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“AEDUCAÇÃOÉABASEPARA
Arthur Henrique Rodrigues
Gabriel Vitor Costa
Paulo Cesar Andrade e Paiva

I N F R A E S T R U T U R A


As faculdades privadas estão investindo cada vez mais em infraestruturaparaproporcionar uma experiência completa aos estudantes. Além de salas de aula bem equipadas, muitos desses espaços contam com bibliotecas modernas, laboratóriosdepontaeáreasde convivência pensadas para o bem-estar acadêmico. Diferentemente de anos atrás, quando as instalações muitas vezes se limitavam às necessidadesbásicas,hojeessas instituições se preocupam em criar ambientes que favoreçam oaprendizado,atrocadeideias e a inovação. Simulando o mercado de trabalho, oferecendo recursos que vão alémdoconteúdoteórico,com tecnologiadeúltimageraçãoe áreasqueincentivamapráticae odesenvolvimentopessoal.
A discrepância entre as estruturas do ensino superior público e privado no Brasil continua sendo um tema evidenteepreocupante.Emconversas com duas estudantes – uma de uma instituição privada e outra de uma pública –, essa desigualdade foi reafirmada, revelando não apenas diferenças práticas, mas também o impacto dessas realidades na percepçãodequalidadedoensino. Aalunadeumafaculdadeprivadaem BeloHorizonteapresentoupontosque, para ela, são grandes diferenciais em relação à maioria das faculdades e universidades públicas. Salas de aula equipadas com projetores, ambientes organizados e confortáveis, além de espaços de convivência bem planejados, foram destacados como aspectos comuns, mas indispensáveis. Para ela, essas condições tornam o aprendizado mais dinâmico e o ambientemaismotivador.Noentanto, surgeareflexão:seráqueissodeveria servistocomoprivilégioou,naverdade, comoumpadrãobásicoparaqualquer instituiçãodeensino?
Por outro lado, a estudante de uma faculdade pública trouxe uma perspectiva diferente, enfatizando a precariedadedascondiçõesestruturais emsuauniversidade.Apesardoesforço conjuntodeprofessoresealunospara superar as dificuldades, a falta de equipamentos modernos, de espaços de convivência adequados e de uma manutenção regular se destacam como obstáculos que não deveriam fazerpartedarotinaacadêmica.
Essa realidade não apenas desmotiva, mas também afeta diretamente a qualidade da formaçãooferecida.Aanálisedessas duas visões reforça que o que é considerado “mínimo” no ensino privadoé,muitasvezes,inalcançável no público. É evidente que o investimentodesigualcriabarreiras significativas para uma formação mais equitativa. Enquanto instituições privadas, em geral, oferecemconfortoetecnologia,as faculdades públicas lutam para atender a demandas básicas de infraestrutura, mesmo sendo, em muitos casos, espaços que concentramexcelênciaacadêmicae pesquisadeponta.
Essa desigualdade não é apenas uma questão de recursos, mas tambémdeprioridadespolíticas.Se oensinopúblicoéapontadocomo umpilarparaademocratizaçãodo conhecimento, por que ele ainda não é tratado como prioridade? Melhorarainfraestruturaegarantir condiçõesdignasparaestudantese professores é mais do que uma necessidade; é um compromisso éticocomofuturodopaís.Afinal,a educação deve ser um direito acessíveledequalidadeparatodos, independentemente da origem socioeconômica.

As instituições de ensino infantil em comunidades mais humildes enfrentam desafios únicos, mas desempenham um papel essencial na formação das crianças. Mesmo com recursos limitados, essas escolas oferecem um ambiente acolhedor e seguro, onde os pequenos podem aprender e se desenvolver. Muitas vezes, a criatividade e a dedicação dos educadores compensam a falta de uma infraestruturamaisavançada,utilizandomateriaissimpleseabordagensinovadoras paraestimularoaprendizadoeaimaginação.
Nessas instituições, o foco vai além do conteúdo pedagógico, priorizando o vínculo afetivo e o apoio emocional, que são fundamentais para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil. Mesmo com limitações, essas escolas são pilares para a inclusão, abrindo as portas do conhecimento e proporcionando o primeiro contato comaeducaçãoeoconvíviosocialemumespaçodeacolhimentoeincentivo.


