Diário Causa Operária nº5818

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QUARTA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2019 • EDIÇÃO Nº5818

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Megaleilão do pré-sal: a política de pilhagem nacional de Bolsonaro

esta quarta-feira (6), iniciam-se os megaleilões do excedente da cessão onerosa para a exploração do petróleo brasileiro. Serão oferecidas quatro áreas do pré-sal da Bacia de Santos. Segundo o governo federal, estes megaleilões do excedente da cessão onerosa serão os maiores de óleo e gás, em termos de potencial de exploração de petróleo e de arrecadação, já efetuado no mundo.

Todo apoio à greve dos metalúrgicos do Espírito Santo! Na última segunda-feira (dia 4), os trabalhadores metalúrgicos do Espírito Santo entraram em greve, paralisando suas atividades nas fábricas de todo o estado. Desde o golpe de Estado de 2016 os patrões ficaram mais ousados em seus ataques aos trabalhadores de todas as categorias em todo o Brasil.

O bolsonarismo não é uma ideologia inventada, é fascismo Em matéria publicada na Carta Capital no último dia 1, intitulada “Bolsonarismo é uma ideologia de classe média americanizada, ressentida”, da historiadora francesa Armelle Enders, a mesma defende o presidente imperialista francês, o homem dos bancos europeus, Emmanuel Macron contra as declarações de Bolsonaro à sua mulher, Brigitte Macron que foi insultada pelo presidente brasileiro.

PSOL quer apoio psicólogico aos profissionais da repressão popular

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A LUTA

DO

POVO NEGRO Reunião do Coletivo de Negros João Cândido Todos os sábados às 16h Maiores informações entre em contato com os coordenadores Juliano Lopes (11) 95456-9764 Izadora Dias (11) 95208-8335

Proposta de deputada psolista recebe apoio das máfias da ALERJ e do governador fascista Wilson Witzel e vira Lei para dar apoio à máquina de guerra contra a população pobre e negra

Basta de Bolsonaro” é o “fica, Bolsonaro” pelo menos até 2022 O ato do último dia 27 de outubro em Curitiba foi mais uma confirmação disso, pois juntamente com as palavras de ordem de Liberdade para Lula e Lula Livre, o Fora Bolsonaro esteve presente a todo momento. Poderia se supor que pelo fato do PT não defender o Fora Bolsonaro, os milhares de militantes de base do PT, que estiveram no ato, acompanhassem a posição da direção do seu partido. Nada mais distante da realidade. Essa é mais uma demonstração de que é a política das direções da esquerda que está absolutamente na contramão das bases dos partidos de esquerda e dos movimentos.

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Jornal Causa Operária destaca a luta contra o golpe na América Latina Ainda dá tempo de adquirir a 1081ª edição do Jornal Causa Operária (JCO), o jornal semanal da luta contra o golpe!

Ato gigantesco em apoio a Evo Morales toma La Paz O presidente Evo Morales conseguiu a reeleição, mas o direitista derrotado Carlos Mesa não reconheceu o resultado, acusando o governo de fraude apegando-se a uma interrupção na contagem como pretexto. Desde então, a direita golpista mobiliza seus “coxinhas” pelo país, especialmente em Santa Cruz, enquanto Evo Morales conclama seus apoiadores a se manifestarem a seu favor. Em El Alto e La Paz, duas maiores cidades do país, o apoio ao governo é massivo.


2 | OPINIÃO EDITORIAL

Todo apoio à greve dos metalúrgicos do Espírito Santo! Na última segunda-feira (dia 4), os trabalhadores metalúrgicos do Espírito Santo entraram em greve, paralisando suas atividades nas fábricas de todo o estado. Desde o golpe de Estado de 2016 os patrões ficaram mais ousados em seus ataques aos trabalhadores de todas as categorias em todo o Brasil. Ainda durante o governo golpista de Michel Temer, houve um ataque generalizado com a chamada “reforma trabalhista”, que atinge os trabalhadores como um todo. Reivindicações dos trabalhadores Na continuidade do governo golpista sob Jair Bolsonaro, a “reforma” da Previdência foi outro ataque histórico aos direitos dos trabalhadores, além de configurar um gigantesco roubo.

É nesse cenário de ofensiva da direita que os patrões lançaram sua ofensiva contra os metalúrgicos do Espírito Santo. Por meio de sua página no Facebook, o sindicato da categoria denuncia que os patrões querem “entre outras coisas, cortar 50% dos salários, 50% do cartão alimentação, tirar seus familiares do plano de saúde e acabar com mais 33 cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho”. E conclui que todos devem aderir à greve para evitar que os patrões consigam fazer isso. Organizados pelo Sindimetal-ES, filiado à CUT, os trabalhadores exigem reajuste salarial equivalente à inflação do período mais 5% de ganho real, piso profissional de R$ 3.500,00, cartão alimentação no valor de R$ 480,00, plano de saúde com custo zero para

todos os metalúrgicos e seus dependentes, hora extra de 100% para dias úteis e 150% para finais de semana, feriados e dias de folga de turnos. Patrões querem cortar tudo pela metade Os patrões, por sua vez, por meio do sindicato patronal Sindifer, apareceram com uma pauta própria logo no começo das negociações, encorajados pela situação política nacional, conforme denunciou em vídeo no YouTube o diretor do Sindimetal-ES, Roberto Pereira. Em sua pauta própria, os patrões propõem rebaixar o piso profissional da convenção coletiva dos atuais R$2.617,82 para R$1.311,51. Além disso querem reduzir o auxílio alimentação para R$ 149, o

que Roberto Pereira denuncia nesses termos: “eles querem que nossa família passe fome”. Fora Bolsonaro! É contra isso que os metalúrgicos estão reagindo, em plena ofensiva golpista, em mais uma demonstração de que há uma enorme tendência à mobilização contra a direita golpista. Essa mobilização é fundamental para derrotar a direita, não adianta esperar por eleições. Por isso devemos dar todo nosso apoio à luta dos metalúrgicos no Espírito Santo. É a luta dos trabalhadores que pode derrotar a direita golpista, com a mobilização do povo nas ruas. Fora Bolsonaro!

COLUNA

Enquanto Ricardo Salles brinca na praia, mancha de óleo vai ao Sudeste Por Renato Farac

Nesta terça-feira (05/11), a mancha de óleo que contaminou todo o litoral nordestino chegou ao município baiano que faz limite com o Espírito Santo. Fragmentos da mancha de óleo foram encontradas na Praia de Costa Atlântico, em Nova Viçosa, no Extremo Sul da Bahia que fica a 55 quilômetros da divisa com o Espírito Santo, região Sudeste do País. Depois de atingir o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, uma das maiores riquezas em biodiversidade marinha do Oceano Atlântico e que garante a pesca para milhares de famílias da costa da Bahia. Os dados oficiais apontam que a pesca nas regiões vizinhas ao arquipélago de Abrolhos movimenta mais de R$ 100 milhões ao ano, valor que representaria 10% da receita com pesca em todo o Brasil, e que garante a subsistência de 20 mil pescadores, a mancha de óleo segue para o Espírito Santo. A total inércia do governo Bolsonaro e seu ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles está potencializando o desastre ambiental e aumentando as proporções de seus impactos. O governo e seu ministro já acusaram a Venezuela, as universidades e até organizações não-governamentais, como o Greenpeace de serem os responsáveis pelo derramamento de óleo. Essa é a única medida tomada, efetivamente, pelo governo Bolsonaro. Em vez de ir atrás das manchas de óleo através de imagens de satélite, drones e embarcações, o governo diz que vai aguardar o óleo chegar as praias e os corais para realizar a limpeza. Importante lembrar que nem isso o governo está fazendo, pois quem está retirando o óleo das praias sem nenhum apoio são os grupos de voluntários formados por trabalhadores

e a população das regiões afetadas. No último domingo, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, veio dar um passeio em Porto Seguro e foi visitar Abrolhos. Em coletiva ficou irritado sobre questionado sobre o combate ao desastre e disse “bola de cristal a gente não tem”. Disse que não tem bola de cristal para saber a origem das machas de óleo que atingem o litoral nordestino. Ao ser questionado em que pé estava essa questão das manchas, se estava próximo do fim ou se estava no começo, o general do Exército disse que “a gente só tem visualização quando chega na praia”. O ministro bolsonarista também afirmou que o Exército brasileiro já está ajudando nas manchas em “Salvador e Recife”. “Se for necessário, o reforço de pessoal do Exército. Se a

Marinha esgotar seus meios, o Exército vem ajudar”, disse. A pergunta que fica é onde estão os soldados que o ministro afirma? Em meio a pressão, a Marinha brinca de “batalha naval” e divulga mapas e imagens feitasem programas de desenho infantis de computador (veja imagem ao lado). Em Porto Seguro, como na quase totalidade dos lugares, não há nenhuma mobilização das Forças Armadas e é extremamente pequena da parte dos órgãos ambientais seguindo orientação de suas direções bolsonaristas. Quando entramos em contatos com o Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio) dizem que podem fornecer equipamentos de coleta de óleo como carriola e tambor, além de luvas. Ou seja, nada!

Enquanto isso, a população trabalhadora que depende do turismo e da pesca, no desespero, tenta a seu modo resolver o problema. Entra em contato com o petróleo altamente tóxico e com compostos que podem até causar câncer. A política de Bolsonaro, Ricardo Salles e do ministro da defesa estão expondo a população para futuras doenças e problemas inimagináveis. Outro fato para se lembrar é que enquanto pescadores registravam os primeiros sinais da chegada da mancha de óleo em Abrolhos, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi flagrado curtindo um belo descanso no litoral de São Sebastião, na praia da Baleia. Fato denuncia como o governo está “trabalhando” para conter o óleo. Os trabalhadores têm que exigir que o governo resolva o problema, pois a contaminação vai além das praias. Milhares de famílias do litoral dependem da pesca e do turismo e estão sendo contaminadas enquanto os bolsonaristas estão curtindo descanso e destruindo o país. O exemplo foi dado por pescadores baianos que realizaram manifestações nas ruas e ocuparam prédios do Ibama e de prefeituras, e deve ser seguido para a resolução do problema. A ocupação de prédios de órgãos públicos, fechamento de rodovias e outras medidas mais enérgicas devem ser tomadas para forçar o governo resolver o problema de acordo com a população afetada. É impossível conviver com o governo Bolsonaro e a direita que em poucos meses já contribuiu com gigantescos desastres ambientais, ataques a direitos de populações tradicionais e de trabalhadores. Antes de tudo é preciso se organizar para derrubar Bolsonaro e toda sua corja direitista do poder.


