Diário Causa Operária nº5875

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QUINTA-FEIRA, 2 DE JANEIRO DE 2019 • EDIÇÃO Nº5875

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Réveillon Vermelho do PCO, grande festa para preparar as lutas em 2020

Na virada de 2019 para 2020, o PCO realizou sua tradicional festa de réveillon, o Réveillon Vermelho. Dessa vez, a confraternização ocorreu em São Paulo com a participação de companheiros de todas as regiões do País, militantes, simpatizantes, amigos e familiares que contribuíram para as lutas do partido de do movimento contra o golpe em 2019.

Estátua da liberdade da Havan é incendiada pela população Durante a madrugada do último dia do ano de 2019, a réplica da estátua da liberdade, considerada pelo fascista Luciano Hang, o “cartão postal” de sua loja, foi incendiada em São Carlos às margens da rodovia Washington Luís.

Burguesia alerta para fim de ano na miséria e continuidade da recessão O crescimento da extrema pobreza só tem aumentado nos últimos anos, principalmente após o golpe de estado de 2016. Segundo dados do Banco Mundial, que geralmente mascaram em muito o número real da parcela de pobres, o Brasil possui hoje cerca de 6,5% da população no que é considerado a pobreza extrema.

Mobilizar nas escolas e universidades pelo Fora Bolsonaro O ano de 2019 foi marcado pelos intensos ataques por parte dos golpistas contra os professores e estudantes das escolas públicas e universidades de todo o País.

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Em Bagdá, multidão ocupa embaixada aos gritos de morte aos EUA Manifestantes no Iraque invadiram na quarta-feira (31/12), último dia do ano, a embaixada norteamericana em Bagdá. Aos gritos de “morte à América” a população enfurecida e sublevada destruiu o prédio da nação imperialista, em retaliação a um bombardeio ilegal que ocorreu na cidade de Kirkurk, sob o pretexto desgastado de guerra ao terrorismo, deixando 25 mortos e 51 feridos.


2 | OPINIÃO EDITORIAL

Mobilizar nas escolas e universidades pelo Fora Bolsonaro O ano de 2019 foi marcado pelos intensos ataques por parte dos golpistas contra os professores e estudantes das escolas públicas e universidades de todo o País. O governo golpista e fraudulento de Jair Bolsonaro, representante dos bancos e do imperialismo, estabeleceu no início do ano uma política de corte de 30% das verbas destinadas para as universidades. Nas escolas, os governos golpistas estaduais impuseram uma política de ataque aos professores e

às suas condições de trabalho, aprofundando a política de sucateamento que já vinha sendo aplicada. Somado a isso, a extrema-direita e a direita golpista procuraram impor uma política de perseguição contra os estudantes e professores por meio de propostas como “Escola Sem Partido”, visando estabelecer a censura e o assédio contra professores e alunos. A reforma da Previdência aprovada no âmbito federal e agora sendo

votada nos estados, representa um duro ataque ao direito dos professores, que na prática perderão o direito à aposentadoria, assim como as demais categorias. Em 2020 a extrema-direita e a direita golpista buscarão aprofundar ainda mais esta política de ofensiva contra a educação pública. Vale destacar que os professores e estudantes do ensino público têm sido nos últimos anos um dos principais setores na luta contra os golpistas. A greve da edu-

cação e contra o governo golpista em maio de 2019 foi a maior mobilização contra o governo, tendo à frente os professores da rede pública de educação e os estudantes. Diante deste cenário, a única forma de reagir a esta ofensiva é organizar comitês de luta em todas as instituições de ensino e mobilizar professores e estudantes de todo o país pelo “Fora Bolsonaro”. A única forma de defender a educação é colocando abaixo o governo golpista.

