


A Importância dos Sistemas de HVACR para a sua produção o completo funcionamento desses locais
SUPLEMENTO CONFORTO & ARQUITETURA
CASA COR SP: A FORÇA DA TECNOLOGIA DA LG
CASA COR PR: A DELICADEZA DO JARDIM DE JAQUELINE SIEBERT QAI A REVOGAÇÃO DA RE-09, DA ANVISA
Mais conforto, economia e alta confiabilidade em uma ampla faixa de opções
1º chiller com condensação a ar e compressor parafuso de velocidade variável do Brasil
Para o pão sair fresquinho e gostoso, uma padaria prescinde de cerca de 70% de equipamentos advindos da área de HVACR, que garantem também o sabor e a qualidade de todo o cardápio disponível por lá. Do cafezinho da manhã a refeição do final do dia.
Tecnologia é patenteada nos Estados Unidos
Anuncia novos investimentos no Brasil
Lança aplicativo para instaladores de ar-condicionado
Unidas pela tecnologia
Com a Revogação da RE-09, da ANVISA, passa a valer as normas da ABNT-NBR, como a 17. 037. Saiba o que muda.
Em entrevista, o presidente da Eletros, Jorge Nascimento fala sobre o crescimento do setor de AC no Brasil.
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O Instituto Técnico IPT celebra os seus 125 anos.
Acompanhe a partir desta edição o Especial Fluidos Refrigerantes.
O Suplemento traz nesta edição a tecnologia LG e a beleza da arquiteta Jaqueline Siebert em edições da CasaCor
“HVAC-R é uma sigla para as palaveras em inglês “heating, ventilation, air conditioning and refrigeration”, referindo-se às quatro funções principais “aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração”, intimamente relacionadas à tecnologia destinada ao conforto ambiental interior em edifícios, veículos , processos industriais e ambientes controlado. Essa tecnologia passa a ser referida na forma escrita pelas siglas HVACR, HVAC/R, HVAC-R ou HVAC&R ou correspondentes em português, que são menos empregadas: AVACR, AVAC/R, AVAC-R ou AVAC&R.
REVISTA MUNDO DO AR E DA REFRIGERAÇÃO + EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE
PUBLICAÇÃO
Di Rienzo Comunicação & Eventos
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Cristiane Di Rienzo cristiane@dirienzocomunicacao.com.br
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ACESSE: www.mundodoaredarefrigeracao.com.br
Um dos prazeres de ser jornalista é ter um bom tema para desenvolver uma reportagem. Entrar em assuntos diversos, de áreas distintas, como essa que deu a capa desta edição: Padarias. Quem, à primeira vista, poderia supor que a tão nossa padoca de cada dia é também confeitaria; boulangerie; padaria artesanal, industrial; restaurante e, também, vende uma enorme variedade de pão? Que além dele, serve qualquer tipo de refeição para paladares diferenciados e a qualquer hora? E que conta com um menu abrangente, do simples cafezinho ao bufê do almoço, do jantar, da pizza, de sopa entre outras atrações, servindo quase 50 mil refeições por dia? E tudo isso graças ao setor de HVACR. Sim, porque para toda a diversificação dessa Cadeia, o funcionamento atual das padarias com esse perfil, conta com a refrigeração, comercial e industrial; a exaustão, a automação; os balcões expositores e os refrigerados; as gôndolas; as câmaras frias; as geladeiras expositoras horizontais e verticais; os equipamentos de ar condicionado entre outros produtos do Frio, que dão suporte a essa indústria, que se tornaram as padraias da atualidade. Verdadeiras lojas de conveniência. Quem não aprecia?
Por falar em indústria, o setor de ar condicionado leve, fechou o semestre com vendas acima dos 80%, esta informação está na entrevista realizada com o presidente da Eletros, Jorge Nascimento que traz o panorama do semestre, também para as Linhas Brancas, Marrom, Portátil e TIC. Vale a pena conferir. Ainda, estreamos nesta edição o caderno, “O Futuro dos Fluidos Refrigerantes no Brasil”. Dividido em quatro edições, a matéria traz um retrato fiel do panorama nacional sobre o tema. Para começar, neste número, um conteúdo especial sobre o atual estágio da substituição dos HCFCs no Brasil sob a ótica de quem está a frente do assunto: MMA, PNUD e UNIDO. E como um assunto puxa o outro – está vendo: assuntos diversos, de áreas distintas! -, trazemos uma entrevista especial com o engenheiro Nelson Dï Souza sobre a Revogação da RE09, da Anvisa. Ele conta como ficam as questões da Qualidade do Ar Interior, a partir de agora. Leitura obrigatória!
E para confirmar que o prazer do jornalista está em desenvolver uma boa pauta, já estamos trabalhando o assunto da próxima edição: A Indústria do Frio na Cadeia Logística, que tem nos motivado a ir mais fundo no tema.
Quer mais?
Peça um cafezinho, vire a página e Boa Leitura!
O ano chegou à metade com as vendas de aparelhos de arcondicionado num patamar 88% maior em relação a igual período de 2023, porém, o líder do setor nacional de eletroeletrônicos, Jorge Nascimento, presidente da Eletros - sugere comemoração comedida. Ele cita, ainda, nesta entrevista realizada durante a EletrolarShow - pontos que podem ou não manter este resultado no futuro, como o veranico, as secas dos rios amazonenses, a sustentabilidade embarcada nestes equipamentos e a necessidade de alinhamento com as políticas públicas. Confira!
recém-divulgada pesquisa da Eletros - Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, com números revelando o fim de amargos quatro anos sem crescimento no setor, não justifica um “já ganhou”, tampouco, pessimismo.
O presidente executivo da entidade, Jorge Nascimento, sugere no lugar desses extremos uma análise detida de prós e contras, pois o cenário atual apresenta antagonismos a partir da própria meteorologia.
E se estende, literalmente, ao clima para a realização de negócios a serem trazidos pelos rumos da economia, na esteira de novidades, como a Reforma Tributária. Nesta entrevista, o primeiro amazonense a presidir a Eletros também fala, e com especial propriedade, dos problemas causados pela seca na região amazônica em 2023, e o que pode-se esperar até o final deste ano a respeito.
De acordo com o dirigente setorial, as indústrias eletroeletrônicas já estão com várias ações preventivas em curso, restando ao governo federal agir com a mesma celeridade nos processos licitatórios imprescindíveis à realização de dragagens nos rios mais atingidos. Só mesmo com essa ação integrada ele considera possível impedir, pelo menos em parte, que a falta de água nos rios locais impeça a chegada de insumos às fábricas, bem como o
escoamento de suas produções para os quatro cantos do País.
Mundo do Ar e da Refrigeração (MAR): Antes de entrarmos, propriamente, nas ameaças que ainda podem afetar os resultados deste ano, qual é hoje o perfil do nosso setor eletroeletrônico no Brasil?
Jorge Nascimento (JN): Durante a crise da COVID-19 o Brasil mostrou ao mundo que somos autossuficientes neste campo, com mais de 100 milhões de unidades produzidas anualmente por um setor que responde por 97% da produção nacional e 3% do nosso PIB industrial.
Naquele período, muitos países vivenciaram o desabastecimento, ficando sem acesso a esses produtos quando mais precisavam.
Além de lar, as casas se tornaram escolas, ambiente de trabalho e lazer, demandando por isso mais televisores, condicionadores de ar, chapinhas de cabelo, barbeadores elétricos, aspiradores de pó, dentre outros que, por aqui, não tiveram maiores problemas de fornecimento.
Isso aconteceu porque a nossa indústria de eletrodomésticos é uma força mundial, nós quase não precisamos importar produtos, um motivo de orgulho para todos nós.
Claro, foi determinante nisso tudo o trabalho das 200 mil pessoas que atuam nesse setor, de norte a sul do País.
MAR: E o ar-condicionado, o que ele significa neste universo e de que forma a Eletros representa o setor?
JN: Ar-condicionado é um de nossos cinco setores representados, por meio de 14 empresas dedicadas em Manaus (AM), e que respondem pela segunda maior produção do mundo, ficando atrás apenas da China.
A exemplo do que fazemos com os demais setores representados, agimos na comunicação e interlocução com o poder público, a imprensa e outras entidades, um diálogo que não é tão simples, pois requer muito conhecimento técnico, muita construção de relacionamento e é isso que a Eletros faz no seu dia a dia.
Contribuímos ainda para o desenvolvimento das atividades fabris, trabalhamos muito na melhoria do ambiente de negócios, especificamente, no que diz respeito à atividade fabril.
MAR: E como se dá essa contribuição?
JN: Como se sabe, não é tão simples ser indústria em nosso País. Nós precisamos estar alinhados com todas as demandas e necessidades legais de políticas públicas e isso se estabelece por intermédio de diálogo, primeiramente com os associados e, depois, uma vez estabelecida a estratégia, vamos até aqueles com quem precisamos conversar para o desenvolvimento da atividade fabril. Tudo isso se resume com a palavra engajamento. A experiência dos associados, somada ao nosso grupo de trabalho, que é super importante, composto por 10 guerreiros atuantes, em uma entidade nacional como a nossa. Uma equipe valorosa, extremamente inteligente, competente, comprometida e dedicada ao desenvolvimento da indústria eletrônica do País.
MAR: Com relação aos resultados do primeiro semestre de 2024, na sua ótica, quais teriam sido os fatores determinantes para eles acontecerem?
JN: Batemos recordes históricos no primeiro semestre deste ano,
com crescimento de 34% comparado a igual período do ano passado, após um 2022 que foi o pior ano da história do setor eletroeletrônico.
Isso decorre da melhoria de alguns indicadores macroeconômicos, como o aumento na geração de empregos, crescimento da renda, melhoria do controle da inflação, redução das taxas de juros. O grande destaque foi o setor de ar condicionado, que apresentou números extremamente positivos, a exemplo de outros setores que tiveram expansão significativa na comparação com o ano passado.
Ainda no primeiro semestre, entregamos 51 milhões, 530 mil produtos nas casas dos brasileiros, após quatro anos sem registrar crescimento. Esses números representam uma evolução de 34%, sendo que o grande destaque, como já disse, foram os condicionadores de ar, cujas vendas superaram em 88% às do mesmo intervalo do ano anterior.
MAR: Esse crescimento atípico do ar-condicionado oferece motivo para o setor, digamos, tirar o pé?
JN: Embora sejam sinônimos de conforto e qualidade de vida, esses aparelhos ainda têm algumas barreiras importantes a serem rompidas em nosso País. Uma delas é a oferta de preços mais acessíveis à grande massa da população, algo complicado hoje em dia, em virtude da forte regulação que se abate sobre o segmento no Polo Industrial de Manaus (PIM). Tais barreiras precisam seguir um Processo Produtivo Básico (PPB) com certas regras que acabam por encarecer o produto final. No entanto, estamos dialogando com o Governo para que tenhamos acesso a insumos mais baratos para na ponta oferecermos um preço também mais competitivo.
MAR: Há quem aponte a existência de uma armadilha na busca desenfreada por eficiência energética, por mais que isso represente sustentabilidade e econo-
mia para o consumidor. O que o senhor pensa a respeito?
JN: A eficiência energética precisa, de fato, ser alcançada de acordo com a nossa realidade, ou seja, num ritmo que não eleve exageradamente o custo de produção e, consequentemente, o preço de venda, pois isso poderia, de certa forma, neutralizar a economia a ser obtida na conta de luz. O mundo inteiro fez essa transição de forma cautelosa e gradual e aqui precisa ser igual, sem açodamento.
MAR: E do lado dos fatores favoráveis à continuidade e, quem sabe, a melhoria do bom desempenho do setor, o que poderia ser destacado?
JN: Bem, a despeito dos desafios que ainda tem pela frente, o setor de ar condicionado no Brasil tem muito a crescer, pois nossos estudos apontam que apenas 17% dos lares brasileiros possuem esse item. Em outras palavras, ainda existe mais de 80% de mercado a ser explorado. A título de comparação, a linha branca tem um percentual de entrada bem maior, em torno de 97%, pois seus produtos emblemáticos se encontram em quase todos os lares do Brasil.
MAR: Além daquilo que cada segmento representado pela Eletros tem feito para evoluir, quais variáveis externas que acompanhem esse esforço da indústria são desejáveis?
JN: Para que resultados como o do primeiro semestre de 2024 voltem a acontecer dependemos da combinação de certos fatores. A conscientização geral na área, de que é necessário neste momento dividir suas expectativas entre otimismo e cautela, é um quesito fundamental. Dentre as variáveis externas que podem interferir na continuidade do bom desempenho estão os fatores macroeconômicos, com destaque para o controle da inflação e o comportamento da Taxa Selic, ambos de forte repercussão sobre os compradores do nosso mercado. Uma consequência direta trazida pela alta de ambas é
a inibição do consumo, levando grande parte das pessoas a consertar seus aparelhos usados, ante a impossibilidade de comprar novos, mais modernos e inovadores. O ajuste fiscal, por sua vez, é fundamental para a manutenção do ambiente de negócios saudável no País, embora não seja apenas esse clima que deve influenciar o futuro próximo do setor.
MAR: Como assim?
JN: Se, por um lado, segmentos como o HVACR se beneficiam com as ondas de calor, com um inverno menos rigoroso e mais curto do que o normal, o mesmo se aplica no caso dos chamados veranicos - elevação das temperaturas em meses como julho e agosto -; também, a questão da seca, por exemplo, é muito preocupante na Amazônia, Região onde se encontram as fábricas do setor.
Em 2023, nós tivemos a maior seca dos rios naquela Região em 120 anos e há informações de um quadro ainda mais grave a ser enfrentado agora em 2024. Isso novamente pode deixar isoladas cidades que dependem do transporte fluvial, afetando inclusive a entrada de insumos e a saída de produtos acabados das fábricas de eletroeletrônicos localizadas em Manaus. Quem produz em outras regiões, por sua vez, terá dificuldade para levar seus produtos para o Norte, mercado onde vivem 30 milhões de pessoas.
MAR: Diante desse cenário, e na hipótese de as previsões meteorológicas se confirmarem, a Eletros se posiciona, no sentido de antecipar algumas medidas para evitar o pior? E se sim, quais são elas?
JN: Sim, estamos tomando medidas. Tanto é que não vislumbramos o risco de o mercado ficar desabastecido de produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus, justamente em virtude de ações já em desenvolvimento para mitigar esse grave problema. O Governo Federal, por exemplo, está em processo licitatório para a dragagem dos rios Solimões e Madeira, os dois principais da Região, para o escoamento da produção. Mas temos solicitado a aceleração desses trâmites, sob pena de a seca chegar bem antes das obras, neutralizando assim a eficácia esperada da medida.
Outra ação em pleno andamento é o deslocamento de estruturas portuárias, para antes dos trechos não navegáveis, no período de seca. O navio não passa, mas é feito o transbordo da carga para balsas de menor calado, capazes de navegar mesmo com baixos níveis de água.
Ainda em se tratando dos condicionadores de ar, um fator climático preocupante é o fenômeno La Niña¹, tendo em vista sua propriedade de reduzir as temperaturas médias em todo o território nacional, ainda este ano.
MAR: Durante a sua apresentação, o senhor citou sobre o Consumo Verde, que é a aquisição de produtos mais eficientes e sustentáveis para um futuro melhor. De que forma essa filosofia ajuda a esquentar os negócios. Para além dela, de que forma a indústria contribui para o consumo consciente dos produtos?
JN: Na visão da Eletros, a economia do País pode ser impactada de forma ainda mais positiva se o consumo for retomado com foco na busca de produtos eletroeletrônicos mais eficientes. Para isso, deve-se estimular o consumidor à aquisição destes produtos.
A entidade aponta que os ganhos podem ser diversos. Entre eles, a melhora no meio ambiente, com eventual redução no consumo de recursos hídricos e energia, o que geraria uma economia significativa nas contas de água e luz. A indústria nacional oferece uma gama crescente de produtos mais eficientes em termos de consumo de água e energia, mas a população brasileira muitas vezes enfrenta dificuldades para acessá-los. E a aquisição de produtos mais eficientes não apenas promoverá a adoção de práticas mais sustentáveis pela população, mas também impulsionará a indústria nacional a investir ainda mais em inovação e tecnologia verde. Portanto, é fundamental que o Brasil não apenas estabeleça regulamentações robustas de eficiência energética, mas também implemente medidas que incentivem o acesso a produtos eletroeletrônicos mais eficientes. Especificamente sobre o setor de HVACR, o fato de estar em alta o chamado consumo verde, representado pela inclinação crescente do consumidor em preferir produtos mais eficientes e sustentáveis. Trata-se de um ponto notável a favor do setor de ar condicionado, tendo em vista a redução média de 40% no consumo energético dos produtos da área, que têm chegado ao mercado. Uma característica bastante aprecia-
da no mundo de hoje. Quadro semelhante se aplica aos refrigeradores domésticos, tanto no tocante ao consumo de energia - cuja queda foi em torno de 25% -, quanto ao gasto de água.
