O FAMOSO TRIPÉ EDUCACIONAL DE BOTUCATU
É o famoso TRIPÉ EDUCACIONAL que possibilitou a que Botucatu merecesse o slogan: “Cidade dos Bons Ares e das Boas Escolas”. O famoso “Tripé Educacional” proporcionou a que conquistássemos, anos depois, a FCMBB - hoje UNESP! E na construção dessa realidade educacional, dois nomes se destacam: Monsenhor Paschoal Ferrari e Dom Lúcio Antunes de Souza! Página 3
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Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III Nº 764 QUARTA-FEIRA , 19 DE ABRIL DE 2023 Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br 168 Meu pai & Meu amigo!
19 de abril é data do aniversário de meu pai...
passando dos 75 anos e estou eu aqui a escrever sobre ele e para ele... Saudades! (AMD) Página 5
Diário da
Dia
Já
1910/1911
ESCOLA NORMAL “Dr. Cardoso de Almeida”
1913 Colégio
Senhora
Diocesano”Nossa
de Lourdes/La Salle
Colégio
Anjos /Santa Marcelina
1912
dos
REGISTRO HISTÓRICO
Caro amigo historiador
Dr. Armando Moraes Delmanto,
Cumprimento-o pela feliz lembrança das comemorações do Centenário do tradicional e querido Colégio Diocesano de Botucatu Os povos que se prezam, que se orgulham do seu passado e do seu presente, são infinitamente nacionalistas. E, nacionalistas, somos nós, botucatuenses, amantes de nossas coisas, de nossa exuberante história! Devo, com licença do Cônego Luis Castanho de Almeida – grande memorialista – o que disse a respeito do Colégio:
“Eis por que, após a Semana Santa de 1913, Dom Lúcio Antunes de Souza, acompanhado do Padre Zacarias Gioia, vigário de Piraju, partiu para a Europa, antes de terminar o ano da Visita Ad Limina. Levava o plano feito de trazer os padres lazaristas. Parece-nos até que não deixava esta outra ideia fixa. Aliás foi muito rápido nas duas viagens à Europa, de que ficou conhecendo parcialmente a Itália e a França.
Dom Lúcio Antunes de Souza
O certo é que, a 2 de julho de 1913, estava outra vez o Bispo de Botucatu no gabinete de trabalho de Pio X (elevado às honras do altar com o título de São Pio X). Consta que pediu ele de joelhos e chorando ao Santo Padre uma ordem ao Pe. Fiat, Geral dos Lazaristas, para que o atendesse. Quadro digno de um artista: o Velho Pontífice, todo ele mansidão e bondade, levanta o ilustre Bispo de tão longes terras, fá-lo sentar-se e escreve a carta-relíquia de inestimável valor para Botucatu. Foi mister que o próprio Papa dispensasse de um ano de Teologia três seminaristas brasileiros que estudavam em Dax, sul da França. Procurou-se em Beiruth, um ilustre lazarista português, o Pe. Sebastião Mendes. E como sucedia de estar em uma espécie de disponibilidade o Pe. Isidoro Monteiro, um oráculo da Congregação, moralista insigne, ótimo diretor de consciência, ex-Reitor nos Seminários do Rio Comprido, no Rio de Janeiro e de Santa Tereza, na Bahia, foi ele nomeado o primeiro Reitor do Seminário Menor e do Ginásio Diocesano Nossa Senhora de Lourdes de Botucatu. Com os três a que nos referimos, Padre João Viana, Padre Aristeu de Matos e Padre Oscar de Aquino (que chegou a Botucatu só em 1915) estava formado o primeiro
corpo docente, sob cujas ordens serviam dois ou três professores leigos, Batista de Sanctis (famoso professor da Escola Normal) e Raymundo Marcolino da Luz Cintra (latinista e jornalista de grandes méritos).” Portanto, o nosso primeiro Bispo Dom Lúcio Antunes de Souza – que hoje reverenciamos com uma Escola e uma Avenida no Centro Histórico da cidade – foi, juntamente com Monsenhor Ferrari – os construtores do patrimônio religioso botucatuense. O belo prédio que hoje abriga o famoso Colégio La Salle foi construído para ser Seminário e Ginásio Diocesano. Essa foi a preocupação do primeiro Bispo: dotar a “boca de sertão” como era conhecida Botucatu de antanho, em um referencial de educação: Seminário Menor, Ginásio Diocesano, Colégio Santa Marcelina e juntamente com a já existente Escola Normal Oficial e Grupo Escolar “Dr. Cardoso de Almeida”, dando-nos a honra de ser “cidade dos bons ares e das boas escolas”.
