Revista IA - Edição ESPECIAL

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INTELLIGENT AUTOMATION | 1 LATINO AMÉRICA EDIÇÃO ESPECIAL - ABRIL DE 2024 www.iamagazine.com.br
O QUE O FUTURO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NOS RESERVA? Deveríamos Voltar para o Papel? Pág. 35 Melhores Dados Geram Melhores Resultados de I.A. Pág. 43 Pág. 9
Revista dos Profissionais de BPM, RPA, Artificial Intelligence e Digital Process Automation

O que o Futuro da Inteligência Artificial nos Reserva?

Saindo do “Vamos Fazer Algo com chatGPT” para Construção de Soluções de IA que Fazem Diferença Competitiva

Estão Dizendo que RPA Está Morto. O Que Isso Signif ica?

Deveríamos Voltar para o Papel?

Generative Intelligent Automation: Da Era ChatGPT a um Futuro de Possibilidades

ROI em Automação: Uma Nova Perspectiva

Melhores Dados Geram Melhores Resultados de I.A.

A Era da Inteligência Artif icial: Transformando Negócios e Humanidade no Brasil

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ÍNDICE ENTREVISTA COM GIL GIARDELLI 5 9 28 30 35 37 39 43 45

CEZAR TAURION

EDITORIAL

Essa é uma edição especial. Impressa! Sim, ela está sendo distribuída durante o RPA & IA Congress, que esse ano teve recorde de público, o que mostra que a combinação do interesse por eventos presenciais e pelo tema, “Inteligência Artificial” foi um grande alavancador.

O assunto é o futuro da IA. Ela já está no nosso dia a dia. Até uns dois anos atrás, a IA estava escondida sob camadas e mais camadas de software, e nós a usávamos sem saber, através de algoritmos de recomendação da Amazon, Spotify e Netflix e nos filtros das fotos tiradas pelos smartphones e nos sistemas de reconhecimento facial. Mas eram discussões e aplicações restritas à pesquisadores, cientistas e empresas. O efeito uau, aquele que fez com que as pessoas pensassem que tinham ido dormir na Idade Média e acordado na era espacial foi o fato do chatGPT criar uma UX (User Experience) que permitiu a interação direta de qualquer pessoa, não apenas pesquisadores e cientistas de dados, mas qualquer um mesmo, a interagir com a IA.

Em termos de tecnologia de IA, o chatGPT e outros LLM, não foram uma revolução tecnológica, surgida inesperadamente de uma imaginação criativa de um dia para o ou-

tro, mas fruto de uma longa e contínua evolução gradual. O que mudou o jogo foi o UX.

Mas, o fato é que a IA generativa está aí e existe muito interesse em descobrir onde, como e quando a usar nos negócios.

A mudanças impulsionadas pela IA não surgirão do nada. Demandam muito esforço, energia e investimentos. As implantações de produção de IA generativa exigirão investimentos e mudanças organizacionais, e não apenas experimentos. Muitos processos empresariais terão de ser redesenhados e os funcionários terão de ser requalificados (ou, provavelmente em apenas alguns casos, substituídos por sistemas de IA). As novas capacidades de IA terão de ser integradas na infraestrutura tecnológica e de sistemas existente.

O ambiente corporativo é muito diferente do ambiente pessoal. Existem regras de compliance, normas regulatórias, processos de auditoria e, claro, a expectativa dos gestores em traduzir investimentos em tecnologia em resultado tangível para o negócio. Para transformar uma nova tecnologia em um motor de crescimento, ela precisa de ser economicamente transformadora no nível da empresa e não apenas de usuá-

rios individuais. O desafio para os executivos é como conceber implementações empresariais eficazes ou “máquinas de negócios” (combinações de tecnologias e processos) que criem uma forma nova, mais eficaz e rentável de satisfazer uma demanda valiosa dos seus clientes.

Mas, estamos confiantes que as empresas já estão amadurecendo e saindo do efeito uau que o ChatGPT provocou. Acreditamos que nesse ano de 2024 veremos mais participação dos C-level e conselhos nas discussões sobre IA e os líderes tecnológicos buscando visão mais abrangentes, além da tecnologia, mais orientados para os negócios, capazes de debater estratégias com os seus colegas de gestão e de traduzi-las em sistemas e insights que tornem essa estratégia uma realidade.

Esperamos que gostem dessa edição. A nossa publicação é feita para e pelos seus leitores. A revista está e estará sempre aberta às ideias e contribuições de todos os leitores, sejam comentários ou artigos. Junte-se a eles. Queremos incentivar a criação de uma comunidade de estudos e práticas de IA aqui no Brasil e para isso a publicação se propõe a servir de catalizador e megafone.

Contamos com vocês!

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Chief Strategy Officer da Redcore

Entrevista com Gil Giardelli

“A Era da IA Trará Tantas Mudanças Quanto a Era da Iluminação e da Eletricidade”

Gil Giardelli se diz um “tecno-otimista”, mas coloca limites. Diz que o otimismo tecnológico baseia-se na observação de que a inovação pode levar a melhorias significativas em diversas esferas da vida humana e aponta diversos desafios que devem ser enfrentados por toda a sociedade. “É essencial abordar esses avanços com uma visão crítica, reconhecendo não apenas seus benefícios, mas também os desafios éticos, sociais e políticos que acompanham tais inovações”, disse em uma entrevista com a Intelligent Automation Magazine. Giardelli palestrou no RPA & AI Congress de 2023 e ele retorna ao palco do evento neste ano para atualizar sua visão acerca das inovações tecnológicas. Acompanhe a seguir suas visões sobre o futuro da inteligência artificial e como um novo mundo se desenha a partir de seus avanços.

novo humanismo, experimentalismo, inovações nas artes, ciências e visão de mundo. Agora, na era da IA generativa com design algorítmico, alfabetização científica, humanoides, realidades imersivas, computação quântica e novas palavras marcam esta mudança de era.

Intelligent Automation Magazine - Gil, você se diz um ‘tecno-otimista’. Gostaria de começar esta entrevista pedindo para você explicar as bases desse otimismo com a chegada de novas tecnologias. Temos de olhar mais para os impactos positivos?

Gil Giardelli - Sou um otimista racional baseado em dados, sem ser poliano. Os dados nos mostram que vivemos um novo Renascimento. O Renascimento foi um período de grande florescimento cultural, artístico, político e econômico, que se iniciou na Itália no fim da Idade Média, por volta do século XIV, trazendo um

Este otimismo tecnológico baseia-se na observação de que a inovação pode levar a melhorias significativas em diversas esferas da vida humana. A IA generativa, por exemplo, tem o potencial de democratizar a criação, permitindo que indivíduos sem formação técnica especializada expressem suas ideias de maneiras novas e poderosas. Os humanoides e as realidades imersivas podem transformar a maneira como interagimos uns com os outros e com o mundo digital, tornando experiências virtualmente indistinguíveis da realidade.

Entretanto, é essencial abordar esses avanços com uma visão crítica, reconhecendo não apenas seus benefícios, mas também os desafios éticos, sociais e políticos que acompanham tais inovações. Assim, meu otimismo não ignora os desafios; pelo contrário, ele é alimentado pela convicção de que, com diálogo, colaboração e governança responsável, podemos direcionar o poder da tecnologia para criar um futuro mais promissor. É sobre equilibrar a empolgação com a inovação tecnológica com a prudência e a responsabilidade, visando a um progresso que beneficie a sociedade como um todo.

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ENTREVISTA Por Roberta Prescott

IA Magazine - No entanto, não podemos ignorar os efeitos e os impactos negativos de tudo isso. Quais você cita como principais e como eles devem ser endereçados?

Gil Giardelli - Entre os principais desafios, destacam-se:

• Nos livros “A Fábrica de Cretinos Digitais”, de Michel Desmurget, e “Man Interrupted”, de Philip Zimbardo, da Stanford University, eles apontam para preocupações significativas quanto ao impacto das tecnologias na cognição e nas habilidades sociais. Há evidências sugerindo que, pela primeira vez, uma geração pode ter um quociente de inteligência (QI) inferior ao de seus pais, acompanhado de um declínio nas habilidades cognitivas, maior propensão ao vício em estímulos constantes e desafios em interações sociais, incluindo, timidez aumentada, desajuste social e aversão ao risco.

• IA deepfake, privacidade e segurança de dados: precisamos discutir quais os limites da liberdade individual e do capitalismo digital de vigilância, como podemos evitar de serem colocados vídeos falsos de IA deepfake e qual o limite de controle do estado sobre o cidadão.

• Combater as desigualdades insustentáveis: a discussão não é apenas se você perderá o emprego para a IA, mas como as pessoas que dominam esta nova era substituirão aqueles que não estudaram ‘IA Economy’.

• Impacto no mercado de trabalho: todos os empregos repetitivos serão substituídos, alguns primeiro e todos depois, então, como ajudar as pessoas atingidas pelo desemprego tecnológico? E também abordar o subemprego de jovens, da baixa qualificação e dos baixos salários, criando os precarizados. Deve-se encarar esses desafios com políticas e práticas envolvendo um debate de toda sociedade e com a educação de alto impacto desde a primeira infância.

IA Magazine - Inteligência artificial foi desenvolvida no fim dos anos 1950, mas houve um boom após o lançamento do ChatGPT. Quais são as principais mudanças e os impactos que a IA — tanto a tradicional, como a generativa — tem na sociedade e nos negócios?

Gil Giardelli - Foi uma construção da sociedade científica. A máquina de tear de Jacquard, em 1804, um dos desenvolvimentos-chave durante a Revolução Industrial, automatizou o processo de produção de tecidos com padrões complexos, depois, passamos por Charles Babbage e sua máquina analítica. A Bell Labs e a invenção do transistor, uma das invenções mais importantes do século XX, é a base da eletrônica moderna. O Dartmouth Summer Research Project on Artificial Intelligence, de 1956, é considerado o evento que marcou o nascimento oficial do campo da inteligência artificial (IA) como uma disciplina acadêmica. E chegamos à primera NIPS Conferences The Neural Information Processing Systems, realizada em 1987, marcando o início de um fórum que se tornaria central para a comunidade de pesquisa em IA generativa. Estavam nesta conferência, Yann LeCun, Geoffrey Hinton, Yoshua Bengio, Andrew Ng, Demis Hassabis e Fei-Fei Li e lá foi compreendido que a IA generativa promete revolucionar tudo em que toca. E vieram os desdobramentos do fim da era do software, o fim da era do smartphone e da lei de Moore. Com empresas montando modelos de IA, que criaram novos produtos e novas formas de trabalho, revisarão planos e intermediarão resultados.

IA Magazine - Você acha que a inteligência artificial é a nova grande disrupção e avanço tecnológico? A que você compara IA?

Gil Giardelli - A era da IA trará tantas mudanças quanto a era da iluminação e da ele-

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tricidade. No fim do século 17, sob o reinado de Luís XIV, conhecido como o Rei Sol, Paris começou a instalar lanternas a óleo em suas ruas. A iluminação pública transformou a vida urbana, prolongando as horas em que as pessoas podiam trabalhar e de lazer, a melhoria da segurança pública e a promoção do crescimento econômico. O sucesso da iluminação pública em Paris serviu de modelo para outras cidades em todo o mundo, que começaram a adotar. Em 1880, quando a primeira cidade foi iluminada por eletricidade, nos EUA, isso simbolizou o amanhecer de uma nova era tecnológica. Depois, com o telefone, o rádio e a televisão e a indústria 4.0. E, na era da IA generativa, as nossas fronteiras são espaciais.

IA Magazine - Além de IA, quais outras tecnologias devem estar no radar? E como elas têm potencial de transformar o mundo? Atualmente, vemos uma combinação interessante, com grande volume de dados, capacidade computacional e algoritmos, além de redução nos custos de processamento. Você acrescentaria algum outro fator? E como esta junção vem transformando a indústria e permitindo uma rápida evolução tecnológica?

