Botucatuense Ana Gatin é campeã mundial de levantamento terra aos 70 anos
Atleta da Associação Atlética Botucatuense conquista título inédito e levanta 120 kg na competição realizada em São Paulo.
A atleta Ana Gatin, de Botucatu, conquistou no último dia 19 de outubro, em São Paulo, o título de Campeã Mundial de Levantamento Terra, na categoria Sub Master (acima de 70 anos). A vitória veio com uma marca impressionante de 120 quilos levantados, resultado que a coloca entre as principais referências da modalidade no país.
EXPEDIENTE
A conquista coroou uma trajetória marcada por dedicação, disciplina e amor pelo esporte. Representando a Associação Atlética Botucatuense (AAB), Ana levou o nome da cidade ao pódio máximo de uma competição internacional, reforçando o potencial do esporte botucatuense e servindo de exemplo para atletas de todas as idades.
Famosa e reconhecida por suas incontáveis conquistas nos últimos anos, Ana Gatin é referência regional no levantamento de peso, sendo a competidora mais vencedora de Botucatu e das cidades da região.
(Acontece Botucatu)
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO:
Diagrama/ Edil Gomes
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Olavo de Carvalho, o Filósofo da Direita Brasileira que abala as estruturas...
Ignorado nas universidades do país e tido como guru da direita nas redes sociais e nos partidários do Presidente Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho é, hoje, a maior expressão da intelectualidade brasileira. A medalha recebida de Flávio Bolsonaro em 2012 marcou o início da relação do filósofo com o clã Bolsonaro. Recentemente, em entrevista à “Gramática On-line”, Olavo de Carvalho deu as seguintes respostas às perguntas feitas:
Atualmente, as faculdades em geral formam realmente filósofos? Ou são só professores de Filosofia?
— Ninguém pode dar o que não tem nem ensinar o que não sabe Não há um só filósofo no nosso meio acadêmico, e a prova é que esse meio rejeita, por medo e preconceito, todo filósofo autêntico que apareça dentro ou fora dele. Dizer que uma Marilena Chauí, um Leandro Konder sejam filósofos é um ultraje à filosofia. A primeira é uma professora de ginásio, o segundo é um propagandista barato. Mas é só esse tipo de gente que a universidade aceita. Já o Villém Flusser, um gênio espantoso, acabou desistindo do Brasil e foi publicar seus livros na Alemanha, onde imediatamente foi reconhecido como um dos pensadores mais originais das últimas décadas. No Brasil aqueles entojadinhos da USP faziam pouco dele, empinavam o nariz diante dos seus escritos porque eram publicados em jornal – como se Gabriel Marcel ou Ortega y Gasset também não tivessem sido eminentemente jornalistas. Mário Ferreira dos Santos e Vicente Ferreira da Silva também foram postos para escanteio, e até Miguel Reale, reitor da USP, era discriminado dentro da sua própria universidade. Agora, com quarenta anos de atraso, a USP decidiu absorver o prof. Reale, concedendo ao mestre um lugarzinho modesto ao lado de quinze micos na coletânea Conversas com Filósofos Brasileiros, na qual ele é obviamente o único filósofo presente. Ora, esses quatro nomes – Flusser, Reale e os dois Ferreiras – perfazem o essencial da filosofia brasileira deste século – o que vale dizer que a filosofia esteve rigorosamente fora da universidade, por obra de medíocres e invejosos que se empoleiraram como urubus nas chefias de departamentos. O que a universidade brasileira tem feito contra a filosofia é simplesmente criminoso

Gramática On-line – Nota- se que há muitas faculdades de Filosofia (e Letras) espalhadas pelo país. Essa proliferação de faculdades é boa ou ruim para o ensino qualitativo da Filosofia?
— É péssima Quanto mais gente falando do que não entende, mais confusão, mais empulhação, mais verbalismo oco vai circular pelo país A filosofia universitária no Brasil só vai começar quando o MEC ou instituição similar fizer uma edição padrão dos escritos daqueles quatro grandes pensadores e a distribuir como leitura obrigatória em todas as faculdades. Não pode haver ensino da filosofia senão com base numa filosofia vivente.
Gramática On-line – Pode- se dizer que hoje em dia há grandes pensadores, como Sócrates, Platão, Santo Agostinho, etc.?
— Eric Voegelin e Xavier Zubiri superam todos os demais pensadores da segunda metade do século XX.
Gramática On-line – Quais são seus autores favoritos (da filosofia e de outras áreas)?
— Em filosofia, Aristóteles, Leibniz, Sto. Tomás, Schelling, Husserl, Voegelin, Zubiri, Lonergan, Éric Weil, Louis Lavelle. Na literatura, Dante e Shakespeare, Dostoievski e Stendhal, Camões e Camilo, Manzoni e Scott, Pío Baroja, Thomas Mann e Jacob Wassermann, Antonio Machado, Apollinaire, T. S. Eliot e William Butler Yeats. Mas gosto também muito de ler historiadores – meus prediletos são Taine, Huizinga e Oliveira Martins – e obras de psicologia, principalmente as de Viktor Frankl, Lipot Szondi e Maurice Pradines. Nas ciências sociais, Weber e Ludwig von Mises. Em religião, além da Bíblia, do Corão e dos Upanishads, releio sempre a Legenda Dourada de Giacomo di Varezzo, um livro

