Diário Causa Operária nº5878

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DOMINGO, 5 DE JANEIRO DE 2020 • EDIÇÃO Nº5878

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Abaixo a agressão criminosa do imperialismo contra o Irã!

El País culpa alemães por Hitler e os brasileiros por ditadura de 64 A coluna “Os cúmplices” publicada pelo jornal burguês El País e escrita pela jornalista Eliane Brum, coloca que terríveis ditaduras e a situação política atual são culpa do apoio da esmagadora maioria da população que se cala diante das atrocidades cometidas pela burguesia, como por exemplo o nazismo na Alemanha e a ditadura militar de 1964, no Brasil.

Capacho: Governo Bolsonaro emite nota de apoio aos EUA “Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o Governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional” assim começa a nota emitida pelo fraudulento governo Bolsonaro nesta sexta-feira (03)

Esquerda entrega 2013 a Bolsonaro

10 mil pessoas viram! Assista a 1ª Análise Política da Semana de 2020 Neste sábado (4) ocorreu o 1º programa Análise Política da Semana do ano. O mais tradicional da Causa Operária TV (COTV), onde semanalmente o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO) Rui Costa Pimenta faz a análise de conjuntura da situação nacional e internacional sob um ponto de vista marxista.

Integralista é nomeado principal acessor do Ministério da Mulher Pistoleiros fortemente armados atacam indígenas com apoio da Polícia Latifundiários contratam pistoleiros e a polícia militar do Mato Grosso do Sul para atacar os indígenas Guarani Kaiowá da região de Dourados.


2 | OPINIÃO EDITORIAL

Chega de lamentações, é preciso derrotar Bolsonaro

O

presidente fraudulento Jair Bolsonaro completa seu primeiro ano de governo ostentando a marca de mandatário mais impopular do País, sem qualquer comparação e paralelo com outro governante chefe de Estado, desde pelo menos a chamada “redemocratização”, ocorrida com o fim do ciclo dos governos militares, em meados da década de oitenta do século passado. Embora imerso em contradições e sem ter saído das urnas legitimado, em números absolutos, pela maioria dos votos da população, o moribundo governo Bolsonaro ousou em sua ofensiva contra a maioria da população, levando adiante um conjunto de ações que atacaram duramente as condições de vida das camadas populares e dos explorados em geral, assim como vilipendiou duramente a soberania nacional, submetendo os interesses estratégicos nacionais ao grande capital e ao imperialismo. No que diz respeito ao balanço que a esquerda nacional deveria fazer em relação ao primeiro ano do governo de extrema direita, chama a atenção o fato de não haver qualquer mínima avaliação séria e consequente por parte dos representantes da esquerda brasileira, a não ser a velha e já desgastada política de lamentações, onde muito se reclama das maldades do governo contra o povo, mas nada ou quase nada se faz ou fez para enfrentar de forma decidida e resoluta o governo fascistóide, apoiado pelos grandes capitalistas, a burguesia, a extrema direita e o imperialismo. Durante todo o ano de 2019, a esquerda se limitou a realizar movimentos tímidos e sem qualquer eficácia no âmbito das instituições do Estado

(parlamento, tribunais). O resultado, inevitável desta política não poderia ter sido mesmo outro a não ser derrotas e mais derrotas, que cumpriram o nefasto papel de desmoralizar a luta das massas populares; estas sim, se mostraram dispostas a lutar em vários momentos, não encontrando, todavia, um canal de expressão por parte do conjunto das direções da luta social de massas no Pais. Neste sentido, o “balanço” da esquerda não dá conta de nada, não avalia o verdadeiro problema que marcou a inoperância política da esquerda, que foi exatamente a ausência de luta, a paralisia, a aposta na estratégia fracassada de lutar pela derrota pontual dos ataques bolsonaristas e não a organização da luta de conjunto pelo “Fora Bolsonaro”, pela derrota total do governo fascista, de extrema direita. Para muito além das lamentações e da choradeira inútil, o que está mais do que colocado para este segundo ano de Bolsonaro é não perder um só minuto na decisão de levar adiante um amplo movimento nacional que agrupe todos os mais importantes setores, que necessariamente sairão em luta contra o governo dos banqueiros e do imperialismo. É preciso ficar claro que as eleições municipais de outubro não serão capazes de oferecer qualquer mínima perspectiva para derrotar Bolsonaro e seus ataques contra a população. A única ferramenta eficaz de luta contra o governo de extrema direita, fascista, é a intervenção independente das massas no cenário político, na conjuntura, colocando na ordem do dia o fim do governo, o “Fora Bolsonaro”, a derrubada do governo pela mobilização popular.