Gil Giardelli - A indústria de IA todos os dias tem uma grande novidade. Foram revelados, em uma conferência em Sao José (EUA), recentemente um novo um processador para a IA generativa, um computador e um chip específico para roboticistas. Revelou um simulador de treinamento de robôs altamente avançado, projetado para ensinar e aperfeiçoar as habilidades de robôs em um ambiente virtual, antes de sua implementação no mundo real, para que o robô tenha uma academia para aprender a ser um robô. Com estes avanços, aceleramos a era dos gêmeos digitais com braços robóticos, reconstrução 3D e cloud que já criam indústrias inteiras sem operários.

IA Magazine - Falamos de grandes revoluções, enquanto a maioria das empresas convive com estruturas legadas. O que as companhias devem fazer para vencer o desafio da integração dos sistemas legados?

Gil Giardelli - Na busca por excelência na gestão organizacional, propõe-se a implementação de duas vertentes operacionais essenciais. A primeira é dedicada à gestão do presente, que se caracteriza por sua natureza incessante e dinâmica, focando na eficiência operacional e na resiliência a curto prazo diante de um cenário marcado por crises consecutivas, volatilidade e incertezas. Esta via prioriza a adaptabilidade rápida às mudanças imediatas, garantindo crescimento e lucro operacional sustentável. Os executivos, neste contexto, são avaliados pela sua capacidade de responder de forma eficaz aos eventos mais recentes, enfatizando a importância da agilidade estratégica.

A segunda via, por outro lado, volta-se para a gestão do futuro, com um olhar inovador sobre tendências emergentes como a economia baseada em inteligência artificial (AI Economy), a Sociedade 5.0, a interação humano-humano potencializada pela tecnologia (H2H), além da computação natural e a pós-era do smartphone. Esta perspectiva estratégica a longo prazo abraça a inovação, o uso estratégico de dados de estratégias sustentáveis (ESG Data), foresight future para a antecipação de direções tecnológicas e sociais. O objetivo é preparar a organização, não apenas para navegar, mas também para moldar o futuro, posicionando-a como líder em um ambiente em constante evolução. Uma liderança visionária, em um modelo dual com uma abordagem holística que não apenas enfrenta a realidade volátil e incerta dos nossos tempos, mas também antecipa e forma o futuro através da visão estratégica e da inovação contínua.

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ENTREVISTA
INTELLIGENT AUTOMATION | 8 Ribeirão
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RELEVANTES

O que o Futuro da Inteligência

Artificial nos Reserva?

Questionamos diversos líderes da indústria de tecnologia sobre o que eles pensam acerca do que esperar da IA e da sua força de transformar os negócios e a humanidade. Confira o que eles pensam

Ainda que o campo de conhecimento da inteligência artificial tenha sido criado no fim da década de 1950, foi ao longo das últimas décadas que modelos de IA começaram a dar resultados positivos, sendo essenciais para fazer previsões. Mais recentemente, modelos gene -

rativos ganharam manchetes, após o lançamento do ChatGPT tornar acessível e democratizar o acesso à inteligência artificial generativa. Especialistas no tema não se cansam de alertar para as consequências e os impactos — positivos e negativos — que a maior profusão de IA terá na sociedade.

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Prescott
Por Roberta

É notório que a inteligência artificial está impulsionando a transformação de diversos segmentos da economia e funciona como um pilar essencial na era digital. Muitos comparam seus impactos aos da Revolução Industrial e a colocam como um marco disruptivo, assim como foi o advento da internet comercial — marcada no Brasil pelo lançamento, por parte da Embratel, de um serviço experimental de internet comercial com a participação de 5 mil pessoas em 20 de dezembro de 1994.

Seguindo esta comparação, quando a rede mundial dos computadores e a World Wide Web foram criados, as pessoas entendiam o poder que a novidade tinha, mas será que previam que a internet se desenvolveria a ponto de se difundir tanto que passaríamos a presumir que teríamos acesso à rede, assim como temos a eletricidade ao pressionarmos o interruptor? Será que tinham no radar todos os serviços e modelos de negócios que seriam criados com base na internet? Como as empresas de internet se desenvolveriam e como a economia digital exercia um papel crucial para o produto interno bruto dos países?

Da mesma forma, atualmente, damos os primeiros passos em IA e as aplicações que surgirão, a partir de uma maior disseminação dela, ainda não estão claras — mesmo que saibamos de seu poder revolucionário. Enquanto testemunhamos o avanço da adoção de ferramentas de inteligência artificial e de automação levando a uma maior produtividade, temos claro que tarefas repetitivas e de fácil execução serão substituídas por robôs. Contudo, isso não significa que o ser humano será eliminado e deixará de ter funções. Certos postos de trabalho e profissões não terão mais utilidade na era pós-IA, mas outros serão criados e as habilidades e os requisitos exigidos serão distintos. Será tudo uma ques-

tão de saber se adaptar — e, claro, dos governos implementarem políticas para formar os profissionais que o mercado demandará. Para além da mão de obra, a questão ética é tão (ou mais) urgente para ser endereçada. É preciso tratar os dados para que o aprendizado não leve a resultados tendenciosos e não incorra em erros ou vieses. Com a maior profusão de IA, principalmente, a generativa, a preocupação sobre as diretrizes éticas para inteligência artificial, que era relativamente pequena há cerca de dez anos, agora, é muito significativa em vista dos avanços dessa tecnologia.

Nesse sentido, a Recomendação da Unesco sobre Ética da Inteligência Artificial foi um marco histórico, sendo o primeiro instrumento normativo mundial sobre ética da inteligência artificial, aprovado pelos Estados-membros. O texto, lançado em outubro de 2021, por Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, define os valores e os princípios comuns que nortearão a construção do marco jurídico necessário para garantir o desenvolvimento saudável da IA.

Conforme salientou a Unesco, “Ao mesmo tempo em que as tecnologias de IA têm proporcionado resultados notáveis, elas também aportam novos desafios, como o aumento do preconceito de gênero e de etnia e ameaças significativas à privacidade, à dignidade e à capacidade de ação.”

O futuro com inteligência artificial parece promissor, mas desde que as pessoas considerem todas as suas dimensões. Conhecer profundamente a tecnologia — e compreender seus pontos fortes e fracos — deve ser o ponto de partida. A inteligência artificial é tida como a quinta revolução industrial, mas, infelizmente, não deve chegar ao mesmo tempo para todos, tendendo a aumentar, ainda mais, a lacuna digital entre países.

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Nosso Manifesto por uma automação mais inteligente é simples. Estamos à beira de uma nova era. Uma era onde o equilíbrio entre vida pessoal e profissional não é um mito, mas a nossa realidade. Onde momentos com entes queridos, buscas de paixão e buscas de autoaperfeiçoamento definem nossos dias. Vamos redefinir o trabalho, tornando-o uma escolha de paixão e não de sobrevivência. O nosso manifesto é simples: Deixemos a tecnologia servirnos, tornando o nosso mundo mais inclusivo, o nosso cuidado mais empático e as nossas vidas mais realizadas. Defendemos um futuro onde a inteligência, tanto artificial como humana, entram em sinergia para criar uma sociedade que valoriza a criatividade, a conexão e o bem-estar acima de tudo. Junte-se a nós nesta revolução. Vamos tornar nosso mundo inconfundivelmente humano.”

Pascal Bornet - Autor do best-seller “Intelligent Automation”, especialista em inteligência artificial e automação e influenciador

Ofuturo da inteligência artificial representa uma jornada empolgante e transformadora para o Brasil, tanto nos negócios quanto na sociedade. Estamos testemunhando uma mudança sem precedentes, impulsionada pela rápida adoção da IA generativa, redefinindo não apenas o que os computadores podem fazer, mas também como os utilizamos. A IA está se tornando fundamental na computação pessoal, capacitando mais pessoas a se tornarem não apenas consumidoras, mas também criadoras de tecnologia. Além disso, a segurança e a privacidade são aprimoradas com soluções personalizadas de IA, transformando os PCs em assistentes pessoais inteligentes que mantêm as informações seguras enquanto realizam tarefas complexas. A HP anunciou na Amplify Partner Conference um portfólio com mais de 100 soluções habilitadas por IA, redefinindo a produtividade e a colaboração na era do trabalho híbrido. Acredito firmemente que, ao abraçarmos de forma ética e estratégica essas inovações, podemos impulsionar o crescimento econômico, promover a inclusão digital e melhorar a qualidade de vida de todos os brasileiros.”

Ricardo Kamel - Diretor-geral da HP Brasil

Avisão da NEC com relação ao futuro da inteligência artificial no mundo e no Brasil é muito positiva, uma vez que a tecnologia está presente na maioria das soluções que a empresa disponibiliza em seu portfólio atualmente. Para a NEC, todas as indústrias serão impactadas em alguma medida pela IA, direta ou indiretamente. Exemplos disso são as soluções de observabilidade e automação de redes, que contribuem para a obtenção de resultados com mais eficiência, confiabilidade e agilidade em vários níveis, desde as infraestruturas de comunicação das operadoras e das empresas até o cliente final. Estes são casos nos quais o trabalho manual dá lugar à IA e, consequentemente, a mais produtividade. A oferta de uma plataforma de IA generativa, que num primeiro momento tem foco no mercado japonês, denota a importância que a NEC dá à inteligência artificial em seus negócios.”

Roberto Murakami - Diretor da unidade de negócios de Redes na NEC para América Latina

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Acredito que 2024 vai ser o ano da inteligência artificial no mercado de CX (experiência do cliente). E essa IA não será generalista e, sim, focada em levar as melhores soluções para empresas, agentes e consumidores.

A IA que realmente fará diferença nos contact centers será a IA especializada, aquela que é construída por empresas que possuem dados estruturados que são transformados em scripts e insights comprovadamente eficazes. As inovações trazidas pela inteligência artificial generativa vão oferecer diálogos mais fluidos e consistentes. Esta tecnologia tanto colabora com um autoatendimento mais eficiente e personalizado quanto com a interação do cliente com os agentes, visto que leva insights que contribuem com a resolução de problemas ou atendimento de necessidades de forma mais rápida e eficaz, principalmente em situações complexas. Além de prestar um atendimento de excelência, as empresas que decidirem automatizar o CX utilizando Inteligência Artificial irão oferecer um autoatendimento de qualidade, liberando os profissionais de atividades mais rotineiras para aquelas mais estratégicas.”

Luiz Camargo - Vice-presidente da NICE para a América Latina

Ainteligência artificial (IA) aplicada ao cenário corporativo é crescente e dinâmica. Na gestão das empresas, o tema é ainda mais potencializado. É preciso acompanhar esse movimento acelerado e se preparar para ter o melhor aproveitamento nos negócios e absorver todo esse arsenal de oportunidades. Temos avançado muito nesse sentido também com a IA Generativa, que envolve a aplicação do machine learning. É por meio dela que uma série de técnicas pode ser transformada em conteúdos já existentes para aprender e fazer as suas próprias adaptações. É fundamental manter um olhar atento das empresas para extrair os melhores insights e obter resultados ainda mais expressivos. A IA generativa já é realidade e cada vez mais passa a integrar a estratégia de muitas organizações. As aplicações são as mais variadas, mas a maioria delas tem como principal objetivo a experiência e a retenção do cliente.”

Marcelo Ciasca - CEO da Stefanini Brasil

AIA emerge como a força propulsora da próxima grande revolução, promovendo uma transformação positiva na estrutura social e impulsionando uma nova economia. Seu impacto se traduz em avanços significativos, centrados na melhora da qualidade de vida. Por meio da IA, testemunhamos um futuro de possibilidades ampliado, onde barreiras podem ser superadas com ainda mais criatividade e inovação. Na esteira desse progresso, surgem oportunidades inéditas para o desenvolvimento de soluções que atendam às necessidades da sociedade de maneira mais eficiente. A IA não apenas otimiza processos existentes, mas também catalisa a criação de novos paradigmas, fomentando um ambiente propício ao florescimento de ideias e ao surgimento de novas formas de interação entre os indivíduos e as tecnologias, acelerando a colaboração. Assim, encaramos o futuro com otimismo e determinação, confiantes de que a inteligência artificial será uma aliada poderosa na construção de um mundo melhor e mais próspero para todos.”

