Quais os principais desafios para o futuro do tradicionalismo?

Conheça os novos vices-presidentes do MTG

Voluntariado: o prazer de compartilhar conhecimento

Como manter o ambiente saudável nos eventos e concursos competitivos?

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2 - ECO DA TRADIÇÃO

março de 2018

EDITORIAL

28 de fevereiro, um dia para a história Tem dias que o entardecer traz consigo a sensação de dever cumprido. Hoje é um deles. Escrevo, para os tradicionalistas, no final do dia 28 de fevereiro de 2018. Seria um dia como qualquer outro, não fosse por um detalhe. Hoje fizemos, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, o lançamento do aplicativo Galope.

a vida de tradicionalistas que participam

forças entre produtores culturais, músi-

de cavalgadas, desfiles, rodeios?

cos, entidades tradicionalistas, veículos

Depois de muito dialogar com a Secretaria Estadual de Agricultura, somando esforços como tanto defende a nossa Carta de Princípios, chegou-se a um serviço prático, funcional, que poderá ser um divisor de águas na história do tradicionalismo no Rio Grande do Sul no que se refere à área campeira. Através do “Galope”, o produtor rural poderá registrar seu animal, informando os dados de cadastro, vacinas, exames e resenha, obtendo com muito mais rapidez e praticidade as liberações necessárias, no caso, a GTA – Guia de Transporte Animal. Já pensaram quanto o aplicativo facilitará

cionalistas, temos a virtude da constân-

EXPEDIENTE

Movimento Tradicionalista Gaúcho Rua Guilherme Schell, 60, Porto Alegre/RS – CEP 90640-040 Telefone: 51 3223 5194 www.mtg.org.br Presidente: Nairo Callegaro;

Vice-presidente de Administração e Finanças: Elenir Fátima Dill Winck; Vice-presidente de Cultura: Jane Bitsck; Vice-presidente Artístico: Rodrigo de Moura; Vice-presidente Campeiro: José Araújo; Vice-presidente de Esportes Campeiros: Martin Guterrez Damasco;

Eco da Tradição Informativo Oficial do MTG www.ecodatradicao.com.br Editora e Jornalista responsável: Sandra Veroneze (Mtb 10.210) Contato: imprensa@mtg.org.br

Pode parecer algo simples e provavelmente só o tempo mostrará a importância dessa iniciativa. A comemoração que fizemos hoje não demonstra o tanto que se batalhou para esta desburocratização do serviço. Felizmente nós, tradicia, em que pese o exemplo da Fecars, que se avizinha no calendário, completando neste ano três décadas de existência. Nos últimos 30 anos, sempre no mês de março, tradicionalistas de todo o Rio Grande se reúnem para celebrar o laço como manifestação cultural. Para nós, sem dúvida, é motivo de festa, alegria.

Quem sabe, no futuro, poderemos também ter tantos motivos para come-

de comunicação. Passo por passo, a iniciativa começa a ganhar força entre os tomadores de decisão. Acreditamos que seja fundamental a valorização de nossa música, aquela que representa a identidade de cada gaúcho, quando ouvimos, quando apreciamos as letras. Cada música nos representa, nos toca o coração, o sentimento. Quando a gaita e a viola gemem em nossos galpões, com ela renasce e fortalece este sentimento de pertencimento, de todos os Rio Grandenses - da mesma forma que um berro de boi nos toca tão profundamente.....

Enfim, hoje é um dia feliz, para se comemorar, porque deve ficar na história.

morar na área da música? Começamos

Nairo Callegaro

recentemente um movimento forte de valorização dos artistas locais, somando

Presidente do MTG

CARTA DA REDAÇÃO

O Eco da Tradição está de porteiras abertas O Eco da Tradição é um jornal institucional, oficial, do Movimento Tradicionalista Gaúcho e da Fundação Cultural Gaúcha. Certo? Certo. Porém, editorialmente a publicação pertence a cada tradicionalista que se dedica à preservação da história, da cultura, dos usos e costumes do Rio Grande. Isto posto, nada mais óbvio do que as pautas não contemplarem somente as ações da federação, mas também de cada entidade tradicionalista que a compõe, não é mesmo?

Nesse sentido, na edição de março trazemos mais uma inovação para a plataforma virtual do Eco. No site www.ecodatradicao.com.br inauguramos um formulário para o recebimento de sugestões de pauta. O formato é fácil, intuitivo, e permite que protagonistas do tradicionalismo divulguem suas ações para todo o Estado e mais.

Vai acontecer? Já aconteceu? Divulgue no Eco da Tradição. Sem custo, sem dificuldades de acesso, e com a garantia de que o único critério que guia o trabalho da Redação e do Conselho Editorial é o jornalístico.

Está feito, portanto, o convite para que cada tradicionalista à frente de algum fato que mereça ser divulgado nos contate. O Eco da Tradição está de porteiras abertas para receber informações e divulgar palestras, encontros, rodeios, bailes, troca de patronagem, lançamento de livros, ações de cada departamento da entidade tradicionalista (campeira, artística, cultural, social) e também dos núcleos de fortalecimento de cultura gaúcha, gestão de prendas e peões e tantos outros.

Um grande abraço e até a próxima.

Sandra Veroneze Editora

ano XVII • edição 199

ECO DA TRADIÇÃO - 3

FUTURAS GERAÇÕES

Quais os principais desafios que o futuro impõe ao tradicionalismo organizado?

“Quem sou, de onde venho e para onde vou” constitui uma das principais inquietações existenciais do ser humano.

Levada para o ambiente institucional, resumidamente se traduz em Missão e Visão. O Movimento Tradicionalismo sabe de onde veio, conhece e se dedica arduamente à sua razão de ser, mas para onde vai? Quais os principais desafios que o futuro impõe ao tradicionalismo organizado? Fizemos essa pergunta para três tradicionalistas. Confira suas reflexões.

Alessandro Gradaschi – CTG Lalau Miranda, Passo Fundo – 7ª Região Tradicionalista Entendo que os desafios são vários, tendo como aspecto central justamente equilibrar o que para muitos é antigo, tradicional, com a modernidade atual. A memória social da população rural está mais ligada ao ritmo da natureza, do tradicional; por outro lado, a memória social urbana está mais ligada às novidades, às mudanças, “as modas”, à tecnologia.

Ao longo de sua história, o MTG vem trabalhando na preservação e divulgação da essência cultural rio-grandense de forma exemplar, porém entendo que outro caminho fundamental é o ensino da cultura gaúcha nas instituições de ensino fundamental e o projeto Tradição e Folclore é um exemplo.

Ou seja, devemos lutar para colocar em prática o que prescreve o inciso XXII da Carta de Princípios, que indica que o MTG deve procurar atuar nas instituições públicas e privadas, principalmente nas escolas.

Penso que seria fundamental, também, a inclusão de uma cadeira curricular que fale das tradições do povo gaúcho para as crianças e adolescentes. Entendo que assim a nossa cultura estará preservada para as próximas gerações. Pode ser uma utopia, porém é um dos caminhos, além daqueles em que o MTG atua permanentemente.

Dinara Xavier da Paixão, primeira vice-presidente administrativa do MTG, em 1996 Acredito que o grande desafio do tradicionalismo, para o futuro, seja se reinventar, partindo de seus reais valores e daquilo que significa ser tradicionalista.

O ponto de partida precisa ser buscar reavivar esse aspecto da consciência do que é ser tradicionalista, do porquê somos tra-

Luise Morais

Alessandro Gradaschi

Dinara Xavier da Paixão

dicionalistas e por quê pensamos que ser tradicionalista pode ser um caminho para a sociedade. A inserção do tradicionalismo na sociedade passa por uma avaliação, hoje, de cada tradicionalista, de seus motivos e razões para estar no Movimento. Num curto espaço de tempo, acredito, teremos que estabelecer metas reais que possam ser implantadas dentro do Movimento. É preciso chegar mais perto das bases, das entidades tradicionalistas. Reacender a vontade de ser tradicionalista, o prazer, o gosto de ser, pelo simples fato de ser. Precisamos fortalecer o pensamento, a filosofia, tradicionalista. É um desafio urgente. É fundamental um olhar crítico sobre si mesmo. Não no sentido de que tudo está errado, de que o que foi feito não teve um valor em si. Mas retomar pontos positivos e corrigir rumos. Somos Movimento. E essa palavra diz muito. Será que deixamos de levar em conta que somos Movimento? Temos valores, temos fundamentação, temos a história do próprio Movimento, mas precisamos estar em compasso com a sociedade, com a atualidade. É fundamental retomar essa discussão e fortalecer o debate e questionamento de o que significa, de fato, ser tradicionalista.

Luise Morais, CTG Piquete da Querência, São José do Ouro, 29ª Região Tradicionalista

ensina o Tema Anual 2018 do MTG “Unindo Gerações para Construir o Amanhã”, bem como a igualdade entre os próprios líderes do nosso Movimento organizado e aquele singelo peão no mais simples dos galpões do interior do Estado. Isto sim é entender que não são os encargos que nos tornam mais ou menos importantes, mas o que você faz, e como aproveita as oportunidades que lhe são concedidas, por mais casuais que pareçam. Então, somente quando pudermos transcender o sentido da palavra humanidade tornaremos os nossos dias mais leves, entendendo que nenhum indivíduo deve estar por obrigação dentro de uma instituição, e que se, realmente escolheu fazer parte dela, tem por direito ser respeitado de igual para igual e em contraponto emprestar a cada novo desafio seu melhor sorriso, sua boa vontade em fazer da melhor maneira possível a tarefa que lhe foi incumbida.

Por fim, é o momento de descomplicar a nossa esfera de vivência, entender que, sobretudo, somos e estamos cercados por seres humanos, com sentimentos e anseios, e que no fim todos queremos a mesma coisa: a felicidade junto a um Movimento que foi nossa livre escolha e no qual acreditamos!

“IX - Lutar pelos direitos humanos de Liberdade, Igualdade e Humanidade.” E se fizéssemos a análise minuciosa de cada termo deste item da Carta de Princípios do MTG? Descobriríamos tantas coisas essenciais para a manutenção da nossa causa, cada uma das palavras em seu significado mais puro e que podem fazer a diferença para que continuemos com bases sólidas através das próximas décadas. O cenário é reflexivo para os tradicionalistas, é necessário “pensar fora da caixa”, abandonar vícios e atitudes automáticas de um sistema já implantado para que sintamos novamente a liberdade de nossos atos como os jovens de 47, com muita responsabilidade, mas com modos de pensar coletivamente que nos conduzam a um estado verdadeiramente harmônico de convivência entre os próprios tradicionalistas. E mais que isso, que possamos encarar a sociedade fora de nossos “muros” de forma coerente e corajosa. Para que isso seja possível devemos ter humildade em reconhecer que cada segundo é uma nova oportunidade de aprendizado e que a igualdade, seja ela entre o mais idoso e o mais jovem, como nos

4 - ECO DA TRADIÇÃO

março de 2018

CALENDÁRIO DO MTG 2018

MAIO

MARÇO

JANEIRO

data / evento / promoção / cidade

data / evento / promoção / cidade

data / evento / promoção / cidade 3 (sáb)

2ª Reunião Do Conselho Diretor

MTG

Porto Alegre

13 e 14 (sáb e dom)

66º Congresso Tradicionalista Gaúcho

MTG

São Jerônimo

5 (seg)

Prazo Final Inscrições Fecars

MTG

Porto Alegre

14 (dom)

1ª Reunião de Conselheiros

MTG

São Jerônimo

13 (seg)

MTG

Porto Alegre

14 (dom)

1ª Reunião de Coordenadores Regionais

MTG

São Jerônimo

Prazo Final - Inscrições 30º Entrevero Cultural de Peões - Fase Estadual

MTG 8RT

Esmeralda

13 (sáb)