MAR: Sob o ponto de vista mercadológico, o que o senhor acredita ser necessário para o crescimento do setor nacional de ar condicionado, haja vista o elevado consumo reprimido é persistente nesta área?
JN: Bom mesmo seria se a população tivesse acesso mais fácil às muitas inovações tecnológicas oferecidas pelas indústrias da área estabelecidas no Brasil. Isso dependeria, em boa parte, de medidas incentivando a aquisição de tais produtos. Além da desejável renovação do parque instalado, iniciativas assim, certamente, favoreceriam o crescimento do setor e, com isso, da geração de empregos e do próprio volume de riquezas circulando em nossa economia.
Levantamento da Eletros mostra que todos os segmentos setoriais apresentaram bom desempenho:
Ar-Condicionado - 88%
Linha Portátil - 40%
Televisores - 20%
Linha Branca - 16%
Linha TIC-Amazônia - 14%
Levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) aponta que, de janeiro a junho deste ano, foram comercializados 51.530.634 milhões de unidades de aparelhos eletroeletrônicos no Brasil, ante a 38.341.825 milhões entre os 6 primeiros meses de 2023.
"Os números mostram uma retomada importante no consumo e trazem um alívio moderado para as empresas do nosso setor que passaram por um longo período intercalando resultados negativos e estagnação nas vendas”, afirma o presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento.
As 33 empresas associadas à Eletros representam 3% do PIB da indústria brasileira, gerando mais de 200 mil postos de trabalho de alta qualificação. Possuem 51 plantas industriais em 29 municípios de 11 estados distribuídos por todas as regiões do País.
Todos os anos, mais de 100 milhões de produtos que são fabricados por suas associadas saem de suas fábricas proporcionando conforto, qualidade de vida, bem-estar, economia e uma rotina mais agradável, transformando a casa de todos os brasileiros em um verdadeiro lar.
A Entidade também destaca sua preocupação com o meio ambiente, mantendo fábricas ecologicamente sustentáveis e desenvolvendo produtos inovadores que atendam aos requisitos de segurança elétrica, eficiência energética e hídricas.
Full Gauge Controls conquistou recentemente o registro de Patente de Invenção para o modelo de sua válvula de expansão eletrônica VX-1025E, no Brasil e nos Estados Unidos, concedido pelos órgãos regulamentadores INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e USPTO (United States Patent and Trademark Office), respectivamente. Na prática, isso significa que a tecnologia desenvolvida pela empresa é totalmente nova e, por isso, concede a ela o direito de exclusividade em sua comercialização. “Essa é uma grande conquista para todos nós e um reconhecimento intangível em âmbito mundial, da capacidade de desenvolvimento da indústria brasileira. Foi um intenso trabalho que envolveu o empe-
nho de diversas equipes internas da Full Gauge Controls, na criação de um produto revolucionário e inovador, 2 em 1 (termostato mais driver da VEE)”, comenta orgulhoso o diretor Antonio Gobbi. Dada a complexidade e rigor para obtenção de uma patente de invenção, ela é considerada o tipo de proteção mais desafiadora entre todas as possíveis dentro da propriedade intelectual.
A VX-1025E é um instrumento compacto e integrado, que oferece uma solução completa e totalmente configurável para controle de diversos modelos de válvulas de expansão eletrônica, além de controle de superaquecimento, temperatura ambiente, degelos, pressão, ventilação, iluminação e alarmes. Ou seja, a VX-1025E substitui o controlador ou termostato da instalação, pois controla os processos de refrigeração, além do fluxo de líquido. Com aplicação voltada para chillers, equipamentos do tipo plug-In, câmaras e balcões de resfriados e congelados e, também, transporte frigorífico. Ainda, a VX-1025E conta com novos sistemas de conexão por engate rápido Plugable e Push-In; dispositivo interno que
dispensa o uso de solenóide em caso de falta de energia elétrica; função Smooth Defrost, para degelos mais suaves e econômicos; funções setpoint econômico configurável e fast-freezing (congelamento rápido); relógio interno em tempo real, que permite a programação de eventos de degelo e setpoint econômico; e muito mais. Além disso, também pode ser configurada como modo “driver”, em que a VX-1025E torna-se responsável exclusivamente pelo controle da válvula de expansão eletrônica e do superaquecimento do sistema de refrigeração. Desta forma, pode ser empregada como parte de um sistema de controle e interligado com outros controladores. A VX-1025E está disponível nas principais revendas do Brasil e é recomendado que, antes de comprar, se faça o cálculo do modelo de corpo de válvula através da ferramenta VEE Selector, dentro do app FG Toolbox, disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos dos smartphones.
oucas instituições brasileiras têm tanta história como o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), que celebrou no começo de julho 125 anos de atividades, “sempre buscando inovar para transformar a vida das pessoas”, destaca. Uma das mais recentes iniciativas nesse sentido é a abertura das portas do instituto para parcerias com grandes empresas, além de startups, governos, instituições de pesquisa e universidades, que tem gerado resultados muito positivos. Por isso, o Instituto de Tecnologia mais tradicional do País se renova com o IPT Open, que já apresenta projetos de destaque mundial, a exemplo do armazenamento de grande quantidade de dados em mini dispositivos, a exemplo do projeto Prometheus - par-
ceria do instituto com a Lenovo - que está desenvolvendo sistemas para arquivar dados usando moléculas de DNA. Tal iniciativa, pioneira em escala global, e que deve revolucionar a indústria de armazenamento de dados, fará com que as moléculas sejam capazes de operar no regime de exabytes, com tamanho físico mínimo e, portanto, consumo de potência e custos substancialmente reduzidos em comparação às tecnologias convencionais. Para se ter uma ideia da importância do trabalho, servidores de armazenamento de dados, que hoje ocupam o espaço de um data center caberão em um dispositivo de aproximadamente cinco gramas. Vale ressaltar que existe uma corrida global para desenvolvimento da miniaturização de mídias que garantam
integridade das informações por muito mais tempo, visto que tal tecnologia reduzirá significativamente o consumo de energia, água e emissões de gases do efeito estufa no Planeta. Outra parceria de sucesso junto a área técnica do Instituto é a que foi estabelecida com a Riachuelo, uma das maiores varejistas de vestuário do Brasil, que também tem relação com sustentabilidade: o tratamento de resíduos têxteis para produção de roupas geradas a partir desse reaproveitamento. A primeira coleção criada com essas fibras foi lançada no primeiro semestre deste ano, permitindo a reutilização de mais de oito toneladas de material que anteriormente era descartado. Esse processo reduziu a extração de matérias-primas, mitigando impactos ambientais.
“Esse é o trabalho de um instituto de pesquisa tecnológica: proteger o ambiente, melhorar a vida das pessoas e promover o nome do país junto às maiores e mais importantes academias do mundo. O IPT é um orgulho nacional”, diz Vahan Agopyan, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. “Há 125 anos o IPT busca, com base em sua missão, superar os desafios da sociedade por meio da ciência, tecnologia e inovação aplicados nas políticas públicas e setores produtivos. Esse é o propósito da nossa existência institucional”, emenda a diretora-presidente do IPT, Liedi Bernucci.
A história do IPT se confunde com os registros históricos mais primordiais da pesquisa tecnológica no Estado de São Paulo e no Brasil. Criado em 1899, o Instituto deixou sua marca em várias ações e projetos de relevância nas mais diversas áreas - da recuperação de trecho de mata da Serra do Mar (sustentabilidade) aos projetos dos primeiros aviões nacionais, assim como os primeiros grandes edifícios (engenharia), culminando no apoio à prospecção de óleo e gás no Pré-Sal, da gigante Petrobras, apenas para citar alguns exemplos.
Outro destaque é a atuação do IPT nas pesquisas para o desenvolvimento do motor movido a etanol, nas décadas de 1970 e 1980, durante o programa Proálcool. Na mesma linha de atuação, o Instituto participou da elaboração das especificações do biodiesel para o Programa Nacional de Produção de Biodiesel, em
2004. O Instituto desenvolve estudos para o fomento das energias renováveis e descarbonização de combustíveis avançados, que promovem a transição energética nos setores de óleo e gás, agronegócio, transportes de passageiros e de cargas, máquinas e equipamentos. Sobre esse aspecto, Liedi Bernucci destaca que “todo trabalho em desenvolvimento sustentável é transversal no segmento da inovação, com foco em tecnologia do futuro e na transição de combustíveis”. Na transição energética, o IPT já desenvolve estudos para aproveitamento do hidrogênio de baixo carbono, alternativa eficaz frente ao aquecimento do planeta.
Enfim, são 125 anos de serviços de excelência na criação e aplicação de soluções tecnológicas para diversos setores. Com infraestrutura de ponta,
sendo mais de 160 mil m² de laboratórios e equipes altamente capacitadas, o IPT se destaca nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com serviços tecnológicos, metrológicos e educação em tecnologia. Realiza ensaios, análises, calibrações, certificações, monitoramento, inspeção e consultoria, além de desenvolver produtos e processos. Ou seja, a modernidade e a interdisciplinaridade são marcas registradas do Instituto. Atualmente, os núcleos tecnológicos seguem com vocação para o futuro: o Nutabes (Núcleo de Tecnologias Aplicadas ao Bem-Estar e Saúde) com foco em saúde; o Nuscarbon (Núcleo de Sustentabilidade e Baixo Carbono do IPT), dedicado à sustentabilidade ambiental, e o IPT Amazônia, de olho no aproveitamento econômico sustentável dos recursos da floresta.
COM A VISITA DE SEU
PRESIDENTE GLOBAL AO BRASIL,
KIM FAUSING, DANFOSS ANUNCIA
INVESTIMENTOS EM NOVAS
TECNOLOGIAS E INSTALAÇÕES
APRIMORADAS
om investimentos de mais de R$ 80 milhões em novas tecnologias para o comércio varejista de alimentos, refrigeração industrial, aplicações na indústria pesada, aquecimento e refrigeração, fabricação de bebidas, agricultura, construção, indústria automotiva e água e efluentes, a Danfoss, grupo industrial global com sede na Dinamarca, está reforçando ainda mais seu compromisso de ser um forte parceiro para os clientes no Brasil. Não foi à toa que Kim Fausing, presidente e CEO da Danfoss; Jürgen Fischer, presidente da Danfoss Climate Solutions; e Astrid Mozes, presidente de Regiões da Danfoss, juntaram-se a Julio Molinari, presidente Regional da Danfoss América Latina, recentemente para uma visita especial a São Paulo a fim de se reunirem com clientes, parceiros e a equipe da Danfoss Brasil.
“É um verdadeiro prazer visitar São Paulo para encontrar clientes, nossa equipe e ver os frutos de nossos investimentos. Estamos aportando mais de R$ 80 milhões em nossas instalações de produção no Brasil.
Esses investimentos nos permitirão atender ainda melhor nossos clientes com instalações aprimoradas, máquinas e equipamentos novos e modernos. Estou igualmente animado para conhecer nosso time que fez isso acontecer”, afirma Kim Fausing. Ele acrescentou que o Brasil é o maior mercado da Danfoss na América Latina e um importante centro para os produtos da marca em toda a região. “O Brasil é um mercado importante para a Danfoss. Temos muitos clientes importantes e parcerias estratégicas. Ao fortalecer nossas parcerias, estamos melhor posicionados para capitalizar o crescimento potencial e os avanços que as megatendências estão criando em setores como geração de energia, agricultura, construção, mineração e cadeia alimentar. Com uma força de trabalho qualificada e competitiva e um profundo conhecimento em aplicações, queremos impulsionar a inovação sustentável para criar valor para nossos clientes”, revela Fausing. As operações da Danfoss Brasil começaram em julho de 1968, em São Paulo, quando a Danfoss fez a primeira parceria com a empresa local T Janér. O primeiro escritório foi aberto em 1977, na Avenida Paulista e, em 1989, a Danfoss começou a produzir válvulas solenoides e termostatos RT usados em sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado e refrigeração (HVACR); e,
também, em processos industriais e sistemas de controle de temperatura. Atualmente, as operações da Danfoss no Brasil consistem em mais de 800 funcionários trabalhando em quatro instalações de produção situadas em Caxias do Sul (RS), Guaratinguetá e São Paulo (SP). Nos últimos dois anos, o Grupo Danfoss testemunhou um crescimento de 30%, 15% dos quais foram orgânicos, juntamente com transformações significativas por meio de fusões e aquisições, bem como iniciativas de crescimento orgânico impulsionadas por investimentos recordes do setor em inovação, capacidade e digitalização.
Em 2023, o Grupo Danfoss continuou a fazer investimentos ousados na expansão da oferta de soluções competitivas e inovadoras. Apesar de um ambiente de crescimento mais lento em 2023, a Danfoss registrou um aumento de 10% nos lucros (EBITA) e um aumento de 49% no fluxo de caixa. Em 2023, as emissões de escopo 1 e 2 (antes das aquisições) diminuíram 18%, dissociadas do crescimento orgânico das vendas de 2%. Julio Molinari, presidente Regional da Danfoss América Latina, disse: “Estamos entusiasmados por termos recebido nosso Presidente e CEO, Kim Fausing, e outros estimados membros da Equipe Executiva do Grupo, em São Paulo. Essa visita proporcionou uma oportunidade única para que eles se envolvessem diretamente com nossos valiosos clientes brasileiros e tivessem discussões significativas sobre as grandes oportunidades que esse mercado nos reserva no futuro,” finalizou.
e pontuações que podem ser convertidas em prêmios, além da possibilidade de estender a garantia do produto aos consumidores.
Midea, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos do mundo e atuante no segmento de climatização, acaba de lançar o aplicativo Midea Club, dedicado a técnicos e instaladores de ar-condicionado, que, segundo informa a marca, “oferece desde cursos técnicos e uma ferramenta para registros das instalações até pontuações exclusivas para os profissionais do setor e que podem ser convertidas em prêmios”.
O Midea Club chega para integrar um hub de capacitação e engajamento no qual dois outros aplicativos já fazem parte: o Midea Play, uma plataforma que oferece cursos, com foco na formação continuada dos instaladores; e o Meu Clube Midea, que permite que os pontos feitos a partir dos serviços e qualificações registrados no Midea Club sejam resgatados e convertidos prêmios, como cartões de benefícios, vale-presente e PIX. “Hoje temos milhares de profissionais com certificado de capacitação para instalação de nossos produtos, obtidos por meio dos cursos oferecidos no Midea Play. Valorizamos muito os instaladoPlataforma traz cursos técnicos, certificações
res e queremos reconhecê-los com benefícios exclusivos, por isso a importância desse novo aplicativo”, afirma o gerente de Marketing de Produto da Midea, Gustavo Melo.
Para os técnicos que ainda não possuem a certificação, basta baixar o Midea Club no celular e realizar três dos treinamentos disponíveis: Fundamentos de ar-condicionado, Manutenção de Split e Instalação de Split.
Ao final dos cursos, os profissionais realizam um exame para receber, se aprovados, o certificado de instalação gratuitamente. Neste mesmo aplicativo, é possível registrar as instalações de equipamentos de ar-condicionado realizadas. “Com a certificação e o registro da instalação, os profissionais podem oferecer aos consumidores finais uma extensão de 2 anos na garantia do aparelho. Seguindo um conceito de gamificação, o aplicativo beneficia esses profissionais com pontos que podem ser trocados por prêmios no Meu Clube Midea”, comenta Gustavo.
Esse ecossistema de aplicativos foi criado para aproximar ainda mais a Midea dos instaladores, promovendo uma educação continuada e a valorização do trabalho desses profissionais. Ele oferece contato direto com a empresa, bem como atualizações constantes sobre os produtos, além de dicas de instalação e manutenção, suporte técnico online, lista de possíveis erros, calculadora de capacidade, agenda de eventos, treinamentos e workshops.