Reunião do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo Todos os sábados às 16h Local: Centro Cultural Benjamin Perét Rua Serranos nº 90, próximo ao metrô Saúde São Paulo - SP Entre em contato conosco: • telefone/whatsapp: (11) 98192-9317 • facebook: @coletivorosaluxemburgo • Se você não for da cidade de São Paulo, participe a distância via Skype. Contato no Skype: mulheres_8


INTERNACIONAL | 3

CRISE DO IMPERIALISMO

Abaixo a agressão criminosa do imperialismo contra o Irã! É preciso repudiar as ações criminosas do imperialismo contra os países do Oriente Médio e sair em defesa do Irã. O atentado realizado pelo governo dos Estados Unidos da América que resultou no assassinato do general Qassam Soleimani, líder da Força Quds, a elite do Corpo de Guardas Revolucionários e do Abu Mahdi al-Muhandis, líder das Unidades de Mobilização Popular do Iraque, é uma das maiores agressões ao Irã realizado no último período. Qassam Soleimani é uma das figuras mais conhecidas e respeitadas do Irã, e também, um dos principais militares do país e articulador das ações de resistência a atividade do imperialismo dos EUA em todo o Oriente Médio. A ação realizada pelos EUA é uma enorme provocação e é uma deterioração completa das relações do imperialismo com o Irã e deixa a região a um passo de uma guerra, levando todos os países do Oriente Médio a um conflito iminente. O Irã é um dos principais países do Oriente Médio e um dos mais industrializados da região, ocupando uma posição estratégica e militar decisiva.

Seu papel na resistência a ação do imperialismo na política de rapina é fundamental e há diversos grupos financiados e organizados pelo país. O ataque ao Irã tem como fundamental aumentar a exploração do petróleo e deve ser rejeitado amplamente pelos setores nacionalistas e de esquerda de todo mundo. A política do imperialismo é a responsável pela situação de conflitos e pobreza em todo o Oriente Médio e deve ser denunciada. É preciso se opor a política de rapina e criminosa do imperialismo, que realizada todo tipo de arbitrariedade para conseguir seu objetivo, até mesmo invadir países e cometer assassinatos em território de outro país. O posicionamento das organizações deve ser contrário a ação imperialista, o repúdio ao assassinato de Qassam Soleimani, contra o embargo criminoso dos EUA ao Irã, a saída imediata das tropas do imperialismo de todos os países do Oriente Médio e a luta pela independência de todos os povos.

NOVO ATAQUE E MANIFESTAÇÃO

EUA continuam as agressões ao Iraque e Irã e milhares saem às ruas EUA seguem com bombardeios criminosos e mobilizações expressam revolta popular em todo o Oriente O governo do Iraque divulgou na tarde de ontem (dia 4), que três foguetes atingiram a chamada “Zona Verde”, região da Capital, Bagdá, na qual situam-se os prédios do executivo, do parlamento, ministérios, bem como de algumas representações Resultado de imagem para foguetes na zona verdeinternacionais, como a embaixada dos Estados Unidos. O foguete caiu dentro da Praça da Celebração da Zona Verde. Ninguém teria ficado ferido.

“Morte a América” Também no dia de ontem, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Bagdá para acompanhar o funeral dos generais Abu Mahdi al-Muhandis, chefe de milícias no Iraque, e Qassim Suleimani, do Irã, ambos mortos em um ataque aéreo comandado pelos EUA na última quinta-feira. A manifestação saiu da localidade de Al Jadriya e seguiu pela cidade. Em um clima de enorme revolta, a combativa manifestação acompanhava o funeral portando bandeiras e faixas com as fotos dos generais mortos gritando “Morte a América”. Os caixões de Al-Muhandis e outras vítimas, incluindo vários integrantes do FMP, milícia iraquiana majoritariamente xiita, foram envoltos na bandeira do país, enquanto o de Suleimani recebeu a bandeira do Irã. As vítimas iraquianas foram enterradas ao final da cerimônia. O corpo do general Suleimani seguiu para o Irã ontem mesmo, onde

era esperado por manifestações que devem reunir centenas de milhares de pessoas neste fim de semana. Desde sexta, Em Teerã, milhares de manifestantes já se ruas nas ruas protestando contra o ataque criminoso ordenado pelo governo norte-americano. Revoltados, os iranianos pedem vingança contra os EUA, agitando bandeiras e carregando retratos do general morto. Inúmeras bandeiras dos EUA foram queimadas nos protestos.