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Ainteligência artificial generativa tem uma influência evidente nos negócios, na política e na ciência. No entanto, as consequências são significativas: esta tecnologia já começou a destruir empregos e há uma preocupação global de que as eleições possam ser inundadas com desinformação. A IA refere-se à simulação da inteligência humana em máquinas projetadas para pensar e trabalhar de maneira semelhante aos humanos. Embora “inteligência” não seja o termo mais apropriado, uma vez que a inteligência legítima só pode ser natural, construída ao longo de milhões de anos de evolução, a IA, ou como queiramos chamá-la, tem a capacidade crescente de aprender com a experiência, tomar decisões e executar tarefas que normalmente requerem capacidade humana. Tecnologias alimentadas por IA revolucionaram a maneira como interagimos e consumimos mídia. As ferramentas de automação baseadas em IA podem ajudar a otimizar processos, reduzir custos e melhorar a eficiência. No entanto, tudo isso tem também um lado negativo: a IA já começou a influenciar a juventude, às vezes, de forma negativa. Os jovens estão lendo menos, têm menos interesse em discutir e argumentar, correndo o risco de se reduzirem ao nível das máquinas. Apesar dos muitos benefícios da IA, também existem preocupações sobre seu impacto na sociedade que devem ser levadas a sério.”

Walter Carnielli - Professor titular do Centro de Lógica da Unicamp e pesquisador e vice-presidente do IA2- Advanced Institute for Artificial Intelligence

Aexpectativa quanto à IA é enorme, criando promessas de que irá revolucionar a humanidade e transformar radicalmente os negócios. Mas, ao olharmos a realidade das iniciativas já realizadas, encontramos números bastante desanimadores com falhas de 70-80% (Cognilytica) e dados não preparados adequadamente em 96% dos casos (Gartner). A AIIM está investindo pesadamente em expandir os seus treinamentos e programas de certificação com as competências necessárias para a IA. A IA terá um futuro promissor para transformar os negócios e a humanidade se for adotada no ritmo correto — a capacitação da equipe, a definição dos objetivos estratégicos e o tratamento do acervo com remoção do ROT (redundante, obsoleto e trivial) para evitar o terrível efeito GIGO (Garbage In, Garbage Out; com lixo para dentro, vai sair lixo). E só então entra a tecnologia.”

OSAS acredita em um mundo no qual as pessoas utilizam dados para prosperarem; e perseguimos essa visão por meio de uma inovação confiável e responsável. Essa abordagem é decisiva para o futuro da IA e seu impacto nas empresas e na sociedade como um todo.Isso significa que todo e qualquer projeto que envolva IA, da concepção até o desenvolvimento e implementação, precisa estar bem fundamentado em regras éticas para antecipar, mitigar e evitar danos, riscos e vieses. A inovação responsável exige que perguntemos não apenas “poderíamos”, mas também “deveríamos”? Por isso, as empresas devem investir em uma abordagem abrangente envolvendo pessoas, processos e tecnologia voltadas para uma IA confiável, e escolher parceiros que também estejam engajados nesse ponto. A mesma visão é válida para os dados utilizados. Nesse sentido, as plataformas baseadas em IA precisam ser treinadas e trabalhar em cima de bases de dados confiáveis e sem vieses.”

André Novo - Country manager do

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MATÉRIA DE CAPA

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INTELLIGENT AUTOMATION | 14 Associação de Empresas e Profissionais da Informação
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Cada nova tecnologia anunciada gera um grande entusiasmo, desperta imaginações e eleva ambições. Mas, passado o ciclo inicial de idealização e experimentação, a novidade sobrevive com base em quão bem ela é aplicada e no quanto gera de retorno. A SAP trabalha em inteligência artificial e aprendizado de máquina há cerca de oito anos, com mais de 26 mil clientes usando a SAP Business AI. Colocamos a geração de valor em primeiro plano para ajudar os clientes a terem sucesso. O futuro da inteligência artificial está em termos à disposição uma tecnologia adaptada ao cenário de dados e às nuances do setor, permitindo decisões mais inteligentes e eficientes, desbloqueando todo o potencial de cada negócio e mudando fundamentalmente a maneira como as empresas operam, ajudando-as a criar ainda mais valor. Tudo isso com práticas responsáveis, confiáveis e relevantes. Quando nossos clientes pretendem transformar indústrias ou redefinir o futuro do trabalho, a SAP está ao lado deles com tecnologias e aplicações não apenas inovadoras, mas também profundamente integradas com a inteligência artificial, para transformar estas visões em realidade.”

Junior Freitas - Vice-presidente de SAP Business Technology Platform da SAP Brasil

Osignificado do substantivo “inteligência”, sob todas as perspectivas (filosófica, etimológica, científica, mística etc.) sempre remete a um indivíduo e aqui já surge uma importante polêmica: animais estão entre esses indivíduos? O psicólogo britânico Charles Spearman (1863–1945) desabafou: “Nos sucessivos congressos com o objetivo de se definir a inteligência, discutem-se muitas teorias, ouvem-se brilhantes oradores, mas cada um expõe a sua própria opinião... irreconciliável com as demais”. Portanto, ao que se apresenta não há consenso do que seja inteligência, nem humana, nem animal! De fato, numa breve retrospectiva de nossa história, vemos a falência das tentativas de se medir o quociente de inteligência e daí o entendimento da existência de outras inteligências como a emocional. Dito isso, temos a dimensão da dificuldade em absorver a artificial, que a tudo ultrapassa neste momento. Verdadeira obsessão dos pais da informática, desde John Neumann, que cismou não entender como aprendeu andar de bicicleta sem nunca usar a razão e a matemática e se perguntava: como meu corpo consegue pensar sozinho? ao famoso teste de Turing. Quem sabe cabe uma releitura de Descartes no âmbito da inteligência artificial... penso, logo sou máquina!”

Angelo Volpi Neto - tabelião em Curitiba e diretor de tecnologia do Colégio Notarial do Paraná

Na Skyone, reconhecemos que a inteligência artificial (IA) está no centro da próxima revolução tecnológica. Embora a IA ainda represente desafios significativos para muitos negócios, como a estruturação de dados e a integração de sistemas complexos, vemos esses obstáculos como oportunidades de inovação e crescimento. Acreditamos que a IA não apenas transformará modelos de negócios, mas também terá um impacto profundo na sociedade. À medida que navegamos em direção ao futuro, estamos comprometidos em explorar todo o potencial da IA para impulsionar o progresso e criar um impacto positivo duradouro em nossas comunidades e no mundo. Nosso propósito é simplificar a realidade e impactar o amanhã, ajudando clientes e parceiros a se adaptarem e prosperarem nesse novo mundo impulsionado pela IA.”

Rennan Sanchez - CTO da Skyone

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MATÉRIA DE CAPA

Ao longo da história, o mundo passou por profundas transformações na forma como nos organizamos e nos constituímos enquanto sociedade, como geramos capital e assim por diante. A tecnologia se fez presente em todas as etapas. Desde o controle do fogo, passando pela invenção da roda até a atual inteligência artificial, o homem sempre buscou formas de mitigar os riscos e viver com mais conforto. Esse processo inevitavelmente gerou medo: a incerteza do novo. Trabalho há anos com tecnologia e automação de processos e, inevitavelmente, me deparo com a pergunta: mas os robôs vão roubar os nossos trabalhos? Não dá para frear a tecnologia, mas, sim, usufruir dela e avançar, como fazemos desde os tempos mais remotos. Podemos, mais do que nunca, caminhar lado a lado, robô e humano.

É isso que a tecnologia e a IA vêm proporcionar. A IA vem para acelerar processos, trazer mais precisão, calcular e mitigar riscos, entre outras infinitas possibilidades. Seu poder transformador é evidente; e, assim como fomos desafiados, em outros tempos, a lidar com os avanços e nos preparar para eles, o mesmo devemos fazer com a IA. Devemos seguir com os debates éticos, trabalhar com responsabilidade, capacitar nossos colaboradores e encarar a IA tal qual ela é: uma ferramenta aliada e que pode melhorar não só o desempenho de empresas, como proporcionar avanços significativos nos mais variados setores e impactar nossas vidas de forma saudável, nos devolvendo horas que hoje desperdiçamos com trabalhos repetitivos e que não nos desafiam a evoluir.”

Edgar Garcia - Vice-presidente da UiPath para a América Latina

Prever o que pode vir a acontecer contém sempre uma variável de incerteza, quanto mais se tratando de uma tecnologia ainda em seus primórdios, sem uma teoria unificadora (o que temos são modelos empíricos, elaborados e experimentados para tarefas específicas). Com foco nos desafios científicos, atribuir capacidade de resolver problemas matemáticos é um teste decisivo para delimitar o potencial dos grandes modelos de linguagem, porque envolve explicitamente raciocínio. As redes neurais, base dos modelos de linguagem, são relativamente eficientes no reconhecimento de padrões em grandes volumes de dados, mas não conseguem emular o raciocínio humano. Quando falamos de raciocínio, estamos falando de método de search. Tomar uma decisão pressupõe um modo de pensar, de seguir etapas, de formular hipóteses, imaginar cenários, procurar no espaço de ideias o que vale a pena considerar. Todo este processo que contribui para construir o raciocínio, provavelmente, são os limites de uma rede probabilística (que é o caso das redes neurais). Atualmente, existem cientistas dedicados a enfrentar esses desafios.”

Dora Kaufman - Professora do TIDD PUC SP

Ainteligência artificial já traz mudanças significativas para os negócios e a sociedade no Brasil. A expectativa é que a IA melhore ainda mais a eficiência em diversos setores, impulsionando a inovação e a competitividade. No entanto, isso também levanta preocupações sobre o impacto no emprego e a necessidade de adaptação profissional. É importante considerar questões éticas, como transparência e responsabilidade no uso da IA. Na sociedade, a ampla adoção da tecnologia exige discussões sobre como regulamentar e proteção de dados. Ao enfrentar esses desafios e abraçar as oportunidades, o Brasil pode construir um futuro tecnológico promissor.”

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AAmazon tem investido fortemente no desenvolvimento e implantação de inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) por duas décadas, tanto para operações voltadas para o cliente quanto para internas. Estamos prestes a ver a próxima onda de adoção generalizada de Machine Learning, com a oportunidade de reinventar cada experiência e aplicação do cliente com IA generativa. Hoje temos mais de 100 mil clientes usando Inteligência Artificial da AWS e queremos fazer de cada empresa uma empresa de inteligência artificial.

A IA generativa será tão transformadora como foi a chegada da internet. A internet democratizou o conhecimento; a IA irá democratizar a tecnologia. Estamos oferecendo aos clientes o que eles precisam para criar aplicações de IA generativa em seus próprios projetos, assim como proporcionamos o acesso à nuvem duas décadas atrás. A AWS impulsionará a próxima onda de inovação ao torná-la fácil, prática e econômica para os clientes.”

Cleber Morais - Diretor-geral de vendas da AWS América Latina

Ainteligência artificial (IA) se consolidou como uma tecnologia essencial no dia a dia da sociedade. Sua capacidade de aprendizado acelerado e tomada de decisões assertivas, baseada em grandes volumes de dados, impulsiona a produtividade e otimiza diversos setores. A recente evolução da IA generativa a torna ainda mais poderosa e acessível à população. O poder de processamento na palma da mão e a velocidade de comunicação disponível não são mais obstáculos. Ou seja, a IA já está disponível a todos, restando apenas superar a curva de adoção. Isso nos abre um novo leque de possibilidades para o futuro, moldando nosso cotidiano de forma significativa. O desafio é usar a IA de forma consciente e responsável, sem substituir ou desconsiderar a capacidade do aprendizado humano. Em pouco tempo, não conseguiremos mais realizar atividades do dia a dia sem o conforto, a velocidade e o apoio das ferramentas de IA. E, sim, nos tornaremos dependentes delas. Na GOL, a IA já demonstra resultados positivos, impulsionando o crescimento e a sustentabilidade da empresa. Acreditamos que a IA continuará a moldar o futuro, e estamos comprometidos em explorar suas vastas possibilidades de aplicação.”