Da Academia Botucatuense de Letras. 20 de março de 2016
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Olavo Pinheiro Godoy
O FAMOSO TRIPÉ EDUCACIONAL DE BOTUCATU
É o famoso TRIPÉ EDUCACIONAL que possibilitou a que Botucatu merecesse o slogan: “Cidade dos Bons Ares e das Boas Escolas”. O famoso “Tripé Educacional” proporcionou a que conquistássemos, anos depois, a FCMBB - hoje UNESP!
E na construção dessa realidade educacional, dois nomes se destacam:
Monsenhor Paschoal Ferrari e Dom Lúcio Antunes de Souza!
1) 1910/1911 - ESCOLA NORMAL “Dr. Cardoso de Almeida”
2) 1912 - Colégio dos Anjos/Santa Marcelina
3) 1913 – Colégio Diocesano”Nossa Senhora de Lourdes/La Salle
No início do século XX, Botucatu já se constituía em importante pólo irradiador de cultura e “boca do sertão”. As paralelas poderosas da Estrada de Ferro Sorocabana já haviam chegado à cidade, vencendo a Cuesta de Botucatu
Na segunda metade de 1880, a imigração dos norte-americanos do sul, derrotados na Guerra Civil, propiciou a que Botucatu passasse a ser importante sede do Protestantismo, inclusive com escolas, as melhores, criadas para atenderem à exigente clientela que vinha vindo de outra cultura e de outra realidade. A presença na cidade (1895) do médico Vital Brazil, quando iniciou seus estudos sobre o soro antiofídico, é a melhor prova do protestantismo em Botucatu.
le com expressiva atuação a favor da educação e da cultura no Estado. Inaugurada a 16 de maio de 1911, sendo seu primeiro Diretor, o Prof. Martinho Nogueira.
Escola Normal “Dr. Cardoso de Almeida”, posteriormente IECA - Instituto de Educação “Dr. Cardoso de Almeida”.
SEGUNDA CONQUISTA
como Reitor o experiente Padre Isidoro Monteiro que já exercera idêntica função nos Seminários do Rio Comprido/RJ e Santa Maria/Bahia. A criação do GINÁSIO DIOCESANO “NOSSA SENHORA DE LOURDES”, posteriormente COLÉGIO ARQUIDIOCESANO, hoje, COLÉGIO LA SALLE.
REGISTRO HISTÓRICO:
MONSENHOR PASCHOAL FERRARI
Mesmo com a diminuição da presença física dos norte-americanos que partiram para outras cidades do Estado, em 1900, a cidade de Botucatu continuava com a presença forte dos protestantes e sua influência. Esse, acreditamos, o motivo principal da criação da DIOCESE DE BOTUCATU, que teve no Monsenhor Paschoal Ferrari o seu grande batalhador. Em 1908, foi criada a Diocese de Botucatu, por sua santidade o Papa Pio X; seu território abrangia 50% do Estado de São Paulo.
Com a criação da DIOCESE DE BOTUCATU, foi designado como seu 1º Bispo Diocesano, Dom Lúcio Antunes de Souza, sagrado em Roma, em 15/11/1908, tomando posse em 20 de fevereiro de 1909, sendo que Monsenhor Ferrari governou a Diocese em seus primeiros dias, preparou a chegada do novo Bispo e as acomodações necessárias.
