Edição 04 .::. Douropress

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Edição Quinzenal Electrónica Ano I Número 4 20 de Julho de 2007 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA POR VIA ELECTRÓNICA Coordenador LUÌS MANUEL ALMEIDA Coordenador Adjunto PEDRO ESPIRITO SANTO

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Acha que se deve mudar o nome à Praia fluvial do Pinhão*: Sim – 20% Não – 13% Por alma de quem – 67% O Douro Press dispõe, pelo período de quinze dias, de uma votação on-line no site www.pinhao.com.sapo.pt/douropress.htm. Para votar basta escolher uma das opções de resposta. A cada edição do “Douro Press” será lançada uma nova pergunta e os resultados publicados na edição seguinte. *Esta votação não tem significado estatístico relevante visto que não atingiu um mínimo de 100 votantes

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Editorial Luís Almeida

Terminou mais uma edição das festas de Nossa Senhora da Conceição. Fez-se o que estava ao alcance da comissão e o saldo é positivo. Momento alto terá sido o fogo de artificio enquanto que outros pormenores continuam descurados face a edições anteriores. Creio que o tempo resolverá. Globalmente foi um bom esforço e valeu a pena daí os Parabéns! E já agora votos de felicidades para a próxima comissão. No entanto, na minha humilde opinião, terá sido a homilia na missa de evocação da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, que mais interesse teve em todas as festividades. Este ano proferida pelo Padre José Carlos Fernandes, pároco do Pinhão. Já tem sido hábito deste pároco, nas suas homilias, o paralelismo entre os ensinamentos bíblicos e a sua adequação aos tempos modernos. Desta feita fê-lo com particular incidência na vila do Pinhão e na sua sociedade. Esta abordagem torna certamente a Igreja moderna e adequada aos nossos tempos, algo que parece que Bento XVI tem esquecido, a julgar, pelo menos, pela reintrodução do latim nas celebrações. No entanto, colocando de parte essas questões, o Pe. José Carlos Fernandes, acabou por proferir uma homilia de sentimento e realmente emocionado com as palavras que ia dizendo em particular no respeitante à vila. Acabou mesmo por tocar nos jovens, na sua falta de ideais, de princípios e de lutas nobres. Podemos extrapolar agora diversos caminhos sobre a intenção destas palavras. A mim, pareceu-me que quis chamar a atenção do desinteresse dos jovens pela comunidade, não me refiro apenas à católica, mas também à do Pinhão, em si. É difícil encontrar jovens no Pinhão com ideias e valores bem definidos e que passem, por exemplo, pela valorização do sítio em que vivem. A própria população do Pinhão parece resignar-se a cada dia aceitando de forma demasiado pacata todas as adversidades não lutando sequer pelos seus ideais. Pode muito bem não ter sido este o objectivo da homilia do Pe. José Carlos Fernandes, mas tal como a Bíblia, é possível enquadrar as suas palavras em diversos contextos e esse foi o grande mérito das suas palavras que tiveram significado redobrado pela presença da imagem de Nossa Senhora da Conceição bem à frente de todos os pinhoenses.

