igualdade gênero de Equidade na mídia
Este trabalho tem como objetivo destacar a singularidade da mulher, afirmando seu direito de fazer suas próprias escolhas e de ser representada da forma que desejar em qualquer meio midiático.
Juntos, podemos
mudar e lutar por uma representação
que promova a equidade de gêneros.
“
_Leandro Karnal
Essa representação muitas vezes perpetua estereótipos que sexualizam a estética feminina, reduzindo a mulher a um mero objeto de desejo, ao mesmo tempo em que ignora sua individualidade e silencia sua voz. A base da singularidade do feminino está assentada na consciência masculina que elaborou grande parte da representação das mulheres.
No artigo "Tornar-se Mulher", o professor Leandro Karnal analisa como a representação da mulher na sociedade tem sido moldada pelo olhar masculino ao longo da história. Essa construção abrange diversas manifestações culturais, desde a arte, como a pintura, até os meios de comunicação tradicionais.
Foto: Bruna Santos Baccarini | Modelo: Isadora Chiericato
Mas afinal, o que é mídia?
A mídia abrange todos os meios e formas de comunicação que servem para propagar informações e conteúdos a um número maior de pessoas.
Ela possui uma grande variedade de formatos, que vão desde meios tradicionais (como jornais e revistas) até plataformas digitais, incluindo redes sociais e sites.
Essa pluralidade permite que a comunicação alcance diferentes públicos, muitas vezes de forma segmentada.
gêneros
Gênero são as normas e expectativas sociais relacionadas a ser homem ou mulher, que variam entre culturas ao longo do tempo. Vale ressaltar que não é sinônimo de sexo biológico, que se refere às características físicas, nem de orientação sexual, que diz respeito à atração emocional e sexual.
Foto: Bruna Santos Baccarini | Modelo: Maria Beatriz Merhi
Reflexos de tempos antigos & atuais
Nas mitologias de diferentes culturas, as figuras femininas e masculinas se moldaram em símbolos eternos, fragmentados pelos valores de suas sociedades.
Gênero Feminino
As deusas, outrora espelhos de fertilidade, proteção e sabedoria, se estilhaçaram em fragmentos que dançaram entre o ciclo da vida e a morte. Atena, a sabedoria em ruínas; Afrodite, o amor exposto em cacos de beleza e desejo. Kali e Lakshmi, forças que se entrelaçam, destroem e criam, revelando uma dualidade feminina que persiste, como um eco distante de poder.
Gênero Masculino
Os deuses, projetados como guerreiros e líderes, carregam a força física e a guerra em suas mãos, mas nas sombras das histórias, também se diluem. Zeus, senhor do Olimpo, autoridade eterna que, aos poucos, perde seus contornos nítidos. Thor, o herói do martelo em punho, mas seus passos ressoam menos em uma era que não mais se curva ao aço e ao trovão.
O que me difere de você? Em perfeita simetria foi construído templos e portões...
_Banda Scalene
A equidade de gênero é um ideal que clama por reconhecimento e ação. O que nos difere, afinal? Em uma sociedade ideal, todos deveriam ter acesso igual a oportunidades e direitos. No entanto, muitos permanecem fechados, limitando o potencial de mulheres.
Os padrões sociais e os estereótipos muitas vezes desestabilizam a relação entre os gêneros, abafando as vozes femininas e promovendo a masculinidade. Essa desigualdade não apenas atenta contra a justiça, mas também empobrece a sociedade como um todo.
É vital promover um diálogo aberto sobre equidade, confirmando que uma diversidade de experiências deve ser celebrada. A luta pela equidade de gênero é uma missão coletiva, onde todos têm o direito.
Foto: Bruna Santos Baccarini | Modelo: Felipe Maia
A equidade de gênero na mídia é uma questão fundamental que reflete a diversidade da sociedade. Muitas vezes, somos lembrados de que éramos as vozes não ouvidas nas narrativas predominantes.
A representação de mulheres e homens não deve se limitar a uma simples contagem de aparições, mas deve aprofundar-se nas histórias e nas experiências que moldam a identidade de cada gênero.