Novo ataque covarde Ainda no final da sexta-feira, foi divulgado pelo grupo Forças Popula-

res de Mobilização do Resultado de imagem para seis médicos mortos no ataqueIraque que um novo ataque de drones realizado pelos EUA atingiu um comboio de médicos. Pelo menos seus pessoas teriam morrido, segundo informaram as agências internacionais. Segundo o comunicado das Forças Populares, ‘fontes iniciais confirmam que o ataque teve como alvo um comboio de médicos das Forças de Mobilização Popular perto do estádio Taji, em Bagdá.” Os acontecimentos evidenciam o acirramento da situação altamente explosiva na região, onde a revolta popular contra a politica criminosa do imperialismo norte-americano – que já

levou milhões à morte na região nas últimas décadas – tende a se intensificar diante do agravamento da crise histórica do capitalismo. A mobilização revolucionária dos trabalhadores e da juventude de todos os países do Oriente Médio e de todo o Mundo, deve ser a resposta contra a ofensiva imperialista que visa preservar os interesses de um punha de abutres capitalistas diante do avanço da crise que evidencia o esgotamento do capitalismo em todo o mundo. Todo apoio à mobilização dos povos do Iraque e do Irã. Abaixo a agressão imperialista. Fora os EUA e todo o imperialismo do Oriente Médio!


4 | INTERNACIONAL E ATIVIDADES DO PCO

GOVERNO DE OCUPAÇÃO

Capacho: Governo Bolsonaro emite nota de apoio aos EUA O Itamaraty bolsonarista colocou o país e toda população de joelhos para o imperialismo norte-americano, em decisão inédita de se colocar a serviço da “Guerra ao terror”. “Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o Governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional” assim começa a nota emitida pelo fraudulento governo Bolsonaro nesta sexta-feira (03), por meio do que se tornou um dos mais deploráveis Mistério de Relações Exteriores existentes atualmente. A atitude do governo é de total subserviência aos Estados Unidos, provando de uma vez por todas que o golpe de Estado veio para transformar o país em uma colônia, que seja formal ou informal. Vivemos em um verdadeiro governo fascista e de ocupação estrangeira. Antes da declaração do Itamaraty, o próprio governo soltou declarações extremamente contraditórias com as informações posteriores. Pensando na própria sobrevivência política, o fantoche americano demonstrou preocupação em relação a alta taxa do petróleo

depois do atentado que matou Seleimani. Demonstrando a própria fraqueza, se viu confrontado com mais uma faísca que poderia fazer a mobilização explodir de forma convulsiva em todo país. Também ficou demonstrado uma preocupação militar. Na lastimável TV Band, disse: “[o Brasil] não tem forças armadas nucleares para poder dar opinião tranquilamente sem sofrer retaliações”. Isto é, também sabe que em uma guerra direta a um país como o Irã, não sobraria pedra sobre pedra de seu governo e não se sabe que no final da aventura sua cabeça ainda estará junto ao corpo. Um dia depois, o Itamaraty surge lançando-se totalmente ao lado dos Estados Unidos na “guerra ao terror”. Mostrando que esse governo não tem autonomia nem quando a questão é sua própria sobrevivência. Quanto mais a situação mundial é crítica, mais a situação no regime político também o é. Essa mudança no tabuleiro geopolítico produz duas consequências para o governo: sua situa-

ção de crise, como no receio na questão do petróleo, e sua severidade em relação a população e os momentos e partidos de esquerda e organizações populares. Está colocado na ordem do dia, no aprofundamento da crise mundial e seu reflexo nacional, encher as ruas por fora Bolsonaro e todos os golpistas o quanto antes. Esperar 2022 é

sarar a dor de cabeça com um tiro na boca. Uma política extremamente suicida, oportunista e anti-popular. A hora é de luta, para mudar essa posição lamentável no cenário mundial em que o Brasil foi submetido pelo golpe de Estado. Fora Bolsonaro! Eleições Gerais já! Lula Candidato!