Seminário Estadual de Prendas

30ª Festa Campeira do Rio Grande Do Sul

MTG

Seminário da Cultura Campeira

MTG 8RT

Esmeralda

15 a 18 (qui a dom) 17 (sáb)

São Jerônimo

2ª Reunião de Coordenadores Regionais, Diretores 17 Campeiros, MTG (sáb) Culturais, Esportivos, Artísticos, Conselho de Ética e Jurídico

3ª Reunião de Coordenadores Regionais e Diretores Regionais 3ª Reunião do Conselho 12 (sáb) Diretor 17 a 48ª Ciranda Cultural de 19 (qui Prendas - Fase Estadual a sáb) Prazo Final - Inscrições 29 49ª Ciranda Cultural de (ter) Prendas - Fase Regional Prazo Final - Inscrições 29 31º Entrevero Cultural de (ter) Peões - Fase Regional 5 (sáb)

data / evento / promoção / cidade

16 (sáb)

30 (sáb)

data / evento / promoção / cidade

FEVEREIRO

Porto Alegre

MTG

Porto Alegre

MTG + 30a RT

Campo Bom

MTG

Porto Alegre

MTG

Porto Alegre

1º SEMESTRE DE 2018

12 a 30º Entrevero Novo MTG + 14 (qui Cultural de Peões 30a RT Hamburgo a sáb) - Fase Estadual Prazo Final Inscrições 48ª Porto 18 MTG Ciranda Cultural Alegre (qua) de Prendas Fase Estadual

Porto Alegre

MTG

30 (sáb)

ABRIL

4ª Reunião Ordinária do Conselhor Diretor (Provas Ciranda e Entrevero Regional) Sede MTG 49ª Ciranda Cultural De Prendas - Fase Regional 31º Entrevero Cultural De Peões - Fase Regional

MTG

Porto Alegre

MTG

RTs

MTG

RTs

data / evento / promoção / cidade

JULHO

data / evento / promoção / cidade

SETEMBRO

data / evento / promoção / cidade

data / evento / promoção / cidade 7 (sáb) 25 (Qua) 28 (sáb)

4ª Reunião de Coordenadores Porto MTG Regionais e Alegre Diretores Regionais Prazo Final Porto Inscrições Enart MTG Alegre 2018 85ª Convenção MTG + Panambi Tradicionalista 9ª RT

7 (ter) 10 e 11 (sex e sab) 25 e 26 (sáb e dom)

Sorteio da Ordem de Apresentação das Inter-Regionais do Enart 2018 Acendimento e Distribuição da Chama Crioula

1 (sáb) 14 a 20 (semana) 29 e 30 (sáb e dom)

MTG

Porto Alegre

MTG

Iraí – 28ª RT

1ª Inter-Regional do Enart

MTG

data / evento / promoção / cidade

AGOSTO

5ª Reunião Conselho MTG Diretor Semana MTG + Farroupilha RTs 2ª Inter-Regional do Enart

JANEIRO 2019

NOVEMBRO

Sorteio da Ordem de Apresentação MTG Porto Alegre da Final do Enart 2018 10 e 11 27º Aberto de Esportes MTG + RT 3º Enecamp (sáb e dom) 6ª Reunião do 10 (sáb) MTG Porto Alegre Conselho Diretor Final Enart 2018 16 a 18 MTG + Santa Cruz Encontro de Arte (sex a dom) 5ª RT do Sul e Tradição Gaúcha 1 (qui)

Porto Alegre RS MTG

5ª Reunião de Coordenadores Porto 6 (sáb) MTG Regionais, Alegre Diretores Regionais 6 e 7 (sáb e Acampamento da Juventude dom) eTchencontro 13 e 14 Fegadan (sáb e dom) 20 e 21 (sáb 3ª Inter-Regional Enart e dom) 52º Aniversário do MTG / 27 (sáb) MTG ORCAV

data / evento / promoção / cidade

OUTUBRO

JUNHO

2º SEMESTRE DE 2018 Prazo Final - Eleições Coordenadorias MTG RTs Regionais 8 Reunião de Encerramento (sáb) Confraternização Natalina Prazo Final Apresentação 12 Proposições para o 66º MTG RTs (quar) Congresso Tradicionalista Gaúcho 5 (qui)

data / evento / promoção / cidade

DEZEMBRO

data / evento / promoção 12 e 13 (sáb e dom)

67º Congresso Tradicionalista Gaúcho

MTG + RT

• SUJEITO A ALTERAÇÕES DE DATAS.

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ECO DA TRADIÇÃO - 5

ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

“Não interessa o tamanho do desafio; o que importa é a grandeza da união” Elenir de Fátima Dill Winck é natural de Cruz Alta e reside em Panambi há muitos anos. Profissionalmente, conta com vasta experiência em educação, já tendo atuado como professora, diretora e vice de escola, como secretária municipal de educação, presidente de conselhos...

No universo tradicionalista é, igualmente, ativa. Por várias gestões integrou o Departamento Cultural do Centro de Tradições Gaúchas Tropeiro Velho, de Panambi. Também foi Diretora Cultural da 9ª Região Tradicionalista do Rio Grande do Sul por quatro anos e Diretora Artística do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG do Rio Grande do Sul por três anos. Atuou como relatora em Convenções e Congressos Tradicionalistas e foi organizadora e apresentadora de protocolos do MTG durante 2009, 2010 e 2011. Foi Presidente do 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º Moinho da Canção Gaúcha de Panambi/RS. Também atuou como presidente da Comissão Executiva do 25º Entrevero Cultural de Peões do Rio Grande do Sul, realizado nos dias 18 a 20 de abril de 2013, em Panambi/RS. Do MTG, é conselheira desde 2014.

Foi vice-presidente de cultura do MTG nos anos de 2014, 2015 e 2016. Atualmente é vice-presidente de administração e finanças da entidade.

Nesta entrevista, fala sobre sua experiência na liderança tradicionalista, aprendizados, e planos para este ano.

Antes de assumir a vice-presidência de Administração e Finanças, a senhora era vice-presidente de Cultura. O que muda de uma para outra, além, é claro, das atividades delas?

Fui durante três anos (2014, 2015 e 2016) vice-presidente de cultura do MTG e, no ano de 2017, assumi a vice-presidência de administração e finanças. Pode-se dizer que mudam algumas atividades, só não muda a que considero

primordial, que é o amor pelo que se faz, pois este está inserido em todas as atividades. Na vice-presidência de cultura foram realizadas atividades voltadas à propagação da cultura gaúcha com o objetivo de promover, através dos seus departamentos, pesquisas, estudos, seminários, debates, cursos e outras atividades que desenvolvessem e aprimorassem conhecimento sobre folclore, tradição, arte, artesanato e outras manifestações culturais de nosso estado. Já na vice-presidência administrativa e finanças, considero as atividades um pouco mais técnicas, voltadas à gestão, pois entendo que é uma pasta que deve estar interligada às demais. Ela tem a função de superintender todas as atividades do setor de administração geral.

O ano de 2017 exigiu muito da sociedade como um todo. Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas pelo MTG pela perspectiva da sua pasta?

Assim como todas as instituições tiveram que se ade-

quar em função da crise, o MTG também teve que se adaptar.

No ano de 2017, tivemos que readequar o formato da realização de nossos eventos, buscando uma parceria ainda maior da que já existia, com as Regiões, as entidades, empresas, clubes sociais de serviços, voluntários, administrações municipais e iniciativa privada.

O balanço de 2017 é positivo?

Certamente que sim, pois conseguimos superar com muita ajuda mútua as dificuldades encontradas no caminho. Em relação à questão financeira, conseguimos manter o equilíbrio e encerrar o ano com saldo positivo.

Quais as metas para 2018?

A equipe que faz parte desta pasta quer continuar trabalhando em harmonia e sintonia com as demais pastas e auxiliá-las no que for necessário: - Desenvolver com transparência e comprometimento todas as atividades que forem designadas à nossa equipe de trabalho; - Estar à disposição e mais próximo das Regiões e Entidades Tradicionalistas para orientar e auxiliar no que for necessário;

Visite-nos online:

www.ecodatradicao.com.br

- Continuar com a digitalização e reorganização da documentação existente na Sede do MTG, iniciada em 2017; - Dar continuidade à aquisição de novos equipamentos de informática para obter uma melhor qualidade no trabalho realizado; - Implantação de um novo programa de informática para o MTG, Regiões Tradicionalistas e Entidades; - Atualizar toda a documentação necessária; - Organizar a Coletânea de Legislação Tradicionalista e mantê-la atualizada; - Elaborar e revisar o novo Código de Ética; - Reformar e pintar a sede do MTG; - Cada departamento ligado a esta pasta procurará desenvolver, da melhor maneira possível, todas as atribuições a eles designadas no Regulamento Geral, pois entendemos que trabalhar em equipe é unir formas de pensar para um só objetivo.

Acredito que não interessa o tamanho do desafio; o que importa é a grandeza da união.

6 - ECO DA TRADIÇÃO

março de 2018

ENTREVERO E CIRANDA

Prendas mirins desenvolvem jogo que permite estudar para os concursos e se divertir ao mesmo tempo Qual a criança que não gosta de brincar? – perguntam as prendas mirins do Rio Grande do Sul Cecília Scholz, Gabriela Cavasin e Betina de Faria Hugo. Frente a este questionamento e sua resposta óbvia, as meninas uniram esforços para elaborar um jogo de memória, com cartas, que neste primeiro momento auxilia na hora de estudar a geografia do Estado e ainda traz outras informações sobre as 30 Regiões Tradicionalistas do Rio Grande do Sul. O jogo apresenta um dos principais pontos turísticos de cada Região. Da 1ª RT, por exemplo, a imagem é da estátua do Laçador. Da 3ª RT, das Ruínas de São Miguel, localizadas no sítio Arqueológico São Miguel.

“Nesse mundo tradicionalista, nós, prendas de faixa de peões de crachá, temos que abdicar de grande parte da nossa diversão para estudar e ensaiar. Temos de nos preparar para o concurso, seja ele em qualquer uma de suas três fases (interno, regional ou estadual), mas nada impede que usemos formas criativas para tornar o estudo algo divertido”, garantem as prendas, acerca da motivação que as levaram a criar o jogo.

A proposta é que o jogo fique disponível para download grátis no site do Movimento Tradicionalista Gaúcho e do jornal Eco da Tradição, a partir da primeira quinzena de março.

REGRAS DO JOGO: • Recomenda-se ser jogado por 2 pessoas. O participante mais novo começa.

Como jogar: • Embaralhe as cartas e espalhe-as em uma mesa com a face virada para baixo; • Na sua vez, retire duas cartas e confira se elas formam um par; Gabriela, Cecília e Betina: as brincadeiras têm como objetivo trazer uma nova forma de estudo, relembrar matérias, aprender novas informações e conhecer novos lugares

“As brincadeiras têm como objetivo trazer uma nova forma de estudo, relembrar matérias, aprender novas informações e conhecer novos lugares. É uma forma de se divertir estudando, um lazer em forma de estudo, pois incentiva o convívio familiar”, garantem.

A ideia de aprender brincando partiu da própria Cecília durante seus estudos com a mãe, que elaborava com bastante frequência métodos criativos para as matérias. Em novembro de 2017, quando em um momento de lazer pós evento cultural, ela se reuniu com mais algumas prendas e peões e se divertiram com o popular jogo do

Piratini – 21ª Região Tradicionalista: 1ª Capital Farroupilha. Na foto: Museu Farroupilha.

“stop”, então a ideia amadureceu.

No Congresso Tradicionalista, em janeiro deste ano, as três prendas já tinham um esboço do jogo.

