A VIDA BANDIDA DE DIOGUINHO
“Em um baile, Dioguinho deixou seu chapéu de palheta sobre uma cadeira e foi dançar. Quando voltou, uma pessoa estava sentada no chapéu. “Ele atirou e matou a pessoa. Ele sempre estava armado”.
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1Moacir Bernardo é um entusiasta. É incansável. Já pela segunda vez resgata tipos populares de nossa história. Primeiro, com Ana Rosa, agora, com esse bandido famoso que chegou a merecer 2 filmes sobre sua vida, vários artigos na imprensa, livros, documentários de televisão. Ora, nos EUA tivemos Jesse James, aqui entre nós, tivemos o Cangaceiro, Menegue� e tantos outros tipos com profundas raízes no imáginário popular... Dioguinho é um desses ídolos ao aveso, exatamente pela vida bandida que levou.
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Dioguinho não admitia nada de errado em Botucatu, onde vivia sua família. Vida bandida por aí, aqui não... E assim foi até seu estranho desaparecimento, muito estranho...
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Uma época, Dioguinho tinha um bando. Eram 10 a 12 pessoas + o irmão e ele. Todos marginais, como ele. Lembravam o Bando de Lampião que só surgiu depois de 25 anos do desaparecimento de Dioguinho.
Diogo da Silva Rocha, nasceu em Botucatu, dia 9 de outubro de 1863 e recebeu o seu batismo no dia 13 de outubro. Morava em uma casa na atual rua Amando que foi demolida há pouco tempo. Era de uma família tradicional de portugueses.
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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III Nº 680 QUARTA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2023 JORNALISMO MODERNO Diário da Cuesta DEFESA DO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU DOMINGO 14/15 novembro de 2020 RAUL TORRES E O SAMBA RURAL Estátua de Raul Torres Praça do Bosque (Botucatu) RAUL TORRES é um orgulho para Botucatu. Faz parte do TRIO DA MÚSICA RAIZ: ANGELINO DE OLIVEIRA, RAUL TORRES E SERRINHA. Praticamente, fazendo de Botucatu e região a CAPITAL DA MÚSICA CAIPIRA ou MÚSICA RAIZ! Com estátua na Praça do Bosque, Raul Torres tem res- gatado o seu OUTRO LADO MUSICAL: do SAMBA RURAL ou DO INTERIOR. O original e excelente TRIO GATO COM FOME, resgata com muito brilho dez sambas de Raul Torres, no álbum EM DOS SAMBAS TORRES. Botucatu não poderia ficar desconhecendo esse lado musical de Raul Torres com qual fez muito sucesso, também. Ver matéria completa na página 2 ELEIÇÕES MUNICIPAIS Amanh novembro, dia de Municipal é também, da Proclama- ção da República. Botuca- tu seções eleitorais Município de Botucatu 101.025 Cartório Eleito- ral Comarca de Botucatu, Igor destacou algumas recomenda ões para dia amanh de vota mais, começa h. 17h. sendo mais de preferência nas 3Essa preferência todo dia das elei - doentes, deficientes grávidas tamb m preferência. Será seguido o Protocolo Segurança você sabia? Que famoso herói inglês marcou presen Primeira Mundial? Teria esse he- rói? Teria de Bo- tucatu esse encantou geões com idealismo? Revista Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE CIDADANIA EM BOTUCATU Ele é o 16 novembro de Eleito! OS CONSTRUTORES DO FUTURO DE BOTUCATU – DINUCCI & PARDINI – Na página 3, leia o histórico que traz as profundas raízes da família PARDINI com Botucatu. viagem fantástica através de um pingo d’água que busca sua folha mãe em uma cume da Cuesta de Botucatu... (leia na quarta página “Cuesta Rasgada” prefeito Mário Pardini consegue sua ree- leição (2020/2024) à Prefeitura Municipal de Desde o início da campanha, Pardini vinha despontando na preferência do eleitorado botucatuense. Executivo da SABESP, teve desta- que por sua capacidade positiva