Luiz Borrego - CIO da GOL

Quando eu penso no futuro da Inteligência Artificial (IA) no Brasil, eu fico meio dividido. Por um lado, é fascinante pensar em como a IA pode transformar as empresas, tornar as coisas mais rápidas e eficientes; e até mesmo ajudar a tornar o mundo mais justo. No entanto, ainda tenho minhas dúvidas. Algumas pessoas afirmam que a IA pode prever crises e ajudar a usar melhor os recursos, mas será que estamos realmente preparados para isso? O uso da IA para melhorar a educação é um conceito fantástico, mas como fica com as pessoas sem internet? A inteligência artificial tem a capacidade de revolucionar o mundo dos negócios, fornecendo novos conceitos e métodos de trabalho e isso me leva a questionar se essas mudanças beneficiarão a todos de forma equitativa ou se apenas aqueles que já têm uma quantidade suficiente de recursos será ainda melhor. Enquanto a IA nos ajuda a caminhar para um futuro cheio de oportunidades, eu me concentro no seu potencial maravilhoso e nas coisas que precisamos mudar para que todos possam se beneficiar de suas vantagens sem deixar ninguém para trás.”

- Palestrante e mentor em inteligência artificial para negócio

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MATÉRIA DE CAPA

Eu sempre me colocarei ao lado do cliente, mas também na visão de um funcionário que atende a esse cliente. Imagine o seguinte cenário de experiência do cliente com IA que eu gostaria de visualizar dentro de 50 anos. É possível realizar? Sim, mas IA vai “tocar” em sujeiras que estão debaixo do “tapete” corporativo ou político que ninguém quer enxergar. Eu vou numa clínica tirar sangue para um check-up. O médico não informa mais quais exames avaliar, mas o dispositivo IA avaliará num único frasco de sangue todas as doenças mundiais possíveis e já catalogadas. É que há casos hoje em dia que, a pessoa faz exame de sangue para colesterol ou dengue. O Exame foi pedido pelo médico especificamente para isso. O paciente não tem nenhuma dessas duas doenças, mas, na semana seguinte, esse mesmo paciente morreu de doença de chagas. Uma doença que ainda mata, mas o médico nunca pede o exame. Logo, IA não é questão apenas de tecnologia, é de reduzir o esforço do paciente, dos profissionais, e da política envolvida.”

Heverton Anunciação - Fundador da Universidade do Consumidor e eleito entre os 10 influenciadores no mundo em experiência do cliente

Estamos experimentando a primeira etapa de duas na revolução digital. Esta fase inicial é descrita como horizontal, na qual uma tecnologia uniforme é implementada em vários setores distintos, com exemplos como o ChatGPT, APIs de imagens e NLP aplicados em contextos variados, mas partilhando a mesma fundamentação tecnológica. A próxima etapa será marcada pela verticalização das aplicações de IA, substituindo a abordagem de soluções genéricas por inteligências artificiais que se concentram em solucionar desafios complexos e particulares em campos específicos. Esse processo é paralelo à evolução do conhecimento humano, começando com a aquisição de uma compreensão geral para, em seguida, focar em especializações. A verdadeira transformação ocorrerá quando combinarmos tecnologia com conhecimento dos processos empresariais. Por isso, acredito que a maior revolução ainda está por vir, e temos a oportunidade de ser parte integrante dela.”

Fernando Baldin - Country manager da AutomationEdge

Estamos à beira de uma revolução impulsionada pela inteligência artificial, que promete remodelar nosso País em áreas cruciais como educação e emprego. Vejo a IA não apenas otimizando processos em vários setores, mas também fomentando a formação de novas lideranças e o crescimento profissional. O desafio para o Brasil será adaptar nosso sistema educacional, preparando profissionais para um mercado cada vez mais tecnológico e enfrentando problemas urgentes, como a segurança alimentar, a crise energética e eventos climáticos extremos. A adoção consciente da IA aponta para um futuro onde tecnologia e sociedade coexistem harmoniosamente, sublinhando a necessidade de nos adaptarmos para prosperar nesta nova realidade.”

Onédio Siqueira Seabra Junior - Presidente da International Association of Artificial Intelligence - I2AI

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IA generativa aterrissou de forma contundente nas recentes conversas globais sobre tecnologia e negócios, com expectativas de causar um impacto significativo e contínuo na sociedade e nos negócios. Novas aplicações que nunca pensamos que poderíamos acessar agora parecem estar ao nosso alcance e, claro, os executivos possuem muitos objetivos relacionados ao aumento de produtividade e à redução de custos, que são sempre muito atraentes com um tempo de desenvolvimento de projetos, testes e escala muito relevantes para o negócio. A história recente nos ensina que, quando a interface através da qual acessamos e consumimos informações muda, uma revolução está se formando. A interface simples e rápida da IA generativa tem provocado uma revolução, embora a direção e a extensão dessas mudanças ainda sejam difíceis de serem compreendidas nesta fase. Nas entrelinhas, há uma lição crucial a ser aprendida: se uma tecnologia inovadora se torna tão fácil de acessar, tão democratizada e atraente de usar, até mesmo os mais radicais opositores acabam sucumbindo a ela, abraçando-a como se fosse sua. Dados pré-treinados, facilidade de desenvolver o comportamento das pessoas e qualidade das respostas também são grandes diferenciais.”

Sílvio Dantas - Diretor-executivo de inovação e transformação digital da Capgemini Brasil

AIA generativa está impulsionando a eficiência, a produtividade e a inovação em todos os setores, independentemente do tamanho da empresa. Ela nos desafia a repensar a forma como trabalhamos e colaboramos com máquinas inteligentes. Além disso, seus benefícios superam amplamente os riscos quando utilizada de maneira ética e com foco no bem comum. É crucial que empresas de todos os portes e setores dominem o uso de IA generativa. Ela não deve ser um privilégio apenas das grandes corporações, mas sim uma alavanca para a competitividade global. O Brasil, neste contexto, tem a oportunidade de liderar na adoção da IA, desde que sejam tomadas medidas para capacitar empresas, fomentar a indústria e garantir a integridade e a ética em sua aplicação.”

Quando falamos de inteligência artificial e seu futuro, temos que pensar no seguinte: esse modelo possui um passado gigantesco, tendo iniciado há quase cinco décadas, quando começaram a existir os computadores. Inicialmente, eram os equipamentos. Em seguida, tivemos o advento da internet, que conectou pessoas, algo que ocasionou o grande salto até chegar ao ChatGPT. Foi quando conseguimos enxergar a IA, que já existia, mas não era consolidada. Agora, nos encontramos em um momento de avanço, com uma velocidade incrível, em que estamos “ensinando” à IA. Quando olhamos para o futuro, imagino que, em um ou dois anos, haverá uma mudança completa na forma que nos relacionamos com a tecnologia, isto é, será difícil achar pessoas ou empresas que não a utilizem. Creio que a IA será, na verdade, uma extensão da nossa própria inteligência. Será como uma memória estendida.”

Araquen Pagotto - CEO da Web Automação

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MATÉRIA DE CAPA

Omaior risco dessa nova geração de inteligências artificiais não é tecnológico, é humano. Na ânsia de sair à frente ou pelo receio de ficar para trás, empresas e países abrirão mão de todas as precauções e lançarão, precipitadamente, serviços e produtos inacabados e imperfeitos. Dada a velocidade e total opacidade com que operam, só perceberemos os estragos quando for tarde demais.”

René de Paula Jr. - Roda e Avisa Comunicações

Os avanços na IA, ao longo da última década, foram notáveis, proporcionando um acesso sem precedentes à computação mais poderosa da história. Pontos de vista extremos sobre o seu futuro vão desde a utopia até à destruição da humanidade. Muito provavelmente, a realidade está em algum lugar no meio: a IA é brilhante em algumas coisas e incrivelmente inútil em outras. É improvável que essa situação mude, apesar de novos avanços e investimentos. A IA é, na melhor das hipóteses, uma ferramenta para mudanças positivas e, na pior, um instrumento contundente de destruição. Do ponto de vista empresarial, não há dúvida de que a IA desempenhará um papel cada vez mais significativo. Ainda assim, existem tantas soluções rápidas que podem ser aplicadas a processos de negócios desatualizados e, apesar de todo o poder da tecnologia, cada projeto é, no fundo, um projeto de gestão de mudanças; e a gestão de mudanças é um desafio. O que parece bom no papel e se demonstra bem num ambiente fechado, muitas vezes, falha miseravelmente quando confrontado com a realidade humana. Idealmente, o futuro da IA será liderado e informado por trabalhadores, clientes e cidadãos como uma ferramenta para aumentar e ajudar. Mas, hoje, a tecnologia promete demais e lidera a conversa, que não terminará bem.”

Alan Pelz-Sharpe - Fundador e analista principal da Deep Analysis

Apesar de falarmos de IA há décadas, foi o lançamento do ChatGPT pela Open AI que colocou uma tecnologia já existente em interface com o usuário final, o que poderá causar um impacto semelhante ao lançamento do iPhone. Quando o iPhone foi lançado, toda uma nova geração de empresas e apps nasceram. Da mesma forma que apps otimizaram aplicações do dia a dia, como pedir comida ou um taxi, a IA vai abrir caminho para uma geração de agentes especializados em resolver tarefas de usuários. Em aplicações corporativas, além das questões óbvias de segurança, estamos em early days de aplicações reais e do potencial que reside em ganhos de eficiência nos “dados desestruturados” das empresas.”

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AAInteligência Artificial tem enorme potencial para otimizar operações governamentais e ajudar a atender as demandas dos cidadãos abrangendo desde a gestão eficiente dos sistemas de saúde, tráfego e educação até a melhoria de processos internos como detecção de fraudes e automação de processos (RPA – Robotic Process Automation). A combinação de IA com outras tecnologias disruptivas como Blockchain amplifica esses beneficios. Um exemplo brasileiro é um projeto, financiado pelo Banco Mundial, que utilizou IA para detecção de fraudes e identificou 500 empresas de propriedade de funcionários públicos responsáveis pela fiscalização de contratos dessas empresas. Entretanto, um dos desafios ao implementar IA no setor público é a possível falta de conhecimento e experiência dos funcionários necessários para tomar decisões estratégicas de compra das ferramentas de IA. As questões de ética no uso de IA também trazem insegurança e adicionam complexidade neste processo. Capacitar os funcionários do setor público para entenderem o uso ético e responsável de IA é o primeiro passo para avançarmos com esta nova tecnologia no uso governamental no Brasil.