que me parece ter certos dons miraculosos. Sou aficionado de temas islâmicos e retorno sempre aos livros de Ibn Arabi, René Guénon, Henry Corbin, Frithjof Schuon, Titus Burckhardt, Seyyed Hossein Nasr. Adoro as polêmicas de Chesterton, de Bernanos, de Nelson Rodrigues. Gosto também de livros de memórias e depoimentos, sobretudo de políticos, agentes secretos e criminosos que um dia envelhecem e perdem o medo de contar o que sabem; mas também relatos de vidas extraordinárias: meu preferido desde a infância, relido com encanto crescente de tempos em tempos, é Hunter, de John A. Hunter (uma coincidência de nome e profissão): memórias de um caçador de leões e elefantes, certamente o melhor livro de psicologia animal que alguém escreveu antes de Konrad Lorenz. Importante destacar que a aversão de Olavo de Carvalho aos “filósofos da Academia” é recíproca: O desprezo parece ser recíproco nas faculdades brasileiras, onde a obra de Carvalho é praticamente ignorada ou tratada como algo sem valor científico «Na minha geração e entre os meus colegas ninguém leu Olavo de Carvalho . [Ele] é absolutamente irrelevante do ponto de vista filosófico”, afirma José Arthur Giannoti , professor emérito da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP) e membro fundador do Centro Brasileiro de Análise e Plenajemento (Cebrap). “Não tenho nenhum interesse em ler o Olavo de Carvalho , a não ser [para] explicar como é que a nova direita o tenha como um ídolo e que tanta gente no Brasil seja influenciado por ele”, acrescenta. Sobre sua influência no Governo de Bolsonaro, Olavo de Carvalho argumenta: “Essa influência que eu exerci está explicada em uma frase de Soljenítsin: “O grande escritor é como se fosse um segundo governo”. Entende porque eu não quero nenhum cargo público? Porque eu já sou esse segundo governo. A influência intelectual é uma coisa, assim, que transcende e engloba a política. E eu já estou nesse posto e estou muito contente com ele. Era o que eu queria ser quando crescesse. Já cresci e já sou”. R E L E M B R A N D O

Na rústica igreja de Santo Estêvão, em Assis
Exibindo características típicas da Úmbria, a igreja de Santo Estêvão, entre as estreitas ruas da bela cidade de Assis, na Itália central, tem paredes simples de pedra, portal ogival e um campanário na parte de trás. De lá se tem uma bela vista da terra de São Francisco.
Em estilo românico esse templo medieval foi erguido em meados do século XI, mas obteve só em 1275 status paroquial e é tido como exemplo da arquitetura religiosa do século XII
O seu interior consiste em uma nave única com arcos em estilo gótico, e as paredes são cobertas com afrescos de pintores discípulos de Giotto (1266-1337) retratando a Madonna com os santos Francisco e Estêvão, junto com uma cena separada da crucificação.
Atualmente, a pequena igreja mantém horários regulares de visitação e oferece acesso ao turista que assim pode contemplar seus arcos góticos, pequenas janelas e as estruturas originais do teto.
A arquitetura do templo, sendo muito antiga, é tipicamente rústica e é marcada por linhas simples. Como outras igrejas da cidade, a fachada e as paredes foram deixadas em sua maioria sem decoração.
Um pequeno nicho foi adicionado à fachada no início do século XIV e continha um afresco de anjos que agora está muito desbotado. Também é claro que em algum momento a porta foi reconstruída, já que sua forma original era arredondada, e agora o arco é ogival.
Conta uma lenda franciscana, que os sinos da igreja de Santo Estêvão foram ouvidos tocando por si próprios no momento da morte do Poverello, transcorrida na hora das Vésperas de 3 de outubro de 1226.
Tivemos, Regina Célia e eu, a graça de visitar esse pequenino templo por quatro vezes. Fendas permitem a entrada de luz e a beleza natural dessa igreja dedicada ao protomártir do cristianismo nos convida à oração e à meditação franciscana
Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 56 livros sobre a história regional.