7 minute read

Seminarista Marciano Inácio é ordenado Diácono

O diácono Marciano Inácio é natural da cidade de Santo Antonio do Pinhal. Crescendo no bairro dos Mouras, frequentando a comunidade Imaculado Coração de Maria e a comunidade Matriz de Santo Antonio, viu desabrochar a sua vocação. O novo diácono da diocese de Taubaté partilhou como foi o despertar inicial de sua vocação:

“Comecei a perceber os primeiros sinais de vocação quando se deu o início da minha ida para a escola, na pré-escola (hoje educação infantil). Tinha os meus 5 anos, quando manifestei a professora que o meu sonho era ser padre, aos meus pais eu dizia que iria ser padre como aquele da televisão, pois assistíamos a missa na TV Aparecida.

Advertisement

Com o passar dos anos, sempre nesta afirmação, frequentava a catequese já com o meu irmão na comunidade Imaculado Coração de Maria, participava do grupo da sementinha e depois de receber o Sacramento da Crisma ajudei como catequista até o meu ingresso no seminário”.

Presidindo a santa missa, Dom Wilson Angotti destacou em sua homilia, a partir dos textos bíblicos proclamados, que o Ano Vocacional atualmente vivido pela Igreja, é um convite para pensarmos como a nossa vida pode ser inspiradora para que outras pessoas se perguntem como podem servir melhor a Deus, vivenciando um processo de discernimento vocacional.

Considerou também que o ser humano chamado por Deus é obra do pensamento e querer divino e que temos a tendência de ficarmos apreensivos quando o chamado de Deus se apresenta a nós e as suas responsabilidades. Mas o Senhor vem em auxílio da fraqueza humana. E por isso o ser humano deve confiar em Deus, experimentando Dele o auxílio e Sua a força. Evidente, ao mesmo tempo em que nos esforçamos, buscamos nosso aperfeiçoamento com estudo, dedicação e todo empenho. Deus chama as pessoas simples. Para que saibamos que é Ele que age.

Dom Wilson destacou que a primeira atitude do diácono deve ser a formação. Instruir o povo de Deus na fé. Dedicando- se também no serviço da caridade aos mais pobres. Não se limitando aos muros da Igreja, mas se fazendo presente na vida dos mais necessitados da sociedade de forma geral e abrangente.

O diácono Marciano pôde expressar seus sentimentos e agradecimentos ao final da celebração a todos que foram presença e ajuda importantes no seu caminho de perseverança vocacional até a ordenação. Lembrou-se de seus pais e familiares, do bispo diocesano, dos padres com quem trabalhou e o acompanharam seu caminho vocacional, dos irmãos de fé na convivência de seminário e todo o povo de Deus.

Ao término da celebração eucarística, Dom Wilson Angotti comunicou que os trabalhos iniciais do diácono Marciano Inácio Batista devem se voltar para a assistência dos pobres de rua, sendo presença da Igreja em suas vidas e no exercício da formação e ensino do povo de Deus. E que, oportunamente, após reunião do conselho dos presbíteros, receberá também como destinação, uma paróquia para instalar-se e desenvolver também seus outros trabalhos pastorais.

Igreja no Mundo

O Bento XVI faleceu no dia 31 de dezembro de 2022 com 95 anos de idade. Na segunda-feira, 02 de janeiro de 2023, o corpo do Papa emérito ficou na Basílica de São Pedro para a saudação dos fiéis. O funeral ocorreu na quinta-feira, 5 de janeiro de 2023, na Praça São Pedro, presidido pelo Papa Francisco.

Durante a cerimônia, o Papa Francisco comentou a leitura de Lucas 23, 46, enfatizando a frase: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” e depois fez referências a três dedicações que guiou o pontificado de Bento XVI, são elas:

“Dedicação agradecida, feita de serviço ao Senhor e ao seu Povo que nasce da certeza de se ter recebido um dom totalmente gratuito [...].

Dedicação orante, que se plasma e aperfeiçoa silenciosamente por entre as encruzilhadas e contradições, que o pastor deve enfrentar (cf. 1 Ped 1, 6-7), e o esperançado convite a apascentar o rebanho (cf. Jo 21, 17). Como o Mestre, carrega sobre os ombros a canseira da intercessão e o desgaste da unção pelo seu povo, especialmente onde a bondade é contrastada e os irmãos veem ameaçada a sua dignidade (cf. Heb 5, 7-9) [...].

E também dedicação sustentada pela consolação do Espírito, que sempre o precede na missão e transparece na paixão de comunicar a beleza e a alegria do Evangelho (cf. Francisco, Exort. ap. Gaudete et exsultate, 57), no testemunho fecundo daqueles que, como Maria, permanecem de muitos modos ao pé da cruz, naquela paz dolorosa, mas robusta que não agride nem escraviza; e na esperança obstinada, mas paciente de que o Senhor há de cumprir a promessa feita aos nossos pais e à sua descendência para sempre (cf. Lc 1, 5455)”.

O papa emérito Bento XVI foi sepultado no Vaticano, no mesmo túmulo onde originalmente repousavam os restos mortais de são João Paulo II.

Depois da missa de funeral celebrada pelo papa Francisco na praça de São Pedro, o caixão foi levado para as Grutas vaticanas, que ficam abaixo da basílica de São Pedro.