Executivo assume o cargo num momento importante para a empresa.
Fujitsu General do Brasil, multinacional japonesa de ar-condicionado, atuante já há 44 anos no Brasil, anuncia a chegada do novo gerente comercial Walter Miyagi Corrêa. Com mais de 20 anos de experiência em grandes empresas, o executivo tem como principal missão gerar novos negócios que promovam o crescimento sustentável da Fujitsu no Brasil.
“Estou muito impressionado com a estrutura da Fujitsu General do Brasil e com a qualidade e excelência do time, incluindo os executivos que aqui trabalham. Minha chegada reforça ainda mais o desejo da empresa de figurar como protagonista na área de HVAC, alinhando com o mercado a nossa missão e os nossos valores”, destaca Corrêa.
O executivo assume o posto num importante momento da empresa, já que a sua vinda contribui para o movimento estratégico da Companhia. Com trajetória de vasta experiência e reputação
Asbrav – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação anuncia Marcelo Pereira como o novo diretor executivo da entidade. A contratação ocorrida em 1° de julho, veio junto com a decisão da diretoria em mudar de endereço,
no mercado de ar-condicionado, Corrêa irá contribuir e liderar com os novos rumos da companhia.
“A chegada do Walter será muito importante para o nosso time. Sua expertise e visão estratégica serão fundamentais para a aquisição de novos negócios, aumentando a rentabilidade da empresa. Além disso, sua abordagem centrada na inovação e na eficiência operacional é um diferencial para darmos continuidade aos bons resultados que a Fujitsu General do Brasil vem conquistando nos últimos anos”, destaca Akihide Sayama, presidente da Fujitsu General do Brasil.
SOBRE O EXECUTIVO
Profissional formado em Marketing pela USP (Universidade de São Paulo), possui mais de 20 anos de experiência na área comercial, notadamente no setor de Contas Especiais, em empresas como, Springer Carrier (Midea), Philips do Brasil, LG Eletronics e Samsung Eletrônica.
O novo gerente da fabricante japonesa possui trajetória sólida na liderança de equipes diretas e representante comercial. Ao longo de sua carreira destacou-se no desenvolvimento de estratégias de vendas, elaboração de business plans e forecasts para canais de vendas, além de gerir contratos comerciais e prospectar novos clientes e segmentos do mercado. Com passagem pelo segmento de e-commerce, market place, tanto na modalidade 1P quanto 3P, Corrêa também tem trabalhado em estreita colaboração com equipes de trade marketing, channel marketing, demonstrando habilidade na gestão estratégica e sustentável de negócios B2B e B2C, contribuindo para o crescimento e sucesso das organizações.
já que com as enchentes ocorridas desde abril deste ano, a associação ficou debaixo d’água, com perdas irreparáveis. “O motivo de trazer o Marcelo para a Asbrav, é que queremos colocar em prática todas as nossas novas ideias, para além da reconstrução da nossa sede”, informa o presidente da Associação, Mário Henrique Canale. Ele complementa: “além disso, o Marcelo tem muito boa experiência na área acadêmica, e, dessa forma, ele vem somar na qualificação da Asbrav para o ensino e treinamento”.
Formado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Pedagogia pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), Pereira passou por grandes indústrias e, nos últimos 11 anos, atuou no Centro de Formação Profissional Visconde de Mauá, onde iniciou ministrando
aulas em diversas modalidades de cursos profissionalizantes e, nos últimos anos, assumiu a coordenação técnica de educação profissional na mesma Escola, que é referência na Região Sul, na área de refrigeração e climatização. “Entro neste grande time em um momento de muitas mudanças. Após a grande tragédia que ocorreu no Rio Grande do Sul, a reconstrução é a principal meta, mas agora em nova sede, muito maior, com 800 m2 e mais bem localizada, estamos implementando novos cursos e ampliando benefícios para todos os nossos associados localizados nos três estados da Região Sul”, finaliza Marcelo Pereira. g
Confira o novo endereço da Asbrav: Avenida Cristóvão Colombo, 1496 – Floresta | Porto Alegre (RS). Os números de telefone continuam os mesmos.
Inspeções foram realizadas em 41 escolas públicas do município com objetivo de contribuir na retomada segura das atividades em instituições afetadas pelas enchentes.
Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS), concluiu no início de agosto, o monitoramento da qualidade do ar nas escolas de Canoas (RS). A iniciativa, parte de um compromisso social contínuo faz parte das ações e esforços para auxiliar na retomada das aulas de escolas atingidas pela enchente na cidade. Os laudos foram entregues na última semana à prefeitura, destacando a necessidade de ações para garantir um ambiente escolar saudável. O presidente da Asbrav, Mário Henrique Canale, junto com a diretora de Qualidade do Ar Interior (QAI) da entidade, a bióloga Janaína Costa, lideraram a iniciativa nas escolas, focando na identificação e solução de problemas como mofo e outros contaminantes. O foco foi monitorar as condições de qualidade do ar nessas instituições, altamente prejudicadas com o mofo e umidade, tem por objetivo garantir um ambiente seguro e saudável para estudantes e educadores. A vistoria técnica em parceria com o CREA-RS ocorreu de 2 a 5 de julho. “A preocupação com a qualidade
do ar é fundamental para a saúde e o bem-estar das crianças e adolescentes. Nosso trabalho objetiva garantir um ambiente seguro e saudável para todos”, afirmou Canale.
A presidente do CREA-RS, engenheira ambiental Nanci Walter, acompanhada pelos integrantes do Comitê de Voluntariado dos Profissionais do mesmo Conselho, entregou os laudos técnicos ao secretário municipal de Educação de Canoas, Aristeu Ismailow. “Estamos representando mais de 100 profissionais nesta ação, que reuniu CREA-RS, Paraná e Santa Catarina, para vistoriar 40 escolas”, destacou Nanci. A medida quer trazer celeridade para iniciar as intervenções necessárias nas instituições de ensino.
O secretário Aristeu Ismailow expressou gratidão pelas orientações e destacou a importância das ações técnicas para a comunidade escolar. “A partir deste diagnóstico, elaborado e entregue pelo CREA-
-RS, iremos nos reunir com o Escritório de Projetos e a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução de Canoas para articular as ações a serem executadas”, explicou. A preocupação com a qualidade do ar em ambientes internos é uma das temáticas centrais do Congresso Mercofrio 2024, o 14º Congresso Internacional de Ar Condicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventilação, que ocorrerá de 10 a 12 de setembro no BarraShoppingSul, em Porto Alegre. Com o tema “Futuro do Planeta: Transformações Tecnológicas e Responsabilidades do Universo AVAC-R”, o evento proporcionará um espaço para discutir avanços tecnológicos e responsabilidade social e ambiental no setor. A iniciativa é da Ashrae South Brazil Chapter e Asbrav, em conjunto com o CREA-RS.
também em prol da sustentabilidade
Chemours foi escolhida pela Klimatix, empresa brasileira pertencente ao Grupo Mecalor, para o desenvolvimento da sua linha de produtos com fluidos refrigerantes de menor impacto ambiental, nomeadamente dos novos chillers VLC (Variable Load Chiller), destinados ao arrefecimento de água utilizada em sistemas de ar condicionado e tratamento de ar, em unidades desenvolvidas para um funcionamento contínuo, confiável e de longa vida útil.
A tradição encontra as novas tecnologias
Com mais de 60 anos de experiência no setor de refrigeração e ar condicionado, a empresa é especializada na produção de chillers para data centers, indústrias, prédios comerciais, shoppings e hospitais. Além da forte presença no mercado brasileiro, vem expandindo sua atuação pela América Latina, especialmente no
México. Segundo a fabricante, a nova linha de chillers de capacidade variável, desenvolvida em parceria com a Chemours, “tem baixo potencial de aquecimento global (GWP), alia tecnologia e sustentabilidade e substitui fluidos refrigerantes mais antigos, ainda muito utilizados na indústria brasileira de ar-condicionado, mas que estão em processo de descontinuação, como o R-22, um hidroclorofluorcarbono (HCFC) com potencial de destruição da camada de ozônio, que já tem prazo para ser banido de acordo com o Protocolo de Montreal, e o R-410A, um hidrofluorcarbono (HFC) com alto potencial de aquecimento global, que terá seu uso regulamentado pela Emenda de Kigali’, declara. Equipamentos mais flexíveis e sustentáveis
A solução, desenvolvida em parceria com a Chemours, foi a produção de novos equipamentos utilizando o Opteon™
XL41, fluido refrigerante de última geração, à base de hidrofluorolefina (HFO), que não degrada a camada de ozono e tem um GWP muito baixo, 78% inferior ao R-410A. “Com esta inovação, a nova linha de chillers VLC combina a gestão de várias unidades para otimizar a capacidade de refrigeração disponível com a procura de carga térmica, levando a eficiência energética ao máximo”, garante o CEO da Klimatix, George Szegö. Ele complementa, destacando que “o compromisso da Klimatix com a inovação, a eficiência energética e, consequentemente, a sustentabilidade no mercado de ar condicionado são os pontos-chave da parceria com a Chemours no projeto”, afirma Szegö. Além de compacto e de fácil instalação e manutenção, o equipamento conta com automação do sistema de água gelada e das bombas, além de um sensor de vazão integrado “que garante um funcionamento confiável em todos os momentos. O resultado foi o desenvolvimento de um equipamento de alta eficiência energética, com grande vantagem competitiva pela flexibilidade de combinação de unidades com 15 toneladas de refrigeração (TRs) e 18 TRs que atendem a demandas maiores, possibilitando a interligação de até 14 máquinas, atingindo até 250 TRs de capacidade”, conclui o CEO da Klimatix.
Ainda sobre a Klimatix: Grupo Mecalor avança na consolidação da marca Klimatix, sua divisão especializada nos segmentos de HVAC e Data Centers, ao concluir importantes etapas de estruturação e liderança. Para impulsionar a expansão dos negócios, a empresa contratou um profissional com vasta experiência, reforçando seu compromisso com a inovação e a excelência.
“Já prevíamos que 2024 seria um ano desafiador para a Klimatix. George Szego, que estava à frente dessa unidade, teria este ano para dar robustez à estrutura e torná-la independente de sua forte atuação. Com isso, George seguiria seu caminho em direção ao comando do grupo, iniciando a transição do então CEO János Szego”, explica Claudia Arruda, diretora da Mecalor e responsável pela gestão de pessoas.
Com a morte prematura de János, logo na primeira semana de 2024, George, filho e herdeiro, assumiu a função de CEO da Mecalor, e a vaga com a missão de levar adiante o projeto Klimatix ficou disponível. “Avaliamos muito bem quem colocaríamos no cargo, pois precisava ser uma pessoa que, além de ter um bom conhecimento dos mercados de HVAC e Data Center, tivesse um olhar dedicado para entender a magnitude desse projeto e o que ele significava para o desafio do Grupo Mecalor. Foi então que encontramos um jovem cheio de brilho no olhar, que
comprou essa ideia e que tem toda essa experiência, o João Paulo Mesquita”, conclui Claudia.
João Paulo, ou JP, como é carinhosamente chamado, foi contratado para ser o novo gerente de Negócios da Klimatix. Com 13 anos de experiência, iniciou sua carreira de forma despretensiosa em um distribuidor de refrigeração próximo à sua casa. Sua personalidade forte e curiosa rapidamente o levou a uma posição estratégica na área de VRF (Fluxo de Gás Refrigerante Variável). Sempre focado em vendas e relacionamento, ele conseguiu crescer em todas as empresas por onde passou, contribuindo significativamente para os resultados.
João recém-iniciou na gestão dos negócios da Klimatix, e sua experiência anterior em grandes empresas do segmento, nas quais foi responsável pela expansão do negócio na América Latina, o preparou para essa posição. Nessas empresas, ele se reportava diretamente a um diretor e interagia com equipes internacionais, adquirindo uma visão ampla de como montar uma operação de sucesso.
JP também destaca o crescimento do mercado de Data Centers: “É um mercado que está em rápido crescimento e, em poucos anos, será o maior segmento do HVAC. Para isso, é essencial que nos preparemos e nos estruturemos para atender a essa demanda crescente. A chegada dessa ‘onda’ de Data Centers é iminente, e já estamos com grandes projetos em negociação. Para capturar essas oportunidades, precisamos adotar um perfil comercial mais arrojado e estratégico”, avalia. “Nossa meta de curto prazo é expandir a marca Klimatix no Brasil, estabelecendo operações regionais em mercados onde ainda não temos uma forte presença. Queremos posicionar a marca como uma referência em soluções de climatização de precisão, destacando nossa tradição e qualidade, características herdadas do Grupo Mecalor”, conclui.
Com a Resolução da Diretoria Colegiada 886, de 10 de julho de 2024, a Resolução n°. 09, de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RE-09/2003 ANVISA) – que trata sobre a Qualidade do Ar Interior (QAI) -, foi revogada e, como consequência, entra em vigor as Normas Técnicas, principalmente a ABNT-NBR 17.037. Além dela, demais normativas técnicas, legais e regulamentadoras também passam a ser referência, de forma a garantir o mais completo entendimento sobre as atualizações nos parâmetros e conceitos estabelecidos. Para explicar como ficam as questões relativas a este novo cenário, o engenheiro Nelson dï Souza Mendes*, desenvolveu um Manual Técnico Orientativo sobre o assunto. Parte deste conteúdo você acompanha abaixo.
MAR: Por que a RE-09/2003 foi revogada?
Nelson: A RE-09/2003 da ANVISA foi revogada em razão de vício de competência, ou seja, houve um entendimento jurídico pela diretoria colegiada desta Agência, que alega que ela não tem competência em elaborar resoluções sobre manutenção de ar-condicionado. Isso, no meu entendimento, repito, no meu entendimento é uma excrescência, pois a QAI (Qualidade do Ar Interior) passou a ser um processo sanitário.
MAR: O que substitui a RE-09/2003 ANVISA?
Nelson: Com a revogação da RE09/2003 ANVISA, por força do estabelecido no § único do Art. 3° da Lei 13.589/2018, portanto, “por força de lei”, as normas técnicas da ABNT substituem os padrões, valores, parâmetros, normas e procedimentos necessários à garantia da Qualidade do Ar Interior (QAI), conforme abaixo com destaques deste autor: “Art. 3º Os sistemas de climatização e seus Planos de Manutenção, Operação e Controle - PMOC devem obedecer a parâmetros de qualidade do ar em ambientes climatizados artificialmente, em especial no que diz respeito a poluentes de natureza física, química e biológica, suas tolerâncias e métodos de controle, assim como obedecer aos requisitos estabelecidos nos projetos de sua instalação.
Parágrafo único. Os padrões, valores, parâmetros, normas e procedimentos necessários à garantia da boa
qualidade do ar interior, inclusive de temperatura, umidade, velocidade, taxa de renovação e grau de pureza, são os regulamentados pela Resolução nº 9, de 16 de janeiro de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, e posteriores alterações, assim como as normas técnicas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.”.
MAR: E quais normas técnicas da ABNT substituem a RE-09/2003 ANVISA?
Nelson: Num primeiro momento é a ABNT-NBR 17.037 - Qualidade do ar interior em ambientes não residenciais climatizados artificialmente — Padrões referenciais, em todo o seu conteúdo; temos, também, a ABNT-NBR 15.848 – Sistemas de condicionamento de ar e ventilação – procedimentos e requisitos relativos às atividades de construção, reformas, operação e manutenção das instalações, que afetam a qualidade do ar interno, que não é citada literalmente na ABNT-NBR 17.037, mas refere-se à QAI. Portanto, tem a mesma interpretação das demais diretamente citadas.
MAR: Qual a principal mudança que a substituição da RE-09/2003 da ANVISA, pela ABNT-NBR 17.037 traz para os ambientes climatizados?