à frente 35 mu- Durante seu mandato, Pardini enfren- tou as inundações que ocorreram em Botucatu com queda de pontes e estragos generalizados e, em sequência, teve que enfrentar a pandemia do vírus chinês... Ufa... Botucatu acompanhou o seu trabalho à frente de uma equipe capacitada e, nas Eleições Municipais, RENOVOU a sua con- fiança! ELE É O ELEITO ! Embaúba no Botucatu. nicípios Diário da Cuesta DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU SEXTA-FEIRA 13 novembro de 2020 AQUÍFEROGUARANI VERDADEIRO MAR DE ÁGUA DOCE, O AQUIFERO BOTUCATU / GUARANÍ CONSIDERADO O MAIOR RESERVATÓRIO DE ÁGUA DO MUNDO, A CNBB ELEGEU A ÁGUA COMO SEU TEMA TODO O PLANETA VIVE A PREOCUPAÇÃO PELA PRESERVAÇÃO DESSE PRECIOSO LÍQUIDO. Página 4 REPERCUSSÃO GRANDE DO DEBATE ENTRE CANDIDATOS A PREFEITO DE BOTUCATU! Desde seus primórdios, a região de Botucatu é destacada pelaqualidadedesuaágua.Antes mesmo da descoberta do AQUÍFERO BOTUCATU (hoje, AQUÍFERO GUARANI e da comprovação medicinal da água de PIAPARA (Alambarí). leia na página 2 BOTUCATU: A MELHOR ÁGUA PARA A MELHOR CERVEJA PREOCUPADA COM O FUTURO DE BOTUCATU. CADAUMEDOPARTI-SEU
FALANDO DE IMAGINAÇÃO E MUSICA
NANDO CURY
Se é real, é real. Como vemos, ouvimos, sentimos o aroma, o sabor, a textura lisa ou áspera de algo, alguém ou de algum ambiente. Se não existir, não representar o momento vivido ou não for concebível no mundo real, pertence à imaginação.
Quem nunca teve uma amiga ou amigo imaginário? Que tinha um nome ou apelido. E podia ser descrita (o) em detalhes por quem convivia com ela ou ele. E quantas histórias imaginadas juntos. Ao imaginar coisas boas, estamos conspirando a favor de nossas saúdes mental, física e emocional. Mas, nem sempre o que vivenciamos na imaginação podemos ter na vida real.
Em matemática existe o número imaginário e a conta que leva para o infinito em algum lugar imaginário. Toda obra ou evento de arte precisa da imaginação dos autores e de todos que participam de seu planejamento e execução. Assim acontece nas telas dos pintores. Nos enredos e personagens dos livros. Nos roteiros, nas intervenções dos diretores de arte, escolha de trilhas musicais, criação de figurinos, na cabeça dos cenografistas, cinegrafistas, iluminadores, na atuação dos dançarinos e dos atores nos filmes, novelas, espetáculos de dança e teatro.
E, do mesmo modo, a imaginação entra nítida também nas músicas. Na composição das melodias e dos versos. Na criação das harmonias e arranjos. Marca presença na fase de produção, nas mixagens e na criação das capas. E de modo explícito se faz evidente nas interpretações das músicas pelos cantores, bandas e orquestras. Resta mencionar o que a palavra imaginação pode significar quando imaginada nos contextos das canções.
Sá & Guarabyra usam a palavra imaginação em pelo menos três composições da dupla, gravadas em álbuns diferentes. Primeiro em “Pirão de peixe com pimenta”, música e disco do mesmo nome, de 1977, quando Sá e Guarabyra contam casos vividos numa viagem que fizeram por terras baianas. ”Carne de sol. Pirão de peixe com pimenta. E uma boa Januária completando a refeição. Dizendo assim até parece que é mentira. De Sá e Guarabyra. Coisa
da imaginação”. A palavra aparece novamente, em 1979, na romântica “Peixe Voador”, do disco Quatro. “Coisas que você nunca pensou fazer aparecem na cabeça em noites de verão. O vento morno, o vôo das mariposas, dão força de vida à imaginação.” A outra citação está em “Chuva e sol” do LP “Harmonia”, de 1985, que reúne músicas da trilha da Novela Roque Santeiro, e é o sétimo disco da dupla. “Lembro o dia estranho que passava. Uma porta aberta pra calçada. Entre chuva e sol apareceu você. Imaginação ou movimento”.