OPINIÃO E POLÍTCA | 3 COLUNA

COTV

Porque é preciso dissolver a Polícia Militar Megaleilão do pré-sal: a política de Por Nivaldo Orlandi

Polícia mata 17 em Manaus. Polícia diz que traficantes iam atacar rivais. Foram então pela Polícia interceptados. Teria havido troca de tiros. Nenhum policial foi baleado e as viaturas que atuaram na ação não têm qualquer marca de tiros. (G1 AM, 30/10/2019). Segundo a polícia, as vítimas seriam integrantes de uma facção que planejava atacar um grupo rival. Já que a polícia achava que traficantes iriam atacar traficantes rivais, ela polícia se antecipou. Ela mesma, a polícia tomou partido de uma facção e executou 17 da facção rival. 11 suspeitos de ataques a bancos executados pela Polícia em Guararema Polícia executou 11 suspeitos. Três dos suspeitos sequer resistiram e uma já estava rendido. Na época, o governador João Dória, parabenizou a policia por ter enviado supostos “bandidos ao cemitério” (Diário TV, 17/09/2019). Suicídio casou mais mortes de policiais do que policiais mortos em confronto com supostos criminosos. Em 2018, 104 policiais cometeram suicídio e 87 morreram em supostos confrontos, noticia a Agência Brasil, 11/092019. Em 2018, dos 343 policiais civis e militares assassinados, 75% dos casos ocorreram quando estavam fora de serviço e não durante operações de combate à criminalidade. Militares assassinados fora do ser-

viço foram 257, segundo a Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que revelou ainda que 104 policiais cometeram suicídio. E somente 87 foram mort em serviço Em contrapartida, nos supostos confrontos entre policiais e supostos bandidos, 6.133 foram os mortos não policiais. Nos supostos confrontos, entre os “mocinhos”, os policiais, contra os supostos bandidos, pouco mais de 1% foram os policiais, os mortos. Os 99% mortos foram gente do povo pobre e trabalhador, em sua maioria jovens e negros. Os números são acachapantes. Não merece o nome de confrontos. Indicam uma verdadeira guerra, uma operação de extermínio em massa do gente do povo pobre do Brasil. Os mais de 6.100 mortos pela ação policial, equivalem a uma média de 17 pessoas mortas por dia. O perfil das vítimas: 99,3% eram homens, quase 78% tinham entre 15 e 29 anos, e 75,4% eram negros. Para a pesquisadora Cristina Neme, os números correspondem a uma decisão superior de ação policial. Denuncia que os “discursos demagógicos e falaciosos legitimam a prática da violência”. À frente de todas essa matança está a Polícia Militar, uma verdadeira organização de extermínio da população trabalhadora, que precisa ser dissolvida por meio da mobilização popular e substituída por policias municipais sob o estrito controle dos trabalhadores por meio de suas organizações operárias e populares.

pilhagem nacional de Bolsonaro Bolsonaro está promovendo um megaleilão para entregar uma das principais riquezas do Brasil: o Pré-sal.

Nesta quarta-feira (6), iniciam-se os megaleilões do excedente da cessão onerosa para a exploração do petróleo brasileiro. Serão oferecidas quatro áreas do pré-sal da Bacia de Santos. Segundo o governo federal, estes megaleilões do excedente da cessão onerosa serão os maiores de óleo e gás, em termos de potencial de exploração de petróleo e de arrecadação, já efetuado no mundo. Conforme dito anteriormente, “serão definidas as empresas que vão retirar óleo de reservas do pré-sal chamadas de excedente da cessão onerosa, que recebe este nome porque o petróleo dessas reservas excede os 5 bilhões de barris garantidos pelo governo à Petrobras na operação da cessão onerosa de 2010.” E, “segundo analistas da burguesia, o leilão se compara a uma operação de aquisição de uma petroleira de médio porte, por conta do valor envolvido e porque são reservas já conhecidas e prontas para serem exploradas que estão sendo oferecidas.” A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima que existam entre 6 bilhões e 15 bilhões de barris de óleo equivalente excedente na área que serão entregues aos capitalistas estrangeiros. Com isso, fica muito claro o tamanho da entrega da riqueza e do ataque que os golpistas estão promovendo contra a economia nacional. Uma verdadeira política de rapina e pilhagem das riquezas nacionais. Segundo a imprensa burguesa, poucas empresas estão sendo esperadas

para participar da disputa e deverão se unir em consórcio para dividir custos e riscos. Um grupo de petroleiros entraram com uma ação popular para suspender o megaleilão do pré-sal. Denunciam, de forma acertada, que trata-se de um gigantesco dano ao patrimônio público. Além disso, “segundo os autores, a Lei de Cessão Onerosa e a Lei 12.351 – Marco do Pré-Sal – não tratam, por exemplo, da possibilidade de entrada de novas empresas nas áreas cedidas à Petrobras em 2010”, afirma a IstoÉ. Apesar de tudo, a manobra dos petroleiros é o caminho errado para derrotar os megaleilões. Este e outros ataques contra a economia nacional e o povo brasileiro, só podem ser barrados por meio da mobilização na ruas, por meio d uma intensa campanha entre os trabalhadores e a juventude que evidencie que a riqueza nacional está sendo entregue pelo governo capacho do imperialismo de Bolsonaro. Para deter esses ataques e a política de rapina dos golpistas é preciso sair às ruas, pela nacionalização do petróleo, pela reestatização da Petrobras, sou o controle dos trabalhadores, cancelamentos de todos os leilões já realizados. Essas reivindicações devem se somar à necessária luta pelo Fora Bolsonaro e de todos os golpistas que estão entregando a riqueza nacional e pela liberdade de Lula, principal liderança popular que é mantido como preso político, como forma de contenção da luta dos trabalhadores.


4 | POLÊMICA

BOLSONARO FASCISTA

O bolsonarismo não é uma ideologia inventada, é fascismo É preciso dar nome aos bois para que se haja uma política efetiva de combate contra determinada coisa Em matéria publicada na Carta Capital no último dia 1, intitulada “Bolsonarismo é uma ideologia de classe média americanizada, ressentida”, da historiadora francesa Armelle Enders, a mesma defende o presidente imperialista francês, o homem dos bancos europeus, Emmanuel Macron contra as declarações de Bolsonaro à sua mulher, Brigitte Macron que foi insultada pelo presidente brasileiro. “O bolsonarismo é uma ideologia de classe média americanizada, ressentida. E tem também a personalidade do Macron, um homem culto, o que para o bolsonarismo é uma coisa que instiga a homofobia deles. Cultura é vista como uma coisa feminina, desprezível, de homossexual.” Na declaração há um problema; o fato de que, ao contrário do que diz a historiadora, o bolsonarismo não é uma ideologia inventada de “uma classe média americanizada, ressentida”. De fato, os bolsonaristas são todos capachos dos Estados Unidos e ressentidos, porém a ideologia bolsonarista é simplesmente uma adaptação brasileira ao fascismo tradicional. Bolsonaro é um fascista, a maioria dos membros de seu governo também. Assim como os fascistas dos

anos 30, a ascensão de Bolsonaro é a consequência da desagregação do regime político democrático-burguês tradicional, que é expresso na polarização política que vive o país. No mundo todo, vê-se a ascensão de partidos e personalidades de extrema-direita. Bolsonaro é, então, parte de todo um movimento que surge em um momento onde o crescimento do fascismo é favorável: a crise geral do sistema capitalista. Desta forma, a declaração da intelectual francesa é vazia e revela uma tendência da esquerda pequeno-burguesa de não denunciar o caráter fascista do regime Bolsonaro. Ou melhor, expressa o caráter oportunista da esquerda, pois durante o período eleitoral, em 2018, Bolsonaro era apresentado pela a esquerda como sendo uma profunda ameaça ao povo brasileiro, um verdadeiro fascista, comparável a Hitler – o que de fato ele é. Mas foi simplesmente as eleições acabarem que Bolsonaro e o bolsonarismo virou tudo, menos fascismo. Isso tem como objetivo realizar uma política de colocar Bolsonaro na linha, criticá-lo sem combater de fato. O fascismo é um instrumento da burguesia para destruir as organizações da classe operária. Desta forma,

fica mais claro que o bolsonarismo é o fascismo brasileiro e não mais uma ideologia inventada por acadêmicos. Bolsonaro afirmou que iria “metralhar a petralhada”, isto é, exterminar os militantes do maior partido de esquerda do Brasil. Além disso, falou em “acabar com o socialismo”, que na prática significa aniquilar todas as organizações sociais de luta da população e todo tipo de política social. Dentre outras

declarações. É preciso dar nome aos bois para que se haja uma política efetiva de combate contra determinada coisa. Assim, é preciso deixar muito claro: Bolsonaro e o bolsonarismo são a versão brasileira do fascismo. Apenas deixando isso muito claro será possível demonstrar a verdadeira ameaça que representa o bolsonarismo e, portanto, a necessidade de mobilizar contra ele.