Nelson: A ABNT-NBR 17.037 atualizou os limites dos principais poluentes, e, além disso, apresenta o Radônio como um “novo” parâmetro a ser controlado, portanto, uma fonte de risco para a QAI, principalmente os
Engenheiro Mecânico e de Saúde e Segurança do Trabalho; Especialista em QAI e Ar-Condicionado. Coordenador do Grupo de Discussão (GD) Técnico Normativo do PNQAI (Plano Nacional de Qualidade do Ar Interior); Membro do CB 109, Saúde e Segurança do Trabalho da ABNT; Membro do CB 55, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Refrigeração da ABNT; Consultor QAI, ArCondicionado e Saúde e Segurança do Trabalho; Perito e Assistente Técnico Judicial; Professor Titular da disciplina Segurança do Trabalho na FAPRO/ETP; e CEO da NTS Engenharia e Consultoria. nellson.souzza@hotmail.com
ambientes climatizados localizados em subsolos ou confinados. Uma outra atualização importante, e que será a responsável pela mudança de conceito em QAI, é a implementação da Gestão da Qualidade do Ar Interno (GQAI), conforme a ISO 16000-40, estabelecida no subitem 6.7 da Norma.
MAR: Ainda, como ficam os parâmetros referenciais para fungos com a substituição da Re-09/2003 ANVISA pela ABNT-NBR 17.037?
Nelson: Os parâmetros referenciais para fungos em ambientes úmidos e demais fontes de multiplicação fúngica, como materiais porosos orgânicos úmidos, forros, paredes e isolamentos úmidos; bem como, ar externo, interior de condicionadores e dutos sem manutenções, vasos de terra com plantas; além de mofo e bolor, a partir de agora terão de contar com os seguintes procedimentos: substituir isolantes térmicos e acústicos contaminados; corrigir umidade relativa do ar; manter sob controle rígido vazamentos, infiltrações e condensação de água; higienizar os ambientes e componen-
tes do sistema de climatização ou manter o tratamento contínuo para eliminar as fontes; eliminar materiais porosos contaminados; eliminar ou restringir vasos de plantas com cultivo em terra, ou substituir pelo cultivo em água (hidroponia); observando que superfícies úmidas devem ser secas em até 48 horas; e realizar o tratamento do ar externo.
MAR: A vazão de ar externo estabelecida pela RE-09/2003 ANVISA era de 27 m³/h/pessoa, ou, para ambientes com alta rotatividade de pessoas, 17 m³/h/pessoa no ambiente climatizado, e como fica agora essa vazão com a ABNT-NBR 17.037?
Nelson: A vazão de ar exterior passa ser estabelecida em conformidade com o subitem 5.2 da ABNT-NBR 16.401-3.
MAR: A RE-09/2003 ANVISA estabelecia a concentração máxima de dióxido de carbono (CO2) como marcador para a renovação do ar em 1.000 ppm/m³, e agora, como fica com a ABNT-NBR 17.037?
Nelson: Com a entrada em vigor da ABNT-NBR 17.037, a concentração máxima permitida de CO2 nos ambientes internos passa a ser de 700 ppm acima da concentração medida no ambiente externo. Isto significa que a concentração de CO2 nos ambientes internos é em função da concentração medida no ambiente externo e não pode ser maior do que 700 ppm.
MAR: Neste caso será preciso instalar medidores em todos os ambientes climatizados e nos ambientes externos também?
Nelson: Segundo o subitem 6.1, da ABNT-NBR 17.037, a avaliação e o controle da qualidade do ar interior devem seguir métodos referenciados ou equivalentes técnica e legalmente, além dos requisitos mínimos para monitoramento tanto por amostradores ou por medição direta de forma contínua ou em intervalos específicos em função do método e do agente contaminante. As medições e coletas devem ser realizadas com equipamentos e amostradores calibrados em laboratório acreditado assim como os processos de análise química e biológica devem ser realizados por laboratório próprio, conveniado ou subcontratado desde que
acreditado conforme a ABNT NBR ISO IEC 17025.
MAR: E no tangente a periodicidade das ações de manutenção com a ABNT-NBR 17.037?
Nelson: A periodicidade das atividades de manutenção e controle estão claramente estabelecidas nos subitens 6.3 e 6.4 da ABNT-NBR 17.037.
MAR: E quanto a concentração de aerodispersóides com a entrada em vigor da ABNT -NBR 17.037?
Nelson: É sabido que os aerodispersóides podem ser divididos em material particulado (partículas sólidas) e partículas líquidas (vapores e sprays). No tangente a QAI, o material particulado pode ser dividido pelo diâmetro médio das partículas mais comumente encontrados e são estabelecidos como partículas com omédio até 2,5 μm (PM2,5) e partículas com omédio até 10 μm (PM10), sendo os limites estabelecidos para suas respectivas concentrações nos ambientes internos como PM2,5 ≤ 25 μm e PM10 ≤ 50 μm, sendo esses, portanto, seus valores limite (VL).
MAR: E sobre os valores recomendados para os parâmetros físicos de temperatura; umidade relativa; velocidade; taxa de renovação de ar; grau de pureza do ar; assim como as faixas recomendáveis de temperatura de bulbo seco; umidade relativa e o Valor Máximo Recomendável (VMR) de operação da velocidade do ar na região de influência da distribuição do ar?
Nelson: A ABNT-NBR 17.037 estabelece esses parâmetros no seu item 5, Padrões Referenciais.
MAR: A partir de agora, como será feita a estratégia de amostragem prevista na RE-09/2003?
Nelson: A tabela que descreve o número mínimo de amostras de ar a serem coletadas x área construída da edificação e razão social da RE-09/2003 REVOGADA foi mantida, não houve alteração. Caberá ao profissional responsável técnico da instalação de climatização estabelecer outra estratégia de amostragem, para cada poluente a ser analisado, que deverá estar descrita e tecnicamente fundamentada no MGQAI de acordo com as características da atividade econômica desenvolvida
na propriedade / estabelecimento / ambiente climatizado.
MAR: O que fazer quando as análises apresentarem resultados fora dos limites estabelecidos pela ABNT-NBR 17.037?
Nelson: Os laudos das análises sobre a qualidade do ar nos ambientes climatizados devem ser compreendidos como uma ferramenta auxiliar, parte integrante do Plano de Manutenção Operação e Controle(PMOC), contido no Manual de Gestão da Qualidade do Ar para a implementação de melhorias contínuas no processo de GQAI e devem ser utilizados para encontrar a causa raiz das não conformidades e elaboração um Plano de Ação Corretiva e Manutenção (PACM) e um Plano de Ação de Emergência (PAE), viável e efetivo para a eliminação, e, ou, controle de fungos patogênicos ou toxicogênicos; PM2,5; PM10; CO2; CO, NOx; NO2; SO2; SO; Compostos Orgânicos Voláteis (COV); Radônio (Rn); gases inorgânicos; materiais fibrosos como amianto; agentes biológicos; temperatura de bulbo seco no ambiente interno; umidade relativa no ambiente interno; VMR de operação da velocidade do ar na região de influência de distribuição (RID), ou, zona ocupada; taxa de renovação de ar externo, que resultará no grau de pureza do(s) ambiente(s) climatizados.
MAR: Neste novo cenário foram acrescentadas novas fontes de poluentes?
Nelson: Sim, foram acrescentados a amônia, o amianto (asbesto), o chumbo e o radônio. Os valores de limite de exposição apresentados, estão fundamentados no Anexo 11, da NR 15.
- Amônia: Encontrada em banheiros. Limite de exposição 20 ppm (14 mg/m³ de ar);
- Chumbo: Manipulação do chumbo durante de manipulação de baterias e processos de brasagem, também pode ser gerado em razão de atividades de reforma/obra/manipulação com limite de exposição de 0,1 mg/m³ de ar.
MAR: Por que o asbesto (amianto) foi introduzido como fonte de poluente do ar interno?
Nelson: Esta decisão deve-se ao fato de que o asbesto ainda é encontrado em muitas edificações em locais como, telhas, materiais de constru-
Definir o número de amostras de ar interior, tomando por base a área construída climatizada dentro de uma mesma edificação e razão social, seguindo a tabela abaixo:
Área construída Número mínimo (m²) de amostras
Até 1.000 1
1.000 à 2.000 3
2.000 à 3.000 5
3.000 à 5.000 8
5.000 à 10.000 12
10.000 à 15.000 15
15.000 à 20.000 18
20.000 à 30.000 21
Acima de 30.000 25
As unidades funcionais dos estabelecimentos com características epidemiológicas diferenciadas, tais como serviço médico, restaurantes, creches e outros deverão ser amostrados isoladamente.
ção e como isolante ou componente de isolantes termoacústicos de ambientes e componentes de instalações de climatização e refrigeração. Além disso, o asbesto pode chegar aos ambientes internos em razão de reformas/obras e modernização, que estejam ocorrendo na propriedade e suas circunvizinhanças. As ações preventivas estão estabelecidas no Anexo 12 da NR 15 – Limites de tolerância para poeiras minerais.
MAR: O que é o Radônio (Rn) e por que a ABNT-NBR 17.037 o incluiu como fonte de poluição do ar nos ambientes internos?
Nelson: Mais esclarecimentos sobre o Rn podem ser obtidos no endereço www.radonio.com.br , e, segundo o site, com destaques deste autor: “O Rn é um gás invisível, insípido, inodoro e mortal, que entra nos ambientes confinados (casas e edifícios) através de fissuras, rachaduras, buracos, canos da fundação, ralos e água de poço. Isto porque a principal fonte de contaminação de gás radônio em um ambiente confinado é o próprio solo sobre qual o imóvel foi construído. Ao vir das profundezas da terra, o radônio é liberado através do solo no ambiente natural e se dissipa rapidamente, não causando danos aos seres vivos. Contudo, ao encontrar um ambiente confinado, o radônio tende a se concentrar, tornando-se um contaminante invisível e mortal devido a sua radioatividade.
A razão para a inclusão do Rn como fonte de risco para os ambientes climatizados está em documentos e estudos técnico-científicos publicados pela Environmental Protect
Agency (EPA) dos Estados Unidos e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que comprovam que o Rn é o segundo maior causador de câncer de pulmão perdendo apenas para o tabagismo.
MAR: Quanto à fiscalização dos ambientes climatizados, a quem caberá essa responsabilidade após a revogação da RE-09/2003?
Nelson: Entendemos que a Portaria 3523/1998, do Ministério da Saúde, estabelece que a responsabilidade da fiscalização das propriedades/estabelecimentos está sob a responsabilidade dos órgãos de vigilância sanitária nas esferas estaduais e municipais. No entanto, o Ministério do Trabalho, através da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) tem a prerrogativa de fiscalização, em razão do estabelecido nos subitens 17.8.4, 17.8.4.2 e 17.8. da NR 17 – Ergonomia.
MAR: O que é sistema de gestão da qualidade (GQAI) do ar interno conforme estabelecido no subitem 6.7 da ABNT-NBR 17.037?
Nelson: Antes de mais nada, cabe-nos esclarecer que a implementação da GQAI como estabelecido na ABNT-NBR 17.037 não tem o intuito da obrigatoriedade da certificação ISO mas, se corretamente implementada e operacionalizada, pode preparar a organização/propriedade/estabelecimento para requerer a certificação.
Um sistema de GQAI é um conjunto de ações e atividades preventivas de controle que uma organização (empresa), empreendimento ou estabelecimento implementa, operacionaliza, controla e desenvolve de forma contínua, com o intuito de eliminar, e, ou, controlar os riscos existentes nos ambientes climatizados, decorrentes das fontes de poluentes químicos, biológicos e físicos, originários da ocupação interna, e, ou, de fontes externas para garantir a manutenção dos parâmetros normatizados e estabelecidos de poluentes, o funcionamento da instalação de acordo com os parâmetros de projeto e o funcionamento dos equipamentos em conformidade com as especificações dos fabricantes.
MAR: Como implementar um Sistema de gestão da qualidade do ar interno?
Nelson: A NBR ISO 16.00-40 apresen-
ta de forma bem didática as ações a serem tomadas pela empresa para a implementação da GQAI, que não apresentaremos neste documento por ser muito extenso, porém, fica a cargo do profissional responsável técnico da instalação a tomada de outras ações para a elaboração, implementação e operacionalização da GQAI.
MAR: Qual o prazo para implementação das atualizações exigidas pela ABNT-NBR 17.037?
Nelson: A RDC 886/2024 da ANVISA não estabeleceu um prazo para a adequação às novas exigências, então, entendemos que são válidas a partir da revogação da RE-09/2003, porém, é praxe que os órgãos fiscalizadores concedam um prazo de 180 dias, podendo ser prorrogável por igual período tendo em vista a complexidade da migração.
MAR: As empresas, estabelecimentos e demais propriedades podem ser autuadas durante esse processo de transição?
Nelson: Como dito há um prazo, de praxe, mas não oficial, concedido pelos órgãos fiscalizadores para a adequação, então, caberá ao agente fiscalizador estabelecer, por bom senso, por enquanto, esse prazo. Pelo exposto, com a revogação da RE-09/2003, da ANVISA, os parâmetros para a QAI ficaram mais técnicos e específicos. Por essa razão a contratação de um profissional habilitado torna-se fundamental para que os proprietários, locatários e prepostos de ambientes climatizados possam usufruir de segurança técnica e jurídica.
Saiba mais sobre a Resolução da Diretoria Colegiada 886, de 10 de julho de 2024, que estabelece a revogação da RE-09/2003, no seu inciso XIII do Art. 3°. acessando este QR CODE:
Sobre o MANUAL TÉCNICO ORIENTATIVO da ABNT NBR 17.037 x RE-09 REVOGADA: elaborado para atender de forma didática e prática aos administradores, proprietários, locatários e profissionais responsáveis técnicos por instalações e equipamentos de arcondicionado em ambientes de uso público e coletivo, portanto, não residenciais.
(NH3 / CO2) é a base do projeto da Mayekawa
Mayekawa do Brasil, líder na fabricação de equipamentos e sistemas completos de refrigeração industrial inclui mais uma obra para o seu vasto e diversificado portfólio: a Baita–Fênix Indústria e Comércio de Alimentos. Localizada na cidade de São Paulo (SP), conta com 30 anos de experiência na área de alimentos congelados. Com cardápio sortido, a empresa produz também, alimentos de peixes e frangos em diversos cortes.
Entre outras, a necessidade da Baita-Fênix Alimentos em optar pelo atendimento Mayekawa foi o de prover solução principalmente para:
• Túnel para congelamento rápido de produtos alimentícios em baixa temperatura;
• Armazenamento Frigorífico, que mantém temperaturas extremamente baixas em período prolongado de produtos congelados;
• Construção de um sistema de congelamento industrial, prioritariamente, seguro ambientalmente e operacionalmente.
Desenvolvido para a área de congelamento, o projeto com CO2 previu não apenas o desempenho do sistema para alcançar baixas temperaturas, mas, também, a segurança ambiental e operacional.
Com esse panorama, a engenharia da Mayekawa optou pelo sistema de refrigeração industrial tipo cascata (NH3/CO2), projetado para alcançar temperaturas muito baixas necessárias para o rápido congelamento de produtos, “em que a amônia é responsável pela condensação de CO2”, informa o gerente comercial da Mayekawa do Brasil, Ricardo César dos Santos. Ele explica que o resfriamento do túnel é realizado pelo CO2 líquido “esse CO2 é bombeado em direção ao túnel, onde evapora, diminuindo radicalmente a temperatura do ar e, por consequência, do produto até o seu estado de congelamento”, diz o executivo.
Diante da demanda da Baita-Fênix Alimentos, o sistema conta com uma capacidade de 472 kW para uma temperatura de evaporação de -42 °C, utilizando uma quantidade de
amônia relativamente baixa, dentro dos limites estabelecidos pela CETESB¹, sendo suficiente para atender o túnel espiral contínuo, que produz cerca de 2.500 kg de produto por hora. “O projeto foi pensado de forma essencial para atender a estes processos, que requerem o controle rigoroso de temperatura a fim de garantir qualidade e segurança dos produtos”, conta Ricardo. Além disso, o projeto possui um inovador sistema de degelo por gás quente, utilizando um compressor dedicado que garante que toda a obstrução do túnel seja eliminada de maneira rápida e eficiente. Mas não é só. A questão da mão de obra também foi observada: “ministramos um treinamento para os operadores da Baita-Fênix, capacitando-os para que a operação seja segura e demonstrando a expertise da
Mayekawa no assunto”, completa Ricardo.
Considerando que a Baita-Fênix Alimentos está localizada em uma zona mista predominantemente residencial, o projeto foi desenvolvido com um forte enfoque na segurança. “Implementamos rigorosas medidas para prevenir vazamentos e acidentes, garantindo um alto nível de proteção essencial para áreas residenciais”, garante Ricardo. O sistema utiliza refrigerantes naturais como amônia (NH3) e CO2, sendo projetado para operar com baixa carga de amônia, o que diminui os riscos caso haja algum vazamento.