“Sozinho” de Rogerio Peninha Mendonça foi lançada em 1997 e recebeu o Prêmio Sharp de melhor música do ano. Gravada por Caetano Veloso, dois anos depois, foi parar na trilha sonora da novela Suave Veneno, ilustrando as cenas dos personagens de Rodrigo Santoro e Luana Piovani. Começa no gerúndio: “Às vezes, no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois. Eu fico ali sonhando acordado. Juntando o antes, o agora e o depois.”
Um dos maiores sucessos do Legião Urbana, é a música “Será” de 1985, composta por Eduardo Dutra Villa Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfa “Eu posso tá sozinho. Mas eu sei muito bem aonde estou. Cê pode até duvidar. Acho que isso não é amor. Será só imaginação? Será que nada vai acontecer?”
Dona Ivone Lara foi uma referência como compositora de canções para o carnaval e de sambas. Sua música “Força da imaginação” ganhou interpretações de vários cantores famosos. Recomendo a de Arlindo Cruz. “Força da imaginação. Vai lá. Além dos pés e do chão. Chega lá. Porque que a mão ainda não toca. Coração um dia alcança. Força da Imaginação. Vai lá.”
Nota: sugestão de tema e pesquisa musical por Toni Liutk.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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“Sabotagem”
Ás vezes escuto algumas palavras que ficam na minha cabeça por horas.
E na verdade essas palavras servem a um propósito no meu crescimento e amadurecimento. Ha um ano atrás, logo que liguei a TV vi um anúncio de um programa de auditório que seria comandado por um ex ator da Rede Globo e ele pergunta aos participantes : “Você sabe sabotar?”
Sabotar: danificar, impedir, retardar propositadamente, em resumo: prejudicar alguém em alguma situação.
O programa parece tratar de verificar a que ponto as pessoas usam a Sabotagem para se darem bem.
Este começo de ano eu relembro esse dia, e amargamente vejo gente que chega destruindo tudo de bom que outro criou, somente por soberba e vai destruindo a tudo e a todos, passando por cima com uma máquina de terraplanagem sem pensar que está destruindo a seres humanos.
Estou pasma.
Em seguida penso : sem julgamentos, por favor!
O que me ocorre na realidade, é que não gosto dessa palavra, e nem de gente que usa esse tipo de atitude em nenhuma circunstância na vida.
Acho que podemos conseguir as coisas de forma limpa, honradamente.
Seguir em frente do ponto que pegamos, mas para crescer mais, e não afundar de vez
O que não me pertence, eu não quero. Pertence a outra pessoa, e eu respeito isso. Mas existe uma forma de se sabotar e é subterrânea.
Pode ser a pior coisa que um ser humano faça a si mesmo.
Não se permitir ser feliz.
Querer viver esperando que alguém traga essa felicidade a suas mãos.
Ninguém é responsável pela nossa felicidade, não é justo com ninguém exigir dele essa obrigação.
As vezes ficamos aguardando.
“Quando eu ganhar na loteria”
“Quando eu me casar”
“Quando eu for a Paris”
“Estar junto com toda a família, quando sabemos ser difícil reuni-los todos”
Aí eu vou ser feliz.
Que tal ser feliz todas as horas e todos os dias da vida, independentemente de qualquer pessoa ou de qualquer coisa?
Ser inteiro e realizado aqui e agora, com os recursos que temos á mão.
O desafio para 2023 promete ser diferente, vamos ter que buscar a resiliência para tentar reconstruir pedra a pedra, mesmo se não tiverem virado pó, o que já tínhamos em mãos. Tentando achar engraçado as piadas de todas, todes, todis, e todos.
Só que com mais idade, tentando andar com a dor das perdas e na própria carne para criar algo que nos leve a sobreviver. Tirando esperança do fundo do poço com o balde furado que nos apresentam.
Muita força, foco e doses cavalares e ininterruptas de fé! A ideia é tirar leite de pedra. Sabe a fórmula?