“Levamos um mês para pensar o jogo, e ele ficou pronto na metade de fevereiro, inclusive mais de um”, afirmam as prendas. O jogo da memória é o primeiro, mas depois o método muda, com um jogo de tabuleiro e assuntos mais abrangentes, como da história do Rio Grande do Sul. Na Festa Campeira do Rio Grande do Sul, que acontece de 15 a 18 de março no município de Esmeralda, elas distribuirão ao público tradicionalista infantil alguns conjuntos do jogo.

Passo Fundo – 7ª Região Tradicionalista: Capital Nacional da Literatura; Terra do Festival Internacional do Folclore. Na foto: Monumento ao Teixeirinha

• Para formar um par, você precisa encontrar a carta que informa o nome da cidade, e a outra que informa suas características. Exemplo: Suponha-se que um participante tenha tirado uma carta com características de uma cidade, em que esteja escrito “Rainha da Fronteira”. Logo, o participante terá de procurar a carta de Bagé, para formar um par.

• Se um jogador conseguir encontrar um par de cartas, ele tem o direito de repetir a vez; • Vence o jogo quem conseguir formar mais pares.

Vacaria – 8ª Região Tradicionalista: “Porteira do Rio Grande”; Cidade maior produtora de maçã. Na foto: Estátua do Ginete

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ECO DA TRADIÇÃO - 7

REGIÕES TRADICIONALISTAS

Coordenadorias Regionais investem para o fortalecimento do tradicionalismo gaúcho Cada Região Tradicionalista tem suas particularidades e a maneira como a Coordenadoria conduz os processos administrativos influencia o presente e o futuro do tradicionalismo gaúcho. No Rio Grande do Sul, são 30 regiões, semelhantes no modo de pensar e agir no que toca a gestão descentralizada do Movimento Tradicionalismo Gaúcho, mas cada uma com desafios bem pontuais. Confira as considerações dos coordenadores da 3ª Região Tradicionalista, Ivanir Ribeiro; 27ª, Everaldo Dutra; 9ª, Jorge Luis Kersting Malheiros, e 20ª, Luciana Rolim

Para Ivanir Ribeiro, coordenador da 3ª Região Tradicionalista, o principal desafio da gestão é buscar a aproximação dos departamentos campeiros, unificando as ações em torno de um só objetivo, que é construir um Movimento cada vez mais forte. Segundo ele, muitas entidades só se dedicam à área campeira, quase à parte, como se fosse outra entidade, paralela.

Para conquistar esse objetivo, a coordenadoria regional está apostando em encontros na Região e muito diálogo, procurando convencer de que o único caminho é todos juntos, de mãos dadas.

Sustentabilidade Everaldo Dutra, da 27ª Região Tradicionalista, tem como principal desafio hoje a manutenção das entidades de forma ativa. Segundo ele, a crise econômica que assolou o país também atingiu as entidades, que muitas vezes não conseguem manter em dia suas obrigações, principalmente em face de novas e cada vez maiores exigências federais e estaduais. O caminho, na opinião do coordenador, é auxiliar essas entidades em seus processos de gestão e também atrair mais pessoas para as atividades tradicionalistas.

Formação dos jovens para liderança no futuro Jorge Luis Kersting Malheiros, da 9ª Região Tradicionalista, tem como grande desafio dar mais espaço aos jovens, nas diretorias, patronagens.

“Temos o dever e a obrigação de oportunizar isso o mais rápido possível”, afirma. Segundo Malheiros, as entidades estão com extrema dificuldade para as sucessões nas patronagens. Ele acredita que agregando os jovens nas diretorias será possível, de forma prática e gradativa, através das trocas entre os mais experientes com os mais jovens, formar novos coordenadores, patrões, patroas, capatazes, fortalecendo o Movimento com respeito, discernimento, amizade, amor, lealdade. “Com isso iremos formar tradicionalistas que assumam suas entidades não feito paraquedas. Terá construído caminho, passando por todos os departamentos nas entidades tradicionalistas, como coordenador artístico de invernadas, coordenador cultural, coordenador de esporte, campeiro, sota capataz, tesouraria, capataz e patrão”.

Segundo Malheiros, é fundamental formar jovens para liderança, com conhecimento e apreço pela atividade. Para implementar essas ações, a estratégia desenvolvida na Região Tradicionalista é debater nos encontros regionais, e mostrar exemplos concretos.

Foto: Mauro Heinrich

Integração da área campeira

Manter as tradições Para a coordenadora da 20ª Região Tradicionalista, Luciana Rolim, o maior dos desafios é manter as tradições. Segundo ela, vivemos numa sociedade tecnológica e individualista, onde poucos pensam no outro; uma sociedade onde o eu é mais importante do que a coletividade. “Ainda, no Movimento, somos a coletividade, embora sabedores de que não vivemos trancafiados apenas dentro de nossas entidades, e que os seus componentes são os mesmos desta sociedade moderna”, afirma. Nosso maior lema, segundo Luciana, são os costumes morais e éticos, que devem sim estar como base de todos nós, não só enquanto tradicio-

nalistas, mas sim como membro de toda a coletividade. “A sociedade mudou, nós mudamos. Contudo, nossos conceitos, nosso modo de pensar, nossas atitudes, mudaram?”, questiona. Na opinião da coordenadora, o MTG é forte porque embasado em valores e porque não estagnou, acompanhando as mudanças, sem perder a tradicionalidade. “Métodos, estratégias, foco, objetivos, todos temos, mas assim como em qualquer outra sociedade, a principal meta está na construção da consciência dos que fazem parte do movimento, ou seja, nós. O que queremos? Quem somos? Qual nosso legado? E o que esperamos para o futuro?”, conclui.

8 - ECO DA TRADIÇÃO

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CULTURA

Confira as sugestões de leitura da Fundação Cultural Gaúcha para o mês de março O mês de março, no calendário tradicionalista, é marcado pela realização de um dos principais eventos campeiros do Rio Grande do Sul. A Fecars, em 2018, acontecerá no município de Esmeralda, no período de 15 a 18.

A Fundação Cultural Gaúcha, no ritmo da festa, apresenta quatro sugestões de leitura para este mês. Confira.

Conversando sobre cavalos Autor: José Luiz Jorge

O cavalo no folclore do Rio Grande do Sul

Preço: R$ 45,00

Autor: Lilian Argentina Braga Marques

Este livro aborda desde o surgimento do cavalo, passando pela sua expansão, conhecendo e compreendendo a natureza emocional do cavalo, a diversificação nas diversas raças, até a sua criação e seu amansamento.

O ponto fundamental é levar o leitor a interagir com ele e obter não sua submissão, mas sua cooperação. Aprofundando o estudo das relações cavaleiro-cavalo, fazendo paralelos entre estas e as relações do homem no ambiente de trabalho e convívio familiar, comprovando que o processo é igual tanto nas relações interpessoais e corporativas como na relação homem-cavalo. Mostra como os cavalos nos ensinam muito sobre relacionamentos baseados em respeito e também sobre estrutura social.

Preço: R$ 18,00 Nas áreas rurais, é comum a utilização do cavalo como montaria para passeio, para ir a carreiradas, ir à missa (zona de imigração); para fazer compras no bolicho (armazém ou venda de campanha); para conduzir as crianças à escola; para acompanhar enterros e também para acontecimentos mais alegres, como, por exemplo, ir a um fandango (baile rural) e cerimônias de casamento. Além de ser usado como montaria, o cavalo é utilizado para tração de carroças, jardineiras, charretes, etc. A obra aborda ainda elementos como aspectos históricos, hipologia, procriação do cavalo, alimentação, cuidados com o cavalo, cola do cavalo, apetrechos usados na doma, marcação e castração, dentre outros.

Doma - Treinamento do Cavalo Crioulo Autor: André Santos Preço: 100,00 O livro descreve, de forma prática, todo o processo da doma e do treinamento, levando em conta a parte física, mental e emocional do animal. É o resultado de mais de 20 anos de experiência de doma do autor.

30

a

15 a 18 de março de 2018 Parque de Rodeios Alfredo José dos Santos

ESMERALDA / RS

Cavaleiro & Cavalo na Equitação Autor: Ruy Vilanova Torres Preço: R$ 59,00 Este livro é baseado numa ampla pesquisa e estudo da arte da equitação clássica, com o objetivo demonstrar de forma clara e simples as origens dos animais, e ainda as técnicas utilizadas para um bom desempenho entre o conjunto harmônico - cavaleiro e montaria.

ano XVII • edição 199

ECO DA TRADIÇÃO - 9

DIRETORIA

Conheça os novos vices-presidentes Artístico e de Cultura do Movimento Tradicionalista Gaúcho Durante o 66º Congresso Tradicionalista Gaúcho, realizado no município de São Jerônimo, na 2ª Região Tradicionalista, em janeiro, o presidente do MTG, Nairo Callegaro, anunciou a posse de dois novos vices-presidentes.

Rodrigo de Moura assumiu como vice-presidente Artístico e Jane Bitsck como vice-presidente de Cultura.

Nesta entrevista, ambos falam sobre sua trajetória tradicionalista, filosofia de trabalho e planos para 2018.

O ano de 2018 começou desafiador para Rodrigo de Moura e Jane Terezinha Bitsck. Com ampla trajetória tradicionalista, ambos assumem pela primeira vez uma vice-presidência do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Em que pese a responsabilidade, o clima, porém, é de otimismo.

aprovada em Convenção, do projeto de unificação dos Concursos Regionais de Prendas. Participou, como avaliadora, de inúmeros concursos de Prendas e Peões (Regionais e Estaduais) e sempre prestou serviço voluntário ao tradicionalismo, como palestrante e orientadora de Prendas e Peões para participação em concursos. Foi Conselheira Suplente em 2016, Secretária Geral do MTG em 2017 e, em 2018, Vice-Presidente de Cultura.

Objetividade, celeridade e respeito à dedicação de todos Rodrigo de Moura é natural de São Sebastião do Caí, participa no tradicionalismo desde criança, tendo dado seus primeiros passos no CTG Lauro Rodrigues. Posteriormente, associou-se também ao Grupo Folclórico Tapirapé, ambos na 15ª Região Tradicionalista. Em 2001 tornou-se Peão Farroupilha do Rio Grande do Sul. Foi Conselheiro do MTG por duas gestões e Assessor Jurídico Adjunto. Avaliou Entreveros Culturais de Peões, Cirandas e Inter-regionais do Enart.

Como filosofia de trabalho tem a busca pela objetividade, celeridade e respeito ao labor desenvolvido pelos antecessores, na busca de agregar pessoas e permitindo o surgimento de novas lideranças no meio tradicionalista. E, sobretudo, fortalecer o papel do jovem. “Se eu não tivesse sido valorizado, incitado, cobrado pelas lideranças do passado, não estaria nesta missão atualmente”, afirma.

Para no ano de 2018 os planos e metas são concluir, ajustar e aperfeiçoar o que foi planejado pelos antecessores, sempre valorizando e prestigiando aquilo que é correto, prático e salutar para o MTG, afirma. “Neste ano teremos um olhar especialmente voltado ao voluntariado. O Rio Grande precisa de avaliadores e posteiros volun-

Rodrigo de Moura

Jane Terezinha Bitsck

tários, tanto com olhar voltado aos eventos locais e regionais, como numa perspectiva futura, com foco na difusão de conhecimento para as novas gerações, diz Rodrigo de Moura. Segundo ele, a Vice-Presidência está sempre de portas abertas para críticas e elogios, na busca de integrar e orientar tradicionalistas, entidades e regiões. “Contamos com a participação de todos para que possamos desempenhar satisfatoriamente nosso mister!”, conclui.

de cunho cultural no município e ao lado do esposo Vanderlei Bitsck e filhos Túlio Cícero e Adriana (ex-1ª Prenda do RS) passou a frequentar o CTG Potreiro Grande, onde sempre se fez presente e participativa na organização de atividades como Saraus de Prendas, Semana Farroupilha, Gincanas Culturais, Concursos de Prendas e Peões entre outras.