UMA POLÍTICA REACIONÁRIA

PSOL quer apoio psicólogico aos profissionais da repressão popular Proposta de deputada psolista recebe apoio das máfias da ALERJ e do governador fascista Wilson Witzel e vira Lei para dar apoio à máquina de guerra contra a população pobre e negra A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ), comemorou nas redes sociais, a provação de Lei de sua autoria que “cria um programa de prevenção ao suicídio de policiais“. A Lei 8591/19 institui o Programa de Combate ao Suicídio e Sofrimento Psíquico de Agentes de Segurança no Estado do Rio de Janeiro e depois de aprovada no covil de máfias políticas da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, antro de representantes dos grandes capitalistas, das milícias, das forças de repressão e guerra contra o povo do Rio, foi sancionada pelo governador fascista Wilson Witzel – que comemora, entusiasticamente, a execução de trabalhadores, pobres e negros – eResultado de imagem para witzel comemora publicada no Diário Oficial do Poder Executivo no último dia 30. Buscando justificar a media a parlamentar psolista afirmar que “o número de agentes mortos por suicídio é maior do q mortes em confronto. Isso mostra q a lógica de confronto tb atinge a saúde mental dos policiais”. Fica evidente que para ela, não se trata de parar a matança recorde que a PM e todo o aparato repressivo realiza todos os anos contra a população pobre e negra, com uma maioria de jovens, realizada cotidianamente e intensificada no

governo reacionário de Wilson Witzel (PSC-RJ). Pelo contrário, seria o caso de dar apoio à essas organizações criminosas, amparado psicológico etc., para – como pretende o governo fascista do Rio – aumentar a sua “eficiência”, ou seja a sua letalidade e seu capacidade de repressão e terras contra a população. Por isso mesmo, o merecido apoio da direita fluminense à medida apresentada pela “socialista”. Longe de se tratar de uma medida isolada da parlamentar, ligada ao grupo do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), a proposta é parte fundamental dos mandatos parlamentar dos psolistas no Rio. O próprio Freixo apresentou em seu mandatoResultado de imagem para Pm armado favela projeto de lei estadual para aumentar a eficiência da matança realizada pela Policia no Rio. Foi de sua autoria um PL que previa que “armas e munições fossem testadas antes de serem entregues aos policiais“. Dentre as suas justificativas incluir-se o argumento de que 25% dos disparos dados pela Polícia do Rio falham. Assim o deputado, da mesma forma que Witzel, Bolsonaro e toda a direita, pretendiam (apenas com diferenças de formas) dar mais eficiência à ação, por exemplo, da PM que mais mata no

Brasil. Se aprovado, o projeto de Freixo, a PM que mata mais de mil pessoas por ano no Rio, quem sabe alcançasse, com armas testada, a marca de 1250 morto ou mais. A ação do PSOL em favor das forças de repressão, também não se limita ao Rio. O partido anunciou com certo entusiasmo que “conseguiu reunir, nesta quinta-feira (31), as assinaturas necessárias para apresentar o recurso que leva o projeto de reforma da Previdência dos militares para ser avaliado pelo plenário da Câmara dos Deputados”. A “luta” do PSOl é por ampliar privilégios dados aos oficiais (e negados para dezenas de milhões de trabalhadores) na “reforma” da Previdência, para os baixos escalões das Forças Armadas. Na semana passada, a Comissão Especial rejeitou um destaque apresentado pelo Partido estendendo o aumento de gratificação previsto no projeto a todos os militares e acabava com a diferenciação por cursos e qualificações. Segundo sítio do PSOL, o partido quer combater a desigualdade, não denunciando o golpe do favorecimento dos militares de alta patente, mas defendendo a extensão dos benefícios para os militares, ä desigualdade pode ser revertida caso o recurso do PSOL seja aceito e o projeto seja avaliado

pelo plenário da Câmara”, afirmam. No afã de conquistar as bases de apoio do bolsonarismo, em crise – diante da enorme rejeição popular de sua ofensiva contra as massas, os esforços reacionários dos psolistas em favor das forças de repressão parece não conhecer limites à direita. O partido que se recusa a lutar pelo “Fora Bolsonaro”, atua abertamente ao lado de Witzel, dos bolsonaristas e toda a direita (com apoio também de setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa) em favor dos interesses dos integrantes dos órgão de repressão e das próprias máquinas de guerra contra a população. Fica evidente o socialismo de araque do PSOL, contrário à dissolução da PM e do aparato repressivo da burguesia, favorável Resultado de imagem para pedreiro Amarildo assassinadoResultado de imagem para marielle francoao seu reforçamento, à sua “eficiência”; defensor de melhores armas para os assassinos do povo e contrário ao armamento da população pobre que precisa se defender dos seus algozes, como dos assassinos das milhares de Marines, Amarildos etc. que o PSL encenas defender no terreno eleitoral. Uma política reacionária em toda sua plenitude.


POLÊMICA | 5

ESQUERDA À REBOQUE DA DIREITA

“Basta de Bolsonaro” é o “fica, Bolsonaro” pelo menos até 2022 A direita trabalha a todo vapor para derrubar a esquerda, no Brasil como em toda a América Latina. A esquerda, ao invés de lutar pela derrubada da direita, só pensa em eleição. Qualquer manifestação popular, por menor que seja, tem uma palavra de ordem que é gritada automaticamente: “fora Bolsonaro!” O ato do último dia 27 de outubro em Curitiba foi mais uma confirmação disso, pois juntamente com as palavras de ordem de Liberdade para Lula e Lula Livre, o Fora Bolsonaro esteve presente a todo momento. Poderia se supor que pelo fato do PT não defender o Fora Bolsonaro, os milhares de militantes de base do PT, que estiveram no ato, acompanhassem a posição da direção do seu partido. Nada mais distante da realidade. Essa é mais uma demonstração de que é a política das direções da esquerda que está absolutamente na contramão das bases dos partidos de esquerda e dos movimentos. Enquanto a direita trabalha a todo vapor para derrubar a esquerda e não só no Brasil, mas também no caso da Venezuela, do Equador, Honduras, Paraguai e no presente momento na Bolívia; a esquerda faz de tudo para evitar o chamado a derrubada da direita, como no caso do próprio Brasil, do Equador, do Chile e ainda o da Argentina, onde a esquerda assistiu durante 4 anos o governo Macri passar o povo argentino em uma máquina de moer carne. Todas essas situações já não apontam simplesmente de que a esquerda não esta mobilizando, mas que existe uma política consciente para impedir a mobilização. No Brasil a situação chega a ser vexatória. Antes não podia ter “fora Bolsonaro” porque a população deveria ser mobilizada por pautas es-

pecíficas, de que a política correta seria a da “resistência”, pois “estamos diante de uma onda reacionária”, entre muitas outras bobagens. Com as explosões sociais ocorridas na América Latina contra a mesma política de destruição nacional implementada no Brasil e a própria evolução à esquerda na consciência das massas, embora em muito menor envergadura, Psol, UNE, entre outras entidades se apressaram em chamar atos em várias cidades do País, sob a bandeira do “Basta de Bolsonaro”. O que significa exatamente um ato que tem como palavra de ordem central o “Basta de Bolsonaro”? Por que tamanha esforço para não usar a palavra de ordem que está na boca de toda a militância e da população em geral, que é o “Fora Bolsonaro”? “Fora Bolsonaro” é claro. Bolsonaro tem de sair agora! Já! A resposta a essa indagação é simples. Os atos convocados para ontem (dia 5) foram uma espécie de “cala boca”. É um arremedo de satisfação para um movimento que está se radicalizando. Pior ainda, é uma tentativa explícita de conter a revolta desses vários setores e canalizar isso para fins eleitorais! Ano que vem tem eleições. É ano de muita demagogia. É a política de falar mal de Bolsonaro, mas deixar ele aí, para que tudo seja resolvido pela “democracia” das urnas. Nada de mobilizar. Nada de movimento para derrubar Bolsonaro. O ato se torna ainda mais escandaloso, quando se observa que a “liberdade de Lula” não é reivindicada. Isso, em um momento em que existe uma

repercussão mundial gigantesca, mesmo entre os setores mais moderados da esquerda. Qual seria o motivo para não defender Lula? O julgamento foi uma fraude absoluto, os golpistas nunca conseguiram provar nada contra o ex-presidente. Lula é o principal preso político do País e talvez do mundo e a esquerda brasileira não coloca essa questão crucial como bandeira? Aqui também tem um outro problema. A esquerda só defende e quando defende Lula em discurso. Lutar pela sua liberdade implicaria em mobilizar. Assim como não querem mobilizar pelo “Fora Bolsonaro”, também não querem mobilizar pela “Liberdade de Lula”. Trata-se de uma política consciente de colaboração com o golpe, com o bolsonarismo e com a ditadura.

A esquerda com essa política covarde de não denunciar a prisão de Lula e mobilizar pela sua liberdade, transforma-se em cúmplice da farsa judicial judicial que é uma engrenagem fundamental do golpe de Estado que levou Bolsonaro ao poder, portanto cúmplice do golpe e de Bolsonaro e do movimento de setores bolsonaristas e das Forças Armadas por um golpe militar. Jogar todas as expectativas para o calendário eleitoral é deixar nas mãos da direita a solução para a crise que corrói o regime golpista. Muito mais além do que um erro político, o erro da esquerda pode ter implicações históricas para o destino da classe operária e dos explorados brasileiros e da América Latina.

Mais e melhores programas: Causa Operária TV tem nova grade, veja só! Segunda-feira

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8h - Primeiras Notícias 9h30 - Reunião de Pauta 12h - Colunistas COTV com João Silva 12h30 - Panorama Brasil 14h - Marxismo, com Rui Costa Pimenta 15h - Jornal das 3 16h - Programa de Índio 17h- Universidade Marxista 19h - Tição 20h30 - Resumo do Dia 22h - Colunistas da Noite com Renato Farac

8h - Primeiras Notícias 9h30 - Reunião de Pauta 12h - Colunistas COTV com Henrique Áreas 12h30 - Panorama Brasil 14h - Panorama Internacional 15h - Jornal das 3 16h - Análise Política na TV 247 com Rui Costa Pimenta 17h - Universidade Marxista 19h - COTV Entrevista 20h30 - Resumo do Dia 22h - Colunistas da Noite com Alexandre Flach

8h - Primeiras Notícias 9h30 -Reunião de Pauta 12h - Colunistas COTV com Antônio Carlos Silva 12h30 - Panorama Brasil 14h - Música ao Vivo 15h - Jornal das 3 16h - Conexão Caracas 17h - Universidade Marxista 19h - Uzwela 20h30 - Resumo do Dia 22h - Colunistas da Noite com Renan Arruda

8h - Primeiras Notícias 9h30 - Reunião de Pauta 12h - Colunistas COTV com Rafael Dantas 12h30 - Panorama Brasil 14h - Juventude Revolucionária 15h - Jornal das 3 16h - Samba Nzinga 17h - Universidade Marxista 19h - Na Zona do Agrião 20h30 - Resumo do Dia 22h - Colunistas da Noite com Expedito Mendonça

8h - Primeiras Notícias 9h30 - Reunião de Pauta 12h - Colunistas COTV com Natália Pimenta 12h30 - Panorama Brasil 14h - Análise Internacional 15h - Jornal das 3 16h - Música Clássica 17h - Universidade Marxista 19h - Cineclube Luís Buñuel 20h30 - Resumo do Dia 22h - Colunistas da Noite com Vitor Lara