IRÃ E 1 ANO DE BOLSONARO

10 mil pessoas viram! Assista a 1ª Análise Política da Semana de 2020 Disponível no canal da COTV na internet, a Análise Política da Semana pode ser acompanhada presencialmente em São Paulo e nas demais cidades do País que possuem CCBP’s Neste sábado (4) ocorreu o 1º programa Análise Política da Semana do ano. O mais tradicional da Causa Operária TV (COTV), onde semanalmente o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO) Rui Costa Pimenta faz a análise de conjuntura da situação nacional e internacional sob um ponto de vista marxista. Dois mil e vinte, ainda em sua primeira semana, já viu acontecimentos importantes para a situação política nacional e internacional. Nesta edição RCP abordou temas como a nova ofensiva norte-americana contra o Irã, um ano do governo Bolsonaro e a polêmica sobre o caráter das jornadas de junho de 2013. Todos acontecimentos da maior relevância e que foram cuidadosamente analisados, de um ponto de vista científico, para orientar a intervenção correta na luta política.

Irã O 1º tema abordado foi o assassinato do general Qassem Soleimani (número 2 no comando do Irã) pelo imperialismo estadunidense, na madrugada da última sexta (3) em Bagdá, no Iraque. Rui Costa Pimenta explicou o ponto de partida da crise atual – a morte de um empresário norte-americano ligado as forças armadas dos EUA – a retaliação dos EUA contra Irã e o Ira-

que, assassinando o general Soleimani e líderes do Hezbollah e fazendo com que a crise escalasse, uma vez que a agressão imperialista dos EUA foi vista no mundo todo como uma declaração de guerra contra o Irã, que prometeu retaliações contra o imperialismo. Também foi destacado que após 25 militantes do Hezbollah, do Iraque, serem mortos por bombardeios dos EUA, integrantes da organização invadiram a Zona Verde, onde fica a embaixada dos EUA no Iraque e tocaram fogo em alguns prédios exteriores, num protesto vigoroso, que por pouco não tomou a própria embaixada. Para o presidente do PCO, isso ocorre em função do agravamento da crise do controle do imperialismo sobre a região do Oriente Médio. Nos últimos anos, os EUA fizeram uma série de restrições econômicas ao Irã, tentando impor um regime de terror ao País, para enfraquecer o regime político atual e provocar divisões internas nas forças armadas com o objetivo de derrubar o governo. RCP concluiu que o Irã, que continua sendo o país mais industrializado do Oriente Médio, protagonizou em 1979 uma revolução na esteira da crise do petróleo em 1974, que resultou na explosão de vários movimentos revolucionários, como a revolução em Portugal e o levante dos trabalhadores na Polônia. Foi assim que o Irã se libertou do regime monárquico im-

posto pelos EUA. O que e agravou nos últimos anos, na medida em que o imperialismo sofreu com a crise de sua dominação e o Irã ganhou posições e influência em vários países da região, tornando-se o principal país da região opositor do imperialismo.

Um de Bolsonaro Rui também falou sobre o balanço deste 1º ano de governo Bolsonaro. Disse que apesar das centenas de ataques do governo golpista contra a população, a esquerda se resumiu a encerrar o ano com balanços que apenas listam ataques do governo contra a população sem, no entanto, oferecer qualquer explicação sobre a estratégia e tática política da esquerda, que sob a política da “resistência”, focou seus esforços na demagogia eleitoral e parlamentar, não se enfrentou contra o governo e fez campanha ativa contra o fora Bolsonaro.

Sobre 2013 O último tema abordado foi a polêmica sobre o caráter das manifestações de 2013, que veio a tona após o ex-presidente Lula ter denunciado a infiltração golpista dos EUA no movimento e ter sido criticado por setores da esquerda, como o PSOL. Rui explicou que as manifestações de 2013