Gosto pelo trabalho, na linha de frente ou equipe de apoio Jane Terezinha Bitsck é natural de Montenegro e reside em Tramandaí, na 23ª Região Tradicionalista. Professora, formada em Pegagogia, com habilitação em Orientação Educacional e com Pós-Graduação em Supervisão Escolar pela Unijuí, é advogada, formada em Direito pela Universidade Luterana do Brasil.

Desde que chegou em Tramandaí, envolveu-se em atividades

Na sua trajetória tradicionalista, sempre que solicitada procurou colaborar com várias entidades tradicionalistas e em diversas oportunidades com Coordenadorias da 23ª Região, mesmo sem ocupar funções específicas. Foi diretora do Departamento Cultural do MTG durante os anos de 1996, 1997 e 1998 durante a administração do presidente Dirceu Brizola. Foram muitas as atividades culturais na época, quando, em parceria com a professora Fátima Brizolla, implantou os projetos “MTG vai à escola” e “CTG: Núcleo de Fortalecimento da Cultura Gaúcha”. Foi coautora da proposição

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Na sua gestão como vice de cultura do MTG, quer pautar seu trabalho no respeito, comprometimento e na certeza de que o grupo estará unido. Segundo Jane, somente juntos se poderá atuar com tranquilidade e vencer as dificuldades, que sempre se apresentam, para testar a determinação. “Vamos lidar com uma parte muito sensível das pessoas, por conta dos concursos, que via de regra permeiam o coletivo emocional de crianças, adolescentes, jovens e a sociedade tradicionalista de uma forma geral. Vamos nos fortalecer pelo entendimento e nos ajudar uns aos outros, pois agora mais forte que o eu é o nós”, afirma.

Planos para 2018? “Ter disposição e saúde para enfrentar toda a maratona de eventos e compromissos, organizá-los com prazer juntamente com toda a equipe ligada à Vice-Presidência de Cultura.

Ter sempre uma resposta a todas as perguntas, esclarecer dúvidas e principalmente, valorizar as iniciativas e realizações que visem fortalecer o Movimento. Estimular ações sociais, e dar um novo olhar aos projetos trabalhados, tornando-os mais dinâmicos e mais atentos aos problemas que a sociedade nos apresenta”, conclui.

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CAMPEIRISMO

Cavalgada da Costa Doce: 250 quilômetros entre a Barra do Ribeiro e Pelotas 250 quilômetros entre a Barra do Ribeiro.

Foto Divulgação

No dia 12 de janeiro, em São Jerônimo, chegava um grupo de oito cavaleiros vindos de Bento Gonçalves. Com eles, uma importante missão: entregar a chama crioula para o 66º Congresso Tradicionalista. No total, foram 160 quilômetros “à pata de cavalo”, saindo de Bento Gonçalves até chegar, quatro dias depois, no município famoso no Rio Grande do Sul por ser berço de Glauco Saraiva.

O tradicionalista Lino Antonio Sgarbi conduziu os trabalhos e lembra com emoção toda preparação para o ato, com destaque para a manutenção da chama, acesa, ao longo de todo ano de 2017, depois de ter sido recebida pelos cavaleiros de Uruguaiana, onde havia sido realizado o Congresso Tradicionalista anterior. A responsabilidade foi assumida pelo CTG Laço Velho, de Bento Gonçalves.

No dia 02 de fevereiro, outra importante cavalgada teve início.

A Cavalgada do Mar, em sua 34ª edição, depois de seis dias, reunindo dois mil cavaleiros, percorreu 300 quilômetros. Considerada pelo livro de recordes Guiness Book como o maior evento festivo do homem a cavalo no mundo, ela partiu de Torres, passando pela costa pelas cidades de Capão da Canoa, Imbé, Tramandaí, Cidreira, Balneário Pinhal, com chegada em Palmares do Sul. Longe do conforto, próxima dos amigos e da tradição Sandra Abech participou da Cavalgada do Mar. Aos 51 anos, integrante do CTG Galpão da Amizade, de Eladorado do Sul, na 1ª Região Tradicionalista, Sandra cavalga desde criança, participando dos eventos desde os 17. Começou “changueando” cavalo dos conhecidos até que por volta dos 25 anos teve meu primeiro animal, uma égua tordilha “flor de especial”.

Depois veio a Preta e atualmente é a baia Feiticeira que lhe acompanha nas jornadas.

A Cavalgada do Mar não é a única em seu portfólio. Participou também da Cavalgada da Serra e outras, com temáticas ecológica, religiosa, cultural. A maior foi a que trouxe a Chama Crioula, em 2015, de Colônia do Sacramento,

Foto Divulgação

Cavalgadas conquistam novos adeptos e preservam a autêntica tradição gaúcha fazem bem somente pela tradição, mas também à alma do cavaleiro. “É praticamente uma terapia, uma atividade saudável, sem competição, um auxiliando o outro, em reverência à relação com o cavalo, à indumentária”, afirma.

A cavalgada, segundo Araújo, é espontânea e as pessoas se envolvem de coração, porque gostam, tendo como principal incentivo o prazer de estar com os amigos, cultivando o que é autenticamente tradicional e trazendo aos dias atuais um fragmento de como eram as tropeadas antigamente.

Sob o ponto de vista do Movimento organizado, Araújo acredita nas cavalgadas como fortes atrativos para um público essencialmente urbano, que não aprecia, necessariamente, rodeio.

“A cavalgada tem o cavalo, a comida campeira, a arte tradicionalista, tem a cultura regional do Rio Grande”, conclui.

Cavalgada da Costa Doce

Cavalgada do Mar: 300 quilômetros entre Torres e Palmares do Sul.

no Uruguai, a Porto Alegre. No total, 1200 quilômetros. Até outubro de 2017 Sandra contou 16.700 quilômetros de cavalgadas, o que lhe conferiu a última comenda da Ordem dos Cavaleiros do RS, a Comenda Monarca.

O que Sandra mais aprecia nesses eventos é a parceria e a irmandade. “Somos uma grande família tradicionalista, de pessoas que amam e zelam pelos seus cavalos”, afirma. Para Sandra, a cavalgada representa uma maneira de viver, um estilo de vida que você só tem se realmente está no seu sangue.

“Tem que ter coragem de enfrentar o desconhecido e também precisa ser criativo para resolver problemas que surgirão ao longo do trecho”, garante.

Segundo Sandra, muitos passaram pelo Movimento, mas nem

todos aguentam o “tirão”, porque a lida campeira em muitos momentos é sofrida, deixando o conforto de casa para enfrentar as intempéries que se apresentam a cada cavalgada.

Quanto ao futuro das cavalgadas, Sandra aposta na participação efetiva dos jovens, por meio do incentivo das famílias, que são o pilar de sustentação do verdadeiro sentido do Movimento Tradicionalista Gaúcho organizado.

Assim eram as antigas tropeadas no Rio Grande do Sul O vice-presidente campeiro do MTG, José Araújo, concorda. Ele é um entusiasmado das cavalgadas, especialmente por conservar o clima de simplicidade e amizade tão peculiar do tradicionalismo. As cavalgadas, segundo Araújo, não

Na primeira quinzena de fevereiro também aconteceu a 19ª Cavalgada Cultural da Costa Doce.

Foram aproximadamente 250 quilômetros entre a Barra do Ribeiro e Pelotas. Para o casal Jeandro e Evelin Garcia, que participou pela primeira vez na íntegra, foi uma grande aventura, repleta de lindas paisagens, ensinamentos e grandes amizades. “O melhor dos momentos com certeza é o andar a cavalo, sentir a brisa dos campos e da lagoa, superar desafios, prosear sem pressa pelo caminho, mas descobrimos que de fato ninguém vai cavalgar para se desfazer totalmente dos confortos da cidade, vão mesmo é para subir no lombo do pingo e seguir a estrada e aceitam como podem as limitações do percurso”, conclui.

No percurso os cavaleiros almoçaram no histórico Sobrado da Sotéia e pernoitaram na Capela da Ilha da Feitoria. O caminho escolhido foi cruzando a Lagoa dos Patos, em seu trecho mais raso. Participaram em torno de 130 cavaleiros por todo o trajeto, oriundos de diversas cidades do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina, São Paulo e Uruguai.

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BRINCADEIRAS INFANTIS

Piás lançam livro que resgata brinquedos e brincadeiras típicos do Rio Grande do Sul Saullo Guilherme dos Santos Dutra, Gustavo de Souza Moreira e Rafael Pereira da Costa são os Piás do Estado do Rio Grande do Sul, gestão 2017/2018. A partir da Fecars – Festa Campeira do Rio Grande do Sul, que acontece de 15 a 18 de março na cidade de Esmeralda, serão também Autores. O lançamento do livro “Resgatando a Diversão da Piazada” é um marco no trabalho desenvolvido pelos três antes mesmo de vencerem o Entrevero de Peões e promete inspirar as próximas gerações de crianças tradicionalistas As brincadeiras

O que brincadeiras como Canoa de Coqueiro e Carrinho de Rolimã têm em comum, além de serem antigas e típicas do Rio Grande do Sul? A partir do trabalho de pesquisa desenvolvido pelos Piás do Estado, Saullo Guilherme dos Santos Dutra, Gustavo de Souza Moreira e Rafael Pereira da Costa, agora elas também estão acessíveis para as novas gerações. Através do livro ‘Resgatando a Diversão da Piazada”, com lançamento durante o Seminário de Cultura Campeira na Fecars 2018, os piás apresentam um pouco da história de cada brinquedo e brincadeira e ensina a desenvolvê-las.

A ideia da pesquisa, segundo os escritores, surgiu antes mesmo de pensarem em participar do Entrevero de Peões. O Saullo, por exemplo, trabalhou o tema para a entidade e para a região. Já o Rafael desde pequeno gosta de criar seus próprios brinquedos e brincadeiras e desenvolve o Projeto de Resgate de Brinquedos e Brincadeiras nas escolas há três anos. O Gustavo também tinha muito interesse neste projeto. “Então juntamos as ideias com o apoio dos pais e apresentamos para o MTG, para a então vice-presidente de cultura, Anijane, que já havia apresentado o Projeto Resgatando a Diversão da Piazada para o presidente Nairo”, afirmam. A 1ª Prenda Renata da Silva, segundo os piás, também

Aradinho do osso: colaborou com a pesquisa Silico Cardoso, de Santa Vitória do Palmar, 6ª RT

Piás: trabalho resgata gerações anteriores e inspira a atual e as próximas

sempre foi muito amável e abraçou o projeto. Apoio importante também veio das três prendas mirins (Cecília, Gabriela e Betina), além dos familiares, amigos e tradicionalistas das entidades e regiões.

várias regiões, às vezes com nome ou alguma característica diferente.

Para eles, ver a alegria das pessoas quando foram entrevistadas fez a diferença e isso ficará para sempre na lembrança.

Cada página apresenta um descritivo técnico do brinquedo e/ou brincadeira, com informações históricas e de como montar e como brincar. Cada brincadeira/brinquedo compõe um capítulo: Amarelinha da imaginação, Aradinho de osso, Bola de bexiga de porco, Boneca de Graveto, Boneca de milho, Canoa de Coqueiro, Carreta de gado de osso, Carrinho de Rolimã, Catavento de Bambu, Cavalinho de Taquara, Cavalo de Árvore, Cavalo de Sabugo, Corrida de Pneus, Corrupio de Botões, Espingarda de Bolinha de Cinamomo, Futebol com pregos, Iô-Iô, Labirinto de arame, Nó do Diabo, Osso do Jogador (Osso da sorte), Pé de casco, Pé de Toco, Perna de Pau, Roda Pião, Rolete, Roncador, Taco, Trator de Corticeira, Trem de Lata e Vaquinhas.