TRIPÉ EDUCACIONAL DE BOTUCATU PRIMEIRA CONQUISTA
No ano de 1910, a cidade de Botucatu conseguia a criação de sua Escola Complementar, através de emenda à lei orçamentária do Estado, votada a 31 de dezembro de 1910, sob número 1245. Era uma antiga aspiração dos políticos botucatuenses que o Coronel Amando de Barros conseguiu junto ao Deputado Freitas Val-
Como consequência da criação da DIOCESE DE BOTUCATU, em 1908 - que tinha o maior território de todo Estado! - o seu 1º Bispo, Dom Lúcio, passou a trabalhar para consolidá-la e para dotar Botucatu, tanto para a educação das meninas como para os meninos, de Congregações Religiosas que além da catequese à cidade que nascia, tivessem por precípua finalidade a educação da juventude.
Assim, em 2012, o COLÉGIO DOS ANJOS passava a ser uma realidade com as Irmãs Marcelinas.Trouxe o COLÉGIO DOS ANJOS que se transformou nesse magnífico e modelar COLÉGIO SANTA MARCELINA.
TERCEIRA CONQUISTA
Em 1913, Dom Lúcio consegue do Papa Pio X a autorização e a ordem para que a Congregação dos Padres Lazaristas viessem para cuidar do Seminário Diocesano. Com a vinda dos padres lazaristas, foi designado
O Monsenhor Ferrari, por ser o pioneiro da fé católica em Botucatu e região, muito deve a ele a nossa Arquidiocese. Foi um sacerdote invulgar que aliou à sua missão sacerdotal o muito do desbravador de larga visão e de grande alcance para o futuro de Botucatu Ao depois, Monsenhor Ferrari haveria de marcar com entusiástica dedicação a sua passagem por Botucatu: foram 33 anos dedicados à Igreja Católica. Em 1907, recebeu de Dom Duarte Leopoldo e Silva, a nomeação de Camareiro Secreto e, em 1908, foi agraciado pelo Papa Pio X, com o título de Monsenhor. Idealizou e batalhou pela criação da Diocese de Botucatu. Monsenhor Paschoal Ferrari foi, indiscutivelmente, o grande paladino de criação da Diocese em nossa cidade. Na ocasião, Botucatu disputou com Itu essa primazia. Respondeu pelo Bispado (criado em 07/06/1908 e oficialmente instalado em 15/10/1908) até a posse de nosso 1º Bispo Diocesano, Dom Lúcio Antunes de Souza, em 20/02/1909. Criado o Seminário Diocesano, em 25/03/1911, foi seu 1º Reitor.
DOM LÚCIO ANTUNES DE SOUZA
Dom Lúcio Antunes de Souza foi um grande realizador, ao consolidar a sua Diocese que era a maior, territorialmente, do Estado de São Paulo. Era chamado de o BISPO CABOCLO, por sua extrema simplicidade e apesar de sua cultura notável. Criou novas paróquias e construiu novas igrejas. Construiu o Seminário (o prédio é onde está o Colégio La Salle) e o Palácio Episcopal. Trouxe o Colégio dos Anjos que se transformou nesse magnífico e modelar Colégio Santa Marcelina e, em seguida, o Ginásio Diocesano (La Salle). No início do Século XX, Botucatu se transformou em importante centro educacional com Internatos para meninas (Santa Marcelina) e para meninos (Ginásio Diocesano), atendendo os Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso. Por justiça, a cidade lhe prestou homenagens: dando seu nome a uma Vila, a uma de suas principais avenidas e a um de seus Grupos Escolares. (AMD)
Diário da Cuesta 3
“Viagem de navio”
Maria De Lourdes Camilo Souza
“É preciso parar de sonhar, e de algum modo, partir!" Amir Klink
Um dos meus sonhos de infância era viajar num enorme transatlântico e até nas brincadeiras de criança simulava a grande viagem.