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CS VINTAGE HOUSE ENTRE OS MELHORES DE PORTUGAL Expresso distingue CS Vintage House O conceito guia do Semanário Expresso: “Boa Cama, Boa Mesa” galardoou o CS Vintage House com uma chave d’ouro, a distinção máxima atribuída pela edição e exclusiva apenas dos 25 melhores hotéis de Portugal. O Expresso atribui esta distinção com base na análise de clientes mistério que avaliam a qualidade do hotel e do serviço, Foto: www.cs-vintagehouse.com/ higiene, localização, organização interna, serviços oferecidos e evolução face a análises anteriores. O Vintage House este reconhecimento pelo terceiro ano consecutivo. A CS Hotéis, que recentemente adquiriu ao empresário Mário Ferreira este equipamento hoteleiro pauta-se por elevados padrões de exigência e excelência que terão contribuído decisivamente para a valorização do CS Vintage House. Este hotel apresenta mais do que quartos para dormir proporcionando aos seus clientes uma atmosfera única em pleno coração da região demarcada do Douro e património mundial da Humanidade. O CS Vintage House Instalado nos antigos terrenos da família Taylor Fladgate e Yeatman foi em Maio de 1998 que os obsoletos e degradados armazéns deram lugar a uma dos 50 melhores hotéis do mundo e o único acessível por comboio, barco, helicóptero e estrada simultaneamente. O excelente bom gosto dos seus interiores estão numa perfeita sintonia e complementaridade com a paisagem que qualquer uma das suas janelas e esplanadas permite desfrutar. Na recepção, à esquerda do hall de entrada o imponente espelho e chão atapetado dão as boas-vindas na companhia de um Porto. O restaurante Rabelo, um dos mais conceituados da região está a cargo do chefe João Santos mas é nas suas paredes que a vida etnográfica é lembrada com magníficos frescos sépia. Os traços dos armazéns que originou esta unidade hoteleira estão patentes através do travejamento original do tecto e as respectivas colunas que o sustentam. Mas o conforto e qualidade estende-se também aos quartos, amplos, modernos e todos com uma fenomenal vista sobre o Douro. Em parceria com diversas entidades da região, o hotel CS Vintage House, faculta ainda diversas actividades aos seus clientes ou simplesmente o repouso agradável junto à piscina. www.cs-vintagehouse.com/ Mais 10 hotéis para o Douro A Secretaria de Estado do Turismo em coordenação directa com a região de Turismo do Douro Sul aprovaram nove projectos de natureza privada num investimento de cerca de 60 milhões de euros prevendo instalações hoteleiras em Lamego, Tarouca, Armamar, Tabuaço, Baião, Alijó e Murça. Ricardo Magalhães da CCDR-N e Unidade de Missão do Douro refere que apenas 7% da capacidade hoteleira do norte se encontra no Douro e que o turista não passa mais do que 1,3 dias na região pelo que além da diversificação e reforço da oferta é necessário “trabalhar mais” os produtos da região. Depois do Hotel da Quinta da Romaneira vai surgir este mês o Aquapura Douro Valley Villas & SPA, uma unidade que, segundo a sua directora de marketing vai trazer “hotelaria de cinco estrelas” à região. Este hotel situa-se no Vale Abraão, imortalizado por Manuel de Oliveira, na margem esquerda do Douro junto à Régua. Trata-se de um projecto classificado de interesse nacional orçado em 25 milhões de euros. Vários outros projectos estão previstos, inclusivamente o Douro Marina Hotel de Mário Ferreira mas cujo processo de licenciamento tem sofrido diversos retrocessos. Este hotel tem a particularidade de fazer a ligação com o Solar da Rede através de teleférico.


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CHUVA E FESTA NO ÚLTIMO DIA DA REVIDOURO 2007 *Chegou ao fim mais uma edição da Revidouro – Feira de Vinhos e Gastronomia – tendo os objectivos deste certame, que decorreu entre os dias 12 e 15 de Julho, sido plenamente atingidos. O principal objectivo da feira – a divulgação dos vinhos e da gastronomia duriense, pelas informações recolhidas junto dos expositores, foi alcançado. Vários foram os contactos estabelecidos, nomeadamente por uma delegação de importadores norte americanos, que se deslocaram à Revidouro propositadamente.

Este intercâmbio comercial é o resultado de esforços que a Autarquia Alijoense tem vindo a desenvolver ao longo das edições da Revidouro – a Internacionalização do certame e a divulgação dos seus produtos. Conhecendo já três edições com este formato, a Revidouro começou na sua primeira edição com a promoção dos seus produtos junto das grandes empresas de distribuição, tendo a internacionalização arrancado na segunda edição. Em 2005 foram estabelecidos geminações com Lamarque (Bordéus) e o Carballiño (Galiza). Em 2007 a ambição da Câmara Municipal de Alijó foi mais longe. Com os primeiros contactos estabelecidos em 2006, numa visita a Ossining (New York), foi possível estabelecer um protocolo de amizade com esta vila Norte Americana, tendo uma delegação daquela localidade visitado o nosso concelho. Este protocolo visa o intercâmbio de aspectos sociais, culturais e evidentemente, económicos. A recepção proporcionada à delegação americana foi estudada ao pormenor, proporcionando aos visitantes contactos com a diversidade do concelho de Alijó. Desde a parte Sul, mundialmente conhecida pelos seus vinhedos, à parte Norte, mais conhecida pelas suas