Relevância do trabalho

A pesquisa foi realizada por meio de questionários e entrevistas pessoais. “Tivemos um número expressivo de respostas e então fizemos a triagem para o livro”, afirmam os piás. Esses brinquedos e brincadeiras, garantem eles, fizeram a alegria de muitas pessoas de

“Procuramos realizar com responsabilidade este projeto”, afirmam os piás, que vêm se dedicando à iniciativa, objetivamente, desde o início da gestão, conciliando com os outros compromissos tradicionalistas e também escola, invernada e família.

A obra é prefaciada pela pesquisadora Neusa Secchi. Segundo ela, trata-se de um trabalho criativo e de relevância histórica, uma vez que resgata os brinquedos e brincadeiras tradicionais que estão em fase de esquecimento ou em risco de extinção. “Através da atividade lúdica a criança prepara-se para a vida, assimila a cultura do meio em que vive. Dentro deste contexto, louvo o desprendimento desses piás”, escreveu.

Bola de bexiga de porco: colaborou com a pesquisa Diva Neli de Freitas, de Campo Novo, na 9ª RT

Pé de casco: colaborou com a pesquisa Jorge Luiz Rijo, de Pinheiro Machado/ RS - 21ª RT

Amarelinha da imaginação: brincadeira de roda criada pelos músicos Alexandre Brose, Leonardo Pinho e grupo

Investigação

Responsabilidade

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VOLUNTARIADO

O prazer de compartilhar conhecimento

Lucia Oliveira de Andrade

O Departamento de Formação Tradicionalista tem agenda cheia ao longo de todo o ano. São mais de 10 cursos, em diversas áreas, descentralizado no estado do Rio Grande do Sul. Para compartilhar conhecimento tradicionalista, desde o mais básico até o mais especializado, o Movimento Tradicionalista Gaúcho conta com dedicados professores, que atuam de forma voluntária, compartilhando conhecimento. E eles garantem que é real a metáfora do machado de duplo fio, aquela que diz que o trabalho beneficia tanto o público quanto quem o executa.

Lucia Oliveira de Andrade, 43 anos, é do município de Condor. Tradicionalista do CTG Tropeiro Velho, de Panambi (9ª Região Tradicionalista), participa dos cursos do MTG como professora na área de Gestão de Pessoas e Formação de Posteiros Artísticos. Para ela, praticar o voluntariado é um privilégio enorme, que traz um sentimento de pertença muito grande. “Eu acredito que uma nação verdadeira se constrói quando cada sujeito tiver consciência e responsabilidade com sua identidade cultural e no meu entendimento a cultura regional é muito importante para essa construção coletiva da identidade sulina, sendo essa o nosso maior bem imaterial”, afirma. Para Lúcia, o voluntariado representa a capacidade que nós seres humanos temos de nos doar em razão de um bem muito maior. É a capacidade que temos de nos descentralizar, de nos colocarmos no lugar do outro, garante. Lucia

também elenca os benefícios para o próprio voluntário: nos reinventamos e potencializamos em nós o exercício de cidadania. “O conhecimento, quando dividido, é algo que se multiplica. Reitero que o voluntariado é uma das maneiras de nos constituirmos mais humanos, de darmos a nossa contribuição por menor que seja, mas vale ressaltar, que só ensina quem tem a paixão de aprender. Então esses momentos são de formação em comunhão”, conclui.

Míria Melo Dias

Básico, Cfor Avançado, Curso de Avaliadores e Seminário Estadual de Prendas (Oficina de Redação). Para ela, exercer o voluntariado no tradicionalismo é uma satisfação. Compartilhar conhecimento, rever amizades e fazer novas são alguns dos aspectos motivadores, garante. “Acredito que a cada atividade desenvolvida neste meio socializamos experiências, aprendemos, descobrimos e solidificamos a essência do culto às nossas tradições, pois é preciso ser e

ajudar os outros no que estes precisam, estamos melhorando nossa saúde mental e física, além de criarmos novos laços afetivos, proporcionando prazer, desenvolvendo aptidões que nos permitem adquirir novos conhecimentos, além da extrema gratificação pelo bem que isto nos proporciona”.

do próprio conhecimento, pois se aprende muito com os demais, e também a conquista de amigos que comungam dos mesmos ideais.

Toni Sidi Ferreira Pereira

Míria Melo Dias, 48 anos, da cidade de Júlio de Castilhos, e entidade de mesmo nome, na 9ª Região Tradicionalista, participa dos cursos do Cfor nos temas de “Voluntariado e Ética” e demais entidades tradicionalistas abordando temas como Cultura Gaúcha, Motivação, Ética, Moral, Postura de Prendas e Peões. Segundo ela, muitos dos conhecimentos que possui adquiriu no próprio tradicionalismo e portanto se sente com a responsabilidade de colaborar, partilhar. Para ela, o voluntariado é uma forma de colaborar e mostrar aos demais tradicionalistas que tradição é agir, ajudar, partilhar conhecimentos, transmitir aprendizados e cultura, de forma autenticamente tradicionalista, ou seja, voluntária, tendo como ônus apenas a alegria em poder compartilhar nossa cultura gaúcha. Atuando também como voluntária no Conselho Paroquial, Movimento de Cursilho, Associação de Amigos e outros, Míria acredita que um dos principais benefícios, para o voluntário, é o incremento

O tradicionalista Toni Sidi Ferreira Pereira, de 43 anos, é do DC Alma Gaúcha, de Dom Pedrito, na 18ª Região Tradicionalista, e é voluntário do MTG nos cursos de Formação Tradicionalista, Curso de Posteiros, Avaliadores, Palestras sobre Danças Tradicionais Gaúchas e Danças de Salão.

Para ele, o verdadeiro valor do conhecimento acontece quando ele é compartilhado. “Acredito que aprendemos mais ainda quando trocamos informações e compartilhar conhecimento serve como um estímulo para melhorarmos cada vez mais, buscando novos desafios.” Para Toni, que também pratica o voluntariado como personal e auxilia professores quanto a produtividade e ética no processo docente, o trabalho voluntário é potencialmente transformador e colabora para o crescimento interior do próprio indivíduo.

E que benefícios para sua vida você percebe, com a prática do voluntariado? Toni é categórico: o serviço de voluntariado representa oferecer, espontaneamente, o seu melhor para colaborar com a melhoria contínua do outro. “Isto é altamente positivo, pois além de evoluirmos como ser humano também ajudamos a melhorar o mundo à nossa volta”, conclui.

Luciane Brum de Souza tem 38 anos e é de Tupanciretã, na 9ª RT. Sua entidade é a Nativista Taquarembó e como voluntária atua nos cursos Cfor

Luciane Brum de Souza

Aimara Bolsi

não estar tradicionalista, em função de encargos ou afins.

Sempre temos muito que aprender, visto que nossa vida é um processo. No entanto, precisamos ter a humildade em buscarmos sempre mais, aprofundarmos nossos conhecimentos com a sabedoria que nos é inerente”, afirma.

Para Luciane, o trabalho voluntário auxilia em seu bem-estar, gratificação, valorização e autoestima. É imprescindível sermos úteis naquilo que nos faz bem, garante. Na sua opinião, a humanidade urge pelo voluntariado, pois com boa vontade, disposição e comprometimento o que fazemos bem pode ser bom para outros. “Faz parte da nossa função social como tradicionalistas, soldados de um Movimento e, sobretudo, como seres humanos, estarmos à disposição da sociedade através de um talento ou habilidade nossa”, acredita.

Quanto aos benefícios da prática do voluntariado, Luciene é categórica: “Quando utilizamos nossas habilidades para

Aimara Bolsi tem 41 anos, mora em Canoas e integra o “35” CTG, de Porto Alegre, na 1ª Região Tradicionalista. Atualmente colabora com o Cfor Básico e com o Cfor para Juízes da Campeira. Ao longo de sua trajetória tradicionalista já proferiu várias palestras sobre História/Geografia do RS, Tradição e Tradicionalismo e Cultura Regional, principalmente após o Prendado Estadual.

“Adoro compartilhar conhecimentos”, afirma. Desde 1992, com a proposição “CTG adote uma Escola” tem essa oportunidade e vislumbra um crescimento pessoal que não teria em outros grupos sociais. A atitude voluntária, na sua opinião, deve partir espontaneamente de cada um, sem que se espere nada como recompensa. A troca de conhecimentos, por si só, é o grande ganho que podemos ter e, desta maneira, representa a prática da solidariedade e da caridade sem ver a quem, afirma.

Aimara também pratica o voluntariado fora do tradicionalismo, com reforço escolar e doações.

E que benefícios, para sua vida, você percebe com a prática do voluntariado? “Para mim é uma satisfação pessoal e também, para minha filha, um exemplo de postura de vida”, conclui.

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ARTE

Beleza do tradicionalismo gaúcho é matéria-prima na lente e olhar de fotógrafos Se uma imagem vale mais do que mil palavras, no tradicionalismo gaúcho existem fotografias que não apenas explicam, como também encantam. Toda beleza da indumentária, da relação do gaúcho com o cavalo e a expressão artística, especialmente da dança, pela lente e olhar de alguns fotógrafos se transformam em poesia. Eduardo Rocha, Deivis Bueno e Mauro Heinrich, nesta entrevista, falam sobre sua paixão em comum, a fotografia e seu envolvimento com o tradicionalismo gaúcho

de uma legião de pessoas que vive a arte tradicionalista em sua mais bela forma, a dança, sempre buscando o algo a mais, imagens que impactes e mostrem a verdadeira essência dos espetáculos apresentados.

Eduardo Rocha, Deivis Bueno e Mauro Heinrich têm algo em comum, a paixão pela fotografia.

Quando vistos em eventos e atividades do tradicionalismo gaúcho, um misto de alegria e ansiedade toma conta dos presentes. Porque, pelas suas lentes, o trabalho certamente será diferenciado, assumindo ares de arte.

Eduardo Rocha assina fotografias para os maiores nomes e projetos da cultura gaúcha, especialmente da música. Profissionalmente dedicado à fotografia há dez anos, alguns de seus trabalhos mais conhecidos são a Cavalgada dos Extremos, com os Cavaleiros da Paz, percorrendo a Argentina, Canadá, África do Sul e Mongólia.

Eduardo lembra com carinho do seu primeiro trabalho profissional, a Chama Crioula de 2008, e as inúmeras oportunidades de fotografar o cavalo crioulo, no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. Em 2017, a Mostra Interiores apresentou um resumo de sua história na fotografia, no Margs, em Porto Alegre. “Busco uma identificação com o Regional, quero que minha fotografia sirva de registro de um tempo. E que os observadores de minhas imagens possam viajar através delas”, afirma. Um guia seguro para seu trabalho são as suas memórias de infância, em Dom Pedrito. Sua inspiração vem da simplicidade do campo, da pureza de sua gente e da estética peculiar do nosso Sul. “A fotografia me proporcionou tantas experiências marcantes. Mas ter a oportunidade de conviver com nomes como Telmo de Lima Freitas, Nico Fagundes, Berega e participar da Barranca e da Festa dos Ermãos em Uruguaiana são certamente motivos para ser grato a Deus por poder fazer o que eu gosto”, conclui.