Além disso, esses fluidos possuem um menor impacto ambiental comparado aos fluidos refrigerantes sintéticos. Outro diferencial importante do projeto é a alta eficiência energética, que reduz o consumo de energia e os custos operacionais. “Esse sistema apresentou uma redução de aproximadamente 6,7% no consumo de e nergia elétrica, se comparado a um sistema de amônia convencional”, aponta Ricardo.
O gerente da Mayekawa conta, ainda, que, de acordo com o perfil do projeto, alguns desafios foram enfrentados, como, por exemplo a integração eficaz
dos sistemas de refrigeração - de amônia e CO2, incluindo a gestão segura e eficiente de ambos os refrigerantes. Também, foi assegurado que todos os componentes e as operações estivessem em conformidade com as regulamentações de segurança. Sobre o projeto, ele avalia, “este sistema de refrigeração para a Baita-Fênix não só oferece alta capacidade de congelamento e eficiência energética, mas também é um exemplo de como a tecnologia avançada pode ser integrada em ambientes urbanos. “A escolha de fluidos refrigerantes naturais e o projeto robusto, garantiram que o sistema atendesse às necessidades de produção da Baita-Fênix, ao mesmo tempo em que minimiza o impacto ambiental e garante a segurança da comunidade ao redor’, finaliza Ricardo.
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Uma nova realidade! n ova re alida de!
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), entre 2000 e 2014, aconteceu a grande revolução na panificação nacional, quando as padarias precisaram se reinventar, aprimorando sua gestão, oferecendo novos produtos aos clientes, alinhados às suas mudanças de consumo. E, não é de hoje que as padarias fazem sucesso, estima-se que haviam cerca de mais de 400 padarias em Roma, na época do imperador Júlio Cesar, onde, segundo aspectos históricos, quanto mais o imperador realizava a distribuição de pães entre a população, maior era a sua popularidade. Entre os principais países que influenciaram a panificação nacional atual, está a França, e o seu famoso pão francês, que hoje é conhecido mundialmente. No Brasil, as padarias são caracterizadas como o segundo maior canal de distribuição de alimentos, oferecendo um mix extremamente variado de produtos, do pão a produtos industrializados, muito diferente das tradicionais e antigas padarias. Conheça a seguir um pouco mais sobre o setor panadeiro e de que forma a indústria do Frio contribui para a evolução do setor.
PARTE I
• PANORAMA
• HISTÓRIA
• TENDÊNCIAS
PANIFICADORAS E CONFEITARIAS, BOUTIQUES DE PÃES E BOULANGERIE: NOVOS NOMES PARA UM NOVO CONCEITO DE PADARIA.
oi-se o tempo em que ir à padaria era estabelecer uma relação direta com a compra de pães. Foi-se o tempo. Hoje é diferente. Já há algum tempo, principalmente nos grandes centros, as padarias estão deixando de ser apenas estabelecimentos responsáveis pela fabricação artesanal e venda de pães fresquinhos, biscoitos, bolos entre outros produtos afins, e, que, antes eram frequentadas pelos clientes em determinados horários do dia e da noite.
Atualmente, as panificadoras e confeitarias, como passaram a ser chamadas nos últimos anos, estão se transformando em centros de convivência, gastronomia e serviços. Mesmo com a venda de pães, que ainda é tão significativa, as padarias diversificaram seu leque oferecendo uma gama de produtos e serviços para atender mais e melhor a sua clientela que, por sua vez, aprovou e aderiu a este novo formato. Além do mais as padarias tornaram-se verdadeiros pontos de encontro, onde,
também é possível frequentá-la sozinho, sem que cause estranheza aos olhos alheios, pois é o estabelecimento de maior afinidade com o consumidor.
As panificadoras de hoje são locais confortáveis e democráticos, acolhedores para tomar um café, fazer um lanche, almoçar, participar de uma rodada de pizza em grupo ou degustar um bufê de sopas, entre tantas outras opções. No balcão ou sentado à mesa, como se estivesse em um restaurante. Isso porque o setor despertou para novas tendências, se adaptou, cresceu e apareceu. Tanto que nele não há crise, ao contrário, seus empresários só falam em crescimento constante. Segundo o Sebrae Nacional, “a panificação e confeitaria é o segundo setor que mais cresce no Brasil, no segmento de foodservice (alimentação fora do lar)”. Segundo o órgão, em 1999, foram atendidos 36,4 milhões de clientes; em 2014, esse número saltou para 48 milhões de clientes diários;
em 2019, contaram 51 milhões /dia; e até o fechamento desta reportagem não havia números recentes. Mas, estima-se que, atualmente, esse patamar tenha ultrapassado fácil os 55 milhões de clientes (cerca de 25% da população), que degustam mais de 25 milhões de refeições / dia. Por isso mesmo as padarias têm procurado investir em arquiteturas diferenciadas, layouts atrativos, serviços de fast food para café da manhã, almoços, happy hours entre outras opções, além de serviços como manobristas, espaços para animais de estimação e, também, sistemas a cabo de TV, streaming, wi-fi e outros mimos para atrair cada vez mais a grande fatia de clientes. Deu certo. O nível de sofisticação como a qualidade e a variedade dos produtos ofertados, o atendimento, e a localização são primordiais para encontrar diferenciais competitivos, ou seja, para se destacar no setor, deve-se prestar atenção nos pontos citados. “Hoje é muito mais convenien-
te ir a um único lugar e conseguir resolver tudo”, opina a gerente da Recanto Doce, localizada no bairro da Aclimação e em atividade há 45 anos. Cristina da Silva. “Por outro lado, a venda de pão em supermercados decresceu. Primeiro, porque o foco deles são as mercadorias. Portanto, salvo exceções, não se vai ao supermercado comprar pão. Já na padaria se faz o inverso: geralmente, busca-se o que se compra no mercado. Daí, quando se entra na padaria, o cliente come alguma coisa, faz um lanche rápido, toma um café, aproveita compra pão e lembra-se de alguma coisa para levar para a casa (não necessariamente nesta ordem). É uma facilidade para o cliente e uma facilidade para padaria, que, consequentemente, vai vender mais. É uma troca”, acrescente Cristina.
Dados recentes, de maio de 2024, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (ABIP), informa que, 90.269 mil panificadoras compõem o mercado da panificação e confeitaria no Brasil, das quais 86,15% (77.769) são micro e pequenas empresas; 11,15% (10.067) são empresas de pequeno porte (EPP); e 2,70% (2.433) estão categorizadas na faixa de “demais empresas”. Ainda segundo a ABIP, em 2023, o setor gerou 2,56 milhões de empregos, sendo 926 mil diretos; e 1,67 milhões, indiretos. Desse total 35% concentram- se na produção. No entanto, o setor registra déficit de mão de obra de mais de 140 mil profissionais. Já os empresários somam 100 mil, que comandam esse mercado no País. No ano passado, o setor faturou R$ 135,24 bilhões, um aumento de 11,50% se comparado ao faturamento de 2022: R$ 125,22 bilhões, segundo levantamento da ABIP. A panificação está entre os seis maiores segmentos industriais do País, com participação de 36% na indústria de produtos alimentares e 6% na indústria de transformação.
O presidente da ABIP, Paulo Menegueli informa que para este ano, o faturamento do setor deverá crescer em torno de 10%. “Ouso dizer que nosso setor não viu crise; ao contrário, com a tendência das pessoas ficarem mais em casa, o consumo dos nossos produtos aumentou”, explica Menegueli.
No ano passado, a taxa de crescimento do faturamento das panificadoras e confeitarias no País ficou em cerca de 11%.
As novas características do setor foram registradas no ‘Estudo de Tendências: Perspectivas para a Panificação e Confeitaria 2009/2017’, - último trabalho realizado sobre o setor -, desenvolvido por meio de convênio entre o Sebrae Nacional e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP). Nele, é possível saber que 76% dos brasi-
leiros consomem pão no café da manhã e 98% da população são consumidores de produtos panificados. Dos pães consumidos no Brasil, 86% são artesanais, correspondendo 52% ao pão francês. Quase metade do faturamento das panificadoras (48%) provém da produção própria, da qual 25% correspondem ao pão francês e 75% aos demais produtos.
Segundo o estudo do Sebrae e ABIP, o consumo de pães tem aumentado no Brasil, nos últimos anos, inclusive com a inclusão de produtos elaborados com outras matérias-primas, como a mandioca e o milho. Atualmente o consumo per capita do brasileiro é de 22,61 kg de pães/ano.
A demanda crescente pelos pães e panificados é uma tendência confirmada pelo estudo, indicando que os empresários do setor devem se preparar para atendê-la.
O setor também participa de outras cadeias produtivas, como por exemplo, bebidas, frios, congelados, laticínios, cigarros, bomboniére, sorvete entre outros. Só perde para supermercados e hipermercados, em termos comparativos, estabelecimentos que também incorporam panificados em seu mix de produtos.
No Brasil, não há uma definição formal para os diferentes tipos de padarias, como ocorre, por exemplo, na França. Contudo, segundo documentos, pesquisas e discursos de entidades do setor, podem ser traçados três tipos de perfis neste segmento:
• Padaria Artesanal: neste tipo de padaria, a produção dos panificados e confeitados é local, além de ser considerado o carro-chefe do estabelecimento. Geralmente, a venda é direta ao consumidor, mas há também revenda para outros estabelecimentos, e sem muita escala. As artesanais produzem 79% dos produtos do setor.
• Padaria Industrial: nela, a produção dos produtos é feita em larga escala e a venda destes panificados não se destina so-
mente ao consumidor local, mas para diferentes fontes, por exemplo, indústria, hospitais e as próprias padarias artesanais, lojas de conveniência, supermercados e outros. Nesse sentido, destaca-se a produção dos congelados e pães industrializados. Aqui a fabricação responde por 14% .
• Padarias de Supermercado: a produção de panificados (7%) não é o principal negócio dentro de um supermercado, mas se configura com a produção e venda de panificados, com preços menores que ampliam a concorrência. Vale ressaltar que as padarias de supermercado também podem ter produção artesanal nos processos de fabricação.
Para suprir uma demanda cada vez maior, as padarias tiveram que começar a incrementar-se com os fornos e outros equipamentos de padaria, como termostatos e afins. Esta prática de produção em escala industrial começou por volta de 1915. Atualmente, esse é um caminho sem volta, as panificadoras e confeitarias são cada vez mais acolhedoras, com espaços onde as pessoas contarão com conforto e bom atendimento para degustar, se alimentar, conversar e até se divertir, compensando a correria e o excesso de individualismo e distanciamento comuns em outros tipos de estabelecimentos comerciais. Segundo o estudo da ABIP/Sebrae, as mudanças de comportamento, necessidades e preferências do consumidor ditam os novos tempos da panificação e confeitaria no País e no mundo. A introdução e diversificação de produtos mais saudáveis, contendo cereais integrais, ingredientes de melhor qualidade e menos óleo e açúcar nas receitas, é uma das providências para acompanhar o gosto da clientela de hoje e dos próximos anos. Em termos de gestão, o negócio também está mudando bastante e se tornando mais sofisticado, abrangendo práticas dos setores industrial, de comércio e de serviços. A gestão das panificadoras
e confeitarias está cada vez mais planejada, profissional e tecnológica. O braço técnico da ABIP, Instituto Tecnológico da Panificação e Confeitaria (ITPC), foi responsável pelo desenvolvimento e elaboração do trabalho. Viagens à China, Alemanha, Estados Unidos e outros países foram realizadas para verificar a evolução do setor lá fora. O conhecimento adquirido consta da publicação de 62 páginas com a coordenação técnica do estudo foi feita por Márcio Rodrigues, empresário do setor e consultor especializado em panificação e confeitaria, que à época também dirigia o Propan (Programa de Apoio à Panificação), desenvolvido pela ABIP e a Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria de Trigo). “O objetivo do estudo é direcionar as estratégias de investimentos dos empresários do setor, especialmente em termos de equipamentos, matérias-pri-
mas, layout das lojas, atendimento, mix de produtos, entre outros”, explica Márcio. Foram mais de dois anos de pesquisas, segundo ele. “Apresentamos, também, casos de empresas com maior sucesso no País e no mundo para que esse sucesso se multiplique para outras empresas brasileiras”.
Para montar um negócio de panificação e confeitaria, a primeira coisa em que se deve pensar é a parte do frio, que é a mais importante por ser essencial e também por ter os custos mais elevados dentro do negócio”, revela Cristina, da Recanto Doce, que explica: “ A parte de exposição, os balcões são a base da padaria. Não há como trabalhar com geladeiras. É inviável”. Cristina não diz isso à toa. Panificação é o setor de maior crescimento do food service brasileiro, o que
implica em profissionalização das cozinhas. As padarias tradicionais têm em média 10 metros de balcões refrigerados, o que se traduz em mais de 900 quilômetros de balcões refrigerados no País.
Hoje, toda a padaria necessita de câmara frigorífica e o frio passa a ser cada vez mais importante no setor, pelo recebimento de produtos e insumos congelados para simples finalização ou acabamento de produtos, uma tendência mundial.
Também é necessário expor seus produtos, mantendo-os refrigerados. E o que dizer dos sistemas de exaustão tão imprescindíveis? Ainda, os estabelecimentos têm implantado a climatização ambiente em seus salões. Estima-se que cerca de 35% das padarias já contam com ar-condicionado, com expectativas de crescimento.
A frota para delivery das padarias supera os 150 mil veículos. Perto de 50% são refrigerados. O projetista Alberto Solinas confirma: “Planejamento é essencial antes de qualquer investimento. A parte de refrigeração tem um peso muito grande nesse segmento, diria que responde por 50% do negócio. Portanto, primeiramente devem ser levados em consideração layout, volume a ser estocado, temperatura de armazenagem e movimentação diária.
O diretor da Gallant, fabricante de câmaras frias, Leandro Weizenmann também atende o mercado da panificação, concorda e acrescenta que as panificadoras devem se informar e utilizar projetos de especialistas, dando importância ao layout das casas de máquinas, dimensionamento, equipamentos de frio, balcões e, também, móveis, iluminação, acesso, pistas de serviços, mesas entre outros itens, que são importantes para que o negócio se aperfeiçoe e ganhe mercado. “O importante é o empresário buscar informações corretas”, diz. Por isso mesmo, quando se pensar em processo para produção e conservação de alimentos e conforto para o público frequentador, há que se pensar em Refrigeração.
O presidente da Amipão, Vinícius Dantas, avalia os desafios e oportunidades vividos pelo setor na atualidade, destacando as suas principais tendências. “Ele tende a funcionar como loja de conveniência, com mix de produtos mais assertivo e trabalho mais direcionado para o café da manhã. Algumas lojas abriram para o café no local da empresa. Mas varia muito de cidade para cidade e do poder aquisitivo da região e do bairro. A tendência do setor de panificação é a indústria do congelado. Temos visto a dificuldade de mão de obra e a terceirização de processos. Hoje temos pães congelados que são acabados na panificadora. Isso nos dá uma produtividade muito grande, sendo que parte do processo já foi adiantado”, diz. A Amipão é formada pelo Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado de Minas Gerais (SIP) e pela Associação Mineira da Indústria
Se é certo que a indústria da panificação fez da indústria do frio uma grande aliada para o seu negócio, é correto afirmar que a automação tem uma grande responsabilidade nisso. “Hoje, devido ao novo cenário das panificadoras as linhas de produção desses locais tornaram-se maior devido ao fluxo intenso de alimentos”, observa o professor de Refrigeração e Ar Condicionado, o engenheiro Adriano Oliveira. De fato, com os números exibindo a grandiosidade do setor dá para concluir que o comportamento das padarias mudou bastante, havendo uma grande diversidade que atende, também, um público mais exigente. Portan-
de Panificação (AMIP), que representam cerca de 6 mil e 12 mil padarias, respectivamente. Dantas cita, ainda, as principais tendências para o setor de panificação. “As tecnologias estão avançando bastante, em função da falta de mão de obra. Temos buscado alguns fornecedores e apoio para poder criar tecnologia para pequeno porte. As inovações estão ligadas à tecnologia do frio. Algumas padarias maiores estão buscando tecnologia própria, fazendo ultracongelamento, comprando equipamentos de maior produtividade”, informa.