COLUNA

Fora! Por Victor Assis

Com apenas quatro letras do nosso alfabeto, é possível formar uma interjeição repleta de clareza, que não deixa margem para qualquer tipo de dúvidas. Fora não significa saia, se assim quiser, nem tampouco significa fique mais um pouco, muito menos fique enquanto a correlação de forças não for favorável. Por esse motivo, o fora é a interjeição que melhor expressa a política para o ano de 2020: fora Bolsonaro, fora o Congresso golpista que lhe dá sustentação, fora os juízes carrascos comprados pela burguesia! O ano de 2019 foi marcado por uma série de tentativas – todas elas ridiculamente fracassadas – de transformar a concisa e clara interjeição de fora em alguma outra que tornasse as reivindicações populares confusas. Foi o caso, por exemplo, do basta de Bolsonaro, que durou não mais que um ato, das tsunamis e da política de colocar Bolsonaro na linha – as duas últimas sequer são interjeições, o que mostra a tremenda indisposição das direções em partir para uma ação efetiva. Quando o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro veio ao Recife, ainda no primeiro semestre, meia dúzia de aloprados – comandados por agremiações como o Partido Operário Revolucionário (POR) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) – ensaiaram coros com gritos de xô, Bolsonaro!. Os termos que citei acima são expressões claras de uma mesma política – a política de adaptação ao governo Bolsonaro, uma política oportunista e capituladora. O basta de Bolsonaro, por exemplo, foi levantado sobretudo por setores do PSOL após novas revelações sobre o caso Marielle Franco. No entanto, mesmo o atual presidente da República sendo produto de uma fraude eleitoral, não ter popularidade e ainda estar envolvido no assassinato de um quadro do PSOL, o partido foi incapaz de reivindicar a queda do governo e, pior ainda, apoiou o famigerado Pacote Anticrime bolsonarista. Ao que parece, o PSOL não está tão preocupado em

se ver livre de um governo de extrema-direita, de sorte que sua palavra de ordem poderia ser corrigida para basta de Bolsonaro – Guilherme Boulos para presidente em 2022!. O xô, Bolsonaro é, sem dúvidas, a mais bizarra – embora, certamente que a mais criativa – das interjeições fabricadas pela esquerda pequeno-burguesa. Ao que me consta, xô é uma expressão utilizada para espantar galinhas – qual política poderia ser condensada, então, por meio de um xô? A atuação dos partidos que pariram o xô, Bolsonaro nos permite tirar essa dúvida: os gritos na visita de Bolsonaro ao Recife não passaram de um showzinho de demagogia barata eleitoral com o Nordeste – isto é, não passava de uma forma de dizer que Bolsonaro não seria bem-vindo ali. Até hoje, ambos os partidos se colocam contra o fora Bolsonaro e compartilham a mesma tese aberrante, reacionária e pró-imperialista de que o povo boliviano não deveria defender o governo Morales.

Toda a farofada a qual assistimos nesse ano não poderá ser replicada para o ano de 2020. O governo Bolsonaro já causou estragos profundos no país em seu primeiro ano – é preciso interrompê-lo imediatamente. A economia despencou – e cairá ainda mais, uma vez que a crise mundial não mostra qualquer sinal de ser resolvida – e a perseguição política aos inimigos do regime se tornou muito mais dura. A passos largos, o Brasil se encaminha para uma ditadura. Para impedir que a direita prossiga, é preciso levar a sério o que quer dizer fora!. Não se trata de fazer denúncias por trás da tela do computador, nem convencer a chamada opinião pública. Fora é simplesmente colocar para fora. No início de 2019, em Porto Seguro, no extremo-sul da Bahia, os militantes da luta pela terra mostraram como se coloca um golpista. Ao se darem conta que a cidade receberia o ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, o fascista Ricardo Salles, índios e militantes do MST e do PCO colocaram o golpista para correr, que teve de colocar o carro por cima dos manifestantes para não sofrer uma intervenção mais direta da fúria popular. No fim do ano de 2017, dois acontecimentos importantes aconteceram em duas das principais universidades do país. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mais de cem estudantes colocaram mercenários da extrema-direita para correr em um confronto violento, que resultou no completo fracasso da tentativa da direita de lançar o filme O Jardim das Aflições nas universidades. Na Universidade de São Paulo (USP), os estudantes colocaram para correr um homem que se identificava como integralista. Não por acaso, o integralismo está levantando a cabeça. O atentado ao Porta dos Fundos comprovou que, muito diferentemente do que julgavam os ideólogos da esquerda pequeno-burguesa, o fascismo brasi-