Apesar dos avanços, a mídia ainda perpetua estereótipos que limitam a representação do gênero.
“
Éramos as pessoas que não estavam nos jornais.
Vivíamos nos espaços brancos não preenchidos nas margens da matéria impressa.
_Margaret Atwood
Para que a equidade se torne uma realidade, é crucial que as plataformas de comunicação se tornem mais inclusivas e representativas, promovendo histórias que reflitam a diversidade de experiências humanas.
Ao ocupar os espaços em branco e garantir que todas as vozes sejam ouvidas, podemos criar um futuro onde a equidade de gênero na mídia não seja apenas um ideal, mas uma realidade palpável.
Foto: Bruna Santos Baccarini | Modelo: Jean de Castro
pesquisa
A pesquisa foi realizada ao longo de uma semana, com a participação de alunos do curso de Publicidade e Propaganda, além de pessoas que não estão vinculadas à Pontifícia Universidade Católica.
Dos participantes que responderam ao questionário, a maioria tinha entre 18 e 24 anos de idade, e, predominantemente, eram mulheres.
liberdade quem somos para ser
Foto: Bruna Santos Baccarini | Modelo: Julio Cesar
Foto: Trung Nguyen de Pexels
depoimentos
“ “A igualdade de gênero deveria ocorrer em todos os segmentos, mas sabemos que a mídia, muitas vezes ocupa o lugar de formadora de opinião, então deveria ser priorizada essa mudança a partir dos veículos e demais ferramentas deste segmento.
- Fernanda
“A igualdade de gênero é essencial para uma sociedade justa e equilibrada. Ela não apenas promove os direitos e a dignidade de todos, independentemente de gênero, mas também fortalece o desenvolvimento econômico e social.
Ao garantir igualdade de oportunidades, criamos um ambiente onde todos podem contribuir e prosperar.
É fundamental desmantelar estereótipos e preconceitos, promovendo educação e conscientização. Juntos, podemos construir um futuro mais inclusivo, onde cada voz é ouvida e valorizada, e onde a diversidade é celebrada como uma riqueza. A igualdade de gênero é um caminho para a verdadeira liberdade e progresso.
- lucas
“
conclusão
Realizamos uma pesquisa em que a maioria das respostas foi de mulheres, evidenciando claramente o desequilíbrio na representação feminina, não só na mídia. Esse desequilíbrio tem suas raízes no patriarcado, que ao longo dos anos moldou a maneira como as mulheres são retratadas, muitas vezes de forma estereotipada ou secundária, refletindo uma estrutura social que ainda persiste.
A situação se agrava quando analisamos a cobrança constante sobre as mulheres para que se encaixem em um estereótipo de beleza e comportamento padrão, algo reforçado diariamente pela mídia. Seja nas novelas, noticiários ou propagandas publicitárias, essas representações impõem um modelo irreal que pressiona e limita a diversidade da experiência feminina, perpetuando estigmas e idealizações.
Foto: Bruna Santos Baccarini | Modelo: Gabriel Dias
Foto: Bruna Santos Baccarini
desconstruir para reconstruir
Esse cenário é ainda mais severo para mulheres negras, que enfrentam uma dupla marginalização, tanto por gênero quanto por raça. Elas são frequentemente invisibilizadas ou retratadas de maneira preconceituosa e limitada, mostrando que a mídia, em vez de promover uma representação justa, muitas vezes reforça as desigualdades.
Não poderiamos encerrar este trabalho sem citar uma fala de Leandro Karnal: “Deus tem identidade masculina na língua criada por homens.”
Essa citação revela muito, pois o problema da desigualdade de gênero não surgiu com a criação do rádio, da televisão ou do jornalismo, mas tem raízes profundas em uma estrutura patriarcal que atravessa séculos.