começaram com o Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento das passagens, intensificaram-se após a repressão brutal do governo Alckmin (PSDB-SP) e se espalharam pelo país numa série de outras reivindicações. Explicou que a direita golpista viu na liderança anarquista do movimento uma oportunidade para projetar sobre ele um outro significado político: o ataque ao governo Dilma, a campanha contra a corrupção, etc. Concluiu que Lula está correto sobre a infiltração dos EUA no movimento e que ao negar isso setores da esquerda, como o PSOL, somam-se ao imperialismo. A análise apresentada por Rui Pimenta já se tornou uma referência para o movimento da luta contra o golpe e tem chamado atenção pelos seus prognósticos acertados ao longo dos anos. Desde 2012, o PCO denuncia o avanço da extrema-direita no mundo e a ofensiva do imperialismo sobre os governos nacionalistas latino-americanos. Neste sábado (4), o programa foi transmitido pelo canal da Causa Operária TV no youtube e também pôde ser acompanhado presencialmente no Centro Cultural Bénjamin Péret, em São Paulo e em Curitiba. Imperdível para quem quer se informar do ponto de vista dos trabalhadores, para assistir presencialmente aos sábados, basta entrar em contato com os CCBP’s em todo o País.


POLÊMICA | 5

DISSIMULAÇÃO

El País culpa alemães por Hitler e os brasileiros por ditadura de 64 Colunista do jornal golpista El País tenta colocar a culpa de regimes autoritários e sanguinários na população e esconder os verdadeiros culpados: a burguesia. A coluna “Os cúmplices” publicada pelo jornal burguês El País e escrita pela jornalista Eliane Brum, coloca que terríveis ditaduras e a situação política atual são culpa do apoio da esmagadora maioria da população que se cala diante das atrocidades cometidas pela burguesia, como por exemplo o nazismo na Alemanha e a ditadura militar de 1964, no Brasil. As afirmações realizadas pela colunista do El País são falsas e servem para dissimular como esses regimes foram impostos para a grande maioria da população, e principalmente, os trabalhadores. Antes de se estabelecer na Alemanha, Hitler e o Partido Nazista contavam com amplo apoio da burguesia alemã e europeia e através do seu braço armado, a Sturmabteilung (SA), ou Tropas de Assalto, que perseguia e assassinava militantes de esquerda, sindicalistas e parlamentares, criando um regime de terror entre a população alemã. Há, inclusive, registrada uma reunião no dia 20 de fevereiro de 1933, uma grande reunião realizada de ma-

neira secreta entre Adolf Hitler e 25 dos maiores monopólios industriais alemães antes das eleições para levar Hitler ao poder e combater os partidos de esquerda e os trabalhadores. Da mesma maneira, a ditadura militar que se instalou no país em 1964 foi um regime de enorme repressão contra a população e os trabalhadores que não contou com apoio popular, tanto que nem pelos moldes da democracia burguesa conseguiu chegar ao poder, tendo que caçar parlamentares, perseguir e matar. Contou com amplo apoio da burguesia nacional alinhada com o imperialismo para dar um golpe e instalar um regime de terror entre os trabalhadores. A situação atual de Bolsonaro atualmente tem a mesma origem: o apoio da burguesia e sua imprensa golpista que ajuda a dissimular a situação e criar as condições para a subida de Bolsonaro ao poder. Nos casos citados pela colunista Eliane Blum tenta esconder os verdadeiros culpados da situação que leva a extrema direita cometer a atrocidades no poder. Em nenhum caso é a vonta-

de da população, mas sim golpe e muita dissimulação da imprensa golpista, como o jornal El País. No Brasil o jornal El País faz tipo progressista, mas na Espanha sempre apoiou a direita existe uma pequena aproximação com a social-democracia espanhola. Tanto que as matérias publicadas no Brasil chegam a comparar Bolsonaro a Lula por causa da construção da Usina de Belo Monte, entre

outras matérias absurdas. Ao culpar a população pelos regimes mais sanguinários, a intenção do El País e sua colunista Eliane Brum é de esconder os verdadeiros culpados pelos regimes da extrema direita e colocar nas costas da população o ônus, escondendo inclusive o papel de órgãos de imprensa burguesa que atuam ativamente para os estabelecimento desses regimes.