leiro existe e continua vivo. No Brasil, já há mais de 300 células nazistas em atividade. O fascismo avança no país e em todo o mundo justamente porque não encontra reação – porque o fora não é levado a sério como principal palavra de ordem de mobilização contra a direita. Foram justamente os momentos em que a direita foi tratada gentilmente, ou foi simplesmente negligenciada – como se fosse uma galinha, talvez -, que permitiram o avanço do fascismo. no entanto, a batalha da Praça da Sé, no ano de 1934, já mostrou: com as galinhas verdes do integralismo, não adianta dizer xô, é preciso colocá-las para correr. Felizmente, o ano de 2019 não foi apenas o ano dos malabarismos da esquerda pequeno-burguesa pra driblar o enfrentamento com a direita, mas também foi um período em que a população mostrou, inúmeras vezes, a tendência à luta. No Equador, no auge da mobilização, os trabalhadores acuaram tanto o presidente traidor Lenín Moreno que este teve de transferir a sede do governo para outra cidade. No Chile, o impasse é gigantesco, uma vez que o povo rejeita os acordos propostos pela direita e pela esquerda parlamentar. Mas também, no Brasil, várias demonstrações desse tipo já foram dadas. A mais recente, certamente, ocorreu quando os ambulantes do centro de São Paulo enfrentaram a polícia fascista do governo Doria. É preciso, portanto, aproveitar essas tendências e organizar um movimento em todo o continente para varrer os vigaristas que estão castigando todos os povos a mando do imperialismo. Fora Bolsonaro, Piñera, Duque, Añez, Hernández, Moïse, Benítez e todos os ditadores da América Latina! Abaixo o golpe de 2016 – fora todos os golpistas que pavimentaram o caminho para a extrema-direita! Eleições gerais já, com o candidato do povo, Luiz Inácio Lula da Silva, restituído de seus direitos políticos!


POLÍTICA | 3

2020 É FORA BOLSONARO!

Réveillon Vermelho do PCO, grande festa para preparar as lutas em 2020 A festa foi realizada em São Paulo Na virada de 2019 para 2020, o PCO realizou sua tradicional festa de réveillon, o Réveillon Vermelho. Dessa vez, a confraternização ocorreu em São Paulo com a participação de companheiros de todas as regiões do País, militantes, simpatizantes, amigos e familiares que contribuíram para as lutas do partido de do movimento contra o golpe em 2019. Uma grande festa que, além de saudar tudo o que foi realizado no ano que passou, serve para repor as energias e preparar as lutas ainda mais in-

tensas que virão em 2020. Com três shows musicais, discurso do companheiro Rui Costa Pimenta, queima de fogos e comida e bebida fartas, os militantes terminaram o ano com bastante alegria e com a certeza de que a luta do PCO será ainda mais importante para o próximo período para derrotar o golpe. E não pode faltar a palavra de ordem de fora, Bolsonaro. Assista na Causa Operária TVo discurso do companheiro Rui Costa Pimenta momentos antes da virada de ano

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4 | POLÍTICA

INCENDIO DENOTA RADICALIZAÇÃO

Estátua da liberdade da Havan é incendiada pela população Nas primeiras horas do dia 31 de dezembro a estátua da liberdade de uma das lojas Havan amanheceu incendiada, evento este que demonstra as proporções da revolta popular no país. Durante a madrugada do último dia do ano de 2019, a réplica da estátua da liberdade, considerada pelo fascista Luciano Hang, o “cartão postal” de sua loja, foi incendiada em São Carlos às margens da rodovia Washington Luís. As primeiras imagens do incendio ocorram por volta das 5 da manhã, entre fotos e vídeos que se espalharam por toda internet repara-se as grandes proporções que o evento tomou. Contudo, mesmo com um incendio tão expressivo e um local de tamanha visualização, a polícia que investiga o caso se recusa a especular os reais motivos do ocorrido. Em todos os jornais burgueses, o incendio é tratado com cautela, jamais levantando-se a possibilidade de que ele fora causado justamente pela revolta popular contra o governo Bolsonaro e toda extrema-direita brasileira. Luciano Hang, o dono da loja, hoje de características nacionais, é conhecido por todos pelo seu forte apoio à Jair Bolsonaro, desde seu período eleitoral, e principalmente sua fortíssima campanha contra o ex-presidente Lula, que em meio a sua campanha fascistoide e grotesca, buscou atacar e caluniar Lula desde que iniciou-se a perseguição política da operação criminosa Lava Jato. O incendio à estátua da liberdade, o maior símbolo norte-americano, acontece pouco tempo após o incendio provocado pelos fascistas