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6 | ATIVIDADES DO PCO

FORMAÇÃO POLÍTICA

Obtenha um material completo sobre a China na Universidade Marxista A Revolução Chinesa, tema da Universidade Marxista esta semana, é um dos principais acontecimentos do século XX e sua compreensão é fundamental Esta semana o PCO está realizando o primeiro curso da Universidade Marxista. Até sexta-feira (8), o presidente do Partido, Rui Costa Pimenta, apresentará cinco aulas sobre a Revolução Chinesa, marcando os 70 anos desse evento crucial na história do século XX durante esse ano. Na primeira aula, na segunda-feira (4), foi apresentada uma explicação preliminar sobre o modo de produção asiático, que caracterizava a sociedade chinesa até o contato com os europeus, a colonização da China e as primeiras revoltas de caráter nacionalista. Ontem, o tema foi a revolução nacionalista. E assim até o curso chegar a uma análise da revolução chinesa de 1949. Acompanhe o curso As aulas podem ser vistas gratuitamente, tanto presencialmente, na rua Serranos, 90, perto do metrô Saúde, em São Paulo, quanto pelo canal da

Causa Operária TV, no YouTube, por onde as aulas podem ser vistas em tempo real durante a transmissão vivo ou a qualquer momento depois disso. De modo que as aulas possam chegar ao máximo possível de pessoas e possam ser facilmente divulgadas, propagando uma atividade de formação política dirigida a elevar a formação política de militantes, simpatizantes e do público próximo ao partido em geral. Contribua com a atividade e tenha acesso ao material de apoio Além das aulas, que serão apresentadas gratuitamente, quem quiser contribuir com a realização da atividade pode se inscrever no sítio Universidade Marxista para ter acesso a um vasto material de apoio, que ficará disponível para consultas posteriores. São 27 textos marxistas sobre o tema e de participantes da Revolução Chinesa, que poderão ser consultados e aos quais serão feitas referências durante as aulas.

Além dos textos, serão disponibilizados também os seguintes materiais: • cronologia dos acontecimentos históricos relativos à Revolução Chinesa, •mais de 80 verbetes enciclopédicos sobre personalidades, locais, batalhas, guerras, massacres, partidos, movimentos, revoltas etc.

Para enriquecer todo esse panorama histórico em torno do assunto, quem tiver acesso ao sítio contará também com uma seleção de 15 documentários. Para ter acesso a tudo isso, os membros do canal da COTV no YouTube pagarão apenas R$50. Para o público em geral, o valor é de R$75.

UNIVERSIDADE MARXISTA

Aula II: a classe operária, o Partido Comunista da China e a revolução Como surgiu a classe operária chinesa e o Partido Comunista da China (1921) e quem foram seus primeiros líderes Nesta terça (5) ocorreu o segundo dia do curso sobre os 70 anos da Revolução chinesa. Na segunda aula, o companheiro Rui Costa Pimenta fez uma recapitulação cronológica do período abordado no 1º dia (que está no material de apoio – que pode ser acessado através do login na plataforma da Universidade Marxista) e aprofundou esse desenvolvimento avançando para o período que vai de 1917 a 1923. A origem do Partido Comunista da China – PCC (1921), impulsionada pelo desenvolvimento político da mobilização de um setor radical da intelectualidade e do crescimento e movimentação da classe operária chinesa. A China, até então majoritariamente agrária passa a ter 2 milhões de operários, 10 milhões no geral, incluindo todo o proletariado (1922). Surgem os primeiros grandes líderes comunistas.

Revolta dos Taiping (1843), a Revolta dos Boxers (1900), a Revolta Wuchang (1911), a criação do o Kuomintang (KMT) Partido Nacional (1912), a restauração da monarquia (1915), até a revolta de Yuanan contra a restauração da monarquia. Foi possível acompanhar o amadurecimento da luta política na China, de um movimento pré-revolucionário, com sua expressão religiosa até o surgimento de um partido nacionalista. Nesta quarta (6), ocorrerá a aula 3, que abordará o momento onde a classe operária vai se transformar num gigantesco movimento político que desembocará na revolução de 1925-26. O objetivo central do curso é a teoria política, a compreensão de como se deu a 2ª maior revolução que o mundo já viu e ainda dá tempo de se inscrever! Não perca!

Uma breve recapitulação

COMO ASSISTIR?

Foi também feita um apanhado geral do curso até então, destacando os pontos principais da primeira aula, ocorrida na segunda (4), onde foi feita uma introdução geral sobre o curso e abordados os principais acontecimentos do período de 1839 a 1916 na China, como a Guerra do Ópio (1839), a

Basta acessar o canal da COTV no Youtube. COMO PARTICIPAR E TER ACESSO A TODO O MATERIAL EXCLUSIVO? Basta inscrever-se no site universidademarxista.com.br ou no telefone/

whatsapp: (11) 96388-6198, no e-mail pco.sorg@gmail.com, no site www. pco.org.br ou no facebook: facebook. com/pco29. Os membros do canal (cuja adesão custa apenas R$ 7,99 por mês) receberão um desconto e poderão se inscrever no curso completo por apenas R$ 50,00, para os demais será 75,00, podendo os interessados em sustentar este projeto, contribuir com valores maiores. A Universidade Marxista, projeto elaborado pelo PCO e a Fundação João Jorge Costa Pimenta, tornará disponível a todos os que assinarem o curso, o que é uma contribuição para sustentar o projeto, toda uma quantidade de materiais de apoio como dezenas de textos marxistas sobre a China traduzidos para o português, fotos, vídeos, verbetes sobre os principais personagens e acontecimentos, mapas e infográficos, materiais didáticos, tais como testes de conhecimento, etc. A IMPORTÂNCIA DO CURSO Um dos mais importantes acontecimentos da história moderna, a Revolução Chinesa, vitoriosa em 1949 sob a liderança do Partido Comunista

Chinês, foi o mais importante evento da revolução mundial depois da Revolução Russa de 1917. A mais antiga civilização existente até os dias de hoje, com mais de 5 mil anos de idade, a China foi dilacerada pela ocupação dos países capitalistas desde o século XIX.A penetração capitalista dá início à dissolução da milenar e fossilizada economia chinesa. Aí inicia-se a Revolução que será vitoriosa apenas após a II Guerra Mundial.Este processo histórico se manifesta em inúmeras revoltas como a dos Tai Ping ou dos chamados “boxers” (pugilistas), esmagadas de maneira sangrenta pelas forças reacionárias e o imperialismo.A revolução de 1911 derruba a última dinastia imperial e abre caminho para um período ininterrupto de revolução e guerra civil, passando pela Revolução proletária de 1925-27, pela guerra civil, pela guerra contra ocupação japonesa e por nova guerra civil após a derrota japonesa até a vitória sobre Chiang Kai-shek e o imperialismo.O conhecimento desta revolução é de importância fundamental para a compreensão da história mundial do período e para o conhecimento da revolução e da política revolucionária.


POLÊMICA | 7

UNIVERSIDADE MARXISTA

Este final de semana: venha para os cursos da Escola Marxista! “Não há ação revolucionária, sem a teoria revolucionária”, dizia o líder da revolução Russa, Lenin. Imperdível o curso Programa para a Revolução Socialista para os dias de hoje. Após a marcante e vitoriosa Marcha até Curitiba, no aniversário de 74 anos de Lula, 27 de Outubro, o PCO, Partido da Causa Operária, retoma os cursos da Escola Marxista. A partir do próximo final de semana e até o começo de Dezembro, PCO realiza curso de formação marxista sobre O Programa para a Revolução Socialista dos dias de Hoje. Curso da última 44ª Universidade de Férias, realizada em Julho passado, agora o PCO, Partido da Causa Operária, reedita o Curso de forma descentralizada em mais de 300 cidades do Brasil. O curso tem como base o Programa de Transição, da IV Internacional, e foi redigido por Leon Trotski em 1938, sendo atualíssimo para os dias de hoje. O programa é de transição de um mundo capitalista em decomposição, para um mundo governado pelos de trabalhadores, pós-revolução, prestes a acontecer. No momento em que nos encontramos em um mundo sublevado, na Catalunha, no Haiti, em Porto Rico, Honduras, Equador, Chile etc. com chances reais de também no Brasil tudo isto acontecer, o curso sobre o Programa

de Transição aborda os acontecimentos de um ponto de vista marxista, materialista. Busca estudar a realidade para uma intervenção que seja real por parte da classe trabalhadora, no momento de maior polarização da luta de classes. Nesse momento, em que brada-se no Equador “Fora Moreno”, brada-se na Argentina “Fora Macri”, Brada-se no Chile, “Fora Piñeda, fazendo eco, com o generalizado “fora Bolsonaro” em todos os rincões do Brasil, a discussão sobre o programa da revolução socialista para os dias de hoje se faz necessário mais do que nunca. A intervenção revolucionária das massas é o fator que desestabilizará a direita, colocando a classe operária, na linha de frente do mundo que está por vir. “Não há ação revolucionária, sem a teoria revolucionária”, dizia o líder da revolução Russa, Vladimir Lenin. Imperdível o curso Programa para a Revolução Socialista para os dias de hoje. Como participar? Para participar em um dos muitos cursos que ainda serão realizados em

todo o Brasil, basta entrar em contato pelo número (11) 96388-6198, ou pelo email pco.sorg@gmail.com. O curso é gratuito e basta comparecer no local em que o curso acontecer na sua cidade, na hora marcada. Caso sua cidade não esteja entre os locais listados para receber o curso, é possível organizar para que o curso seja realizado. Quais são as próximas cidades em que o curso será realizado? A seguir, veja a lista das cidades em que o curso ainda será realizado. Para mais informações sobre a realização do curso em sua cidade, entre em contato pelo número de telefone divulgado acima. Confira os locais dos próximos cursos: 9/11 RS-Viamão RS-Rio Grande SC-Imbituba SC-Palhoça PR-Paranavaí SP-Catanduva SP-Carapicuíba SP-Franca SP-S. J. Rio Preto

SP-Taquaritinga RJ-Cabo Frio RJ-Itaboraí MG-Uberlândia DF-Paranoá GO-Jataí GO-Itumbiara BA-eunapolis AL-Palmeira dos Índios PE-Olinda PB-João Pessoa RN-Alexandria 10/11 RS-Gravataí RS-Quaraí RS-Santa cruz SC-Sombrio PR-Maringá SP-Campo Limpo SP-Guará SP-Santo André SP-Vargem Grande Paulista SP-Votorantim RJ-Nova Iguaçu MG- Uberaba DF-Gama (assentamento FNL) GO-Jaraguá GO-Novo Gama BA-porto seguro BA-teixeira de freitas PE-Camaragibe