características transmontanas, onde puderam visitar vários sítios arqueológicos, a delegação realçou sobretudo a simpatia da população do concelho, que os receberam de braços abertos em todas as ocasiões. Outro dos momentos altos desta visita foi a recepção efectuada bela Banda de Música de S. Mamede de Ribatua, como forma de retribuir a recepção a esta associação nos EUA. Na hora da despedida, ficou o compromisso do Mayor de Ossining, em envidar esforços para conseguir casacos anti-fogo para a Corporação dos Bombeiros Voluntários de Alijó. Começa também assim a cooperação e a amizade entre os dois municípios. Nesta edição, a Revidouro contou com 103 expositores. A maioria divulgou os bons vinhos da região, outros a gastronomia através das tasquinhas a revelarem-se mais uma vez um enorme sucesso. O azeite contou também com os seus representantes, bem como o pão, a doçaria e o artesanato tradicional. Também as actividades económicas e culturais estiveram presentes. Tendo esta edição terminado sob a bênção da chuva, que caiu durante todo o desfile do cortejo etnográfico, ficamos a aguardar pela edição de 2009. O interesse arqueológico No passado dia 13 de Julho, o Município de Alijó levou a cabo uma iniciativa inédita enquadrada na Revidouro 2007 (Feira de Vinhos e Gastronomia do Concelho de Alijó), ao realizar visitas técnicas e pedagógicas guiadas, em busca das riquezas patrimoniais localizadas no Norte, a elementos da vila de Ossening. O objectivo era dar a conhecer em termos cronológicos o passado histórico/arqueológico do concelho de Alijó. Para tal foram escolhidos alguns dos ex-líbris do concelho, como sendo, o Monumento Megalítico da Anta da Fonte Coberta, o Castro do Pópulo ou Touca Rota e por último o Abrigo Rupestre Pintado da Pala Pinta. A escolha destes locais não foi ao acaso, uma vez que espelham uma realidade distinta da do Sul do concelho. É no Norte que predominam as serras graníticas de grandes altitudes marcadas por blocos graníticos de média/grandes dimensões,

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ideais por exemplo para a edificação dos monumentos megalíticos do Neolítico ou dos povoados fortificados da ProtoHistória, que em regra possuíam um magnífico controle geo-estratégico. Prova desta realidade é o elevado número de arqueossítios da Pré - História identificados no Norte do concelho de Alijó. Por outro lado não nos podemos esquecer que o Sul , possui um outro tipo de rocha designada de xisto, que devido à sua antiguidade e as próprias características relacionadas com a sua formação, tem geralmente tendência a degradar-se mais facilmente. Em suma, nesta visita guiada tentou chamar-se a atenção para este tipo de aspectos e outras especificidades que contrastam com o Sul do Alto Douro Vinhateiro maioritariamente verdejante onde predomina o Xisto. A busca pelo conhecimento no final, revelou-se frutífera a avaliar pelos comentários dos visitantes que prometeram voltar para conhecer este passado guardado no tempo, que no fundo não é mais do que um livro aberto, que contém conhecimento e que todos sem excepção podem “ler”. Maria Assunção Anes Morais e João Pedro Marnoto lançaram os seus livros Continuando a aposta iniciada nas anteriores edições, a Revidouro

proporcionou momentos desportivos de âmbito regional, nacional e internacional. Nesta edição, o Street Basket 3x3 foi lançado no município, fazendo parte do programa, contando com a participação de 12 equipas oriundas do Município. Também o V Circuito Interclubes de Tiro aos Pratos 2007 (Fosso Universal – Trap), que decorreu durante dois dias no campo de tiro do Clube de Caça e Pesca