Foto: Bruna Santos Baccarini | Modelo: Sarah Mesquita
Foto: Bruna Santos Baccarini | Modelo: Marcela Coura
REFERÊNCIAS
Redação: Patricia Monteiro do Carmo
Revisão geral: Beatriz Vivianne Lopes de Maria Guilherme Trindade da Annunciação
Captação de imagem: Bruna Santos Baccarini
Edição e diagramação: Antônio Pedro Paz Floriano Júlia Rodrigues Dias Pereira
SCALENE. Phi. In: SCALENE. Éter. Brasília: Slap, 2015. Faixa 1.
ATWOOD, Margaret. O conto da aia. Tradução de Ana Deiró. 4. ed. São Paulo: Rocco, 2017.
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Foto: Bruna Santos Baccarini | Modelo: Isadora Merhi
INTRODUÇÃO
DESAFIOS DE SER MULHER
Ser mulher em um mundo que constantemente impõe padrõesdebelezaéum grande desafio. Desdemuitojovens, as meninas são bombardeadas com imagens de corpos e rostos que representam o que é considerado "ideal". Esses padrões, muitas vezes irreais e inatingíveis, geram insegurançasebaixaautoestima
Além disso, a pressão para se encaixar nesses estereótipos afeta não apenas a aparência física, mas também a forma comoasmulheressesentememrelaçãoasimesmaseaoseu valor.
Muitas sentem a necessidade de investir tempo e recursos em produtos de beleza, dietas e tratamentos, o que pode resultar em ansiedade e estresse, além de outros malefícios como procedimentos mal-sucedidos e consequências devastadoras à saúde, como comportamentos alimentares prejudiciais.
A busca incessante pela aceitação e pelo "perfeito" pode levar a comparações constantes com outras mulheres, criandorivalidadesedistanciamento.Isso,porsuavez,dificulta aconstruçãodeumarededeapoioesolidariedadeentreelas.
Porfim,éfundamentalquestionaressespadrõesevalorizar a diversidade. Cada mulher é única, e a verdadeira beleza
FOTO:TAINÁDABÉS.
HISTÓRICO
Dos anos 2000 até 2010,
O ano era 2012
quando a terceira onda do movimento body positive começou a fazer barulho. Fotos postadas que recebiam em sua legenda a hashtag com o nome do movimento começaram a estourar em redes sociais como o TumblreFacebookederaminícioaoquecausariaumgranderebuliçoem todaaindústriademodaeentretenimento.
acompanhamos a exaltação à magreza e a corpos padronizados em capas de revista, em filmes, em desfiles, na indústria da música e até mesmo em redes sociais como o Tumblr onde existiam nichos que romantizavam e incentivavam transtornosalimentares.
Após uma década, o movimento body positive chegava com mais força com um objetivo: propagar a aceitação dos corpos reais. Essa onda do body positive mais recente viria a trazerinúmerasmudançasaocenário.
Em 2012
o Instagram chegou ao Brasil, sendo ele um forte veículo de comunicaçãoqueajudouessamensagemasepropagar.
Influenciadoras entusiastas do movimento viriam a surgir levantando debates e conversas a respeito do tema,gordofobia,violênciamédicacomcorposmaiores, levando o assunto para lugares que há muito se mantinham no padrão, festas dedicadas a celebração docorpogordo,lançamentodelivros,etc.
FOTO:TAINÁDABÉS.
IMAGEM:ELLEMAGAZINE.
IMAGEM:CORPOA.
HISTÓRICO
Tamanho foi o barulho causado pelo movimento body positive que começamos e ver uma mudança no mercado da moda, música e entretenimento em um geral.
2019foiumanode grandesacontecimentos,
vimos a cantora Lizzo, uma mulher gorda, estrelar na capadaVogueBritânica.Nesseanotambémpudemos ver o encerramento do tradicional desfile da marca
Victoria’s Secret, marca que desfilava anualmente lingeries exibidas em suas famosas angels, modelos extremamentemagrascomummanequimparabaixo do 36, após uma baixa na audiência e fortes críticas ao eventoqueestavasendoconsideradoultrapassado.
