Diário Causa Operária nº5888

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10 | MOVIMENTO OPERÁRIO

PARA FAVORECER OS BANQUEIROS

Guedes ameaça funcionários públicos Ministro da economia, o golpista, banqueiro neoliberal, ameaça trabalhadores das estatais, caso reivindiquem seus direitos, quer demitir, privatizar sem reclamação Formado em Chicago e professor no governo no Chileno, do ditador e sanguinário Augusto Pinochet, Paulo Guedes está ameaçando os funcionários públicos. Segundo ele, “não seria do interesse do funcionalismo não criar muita onda agora”, afirmou ao portal Terra, ontem (14). O ministro golpista, admirador da política implementada pelos governos de Ronald Reagan, nos EUA, e da Margareth Thatcher, na Inglaterra ameaçou os servidores públicos para não entrarem em greve. “Qualquer onda do funcionalismo para pedir aumento de salário agora, mais privilégios, seria uma demonstração colossal de insensatez”, afirmou ao jornal Estadão. O Pinochetista Paulo Guedes, favorável à ditadura militar disse ainda, “com 40 milhões de brasileiros sem carteira assinada, acredito que, se isso ocorrer, poderá levar a opinião pública a exigir medidas muito mais duras do que as que nós vamos propor para os funcionários atuais na reforma administrativa. Estamos poupando o funcionalismo na questão da estabilidade e não estamos falando nada de salários atuais.” De acordo com o ministro da economia, que está quebrando o país junto

com o fascista e fraudulento Bolsonaro, mentiu cinicamente ao afirmar que nos últimos 15 anos, o funcionalismo federal teve mais de 50% de aumento real (acima da inflação) nos salários, enquanto o Brasil mergulhou no desemprego em massa. Ao contrário do que afirma o ministro, o que se vê no País é um brutal ataque aos servidores públicos, com salários congelados, fechamento de milhares de postos de trabalho, cortes de recursos dos orçamentos públicos etc. Uma preocupação do governo é

que, já no mês de janeiro, os trabalhadores estão começando a se mobilizar contra a as medidas neoliberais, contra as demissões e as privatizações, como por exemplo os trabalhadores da Casa da Moeda, os atos dos bancários da Caixa Econômica Federal, dos Petroleiros, na Bahia, bem como os correios que, hoje e amanha (15 e 16) vão se reunir e há indícios de paralizações, entre outros. O ministro Paulo Guedes, discípulo de Von Mizes quer, na realidade fazer como, seu outro tutor, o Milton Fried-

man que impôs à população de Johnstown, no Estado da Pensilvânia, nos EUA, inundada em 1989, onde morreu mais de 2200 pessoas, a privatização de todas as escolas e muitas outras dificuldades aquele povo. Seguindo os ensinamentos de seu professor Friedman, Guedes, neste ano de 2020 já quer desfazer de várias estatais, mas a mobilização dos trabalhadores poderão criar dificuldades, pode não ser tão fácil como tinha sido previsto, por isso Guedes está desesperado. Temendo um possível “amolecimento” de Bolsonaro com a pressão dos servidores, Guedes disse acreditar que “ele sabe a diferença entre um presidente forte e popular, como (o ex-presidente americano) Ronald Reagan e a ex-primeira ministra (britânica) Margaret Thatcher, e um populista e fraco, como (o ex-presidente) João Goulart”. (portal Terra, 14/01/2020) Para os servidores só há uma alternativa para impedir o ataque do governo golpista do Bolsonaro e seus pares, contra o desemprego e a privatização, a mobilização do conjunto das direções sindicais dos trabalhadores, da CUT, dos sindicatos do funcionalismo, bem como, formação de comitês de luta por fora Bolsonaro

ATAQUE À SOBERANIA NACIONAL

Greve na Casa da Moeda: aumentar o movimento até frear a privatização Os trabalhadores da Casa da Moeda estão em greve e ocupam a sede administrativa da empresa. O Partido da Causa Operária apoia o movimento de ocupação e luta contra a privatização. Os funcionários da Casa da Moeda estão em greve contra a privatização anunciada pelo governo Bolsonaro desde a última sexta-feira (10). Um grupo de trabalhadores ocupa a sede administrativa, que fica no complexo do parque fabril, localizado em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. Na segunda-feira, funcionários registraram o ponto, mas se recusaram a trabalhar. No dia 5 de novembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória (MP) que quebra o monopólio da Casa da Moeda na fabricação de dinheiro, passaportes, selos postais e fiscais federais e controle sobre a fabricação de cigarros e bebidas. A intenção do governo, com a quebra do monopólio, é permitir que um punhado de empresas estrangeiras que dominam o mercado mundial participem em licitação para assumirem o serviço. A entrega deste serviço para empresas estrangeiras é um atentado contra a soberania nacional, além de aumentar a possibilidade de falsificação de passaportes e outros documentos públicos, a sonegação de impostos e entregar dados fundamentais sobre o funcionamento da economia e sobre a

população brasileira nas mãos de empresas estrangeiras, que, como se sabe, são estreitamente ligadas aos governos de outros países. A produção de dinheiro de forma errônea coloca em risco a própria segurança econômica do país. Países como Estados Unidos, Japão, Unidos, Japão, Coreia do Sul, Austrália, África do Sul, Inglaterra, França, China e Alemanha produzem suas próprias moedas para garantirem a soberania nacional. Nos três países mais industrializados da América Latina, Brasil, Argentina e México, a produção de dinheiro é feita por órgãos públicos. Nos Estados Unidos, a produção da moeda é feita exclusivamente por entidades públicas. A greve com ocupação da empresa é uma política correta por parte dos trabalhadores. O Partido da Causa Operária apoia o movimento de ocupação, uma vez que este é o único meio de impedir a entrega da Casa da Moeda e o ataque frontal à soberania do país, que são parte do programa golpista de entregar o patrimônio público em função dos interesses do capital internacional e alinhar a política do país de acordo com os interesses do imperialismo mundial.


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