à produtora Porta dos Fundos, demonstrando o nível de radicalização política no país. Independente de quem realmente tenha causado o ataque em São Carlos, vemos pela reação positiva de boa parte da população o desejo de se confrontar com a extrema-direita, uma resposta à sua crescente organização em todo país, demonstrando que enquanto a esquerda não organizar o povo para travar uma luta séria contra o governo Bolsonaro, a população irá da sua própria maneira confrontar o regime político, como o acontecido neste dia 31. Estes últimos eventos, acompanhados pela crescente radicalização política em todo continente, representam episódios sintomáticos do que realmente está para vir no próximo período, inaugurando o ano de 2020 com uma crise econômica e social capaz de explodir o país, hoje um verdadeiro barril de pólvora que a qualquer momento pode gerar uma explosão social de altas magnitudes. Para dar vasão a toda esta revolta, a esquerda brasileira necessita organizar-se em uma forte campanha pelo Fora Bolsonaro, indo com a mobilização popular pela derrubada do regime golpista. Por isso, o ano de 2020 inicia-se trazendo consigo um período capaz de promover grandes mobilizações e uma luta política ainda mais acirrada.

Todos os dias às 9h30


POLÍTICA | 5

POBREZA CRESCE NO BRASIL

Burguesia alerta para fim de ano na miséria e continuidade da recessão A extrema pobreza só tem crescido no Brasil desde o golpe de Estado de 2016, enquanto isso a burguesia e os países imperialistas fazem a festa O crescimento da extrema pobreza só tem aumentado nos últimos anos, principalmente após o golpe de estado de 2016. Segundo dados do Banco Mundial, que geralmente mascaram em muito o número real da parcela de pobres, o Brasil possui hoje cerca de 6,5% da população no que é considerado a pobreza extrema. Em matéria do dia 24 de dezembro, o colunista Pedro Fernando Nery tenta encontrar a razão pela qual a pobreza extrema cresce no Brasil, alegando que a economia do país só cresce e que as estimativas para o próximo ano são ainda maiores. Pedro chega a conclusão de que existe uma “recessão invisível” no Brasil e que as parcelas mais pobres não se beneficiam da retomada da economia. Segundo o colonista, a retomada é graças à reforma da previdência e do teto dos gastos públicos realizado por Michel Temer. Aparte do fato de que não há retomada nenhuma na economia brasileira e que o crescimento apontado esse ano era chamado de “pibinho” pela imprensa capitalista nos anos de PT, o

problema não é uma simples falta de distribuição daquilo que se conquista na suposta retomada da economia, mas sim o fato de que esse pequeno crescimento no pib vem montado nas costas da população trabalhadora. A reforma da previdência não é algo positivo. Ao contrário, a reforma é um verdadeiro roubo do dinheiro dos trabalhadores para as mãos dos bancos internacionais. Da mesma forma, o teto dos gastos públicos, as privatizações e toda a política imposta ao povo brasileiro desde o golpe de 2016 é que são os responsáveis pela crise dos mais pobres e o aumento da pobreza no Brasil. Um exemplo disso é o fato de que o programa Bolsa Família foi praticamente abandonado após o golpe de 2016, com inúmeros sucateamentos. A única solução visível é a derrubada do golpe de estado e a única forma de fazer isso é derrubando Jair Bolsonaro. Só assim será possível que se constitua um governo que de atenção real às necessidades da classe trabalhadora.

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6 | INTERNCIONAL

INVASÃO E REVOLTA POPULAR

Em Bagdá, multidão ocupa embaixada aos gritos de morte aos EUA 49% do orçamento para fiscalização trabalhista foi cortado para 2020, o fascista Bolsonaro pretende instituir a escravidão novamente, é preciso organizar comitês. Fora Bolsonaro! Manifestantes no Iraque invadiram na quarta-feira (31/12), último dia do ano, a embaixada norte-americana em Bagdá. Aos gritos de “morte à América” a população enfurecida e sublevada destruiu o prédio da nação imperialista, em retaliação a um bombardeio ilegal que ocorreu na cidade de Kirkurk, sob o pretexto desgastado de guerra ao terrorismo, deixando 25 mortos e 51 feridos. A sublevação no Iraque virou o ano. Os manifestantes passaram a virada de ano dentro da embaixada, em meio aos destroços da revolta e dos funcionários da embaixada tendo que se esconder nos porões do prédio. Devido à invasão norte-americana do Iraque em 2003, a nação caiu em verdadeira agonia e crise sistemática. Uma verdadeira terra arrasada, governada por milícias e dividida. De lá para cá, a radicalização de setores populares tem sido cada vez mais expressivas. Em meio à crise iraquiana, o presidente norte-americano, usando o Twitter, não pestanejou em culpar o