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de Alijó passou pela Revidouro. No Domingo, o dia começou com mais uma etapa do Circuito Nacional de montanha “ 12 Km Alijó – Revidouro 2007” , juntando para o efeito centenas de atletas oriundos de todo o país que participaram nesta prova pontuável para o nacional da modalidade. A prova contou também com a vertente de pedestrianismo. De nível internacional foi realizado, à semelhança de anteriores edições, um Passeio Equestre, contando para o efeito com cavaleiros lusos e espanhóis. É apanágio da autarquia alijoense envolver aspectos culturais em eventos de grande envergadura. A Revidouro não podia ser diferente. Além dos espectáculos que juntaram multidões, proporcionados pelo fado humorístico de Rouxinol Faduncho, à noite de fados pelo grupo “Quatro Cantos”, com os fadistas Rodrigo, Teresa Tapadas, José da Câmara e Maria Armanda e o espectáculo de Paulo Gonzo, várias outras iniciativas culturais foram tomadas. Durante este certame foram apresentados dois livros. O primeiro, da escritora Maria Assunção Anes Morais, “Entre Quem É”, que versa sobre as tradições de Trás-osMontes e Alto Douro no Diário de Miguel

Torga. Este livro relata vivências do escritor transmontano na região que tanto adorou e tornou mundialmente conhecida. O segundo livro trata-se de uma recolha fotográfica elaborada por João Pedro Marnoto e conta com textos de Manuel Carvalho. Este livro intitulado “As fragas, a gente e a memória: Identidades do Concelho de Alijó” é o levantamento muito completo de tradições e hábitos deste município, das paisagens que o caracterizam e da riqueza humana. Também associada a este lançamento, foi inaugurada a exposição “Nove meses de Inverno e três de Inferno” no Teatro Auditório Municipal de Alijó e que poderá ser visitada até ao próximo dia 30 de Julho. O teatro também esteve presente nesta edição da Revidouro. O grupo de teatro Filandorra – Teatro do Nordeste e o Teatro Oficina de Favaios foram as companhias, que por diversas vezes, animaram o espaço da feira. Este ano também o malabarista “Tosta Mista” entusiasmou a assistência com as suas habilidades de manipulação de objectos.

*Decorre de 20 a 29 de Julho a II edição da Semana Cultural em Castedo do Douro. O Centro Recreativo e Cultural de Castedo, promotor do evento, apresenta nesta edição, um programa diversificado, que se estende por dez dias. O desporto, os passeios turísticos de TT e BTT, os Jogos Populares, Música Popular, Exposição de Pintura, Fado, Desfile de Bombos, Festival de Folclore e Procissão de Penitência são algumas das actividades em destaque de 20 a 29 de Julho em Castedo do Douro. A cerimónia de abertura, será, Sexta, 20 de Julho pelas 21h, com a actuação

dos Zés Pereiras de Castedo, de seguida será inaugurada uma exposição de Pintura e a encerrar o primeiro dia, o grupo “Veteranos do Fado”. A 21 de Julho o dia inicia-se como passeio TT, à tarde haverá jogos populares e Tiro ao alvo. À noite, destaque para a actuação do Fadista José Lameiras pelas 21h e do grupo “Portvgvês Svave” pelas 23h. Domingo (22), percussão terá especial destaque, com o desfile de Grupos de Zés Pereiras e Bombos e que culminará no “Castedo a Rufar” com todos os grupos a actuarem no Campo de Futebol. Pelas 21h a Oficina do Teatro de Favaios leva à cena a peça “O Mar”, às 22h inicia a actuação do grupo “Jam Band” e duas horas mais tarde o grupo “Never Mind”. Durante a semana, destaque na segunda (23) para uma Palestra subordinada ao tema “Plano de Desenvolvimento Rural”, seguida de uma

4 Na música, além dos artistas já referenciados, as bandas de música residentes (Carlão e São Mamede de Ribatua) animaram o serão de sábado com um concerto memorável. Outro grande momento musical, foi o festival de folclore, que contou com a presença dos Rancho Folclórico e Etnográfico de Sanfins do Douro, Rancho Folclórico da Casa do Povo do Pinhão, Rancho Folclórico de Vilarandelo – Valpaços e o Rancho Folclórico das Lavradeiras de Carreço – Viana do Castelo, onde se mostraram as tradições destas regiões. E continuando nas tradições, também os três grupos de Zés Pereiras do Município (Castedo, Cheires e Sanfins do Douro) animaram a vila com o “Alijó a bombar”. No último dia o grande momento de cultura e tradições – o Cortejo Etnográfico, onde cada freguesia mostra o que de melhor se faz a nível cultural, musical, económico e social neste belo concelho. Apesar da chuva que caiu, os figurantes não se deixaram intimidar e saíram na mesma para a rua. Este esforço foi admirado por todos. *CM Alijó