Enquanto uma instituição pode oferecer uma ampla gama de recursos, a outra compensa com a força dos vínculosafetivoseofocona construção de valores. Assim, emboraasexperiênciassejam diferentes, ambas as instituições são fundamentais para a promoção do desenvolvimentoinfantil,cada umacontribuindodemaneira única e valiosa para o crescimentodascriançaseo fortalecimentodasociedade.
Asinstituiçõesdeensinoinfantil,tanto emcomunidadesmaishumildesquanto em áreas mais favorecidas, desempenham papéis essenciais, adaptando suas abordagens às condiçõesespecíficasdecadarealidade. Escolascominfraestruturamaisrobusta geralmente oferecem espaços amplos, áreas verdes e materiais educativos variados,criandoumambientericoem estímulos que contribuem para o desenvolvimentointegraldascrianças.
Por outro lado, instituições localizadas em áreas com menos recursos se destacampelousocriativodemateriais simples e pela forte conexão com a comunidade. Apesar de não disporem das mesmas facilidades, o comprometimentodoseducadoreseo senso de acolhimento tornam essas escolas locais seguros e motivadores, essenciais para o bem-estar e o aprendizadodascrianças.





Quando pensamos em escolas de ensino médio, uma das diferençasmaisevidentesentrearedepúblicaeaprivadaestána estrutura. Enquanto ambas compartilham o objetivo de formar cidadãos e preparar jovens para o futuro, os recursos disponíveis paraalcançaressametacriamcenáriosbastantedistintos.Vamos exploraroquediferencia–eaproxima–essasrealidades.
Escolas Públicas: O Desafio de Fazer Mais com Menos
Gratuitas e acessíveis a todos, as escolas públicas são um pilar essencial para a educação no Brasil. No entanto, a falta de investimentoconsistentepodegerarobstáculossignificativos.
Em muitas escolas, a infraestrutura física deixa a desejar. Salas de aulacomventilaçãoprecária,quadrasesportivasmalconservadas e equipamentos desatualizados são desafios recorrentes. Além disso, a tecnologia ainda avança a passos lentos: é comum encontrar laboratórios de ciências com poucos recursos ou salas deinformáticacomequipamentosantigos.
Apesar disso, iniciativas governamentais e parcerias públicoprivadas têm mostrado potencial para transformar esse cenário. Programasquelevaminternetdequalidade,renovambibliotecas e incentivam a sustentabilidade estão em curso em várias partes dopaís.
Por outro lado, as escolas privadas oferecem uma realidade muitas vezes idealizada. Com a mensalidade dos alunos como fonte de receita, esses colégios têm maior liberdade para investir emestruturasdeponta.
Aqui, o cenário é de salas climatizadas, quadras poliesportivas bem cuidadas, bibliotecas digitais e laboratórios equipados com tecnologia de última geração. Não é raro encontrar áreas de convivência confortáveis, refeitórios variados e até mesmo academiasoupiscinasemescolasdealtopadrão.
Outro destaque está na oferta de atividades extracurriculares. O espaço físico das escolas privadas é pensado para atender a demandas que vão além do currículo básico, incluindo música, teatro e esportes, o que contribui para o desenvolvimento integraldosalunos.
Embora a estrutura física não seja o único fator que determina a qualidade do ensino, ela certamente influencia a experiência do estudante. Um ambiente acolhedor e bem equipado pode motivar o aprendizadoefacilitarotrabalhodosprofessores.
Noentanto,valelembrarqueumaestruturadeexcelêncianãosubstitui opapeldeprofissionaiscapacitadoseocomprometimentodosalunos–fatores que, em muitos casos, se destacam mesmo em contextos de recursoslimitados.