IMPRENSA REVOLUCIONÁRIA

Jornal Causa Operária destaca a luta contra o golpe na América Latina A 1081ª edição do Jornal Causa Operária, o jornal da luta contra o golpe, discute a luta dos trabalhadores contra a ofensiva da direita na América Latina. Ainda dá tempo de adquirir a 1081ª edição do Jornal Causa Operária (JCO), o jornal semanal da luta contra o golpe! Nesta edição, o JCO destaca a luta dos trabalhadores na América Latina contra a ofensiva da direita golpista, tendo como manchete A América Latina grita: Fora Piñera, Moreno, Macri e Bolsonaro! Em um dos editoriais desta edição, o jornal destaca que “a crise capitalista mundial é a base da convulsão social e política que está atingindo vários países da América Latina, como o Equador, Chile, Haiti, Honduras, Uruguai e Argentina”. Em todos esses casos, se faz necessário impulsionar as massas para que se choquem com a direita e derrubem o regime político estabelecido pela burguesia. No outro editorial da edição, destacam-se os próximos passos após o vitorioso ato pela liberdade de Lula em Curitiba, realizado no dia 27 de outubro – mesmo dia em que o ex-presidente celebrou seu 74º aniversário. No ato, uma plenária com a participação de mais de 300 ativistas decidiu por convocar a 2ª Conferência Nacio-

nal Aberta dos Comitês, pela liberdade de Lula e contra o fascismo. Para esclarecer o programa de lutas que a classe operária deve levar adiante na atual etapa, a 1081ª edição do JCO polemizou com as resoluções da reunião do Diretório Nacional do PSOL – que decidiu não lutar pelo “Fora Bolsonaro” -, com a coluna de Fernando Haddad na Folha de S. Paulo intitulada “STF” – na qual o petista declara esperar que a Corte julgue o caso “de acordo com o que pensam” – e com a coluna de Gustavo Conde no Brasil 247 intitulada “Brasil passa por crise de obediência civil” – em que o linguista apresenta teses confusas sobre as revoltas na América Latina. Tudo isso e muito mais, passando por discussões sobre a juventude, a luta da mulher, temas internacionais e o movimento operário se encontram na edição 1081 do JCO. Vá até uma banquinha do PCO nos mutirões, nas sedes e centros culturais do partido ou entre em contato conosco por meio deste Diário e adquira já o seu exemplar!

A direita prospera na ignorância. Ajude-nos a trazer informação de verdade


8 | ATIVIDADES DO PCO

INTENSIFICAR A CAMPANHA

Hoje: mutirões em universidades de todo o País pela liberdade de Lula Os mutirões nas universidades seguem como a principal atividade política nacional para mobilizar a juventude pela liberdade de Lula e pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas Perto de completar três meses de realização, os mutirões nas universidades seguem como a principal atividade política nacional para mobilizar a juventude pela liberdade de Lula e pela derrubada de Bolsonaro e todos os golpistas. De agosto para cá, aprofundou-se a crise no governo Bolsonaro, que teve de recuar em alguns pontos como o dos cortes nas universidades e a crise dos demais governos golpistas na América do Sul. Por outro lado, cresceu a mobilização popular, com ocupações de universidades como a UFSC e a UFFS (em Santa Catarina), dois atos nacionais pela liberdade de Lula em Curitiba (em 14/09 e em 27/10) e mais do que isso, mobilizações gigantescas nos países irmãos latino-americanos como as no Equador e no Chile.

O que é um mutirão e como participar? É um trabalho de agitação e propaganda política nas ruas, que inclui atividades como coleta de assinaturas, panfletagens, colagem de cartazes, distribuição de materiais diversos, captação de recursos para a impressão de mais materiais, etc. Neste momento têm como eixo principal a luta contra o golpe de Estado no Brasil, expressa nas campanhas pela liberdade do ex-presidente Lula (anulação de todos os seus processos e da Lava Jato), pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas e por eleições gerais com Lula candidato. Por ser uma atividade de “corpo a corpo” com os estudantes e à popula-

ção em geral, permite aos participantes a experiência de ouvir as massas e entender qual o seu verdadeiro clamor e eliminar divagações a abstrações políticas que tendem ao isolamento. Para participar junte-se ao mutirão na universidade mais próxima de você ou organize um mutirão em alguma universidade do seu município. Para maiores informações entre em contato com a coordenação dos Comitês pelo telefone (11) 96388-6198 ou ainda pelo e-mail pco.sorg@gmail.com. Por que participar? Neste momento em que a direita enfrenta uma enorme crise em toda a América, surge a principal oportunidade para a esquerda virar o jogo,

chamando o povo às ruas pela derrubada de todos os governos golpistas do continente. Os mutirões nas universidades são o instrumento chave na mobilização da juventude, setor mais combativo de todas as classes sociais. Como na época da ditadura de 64, o movimento estudantil – vanguarda na luta política ao sair às ruas em 1977 e servir como fio condutor para a explosão do movimento operário em greves que se alastraram pelo país e acabaram por derrubar a ditadura militar – é a um fator fundamental para a radicalização necessária para enfrentar o regime, por isso o mutirão nas universidades, local com alta concentração da juventude é uma arma dos trabalhadores contra os golpistas.

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POLÍTICA | 9

AMEAÇA DE GOLPE MILITAR

Ante a ameaça de Bolsonaro: mobilizar para derrubar ou pedir cassação? Cassação de Eduardo Bolsonaro não abre qualquer perspectiva de derrubada do regime em seu conjunto Causou indignação e também grande alvoroço em diversos setores da sociedade nacional a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente golpista e fraudulento Jair Bolsonaro que, em uma entrevista à jornalista Leda Nagle, na semana passada, na qual disse que se houver radicalização por parte da esquerda brasileira, em reação às medidas que vem sendo implementadas, no terreno econômico, pelo ministro neoliberal e entreguista Paulo Guedes, à semelhança das reações que vem ocorrendo nos países vizinhos, especialmente no Chile – onde a população se encontra em estado de rebelião contra o governo direitista de Sebastian Piñera – o país poderia reviver os dias do Ato Institucional nº 05 (AI 5), instrumento que dele se valeu a ditadura militar, em dezembro de 1968, para endurecer o regime assassino dos generais, aumentar a perseguição à esquerda, a cassação dos partidos e parlamentares, impondo a censura, suspendo as garantias e os direitos individuais, inclusive o habeas corpus, prendendo, torturando e assassinando centenas de brasileiros que se opunham à ditadura. A repercussão nacional foi imediata e não foram poucos os setores

que se manifestaram contrários às declarações do parlamentar de extrema direita, com alguns atacando de forma corrosiva e contundente os intentos golpistas do filho do presidente. Sem muita demora formou-se uma verdadeira “frente única” de demagogos golpistas para condenar as ameaças do deputado direitista, reunindo parlamentares direitistas, ministros do STF, militares, jornalistas, imprensa que apoiou o golpe, governadores reacionários e outros. As vozes que se levantaram contra o deputado fascistóide imediatamente colocaram na pauta a cassação de Eduardo Bolsonaro, alegando não só apologia, mas a defesa explícita da ruptura com a ordem democrática e constitucional, o que atenta contra o juramento que todo parlamentar faz ao assumir o mandato, que é o compromisso em manter e zelar pelo bom funcionamento das instituições e os princípios e valores do regime democrático-republicano. Chama a atenção de imediato, no episódio, o festival de demagogia exercido justamente por aqueles setores que foram os maiores incentivadores e também protagonistas diretos da ruptura com a ordem constitucional democrática, os mesmos que levaram

adiante a operação golpista que depôs o governo eleito pelo voto popular em 2014, mergulhando o país na escuridão reacionária do golpe de Estado de 2016, do qual a familícia Bolsonaro é um dos produtos que emergiram como resultado deste imenso lodaçal que abriu espaço e voz para a extrema direita nacional. A questão da cassação do deputado golpista, filho do presidente não menos golpista, embora possa parecer, num primeiro momento, como uma iniciativa progressista, é de fato – uma medida reacionária – e que não aponta para a questão central do momento que é a luta para colocar fim não somente aos mandatos reacionários dos três filhos de Bolsonaro, que se valem das prerrogativas do mandato para ameaçar o país e a sociedade, mas para utilizar essa luta em defesa do problema maior, que são ou deveriam ser as mobilizações em torno à conformação de um grande movimento nacional para colocar para fora o próprio governo Bolsonaro e a derrubada do regime golpista em seu conjunto. Isso sem falar que a cassação pura e simples de Eduardo Bolsonaro, sem fazer com que desta inciativa se amplie a luta em torno ao “Fora Bolsonaro”, pode ser utilizado como pretexto para que a

extrema direita e os golpistas possam desencadear uma perseguição ainda maior contra a esquerde e os movimentos populares de luta do campo e da cidade. Portanto, não se trata de uma medida progressista e menos ainda consequente, do ponto de vista de fazer avançar a luta pela derrubada do governo pró-imperialista e antipopular de Bolsonaro e seu ministério reacionário, mas uma iniciativa tão somente destinada a lançar uma cortina de fumaça diante da crise do governo, servindo para reforçar órgãos do regime golpista, como o STF e o Congresso nacional. Trata-se de uma política inconsequente e não abre qualquer perspectiva de vitória para o movimento de luta das massas populares, que estão sendo duramente atacadas em suas condições de vida pelo regime de fome, miséria e catástrofe do grande capital. A população explorada de todo o país necessita não de meias medidas, não de paliativos para aliviar sua dor e seu sofrimento, mas de uma política que se oriente nos sentido de fazer com que a sua luta aponte para a derrota dos exploradores, da burguesia e dos militares golpistas, da extrema direita nacional e do imperialismo.