César Patiño - Principal Advisor

inteligência artificial (IA) está no cerne de uma revolução tecnológica, e no seu ápice histórico, em que está transformando não apenas a forma como conduzimos negócios, mas também a própria essência da humanidade. No presente, espera-se que ela seja a resposta, a solução para as maiores das atividades instantâneas e repetitivas. No futuro, espera-se que a IA continue a evoluir exponencialmente, tornando-se ainda mais poderosa e capaz de realizar tarefas complexas com eficiência e precisão. Esta evolução terá um impacto significativo nos negócios, na economia global e na sociedade como um todo. Em termos técnicos, podemos esperar avanços notáveis na capacidade das máquinas de aprender e tomar decisões autônomas. Algoritmos mais sofisticados, combinados com o aumento da capacidade de processamento e o acesso a grandes volumes de dados, permitirão que a IA seja aplicada em uma variedade ainda maior de áreas. Desde a automação de processos empresariais até a criação de sistemas de diagnóstico médico mais precisos, a IA será uma força motriz por trás da eficiência e inovação em todos os setores. Estrategicamente, as empresas que abraçarem e integrarem a IA em suas operações terão uma vantagem competitiva significativa. A capacidade de analisar grandes quantidades de dados em tempo real, identificar padrões e prever tendências futuras permitirá que as organizações tomem decisões mais informadas e ágeis. Além disso, a automação de processos repetitivos liberará recursos humanos para se concentrarem em tarefas de maior valor agregado, impulsionando a produtividade e a criatividade. No entanto, o avanço da IA também traz consigo desafios e dilemas éticos. Questões relacionadas à privacidade dos dados, viés algorítmico e o impacto no mercado de trabalho são apenas algumas das preocupações que precisam ser abordadas de forma responsável e transparente. As empresas e os governos terão que trabalhar em conjunto para desenvolver regulamentações adequadas e garantir que a IA seja usada para o bem da sociedade como um todo. No geral, o futuro da IA é emocionante e repleto de possibilidades. Se utilizada de forma inteligente e ética, a IA tem o potencial de transformar os negócios, impulsionar a inovação e melhorar a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. É crucial que todos os envolvidos - desde líderes empresariais até pesquisadores e legisladores - colaborem para garantir que colhamos os benefícios dessa tecnologia de maneira responsável e sustentável.

Taiolor Morais - CPTO na Youse Seguros

MATÉRIA DE CAPA

Na era da tecnologia avançada, a automação desempenha um papel fundamental na simplificação de tarefas complexas. Introduzindo o conceito de automação simples - um paradigma projetado para oferecer eficiência sem a complexidade desnecessária. Nesse cenário, destaca-se o Roberty Automation, um sistema inovador que exemplifica perfeitamente os princípios da automação simples. O Roberty Automation é uma solução projetada com uma abordagem centrada no usuário, priorizando uma interface intuitiva e funcionalidades essenciais. Com sua interface amigável e fluxos de trabalho simplificados, o Roberty Automation capacita os usuários a automatizar tarefas rotineiras sem a necessidade de treinamento extensivo ou suporte técnico.

Este sistema especializa-se em resolver problemas específicos de maneira eficiente, concentrando-se em tarefas bem definidas. Seja organizando emails, gerenciando arquivos ou executando outras tarefas de escritório, o Roberty Automation simplifica e agiliza processos complexos

Além disso, o Roberty Automation é acessível a uma ampla gama de usuários, graças à sua adoção de tecnologias amplamente disponíveis e de fácil compreensão Isso torna a automação acessível a pessoas com diversos níveis de habilidade técnica, democratizando o acesso aos seus benefícios.

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Imagem de um notebook realizando uma ação no Software Roberty Automation

Reconhecido por sua impressionante agilidade, impulsionada por uma série de fatores que o tornam uma ferramenta altamente eficiente para a otimização de processos. Uma das principais razões para sua agilidade é sua capacidade de lidar com tarefas repetitivas de forma extremamente rápida e consistente Enquanto um ser humano pode levar um tempo considerável para realizar uma determinada atividade, o Roberty Automation pode executá-la em uma fração desse tempo, garantindo uma produtividade incomparável

O Roberty Automation opera ininterruptamente, eliminando a necessidade de pausas para descanso ou interrupções, o que mantém o ritmo acelerado de execução de tarefas. Seja organizando arquivos, processando dados ou respondendo a comandos, o sistema responde instantaneamente, minimizando o tempo de latência e mantendo uma resposta rápida às demandas do usuário.

Ao eliminar redundâncias e simplificar processos, o Roberty Automation reduz significativamente o tempo necessário para concluir uma determinada tarefa, garantindo eficiência máxima em todas as operações

O Roberty Automation é reconhecido pela sua intuitividade, um atributo que o torna acessível e fácil de usar para uma ampla gama de usuários.

Uma das principais razões para essa intuitividade é a sua interface amigável, projetada para ser simples de entender e navegar. Com menus claros e botões bem definidos, os usuários podem facilmente realizar configurações e interagir com o sistema sem a necessidade de um treinamento extensivo.

O processo de configuração de tarefas no Roberty Automation é direto e simplificado Com apenas alguns passos, os usuários podem criar automações personalizadas de acordo com suas necessidades específicas Sua intuitividade torna-o uma escolha popular para indivíduos e organizações que buscam aumentar sua eficiência e produtividade.

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Saindo do “Vamos Fazer Algo com chatGPT” para Construção de Soluções de IA que Fazem Diferença Competitiva

CEZAR

Em 2023 vimos muito entusiasmo e euforia com a tecnologia de GenAI. Muitas experimentações aconteceram nas empresas, mas infelizmente uma grande maioria sem objetivos de negócio bem definidos. O mantra empresarial muitas vezes foi simplesmente “temos que fazer algo com chatGPT”. Acreditamos que em 2024 o mercado já vai estar mais amadurecido e buscando projetos, não de IA, mas de negócios que usem IA caso ela seja a melhor solução. E, aí veremos duas perspectivas que passaram batidos na empolgação do hype: uma estratégia de uso bem alinhada às estratégias de negócio e modelos e práticas de governança de IA.

A IA generativa é fantástica e útil, mas não resolve a maioria dos problemas que as empresas enfrentavam antes de ela aparecer e que continuam enfrentando. Hoje, talvez não consigamos resolver nem 10% dos problemas de negócios atuais usando um LLM. Eles, por si, têm aplicações restritas. Claro que a GenAI abre inúmeras novas oportunidades, pode-se fazer coisas novas com ela, mas muito dos desafios que importavam antes, ainda continuam presentes no dia a dia das empresas.

Já temos hoje muitas aplicações de IA com soluções de aprendizado de máquina. A maior parte faz previsões a partir de dados tabulares e análises de séries temporais. Essas duas áreas estão, hoje, fora do al-

cance de um LLM. A GenAI não veio para substituir as soluções de ML que temos ou que ainda serão construídas, Veio para ampliar e diversificar as soluções disponíveis. E a combinação da GenAI com outros modelos pode criar novas soluções. Mas, não superestimemos a GenAI. Um LLM não consegue, sozinho, pensar criticamente sobre um problema, entrevistar e acionar especialistas no assunto, coletar dados necessários para resolver a questão, estabelecer um processo de rotulagem, experimentar, se necessário, e começar tudo de novo. Nós humanos é que fazemos isso e com ajuda da IA, generativa ou não, conseguimos resolver mais rapidamente muitos desses problemas.

Os LLM fazem muito bem o trabalho para o qual foram projetados. Só que nem todos os estão usando para os fins adequados. Muitas pessoas estão considerando as respostas dos LLMs como “a verdade”, deixando de lado o pensamento crítico. Estamos querendo fazer coisas além da sua capacidade. Isso vai, mais cedo ou mais tarde gerar frustração.

Assim, experimentações sem objetivos claros não vão gerar resultados tangíveis. Por exemplo, existe um entusiasmo muito grande com o uso de ferramentas de GenAI para gerar código de programação. Mas, seu uso não pode e nem deve ser indiscriminado e sem

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controle. É muito fácil usar a GenAI para criar códigos complexos que nem mesmo o desenvolvedor entende. Por isso, é necessário criar regras de uso que contemplem boas práticas. O que não é fácil, pois estamos ainda no início da curva de aprendizado e essas práticas ainda estão sendo construídas.

Mas aqui algumas sugestões de modelos não excludentes, mas complementares:

1. Adoção do modelo de 100% do código ser gerado automaticamente. Para cada código gerado é importante ter um arquivo “.prompt” que mostre o que gerou o código. A manutenção passa a ser no prompt e não no código. Esse arquivo “.prompt” deve conter o histórico de por que foi usado, log de manutenção e assim por diante. E cuidado, que eventualmente, por updates do próprio LLM, o mesmo prompt submetido semanas ou meses depois pode gerar um código sutilmente diferente do anterior. Sempre teste o resultado.

2. Adoção do modelo da GenAI ser um assistente de codificação. Se essa opção está sendo adotada é importante que na documentação do código sejam marcadas as seções onde a IA generativa foi acionada e onde foi editado o código a partir do que foi gerado por ela. Isso significa que deve haver um marcador claro dizendo “Essa porção do código foi gerado a partir deste prompt” e, se editadas, as

linhas deverão identificar qual foi a alteração. A principal dica aqui é usar um sistema de controle de versão que diferencie entre a versão generativa e a versão final para ter um registro completo dessas alterações. E claro, o arquivo “.prompt” dessa porção de código deve acompanhar a documentação.

3. Código totalmente humano. Existem situações na qual a empresa está construindo algo novo e não quer se arriscar a ter nenhum problema de propriedade intelectual, e também garantir que essa a propriedade intelectual seja 100% sua. Documente isso claramente e audite para garantir que o código não seja poluído com código gerado por IA generativa.

É recomendável que não se “experimente” o uso de ferramentas de GenAI para processos de desenvolvimento de código, sem uma estratégia clara, com processos que classifiquem e identifiquem qual foi o trabalho gerado por máquinas e por humanos. O seu uso sem controle, sem processos e melhores práticas, pode fazer com que a dívida técnica aumente muito.

A GenAI vai continuar sendo disseminada e agora, com mais racionalidade, saindo dos projetos do tipo “temos que fazer alguma coisa com ChatGPT”, para projetos que só serão feitos com expectativa de ROI. A GenAI não vai substituir jornalistas, escritores e designers gráficos, no entanto, acelera drasticamente

todo o processo, gerando imagens e texto, o reformulando, e o tornando mais curto, mais longo ou mais simples. Vai ser comum nas empresas e isso, claro nos leva a algumas questões.

Primeiro, analisando os custos, o sonho inicial de assinar licenças para todo o mundo nas companhias será revisto. Os que terão acesso às assinaturas de GenAI corporativos serão os que terão suas tarefas compensadas financeiramente no ganho de produtividade em relação ao custo da assinatura. Também surge a discussão da “Shadow AI”, uma vez que existem muitas soluções baratas, B2C e open source, e os funcionários, que não tenham acesso a assinaturas corporativas os usarão nas suas atividades, “por baixo dos panos”, sem autorização.

Lembram-se da sigla BYOD, quando da disseminação dos smartphones por todo mundo? Pois é, sua nova versão é BYOAI (Bring Your Own AI), os usuários usarão as ferramentas de IA de sua escolha. O desafio é garantir que as regras de compliance, ética, direito autorais e privacidade sejam mantidas, com o uso indiscriminado dessas tecnologias.

Em resumo, o ano de 2024 sinaliza um amadurecimento do uso da GenAI, saindo das demos para usos reais e isso acarreta as responsabilidades que recaem sobre todo software em produção: manutenção, upgrade, otimização. Acabou a brincadeira. Agora começa a ser sério.

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Estão Dizendo que RPA Está Morto. O Que Isso Significa?

Humano, Vice-Presidente do Setec Consulting Group (www. setecnet.com.br) e Chief Strategy Officer da Practia no Brasil (www.practiaglobal.com.br).

Master Business Essentials CORe Program pela Harvard Business School, Especialista em Ciência de Dados, MBA em Liderança e Inovação, Engenheiro Mecânico pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Master Black Belt, Agile Coach, Design Thinker, Manager 3.0, Certified Six Sigma Master Black Belt pela American Society for Quality (ASQ) e Certified Scrum Master pela Scrum Alliance e Facilitador Certificado LEGO® SERIOUS PLAY®

Atecnologia Robotic Process Automation (RPA) representou, durante anos, a vanguarda da inovação para empresas buscando eficiência através da automação. Capaz de simular ações humanas em tarefas repetitivas, o RPA prometia uma revolução na maneira como as operações empresariais seriam conduzidas. No entanto, apesar de sua promessa inicial, a jornada do RPA foi marcada por desafios significativos, incluindo longos tempos de desenvolvimento, custos elevados e a necessidade de um constante redesenho estratégico das cadeias de valor. Essas dificuldades levaram a uma reflexão profunda sobre a viabilidade e a eficácia do RPA como uma solução de automação a longo prazo.

as limitações do RPA tradicional. A automação cognitiva e inteligente (CPA) se distingue por sua capacidade de processar dados e entradas despadronizadas, adaptando-se a cenários complexos e variáveis com uma eficácia que o RPA convencional não poderia alcançar.

