
2 minute read
A ESCRAVIDÃO É A RAIZ DO PROBLEMA
A escravidão, período marcado pelo controle dos corpos negros, pode ser considerada uma das primeiras experimentações da biopolítica segundo Mbembe, o filósofo afirma que havia três principais perdas na escravidão, que representam a dominação absoluta do sujeito: o lar, os direitos sobre os corpos e a perda do status político.
Ainda que atualmente o entendimento do racismo tenha avançado, a discriminação pela cor da pele é uma herança histórica, que persiste, sobretudo, nos países colonizados por europeus e que tiveram a escravidão de africanos como sistema de produção.
Advertisement
Estima-se que os primeiros escravizados africanos chegaram ao Brasil entre 1550 e 1850, no entanto, a prática só foi abolida em 1888. O Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão, após uma pressão intensa de países como a Inglaterra, que, com a revolução industrial, buscava ampliar seus mercados consumidores.
Com isso, não houve um plano de integração dos negros libertos na sociedade, não houve reparação histórica, dessa forma, sem renda e sem moradia, milhares passaram a viver as margens da sociedade e permaneceram em situação de desvantagem.
No Brasil não houve segregação institucionalizada como ocorreu nos EUA e na África do sul, isso resultou em uma falsa sensação de democracia racial, criando na sociedade a ideia de que não existe racismo no país. Porém, essa ideia abre espaço para o racismo velado, neutralizando e relativizando a situação de intolerância.


Esta série de fotografias documental foi realizada na ocupação do conjunto habitacional “Cuca Legal”, na cidade de Olinda/PE.
Anselmo Mendonça Júnior
Doutor em Políticas Públicas (UFMA); Mestre em Gestão Pública (UFPE); Coordenador da Rede de Museus da UFPE.
COORDENADOR PEDAGÓGICO
Leandro Wagner de Albuquerque da Silva
Graduado em Pedagogia pela UFPE, mestre em Educação pelo PPGEdu/UFPE, doutorando em Sociologia pelo PPGS/UFPE. Membro do Labutuca/UFPE (Laboratório de Inovações Políticas em Práticas Educativas). Membro do Projeto de Extensão Música e Arte Afrocentrada do LABERER/UFPE.
INCENTIVO
Produzida com fomento da Diretoria de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura - PROExC, da Universidade Federal de Pernambuco, através do Programa de Estímulo à Cultura (PEC) e suas Bolsas de Incentivo à Criação Cultural (BICC).
Redação, fotografia, projeto gráfico e editorial por Rayanne Soares da Paz