FORA BOLSONARO

Retomada do caso Marielle Franco expõe a crise da direita Na última semana, uma série de informações sobre o assassinato de Marielle Franco, ocorrido há quase 600 dias, vieram à tona No dia 29 de outubro, o Jornal Nacional, principal telejornal das reacionárias Organizações Globo, exibiu uma reportagem em que alegava que o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro teria visitado um dos acusados de ter executado a ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) no dia que aconteceu o crime. A reportagem exibiu o depoimento do porteiro de um condomínio onde Bolsonaro tem casa, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que afirmou que Élcio Queiroz, acusado do assassinato, teria informado que iria até a residência de Jair Bolsonaro. O possível envolvimento do presidente da República com um caso de assassinato, ainda mais tendo sido divulgado por meio de uma reportagem do maior órgão da imprensa burguesa brasileira, causou uma enorme repercussão. O Ministério Público, por sua vez, resolveu se pronunciar no dia 30 de outubro, alegando que o depoimento do porteiro era falso. O Ministério Público tinha acesso às gravação do interfone do condomínio, e afirmou que não houve uma chamada da portaria para Bolsonaro. As alegações do Ministério Público, no entanto, não foram suficien-

tes para dar fim à crise. A promotora que veio a público afirmar que o depoimento era falso não garantiu que as gravações não haviam sido adulteradas. Pouco depois, fotos da promotora apoiando Bolsonaro foram divulgadas, provocando seu afastamento do caso. Ao assistir à reportagem do Jornal Nacional, Jair Bolsonaro decidiu acusar Wilson Witzel (PSC), atual governador do Rio de Janeiro, de estar tramando uma conspiração contra ele e sua família, tendo como objetivo a disputa das eleições presidenciais de 2022. No dia 3 de novembro, o presidente ilegítimo declarou em público que havia retirado as gravações da portaria de seu condomínio. Assim falou o próprio Bolsonaro: "Nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de ano. A voz não é minha." A declaração de Bolsonaro foi entendida por adversários como uma confissão de obstrução de justiça, uma vez que o golpista teria se apropriado de provas relacionadas às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes. No dia 4 de novembro, o Instituto Anjos

da Liberdade apresentou um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro. O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) também declarou que pretende entrar com um pedido de impeachment, mesmo isso sendo contrário à orientação do Diretório Nacional de seu partido. Em sua edição de ontem (5), o jornal golpista Folha de S. Paulo publicou uma matéria alegando que a Polícia Civil do Rio de Janeiro já sabia, há 11 meses, que os acusados de assassinar Marielle Franco haviam ido ao mesmo condomínio onde Bolsonaro mora horas antes de o crime ocorrer. No entanto, essa informação só foi divulgada no mês passado. Todos os acontecimentos registrados nos últimos dias envolvendo o assassinato de Marielle Franco – um evento que ocorreu há mais de um ano e meio – expressam a crise em que o regime político se encontra. As acusações de Bolsonaro a Witzel, que são defensores da mesma política de extermínio do povo pobre, mostra as dificuldades que Bolsonaro vêm tendo em estabelecer um governo de extrema-direita. O governo Bolsonaro é um fracasso, e isso tem feito com que até mesmo o seu próprio partido, o PSL,

se mostre disposto a abandoná-lo. Por isso, Witzel aparece não mais como um aliado, mas como um futuro concorrente. O fato de essas denúncias acusando o presidente da República de estar envolvido com o assassinato terem vindo da própria imprensa burguesa também é um forte indicativo de crise. Expõe, assim, a insatisfação da burguesia com Bolsonaro, de modo que está colocando ainda mais pressão sobre o seu governo para que ele atenda a seus interesses. Os pedidos de impeachment também vão no mesmo sentido: os autores do pedido de impedimento o fizeram porque perceberam que há um clima de insatisfação generalizada contra o governo que poderia fazer com que o processo fosse levado adiante. As contradições do regime golpista, que estão arrastando Bolsonaro para uma crise de enormes proporções antes mesmo de encerrar seu primeiro ano de governo, devem ser exploradas pelos trabalhadores para organizar um movimento efetivo e vitorioso. Por isso, é preciso aproveitar o momento para intensificar a mobilização pelo “Fora Bolsonaro” e reivindicar a derrubada imediata do governo.


10 | POLÍTICA

PACOTE QUER DESVINCULAR GASTOS

Proposta de Paulo Guedes é a destruição da saúde e educação públicas Bolsonaro e sua equipe econômica querem desatrelar gastos da União com Saúde e Educação, para promover destruição desses e outros serviços essenciais Bolsonaro foi ao Congresso ontem(5/10) para entregar pessoalmente mais um pacote de maldades, que aprofunda ainda mais os cortes de gastos do Estado com Saúde, Educação e atividades de primeira necessidade à população trabalhadora. Os nomes bonitos como “descentralização de recursos” servem para mascarar as manobras orçamentárias que desvinculam responsabilidades de cada ente federado para com a população. Trata-se de uma quebra do chamado “Pacto Federativo”, que determina com detalhes como cada imposto é gasto pelos Estados, Municípios e União. O Governo Federal e a imprensa fazem propaganda a favor das medidas. Dizem que assim serão repassados mais recursos da União para Estados e Municípios. O que não dizem é que se trata de recursos que teriam algum destino mas agora serão usados com menor controle. É uma forma de pegar despesas da União que estão vincula-

das a alguma área social e distribuir para governos estaduais e prefeituras. A manobra não apenas dificulta o controle das contas, tornando-a mais dispersa, como agrada a governadores e prefeitos, já de olho nas campanhas eleitorais do ano que vem. Com este agrado, Bolsonaro visa conquistar apoiadores para contornar, em alguma medida, a crise política que atinge as instituições do regime golpista. Não há que se ter esperança neste Congresso. Parlamentares do “centrão”, que se dizem “oposição democrática”, continuam votando em linha com o Governo. Parlamentares da esquerda não fazem mais do que discurso, evitando confrontos maiores com o Executivo, e puxam o freio das manifestações populares. Todos parecem apenas interessados em preservar suas chances eleitorais. Uma verdadeira luta precisa ser travada pelo Fora Bolsonaro e não pode esperar por estes profissionais do oportunismo parlamentar.

LUTAR PARA NÃO SUCUMBIR

MA: Pistoleiros mataram 5 integrantes de grupo autodefesa desde 2016 Os indígenas que compõem os Guardiões da Floresta precisam aprimorar sua autodefesa se não quiserem sucumbir à violência do capital que quer se apossar de suas terras. “Eles querem matar todos que é pra ficar com nossa terra para produzir soja, cana, biocombustível que eles querem produzir. Querem tirar o petróleo que tem dentro das terras, ouro. Nós somos impedimento para eles” (Laércio Guajajara, no documentário da ONG Survival International, 2018). Os Ka’apor da Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão, criaram em 2013, um grupo a que denominaram ‘Guardiões da Floresta’. Naquele momento, os Ka’apor se impuseram a tarefa de vigiar, como possível, os caminhos na floresta, além de buscar acampamentos de madeireiros, evitar os incêndios criminosos, e guardar a mata. Em agosto de 2014, os Guardiões prenderam um grupo de madeireiros no interior da Terra Indígena. Eles documentaram tudo: madeireiros amarrados, maquinário queimado e acampamentos destruídos. Não tinham intenção e não feriram ou mataram ninguém, apenas capturaram os criminosos e os entregaram às autoridades. Enfim, expulsaram os que criminosamente invadiram a área indígena para explorar a madeira. Desde então, esse grupo é alvo de ódio, de ameaças, de difamação e muita violência, incluindo assassinato de lideranças. A esses vigilantes somaram-se outros indígenas das etnias Guajajara e Awa-Guajá, que são apa-

rentados, para proteger o que ainda resta do território de suas etnias no Maranhão. Além dos indígenas Guajajara, Ka’apor e Awa-Guajá, também são afetados pela ação criminosa de madeireiros, mineradoras e latifundiários, os extrativistas, ribeirinhos, quilombolas, pantaneiros, entre outras inúmeras comunidades que vivem em áreas de

florestas públicas comunitárias. Todos se beneficiam do trabalho dos Guardiões. No entanto, grupos como os Guardiões são alvo maior da violência porque representam verdadeiro entrave ao avanço do capital sobre as florestas. Os indígenas, modo geral, resistem a toda ação predatória e à invasão de suas terras. Por esse

motivo, apenas em 2018, segundo relatório do CIMI, Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, foram identificados 135 assassinatos de indígenas no Brasil. Em 2019, o ataque aos indígenas se intensificou com o termino do desmonte da FUNAI iniciado com o governo golpista de Michel Temer. Os indígenas são considerados inimigos pelo governo fascista de Jair Bolsonaro e, por isso, suas vidas foram entregues à própria sorte, quase que com a chancela do Planalto para que as lideranças sejam exterminadas. No ultimo dia 01 de novembro, um dos guardiões da Floresta, Paulo Paulino Guajajara, foi assassinado a tiros, na Terra Indígena Arariboia, no Estado do Maranhão. Ele estava acompanhado de Laércio Guajajara, outra liderança da região, que conseguiu fugir apesar de ter recebido tiros no braço e nas costas, e outros de raspão. Os Guardiões da Floresta vão continuar sendo perseguidos e mortos por pistoleiros e não receberão ajuda do Estado. Não resta dúvida de que a saída é mais treinamento para autodefesa e equipar-se para enfrentar, à altura, os jagunços dos madeireiros, mineiros e latifundiários. Eles conhecem a floresta melhor que ninguém e podem usar isso em seu favor, mas no contexto atual, de estado de exceção, de ousadia fascista, é necessário elevar o tom. A denuncia é importante, mas não é suficiente.