Juntava as amiguinhas, cachorro, bonecas, mala, roupas, e no faz de conta navegava nos mares da minha imaginação.
Imaginem depois de assistir ao inesquecível filme "Tarde demais para esquecer", com o galã dos meus sonhos : Cary Grant , sempre muito bem elegante nos seus ternos impecáveis, o bronzeado constante de sua pele, aquele furinho no queixo, contracenando com a linda e elegante Debora Kerr.
Sem comentar a linda música do filme.
Como tudo que sonhamos é jogado para o universo, um belo dia ele nos devolve e realizamos os sonhos.
Surgiu a oportunidade, e lá fomos nós.
Partimos em dois ônibus, com grande grupo de amigos rumo a Santos, e na orla avistamos o Costa Fortuna nos aguardando.
A tripulação era de italianos, mas tinha também alguns indonésios trabalhando.
Uma emoção inigualável ao subir a bordo daquela maravilha.
A viagem tinha um titulo: "Fra Samba e Tango".
Tudo começou com um rápido curso de como usar o salva-vidas.
Vários andares a explorar, com lojas, piscina, ofurô, academia, restaurantes, até cassino..
Fomos instaladas em nossa cabine que tinha uma pequena sacada para o mar.
Depois subimos até o último andar para apreciar a largada.
Voltei á infância num átimo, ao ouvir o apito da largada, e o barulho que se seguiu, seguido dos aplausos de todos os passageiros que a tudo assistiam empolgados.
Coração batendo a mil ao sentir que nos movíamos rumo ao alto mar.
Deixamos atrás Santos, a linda cidade ia sumindo no rastro de espuma.
Passamos pelo Rio de Janeiro e seguímos rumo ao sul.
Ficou retida na minha retina a imagem da Cidade Maravilhosa sob o luar.
Ficamos olhando por longo tempo o casario, a Ilha Fiscal, Pão de Açúcar, suas luzes sumindo ao longe, ao sabor das ondas nos aprofundávamos no oceano e por longo tempo até só vermos água por todos os lados.
Destino: Argentina, terra do tango.
Mi Buenos Aires querida.
Lentamente rumamos para as plagas portenhas, saboreando as delicias a bordo.
Contava até com uma pequena e singela Capela onde o capelão celebrava missas aos domingos.
Nosso grupo foi designado para o uso de um dos restaurantes com cantante nome italiano, aonde tinhamos mesa cativa com alguns dos nossos amigos.
Tinham também restaurantes que atendiam full time.
Bateu aquela fominha era só chegar e pedir.
Os jantares eram especiais aos quais participávamos todos muito elegantes.
O restaurante contava com um palco, que era usado nos janta-
res para apresentação de shows.
O cassino era bem frequentado e algumas amigas chegaram a ganhar um bom dinheiro no jogo.
Dançarinos se apresentando nos vários salões de cada andar. Contava com grande profusão de lojas de marcas famosas.
O nosso grupo era animadíssimo e logo se formou um coral, sob a regência da Arlete, que nos acompanhava na viagem.
As manhãs ensolaradas passávamos na piscina aproveitando o sol, o ofurô, e a companhia dos amigos.
Quem precisasse de exercício podia ir para a academia, mas só o fato de subirmos as escadas para os vários andares e caminharmos por eles já era exercício garantido.
As tardes após um passeio pelos andares, podiamos nos servir de uma deliciosa e concorrida pizza napolitana.
Lógico que não faltou conhecermos o capitão do navio e sua cabine de operação, bem como participarmos do famoso jantar em sua companhia.
Assistimos lindos shows proporcionados pela equipe de animação do navio.
Logo estávamos chegando a terras portenhas,visualizando ao longe a Buenos Aires formosa.
Show a parte foi acompanhar o navio enorme se posicionando e atracando no deck.
Coisa mágica e de grande precisão.
Fiquei ali de olhos grudados, seguindo todo o processo.