POLÊMICA COM GUSTAVO CONDE

Esquerda entrega 2013 a Bolsonaro A esquerda pequeno-burguesa se recusa a entender o que aconteceu em 2013 A coluna “Os cúmplices” publicada pelo jornal burguês El País e escrita pela jornalista Eliane Brum, coloca que terríveis ditaduras e a situação política atual são culpa do apoio da esmagadora maioria da população que se cala diante das atrocidades cometidas pela burguesia, como por exemplo o nazismo na Alemanha e a ditadura militar de 1964, no Brasil. As afirmações realizadas pela colunista do El País são falsas e servem para dissimular como esses regimes foram impostos para a grande maioria da população, e principalmente, os trabalhadores. Antes de se estabelecer na Alemanha, Hitler e o Partido Nazista contavam com amplo apoio da burguesia alemã e europeia e através do seu braço armado, a Sturmabteilung (SA), ou Tropas de Assalto, que perseguia e assassinava militantes de esquerda, sindicalistas e parlamentares, criando um regime de terror entre a população alemã. Há, inclusive, registrada uma reunião no dia 20 de fevereiro de 1933, uma grande reunião realizada de maneira secreta entre Adolf Hitler e 25 dos maiores monopólios industriais alemães antes das eleições para levar Hitler ao poder e combater os partidos de esquerda e os trabalhadores. Da mesma maneira, a ditadura militar que se instalou no país em 1964 foi um regime de enorme repressão

contra a população e os trabalhadores que não contou com apoio popular, tanto que nem pelos moldes da democracia burguesa conseguiu chegar ao poder, tendo que caçar parlamentares, perseguir e matar. Contou com amplo apoio da burguesia nacional alinhada com o imperialismo para dar um golpe e instalar um regime de terror entre os trabalhadores. A situação atual de Bolsonaro atualmente tem a mesma origem: o apoio da burguesia e sua imprensa golpista que ajuda a dissimular a situa-

ção e criar as condições para a subida de Bolsonaro ao poder. Nos casos citados pela colunista Eliane Blum tenta esconder os verdadeiros culpados da situação que leva a extrema direita cometer a atrocidades no poder. Em nenhum caso é a vontade da população, mas sim golpe e muita dissimulação da imprensa golpista, como o jornal El País. No Brasil o jornal El País faz tipo progressista, mas na Espanha sempre apoiou a direita existe uma pequena aproximação com a social-democracia

espanhola. Tanto que as matérias publicadas no Brasil chegam a comparar Bolsonaro a Lula por causa da construção da Usina de Belo Monte, entre outras matérias absurdas. Ao culpar a população pelos regimes mais sanguinários, a intenção do El País e sua colunista Eliane Brum é de esconder os verdadeiros culpados pelos regimes da extrema direita e colocar nas costas da população o ônus, escondendo inclusive o papel de órgãos de imprensa burguesa que atuam ativamente para os estabelecimento desses regimes.


6 | POLÍTICA E MORADIA E TERRA

INTEGRALISTAS NO GOVERNO

Integralista é nomeado principal acessor do Ministério da Mulher Um dos principais membros do movimento integralista, Paulo Fernando, assumiu o cargo de principal assessor de Damares no ministério das mulheres. Nesta última segunda-feira, 30 de dezembro, a ministra fascista que cuida da pasta das Mulheres, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, nomeou seu secretário-adjunto de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Paulo Fernando Melo da Costa, como assessor especial da ministra. Paulo Fernando não é uma pessoa qualquer. Tendo já concorrido a deputado federal no ano de 2018 pelo Patriota no Distrito Federal, o mesmo é membro da Frente Integralista Brasileira, não só como um mero participante mas sim, de acordo com o próprio site oficial do integralismo, Paulo seria “uma das mais importantes lideranças nacionais”. Assumidamente fascista, Paulo Fernando ascendeu dentro da pasta ministrada por Damaras, e agora ocupará um cargo de maior proximidade com a ministra, que já em seu primeiro ano foi responsável pelo apoio massivo a diversos ataques as mulheres e a população em geral, desde seus comentários grotescos e lunáticos até a intervenções a favor da política genocida de Bolsonaro e a política ditatorial em cima de quaisquer direitos democráticos do povo.

O fato de termos um integralista em postos mais altos no governo é um sinal do que está para vir. Bolsonaro recentemente já anunciou sua saída do PSL e a formação de um novo partido, um embrião de organização fascista, onde estão presentes justamente a ala mais solida da extrema-direita. Pouco tempo depois saiu em todos os jornais pesquisas que indicavam a organização de grupos fascistas e nazistas por todo país, organizando

centenas de células e anunciando a intenção de formar um partido próprio, assumidamente fascista, retomando oficialmente o movimento integralista, o maior movimento fascista em países atrasados. A reorganização da extrema-direita é uma realidade vigente. Os fascistas já passaram a realizar ataques cada vez mais constantes e organizados, seja a instituições como a Porta dos Fundos, ou os brutais assassinatos de