“No meio do ódio, descobri que havia, dentro de mim, um amor invencível. No meio das lágrimas, descobri que havia, dentro de mim, um sorriso invencível. No meio do caos, descobri que havia, dentro de mim, uma calma invencível. E, finalmente descobri, no meio de um inverno, que havia dentro de mim, um verão invencível. E isso faz-me feliz. Porque isso diz-me que não importa a força com que o mundo se atira contra mim, pois dentro de mim, há algo mais fortealgo melhor, empurrando de volta.”
Albert Camus - em “O Estrangeiro”
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Maria De Lourdes Camilo Souza
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Artista americano nascido em 1965
?Lampião paulista? aterrorizou a região no final do século 19
?Dioguinho?, nascido em Botucatu, andava em bando e foi acusado de vários assassinatos. Ele sumiu numa emboscada da polícia, mas o corpo nunca foi encontrado
por Rita de Cássia Cornélio
Um homem bem vestido, de família tradicional botucatuense se tornou um bandido temido no Interior paulista. O fantasma de “Dioguinho” que, na pia batismal recebeu o nome de Diogo da Silva Rocha, assombrou por várias décadas a comunidade interiorana.
Mesmo depois de morto, sua vida foi retratada em pelo menos cinco livros. Em documentários e inúmeras páginas de jornais da Capital, seu jeito rude de agir fez com que o bandido “Dioguinho” se tornasse uma lenda para cidades da região de Ribeirão Preto
Seu corpo, nunca foi encontrado, por isso, acredita-se que somente seu irmão tenha sido morto em uma emboscada preparada pelo governo do Estado de São Paulo. As pessoas que o delataram à polícia foram morrendo misteriosamente, após seu desaparecimento. Daí nasceu a lenda de que ele não tinha morrido na emboscada e continuava agindo.
Para o pesquisador e historiador botucatuense Trajano Carlos De Figueiredo Pupo, a imagem que ficou de “Dioguinho” em Botucatu é de homem corajoso, porém mau. “Ele enfrentou o sistema, ousou enfrentar a polícia, mas nunca para defender os pobres como Robin Hood.”
Na comparação, o historiador arrisca a dizer que a faceta negativa do bandido sobressaiu sobre a positiva. “Um herói que enfrentou a polícia, porém como um cangaceiro.
Moacir Bernardo, autor de “A Vida Bandida de Dioguinho”, obra datada de 2000, ressalta no livro que o protagonista faz parte da história do faroeste caboclo. “Nos Estados Unidos da América viveram muitos bandidos sanguinários que faziam verdadeiras carnificinas, assassinatos em emboscadas, assaltos a bancos entre outros crimes. Foram imortalizados em livros e filmes do gênero faroeste ou western.”
No Brasil, na década de 20/30, os cangaceiros de Lampião, bando de marginais liderados pelo capitão Virgulino
Ferreira da Silva infernizaram e levaram pânico à região do nordeste brasileiro. Eles invadiam e saqueavam fazendas e pequenas cidades. Foram imortalizados em livros, matérias jornalísticas, músicas, poesias, teatro, filmes e tantas outras publicações. “No faroeste caboclo, ‘Dioguinho’ figura como um dos mais conhecidos.”
Segundo o autor da obra, “Dioguinho” teria matado mais de 50 pessoas em sua trajetória bandida. Em Botucatu, sua terra natal, ele não cometeu crimes. Atuou mais na região de Ribeirão Preto.
Sua marca registrada era sua elegância no trajar. “Estava sempre bem arrumado. Era um bandido chic. Um jornalista, de Ribeirão Preto, escreveu um livro de 500 páginas e descreve o bandido com tules e rendas ” Bernardo lembra que seu livro é o quarto sobre a vida de “Dioguinho”. “Depois saiu um quinto. O meu é um resumo da história. Eu tenho conhecimento de que em 1907 fizeram um livro, 1920 outro, 1940 outro, além dele figurar em muitas revistas e jornais como: Diário Popular, Notícias Populares, o Estado de São Paulo. Tem ainda um documentário feito pela afiliada da Globo em Ribeirão Preto.” (JCNET)
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Ele está mais para Lampião do que para Robin Hood.”