Com a educação cada vez mais no centro das discussões públicas, o desafio é reduzir as desigualdades estruturais entre as redes pública e privada. Iniciativas de modernização, maior valorização do ensino público e a integração de tecnologias acessíveis podem ser o caminho paraequilibraressabalança.
No fim das contas, o que desejamos para nossos jovens é mais do que um prédio bonito: queremos espaços que inspirem, acolham e preparem para os desafios do mundo. Seja público ou privado, esse é o verdadeiropropósitodequalquerescola.

A educação em escolas periféricas reflete uma realidade marcada por desafios estruturais, sociais e econômicos que, muitas vezes, dificultam o pleno desenvolvimento dos estudantes. Localizadas em regiões afastadas ou marginalizadas, essas escolas enfrentam uma disparidade alarmante em comparaçãocomasescolasdeáreas centrais ou mais favorecidas economicamente.
Em muitas dessas instituições, a infraestrutura precária é um dos primeiros obstáculos observados. É comum encontrar salas de aula superlotadas, com ventilação inadequada, carteiras danificadas e poucos recursos tecnológicos disponíveis.Aausênciadebibliotecas equipadas,laboratóriosdeciênciasou espaços adequados para atividades culturais e esportivas limita significativamente a experiência escolar. Além disso, a falta de manutenção constante agrava ainda mais as condições do ambiente de aprendizado.
Poroutrolado,asescolasperiféricastambémsãopalcodeiniciativasincríveispor parte de professores e comunidades que, com criatividade e determinação, buscamsuperaressasadversidades.Projetosdevoluntariado,parceriaslocaiseo esforçodeeducadoresdedicadosdemonstramqueopotencialhumanopode florescermesmoemcondiçõesdesfavoráveis.Noentanto,nãoéjustoqueessa superaçãosejaumaconstanteobrigatória,emvezdeumaexceçãoinspiradora.
Quandocomparadasaescolasdeáreascentraisouprivadas,ondeosrecursos sãomaisabundantes,ficaevidenteoabismo.Enquantoalgumasinstituições oferecemtecnologiadeponta,ambientesclimatizadoseumavastagamade atividades extracurriculares, as escolas periféricas, muitas vezes, lutam para garantirobásico:materiaisdidáticos,merendadequalidadeesegurançaparaos alunos.


A disparidade entre esses dois mundos é um reflexo das desigualdadessociaisquepermeiam o sistema educacional, criando uma realidade em que o acesso à educação de qualidade é muitas vezes determinado pela localização geográficaoupelopoderaquisitivoda família.
Nasescolasperiféricas,osprofessores enfrentam desafios diários que vão alémdoensinotradicional.Afaltade infraestrutura, como a ausência de bibliotecas,laboratóriosdeciênciasou recursos audiovisuais, limita as possibilidades de um aprendizado maisdinâmicoeinterativo.Emmuitas dessas escolas, as salas de aula são superlotadas, o que dificulta uma atenção individualizada para cada aluno. Além disso, o alto índice de violência nas comunidades ao redor também impacta diretamente o ambiente escolar, tornando a segurançadosalunoseprofissionais umapreocupaçãoconstante.
Por outro lado, escolas em regiões maisprivilegiadascontamcomuma série de vantagens que ampliamas oportunidades de aprendizado. A tecnologia,frequentementeacessada pormeiodecomputadores,tabletse internetdealtavelocidade,éutilizada para facilitar a pesquisa, o desenvolvimento de habilidades digitaiseatémesmoparapromover experiências imersivas de aprendizado.