Assim, no que diz respeito à Indústria do Frio, uma panificadora deve contemplar:
• Automação
• Balcões Expositores
• Câmaras Frigoríficas
• Climatização
• Exaustão e Ventilação
• Expositores Verticais
to, a necessidade de estocagem, preparação, produção e exibição dos produtos frescos, garantindo a demanda se faz presente. Esse processo não pode parar. Por isso a automação é responsável pelo controle dos expositores verticais, balcões refrigerados, pelo ar condicionado, pelas câmaras frigoríficas e tudo o mais que contribua para que o negócio não pare. As padarias funcionam sete dias da semana, inclusive em feriados e algumas já atendem 24 horas. “O monitoramento dos sistemas de refrigeração é extremamente importante. O desenvolvimento de aplicativos de automação e controles para esses sistemas utilizados nas padarias contemplam em administrar o ambiente de forma segura, tornando-o mais dinâmi-
co”, assegura Oliveira. Ou seja, os sistemas de automação e controles não se limitam a variáveis de temperatura e umidade. Vão além. “A automação permite criar sistemas de monitoração e de gestão para equipamentos e utilidades”, assegura a engenheiro.
Segundo ele, os sensores de automação permitem monitorar, por exemplo, a temperatura e o funcionamento da válvula de congelamento dos balcões; nas câmaras frias é possível controlar as perdas através das aberturas das portas; o ar condicionado, por sua vez, pode ser acessado e controlado em função da temperatura do ambiente.
No entanto, Adriano explica que cada é um caso, por isso a automação entra como uma solução personalizada. “Há que se saber a real necessidade do cliente. Uma vez desenvolvido os sistemas para o negócio, se reduz o custo de serviço porque não se trabalha fora do rendimento.
Alguns pontos que são importantes para o cliente com a automação isso é elevado potencializado”.
Questionado sobre a diferença entre o funcionamento automatizado e mecânico dos sistemas de refrigeração, o professor responde: “Enquanto que com o funcionamento mecânico não se observa as diferenças na eficiência de rendimento dos equipamentos, a automação eleva a eficiência, melhorando o desempenho de algo que está bem projetado ou,
por outro lado, minimiza o que foi mal projetado”, garante. O engenheiro, no entanto, ressalta que a automação não faz milagre. “É claro que a automação não vai evitar a quebra de um compressor, mas aquilo que levaria um ano para ter problema, com a automação é postergado para três, diminuindo e controlando o índice de quebra dos equipamentos”.
Outro ponto a favor é que como a automação permite a monitoração on line, trabalha-se de forma preditiva, evitando manutenções corretivas, pois o índice de defeito é muito baixo. “Configurar e adequar a automação para as máquinas é também uma forma de medir resultados sobre patrimônio deles”, orienta.
Adriano chama a atenção para o fato de que as panificadoras, geralmente, crescem de forma vertical, e, portanto, necessitam de mais pontos de controle de refrigeração do que os supermercados, que crescem na horizontal. “Para se ter uma ideia, em um supermercado com área de 2.500m², com layout padronizado na área de vendas, os resfriados e congelados necessitam de 30 pontos de automação; numa padaria esse número chega a dobrar para até 60 pontos de controle. Embora a área de convivência seja menor, por detrás, as panificadoras é algo maior”, justifica. E por ser maior, a automação elimina a necessidade de se ter um técnico presente. “O sistema dá a possibilidade de tomar uma
decisão de como ser tratado, permitindo que se implemente o que está acontecendo sem perder a mercadoria e garantindo que tudo esteja bem”, finaliza.
BALCÕES, MAIS DO QUE EXPOSITORES
No começo do setor panadeiro, os balcões refrigerados eram confeccionados em madeira, vidro comum e tinham linhas retas. Também não havia muita diversificação quanto aos modelos. Eram todos semelhantes. Hoje os balcões expositores refrigerados permitem visualização do alimento, mantendo-o à temperatura ideal de conservação.
São responsáveis por abrigar doces, bolos, frios, laticínios, colocando na vitrina tudo aquilo que enchem os olhos e aguçam o paladar de quem passa. Por isso mesmo, ao longo das décadas, com a incorporação de novas tecnologias, sua confecção foi se aprimorando: atualmente, os balcões são fabricados em aço inoxidável com vidros cuja tecnologia garante a conservação de temperatura e umidade ideais, sem promover perdas. Quanto ao design há balcões de tamanhos variados que se adequam perfeitamente as necessidades do local, podendo ser curvos, retos, modulares ou não. De tamanhos pequenos, médios ou grandes, eles também ganharam cores e detalhes personalizados.
A vantagem está na possibilidade de desenhos com formas diferenciadas, desde figuras lineares e
retangulares, seguindo um princípio racionalista, até formas orgânicas e sinuosas, mais agradáveis aos sentidos humanos, garantindo melhor conforto sinestésico ao usuário. A maioria é feita sob encomenda, ao gosto do freguês. Segundo o vice-presidente da Refrimate, empresa que fabrica balcões expositores, Vinícius Brandão “essa evolução dos balcões, das vitrinas expositoras refrigerados se desenvolveu porque respondem por 50% do negócio, que se mantém crescente”, avalia.
CÂMARAS FRIGORÍFICAS, TÃO NECESSÁRIAS
Uma câmara frigorífica é qualquer espaço de armazenagem, que tenha as suas condições internas controladas por um sistema de refrigeração. Basicamente existem dois tipos de câmaras: para resfriados e para congelados. Cabe dizer que os dois processos são muito diferentes e, portanto, devem ser realizados em equipamentos distintos. As câmaras de Resfriados tem a finalidade de proteger os produtos em temperaturas próximas de 0 ºC e são conhecidas no mercado como blast chillers, freezers ou ultra resfriadores. Enfim, são câmaras projetadas para retirar calor dos alimentos de forma mais rápida possível sem causar danos significativos nas qualidades organolépticas (cor, sabor, odor e textura) dos alimentos; já a de Congelados, tem finalidade de prolongar o período de estocagem dos produtos, à baixas temperaturas, em geral abaixo de -18ºC. Para Leandro Weizenmann, da São Rafael, há 80 anos no mercado, as câmaras frigoríficas devem atender as necessidades que os clientes buscam, por isso é fundamental um atendimento personalizado. “O cliente é leigo. Ele entende da gestão, porém a parte de refrigeração requer mais conhecimento”, avalia. Weizenmann avisa que é um trabalho de parceria. “Nós não somos os responsáveis pelo layout da loja, mas damos apoio aos projetistas para que a arquitetura possa dimensionar corre-
tamente a casa de máquinas, as unidades de refrigeração e todo o resto, que se faz necessário. Isso traz, certamente, uma garantia maior ao dono do negócio”, garante.
Como exemplo ele cita o delicado processo de fermentação da massa de pão. “A refrigeração trouxe mais tecnologia e retardamento ao tempo de fermentação. As câmaras, que conservam o pãozinho são essenciais, até mesmo, para uma pequena padaria. Uma câmara controla a fermentação da massa para a fabricação de pães, ou seja, ela suspende ou acelera a fermentação da massa de acordo com o ritmo da padaria”. A programação fun-
ciona da seguinte forma: coloca-se o produto dentro para interromper a fermentação do pão e a partir daí, no horário programado, inicia-se o processo de fermentação e o pão está pronto para o cozimento. O equipamento trava a fermentação por até 24 horas. O padeiro só tira a massa da câmara e põe para assar quando há demanda. Com isso, as perdas são próximas de zero.
O equipamento mudou o esquema de produção da padaria. Com ele, o padeiro prepara a massa de dia, armazena, faz a programação e vai embora. No dia seguinte ele retira a massa e leva direto ao forno para assar. Com isso, o panificador poderá
planejar seu trabalho sem limitações de horário, pois a câmara inibe a fermentação, através do controle de ar, tempo e umidade, acarretando uma sensível redução nos custos das matérias primas e de pessoal, já que as câmaras liberam o panificador do velho problema de horário das fornadas.
Mas não é só as câmaras atendem os congelados, como as massas pré-congeladas, bebidas, laticínios, bolos, doces, matérias primas para a produção de refeições e quase toda a estrutura alimentar de uma padaria. “Além de armazenar com qualidade e segurança, as câmaras são necessárias para quem trabalha com fast food, pela rotatividade e facilidade em atender a demanda”, testemunha Cristina.
Além da parte estrutural, atualmente é comum as padarias modernas terem instalados em sua área de convivência e conveniência sistemas de ar condicionado,
afim de climatizar o ambiente oferecendo conforto aos seus clientes, pois, “é uma maneira de permanência do cliente num local extremamente quente, garantindo que ele não vai sair rapidinho em função da temperatura”, observa Paula Laurenti, da centenária Basilicata. O diretor da Sigmaterm Engenharia, especializada em ar condicionado industrial, exaustão e ventilação, há mais de 40 anos no mercado, José Medela, reforça que os sistemas de ar condicionado devem atender as normas de renovação de ar definidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas. O que nem sempre é feito. O sistema, geralmente, é o de expansão direta com equipamentos do tipo split. O importante é que a instalação seja feita por profissionais qualificados, que possam orientar o cliente sob as variáveis do sistema, como local a ser instalado, tipo de equipamento, capacidade e operação adequada. Essas exigências nada mais são do que um segurança para estes locais.
Além disso, os donos de padarias devem ficar atentos em promover a manutenção adequada destes equipamentos, o que inclui limpeza interna dos aparelhos e atenção ao seu sistema de filtragem.
EXAUSTÃO E VENTILAÇÃO, FUNDAMENTAIS
O balcão de uma padaria, talvez, seja o local mais democrático do negócio. É ali que se pede um cafezinho ou se saboreia uma refeição. Mas, é ali, também, que convivem junto a clientela fritadeiras, chapas, fogões, fornos para pizza e outros equipamentos para o preparo de pratos rápidos e lanches. Para que a convivência seja pacífica, torna-se imprescindível captar as fumaças advindas desse processo, inclusive até as empregnadas de gorduras, que espalham odores, calor e outras partículas contaminantes em suspensão, tornando o ambiente irrespirável.
“Para combatê-las são utilizados equipamentos como coifas e captadores com filtros, que têm a
função de retirar os contaminantes mais próximos de sua produção. Já as coifas de vapor (panelas) não necessariamente contêm filtros”, orienta o diretor da Sigmaterm. Hoje os mais comumente usados são os filtros inerciais de aço inoxidável, que além de reter partícula de óleo e gordura, reduzem a possibilidade de propagação de chamas.
Os dutos de exaustão para a cozinha devem ser construídos em chapas robustas soldados e flangeados, garantindo a estanqueidade. Medela chama atenção para outro ponto: a renovação do ar. “A fim de evitar cheiros, odores residuais e partículas devem ir para o ambiente externo, por isso é importante prever lavadores à gás”. Esta é uma medida protetora do meio ambiente e que deveria ser adotada pelos órgãos competentes em outras cidades, a exemplo do Rio de Janeiro, onde há uma exigência municipal, no que diz respeito a renovação do ar nesses ambientes. “O ar que é
exaurido deve ser reposto dentro do ambiente da cozinha para o que deve ser utilizado um sistema de ventilação, captando o ar externo e filtrando-o devidamente, para ser distribuído adequadamente no ambiente”.
Os expositores verticais têm por objetivo acondicionar alimentos que necessitem de refrigeração. Também são conhecidos como expositores de autosserviços, onde ficam armazenados os laticínios, sucos e refrigerantes. Os balcões e vitrinas expositoras são responsáveis diretos, contribuindo em grande porcentagem nas vendas em estabelecimentos que trabalham com alimentação. É fácil notar isso em fast foods, sorveterias, buffets, cafés, restaurantes self services, etc. Desse modo é fácil constatar a importância desses equipamentos, afinal são neles que os produtos comercializados na casa serão apresen-
tados ao cliente. Onde será realizado o principal contato visual com o alimento (bolos, salgados, sanduíches, por exemplo), responsável pela decisão em consumi-lo. Basta comparar balcões e vitrinas mal executadas, ou antigas, sem acabamento adequado, com iluminação ineficiente, sem conservação e manutenção em oposição com as bem projetadas e pensadas de acordo com a finalidade proposta. É mais do que uma questão estética, é uma demonstração de preocupação e qualidade para o cliente. Apesar de, muitas vezes, esses módulos serem considerados como elementos sem grandes interesses estéticos ou simplesmente como uma outra peça qualquer na composição do ambiente, o balcão ou vitrina expositora deve fazer parte do conjunto decorativo a fim de evitar agressões visuais, comportando-se como algo sem função no local. Podem ser construídos em alumínio, ferro,
aço, aço carbono, plástico, PVC, madeira, entre outros tipos de material. No caso de vitrinas deve-se considerar os pontos de elétrica e drenagem dos mesmos na fase de projeto, evitando quebra de pisos para colocação de tubulação e conduítes.
Geralmente um compressor de balcão refrigerado consome aproximadamente 1/3 de HP, naturalmente esses valores serão dependentes da capacidade do equipamento, portanto é obrigatório consultar o fabricante antes de definir as redes de hidráulica e elétrica. Construtivamente deve-se observar alguns pontos na execução de qualquer um desses balcões e expositores. Convém sempre construir uma base de concreto para apoiar esses equipamentos, evitando o contato dos pés (geralmente em ferro) com a umidade, facilitando também a higienização dos pisos. Alguns equipamentos podem e devem ser solicitados com rodas, facilitando assim seu deslocamento no caso de manutenções e limpeza.
A paixão dos paulistanos pelas padarias, no entanto, não é de hoje. Pelo contrário, essa paque-
ra começou lá do Brasil Imperial. Até a segunda metade do século XIX, a produção dos pães era uma atividade típica das mulheres. Elas usavam farinhas de milho e de mandioca. Já o apreço pelo trigo chegou com os imigrantes europeus. A partir de 1872, eles deram início aos pequenos comércios na região central da cidade. As primeiras padarias paulistanas surgiram capitaneadas por portugueses e italianos, que viram na tradição familiar de fazer pão uma oportunidade. Eles assavam e vendiam no próprio imóvel em que moravam e usavam carroças para fazer entregas em áreas mais distantes. Eram pães de fermentação natural, enormes, daqueles para serem consumidos ao longo de vários dias. Algumas das padarias abertas no período resistiram ao tempo e se tornaram patrimônio da cidade.
Ela afirma ser a mais antiga padaria em funcionamento da cidade ocupa um sobrado atrás da Catedral da Sé e foi fundada ainda no Brasil Imperial por imigrantes portugueses, as famílias Teixeira e Vaz. Mudou de endereço e de proprietários, mas duas receitas se mantêm há mais de um século
como ícones do lugar: a enorme coxa-creme e a canja. O piso superior, lindo e preservado, é uma viagem ao passado e funciona como restaurante. Praça João Mendes, 150, Sé.
Já se chamou Lucânia e funcionou na Rua do Glicério. Pertence à família Franciulli, também à frente da Padaria 14 de Julho. A fachada renovada há oito anos remete à Toscana. Vende uma infinidade de antepastos, massas frescas e secas, vinhos... O forno, ainda mais antigo que a loja, assa diariamente pães recheados e filão, entre outras delícias. Rua Rui Barbosa, 121, Bela Vista.
Alexandre Franciulli nasceu no imóvel em que funciona a padaria fundada pelo avô, o italiano Rafaelli Franciulli. No passado, saía aos montes o pão italiano tamanho-família, que pesa cerca de 4 quilos. “As famílias diminuíram e comprar pão todo dia ficou mais fácil”, conta. Hoje ele assa até um minipão italiano sob medida para dois. Dois destaques: a variada vitrine de antepastos e a porchetta vendida por quilo. Rua Quatorze de Julho, 92, Bela Vista.
No primeiro caderno desta série, a fase em andamento do PBH, na voz de seus protagonistas, e os próximos passos dessa profunda mudança envolvendo um insumo básico do HVACR.
Por Wagner Fonseca
meta em mira é tão grandiosa quanto os recursos recém-confirmados pelo Comitê Executivo do Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal em nosso País: US$36,5 milhões. Tais recursos têm como contrapartida a eliminação, até 2030, dos Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), ainda utilizados em larga escala pelos equipamentos de refrigeração e ar-condicionado aqui instalados.