Irã da revolta que os próprios Estados Unidos provocaram. A declaração termina com: “Isso não é um aviso, é uma ameaça. Feliz Ano Novo!”. O ministério das relações exteriores iraniano respondeu, através do porta-voz da pasta, Abbas Mousavi: “[os Estados Unidos] têm a surpreendente audácia de atribuir ao Irã os protestos do povo iraquiano contra a matança selvagem (de Washington) de pelo menos 25 iraquianos…” Após a notícia circular o mundo, e a imprensa burguesa a nível mundial tentar culpar o Irã de algo provocado pelo imperialismo, surgiu um vídeo* que mostra caças norte-americanos atacando os manifestantes na virada do ano em pleno Bagdá. E notícias de que os Estados Unidos movimentam uma tropa de 150 soltados para reprimir os manifestantes. Deixando explícito aquilo que nunca acabou definitivamente: a invasão do imperialismo norte-americano no Iraque. Fora imperialismo do Iraque e de todo Oriente Médio!

Todas às sextas às 14h na Causa Operária TV


MOVIMENTO OPERÁRIO | 7

ASSÉDIO MORAL BRADESCO

Aumenta os casos de assédio moral nas agências do Bradesco Banqueiros golpistas do Bradesco assediam moralmente trabalhadores oriundos de outros bancos privatizados Entra ano e sai ano a política de ataques dos banqueiros golpistas aos trabalhadores não para de crescer. Todos os dias chovem denúncias dos bancários das péssimas condições de trabalho nas agências bancárias sofrida pelos trabalhadores. Com o golpe de Estado aumentou sobremaneira o assédio moral executado pelos propostos dos banqueiros nas dependências bancárias, para que os funcionários, na maioria dos casos, aumentem as suas metas de venda de produtos, o que tem levado um aumento considerado de adoecimento dos trabalhadores, tanto no aspecto físico, quanto no aspecto psíquico. A situação piora ainda mais quando se trata de trabalhadores oriundos de bancos liquidados e absorvidos por outros bancos, como é o caso do Baneb (Banco do Estado da Bahia), adquirido pelo Bradesco. Esses trabalhadores, além de estarem sendo jogados no olho da rua, em massa, através dos famigerados PDVs (Plano de Demissão Voluntária), aqueles que permanecem no banco estão submetidos às piores situações de superexploração e sofrem sistematicamente, pelos chefetes de plantão, assédio moral por apenas ser funcionários oriundos de outros bancos. Recentemente uma funcionária do antigo Baneb foi discriminada pela sua gerente que a chamava de “esnobe”, “improdutiva” e de “velha”. Segundo a

empregada, não só ela vem sofrendo esse tipo de conduta por parte da direção do banco, mas o conjuntos dos trabalhadores oriundos do banco adquirido. Estão sendo alvo de desconfiança e de comentários depreciativos, estão sendo tratados pior do que os funcionários do Bradesco. Se os funcionários do Bradesco, que já são tratados como lixo pelos banqueiros, imaginem só o

que se passa com esses trabalhadores que vieram de outros bancos adquiridos no processo de privatização dos bancos estaduais!? Os trabalhadores e suas organizações devem se preparar, através dos seus próprios métodos de lutas: greves, mobilizações de rua, ocupações, etc. para barrar os ataques da direita golpista, que pretende aumentar a

na Causa Operária TV

ofensiva, com métodos cada vez mais fascistas, contra a classe trabalhadora em consequência da crise capitalista mundial. Organizar, imediatamente, comitês de luta em todas as dependências bancárias para barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos. Fora Bolsonaro e todos os golpistas, eleições Gerais já.


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