O povo pomerano no Brasil é formado por imigrantes e seus descendentes que vieram da Pomerânia, uma região histórica hoje dividida entre Polônia e Alemanha. Essa imigração, que ocorreu entre 1850 e 1870, foi motivada por guerras e pela perseguição religiosa, especialmente contra protestantes calvinistas. Eles se estabeleceram principalmente no Espírito Santo e em Santa Catarina, preservando suas tradições e costumes.
A cultura pomerana mantém viva sua essência ao longo das gerações, mesmo enfrentando desafios de integração. A língua pomerana, que por muito tempo foi a única forma de comunicação entre
os mais velhos, começou a dividir espaço com o português por volta de 1910. Esse contexto histórico deu origem a uma rica relação intercultural, onde as brasilidades e a herança pomerana se mesclam.
Preservar essa cultura é fundamental para garantir que ela continue viva nas gerações futuras. A documentação por meio de fotografias, por exemplo, revela a atualidade em paralelo com a tradição, destacando costumes, espaços escolares e o dia a dia da comunidade. Essas imagens são um convite para conhecer e valorizar essa herança cultural única.


A escola desempenha um papel crucial na preservação da língua pomerana, funcionando como um elo entre o passado, o presente e o futuro dessa rica cultura. É nesse espaço que as crianças são introduzidas à língua, aprendendo a valorizá-la e transmitila. Através do Programa Educação Escolar Pomerana (PROEPO), a língua pomerana ganha relevância e vitalidade na sociedade contemporânea.
O PROEPO é uma iniciativa educacional inovadora que busca preservar a diversidade linguística no Brasil.

Por meio de materiais didáticos específicos, formação continuada de professores e eventos culturais, o programa incentiva o ensino do pomerano nas escolas, solidificando o sentimento de pertencimento e orgulho cultural.
As fotografias registradas no ambiente escolar revelam a interação cultural e o processo de aprendizagem. Cada imagem é um testemunho da importância desse trabalho, que possibilita o não apagamento linguístico e a perpetuação da língua para as novas gerações. Mais do que uma questão educacional, trata-se de reafirmar a identidade pomerana e seu lugar na pluralidade cultural brasileira.

A educação é um instrumento poderoso para preservar e perpetuar a língua e a cultura pomerana. As crianças, com suas raízes e sua capacidade de absorver e transmitir conhecimentos, são o símbolo dessa continuidade. Elas representam a esperança de que a língua pomerana não apenas sobreviva, mas prospere.

No ambiente escolar, observa-se a transição histórica dessa cultura, onde passado, presente e futuro se conectam. A educação não só ensina a língua, mas também incentiva o apreço pela cultura, fortalecendo o sentimento de pertencimento e orgulho comunitário.
Além disso, iniciativas como o PROEPO destacam a importância de capacitar professores para ensinar o pomerano, criando materiais didáticos e promovendo eventos culturais. Essas ações reafirmam que a diversidade linguística é uma riqueza a ser celebrada. Assim, a língua movimenta, a cultura se mantém viva, e as futuras gerações continuam a carregar consigo essa herança, garantindo que a identidade pomerana permaneça relevante no Brasil contemporâneo.
Na varanda de uma casa simples, ali começou, Entre vozes suaves, um sonho se formou. Era 1910, tempos de isolamento e de fé, Quando as crianças aprendiam o que o pai não sabia dizer.
O português foi a ponte que se precisou construir, Entre a língua pomerana e o comércio a seguir. Ali, a primeira escola, tão frágil e pequena, Teve em suas paredes o peso de uma cena.
Até 1968 resistiu, mas o tempo a levou, Quando o estado uma nova escola instaurou. Mas foi em 1984, com um novo florescer, Que outra escola surgiu, com espaço para crescer.
Décadas depois, seu corpo cedeu, E a história ali escrita, a terra recebeu. Mas como o povo pomerano, forte e raiz, Outra escola nasceu, a tradição que nos diz.
Hoje, a língua pomerana ali se mantém, No PROEPO que ensina, em cada refém. É a herança viva, no olhar e na fala, De um povo que luta, sua cultura não cala.
Dificuldades houveram, muitos se foram, Mas o espírito pomerano, esse não cortam. Pois na voz de cada criança que ali se escuta, Ecoa a história, e a força nunca diminuta.















Anna Karoline Leite S. da Costa – 856482
Gabriel Augusto de Oliveira Cunha – 855429
Laura Moreira Santos – 849508
Rayssa Vargas Schmidt – 861246
Andréia Souza Cardoso dos Santos – 856530