diversos militantes da esquerda. Paulo Fernando, como dito pelos próprios integralistas, é uma das figuras de maior relevância para a organização da extrema-direita, responsável por ser um dos principais lideres dos integralistas. Outro fato que chama a atenção é a pasta que ele ocupa. O ministério da mulher vem sendo duramente atacado pelo governo de Jair Bolsonaro, com um forte campanha fascistas contra os direitos democráticos, como no caso do aborto. Além disso, os fascistas ficaram conhecidos por atacar justamente tais grupos, como de mulheres, gays, negros, etc. Grupos estes que os mesmos consideram mais frágeis, um alvo fácil na sociedade devido seu alto grau de opressão. Agora, com um maior controle sobre o ministério das mulheres, veremos toda esta situação se intensificar cada vez mais, escancarando as portas para a atuação dos fascistas em todo Brasil, um base de apoio para suas ações. Graças a estes fatores, percebe-se a necessidade da esquerda junto a toda população organizar-se para combater tais grupos, o único caminho para evitarmos um aprofundamento da ditadura no país.

LUTA PELA TERRA

Pistoleiros fortemente armados atacam indígenas com apoio da Polícia Latifundiários contratam pistoleiros e a polícia militar do Mato Grosso do Sul para atacar os indígenas Guarani Kaiowá da região de Dourados. Polícia atua em defesa do latifúndio

Nesta sexta-feira (03/01), indígenas Guarani Kaiowá foram atacados por um grupo de 40 pistoleiros fortemente armados na Perimetral Norte, no município de Dourados, estado do Mato Grosso do Sul. A ação organizada pelos latifundiários foi uma tentativa de expulsar os indígenas do local e resultou em 5 pessoas feridas a bala. Esta ação criminosa que durou quase o dia inteiro, ocorreu dois dias depois em que latifundiários e pistoleiros invadiram e incendiaram a casa de reza da comunidade indígena Laranjeira

Nhanderu, no município de Rio Brilhante. Após os pistoleiros atacar os indígenas e receberem uma resposta a altura que evitou uma violência maior, os latifundiários chamaram a polícia para atacar ainda mais os indígenas. Policiais militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e Força Tática chegaram e foram para cima dos indígenas para reprimir e expulsá-los da área, mas foram expulsos pelos indígenas que revidaram e fecharam a rodovia Perimetral Norte por várias horas para resistir aos ataques.

A ação criminosa dos latifundiários contou com o apoio irrestrito dos policiais militares da região. A polícia da região, seja civil, militar ou federal, é conhecida por atuar contra os indígenas e defender abertamente os latifundiários. A sede do DOF, órgão da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, está localizada em um prédio da Organização não-governamental ‘Salve’, formada por latifundiários para financiar a polícia da região. Durante a ação, o comandante da Polícia Militar de Dourados, tenente coronel Carlos Silva, atacou os indígenas dizendo que “eles acabaram colocando fogo em alguns locais, tentaram obstruir a via e quando o DOF foi chamado para fazer apoio, também foi atacado, assim como o veículo da imprensa”. “São vários índios que não fazem parte nem da aldeia Bororó nem da Jaguapiru. Eles mesmos dizem que são de fora da cidade de Dourados, então não deveriam estar aqui provocando esse tipo de situação”, disse.

É preciso se reagir a altura

Os indígenas Guarani Kaiowá deram uma resposta a altura para os latifundiários, as dezenas de pistoleiros e as forças policiais que atuam como guarda dos latifundiários e não saíram do local e reagiram a altura, evitando de perder as áreas retomadas ou uma violência maior contra seus integrantes. Apesar de alguns feridos, a resposta deixou os latifundiários sem reação e intimidou seus pistoleiros formado pela polícia local. Esse exemplo deve ser seguido e as organizações devem apoiar os indígenas e a formação de grupos de autodefesa fortemente equipados para reagir a violência dos latifundiários e do Estado. A escalada de violência está aumentando a níveis altíssimos e que se agravou com o governo Bolsonaro em 2019. Bolsonaro é o governo dos latifundiários e está dando o aval para que os latifundiários tomem a decisão que quiserem para acabar com a luta pela terra. É preciso organizar os comitês de autodefesa, lutar pelo direito ao armamento e derrotar o governo Bolsonaro o mais rápido possível, pois não dá para esperar 2022.


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