POLÍTICA| 11

FIM DA ESTABILIDADE

Reforma Administrativa de Paulo Guedes é um ataque aos servidores Os ataques do golpe não param, reforma administrativa demitirá milhares, colocará um arrocho salarial inimaginável e acabará de vez com serviços essenciais à população. Aproveitando – se da letargia da esquerda que em suas ações práticas defendem o “Fica Bolsonaro!”, o governo golpista anunciou o envio ao Congresso nacional de um pacote de destruição do serviço público, com várias medidas. Um dos principais ataques é o que acaba a estabilidade dos servidores públicos da União, estados e municípios. A proposta é tão brutal que propõe regras de trabalho temporário, ou seja, o candidato prestará concurso público e se aprovado terá três anos de emprego, que serão exercidos na função de trainee, após esse período a demissão será automática, ou seja, o contrato encerra e o funcionário é mandado embora. Caso queira continuar tentando o emprego, terá que esperar abertura de vaga na função e seu desempenho será confrontado com os dos demais trainees. Além da avaliação da farsa de concurso, o candidato deverá comprovar experiência para o cargo, situação que já elimina milhares de jovens do serviço público. O candidato que conseguir acessar a vaga, ou seja, trabalhar três anos,

ser demitido, ter sua avaliação melhor que outros “trainees” para a vaga, ingressará no serviço público. Mas ainda terá sete anos de período probatório, o que significará que os novos servidores terão que passar dez anos para conquistar uma vaga no serviço público, caso consigam ser bem avaliados em todo o período probatório. Mas os ataques não terminam aí, para garantir que nenhum servidor terá estabilidade no serviço público. O PLS 116/2017, de autoria da senadora bolsonarista Maria do Carmo Alves (DEM-SE), prevê avaliação anual de desempenho para todos os servidores públicos, inclusive para os atuais, a chamada “meritocracia”. Quem não obtiver nota mínima exigida na prova (índice de 70% do total avaliado) será demitido sumariamente. Entrarão na avaliação de desempenho as grandes categorias, chamadas de categorias do médio e pequeno escalão, ou seja, professores, médicos, enfermeiros, técnicos administrativos e outros. No entanto, áreas consideradas estratégicas, como diplomatas, policiais federais, auditores fiscais e fiscais do

trabalho terão estabilidade garantida. Com a intenção de passar a reforma com menor oposição dos servidores públicos, o governo anuncia que a reforma administrativa afetará apenas novos servidores, escondendo se as regras de progressão serão voltadas apenas para futuros servidores ou os da ativa. Outra questão é que o tempo de serviço deixará de ser o principal critério para promoção, abrindo a brecha

Todos os dias às 9h30 na Causa Operária TV

necessária para o corte de salários dos servidores, ao mesmo tempo definirá critérios para a chamada meritocracia. Tal ataque tem que ser respondido de maneira imediata por todo o funcionalismo, chamando todos os sindicatos do serviço público a organizar greve geral por tempo indeterminado, ainda este ano, assim como colocar imediatamente na rua a luta pelo Fora Bolsonaro e pela liberdade de Lula com eleições gerais já.


12 | INTERNACIONAL

BOLÍVIA

Ato gigantesco em apoio a Evo Morales toma La Paz A situação no país vizinho expressa o confronto que está colocado em todo o continente Desde a eleição na Bolívia, no último dia 20, a direita golpista, derrotada nas urnas, vem realizando “coxinhatos” para tentar desestabilizar o país e derrubar o governo de Evo Morales. O presidente Evo Morales conseguiu a reeleição, mas o direitista derrotado Carlos Mesa não reconheceu o resultado, acusando o governo de fraude apegando-se a uma interrupção na contagem como pretexto. Desde então, a direita golpista mobiliza seus “coxinhas” pelo país, especialmente em Santa Cruz, enquanto Evo Morales conclama seus apoiadores a se manifestarem a seu favor. Em El Alto e La Paz, duas maiores cidades do país, o apoio ao governo é massivo. Ultimato Sábado a direita golpista boliviana deu um ultimato a Evo Morales. O líder do Comitê Cívico de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, durante um coxinhato no sábado (2), deu 48 horas para Evo Morales renunciar. O prazo se esgotou na segunda-feira (4). Camacho ameaçou o país com um golpe militar, dizendo que, caso Evo Morales não renunciasse, tomaria medidas para que Evo Morales saia do governo. Em seguida, leu uma carta dirigida aos chefes das Forças Armadas, ou seja, pedindo um golpe militar em favor da direita para derrubar o governo.

Fracasso da direita Durante a terça-feira (5), Camacho partiu para sua aventura golpista em La Paz, com as “medidas” que prometeu para tirar Evo do poder. Camacho leu uma carta de renúncia de Evo Morales, e partiu de Santa Cruz de avião para entregar o documento a Evo Morales, que supostamente deveria assiná-lo. Obviamente, o presidente não entregará o poder dessa maneira, e seu governo está denunciando que a direita está levando adiante um golpe de Estado. A manobra da direita, no entanto, foi frustrada. Camacho não conseguiu sair do aeroporto de El Alto, de onde pretendia chegar a La Paz para entregar a renúncia a Evo Morales. A população cercou o aeroporto, e Camacho chegou a dizer para a imprensa que temia por sua vida, recuando completamente diante da mobilização popular. No final da jornada, Camacho acabou voltando para Santa Cruz de El Alto, dizendo-se enganado pelas autoridades. Sabotagem econômica A carta de renúncia, porém, não é a única arma da direita contra Evo Morales. Há medidas mais sérias para tentar derrubar o governo. A direita golpista anunciou que fechará fronteiras e ocupará prédios públicos para,

deliberadamente, sabotar a economia do país e enfraquecer o governo. É uma espécie de política de sanção econômica feita a partir de dentro do próprio país, pelos agentes do imperialismo dentro da Bolívia. Uma política criminosa, que afeta a população para atingir um governo. A situação na Bolívia expressa o confronto que está colocado em todo o continente. A direita golpista e o imperialismo não estão dispostos a ceder nenhum terreno. Onde governa, procura esmagar as revoltas populares contra a política neoliberal da direita. Onde não governa, procura dar golpes de Estado, concluindo a onda golpista que começou por Honduras em 2009, e depois chegou ao Brasil, passando por países como Paraguai e Equador,

em uma manobra continental que visava apertar o controle do imperialismo sobre a América Latina. Ato gigantesco apoia Evo Morales Por outro lado, a população da Bolívia está reagindo ao golpe, o que marca uma continuidade das revoltas que explodiram contra a direita no Equador e no Chile. Na terça-feira (5), milhares de pessoas tomaram as ruas da capital, La Paz, para expressar seu apoio ao governo, contra a direita golpista. Evo Morales discursou diante de uma multidão no centro da cidade, em um ato que incluía representantes de diversas categorias de trabalhadores, entre eles os mineiros, que lideram uma vigília durante toda a semana de apoio ao governo.

CAPACHO DO IMPERIALISMO

Presidente eleito da Guatemala anuncia ruptura com Venezuela Súdito dos EUA, direitista anuncia que vai “reconhecer” Guaidó que só teve o voto de Trump para ser “presidente” da Venezuela O presidente eleito da Guatemala, Alejandro Giammattei, anunciou na segunda-feira (dia 4) que, quando assumir o cargo, romperá qualquer relacionamento com o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Giammattei assumirá o cargo em 14 de janeiro de 2020 e seu mandato irá até 2024. Giammattei disse que reconhecerá o golpista Guiadó como presidente da Venezuela e que não terá nenhum relacionamento com o presidente eleito Maduro. Giammattei foi eleito em agosto e essa declaração só foi anunciada horas após um conflito diplomático entre os governos de El Salvador e da Venezuela. No sábado, 2 de novembro, o presidente Nayib Bukele informou sobre a expulsão do corpo diplomático indicado por Maduro e deu aos diplomatas venezuelanos 48 horas para deixar El Salvador. Por sua vez, o líder venezuelano respondeu da mesma maneira e expulsou a delegação diplomática salvadorenha. Em maio de 2018, o atual presidente da Guaremala, Jimmy Morales, já tinha

expulsado a embaixadora da Venezuela, Elena Alicia Salcedo. Giammattei derrotou a favorita Sandra Torres, ex-primeira dama sob a presidência de Álvaro Colom, que foi o único governo de esquerda que o país teve.

O sucessor apontado pelo atual presidente Jimmy Morales era um oficial do Exército, o então deputado Estuardo Galdámez, da Frente de Convergência Nacional, partido criado em 2008 por um grupo de membros apo-

sentados do Exército que compunham a Associação dos Veteranos Militares da Guatemala. O ressurgimento de políticos latino-americanos de origem militar acompanhou a política imperialista, favorável à ascensão de militares nos países latino-americanos. Diante do fracasso eleitoral do sucessor no primeiro turno das eleições, Giammattei foi colocado para derrotar a candidata social-democrata. O presidente eleito já era reconhecido como consultor de várias empresas e serviços privados desde 2000 e foi diretor do Sistema Penitenciário da Guatemala entre 2005 e 2007, durante a presidência de Oscar Berger. Ele já havia participado de seis eleições, quatro delas à presidência, sem alcançar nenhum sucesso. Maria Teresa Romero foi nomeada embaixadora venezuelana na Guatemala em nome do golpista Juan Guaidó, eleito por Donald Trump, e foi apoiada pelo atual governo. O novo presidente é um capacho do imperialismo, portanto seu governo fantoche será usado para ampliar o cerco à Venezuela.


INTERNACIONAL | 13

MANIFESTANTES TOMAM AS RUAS

Repressão a protestos no Iraque faz mais três mortos No Iraque, manifestantes tomam as ruas contra a política imposta pela invasão dos EUA em 2003 e exigem a derrubada do regime político. Em meio à enorme crise política, manifestantes saíram às ruas no Iraque e foram recebidos à tiros pelas forças de repressão. Com bloqueio de estradas em Bagdá, sobretudo a paralisação que durou dias e impediu a movimentação no principal porto do Golfo de Umm Qasr, ao sul da cidade petrolífera de Basra, assim como em Shatra, a população se rebela contra a situação política do país. Em contrapartida, já consta na fatura do aparato repressivo iraquiano a morte de – pelo menos – 13 manifestantes nas últimas 24 horas. A tarefa, no entanto, é dispersar as crescentes manifestações contra os partidos políticos que controlam o governo iraquiano. De acordo com depoimento de fontes médicas à agência Reuters, após a execução de oito pessoas na segunda-feira (4), as forças de segurança seguiram a matança e mataram a tiros pelo menos outras cinco durante a noite ou no início da terça-feira (5), isso inclui, também, o óbito de uma pessoa morta após ser queimada viva em uma procissão fúnebre realizada por outra que morrera horas antes. As autoridades de Basra chegaram a impor um toque de recolher por volta das 22 horas (horário local) na noite de segunda-feira, para dispersar a multidão que tomava as ruas. O clima de