Essa nova era de automação beneficia-se da democratização da tecnologia, movendo-se do paradigma do Low Code para soluções baseadas em No Code acessíveis através de interfaces de Linguagem Natural. Essa transição não apenas simplifica o processo de implementação de soluções de automação, mas também as torna mais acessíveis a um público mais amplo, independente de conhecimento técnico especializado.

Observando o cenário atual, percebe-se uma mudança notável: plataformas líderes de mercado, como UiPath e Automation Anywhere, já não priorizam o termo “RPA” em suas páginas oficiais. Esse fenômeno não é uma mera questão de rebranding, mas sim um indicativo de uma evolução necessária e inevitável no campo da automação. O foco agora se desloca para a automação cognitiva e inteligente, uma transformação que promete superar

Além disso, a automação inteligente se apoia em dados não necessariamente estruturados e regras de negócio flexíveis, capazes de se ajustar a processos realistas com variabilidade inerente. Isso significa que, em vez de forçar o mundo real a se encaixar em modelos rígidos e pré-definidos, a nova onda de automação procura entender e adaptar-se às nuances e à complexidade das operações empresariais como elas realmente são.

INTELLIGENT AUTOMATION | 30
Gilberto Strafacci
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Aspecto

Definição

Foco de Automação

Desenvolvimento

Tipo de Dados

Complexidade de Implementação

Evolução

Tecnológica

O anúncio da “morte” do RPA não é, portanto, um epitáfio, mas sim uma declaração de evolução. Significa reconhecer as limitações do passado e abraçar uma abordagem mais flexível, inteligente e acessível à automação.

“O legado do RPA permanece importante, pois pavimentou o caminho para esta nova fase, demonstrando a necessidade inegável de automação nas empresas.”

No entanto, a transição para a automação cognitiva e inteligente promete não apenas superar os obstáculos encontrados anteriormente, mas também expandir o po -

RPA (Automação Robótica de Processos)

Tecnologia baseada em software que automatiza tarefas repetitivas e baseadas em regras.

Tarefas repetitivas e previsíveis.

Low-code, exigindo alguma programação para ajustar os robôs às tarefas.

Automação Inteligente e Cognitiva

Combinação de RPA com tecnologias como IA, ML, processamento de linguagem natural para automatizar tarefas complexas.

Processos que requerem tomada de decisão, adaptação e aprendizado.

No-code, permitindo automação através de interfaces intuitivas e linguagem natural.

Principalmente dados estruturados. Dados despadronizados, não estruturados e complexos.

Relativamente simples para processos bem definidos e estruturados.

Limitada pela necessidade de regras predefinidas e intervenções manuais para exceções.

tencial da automação de maneiras antes inimagináveis. Este momento representa uma oportunidade ímpar para líderes de automação repensarem suas estratégias e reposicionarem suas iniciativas junto às áreas de negócios. Isso implica uma revisão profunda do relacionamento com as áreas de negócios, dos tempos de desenvolvimento, dos critérios de priorização e de aprovação de projetos.

Com as novas tecnologias de automação inteligente e cognitiva, há um potencial significativo para melhorar automações existentes que, até então, não estavam otimizadas, e também para reavaliar e imple -

Mais complexa, demandando entendimento avançado dos processos e integração de múltiplas tecnologias.

Alta, com capacidades de autoaprendizado, adaptação e melhoria contínua.

mentar projetos que foram previamente rejeitados.

Essas tecnologias abrem portas para um espectro mais amplo de processos que podem ser automatizados, incluindo aqueles que lidam com dados não estruturados e tomada de decisão complexa. Portanto, há dinheiro na mesa – oportunidades de economia e eficiência que estavam inacessíveis até agora. Líderes proativos que reconhecem e agem sobre essas oportunidades podem não apenas trazer benefícios significativos para suas organizações, mas também posicionar suas equipes como centrais e estratégicas dentro do ecossistema de negócios.

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Consultor da ImageWare desde 1990. Com 46 anos de experiência em tecnologias da informação, trabalhou em empresas como o Banco Itaú e IBM da Alemanha. Em 2009 se tornou responsável pelo programa AIIM ECM Certification na América Latina e Oriente Médio, ministrando seminários sobre ECM, workflow e metodologias para mais de 3.000 profissionais em 30 países. Nos últimos 35 anos, desenvolveu projetos como o programa de gestão de conteúdo da Organização Bradesco, projeto este premiado pela AIIM em 2018. De 2008 a 2010 deu suporte à FEBRABAN no processo de definição do modelo brasileiro para a compensação de cheques por imagem. Membro da ABNT no CB 14 – Comitê Brasileiro de Informação e Documentação, onde atuou na redação da ABNT PR1013 – Orientações para a garantia da qualidade e confiabilidade do documento digitalizado. Nomeado Fellow pela AIIM em 2021.

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Deveríamos Voltar para o Papel?

Alan-Pelz escreveu matéria na revista KMWorld com o título Should we go back to paper-based KM? – Deveríamos voltar para a gestão de conhecimento baseada no papel? Entre as possíveis justificativas listadas por ele está o trabalho dos antigos arquivistas que não era de simplesmente embuchar caixas com documentos. Eles gerenciavam cuidadosamente estas caixas e se preocupavam que somente informações relevantes, atualizadas e precisas estivessem facilmente acessíveis.

Hoje em dia geramos informações de forma redundante (alguém já se deu conta que quando lhe pedem para tirar uma foto com o celular, você tira diversas? Na época do tradicional filme você tinha no máximo 36 poses e fazia o possível para gastar somente um fotograma), ou então guardamos TODAS as versões de um documento que estamos editando, mesmo após ele ter sido aprovado e publicado. E o pior de tudo é o efeito de OS ACUMULADORES. A tendência é de se guardar tudo para sempre. E como temos menos arquivistas e volumes cada vez maiores, estes volumes só crescem.

Tudo isto é um desastre anunciado. Os primeiros sintomas aparecem quando os custos de armazenamento começam a crescer de maneira assustadora, a performance a cair e os gastos com TI a serem desperdiçados. E à medida que a IA generativa penetra mais profundamente nas organizações, haverá

uma mudança para pior à frente. As consequências só crescem e a vítima da vez é a IA. Dados das mais diversas fontes apontam os sérios problemas na implementação de sistemas de IA. Uma análise recente da Gartner revelou que 96% dos dados das organizações não estão prontos para IA. Don Scheibenreif da mesma Gartner ressaltou que nós sempre fomos levados a acreditar que as montanhas de dados que possuímos seriam montanhas de ouro. Mas, na verdade, é ouro de tolo. E a bola de neve só aumenta.

A AIIM – Association for Intelligent Information Management estará apresentando no seu congresso anual framework para a implementação de IA e nesta metodologia os dados são chamados de força vital das máquinas de IA.

O ataque aos acervos existentes e às novas informações capturadas ou produzidas visa eliminar os dados e as informações classificadas como ROT (redundantes, obsoletas e triviais). Para muitos estas iniciativas podem parecer contraintuitivas ou até um pouco assustadoras. Porém, hoje em dia continua sendo a forma mais rápida e mais efetiva para se trazer ordem, acurácia e valor crescente à informação e às praticas que a usam. E, para que isto aconteça é necessário um patrocínio forte pois a higienização do acervo não aponta um ROI imediato. É necessária uma visão estratégica para tanto, visão esta que também deveria estar direcionando as iniciativas de IA.

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Generative Intelligent Automation: Da Era ChatGPT a um Futuro de Possibilidades

Ewaldo Del Valle

Com uma experiência de mais de 25 anos na indústria da tecnologia, tem um histórico impressionante em Desenvolvimento Comercial, Automação Digital, Transformação Digital e Inovação, trabalhando em empresas multinacionais como INDRA, SONDA, dentre outras. Pioneiro em Inteligência Artificial, Ciência de Dados e Transformação Digital, liderou operações em diversos países, incluindo Brasil, Chile e México. No âmbito acadêmico, aprimorou suas competências no MIT Sloan School of Management e na Singularity University, destacando-se em Gestão, Inovação e Tecnologia.

Olançamento do ChatGPT pela OpenAI em 2022 não foi apenas um marco para o campo da Inteligência Artificial (IA); foi um ponto de inflexão para a sociedade global. Pela primeira vez, a IA deixou de ser uma ferramenta nos bastidores para se tornar um participante ativo nas conversas diárias de indivíduos, empresas e governos. Embora a IA já permeasse nossa vida cotidiana através de serviços como Waze, Alexa, Amazon Go, Spotify e outros serviços e produtos, a introdução do ChatGPT destacou a presença da IA de maneira nunca antes vista, desencadeando um misto de fascinação e preocupações em relação ao futuro.

O surgimento do ChatGPT significou uma mudança radical na percepção pública da IA, graças à sua habilidade de gerar conteúdos convincentes, responder perguntas complexas e simular conversas humanas com uma precisão surpreendente, essa nova onda de interesse não só trouxe entusiasmo, mas também alimentou uma série de mal-entendidos e temores sobre o potencial da IA para substituir humanos em várias capacidades, incluindo o temido domínio sobre o mundo e a autonomia sobre armas letais. Os temores relacionados à possibilidade de estarmos lidando com Inteligência Geral Artificial (AGI), capaz de aprender e operar independentemente em qualquer domínio de conhecimento humano, apesar de permanecer um objetivo distante, na mente do cidadão comum parece próxima demais.

Contrário à crença popular, os Modelos de Linguagem de Larga Escala (LLMs), como o ChatGPT, e as tecno-

logias de IA generativa são projetados para serem tão somente ampliadores da capacidade humana, não seus substitutos. Incapazes de desejos ou ambições, essas ferramentas são limitadas pelas intenções de seus criadores e usuários, desmontando o mito de que já estamos diante de uma IA com desejos autônomos de dominação. A preocupação de que a IA possa “roubar empregos” não é totalmente infundada, mas precisa ser contextualizada. Historicamente, a automação e a tecnologia deslocaram certas ocupações enquanto que ao mesmo tempo criaram novas oportunidades. A chave para uma transição bem-sucedida está na requalificação e na educação contínua, permitindo que indivíduos e sociedades se adaptem e prosperem ao lado dessas novas ferramentas.

Estas mudanças estão provocando implicações profundas no mercado de Intelligent Automation (IA) o qual está em uma corrida pela integração de LLMs e IA generativa para automatizar tarefas complexas que vão desde o atendimento ao cliente até a análise de dados e a criação de conteúdo. A Intelligent Automation, potencializada pela IA generativa, está redefinindo os limites do possível, democratizando o acesso a soluções tecnológicas avançadas e estimulando inovação em um ritmo sem precedentes.

A chave para um futuro positivo reside na governança, na ética e na colaboração internacional. Encarando a IA como uma ferramenta poderosa para o bem, é possível vislumbrar um futuro onde a tecnologia e a humanidade coexistem harmoniosamente, enfrentando juntos os desafios mais prementes da nossa era.

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Robôs orquestrados Processos automatizados Em produção na FIK DIGITAL Seguimentos atendidos

A FIK DIGITAL está, através da tecnologia (RPA) revolucionando vários setores, oferecendo soluções inovadoras para simpli car operações e impulsionar a e ciência.

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Fernando Baldin

Formado em Relações Públicas com MBA em Administração, ITIL Master, HDI KCS Instructor, atuando a mais de 24 anos na área de TI sendo 6 destes em Automação. Autor do Livro Revolução Invisível e Co-autor do Livro Colaborativo RPA & Hiperautomação lançado pela a Editora BRASFORT e, conjunto com a Jornada Colaborativa. Atualmente é Country Manager da AutomationEdge.