Mauro Heinrich é tradicionalista do GF Chaleira Preta, de Ijuí, na 9ª Região Tradicionalista. Profissionalmente, dedica-se à fotografia há 12 anos, tendo seu acervo digital visto por mais de um milhão de pessoas no mundo todo. Também atua

Eduardo Rocha: no portfólio, cavalgadas internacionais e músicos gaúchos

Mauro Heinrich: mais de um milhão de visualizações em seu álbum

Deivis Bueno: em busca não do clique perfeito, mas da história mais bela

no Departamento de Comunicação do CTG Rancho dos Tropeiros, de Ibirubá, e da própria RT, e seu trabalho pode ser visto em mostras e sites especializados, além de revistas e jornais do Rio Grande do Sul.

lecimento das amizades, que estão imunes ao tempo, do aprendizado constante a cada evento participado e mais que isso, a possibilidade de contribuir e participar da preservação da nossa tradição para as gerações futuras”, afirma.

Para Mauro, cada momento para fotografar é único. “De cada evento que participo guardo a imagem da emoção no rosto de prendas e peões, das prendinhas e dos piás, dos pais, avós e familiares e o orgulho de ser gaúcho, de ser tradicionalista, do sentimento de pertencer e viver tudo isso”, afirma. No tradicionalismo, segundo ele, todos compõem uma grande família, o que faz com que seja um universo onde se sente em casa, com pessoas que vivem e têm os mesmos sentimentos em relação à vida. “Quem vive o tradicionalíssimo sabe das alegrias dos reencontros, do forta-

Na opinião de Mauro, todo gaúcho tradicionalista que vivencia nossa cultura é um pouco artista no que vive e faz e a beleza maior está no privilégio de capturar esse momento impar na vida de todo tradicionalista.

Deivis Bueno dedica-se à fotografia profissional desde 2011 e é a grande referência no registro especialmente de apresentações de invernadas de CTGs em rodeios e festivais por todo o estado do Rio Grande do Sul. No trabalho, seu objetivo é bem definido: enaltecer e mostrar a magia e o árduo trabalho

Para Deivis, é uma experiência incrível. “Aprendemos ao longo dos anos a entender a dimensão que isso traz para cada participante e a relevância social e impacto cultural que essa prática traz para sociedade”, afirma. Segundo ele, a beleza disso às vezes está mais no empenho, dedicação, abnegação e doação das pessoas e não necessariamente no troféu ou título. “Para boa parte dessa turma, estar vivendo aquele momento, superando os próprios medos e obstáculos, traz muito mais satisfação do que o título de campeão, e nisso reside a grande mágica”. Segundo Deivis, às vezes vale mais uma foto que conte uma história dessas do que a plástica do registro do momento perfeito clicado com as mais apuradas técnicas.

O convívio com os tradicionalistas, afirma Deivis, transcende a relação comercial. “Criamos ao longo desses anos uma infinidade de amigos que valorizamos e cultivamos. Neste tempo, segundo o fotógrafo, já se vivenciou de tudo um pouco: despedidas, retornos, superações de todas as espécies.

“Gente que se machuca e continua, superando a dor durante a apresentação, gente que supera o medo de altura e encara isso em prol do trabalho a ser apresentado, grupos que chegam às vezes desacreditados nos eventos, mas que após uma palavra de incentivo entendem a importância”, garante. “Não é só simplesmente bater fotos, mas sim buscar a imagem da vida de quem está na nossa frente dando o sangue por aqueles 20 ou 25 minutos que resumem a vida de cada um”, conclui.

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BRASIL DE BOMBACHAS

Convenção da CBTG reuniu cem tradicionalistas em Porto Alegre apresentadas, cinco foram aprovadas. Na parte Campeira foram 16 propostas debatidas, sendo 10 aprovadas”, explicou o presidente.

Presença: quase a totalidade dos estados representada

No dia 24 de fevereiro a CBTG realizou sua 15ª Convenção Brasileira da Tradição Gaúcha na sede do MTG-RS, debatendo as propostas e os Regulamentos. Com exceção do MTG-AO (Movimento Tradicionalista Gaúcho da Amazônia Ocidental), as demais Federações estiveram com grande representação, lotando o auditório, totalizando cem participantes.

Formaram a mesa de autoridades para a solenidade de abertura o Presidente do MTG-RS, Nairo Antunes Callegaro, anfitrião da Convenção, o Presidente da CBTG João Ermelino de Mello, o Presidente da CITG, Nei Zardo, os Presidentes dos MTG’s: Ernani Barea (PR); Valcirio Harger (SC); Roberto Basso (MT); Agadir Mossmann (MS); Franklin Maia (SP) e João Francisco Petrocelli (PC). Representando a juventude tradicionalista, estavam na mesa a 1ª Prenda da CBTG, Natália Lorenzi e o 1º Peão Tradicionalista da CBTG, Vitor Parmeggiani. Também esteve presente o ex-presidente da CBTG Manoelito Carlos Savaris e ex-presidentes das federações como Rogério Pankiewski, do Paraná e Francisco Fighera, de São Paulo. O cerimonial ficou por conta da Assessora de Imprensa da CBTG Aline Jasper.

Olmiro Pereira Bastos foi convidado para ser o Relator Geral.

Após a cerimônia de abertura o presidente João Ermelino de Mello dividiu os integrantes em grupos temáticos para debaterem as propostas. Foram organizadas as Comissões e assim iniciada a

Primeira Sessão Plenária Ordinária da Convenção. “Conforme o Edital recebemos 42 propostas das áreas Esportiva, Artística, Cultural, Campeira e de Regulamentos. Da temática Esportiva as duas propostas foram aprovadas. Já na temática Artística, de 12 moções

As temáticas Cultural e de Regulamentos serão debatidas no mês de junho. “Sentimos a necessidade de debatermos com mais tempos essas áreas, então foi acordado convocarmos e organizarmos uma Convenção Extraordinária. A mesma ocorrerá no dia 16 de junho, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul”, afirmou. Na oportunidade também será realiza a Reunião do Conselho Diretor da CBTG, reunindo todos os Presidentes dos MTGs. “Estamos contentes com a participação das nossas Federações, tivemos bastante trabalho e continureamos lutando pela preservação e debatendo os rumos do tradicionalismo gaúcho”, complementou João Ermelino de Mello.

Análise: grutos temáticos analisaram as propostas

Trabalho: foram inscritas 42 proposições

Prendado CBTG:

A 1ª Prenda Juvenil da CBTG, Bibiana Callai, e o 1° Peão Juvenil da CBTG, Felipe Cardoso, receberam em fevereiro a Moção de Aplauso da Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde-MT por representarem o município e o CTG Sentinela da Tradição em nível nacional.

No mês passado a 2ª Prenda Mirim da CBTG, Maria Clara Rossoni Bevilaqua, começou a desenvolver o Projeto “Bonecas de Clarinha” com a proposta de vender e assim poder ajudar famílias carentes da cidade onde reside (CanaranaMT). As primeiras bonecas confeccionadas com a ajuda de sua mãe são as bailarinas. Com o valor arrecadado a prendinha comprará cestas básicas no fim do ano e fará a doação. E no dia 15 de fevereiro, Maria Clara integrou a equipe do CTG Pioneiro do Centro Oeste no Desfile Comemorativo de 37 anos de emancipação de Canarana

Por Aline Kraemer e Aline Jasper

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MÚSICA GAÚCHA

Música tradicionalista gaúcha ganha espaço nas radiowebs especializadas Se nas rádios comerciais os espaços dedicados para a música tradicional gaúcha são cada vez mais raros, na rede mundial de computadores o movimento e tendência são de expansão. Com tecnologia cada vez mais acessível, tanto sob o ponto de vista financeiro como operacional, proliferam as radiowebs especializadas na música do Rio Grande.

O radialista Odilon Ramos é um dos expoentes. Sua rádio Campo Afora fica 24 horas no ar, com um repertório cuidadosamente selecionado e transmitido para mais de 90 rádios. Com o estúdio montado na própria casa, em Santo Antônio da Patrulha, no litoral norte do Rio Grande do Sul, tudo começou com o objetivo de divulgar o próprio trabalho: treze discos, cinco livros e agenda de shows. Como o acervo era vasto, contemplando também outros artistas, não demorou para Odilon criar segmentações e programas, com horários específicos para a música dos festivais, regionalismo atual, canções latino-americanas, cantigas de saudade (só com vozes de artistas já falecidos) e, naturalmente, um espaço para suas próprias músicas e poesias.

Com a programação disponível no www.odilonramospoeta.com ou baixando o aplicativo “Rádio Campo Afora”, a rádio é uma das maiores alegrias de Odilon. “O prazer maior está justamente na autonomia, na liberdade de criar e recriar, sem patrão nem regras rígidas”, afirma. Segundo ele, é sua consciência que comanda. A experiência de 50 anos em rádio não o deixa cometer excessos e proporciona a segurança de saber o que está fazendo, “mesmo sem esquecer que sempre tenho mais a aprender”, garante.

Vozes do Sul Outra rádio conhecida do público tradicionalista é a Vozes do Sul. Ativa há seis anos, a programação é focada em cultura sul-riograndense e latino americana.

Toca músicas gaúchas galponeiras, com destaques para cantores, intérpretes “de raiz”, como classifica o produtor Edemar Nogueira dos Passos, mais conhecido como De Los Pasos: Cenair Maicá, Jayme Caetano Braun, Pedro Ortaça, Jorge Guedes entre muitos outros...

vista. “Sigo minha própria intuição quanto ao que vou apresentar, músicas, histórias, contos e, como sou compositor, também me atrevo a declamar e criar versos de vez em quando”, afirma Galeno, que aposta numa apresentação descontraída, mas “de fundamento”. “Buscamos novidades e músicas que talvez nem foram tão divulgadas”, afirma o produtor. Segundo ele, trabalha-se por amor, com muito orgulho de ser Comunicador Gaúcho (como é conhecido).

Galeno: música gaúcha diretamente de Vilhena Rondônia, em Rondônia

Segundo Los Pasos, toda a programação é pensada e produzida com muito carinho, com autênticos gaúchos de alma, coração e sotaque. Uma de suas maiores satisfações é saber que o trabalho está amplamente disponível a todos, sem a limitação geográfica dos sinais tradicionais de rádio.

“Procuramos ouvir as críticas e os elogios, sendo plurais, mas sem perder as origens”, afirma Edemar Nogueira dos Passos.

WebRadio Tio Prenda - Bem posicionada nas buscas do Google está a WebRadio Tio Prenda, fundada em 2015, em Joinville, em homenagem ao avô do produtor e proprietário Robinson Luis. “Sou catarinense, mas meus pais são gaúchos, e Tio Prenda era apelido do meu avô”, afirma. Disponível no endereço www.tioprenda.net, a programação é 24 horas, contando com 14 programas: Alvorada Gaúcha, Bailanta do Tio Prenda, Bem do Meu Jeito, Chimarreando com o Tio Prenda, Criado em Galpão, Domingão Gaudério, Encontro com Os Serranos, Lançamentos Gaúchos, Noites Pampeanas, Oh de Casa, Rio Grande Forte, Ronda Gaúcha, Sabadão Gaudério, Xucro Redomão.

O conteúdo veiculado pela Tio Prenda é 100% tradicionalista, sempre mantendo contato e divulgando o material de grupos e cantores, desde aqueles com 40 anos de estrada até aqueles que estão iniciando a carreira, sem distinção.

O diferencial está no alcance que a internet proporciona, embora

Odilon Ramos: conexão com mais de 90 rádios

esteja limitado o acesso por computadores, smartphones e tablets.

“Mas é questão de tempo até que o som automotivo receba a internet embarcada, o que já é realidade em países desenvolvidos, onde o motorista pode optar pela rádio local ou de internet”, afirma.

Marcas do Sul - A rádio Marcas do Sul pode ser acessada pelo endereço www.marcasdosul.com.br.