Em 2024,
2018:
Umanoantesdeanunciaremofimdosdesfiles, Rihanna estreou com sua marca, a Savage x Fenty, promovendo um desfile com a mesma base da VS, com lingerie e música, mas provando que era possível unir sensualidade e corpo à mostra em um desfile com uma diversidadedepessoasecorpos.
o tradicional desfile da Victoria’s Secret retornou com mudanças na direção e elenco, marcando uma nova era de inclusão e diversidade, desta vez exibindomaiordiversidadedemodelosecorpos.
É possível dizer que essa e outras mudanças foram causadas pelos questionamentos e debates plantados pelo movimento e pelas pessoas que contribuíramcomele.
Mas também é claro que os desejos ao corpo magro e a conquista dele a qualquer custo não iam sumir em alguns poucos anos de barulho e movimento body positive, a pressão estética sempre estevenosarredores.
FOTO:CRAIGBARRITT/GETTYIMAGES.
IMAGEM:VOGUE.
Em2020oBrasilseencontravaemsegundolugarnorankinginternacional de realização de cirurgias plásticas. Desde 2010, cerca de 217.841 brasileiros se sujeitaram a lipoaspiração a cada 365 dias, sendo que 61,8% das mortes ocorreramapósalipoaspiração.Estetipodecirurgiaficaemsegundolugarno ranking, ficando atrás somente da cirurgia para colocação de próteses de silicone.
No dia 7 de novembro de 2023 a internet foi pega de surpresa com o anúncio da morte da influenciadora e ex-participante do reality show “Power Couple” Luana Andrade, aos 29 anos, após uma cirurgia de lipoaspiração no joelho. A morte da influenciadoranãoéumcasoisolado,todososanosnoBrasilsão registradas mortes após a realização de procedimentos estéticos e cirúrgicos. As causas são diversas como inflamação sistêmica, hemorragia, complicações pós anestesia, falência dos órgãos, infecções,tromboseeemboliapulmonar.
O Ozempic é um medicamento injetável usado para o tratamento de diabetes tipo 2 em adultos, e tem como princípio ativo a semaglutida, um hormônio sintético que ajuda no controle da glicemia e na sensação de saciedade. Entretanto, este medicamento vem sendo muito procurado por pessoas que buscam emagrecer, gerando o fenômeno conhecido como A febre do Ozempic. Apesar de ter sido aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância)paraotratamentodeobesidade,ousodoOzempicparafinsestéticos, sem orientação e acompanhamento médico pode trazer graves riscos à saúde. É importante ressaltar os principais efeitos colaterais causados pelo uso do Ozempic:náusea,diarreia,mal-estar,dordecabeçaedesidratação.
PADRÃO ESTÉTICO
FOTO: TAINÁ DABÉS.
FOTO:ESTADÃO.
PADRÃOESTÉTICOESAÚDE
Sabe-sequepadrãodebelezadizrespeitoàsnormas estéticas impostos pela sociedade, é formado pela ideiadequepodesermudadoaqualquermomento, como fazer uma cirurgia plástica ou algum procedimento estético. O padrão de beleza brasileiro se estabeleceu em torno da sexualidade, valorizando seiosfartosequadrislargos.Contudo,issomudoucom o passar do tempo, hoje em dia o corpo ideal é representado por corpos malhados, esculpidos e atléticos.
RELATOPESSOAL
Desde que me entendo por gente - literalmente -, sempre fui gordinha, nunca tive o peso “ideal” para minhaidadeoualtura,massemprefuimuitosaudável.
Com o fim da adolescência e o início da vida adulta, as inseguranças sobre meu corpo passaram a tomar conta de mim, eu não gostava mais do que via no espelho, passei a evitá-lo, procurei defeitos em cada parte do meu corpo, eu que tenho pavor de fazer qualquer tipo de cirurgia, passei a desejar fazê-las, “e se eu fizesse uma lipo”, “acho que consigo que um médico me autorize a fazercirurgiabariátrica”.
o cirurgião como o criador
Em2024tudomudou,euqueerasaudável,recebianotíciadequeestavaquasediabética,aos24anoseuteriaque começar a tomar um medicamento para controlar a insulina. Mas, depois de muito conversar com a minha mãe, decidi que não queria ficar dependente de um remédio, que eu era capaz de reverter esse quadro sozinha, foi quandomudeiminhaalimentaçãoepasseiafazeraulasdepilates.