SEMANA CULTURAL NO CASTEDO ATE 29 DE JULHO prova de azeites; Terça (24) rastreio de Diabetes e Tensão Arterial; Quarta (25) Passeio Pedestre; Quinta (26) Sessão de Cinema; Sexta (27) Jantar convívio e às 21h30, actuação do Grupo “Mar de Pedra” e dos “Zés Pereiras de Castedo”. Sábado (28) o destaque vai para a realização da Tradicional Procissão de Penitência, acompanhada pela Banda de Música de S. Mamede Ribatua, no plano musical e pelas 23h45 actuação dos grupos "Hayatolah" e “Blandest Rock Band” No último dia, Domingo (29), pelas 8h30 Passeio BTT; pelas 17h, Concerto pela Banda de Música de S. Mamede Ribatua e às 18h30 o Festival de Folclore encerra a Semana Cultural 2007. A organização tem uma página própria dedicada ao evento em: www.semanacultura.castedo.eu onde disponibiliza todas as informações sobre o programa e participantes. * Centro Cultural e Recreativo do Castedo


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COMEÇOU A REABERTURA DA LINHA DO TUA *A EMEF, do grupo CP, começou esta semana a desmantelar a automotora da série LRV2000 que ainda se encontra no rio Tua após o acidente de Fevreriro. Os trabalhos têm como objectivo triar as peças permitindo a reutilização das que estiverem em melhores condições na frota de veículos do Metro de Mirandela. O desmantelamento foi a forma encontrada para a remoção da automotora dadas as dificuldades no acesso ao local. Os trabalhos estão orçados em 100 mil euros e o prazo de conclusão é de duas a três semanas já que a REFER pretende iniciar o quanto antes os trabalhos de recuperação da plataforma para que a circulação seja restabelecida. Apesar do local inóspito onde se encontra a automotora terá já sido vandalizada. A circulação de comboios, na linha do Tua, tem estado a aconbtecer apenas entre Mirandela e Brunheda sendo o percurso de ligaçao à linha do Douro assegurado por taxi. Os dois inquéritos ao acidente concluíram o desabamento de terras. A Secretária de Estados dos Transportes, Ana Paula Vitorino, remeteu para o LNEC uma apreciação à linha e um conjunto de intervenções necessárias para a reaberura. O prazo de 90 dias foi já largamente esgotado. Será com base neste relatório que o Governo se decidirá pela manutenção da linha, um cenário que cada vez parece mais longiquo já que as diversas autarquias com interesses no troço, nomeadamente Alijó, já demonstraram interesse na construção de uma barragem e das potencialidades turisticas que o espelho de água criado poderá trazer. Recorde-se que a barragem pretendida pela EDP depois do fracasso do Sabor submergirá grande parte do troço actualmente existente e só José Silvano, Metro Mirandela, parece lutar contra este desfecho. *Participação Especial: Vânia Ramos

É O FIM PARA 17 MIL HECTARES DE VINHA A reforma pretendida pela União Europeia no sector vinhateiro levarás opinião do Ministro da Agricultura, Jaime Silva, ao arranque de 17 mil hectares em Portugal de um total de 200 mil em toda a Europa. As propostas, que Jaime Silva considera serem “uma boa base de trabalho” pretendem concentrar a produção europeia nos segmentos de melhor qualidade para responder à concorrência Australiana ou Africana. Para tal, além do arranque serão concedidas facilidades para a plantação de vinhas com excelente qualidade prevendo-se uma liberalização do mercado quase total. Em Portugal, Jaime Silva, não considera que a medida tenha efeitos tão negativos como aparenta. O quota inicialmente nos 400 mil hectares acabou por ser reduzida por pressão dos estados-membros e atendendo a questões de impacto visual. Por isso foi estabelecido um tecto máximo de 10% de arranque por cada estado-membro, o que, em Portugal leva a 23 mil hectares. Jaime Silva confia ainda que estas medidas possam reformular o sector etário da actividade de produção do vinho.