Administrada por Galeno Serrano, está no ar há 20 anos, dispondo de estúdio móvel e também fixo em Vilhena Rondônia, em Rondônia, com projeto de expansão para o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Fica no ar 24 horas por dia, dividindo a programação entre músicas tradicionais fandangueiras e nati-

Rádio Pátria Gaúcha - Outra rádio bem posicionada nas buscas é a Rádio Pátria Gaúcha (www.radiopatriagaucha.com.br). Com oito anos de atividades, tem programação 24 horas por dia, sob a coordenação do proprietário Nelson Rijo Braga.

A sede da rádio fica em Pelotas, na 6ª Região Tradicionalista. Segundo Nelson, uma atenção especial é dedicada à seleção musical. “Escolhemos sempre o melhor da música do sul, com ênfase aos nomes de peso, com trabalho de qualidade e leais ao estilo musical que nos propomos a divulgar mundo afora, em benefício da valorização, preservação e engrandecimento da música do Rio Grande do Sul!”, afirma.

Alguns dos programas são A Música do Sul do Mundo, Música de Fundamento, Alma Gaúcha, Linha Campeira, Porteira Afora e Tropeando Canções. “Minha maior alegria é saber que a cada dia que passa nosso dever foi cumprido à risca, divulgando a música gaúcha; o carinho e satisfação apresentados pelos ouvintes, e também constatar pelos e-mails que recebemos que possuímos ouvintes assíduos não só no Brasil mas também em vários países mundo afora”, garante.

Radioweb Pampa - A Radioweb Pampa foi fundada em maio de 2015 (www.radiowebpampa.com. br) e alguns dos programas são Encontro com Os Serranos, Essência Gaúcha, Linha Campeira e Pampa Nativo. Segundo Luiz Rosso, diretor da rádio, uma das preocupações é usar o “tu” e não “você”.

Nota da Redação: Se você é diretor/diretora de uma radioweb especializada em música gaúcha, entre em contato com a Redação para que possamos divulgar seu trabalho.

16 - ECO DA TRADIÇÃO

março de 2018

CUTELARIA GAÚCHA

Para corte ou coleção, peças podem custar até R$ 25 mil e atravessam gerações

O mercado de facas artesanais tem crescido de forma exponencial nos últimos anos, com aumento do número de artistas, feiras comerciais e também de apreciadores. A informação é de Roberto Vianna, diretor de comunicação da Associação Gaúcha de Produtores de Facas Artesanais.

A entidade é realizadora da Feira Gaúcha da Faca, que acontece no mês de dezembro em Porto Alegre, e congrega mais de 30 artesãos. Sua principal finalidade é apresentar a cutelaria artesanal ao usuário e simpatizante das boas facas, além de incentivar os artesãos em seu hobby ou profissão.

Segundo Vianna, o Rio Grande do Sul tem tradição na formação de bons cuteleiros, sendo respeitado pela qualidade de seu produto. “O gaúcho desde sempre é identificado pela sua pilcha, seu mate, seu cavalo e sua faca! Companheira de sempre, é a primeira ferramenta útil que a humanidade conheceu e a última da qual qualquer pessoa em sã consciência irá querer separar-se!”, afirma.

Números São Paulo é o maior mercado em termos de vendas. Peças com valores em torno de R$ 1.000,00 até R$ 25.000,00 são vendidas às dezenas e com números crescentes. Alguns artesãos vivem quase que exclusivamente da exportação de seus produtos.

As principais feiras do setor são a Feira Gaúcha da Faca (Porto Alegre), o Salão Paulista de Cutelaria (São Paulo), a Feira Anual de Cutelaria Artesanal de, a Mostra Inter-

Arte: peças artesanais, a cada dia que passa, crescem na preferência do público nacional de Cutelaria (São Paulo) e o Salão Goiano de Cutelaria.

O cuteleiro Segundo Vianna, o cuteleiro é um artesão. No caso de contar com auxílio de funcionários, torna-se uma microempresa de artesanato.

Algumas podem contar com até 18 colaboradores, para auxiliar no marketing, logística e outras áreas. Sua formação normalmente se dá na própria família, mas existem também cursos e eventos de formação. Idade específica não existe para iniciar na cutelaria. Na Associação, há por exemplo um adolescente de 14 anos e também adultos com mais de 60 anos que se aprimoram na atividade.

O perfil do consumidor Segundo Vianna, os clientes são de todas as classes sociais, desde o grande empresário até o

Anuncie no ECO DA TRADIÇÃO mande email para imprensa@mtg.org.br

trabalhador que economiza para conseguir comprar sua peça. Também existem muitos casos do produto ser adquirido como presente para namorada ou namorado, que pode ser um gourmet ou chef profissional ou amador em busca de uma peça exclusiva.

Requisitos da boa faca e cuidados especiais A faca é criada para atender a uma necessidade. Uma faca de caça, por exemplo, não será útil para um cozinheiro ou assador.

Uma faca para filet ar peixes não será útil numa caçada de javali, e assim por diante. Conforto no manuseio, peso, robustez, equilíbrio, ser forjada ou desbastada, ter lâmina em aço inoxidável ou carbono são alguns pontos a serem observados, conforme a necessidade do usuário e o ambiente onde ele

a usará. O fato de ter uma peça exclusiva (como toda peça adquirida junto a um cuteleiro artesanal) é um grande atrativo. Usar materiais como madeiras nobres, chifres de cervo, marfim, madrepérola, abalone, ouro ou prata é outo fator que define uma compra ou encomenda. Cada material destes agrega um valor à peça e o artesão fornece certificado de garantia das peças, responsabilizando-se por tempo indefinido pela mesma, desde que observados os devidos cuidados, como não usá-la como alavanca, martelo, formão. Deve-se lavar e secar após o uso, não guardar na bainha, além de não atritar a lâmina contra pias de aço, mármore, “tábuas” de vidro, pratos de louça ou cerâmica, etc.

“Com poucos cuidados uma peça assim segue na família por gerações.”, afirma Vianna.

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ECO DA TRADIÇÃO - 17

TRADIÇÃO NA PRÁTICA

Hábito do chimarrão celebra história, tradição e sobretudo a amizade No trabalho, na escola, em casa. Acompanhado ou sozinho. Vendo jogo de futebol ou lendo um bom livro.

Pode ser de manhã bem cedo, ou no final da tarde. Tomar chimarrão não tem hora, não tem lugar.

Cada um faz seu jeito, sua rotina. Alguns preferem erva moída grossa, outras mais suave. Alguns capricham na cuia e acessórios, outros primam pela simplicidade. É símbolo de hospitalidade, de amizade, mas sobretudo de tradição. Como é para você tomar chimarrão? Quatro tradicionalistas respondem!

Bruno Oliveira de Aguiar, CTG Sentinela da Querência, Erechim, 19ª Região Tradicionalista “Eu gosto muito de tomar chimarrão. É uma prática de valor histórico na nossa cultura e além disso aproxima a família, possibilita novas amizades. Nos eventos, por exemplo, tomamos chimarrão com pessoas que ainda não conhecemos. Eu trabalho no Departamento de ICMS do município e também temos esse hábito. Começamos pela manhã e à tarde renovamos”.

Edson da Silva Fagundes, CTG Carreteiro da Saudade, Gravataí, 1ª Região Tradicionalsita “Eu geralmente tomo chimarrão pela manhã, por volta das 10/11 horas, todos os dias. À tarde depende muito dos meus compromissos.

Gosto de tomar chimarrão acompanhado, mas também aprecio mesmo quando estou sozinho. É um ritual saboroso. Sentir o sabor do chimarrão até aquece a alma”.

Amanda da Rosa da Silva, CTG Tropeiro das Coxilhas, São Leopoldo, 12ª Região Tradicionalista

“Sempre que eu posso, tomo chimarrão, principalmente no final da tarde. Gosto de sentar em frente de casa, com os familiares. É um hábito que adquiri em casa e reforcei depois, estudando no colégio agrícola, onde o chimarrão era companhia inclusive em sala de aula. Além de ser uma bebida saborosa, o chimarrão aproxima pessoas, promove a conversa. E também é ótimo mesmo quando estou sozinha, principalmente na hora dos estudos”.

Bruno Oliveira de Aguiar

Roseli Teresinha Battisti

Edson da Silva Fagundes

Amanda da Rosa da Silva

Roseli Teresinha Battisti, CTG Sentinela da Querência, Erechim, 19ª Região Tradicionalista “É meu hábito diário. Toda hora é um bom momento pra tomar chimarrão. Pra nós, gaúchos, ele representa tudo. A hospitalidade, a amizade, o afeto. Quando a gente chega na entidade, a primeira coisa que se pensa é o chimarrão. Ele une nossas vidas. Quando viajo, ele vai junto. Quando não tomo, parece que falta alguma coisa”.

Em abril tem

Já vai pensando naquela selfie especial.

Vamos fazer uma imensa roda virtual de chimarrão nas mídias sociais no dia 24/04

18 - ECO DA TRADIÇÃO

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FALA TCHÊ

Qual foi a maior loucura que você já fez durante um evento tradicionalista?

O tradicionalismo proporciona diversos momentos especiais e inesquecíveis. Mas não é apenas de ensaio, estudo e competição que a gente vive. Às vezes falta uma carona, o ônibus estraga, arrebenta o fecho do vestido, cai o solado da bota.... Histórias boas e engraçadas é o que não faltam! Mas como bons gaúchos, sempre damos um jeito e esses momentos, após muitas risadas, acabam ficando para sempre no coração e na memória da gente.

Marcio Lima dos Santos – Tapes/16ª RT - Aconteceu em uma Ciranda de Prendas, realizada no CTG Lalau Miranda, em Passo Fundo. Na época, Ana Paula Vieira Labres era Prenda da 16ª RT e eu Peão da RT. Sempre íamos aos eventos juntos e eu a ajudava a se arrumar e ficar mais linda que já é.

Fui arrumar o cabelo dela no estacionamento do CTG antes do baile, mas estava muito frio e meus dedos começaram a congelar. Consegui arrumar a Ana e ficamos bonitos para o baile. Quando entramos, o salão já estava lotado e ao descer a escadaria, bem faceiros, a Ana Paula deixa abrir a frasqueira que carregava na mão e começou despencar escada abaixo fixador de cabelo, arranjos, muitas moedas, grampos, maquiagem e mais algumas coisitas. Olhamo-nos e começamos a juntar aquilo tudo solto na escadaria e as pessoas passando e nós catando as coisas nos pés delas. Até hoje lembramos com muito carinho da escadaria do Lalau Miranda. Sempre que voltamos lá eu digo: Ana Paula, segura tua frasqueira! (A Ana vai me matar, mas vale a pena contar!)

Amanda Cezimbra - G.F Fogo de Chão-Ijuí / 9° RT - Depois de esperar um ano inteiro realizei o desejo de pintar as pontas de meu cabelo de azul, que por sinal ficou maravilhoso, quando recebo a notícia de que, como primeira prenda da entidade, iria ao 66° Congresso Tradicionalista. Convenhamos, cabelo azul foge um pouco do habitual. Chorei tanto por perder minhas mechas e por todo o nervoso que passei até achar um bom profissional pra fazer o corte. Tudo por uma boa causa, tudo pelo Tradicionalismo!!!

Manoela Carvalho – CTG Chaleira Preta – Venâncio Aires / 24ª RT - Durante a 75ª Convenção Tradicionalista, no ano de 2010, fizemos um acampamento na casa da Luna, em São Gabriel. Estávamos entre umas seis prendas, uma de cada lugar. No sábado à noite, a

Seis prendas e uma “invasão” domiciliar: “quem precisa de chave?”