No Brasil, autoridades religiosas manifestaram suas homenagens ao Papa Emérito.

Após a confirmação da morte do papa emérito Bento XVI, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani João Tempesta escreveu uma nota de solidariedade ao Papa Francisco, pelo falecimento do Papa Emérito Bento XVI com muitos agradecimentos.

“Agora no céu, suplicamos, que o Papa Bento XVI junto de Deus interceda por todos nós que o amamos e continuamos reverenciando a sua obra, o seu pontificado, e o seu sorriso discreto e amável, uma das maiores obras teológicas e pastorais de todos os tempos. Descanse em paz! Deus lhe pague pelo seu testemunho de construtor de pontes, sem jamais renunciar a verdade da fé católica e apostólica”, escreveu Dom Orani.

Também em nota, o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer agradeceu a Deus pela vida e contribuição de Bento XVI na missão da Igreja.

“Demos graças a Deus por Bento XVI e por sua contribuição para a vida e a missão da Igreja. Que o Senhor da vinha receba, agora, esse humilde e dedicado operário de sua messe e lhe dê a recompensa por suas fadigas em favor do reino de Deus. Descanse na paz de Deus, papa emérito Bento XVI!”, escreveu o Cardeal.

A nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) relembrou o exemplo de vida do Papa Emérito Bento XVI. “Bento XVI foi um pastor e teólogo. Na vida buscou conciliar fé e razão, justiça e caridade, temas recorrentes do seu magistério. Com a renúncia, trilhou o caminho da humildade e na emeritude ensinou a como nos preparar para o encontro definitivo com o Senhor.”, diz um trecho da nota da CNBB.

O arcebispo de Salvador, Cardeal Dom Sérgio da Rocha em sua nota relembrou a visita de Bento XVI ao Brasil.

“Nós tivemos a graça de contar com a presença dele no Brasil, em 2007, por ocasião da Conferência de Aparecida e da canonização de Santo Antonio de Sant’Ana Galvão. Como Papa Emérito, se dispôs a “uma vida consagrada à oração”, segundo ele mesmo declarou, testemunhando sempre o seu amor à Igreja e a comunhão com o seu sucessor, o Papa Francisco”, diz um trecho da nota do cardeal Sergio.

As homenagens ao Papa Emérito Bento XVI ocorreram em todo o mundo e a sua trajetória segue na lembrança e na história da Igreja. Uma homenagem recente aconteceu na Arquidiocese do Rio de Janeiro que promoveu o 32º Curso para os Bispos de 24 a 27 de janeiro, o qual acontece desde 1992. Por iniciativa do Cardeal Eugenio de Araujo Sales fez uma recordação especial, pois no primeiro curso, o então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Senhor Cardeal Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, falecido no último 31 de dezembro, esteve presente, fazendo as conferências sobre a Igreja.

Bento XVI no Brasil em 2007

No dia 09 de maio de 2007, Bento XVI chegou a São Paulo para a sua primeira visita intercontinental.

A sua viagem transcorreu por mais quatro dias.

O Santo Padre celebrou missa na praça exterior do Santuário Nacional de Aparecida (SP), no dia 13 de maio de 2007 com a participação de cerca de 500 mil fiéis. Depois da celebração, inaugurou a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, cujo tema foi “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo, para que nele nossos povos tenham vida. ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’”. No mesmo dia, o Papa embarcou de volta ao Vaticano.

O arcebispo emérito de Aparecida, cardeal Dom Raymundo Damascento Assis, lembrou, em entrevista a Rádio Vaticano, o momento da visita de Bento XVI a Aparecida e falou da disposição do Santo Padre.

“Papa Bento XVI estava sempre disposto a escutar, a ouvir, e assim foi ele também em Aparecida, com aquela tranquilidade dele no Seminário. Visitou a Fazenda da Esperança, onde foi muito bem acolhido. A imagem dele abraçando as crianças percorreu o mundo todo. Depois o terço em Aparecida, na véspera da abertura da V Conferência, a celebração eucarística da Conferência, no dia 13 de maio, depois o discurso famoso que ele fez ao abrir a Conferência, ali no subsolo do santuário no dia 13/05, por volta das 16h. Um discurso que realmente imprimiu uma orientação na reflexão da V Conferência, que resultou evidentemente no trabalho dos bispos no Documento de Aparecida, no qual o Papa Francisco tomou como base até para elaborar a sua Encíclica Evangelii Gaudium”, citou dom Raymundo Damasceno.

Com informações de: Vatican News, O São Paulo, CNBB e Rádio Vaticano

Intenções do Papa

O Papa Francisco pede que “rezemos para que os educadores sejam testemunhas credíveis, ensinando a fraternidade em vez da competição e ajudando em particular os jovens mais vulneráveis”.

Existe um chamado universal à perfeição: “Deveis ser perfeitos como o vosso pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).

Este chamado à perfeição tem realização e possibilidade peculiar na educação. O fim da educação é a perfeição de todo homem e mulher.

Todos temos de nos educar permanentemente, entender a pessoa que há em nós e compreender os outros para melhor servi-los. Pois nossa consciência não é somente iluminação interior, mas ela nos acompanha em cada um dos nossos passos.

O educador tem entre suas missões refletir sobre o homem, sobre sua responsabilidade, sobre sua dignidade, sobre