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ALIJÓ QUER LINHA DO DOURO ATÉ SALAMANCA É com os olhos postos no turismo e nas perspectivas de desenvolvimento que a Câmara de Alijó aprovou uma moção em defesa da Linha do Douro contemplando a reabertura até Salamanca e que irá entregar ao governo. Tem sido esta a forma que os autarcas dos diversos municípios ventre o Marco de Canaveses e Barca de Alva encontraram para promover a reabertura do troço internacional da linha do Douro. A Alijó juntou-se esta semana Figueira de Castelo Rodrigo tendo sido Marco de Canaveses a câmara pioneira. Artur Cascarejo defende uma aposta clara na ligação internacional Porto-Salamanca para potenciar turística e comercialmente a região duriense. O edil alijoense não percebe também porque é que os espanhóis têm investido nessa linha e os portugueses quedaram-se pela Régua. Recorde-se que há um ano foi aprovada uma moção no parlamento de Madrid para a recuperação da linha até a fronteira com Portugal e do lado de cá a REFER parou as obras em Caíde. Artur Cascarejo terá mesmo interpelado José Sócrates na sua recente visita ao Pinhão no sentido de o sensibilizar para esta questão apresentando o argumento de um investimento pouco avultado. No entanto há muito mais que fazer na linha do Douro para além do troço internacional. Consequência da falta de condições de segurança na estação da Régua, uma jovem, sofreu diversos ferimentos após ter sido arrastada por uma composição que iniciava a marcha naquela estação. Na causa do acidente terá estado a excessiva diferença de altura entre a plataforma de embarque e as portas da composição. O troço internacional da linha do Douro entre o Pocinho e Barca de Alva, com 28 quilómetros, foi desactivado, por razões de ordem económica, a 18 de Outubro de 1988. Em finais da década de 90 o fecho dessa ligação a Espanha foi considerado um erro por autarcas e Governo e têm sido vários os projectos ventilados, mas nada concretizado. Na próxima edição o “Douro Press” inicia o espaço de grande reportagem dando especial destaque à reactivação do troço internacional da linha do Douro.

FANTASMAS DE REGRESSO A bem da verdade, a população do Pinhão, ainda não esqueceu a questão dos contentores vandalizados na praia ou da estação da REFER agora aberta apenas nos dias úteis. Os ditos contentores estão na avenida Marginal do Pinhão e destinavam-se a prestar informações ao turista fluvial que chega ao Douro. A verdade e que nunca foram utilizados e as cheias e actos de vandalismo encarregaram-se de agravar uma arquitectura que muitos consideram infeliz. Esta questão motivou uma guerra de palavras entre a Junta do Pinhão e a oposição PSD com os primeiros a indicar que os contentores eram propriedade do IPTM e refutando a ideia de abandono. O IPTM já indicou que os contentores foram colocados a pedido da Junta e que não abrem porque a população não gosta deles. Junta do Pinhão e Câmara de Alijó reuniram com o IPTM no sentido de lançar um ultimato face à utilização dos contentores. Também a estação da REFER do Pinhão continua encerrada ao fim-de-semana, abrindo meramente em caso de exploração comercial anómala. O PSD terá solicitado meios de pressão para que ocorra o inverter de uma situação que considera prejudicial à vila e ao Pinhão. A linha do Douro é uma das últimas de toda a rede a fazer gestão através de cantonamento telefónico. Sendo que aos fins-de-semana, dado o aumento de exploração, sobretudo turística, é necessário a abertura de diversas estações no seu percurso para optimizar a circulação e permitir maior capacidade.


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UTAD MOSTRA MAIS QUE VINHO Numa parceira com a Universidade de Salamanca, a UTAD apresentou um estudo onde refere outro tipo de culturas que poderiam dar fruto no Douro e Douro Internacional. Sugere ainda a criação de feiras transfronteiriças para divulgação desses produtos. POLITICA EM ALIJÓ O PSD reuniu no mesmo jantar Elói Ribeiro e Miguel Rodrigues para debater o concelho de Alijó e o papel do partido. O PS homenageou no passado dia 12 diversos dirigentes distritais em Vila Pouca de Aguiar sendo um deles o Dr. Joaquim Cerca, ex-presidente de Alijó.