Márcio e Ana: toda elegância de uma “entrada triunfal” no Lalau Miranda

Amanda: o sonho de um ano inteiro transformado em dois serviços

Luna tinha uma festa de 15 anos para ir, e como estava com a casa cheia, a aniversariante permitiu que nós todas fôssemos. Três de nós saímos mais cedo da Convenção para começar a nos arrumar em casa. Como, a princípio, teria alguém em casa, fomos embora do evento sem a chave. Chegando lá, para nosso desespero, estava tudo

trancado. Como a Tais era a menor, ela pulou a janela e conseguiu pegar uma chave que estava dentro de casa para nos salvar. Nos arrumamos, fomos todas lindas para o aniversário, dançamos até o amanhecer, voltamos entre 7 no carro, e no outro dia cedinho já estávamos novamente no evento.

Jonathan Leindecker – Sociedade Lomba Grande – Novo Hamburgo - 30ª RT - É difícil escolher uma só história, pois durante esse ano já foram quase 50 mil quilômetros rodados em prol do movimento, entre cerimônias e participações em eventos oficiais, regionais e de entidades, e cada viagem temos uma história, uma “loucura” para contar. Mas acredito que a maior delas foi viajar para Querência, no Mato Grosso, para acompanhar o Rodeio Nacional dos Campeões. Foram 48 horas de viagem só pra chegar lá, sem falar que não conhecíamos ninguém que estava no ônibus, e a cada quilômetro rodado íamos nos conhecendo mais. Hoje formamos amizades valiosas. A cada parada deixamos uma história. Foram muitas risadas e brincadeiras que, com certeza, ficaram marcadas, sem falar que esta “loucura” de viagem no total de dois mil quilômetros de ônibus nos proporcionou ver o quanto é grande e forte o nosso tradicionalismo fora do nosso estado.

Por Manoela Carvalho

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ENTREVISTA

Como manter o equilíbrio e o ambiente saudável nos eventos e concursos competitivos?

O calendário tradicionalista apresenta diversas oportunidades para apresentação de talentos, sejam eles artísticos, campeiros, culturais ou intelectuais. Em sua grande maioria, são eventos competitivos, desafiando os participantes a apresentarem o melhor, que não raras vezes é resultado e conquista de anos e anos de estudo e treino.

Nesse ambiente, que valoriza a amizade e a colaboração, como manter o equilíbrio e o ambiente saudável?

Existe um limite para o ímpeto de competir? A psicóloga Daniela Aguiar Franzen, que foi 1° Prenda do RS na Gestão 91/92, nesta entrevista presta esclarecimentos relevantes, em especial para os pais. desses concursos é maior nos pais do que nos filhos. Qual sua análise?

Hoje vemos cada vez mais crianças interessadas em participar dos concursos do MTG. Enquanto psicóloga e tradicionalista, como você analisa esse fenômeno?

É algo muito comum projetarmos nossos sonhos e desejos em nossos filhos. O CTG é um ambiente muito bom para se levar as crianças e os adolescentes, nisso os pais têm razão. É uma questão de diálogo dentro da família e de colocar as amizades, a felicidade de exercitar o tradicionalismo, a superação dos próprios limites acima da competição, e esse é um trabalho que cabe aos pais, principalmente a partir do próprio exemplo e da valorização das capacidades individuais de cada criança.

As crianças de hoje têm mais informação e poder de decisão do que as gerações anteriores. E o tradicionalismo é algo apaixonante. É muito empolgante dançar em competições, dar tudo de si para representar bem a sua entidade. A ressalva é no sentido dessas crianças terem cada vez mais responsabilidades e perderem o tempo precioso de simplesmente brincar, sem obrigações, tendo tempo para ser criança e aprender a vida brincando.

O MTG trabalhou, recentemente, a proposta de haver, em cada momento de competição, também outro para confraternização. Esse equilíbrio é possível?

Acredito que sim. Se a confraternização for pensada como algo leve, que proporcione descontração enquanto se convive com grupos diferentes, e não seja apenas mais uma obrigação que faz parte da competição, acho muito saudável.

Quais os aspectos positivos das competições?

Elas trazem responsabilidade.

Você é parte de um grupo que precisa do esforço e colaboração de todos para funcionar. Dentro de um equilíbrio entre a escola, a família e o lazer, é muito bom levar os filhos aos CTGs. Meu pai, Danilo Franzen, que foi Conselheiro Benemérito do MTG, sempre disse que era o melhor lugar para levar os filhos.

Quais são os sinais de que a competição não está sendo saudável?

Quando a competição é maior do que o prazer de participar. Quando a criança está muito ocupada, “tendo que” administrar coisas demais.

O que mais vejo no consultório são

Que dicas você dá para que o indivíduo, seja criança, adolescente ou adulto, consiga sempre competir de maneira saudável?

Psicóloga Daniela: competir tem aspectos negativos e positivos. É fundamental encontrar o equilíbrio

crianças e adultos sobrecarregados de obrigações, que não encontram mais os pequenos prazeres do dia-a-dia. A palavra-chave é equilíbrio.

Que efeitos negativos isso pode trazer, tanto para adultos como pra crianças e adolescentes?

Os efeitos negativos passam pelo estresse e pela ansiedade. Se a competição é muito difícil, exige demais da criança, e ela só é recompensada pelo seu resultado, não pelo seu esforço, ressaltando que o grau de esforço para se chegar ao resultado é diferente em cada criança, ficará sempre aquela impressão de não ser bom o suficiente, ou de que só temos valor quando trazemos o primeiro lugar.

Ansiedade e estresse contínuos, considerando-se que as exigências escolares hoje também são maiores, levam a um aumento na chance de apresentar doenças como depressão, transtorno do pânico, fobias e ansiedade generalizada. E essa falta de tempo para ser criança se reflete lá na vida adulta. Hoje

é comum e amparado por muitas pesquisas, recomendarmos meditação aos nossos clientes. Eu sempre digo que se conseguíssemos sentar na frente de casa, depois de chegar do trabalho, ou cedo pela manhã, e tomássemos um chimarrão tranquilos, sem celulares, mensagens, televisão, como faziam nossos avós, ninguém precisaria meditar, pois já teríamos mentes mais calmas.

No caso de crianças e adolescentes, por estarem em processo de formação, poderia se dizer que competir de modo exagerado pode trazer ainda mais prejuízos?

Sim. O cérebro de crianças e adolescentes ainda está em formação, e algumas estruturas cerebrais, como a amígdala cerebral e o hipocampo, são responsáveis por nossa resposta ao estresse. Quando estimuladas em demasia facilitam o aparecimento de problemas no futuro.

Muitas vezes se tem a impressão de que o desejo de participar

Aproveite ao máximo o seu momento durante a apresentação. Sinta a satisfação de estar em cima do palco. Participe para alegrar o seu coração. Também procure os bons momentos durante os ensaios e a preparação para o concurso. Procure sempre o equilíbrio entre suas diversas atividades e cultive as amizades que encontrar pelo caminho. Momentos de prazer durante a vida e bons relacionamentos nos trazem mais saúde, mais longevidade e maior satisfação com a vida, e você pode encontrá-los também nas competições, dando valor ao que realmente interessa e não somente ao seu lugar na classificação.

Trajetória tradicionalista Daniela Aguiar Franzen foi 1° Prenda do RS Gestão 91/92. Na época, participava do CTG Porteira Velha, de Novo Hamburgo, e concorreu pela 12° RT, atualmente 30° RT. Também tocava gaita para o grupo de danças do seu CTG, sendo bi-campeã do FEGART em danças gaúchas e campeã em gaita piano.

Com grupos de dança gaúcha, teve a oportunidade de viajar para a Grécia, Polônia, Alemanha, Áustria e Itália.

ECO DA TRADIÇÃO

março de 2018

COMUNICAÇÃO

Jornal Eco da Tradição amplia espaço de divulgação de entidades tradicionalistas O jornal Eco da Tradição, oficial do Movimento Tradicionalista Gaúcho e da Fundação Cultural Gaúcha, apresenta mais uma inovação a partir de seu número 199.

Depois de lançar plataforma online própria na edição 198, agora a publicação amplia a participação das entidades tradicionalistas para divulgação de suas ações.

No endereço www.ecodatradicao. com.br, no link “Envie sua notícia” os tradicionalistas que tiverem informações podem contatar a redação do jornal para apresentar sugestões de pauta.

Segundo o presidente do MTG, Nairo Callegaro, a iniciativa faz parte de um rol de ações que estão sendo implementadas para atualizar a comunicação do MTG, tornando-a mais plural e afim às tecnologias já amplamente utilizadas pelos tradicionalistas. “Gostamos de tradição, mas não podemos abrir mão de recursos que nos aproximam, que fazem nossa mensagem ir mais longe. Não fosse assim, ainda estaríamos utilizando os serviços de pombo correio”, afirma Callegaro.

Segundo o presidente, é importante que cada tradicionalista, que cada entidade, se aproprie do Eco da Tradição. Trata-se de uma publicação institucional, oficial, mas não restrita às ações da diretoria.

Segundo Callegaro, sendo o MTG composto por cada entidade tradicionalista, nada mais justo que estas sejam notícia, podendo divulgar amplamente suas atividades para um público em nível estadual e desfrutando de todas as facilidades que as plataformas virtuais possibilitam.

Envie sua notícia: formulário no site está à disposição dos tradicionalistas

Jornalismo interpretativo Sendo essencialmente jornalístico, o Eco da Tradição no novo formato adapta-se à linguagem de cada plataforma. Assim, a edição impressa por exemplo migra do jornalismo puramente informativo para o interpretativo. A proposta, segundo o Conselho Editorial, é não apenas dizer o que acontece, mas por que acontece. “Se apenas fazemos, sem saber o fundamento, nos tornamos tarefeiros, e não tradicionalistas conscientes”, afirma Callegaro. Dessa forma, valoriza-se na publicação de 20 páginas entrevistas, diversos pontos de vista e também o contraditório.

O jornalismo informativo, por sua vez, também tem seu espaço ampliado, na plataforma eletrônica,

com o link Notícias completamente dedicado às ações das entidades e regiões tradicionalistas.

Para que as entidades tradicionalistas façam melhor uso do espaço, a assessoria de imprensa do MTG dá algumas dicas: O que noticiar? Uma entidade tradicionalista é bastante rica em pautas de interesse da imprensa, especialmente a tradicionalista.

Alguns exemplos: troca de patronagem, atividades de cada departamento, eventos, ações das prendas e peões, palestras, encontros, iniciativas para captação de recursos, investimentos que são realizados, atividades direcionadas à comunidade.

Quando noticiar? O jornalismo se pauta pelo critério de atualidade. Portanto, tudo que ainda vai acontecer pode ser noticiado, sendo estratégico que a divulgação inicie, sempre que possível, pelo menos um mês antes do fato acontecer. Depois que acontece, é importante que no máximo até dois dias depois já esteja sendo veiculado.

Por que noticiar? Ficou muito conhecida uma máxima do Chacrinha, um dos principais apresentadores de televisão que o Brasil já teve, segundo a qual “Quem não se comunica se trumbica”. Comunicar é fundamental para uma entidade tradicionalista, seja para atrair público, seja para prestar contas do serviço realizado. Ser notícia não é vaidade, e sim transparência, um dos ativos fundamentais em qualquer entidade do terceiro setor, como é o caso das entidades tradicionalistas.

Outros detalhes – O formulário disponível no site é um guia das informações necessárias para que a redação do Eco da Tradição redija a matéria. Um detalhe importante a ser observado é sempre enviar imagens que sejam preferencialmente fotografias da entidade, ou das pessoas que estão à frente do fato a ser noticiado, além de flyers, folders e outros materiais que possam trazer mais informações.

Acesse: http://www.ecodatradicao.com.br/envie-sua-noticia/