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Operação da Polícia Civil prende suspeito de pedofilia no Química
Barra do Piraí
A Polícia Civil em Barra do Piraí tem a missão de identificar e localizar crianças que teriam sido vítimas de abuso sexual por um homem de 52 anos, preso nesta terça-feira (30) no bairro Química. De acordo com o delegado titular da 88ª Delegacia de Polícia (DP), Antônio Furtado, o suspeito não só teria abusado das crianças como feito imagens do crime, que além de serem arquivadas eram também transmitidas pelo homem a outras pessoas.
Ainda segundo Antônio Furtado, que coordenou a ação em parceria com a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), com sede no Rio, o preso tem uma anotação criminal por estupro de vulnerável – ele teria abusado de duas crianças, de 9 e 7 anos, filhos de sua ex-companheira, em 2005. O caso aconteceu também em Barra do Piraí.
Operação conjunta
A prisão do suspeito faz
Civil, a ‘Operação CTRL+L’ é mais uma fase de uma série de ações de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes desenvolvida pela instituição. O nome faz referência a um comando utilizado na informática para a busca e localização de arquivos, textos e formatações.
Prevenção e denúncia
Preso já tinha passagem na Polícia por estupro de vulnerável, revela delegado parte da nona etapa da ‘Operação CTRL+L’, iniciativa da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) voltada para o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. De acordo com os policiais, que cumpriram o mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão, na casa do suspeito foram encontrados mais de dois mil arquivos digitais com imagens chocantes de abuso contra crianças, incluindo bebês. Todos os dispositivos eletrônicos encontrados na residência do suspeito foram apreendidos e serão analisados pela perícia.
A investigação teve início em março deste ano, e é resultado da troca de informações entre os núcleos de inteligência da Polícia Civil, da Polícia Federal e do National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC). Nas apurações, foram empregadas modernas técnicas de busca cibernética, além do monitoramento do tráfego do conteúdo na internet. De acordo com a Polícia
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Foto: Polícia Federal

O delegado Antônio Furtado, diante do caso, aproveitou para fazer um alerta à população: que tenha cuidado com seus filhos. “Conversem com seus filhos, fiquem atentos, busquem informações sobre a rotina deles. Esse acompanhamento é fundamental para identificar algo atípico no comportamento e protegê-los. Quando a população denuncia, nos ajuda a investigar esses casos e a prender os criminosos, impedindo que outros abusos sejam cometidos”, frisou.
Qualquer pessoa pode denunciar casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes. Para isso, basta procurar o Conselho Tutelar do município –normalmente os conselheiros vão até a casa denunciada e verificam o caso. Dependendo do caso, já podem chegar com apoio da Polícia e solicitar a abertura de inquérito.
Outra forma de denunci- ar, quando a criança estiver em perigo imediato, é acionar a Polícia Militar através do 190. Também é possível fazer a denúncia em delegacias especializadas no atendimento a crianças e mulheres, ou em qualquer delegacia de polícia. O Disque 100, do Ministério dos Direitos
Humanos e Cidadania, é outra opção. Vale lembrar que profissionais de saúde – médicos, enfermeiros e psicólogos –precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. A notificação é enviada ao Conselho Tutelar e à Polícia.