NROI em Automação: Uma Nova Perspectiva

o universo da automação, calcular o retorno sobre investimento (ROI) é uma tarefa chave, porém frequentemente mal interpretada. Tradicionalmente, as organizações medem o ROI de iniciativas de automação focando na economia de horas de trabalho, uma abordagem que, apesar de intuitiva, subestima o verdadeiro valor trazido pela automação.

Comparar processos manuais com automatizados é como comparar uma bicicleta e uma Moto. Apesar de ambas terem 2 rodas, banco, guidão, freio e etc. A diferença de capacidade é enorme, e utilizar o critério de tempo economizado por si só não captura a essência da transformação que a diferença entre esses dois meios de transporte proporciona. A automação expande a capacidade operacional de uma maneira que não é possível com métodos manuais.

ser calculado com base no novo patamar de performance que a automação traz. Isso envolve olhar além da produtividade imediata e considerar a capacidade ampliada de processamento do processo aliado ao número reduzido de pessoas necessário para executar a atividade na nova realidade.

Se antes processávamos 100 tarefas com 5 pessoas e após a automação conseguimos atingir 500 tarefas com 1 pessoa, essa é a verdadeira diferença que o ROI deve levar em consideração. Para fazer 500 tarefas no modelo que tínhamos de 5 pessoas precisaríamos de uma equipe de 25, mas como hoje temos 1 a diferença não é 4, mas sim 24, esse é o ganho real que o ROI deve considerar. Após implementar a automação, a vantagem da maior capacidade se torna tão clara que dispensa a necessidade de cálculos complexos para perceber o significativo aumento de eficiência.

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O ponto chave da questão reside na percepção limitada do que é valor em processos automatizados. Muitas organizações deixam de reconhecer o custo oculto de backlogs altos, erros em processos, atrasos nas respostas aos clientes. Esses gargalos internos que atravancam o fluxo natural dos processos. A automação não só elimina esses atrasos, mas também introduz uma fluidez que de forma manual é inatingível e/ou anti-econômica. Portanto, o verdadeiro ROI deve

Reconhecendo o ROI baseado na capacidade ampliada, as organizações podem valorizar plenamente o benefício real da automação. Essa perspectiva não só justifica o investimento inicial como também prepara o terreno para futuras inovações. Conforme mais empresas experienciam o impacto transformador da automação, essa abordagem para calcular o ROI se tornará indispensável para evidenciar o valor das iniciativas de automação.

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Impulsione a Digitalização com a ELO

Na era da transformação digital, onde agilidade e eficiência são cruciais para o sucesso empresarial, a ELO Digital Office se destaca como líder em soluções tecnológicas que impulsionam a gestão da informação e otimizam os processos de negócio. Com mais de 25 anos de experiência, reputação sólida e expertise reconhecida globalmente, a empresa está presente em mais de 50 países, oferecendo um conjunto abrangente de produtos e serviços voltados para a gestão inteligente de documentos e informações.

AELO Digital Office é um dos principais fornecedores de ECM em todo o mundo. Com soluções tecnológicas líderes, rendeu a empresa inúmeros prêmios internacionais. Além disso, os altos padrões de qualidade e serviço garantem que os parceiros de negócios da ELO Digital Office tenham projetos bem-sucedidos e uma base de clientes satisfatória.

“A automação dos processos da AFRAFEP com o ELO trouxe eficiência e produtividade para nossa empresa.”

TATIANA KLLIVIA

uma abordagem na nuvem ou on-premise, as soluções da ELO Digital Office são flexíveis, adaptando-se às necessidades específicas de cada cliente. Elas garantem uma integração suave com os sistemas existentes, proporcionando uma experiência de usuário intuitiva e eficaz.

Gerente da Associação dos Auditores Fiscais do Estado da Paraíba

Sempre em busca de uma experiência completa e satisfatória para os clientes a ELO Digital Office conta com uma equipe de especialistas dedicados a oferecer suporte técnico, consultoria e treinamento personalizado para garantir o máximo aproveitamento das soluções ELO. Independentemente da preferência por

O software de ECM (Enterprise Content Management) da ELO permite a captura, gestão, armazenamento e distribuição de documentos de forma segura e eficiente. Com recursos avançados de pesquisa e indexação, o ELO ECM Suite facilita a localização e o acesso rápido às informações, fomentando a colaboração, embasando tomadas de decisões assertivas e automatizando processos.

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O sistema de digitalização ELO ECM Suite transforma os processos de negócios e oferece um poderoso gerenciamento de informações. Graças a uma variedade de novas tecnologias, como a plataforma de automação ELO Flows ou o ELO Workspaces para visualização de dados, o ELO ECM Suite estabelece novos padrões quando se trata de projetos de transformação digital. Além disso, há muitas outras funcionalidades para a colaboração produtiva em equipe, todas integradas perfeitamente com ERP, CRM e outros sistemas, bem como com aplicativos da Microsoft - seja em uma instalação local ou hospedado na nuvem.

A empresa está inovando e acompanhando as tendências do mercado, investindo em tecnologias emergentes como inteligência artificial e automação robótica de processos (RPA). Isso permite que a ELO Digital Office ofereça soluções ainda mais avançadas e adaptáveis às demandas do mundo digital, visando a transformação digital completa das empresas.

e contabilidade, integrando-os em uma única plataforma robusta e coesa. Com workflows automatizados e funcionalidades personalizadas, essas soluções ajudam as empresas a simplificar processos complexos e aumentar a produtividade de suas equipes.

“Encontramos na ELO as ferramentas certas para tirarmos da gaveta projetos que envolviam a automação de processos e a eliminação de papel na nossa operação, o que elevou o patamar de relevância da Versari no mercado de administração de condomínios.”

MARCELO AMORIM

CEO da Versari Condomínios Inteligentes

Com sua abordagem personalizável e expansível, a ELO Digital Office facilita a digitalização de diversos departamentos, incluindo contratos, recrutamento, RH, financeiro

ELO Contract , ELO HR Recruiting , ELO Invoice, ELO Visitor, ELO HR Personnel File e ELO Learning são apenas algumas das soluções oferecidas pela ELO Digital Office, demonstrando a diversidade e o compromisso da empresa em atender às necessidades específicas de seus clientes e impulsionar a excelência nos processos digitais.

Com soluções robustas e adaptáveis às demandas do mercado, os produtos da ELO Digital Office se destacam como a escolha ideal para impulsionar a eficiência e a competitividade das empresas. Com tecnologia de ponta e uma expertise comprovada, a ELO Digital Office se posiciona como a parceira estratégica que as empresas precisam para se destacar em um cenário cada vez mais competitivo.

Nossas soluções de negócios:

ELO Contract

Digital contract management

www.elo.com/pt/contract

ELO Invoice

Digital invoice management

www.elo.com/pt/invoice

ELO HR Personnel File

Digital HR management

www.elo.com/pt/personnel-file

ELO HR Recruiting

Digital candidate management

www.elo.com/pt/recruiting

ELO Visitor

Digital visitor management

www.elo.com/pt/visitor

ELO Learning

Digital training management

www.elo.com/pt/learning

Para mais informações sobre a ELO Digital Office, detalhes das nossas soluções e onde localizar nosso parceiro de negócio mais próximo a você, acesse www.elo.com

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vice-presidente da OpenText para América Latina e Caribe. Líder inovador e orientado para resultados, com mais de três décadas de experiência impulsionando o sucesso de vendas globais na indústria de tecnologia. A carreira de Roberto Regente é construída sobre uma base de confiança, integridade e responsabilidade. Ele consistentemente aplicou esses princípios para liderar organizações de vendas de alto desempenho em algumas das empresas mais prestigiadas do mundo, incluindo Citrix, Microsoft, RSA, EMC e OpenText.

Um agente de mudança comprovado e catalisador de viradas, Roberto inspira e motiva equipes a alcançarem resultados notáveis. Seu discernimento estratégico e habilidade para forjar parcerias estratégicas têm sido instrumentais para impulsionar o crescimento de receitas e transformação de negócios.

Roberto possui diploma em Engenharia Elétrica e realizou cursos de pós-graduação em finanças. Ele é um ávido leitor, aprecia o cinema e é apaixonado por saúde e fitness.

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Melhores Dados Geram

Melhores Resultados de I.A.

Em 2023, aprendemos muito sobre o potencial da IA e conhecemos também seu lado obscuro. Para as empresas, essa tecnologia demonstrou o seu potencial para transformar dados em melhores ferramentas de tomada de decisão – algo de que todas as organizações podem beneficiar.

Mas também aprendemos que a IA depende de dados para aprender e melhorar. Por isso, se os dados não forem precisos, confiáveis e organizados, não obteremos os resultados desejados. Na recente pesquisa MarketPulse realizada para a OpenText, os entrevistados listaram os problemas de gerenciamento de dados no topo de seus desafios de IA.

78% dos CIOs entrevistados disseram que não aproveitar as vantagens da IA significaria que não poderiam aproveitar ao máximo seus dados. Ou seja, não seriam conseguiriam utilizar os dados corporativos para fornecer os insights práticos necessários para progredir.

Para evitar o desperdício de tempo, dinheiro e recursos em iniciativas de IA para as quais seus dados não estão preparados, siga estas etapas para construir uma base moderna de gerenciamento de informações.

Encontre as informações necessárias: Tendo em mente seus casos de uso de IA, realize uma auditoria dos ativos de dados existentes, identifique as fontes, formatos e a qualidade dos dados disponíveis em sua organização para alimentar os modelos de aprendizagem.

Defina padrões de governança de dados: O potencial para que falácias se infiltrem na empresa é real e todos nós precisamos desempenhar um papel na prevenção dos efeitos secundários. Tal

como aprendemos a definir regras para a governança de dados, agora devemos definir os protocolos através dos quais permitiremos fluxos de informação e interpretaremos os resultados da IA.

Automatize a integração de dados sempre ativa: A IA avançou a nossa relação com os dados para que nunca tenhamos informações estagnadas. Isto significa que as organizações precisam de uma estratégia e de um processo contínuo para integrar conjuntos de dados díspares de várias fontes num formato unificado adequado para análise de IA.

Crie fluxos de informação seguros: Segundo o Relatório de Ameaças Cibernéticas da OpenText, 87,5% dos malwares eram exclusivos de um PC. Pensando nisso, as empresas devem implementar medidas que garantam a segurança dos dados e a qualidade da informação.

Crie novas maneiras de conversar com suas informações: Cada trabalho em cada função pode ser reimaginado com IA e interfaces de pesquisa conversacional. Pense em como um assistente de IA pode ajudar a acessar facilmente conjuntos de dados relevantes, acessando diversas bases de conhecimento. A IA alimentada por gerenciamento de informações permite que você utilize os melhores algoritmos para o trabalho e permita que os funcionários explorem os dados de forma independente.

Aproveitar todo o potencial da IA exige que as organizações priorizem o gerenciamento eficaz da informação. Ao estabelecer uma base sólida por meio de governança de dados robusta, processos de integração e garantia de qualidade de dados, você pode preparar o caminho para uma adoção bem-sucedida da IA.

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MAURICIO CASTRO

Com sólida experiência (+30 anos) em empresas de consultoria de tecnologia e gestão (EY, Deloitte, IBM, Accenture), Mauricio Castro é executivo de TI com foco em ofertas orientadas a valor, capaz de ajudar os clientes a superarem os resultados de negócios e influenciar seu comportamento de negócios através de diferentes soluções que vão desde a estratégia de negócios até as capacidades tecnológicas. Atualmente (2023) mora em Madrid (Espanha) e atua como executivo na Habber Tec (consultoria “boutique” europeia em Transformação Digital e Inteligência Artificial).

Mauricio adota como estilo de vida o lifelong learning, é graduado em Engenharia da Computação pela UFRJ, com MBA na COPPEAD- UFRJ, FGV, FDC em Administração, Economia e Marketing, especializações em IA no MIT e em Liderança em YALE, formação de conselheiros (Board) na Inova Business School entre outras tantas formações acadêmicas. Mauricio é certificado PMI/PMP, Senior Management Profissional pela IBM entre outras diversas certificações profissionais.