Depois disso, o Brasil terá dez anos para continuar importando essas substâncias, porém, apenas 2,5% da linha de base, ou seja, a média histórica de consumo e, mesmo assim, para as aplicações autorizadas pelo Protocolo de Montreal.
O tamanho de tal desafio torna-se mais fácil de entender quando se tem em mente a existência estimada de 52 mil supermercados locais, cujas câmaras,
expositores e balcões frigoríficos trazem em seu interior o R-22, fluido refrigerante mais empregado em nossa refrigeração comercial.
Coerentemente a esse quadro, a UNIDO¹ destacou suas atividades no âmbito da Etapa III do Programa Brasileiro de Substituição dos HCFCs (PBH), com início previsto para dezembro, que terá dois segmentos prioritários, projetos demonstrativos e projetos de capacitação. O primeiro desses setores a ser beneficiado com projetos demonstrativos será justamente o de refrigeração comercial, com a conversão de oito supermercados em diferentes regiões brasileiras, para que possam passar a utilizarem substâncias ambientalmente amigáveis.
A refrigeração industrial vai ser o segundo setor a ser beneficiado com projetos demonstrativos, envolvendo três usuá-
rios selecionados em chamada pública para ter seus sistemas convertidos para esses mesmos fluidos, isto é, com zero OD2 e baixo GWP3, siglas adotadas mundialmente para determinar, respectivamente, os potenciais de depleção da camada de ozônio e de aquecimento global. Quanto aos HFCs4, inseridos no contexto do Protocolo de Montreal, em 2016 pela Emenda de Kigali, devido à sua nocividade - não mais à camada de Ozônio -, mas sim por fomentar o aquecimento global, também começarão a sair de cena. Claros exemplos disso são o Hidrofluorcarbono R-134a, líder absoluto no ar-condicionado automotivo, cujo parque instalado guarda proporção semelhante ao do R-22 no varejo nacional; e o R-410A, hoje presente na maior parte dos condicionadores de ar do tipo split operantes no Brasil.
Como tem ocorrido desde o início do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), periodicamente as entidades diretamente ligadas à iniciativa promovem workshops de capacitação técnica, durante os quais discutem-se e avaliam-se resultados e próximos objetivos.
A mais recente e nona dessas reuniões foi realizada pela UNIDO e MMA, em 26 de junho no formato de live, apropriadamente na semana em que se comemorava mais um Dia Mundial da Refrigeração.
Quem a assistiu, dentro da temática proposta - “Segurança dos Equipamentos de Refrigeração Comercial com Fluidos Refrigerantes de Baixo GWP” -, certamente teve motivos extras para celebrar a data.
É que pôde perceber claramente o quanto está sendo levada a sério a questão da inflamabilidade e, em alguns casos, o perigo de intoxicação trazido pelos fluidos com classificação de segurança A2, A2L, B2L e A3, contra o selo A1, ostentando pelos gases que, ainda hoje, prevalecem no mercado.
Embora sobejamente mais propensos a explosões, ao mesmo tempo em que preservam a camada de ozônio e não agravam o aquecimento global, os fluidos refrigerantes da nova geração podem, perfeitamente, ter sua periculosidade sob controle.
Tudo é uma questão de boas práticas, do projeto construtivo dos imóveis às características e à instalação das máquinas; das rotinas operacionais dos sistemas ao controle da circulação de pessoas em suas proximidades, a exemplo da realização de qualquer serviço na área onde haja equipamentos de refrigeração, tais como chillers e afins já convertidos.
Por esse motivo, de acordo com o representante da UNIDO no País, Clovis Zapata, um componente chave do projeto é a execução de atividades de apoio a pequenas e médias empresas para a eliminação dos HCFCs na produção de sistemas de refrigeração comercial.
“Esse evento, por sinal, tem esse perfil, pois é voltado a uma demanda considerada relevante na área, a segurança na utilização de fluidos refrigerantes inflamáveis”, afirmou.
duzir em 10% o consumo nacional de HFCs, até 2029.
A tônica do workshop, penúltimo da Segunda Etapa do PBH5, foi justamente trazer informação atualizada sobre o assunto, com base na hoje indiscutível relação bônus versus ônus plenamente favorável aos fluidos refrigerantes de baixo GWP.
Após ressaltar o importante papel desempenhado pelo IBAMA5 desde o início do PBH, o analista do MMA , Frank Amorim, que desde 2009 acompanha de perto os aspectos ambientais dos fluidos refrigerantes utilizados no País, fez uma prévia da próxima fase do Projeto.
“Nela, o Brasil contribuirá para a proteção da camada de ozônio, ao promover o uso seguro de fluidos refrigerantes alternativos, atuando também na eficiência energética, o que evitará a emissão de 19,5 milhões de toneladas de CO2 equivalentes para a atmosfera”, explicou.
Outro ponto importante relacionado às boas práticas, quesito fundamental ao êxito da indústria de equipamentos ao promover a operação segura de fluidos inflamáveis é a criação do sistema piloto para a certificação de técnicos.
Paralelamente, serão desenvolvidas as primeiras ações efetivas do Plano de Implementação da Emenda de Kigali no Brasil (KIP), iniciado pelo MMA6, em junho último, tendo como objetivo inicial re-
Ao analisar os trabalhos já realizados pela UNIDO até aqui nesta Etapa II do PBH, que ainda neste semestre será concluída, a gerente de Projetos da UNIDO, Sérgia Oliveira, pontuou o que já foi concluído e o que está por vir.
Focada na redução do consumo de R-22 no País, a fase em andamento tem promovido a conversão em empresas de refrigeração comercial para o uso de fluidos refrigerantes com zero ODP e baixo GWP, o que, além de equipamentos e componentes, envolve a capacitação profissional dos técnicos.
“Também já realizamos várias atividades de assistência técnica”, relata Sérgia. Em 2019, por exemplo, foram cinco eventos presenciais antes da pandemia; em 2021 outros dois, ambos online; e em 2022 mais um, incluindo um encontro reunindo, exclusivamente, fornecedores de componentes”, resumiu.
Ainda de acordo com a gerente, há basicamente três linhas de ação norteando as atividades desta fase, iniciada em 2017, sendo a primeira a que abrange as pequenas e médias empresas.
“O projeto pedia a conversão de 20 delas e nós já conseguimos converter 14”, diz a gerente da UNIDO, frisando haver no momento cinco conversões concluídas pelas
empresas -, e 9 que devem finalizar os trabalhos até dezembro.
Sérgia acrescenta que a segunda linha de atuação compreende as empresas de grande e médio portes, que produzem resfriadores de bebidas, vindo em seguida aquelas que fabricam chillers para supermercados.
PRÓXIMA ETAPA
Em adendo ao que Amorim, do MMA, já havia adiantado sobre a próxima fase do PBH, Sérgia detalhou outros segmentos prioritários e como serão as atividades educativas nesse novo momento, a serem realizadas pela UNIDO.
Na Etapa III, segundo a gerente, os trabalhos recairão sobre as áreas de refrigeração comercial e industrial; ar-condicionado residencial e a disseminação de informações sobre a necessidade de se eliminarem no País fluidos refrigerantes prejudiciais ao ambiente, dentro dos prazos previstos.
No tocante aos treinamentos de capacitação, ela informou estarem previstos laboratórios para 400 estudantes de engenharia, relacionados às melhores práticas nos setores de refrigeração, ar-condicionado residencial, e refrigeração comercial. “Uma atividade bastante desafiadora, junto a duas universidades”, observou.
A outra linha de capacitação envolverá o setor de refrigeração industrial.” Vamos trabalhar com uma escola técnica especializada, estruturando laboratório de formação para técnicos, abrangendo práticas de instalação e manutenção para o uso seguro da amônia (R-717)”.
A meta é capacitar 600 técnicos ao longo de cinco anos, incluindo
instalação de sistemas de ar-condicionado e refrigeração comercial e apoiar o desenvolvimento de normas para o setor de refrigeração industrial.
Concluindo a abertura dos trabalhos, Lucas Fugita, da Chemours, falando em nome da Abrava, defendeu o estabelecimento de um plano de transição para que todas as esferas do mercado se adaptem adequadamente aos novos tempos.
Aos clientes finais, por exemplo, o especialista considera fundamental a realização de inventário e plano de transição; análise do custo total de propriedade e soma das emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa).
Na sequência, profissionais das empresas beneficiárias dessa etapa do PBH informaram como concluíram o processo de conversão de suas máquinas e linhas de montagem para fluidos de baixo GWP disponíveis para aplicação no Brasil, o Propano (R290) e HFO.
Os cases de Aquagel, Eletrofrio, Fricon, Mecalor e Plotter Racks mostram como essas beneficiárias do PBH lidaram com o aspecto segurança, ao converter seus primeiros equipamentos para a utilização de fluidos refrigerantes inflamáveis.
Por meio de seus respectivos projetos, elas reuniram ainda informações importantes para os usuários dessas máquinas manterem, no dia a dia, os avanços obtidos pelas indústrias não apenas no quesito segurança, como também no tocante à eficiência energética dos novos sistemas.
Este será o tema da segunda parte desse nosso especial sobre “O futuro dos fluidos refrigerantes no Brasil”. Até lá!
¹iãdõidlidil
¹ UNIDO - a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.
² ODP –sigla para Ozone Depletion Potential (Potencial de Destruição do Ozônio). É uma medida usada para quantificar a ² É ODP –sigla para Ozone Depletion Potential (Potencial de do Ozônio) uma medida usada para quantificar a çç capacidade de uma substância química de destruir a camada de ozônio na estratosfera. O ODP varia de 0 a 1 e quanto mais próximo do zero, menor o impacto na camada de ozônio
³ GWP - Potencial de aquecimento global: é uma medida dos efeitos relativos do aquecimento global de diferentes gases. O ³ GWP - Potencial de aquecimento global: é uma medida dos efeitos relativos do aquecimento global de diferentes gases. O GWP indica a quantidade de calor retida por 1 tonelada de um gás em relação à quantidade de calor retido por 1 tonelada de CO2 durante um período específico. O CO2 foi escolhido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) como gás de referência e seu GWP é definido como 1
4 HFC – Sigla de Hidrofluorocarbonos . São compostos orgânicos sintéticos compostos de hidrogênio, flúor e carbono. Eles HFC – de Hidrofluorocarbonos . compostos compostos de flúor e carbono. Eles são usados principalmente como fluido refrigerante em ar-condicionado, refrigeração e bombas de calor
5 IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, mais conhecido pelo acrônimo IBAMA, IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais criado pela Lei nº 7 735, de 22 de fevereiro de 1989, é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
6 Miiéidibiddli inistério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
Ashrae South Brazil Chapter tem o prazer de anunciar sua nova gestão 2024/2025, presidida, agora, pelo engenheiro Gabriel Berlatto, que sucede o também engenheiro Bernaldo Baldasso. O anúncio foi feito durante o Ashrae South Brazil Annual Report, que é o balanço do encerramento da gestão 2023-2024, que aconteceu na sede do CREA-RS, em 9 de julho, de onde foi realizado e transmitido. Na ocasião estiveram presentes membros da diretoria do Capítulo e o presidente da ASBRAV (Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação), Mário Henrique Canale. Realizado de forma híbrida, o evento contou com a presença de mais de 40 participantes remotos, entre profissionais do setor, membros de outros Capítulos e representantes das empresas patrocinadoras. Após explanação sobre os trabalhos da Ashrae, Baldasso junto com os presi-
inicia nova gestão inicia nova
dentes dos Comitês do Capítulo – os Chairs, reportou ao público as atividades realizadas durante a sua gestão. “Me sinto muito feliz por nós termos conseguido atingir todos objetivos que prometemos e os quais nos comprometemos durante esta gestão”, declarou Baldasso.
Logo após foi a vez de Berlatto tomar a palavra, informando que sua administração acompanhará o mesmo tema da Ashrae global, «Empowering our Workforce: Building a Sustainable Future” – traduzido do inglês “Capacitando a Nossa Força de Trabalho: Construindo um Futuro Sustentável.” A nova gestão da Ashrae South Brazil iniciou o seu ano, apresentando a configuração da nova diretoria do Capítulo, que tem total integração com as lideranças passadas e, por isso, desde antes de ser oficializada, o novo
presidente já vinha alinhando o planejamento deste ano com o time do Capítulo. “É com grande entusiasmo que iniciamos uma nova gestão na Ashrae South Brazil Chapter. Eu quero renovar o meu compromisso em servir a sociedade em cada um dos seus membros e, também, de nossos patrocinadores, entregando valor, criando oportunidades e fazendo com que avance a ciência do HVACR. (...) Embora sejamos um Capítulo recente, eu sinto a responsabilidade de fazer parte desta História: uma sociedade que completa 130 anos”, disse.
Cerca de um mês após o Annual Report, parte da diretoria 2024-2025, participou do Conference Regional Chapter, o CRC Rio 2024. A Conferência é um evento anual, praticada junto aos Capítulos da Região XII, e que neste ano foi realizada pela primeira vez no Brasil,
de 7 à 10 de agosto, no Rio de Janeiro. Trata-se de um dos mais importantes eventos da ASHRAE, e que nesta edição aconteceu sob a organização do Capítulo Brasil e as lideranças dos engenheiros Tomaz Cleto e Cristiano Brasil. O CRC contou com a presença de 16 Chapters, vindos de países da América Latina, além de Miami e Flórida (EUA). Foram três dias de imersão, treinamento e planejamento. “O CRC acontece todos os anos, em algum dos países da América Latina, onde os presidentes, delegados, presidente dos Comitês e membros podem se encontrar e debater o futuro da Região,
dos Capítulos e da Sociedade,”, explica Gabriel. No último dia do evento, no almoço de encerramento do CRC Rio, o Director and Regional Chair – o DRC da Região XII, John Constantine anunciou os destaques realizados de cada Capítulo e o South Brazil Chapter foi agraciado com 10 reconhecimentos dos trabalhos realizados da diretoria anterior.
Outro evento próximo é o Congresso Mercofrio 2024, em Porto Alegre (RS) com palestras, minicursos e o tradicional jantar da Ashrae South Brazil, marcado para o dia 11 de
setembro, durante o Mercofrio. Além de dar posse a atual diretoria do Capítulo sul-brasileiro, consolidando a nova gestão, o Chapter Dinner, neste ano, também receberá o presidente global da Ashrae Society, Dennis Knight, pela primeira vez no País, e palestrante do Mercofrio, em duas ocasiões. Ainda, estarão presentes membros da Ashrae Brasil e da Asbrav. O evento é aberto e a participação é por adesão.
“Será uma ótima oportunidade de trocar conhecimento com os profissionais do setor, praticar networking e celebrar o setor de HVACR”, finaliza Gabriel Berlatto.
Para mais informações sobre o Chapter Dinner, que ocorrerá em 11 de setembro, acesse este QR Code:
Este caderno é destinado a arquitetos, designs de interiores e todos aqueles que desejam saber mais sobre o conforto térmico para projetos residenciais e comerciais leves.
Toda a edição um tema específico e de interesse. Vamos entrar?
Por Cristiane Di Rienzo
uem visitou a CASACOR São Paulo, a maior mostra de arquitetura e decoração das Américas, certamente não deixou de conferir o belíssimo espaço criado pela LG: a Casa Ñe’é. Trata-se de uma casa tecnológica, conectada e funcional que permitiu aos visitantes embarcar em uma jornada para capturar a pureza de nossa essência. A LG, pela sétima vez parceira oficial e tecnológica da Mostra, trouxe este ano uma experiência que combinou inovação e sofisticação, celebrando a 37ª edição do evento em 2024.
O espaço – exclusivo da marca -, foi projetado pelo arquiteto Nildo José e trouxe para esta edição, um ambiente acolhe-
dor e vibrante, com uma paleta naturalmente leve, com tons rosados e terrosos, contrastados por um verde exuberante, criando uma atmosfera quase lúdica. A arquitetura orgânica, marcada pela expressão espontânea foi revestida com um painel de MDF usinado que remete à caules de bambus, criando a sensação de um caminho sinuoso pela floresta. O piso de cerâmica artesanal, da Keramica, que se estendeu por todo o ambiente, foi pensado nos trançados das cestarias brasileiras, proporcionando um visual elegante e acolhedor como um grande tapete entrelaçado.