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www.3ddouro.com Os 213 quilómetros do rio Douro, desde a fronteira com Espanha, em Miranda do Douro, até à Foz no Atlântico, e as suas margens estão agora disponíveis em três dimensões na Internet graças ao projecto 3D Douro. Além do turismo este projecto permitirá prever catástrofes. REVIDOURO SOLIDÁRIA A mãe de Emanuel Silva o menino azul, esteve na Revidouro no stand oferecido pela CM Alijó a vender diversos produtos como quadros para angariar fundos no auxilio à prestação de cuidados médicos ao seu filho. Também o Portugal Diário iniciou uma campanha com o mesmo fim

Pedro Moreira Escola Superior de Saúde Jean Piaget – Macedo de Cavaleiros*

http://saudeforum.com.sapo.pt/

Chegou o Verão?! Pois é, este ano o Verão chegou tarde, mas em força! Para este Verão estão previstas ondas de calor oscilantes. O aumento radical da temperatura pode comprometer drasticamente o nosso bem-estar e mesmo a nossa saúde. Nesta época do ano é aconselhável ingerir líquidos com maior frequência, pois a sua ingestão salvaguarda-nos do risco de desidratação. Não esquecendo também o excesso de exposição ao sol, que cada vez mais se torna um inimigo do ser humano, podendo provocar cancro da pele quando há uma exposição sem protector solar, e nas horas em que há maior libertação de raios ultravioleta, (12H00 – 17H00). É claro que os perigos do Verão são acrescidos numa população ribeirinha como o Pinhão, que apesar de não ter praia fluvial, há a deslocação de uma considerável parte da população para o açude… E é exactamente esta deslocação que nos faz reflectir numa possível tragédia! E como o melhor método não é ficar à espera, porque não fazer algo para reverter esta situação? Fica a sugestão. Um outro foco que requer uma especial atenção é as paragens digestivas, que se verificam com muita frequência. Ao contrário do que muitas pessoas pensam não é o facto de se entrar em contacto com água que provoca esta alteração no nosso organismo, mas é o choque térmico que se dá entre a temperatura do nosso corpo e a temperatura do meio ambiente, neste caso, a temperatura da água. Resumindo, no momento em que o nosso organismo se encontra a realizar a digestão, há uma maior concentração sanguínea no nosso estômago. Quando entramos em contacto com água fria esta concentração vai deslocar-se para a nossa pele numa tentativa de aquecer o nosso organismo, deste modo, a concentração que existia anteriormente no nosso estômago deixou de existir, induzindo então numa paragem digestiva. O melhor seria evitar os banhos após uma refeição, aguardando pelo menos 2H30. Portanto, este Verão divirta-se, mas sempre consciente dos riscos desnecessários a que todos nós nos sujeitamos. * Por lapso na edição anterior foi erradamente indicado Torre de Moncorvo por tal a coordenação pede desculpas

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RUA DOS CAMILOS… E LARÁPIOS A principal artéria reguense tem sido alvo de diversos assaltos nas últimas semanas. Depois das ourivesarias foi agora vez de uma perfumaria. O DIC da GNR da Régua já está a investigar a situação e considera haver relacionamento com assaltos na região. BOMBEIROS DE ALIJÓ COM 75 ANOS Decorreram as comemorações do 75º aniversário dos Bombeiros de Alijó que contaram com a presença de Ascenso Simões, secretário estado da Protecção Civil. Na sessão inaugurada uma peça designada “Anjo” que marca a vitalidade e renovação dos bombeiros de Alijó.

Miguel Torga Quase um poema de amor Há muito tempo já que não escrevo um poema De amor. E é o que eu sei fazer com mais delicadeza! A nossa natureza Lusitana Tem essa humana Graça Feiticeira De tornar de cristal A mais sentimental E baça Bebedeira. Mas ou seja que vou envelhecendo E ninguém me deseje apaixonado, Ou que a antiga paixão Me mantenha calado O coração Num íntimo pudor, --- Há muito tempo já que não escrevo um poema De amor Miguel Torga

Sei um ninho! Sei um ninho. E o ninho tem um ovo. E o ovo, redondinho, Tem lá dentro um passarinho Novo. Mas escusam de me atentar: Nem o tiro, nem o ensino. Quero ser um bom menino E guardar Este segredo comigo. E ter depois um amigo Que faça o pino A voar...

Douro Press – Folheto Informativo douropress@sapo.pt ctpinhao@hotmail.com Edição online disponível para descarga em www.pinhao.com.sapo.pt 5085 Pinhão © Todos os direitos reservados

Miguel Torga


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