Mauricio é coautor do livro Jornada VMO e participa ativamente de diversas associações como a I2AI (Associação Internacional de Inteligência Artificial) e Conselheiros TrendsInnovation entre outras.

A Era da Inteligência Artificial: Transformando Negócios e Humanidade no Brasil

Aemergência da Inteligência Artificial (IA) marca uma era de inovação e transformação em escala global, trazendo consigo potenciais revolucionários e desafios sem precedentes. Este artigo visa aprofundar a compreensão do impacto da IA no cenário brasileiro, analisando como esta tecnologia disruptiva está remodelando os setores empresariais e influenciando a estrutura social, econômica e cultural do Brasil.

1) A IA nos Negócios Brasileiros: Uma Revolução em Múltiplas Frentes A integração da Inteligência Artificial nos negócios brasileiros está promovendo uma revolução em diversas frentes, trazendo inovações significativas e competitividade ao mercado. Explorarei como diferentes setores no Brasil estão sendo transformados pela IA, utilizando exemplos concretos para ilustrar essas mudanças.

Agricultura - Precisão e Sustentabilidade: No setor agrícola, a IA está desempenhando um papel fundamental na transformação da agricultura brasileira em um modelo mais preciso e sustentável. Por exemplo, algumas empresas utilizam IA para monitoramento climático e análise de solo, otimizando o uso de recursos hídricos e aumentando a produtividade das culturas. Sensores inteligentes e drones estão coletando dados em tempo real, que, ao serem processados por algoritmos de IA, permitem decisões agronômicas mais informadas, reduzindo desperdícios e impactos ambientais.

Manufatura - Eficiência e Inovação: Na manufatura, a IA está sen-

do empregada para melhorar processos de produção e manutenção. Grandes empresas de manufatura estão incorporando tecnologias de IA para aprimorar a eficiência operacional e a segurança. O uso de IA em sistemas de manutenção preditiva, por exemplo, permite identificar antecipadamente a necessidade de reparos em equipamentos, reduzindo paradas não planejadas e prolongando a vida útil das máquinas.

Varejo - Personalização e Experiência do Cliente: O setor de varejo está sendo revolucionado pela IA, principalmente na personalização da experiência do cliente. Grandes redes varejistas estão utilizando IA para criar recomendações personalizadas, baseadas no comportamento de compra dos consumidores. Essa abordagem não só melhora a experiência de compra do cliente, mas também aumenta as vendas e a fidelização.

Serviços Financeiros - Segurança e Eficiência: Os serviços financeiros no Brasil estão sendo transformados pela IA, com foco em segurança e eficiência. Bancos estão implementando chatbots baseados em IA para atendimento ao cliente, melhorando a eficiência e a rapidez no serviço. Além disso, a IA está sendo utilizada para detectar padrões fraudulentos em transações financeiras, aumentando a segurança para os clientes e para o banco.

Tecnologia e Startups - Inovação Contínua: O ecossistema de tecnologia e startups brasileiro está vibrante com inovações baseadas em IA. Startups Brasileiras estão for-

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Acesse o Linkedin ARTIGO

Supere os desafios do ambiente corpora�vo, com ganhos con�nuos de eficiência e eficácia, redução de custos e aumento da sa�sfação dos clientes internos e externos.

Adapte-se rapidamente diante da evolução do mercado para sempre garan�r uma entrega de valor.

Simplificação e eliminação do desperdício (LEAN)

Automação e integração (RPA/API)

Transformação de processos (BPM)

Análise de dados (ML/Analy�cs/IA)

Indicadores e metas (KPI/OKR) Melhoria con�nua (Kaizen/PDCA)

U�lize as melhores prá�cas ágeis ou tradicionais no desenho de produtos e serviços, na análise dos dados, na solução de problemas e na gestão de projetos, de acordo com as caracterís�cas de cada desafio.

Serviços: Melhoria em Processos: Métodos e Tecnologias:

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Desenvolvimento

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Diagnóstico

Revisão e Otimização

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Analytics / BI

BPMS / RPA / API

Machine Learning

IA Generativa

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Colaboração Monitoramento e análise de causa raiz Capacitação das equipes Entregas rápidas e de valor
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necendo soluções de análise de dados para grandes empresas, auxiliando na tomada de decisões estratégicas. Essas inovações não apenas colocam o Brasil no mapa da tecnologia global de IA, mas também atraem investimentos e talentos para o país.

2) IA e Sociedade Brasileira: Impacto Profundo e Diversificado: A implementação da Inteligência Artificial (IA) na sociedade brasileira está tendo um impacto profundo e diversificado, afetando desde a prestação de serviços públicos até a forma como os desafios sociais são abordados. Explorarei os diversos modos pelos quais a IA está influenciando a sociedade no Brasil, ilustrando com exemplos específicos para cada área.

Saúde - Revolução no Diagnóstico e Tratamento: No setor de saúde, a IA está trazendo mudanças significativas. Um exemplo é o uso de algoritmos de IA para diagnosticar doenças de forma mais rápida e precisa. Grandes hospitais estão utilizando IA para ajudar na interpretação de exames de imagem, o que pode acelerar o diagnóstico de condições como o câncer. Além disso, startups de saúde estão desenvolvendo sistemas que utilizam IA para monitorar sinais vitais de pacientes, melhorando o manejo de enfermidades crônicas.

Educação - Personalização e Acesso: A IA está também redefinindo o setor educacional no Brasil. Ferramentas de aprendizado adaptativo estão personalizando a educação, adaptando conteúdos

e métodos de ensino às necessidades individuais dos alunos. Isso é particularmente benéfico em um país com disparidades educacionais significativas, pois permite que estudantes de diferentes níveis e contextos tenham acesso a uma educação de qualidade.

Urbanização e Planejamento Urbano: Nas cidades brasileiras, a IA está sendo usada para melhorar o planejamento urbano e a gestão de serviços públicos. Por exemplo, a cidade de São Paulo está explorando o uso de IA para otimizar o tráfego, analisando grandes volumes de dados de sensores e câmeras para melhor gerenciar o fluxo de veículos e reduzir congestionamentos. Outras aplicações incluem sistemas inteligentes de gestão de resíduos e monitoramento ambiental.

Enfrentando Desafios Sociais: A IA tem potencial para abordar problemas sociais complexos no Brasil. Projetos como o Data_Labe, no Rio de Janeiro, usam análise de dados para mapear e combater desigualdades em comunidades marginalizadas. Isso inclui tudo, desde a análise de padrões de criminalidade até a identificação de necessidades de infraestrutura básica.

Cultura e Entretenimento: No campo da cultura e do entretenimento, a IA está começando a ter um impacto. Startups como a Samba Tech estão usando IA para personalizar recomendações de conteúdo em plataformas de streaming, melhorando a experiência do usuário e promovendo conteúdos nacionais.

3) Desafios e Considerações Éticas da IA no Contexto Brasileiro: A adoção crescente da Inteligência Artificial (IA) no Brasil traz consigo uma série de desafios éticos e considerações importantes que precisam ser meticulosamente avaliados e gerenciados. Abordarei esses desafios, ilustrando-os com exemplos pertinentes ao contexto brasileiro.

Privacidade de Dados e Segurança: Um dos principais desafios associados à IA é a proteção da privacidade e a segurança dos dados. Com o aumento do uso de IA em serviços bancários online e sistemas de saúde, a quantidade de dados pessoais sensíveis processados por algoritmos de IA é enorme e com isso se potencializa a necessidade de sistemas de IA robustos e seguros de que protejam as informações dos usuários.

Viés Algorítmico e Justiça Social: O viés algorítmico é uma preocupação crescente, especialmente em um país diversificado como o Brasil. Existe o risco de que os algoritmos de IA, treinados com dados enviesados, perpetuem desigualdades sociais e raciais. Um exemplo é o uso de IA em sistemas de reconhecimento facial pela polícia, que pode levar a identificações errôneas e discriminatórias, afetando desproporcionalmente grupos minoritários.

Transparência na Tomada de Decisão Baseada em IA: A falta de transparência nos processos de tomada de decisão de IA é outro desafio. Em setores como o financeiro, onde algoritmos de IA são usados para aprovar créditos e empréstimos, a falta de cla-

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reza sobre como as decisões são tomadas pode resultar em discriminação inadvertida e dificultar a contestação de decisões injustas.

Educação e Treinamento para o Futuro do Trabalho: O avanço da IA também levanta preocupações sobre o futuro do emprego. Há um risco crescente de automação de empregos em setores como o de atendimento ao cliente. Empresas que utilizam IA, devem também considerar programas de requalificação para funcionários cujas funções podem ser automatizadas, garantindo uma transição justa para a força de trabalho.

Governança e Regulamentação da IA: A governança eficaz da IA é fundamental para garantir que seu desenvolvimento e uso no Brasil sejam éticos e responsáveis. Isso inclui a criação de políticas e regulamentações que equilibrem inovação e proteção dos cidadãos. O Marco Legal da Inteligência Artificial, em discussão no Congresso Nacional, é um passo em direção à estabelecer um quadro regulatório abrangente para IA no país.

4) Futuro da IA no Brasil: Projeções e Perspectivas em um Cenário em Transformação: À medida que o Brasil avança na jornada da Inteligência Artificial (IA), o país se depara com um futuro repleto de potenciais e desafios. Explorarei as projeções e perspectivas para a IA no Brasil, ilustrando com exemplos

e cenários possíveis que sinalizam como essa tecnologia pode remodelar diversos aspectos da sociedade e economia brasileiras.

Desenvolvimento Sustentável e IA: A IA possui um papel significativo na promoção do desenvolvimento sustentável no Brasil. Por exemplo, startups como a Plataforma Verde estão usando IA para gerenciar resíduos de forma eficiente, contribuindo para cidades mais sustentáveis. No setor agrícola, tecnologias de IA podem ajudar a otimizar o uso de recursos naturais, minimizando o impacto ambiental e aumentando a produtividade. Saúde Pública e IA: No âmbito da saúde pública, a IA tem o potencial de revolucionar a maneira como os cuidados são prestados. Sistemas de IA estão sendo desenvolvidos para auxiliar no diagnóstico precoce de doenças, como a dengue, que é endêmica em muitas partes do Brasil. Hospitais e clínicas podem utilizar algoritmos de IA para melhorar o atendimento ao paciente e a eficiência operacional.

Educação e Treinamento Profissional: O setor educacional brasileiro pode ser grandemente beneficiado pela IA. Ferramentas de ensino adaptativo e plataformas de aprendizado online podem personalizar a educação, atendendo às necessidades específicas de cada aluno. Além disso, programas de treinamento profissional baseados em IA podem preparar a força de trabalho

para as demandas de uma economia cada vez mais digitalizada.

Segurança Pública e IA: No campo da segurança pública, a IA pode ser uma aliada importante. Por exemplo, sistemas inteligentes de vigilância em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo podem ajudar a melhorar a segurança urbana, enquanto algoritmos de IA podem auxiliar na investigação de crimes, analisando grandes volumes de dados de forma rápida e eficiente.

Governança e Regulação da IA: À medida que o Brasil se aproxima de uma era mais integrada com a IA, torna-se imperativo estabelecer uma governança e regulamentação eficazes. Isso inclui a criação de um quadro legal que não apenas promova a inovação, mas também proteja os direitos individuais e garanta o uso ético da IA. Iniciativas como o projeto de lei sobre a IA, que está em discussão no Congresso Nacional, são passos nessa direção.

5) Conclusão: A IA está posicionada para ser uma força transformadora no Brasil, influenciando todos os aspectos dos negócios e da sociedade. À medida que exploramos o potencial total dessa tecnologia, devemos também estar cientes dos desafios que ela traz. A chave para um futuro bem-sucedido com IA no Brasil será equilibrar inovação e responsabilidade, garantindo que essa revolução tecnológica beneficie a todos.

INTELLIGENT AUTOMATION | 51
ARTIGO
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