Com 377m², a Casa Ñe’é foi formada por uma galeria na
A Casa Ñe’é LG, presente nesta edição, trouxe um espaço tecnológico e funcional, sem perder o aconchego e a elegância na maior mostra de arquitetura e design.
entrada, lounges, sala de jantar, cozinha, área de serviço, home office, suíte máster, banho máster e living, proporcionando uma experiência sensorial completa. Todo equipado com produtos LG, o espaço proporcionou aos visitantes destaques, como: TVs, aparelhos de áudio, cozinha e lavanderia, monitores e muito mais. E claro, os equipamentos de ar-condicionado. Por falar neles, em toda a extensão da CASACOR – que apresentou ao todo 68 ambientes, foi possível encontrar 60 evaporadoras, alocadas em meio a criações de renomados arquitetos, em 45 diferentes ambientes. Em alguns deles a marca exibiu suas mais recentes inovações em climatização residencial e comercial, além de usar equipamentos já consagrados do portfólio, aliando alta performance e elegância, projetadas para transformar grandes espaços com tecnologia de ponta.
Segundo a LG, “combinando funcionalidade e design sofisticado, esses dispositivos proporcionam conforto térmico e estético aos ambientes residenciais e comerciais, elevando a experiência dos usuários com soluções que unem praticidade e inovação”. Mas, voltando a Casa Ñe’é – cujo significado é Alma, na Língua Guarani –, um dos destaques foi a segunda versão do Artcool Gallery II, com tela de LED para exibir imagens e fotos ou mesmo projetar a tela do celular, de acordo com a vontade do usuário. Disposto logo na entrada da casa, o aparelho com 9 e 12 mil BTU/h, assim como a primeira edição, inova na difusão do ar, pois o fluxo escoa pelas laterais e, nesta nova versão, também pela parte inferior do aparelho. Até mesmo
desligado, o Gallery é diferente. “O sistema IA Dry retira do seu interior eventuais resíduos contaminantes e umidade”, explica o gerente de Produto para Ar-Condicionado Residencial da LG, Leonardo Fogaça. A ressalva é que o produto ainda não está disponível por aqui, somente na Europa e na Ásia. Outro destaque do espaço exclusivo da LG, foi o Artcool Voice Só Frio, apresentado ao mercado no final de abril, nas versões de 12, 18 e 24 mil BTU/h. Com ótimo desempenho, o Artcool está em sua terceira geração do modelo, que há oito anos revolucionou o design e a cor dos equipamentos tipo split, com sua estética espelhada. Desta vez, a novidade maior é a ausência da função quente. “Queremos
atender o mercado nordestino e outras regiões, nos tempos de temperaturas altas”, justifica Fogaça, acrescentando que o “Só Frio” custa cerca de 10% menos nas revendas. “Mas o modelo quente e frio, ainda é bastante procurado em cidades como São Paulo, onde há grande amplitude térmica em curtos períodos, por isso, permanece no mercado”, afirma Fogaça.
Com portfólio amplo para diversas aplicações, o espaço da LG trouxe ainda o Cassete 1-via Inverter. “Este novo modelo, em uma via, é para projetos residenciais, onde mini-splits não dariam conta e um cassete de duas vias não caberia no ambiente”, explica a gerente sênior de Produto para Ar-Condicionado Comercial, Graziela
Yang. O tamanho também tem feito a diferença quando é preciso instalar em um apartamento máquinas de grande potência, pois, pela legislação paulistana, as condensadoras não podem exceder 1,20 m de altura. “Nossa solução para isso foi equipar a condensadora, que conecta até 72 mil BTU/h, com um ventilador de 83,0 cm, trazendo como ganho extra uma estética mais elegante”, afirma Graziela. Por falar em estética, a evaporadora deste equipamento foi customizada com a paleta de cores utilizada no teto da Casa Ñe’é, fazendo com que o equipamento, além de todas as outras qualidades, possa ser incluído diretamente no design do ambiente. A gerente acrescenta que é possível aliar soluções de cli-
matização para grandes espaços mantendo o bom gosto e alta qualidade. “Por isso, ao apresentar nossos equipamentos para o público da CASACOR, criamos uma excelente oportunidade de mostrar a perfeita integração entre tecnologia e design, proporcionando uma experiência única para nossos clientes”, considera Graziela. O aparelho está disponível no sistema Multi Inverter e nos modelos com capacidades de 12 e 9 mil BTU/h, e no sistema 1X1 com capacidades 18 e 24 mil BTU/h. “Essa evaporadora foi projetada para ocupar espaço mínimo de instalação. Ela é amplamente admirada por profissionais de arquitetura e decoração, além de consumidores que buscam um ar-condicionado premium”, informa.
Com a menor altura do mercado, de apenas 13,2 cm, essa evaporadora compacta é de fácil instalação. Seu sistema avançado permite um maior ângulo de abertura das aletas, otimizando o fluxo e o alcance do ar. As posições entre 20° e 70° são gravadas, garantindo que o ar-condicionado mantenha sempre o fluxo e o alcance ideais. “Este modelo, que refresca no verão e aquece no inverno, oferece uma solução eficiente e discreta para a climatização de espaços, adaptando-se perfeitamente a qualquer ambiente sem a necessidade de dutos aparentes. Com selo A+ de economia de energia, combina alta performance em um modelo elegante e minimalista”, explica Graziela.
Outro modelo exposto na CASACOR foi o split Teto Inverter, que demonstrou combinação entre eficiência, conveniência e robustez para ambientes grandes e desafiadores. Com filtro de fácil remoção, a manutenção é simplificada, per-
mitindo que as peças duplas de filtragem sejam retiradas com um único toque. O aparelho proporciona um resfriamento mais rápido e abrangente, graças ao maior fluxo de ar, alcançando distâncias de até 15 metros com uma velocidade aumentada. Projetado para ser mais leve, pesando apenas 28 quilos, facilita a instalação, tornando-a mais rápida e eficiente. Equipado com um motor de ventilador BLDC e uma serpentina de tipo Louver, o sistema garante desempenho em resfriamento e aquecimento. “O aparelho opera com o refrigerante R410A, conhecido por sua eficiência e menor impacto ambiental. O design exterior sofisticado une estética e funcionalidade, enquanto as funções de desumidificação eficientes e os níveis de ruído controlados garantem conforto e tranquilidade no ambiente”, completa a gerente.
Outros destaques do projeto de Nildo José foram a geladeira Smart Side by Side InstaView, composta de portas duplas, que ao toque do usuário, acende a luz interna em uma delas, sendo possível verificar o seu interior sem que a porta seja aberta. E por último, a novidade: o formo de micro-ondas, que segundo a marca é o primeiro do País a ser controlado remotamente através do aplicativo LG ThinQ.
Ao todo foram 68 ambientes, divididos entre lofts, estúdios, jardins, praças e ilhas de bem-estar, restaurantes, bar e café, banheiros unissex com espaço família, lojas e operações comerciais, além de ambientes funcionais (bilheteria/chapelaria e lounge), e áreas de exposições e insta-
lações artísticas, além de espaços variados. Além do projeto de Nildo José, os visitantes da CASACOR SP 2024 puderam conhecer mais de 200 produtos LG distribuídos em mais de 50 ambientes. Destaque para diversos modelos e tamanhos das TVs OLED, incluindo as inéditas OLED M3; a lavadora vertical LG WashTower; as novas Geladeiras LG; o inédito Micro-ondas LG NeoChef; a Lava e Seca; o Ar-Condicionado Split Artcool e os Purificadores de Ar PuriCare 360°; também, a linha de áudio LG Sound Bar SC9S, XBOOM 360 e XBOOM XG9 Power Gram e os projetores LG CineBeam, entre outros.
A gastronomia é sempre lembrada por todos que visitam a CASACOR São Paulo, afinal, os espaços são projetados pensando no bem-estar do visitante. Neste ano, o evento trouxe de volta o Badebec e o Bar Caracol, além da presença do Ristorantino Caffè e do café liderado pela chef Isabela Akkari, cujo negócio é promover uma alimentação saudável. Em todos eles a climatização foi assinada com produtos LG. No espaço de Isabela, a LG disponibilizou tecnologia de ponta, como a geladeira Smart Inverter Inverse; o micro-ondas Grill NeoChef – único micro-ondas do Brasil com conectividade. Outro destaque é o Fogão InstaView, em que basta dar dois toques na frente de sua porta para iluminar o interior, integrando inovação e funcionalidade no dia a dia. Com 215 m², a cafeteria foi cuidadosamente dividida em cinco setores: cozinha, sala privada, salão com mesas, área de serviços e atendimento. Cada setor foi planejado para proporcionar uma experiência única e acolhedora aos visitantes, reforçando o compromisso com a saúde e o bem-estar através dos produtos da marca.
Maior mostra de arquitetura e decoração das Américas, a CASACOR São Paulo aconteceu pela terceira vez no coração de São Paulo: o Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, um dos mais importantes marcos arquitetônicos da cidade. O evento, que ocorreu de 21 de maio a 28 de julho, teve como tema “De presente, o agora”, exaltando a importância do tempo em nossas vidas. Contando uma história sobre nós mesmos, a mostra constrói um diálogo de sensibilidade e puro sentimento.
Para 2025, a 38° edição da CASACOR em São Paulo já tem endereço certo: o Parque da Água Branca, na zona oeste da cidade. Após três edições inesquecíveis no Conjunto Nacional, a mostra agora se reconecta com a natureza em um ambiente que une história, cultura e áreas verdes. Segundo os organizadores, “essa mudança não apenas oferece um cenário inspirador, mas também resgata a memória do parque, abrindo portas para novos eventos e atividades no futuro. A próxima edição representa uma oportunidade única de valorizar esse espaço tão emblemático, reintegrando-o ao roteiro cultural da cidade”.
edição 2024 da CASACOR Paraná celebra seus 30 anos com uma edição especial em um casarão da década de 1980, na badalada Rua Bispo Dom José, no Batel. A pedido dos profissionais do setor, o retorno a uma residência familiar é também uma escolha afetiva. “De volta a uma casa, no coração do Batel” é o mote que norteou os preparativos da edição que comemorou as três décadas da mostra deste ano. O evento marcou, também, o retorno da arquiteta Jaqueline Siebert à CASACOR Paraná, depois de sete anos, em sua sexta participação na Mostra. Coube a ela o projeto do espaço do Jardim de Inverno, com a proposta de oferecer aos clientes e visitantes tranquilidade, introspecção e renovação.
“Minha história com a CASACOR vem desde 2007, quando fiz o Toilette Funcional. De 2008 a 2010, participei initerruptamente da Mostra, respectivamente com a Copa Bar e duas edições do Escritório de Relacionamento do Asilo São Vicente. Em 2017, retornei com
a Brinquedoteca e o Parquinho Infantil, e agora, sete anos depois, trazemos o Jardim de Inverno”, conta Jaqueline.
Segundo a arquiteta, o jardim de inverno não é apenas um espaço em casa, mas, também, um local que proporciona benefícios aos moradores. Confira cinco deles:
1. Bem-estar emocional: O contato regular com a natureza, mesmo que dentro de casa, pode promover sentimentos de calma, relaxamento e contentamento. O ambiente tranquilo do jardim de inverno pode ajudar a reduzir o estresse e promover o bem-estar emocional;
2. Melhoria da qualidade do ar: As plantas presentes no jardim de inverno ajudam a purificar o ar, removendo toxinas e aumentando os níveis de oxigênio. Isso pode contribuir para uma melhor saúde respiratória e geral;
3. Conforto térmico: A cobertura do jardim de inverno ajuda a regular a temperatura
Espaço projetado pela arquiteta Jaqueline Siebert oferece tranquilidade e introspecção
dentro de casa, especialmente durante os meses mais frios. A presença da cobertura de vidro favorece a exposição ao sol, deixando o ambiente mais quente e aconchegante;
4. Estímulo à criatividade: Um jardim de inverno bem projetado pode servir como um espaço inspirador para atividades criativas, como pintura, escrita ou simplesmente contemplação. A conexão com a natureza pode estimular a imaginação e a expressão artística;
5. Aumento da iluminação natural: A cobertura de vidro permite a entrada de luz natural, reduzindo a necessidade de iluminação artificial durante o dia. Isso não apenas economiza energia, mas também pode melhorar o humor e a produtividade.
Um espaço para se desconectar do mundo exterior e reconectar consigo mesmo, em um ambiente que convida à contemplação e à serenidade. “O Jardim de Inverno foi con-
cebido como um refúgio para aqueles que procuram se reconectar com seus sentimentos mais íntimos, nutrir-se espiritualmente e desconectar-se do caos do mundo exterior”, explica a arquiteta.
Para isso, a marcenaria reflete a busca pela funcionalidade e praticidade, com design e tecnologia. “O mobiliário solto de design autoral, escolhido na M. Decor Batel com a tecnologia e o conhecimento artesanal internacional da Modalle Móveis, exclusividade da loja de design signature em Curitiba, convida os ocupantes a se sentar, relaxar e refletir, criando um ambiente acolhedor e confortável, que facilita a contemplação e a introspecção”, assinala Jaqueline Siebert.
O Jardim de Inverno traz inclusive lançamentos que foram destaque da Modalle Móveis, fabricante de mobiliário de luxo outdoor com atuação no Brasil e no mercado internacional, como no 62° Salone del Mobile.Milano, em Milão, Itália, no mês de abril; e na ICFF 2024, em Nova Iorque, EUA, no mês de maio, onde a marca já foi premiada por seu mobiliário de design autoral, que une a bossa única da brasilidade aos mais renomados criativos do cenário nacional e internacional.
A presença de uma lareira no espaço adiciona uma sensação de calor e aconchego, evocando memórias de encontros familiares e noites tranquilas passadas ao redor do fogo. Segundo Jaqueline, este elemento não só contribui para o conforto físico, mas também para a sensação de acolhimento e segurança emocional. “A inclusão de plantas e pedras naturais no ambiente não apenas adiciona beleza estética, mas também traz os benefícios da biofilia – a conexão inata entre os seres humanos e a natureza. As plantas fornecem um toque de
frescor e vitalidade, enquanto a pedra natural evoca uma sensação de solidez e estabilidade. Juntos, esses elementos criam uma atmosfera que convida os ocupantes a se reconectarem com a natureza, promovendo uma sensação de tranquilidade e bem-estar”, descreve. Além disso, aspectos como meditação e mindfulness, experiências sensoriais, inovação e sustentabilidade também estão presentes na criação do espaço. “As cores trabalhadas no ambiente são escolhidas com cuidado para criar uma atmosfera acolhedora, natural e harmoniosa, alinhada à inspiração do espaço. A escolha da cor ‘greige’, uma mistura de cinza com bege, é feita por sua capacidade de criar uma base neutra e versátil. Essa tonalidade suave e quente proporciona uma sensação de calma e serenidade, ao mesmo tem-
po em que permite que outros elementos do ambiente se destaquem sem competir visualmente”, detalha Jaqueline, que faz um agradecimento especial aos fornecedores que tornaram este projeto possível: Premier Stimmo – Marcenaria Planejada; Agrourb – Jardim Vertical; Coral – Tinta e Verniz; GLZ Engenharia – Obra Civil; Dl Coberturas – Cobertura em Vidro; Marmoraria Fermino e Gramarcal – Painel em Mármore; LCZ Lareiras – Lareira; Cevimar (Tecno) – Eletros; Naturalle – Tapete; M Decor Batel (Mobiliário In&Out Modalle) – Móveis Soltos; Kerakoll – Argamassa; Dcor & Gift – Objetos Decorativos. “As peças de design assinado e obras de arte contribuem para a estética e a atmosfera exclusiva do Jardim de Inverno, destacando o cuidado e a atenção aos detalhes na criação do espaço”, observa a arquiteta.
Liderado pela arquiteta Jaqueline Siebert, profissional multifacetada que conduz também o perfil @inspirearquitetura_ no Instagram, o Escritório JSA – Jaqueline Siebert Arquitetura atua há mais de 10 anos no mercado, unindo arquitetura, beleza e forma com estratégia e inteligência. O escritório da JSA acredita na união da clareza de propósito ao rigor de processo e à elegância do artesanato. O JSA tem expertise em legislação urbanística e em projetos arquitetônicos residenciais e comerciais. Para acompanhar os trabalhos da arquiteta, siga-a pelo Instagram: @jaquelinesiebertarquitetura_arquitetura | @inspirearquitetura
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