Chegando a Buenos Aires visitamos o Cemitério da Recoleta, Casa Rosada e o maravilhoso show de tango.
Na volta passamos pelo Uruguay, visitamos Punta Del Este.
Na passagem por Porto Belo, pegamos um barco menor que nos levou conhecer aquela praia adorável, com muitos artesanatos e comida pitoresca.
Regressando rumo norte, o mar estava mais revolto e alguns de nós tivemos aqueles mareios clássicos a bordo.
Maravilhosa recordação de um sonho realizado.
Diário da Cuesta 4
Meu pai & Meu amigo!
Dia 19 de abril é data do aniversário de meu pai...
Já passando dos 75 anos e estou eu aqui a escrever sobre ele e para ele Saudades!
Antônio Delmanto (1905/1994)
Em 2005, no Centenário de seu nascimento, publiquei uma edição especial da revista PEABIRU dedicada a ele: “Médico Cidadão”. Na abertura da revista, eu escrevi nas “primeiras palavras”:
“Esse o retrato que gostaria de apresentar a todos os botucatuenses: o retrato do Médico Cidadão. O retrato daquele que tinha a profissão, de fato, como um sacerdócio e o exercício da política, como uma tarefa, exatamente isso: uma tarefa a ser cumprida!”
DOIS MOMENTOS:
Ano em que meu pai foi candidato a Deputado Federal
O homenageado, meu pai com muita honra, nascido em Botucatu/SP, Antônio Delmanto passou toda a sua vida entusiasmado com a profissão. Era um vocacionado. Por 60 anos exerceu a medicina como um sacerdócio. Gostava da profissão. Tendo cursado também Farmácia, tinha pleno conhecimento
das fórmulas dos remédios e as receitava com precisão. No exercício da Medicina, realizou cerca de 80 mil cirurgias, entre pequenas, médias e grandes. Após seu Curso de Medicina, especializou-se com o Dr. Benedito Montenegro, considerado o melhor cirurgião da época (1936/37), sendo professor e, depois, diretor da Faculdade de Medicina da USP.
Essa a nossa contribuição, em termos do histórico de Antônio Delmanto, com muitas fotos e ilustrações. Mostrando que ele exerceu a medicina como um sacerdócio e viu, sempre, a política como uma tarefa, exatamente isso: uma tarefa cívica a ser cumprida... Buscamos, nas palavras do sempre mestre Prof. Agostinho Minicucci, o perfil do homenageado:
“Antônio Delmanto fez da medicina um sacerdócio, da política um ementário de ideias e ideais. Como pessoa foi um modelo e um exemplo às gerações que vem vindo. Na Idade Média de Botucatu, se assim poder ser dito, foi um cavaleiro heróico e um menestrel, semeador edílico de um estro comunitário e idealístico. Antes de viver para si, viveu e tem vivido para a sua Pátria. Ela se chama Botucatu.”
E, nas “palavras finais”, completando o trabalho sobre sua vida, eu escrevi: “No ano de 1976, eu lançava o meu primeiro livro sobre Botucatu. “Crônicas da Minha Cidade, e fazia a seguinte dedicatória: “Para Antônio Delmanto: meu pai, meu amigo, meu exemplo.” Hoje, é para ele e sobre ele todo o trabalho. Missão cumprida...
Esse trabalho que dedico a meu pai é – com certeza! – o mais importante que escrevi em toda a minha vida e ao qual dediquei todo o meu entusiasmo de filho e cidadão. Ontem, passei um bom tempo percorrendo meus registros do passado: fui a Vitoriana onde ele tinha um sítio, onde íamos nos finais de semana; passei na Misericórdia onde ele clinicava e operava; passei no clube (AAB); passei pelo sobrado na Praça do Paratodos; passei pelo Albergue Noturno que ele construiu e doou ao Município...Saudosismo? Acredito que sim Mas uma coisa leve, com lembranças boas e retempero para continuar a caminhada
Diário da Cuesta 5