Hojeeuamoemeaceitodojeitoqueeusou,cadaestria,cadacelulite,cadadobrinhamefazserquemeusou,sou muitofelizcomamulherquevejonoespelhotodosdiasemuitogrataaDeuspelaminhasaúde!
(Larissa,2024) ,, ,,
FOTO:TAINÁDABÉS.
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Nomundoemquenós mulheresvivemos,
muitas são as situações que podem causar insegurança, seja ela na vida profissional, casamento, maternidade e à aparência. Um cenário muito comum é quando uma mulher faz uma mudança no visual, em que sempre terá uma pessoa que fará comentários de que ela deveria ter feito ao contrário, o que acaba gerandoainseguranças.
A influenciadora digital Vanessa Lopes, de 23 anos, desabafou em suas redes sociais sobre o problema com acne após ter um reação alérgica a um medicamento. A influenciadora estava gravando um vídeo para suas redes sociais e quando decidiu mostrar como está seu rosto, caiu no choro ao falar que não aguenta mais e que se pudesse escolheria não sair mais de casa. A jovem também falou sobre como toda essa situação afetou sua autoestima e afirmouestarfazendoacompanhamentoprofissional.
Mas,existemmaneiras de combater a insegurança, como através da ajuda de profissionais como psicólogos, que irão ajudar a pessoa a se conhecer melhor e a entender suas fraquezas, além de acreditar em si e ouvir suasvontades.
FOTO:TAINÁDABÉS.
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PERDÃO
Lindo,belo,brilhante,decepcionante…
Corposmagros,sarados,suados,desnorteados…
Lugaresensolarados,iluminados,elitizados,futilidades…
Frasesmotivacionais,dancinhasvirais,usuais,banais… Curte,compartilha,julga,expurga…
Tenhacoragem,vocêconsegue,sódependedevocê,à mercê…
Nãoseesforçou,relaxou,decepcionou,questionou… Ódiopropaga,fotosapaga,tápago!
Eunãoconsegui,seguir,prosseguir,resistir…
Perdão,padrão!
Poema de Glaucio Bandeira
HOJE EMDIA
Revistas de moda, beleza, filmes, foram por muito tempo o meio de influenciar pessoasaseguirumpadrãodebeleza-atualmente,ainternetéamídiaquemais influencia pessoas. A mídia tem uma grande influência no alcance do padrão de beleza, através de filtros, fotos editadas por Photoshop. Contudo essa influência podelevarainsatisfaçãocomonossoprópriocorpo,passamosaprocurardefeitos onde não existe e nos leva a obsessão em busca do corpo ideal. Com isso, a busca pela perfeição pode trazer graves impactos negativos, como distúrbios alimentares,pressãoestética,dismorfiacorporal,depressão,ansiedade,excessode procedimentosestéticosecirúrgicos.
A influenciadora e youtuber Evelyn Regly passou por uma cirurgia de implante de silicone em 2016, e teve complicações no pós-cirúrgico, permanecendo 9 meses com as cicatrizes abertas após um erro médico e, porcontadisso,passouaconvivercomumquadrodedepressão. Em 2020, a influenciadora optou por fazer a cirurgia de retirada das prótesesdesilicone,apóstodososproblemasdesaúdequeelatevedevido ao erro médico da primeira cirurgia. Em seu canal do YouTube, Evelyn relatoutudooqueaconteceu,desdeacirurgiaparaacolocaçãodosilicone, atéacirurgiaderetiradadosilicone.
APONTEACÂMERADOCELULARPARAOQRCODEEASSISTA:
FOTO:REPRODUÇÃOYOUTUBE.
UMAREALIDADE DEMUITAS...
FamosascomoLuizaBrunet,CarolinaDieckmann,RafaBrites,IsabeliFontanae Manu Gavassi, também optaram pela cirurgia de retirada do silicone após passarem por alguns problemas com as próteses, como displasia mamária, encapsulamentodapróteseoupornãoacharemmaisnecessárioterumcorpo estranhoparaseacharembonitaeseacharembemconsigomesma.
FOTOS:REPRODUÇÃOWIKIPEDIA.
FOTO:TAINÁDABÉS.
AMULHERMAISLINDA DOMUNDO?
SÃOTODASASMULHERES!
O filme Sexy por Acidente (2018) interpretado pela atriz Amy Schumer, mostra a luta da protagonista contra sua insegurança e as constantes críticas sobre sua aparência. Até que a protagonista sofre um acidente, bate a cabeça e passa a se ver como sempre achou que deveria ser, a mulher mais linda do mundo, autoconfiante,capazdeenfrentarqualqueradversidade. Essefilmeretratacomclarezaaconstantebuscadenós mulheres,odesejodeencontraropadrãoidealequefoi impostopelasociedade
I can see me now... and I love it!
FOTOS:TAINÁDABÉS.
FOTO: TAINÁ DABÉS.
NOSSOCORPOÉLIVRE!
No mundo em que vivemos atualmente, os padrões estéticos são abstratos, ditam regras e limitam a autopercepção de muitas mulheres, mas é unânime que todas são afetadas. Muito magras, muito gordas, muito musculosas, muito retas, celulites,estrias,pelos,poucopeito,poucabunda…enãoparaporaí.
O repertório dos fiscais do corpo alheio é enorme e renderia um dia todo de opções de inseguranças para serem apontadas. O caminho para a aceitação e para o amor-próprio são desafios diários que nem todos os dias são 100%. Movimentos como o body positive trazem uma nova perspectiva, incentivam a valorização da autenticidade e diversidade, mastambémsevendemàsondasdocapitalismo.
Ao mesmo passo que temos números exorbitantes com relação a cirurgias plásticas, tratamentos e remédios, também estamos em 2024 e a geração Z é a que mais se exercita e a indústria do Wellness movimentou cerca de 5,6 trilhões de dólaresnosúltimostrêsanos.
É importante termos em mente e refletir que dentro desse assunto nada é pré-moldado e as pessoas são múltiplas em suas vivências e escolhas. Existem mulheres felizes com procedimentos estéticos ao mesmo tempo que existem as que se encontrameseaceitamcomsuasparticularidadesquevieramaomundo.Oimportanteénãonegligenciarobem-estarea saúde em cada um dos corpos existentes e se questionar os vários porquês e as motivações por trás das escolhas acerca dasmudançascorporais,seelasforemumaopção.
Também é necessário pensar que não devemos cobrar as pessoas físicas, mas sim as marcas e figuras públicas por trás das ideias propagadas, que podem ser bons ou maus agentes de comunicação de uma ideia e que são realmente as grandesdetentorasdainfluência.
Mais do que resistir ou se render aos padrões impostos, é necessário incentivar a construção de uma relação saudável com o corpo e com a mente, abraçar a liberdade de ser quem se é sem culpas ou imposições e entender que para tudo existeumadualidadequedeveserquestionadaelevadaemconsideração.
FOTOS:TAINÁDABÉS.
REFERÊNCIAS
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FERREIRA,A.P.GeraçãoZéaquemaisseexercita:academia...| BOAFORMA.Disponívelem: <https://boaforma.abril.com.br/movimento/geracao-z-mais-praticaesportes>.Acessoem:28out.2024.
ERLICH,F.Mercadodebem-estarmovimentouUS$5,6trilhõesn...| VEJA.Disponívelem:<https://veja.abril.com.br/coluna/radareconomico/mercado-de-bem-estar-movimentou-u-56-trilhoes-nomundo-em-tres-anos>.Acessoem:28out.2024.
DESAFIOSDESERMULHER
ALINEALVES
ANABEATRIZ CASTRO ANAJÚLIARAMIRO DÉBORA ZUCON MARIALUIZAGOMES TAINÁDABÉS
PUCMINAS 2024