tensão aumenta a cada dia. De acordo com fontes de segurança, manifestantes teriam atacado a casa de um alto funcionário do governo. Jeanine Hennis-Plasschaert, enviada das Nações Unidas para o Iraque, denunciou a violência e afirmou estar “chocada com o contínuo derramamento de sangue no Iraque”, no Twitter. Ainda segundo Jeanine, “a violência apenas gera violência, os manifestantes pacíficos devem ser protegidos. Já é hora de o diálogo nacional.” Vale lembrar que mais de 260 manifestantes foram mortos desde que as manifestações se deram no início de outubro em Bagdá e em várias cidades do sul. Sabe-se, portanto, que desde então a revolta da população tem se expandido e, em todo caso, as demandas por mudanças radicais e uma revisão do sistema político do país – imposto à força após a invasão liderada pelos EUA em 2003, constam como pano de fundo da agitação popular. A força da população tem colocado em xeque o sistema político, visto que na semana passada, o presidente Barham Salih disse que o primeiro-ministro Adel Abdul Mahdi estaria disposto a renunciar quando os líderes políticos concordassem em substituí-lo. Ademais, Barham pedira uma

nova lei eleitoral bem como, afirmara que aprovaria as primeiras eleições parlamentares assim que promulgadas. Todavia, o discurso não surtira efeito e, por conseguinte, falhara em arrefecer o ânimo daqueles que parecem determinados a manter a pressão sobre o governo. “Apesar de seu movimento não ter líderes, na segunda-feira à noite os manifestantes exigiram da Praça Tahrir: que o governo precise renunciar imediatamente; o Parlamento deve ser dissolvido; as eleições precisam ser agendadas e as comissões precisam ser selecionadas com credenciais

e não com afiliação partidária” em mente.”, disse o presidente. A crise política iraquiana, assim como todas que tomaram o globo, resumem a atual situação de dificuldade da política imperialista em manter o domínio sobre os países mais atrasados e debilitados economicamente. Após a crise de 2008 o capitalismo vem se arrastando e revelado a inépcia em estabilizar a situação política para manter seu domínio político pelo mundo. É fato, portanto, que os levantes no mundo inteiro têm colocado a política de terra arrasada do imperialismo e sua cartilha neoliberal em condições cada vez contra a parede.

RECADO AO IMPERIALISMO

Irã injetará gás de urânio em mais de mil centrífugas Governo iraniano reafirma sua posição na defesa da soberania do país na questão nuclear Em meio à escalada de tensões entre o imperialismo estadunidense e o Irã, Hassan Rouhani, presidente do Irã, anunciou que o governo injetará gás de urânio em mais de mil centrífugas. A afirmação, feita nessa terça-feira (5), estabelece novos rumos, visto que, de acordo com o acordo nuclear de 2015, as centrífugas deveriam estar vazias. O urânio será injetado em 1.044 máquinas de tipo IR-1, que ficam em Fordo, cerca de 180 km de Teerã,. O Irã, no entanto, só gozava de autorização para manter as centrífugas desse tipo, em Natanz, cidade que fica cerca de 315 km ao sul da capital. “A partir de amanhã [quarta-feira], começaremos a injetar gás em Fordo”, afirmou Rouhani. Ainda segundo o presidente iraniano, essa seria a “quarta etapa” do plano de redução de compromissos na área nuclear iniciado em maio, logo após o abandono do acordo de Viena, por parte dos EUA. Ademais, de acordo com o chefe do programa nuclear iraniano, Ali, Akbar Salehi, os iranianos trabalham em protótipos de uma outra centrífuga, a IR9, bem mais avançadas que a IR-6. A comunidade internacional tem, por sua vez, feito ressalvas quanto ao

posicionamento do governo iraniano que, em todo caso, busca proteger-se da política imperialista capitaneada pelos Estados Unidos. Agnès Von der

Muhll, porta-voz do ministério de Relações Exteriores da França, afirmara: “Estamos aguardando o próximo relatório da Agência Internacional de Ener-

gia Atômica (AIEA), sobre os anúncios e as ações do Irã”. Ademais, “o anúncio do Irã no dia 5 de novembro para aumentar sua capacidade de enriquecimento vai contra o acordo de Viena, que limita estritamente as atividades nessa área”, complementou. Em contrapartida, o presidente iraniano apresentou um novo prazo de dois meses aos Estados signatários do acordo de Viena (França, Rússia, Reino Unido, China e Alemanha) para que se apresente uma resposta aos pedidos do governo iraniano. Caso não haja uma resposta, o Irã reduzirá ainda mais seu compromisso com o acordo. Nas condições em que o Irã se encontra, é nítido que o avanço do governo iraniano em relação ao enriquecimento de urânio, expressa uma resposta ao cerco promovido pelos EUA e o imperialismo de conjunto, na intenção de colocar em prática uma política criminosa – que atinge o povo inteiro para minar o governo iraniano e liquidar o país para sua posterior intervenção imperialista. Diante da política genocida do imperialismo, o Irã busca se defender para assegurar sua soberania e evitar que o povo seja entregue às aves de rapina do imperialismo.


14 | DIA DE HOJE NA HISTÓRIA E MOVIMENTO OPER´ARI

GUERRA DO VIETNÃ

06/11/1963: general golpista assume presidência do Vietnã do Sul Com o apoio da CIA, o exército do Vietnã do Sul derrubou atrevés de um golpe militar o então presidente, Ngo Dinh Minh, botando no lugar o General Dougn Van Minh No dia 1 de novembro de 1963, o general, Dương Văn Minh, junto ao Exército da República do Vietnã, cercaram o Palácio Gia Long, e depusera o então presidente, Ngo Dinh Diem. Minh, também conhecido como “Grande Minh“, devido à sua enorme estatura quando comparado aos demais membros do exército, assume então a presidência no dia 5 dias depois. O general ingressou na carreira militar na década 40, quando 50 oficiais vietnamitas foram incorporados e treinados pelo exército colonial Francês, em plena guerra da Indochina. Foi aí que recebeu seu apelido, tanto por sua altura como também para diferenciá-lo dos demais oficiais de mesmo nome. Sua relação com as forças imperialistas, primeiramente a França e posteriormente os EUA, era norma entre a alta patente corrupta do exército. A ARVN (Army of the Vietnam Republique- Exército da República do Vietnã) recebeu fundos e apoio técnico da C.I.A, que ajudou a orquestrar a tomada do palácio no dia 1 de novembro, e executar Ngo Dinh Diem e seu irmão, Ngo Dinh Nhu, então chefe da polícia e braço direito de seu irmão presidente. Ambos estavam foragidos desde a noite anterior, prevendo a invasão das forças armadas. Embora tenham ne-

gociado entregar-se em troca de exílio com a ARVN, esta não cumpriu a promessa e logo que entregaram-se os dois irmãos foram executados. Alguns dias depois da execução, Minh assume a presidência, e ocupa o cargo durante 3 meses, até ser substituído. Sua fama foi elaborada em torno de sua patente militar, mas o Grande Minh nunca teve grande aptidão para ser político. Doze anos depois, retornou para o cargo de presidente do Vietnã do Sul, nos últimos dias da guerra (1950-1975). Dois dias depois, Saigon seria tomada pelos comunistas, pondo um fim a guerra e a separação dos dois países. Minh foi mantido como chefe executivo durante os 3 meses para controlar, na base da repressão, a crise política que estava instaurada no país. Seu curto mandato foi marcado pela presença exacerbada do exército nas ruas, e pela fortíssima repressão de qualquer tipo de manifestação política, à favor ou não dos vietcongues. Um governo totalmente fantoche e submisso aos Estados Unidos. Morreu em 2001 com 85 anos. Após ser capturado pelos comunistas, negociou seu exílio na França onde viveu alguns anos até ir para a Califórnia, onde viveu com sua filha até morrer.

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MOVIMENTO OPERÁRIO | 15

ACIDENTES DE TRABALHO

Porque os frigoríficos mantêm péssimas as condições de trabalho? Os patrões de frigoríficos fazem de tudo para esconder as condições desumanas impostas a seus funcionários, no entanto, são os primeiros neste quesito, pois só vêem o lucro Os altos índices de acidentes envolvendo trabalhadores nos frigoríficos colocam os patrões desse setor industrial como os primeiros colocados dentre os demais ramos de atividades no país. Via de regra, os patrões procuram de todas as formas, esconder o tamanho da tragédia que cometem contra seus funcionários, tanto é assim que, quando do aparecimento de algum fiscal tentam, de todas as formas esconderem as irregularidades por debaixo do tapete, até mesmo se utilizar do jeitinho, de, tomar um cafezinho. Um exemplo desses foi o do frigorifico Seara, empresa do grupo JBS/Friboi, em Osasco, município da grande São Paulo, onde um trabalhador resolveu contratar um perito, devido ao processo que tinha impetrado contra empresa por diversas irregularidades e, verbas não pagas quando de sua demissão, envolvendo inclusive, adicional de periculosidade, insalubridade, etc.. Em um acidente com produtos químicos no Frigorífico Seara, cujo nome, na época do acidente, era Braslo, um jovem que trabalhava no período noturno, na higienização acabou perdendo boa parte de sua visão. Vários trabalhadores viram a tragédia. Os responsáveis do frigorífico, no entanto, fizeram de tudo para ocultar o fato e, uma das formas

utilizadas foi de demitir um por um dos trabalhadores que presenciaram, outra tentativa de tentar passar uma borracha em tudo o que aconteceu, foi o de esconder o funcionário dos próprios colegas de trabalho mantendo-o na empresa, mas sem nenhum contato com seus companheiros, principalmente os da higienização. O grupo JBS/Friboi, donos do frigorífico em Osasco, município da grande São Paulo, como faz com vários trabalhadores, decidiu ignorar o período de convalescência do funcionário, ignorando por completo a licença por sua tentativa de recuperação, uma vez que o produto que é corrosivo, afetou seus olhos, perdendo assim, parte de visão. Outro dos vários exemplos de tragédias anunciadas, por falta de proteção e segurança nos maquinários, foi a de um trabalhador que caiu em um moedor de carne, sendo triturado. Dentro dos frigoríficos, o dia a dia dos trabalhadores é uma tragédia atrás da outra, os familiares ficam muito apreensivos quando os operários vão trabalhar, pois nunca sabem o que pode ocorrer, de como eles vão voltar e em que condições. Todo o dia têm-se notícias de questões de segurança e saúde dos funcionários em frigoríficos, neste ano, por exemplo,

este diário já denunciou várias interdições em frigoríficos e, recentemente, no dia 27 de outubro, o Ministério Público do Trabalho (MPT) entregou mais um relatório com inúmeras irregularidades detectadas na cidade de Parobé, município do estado do Rio Grande do Sul. O Relatório diz, entre outras questões, que um funcionário sofreu traumatismo craniano na recepção de animais, que existem vazamentos de amônia, quantidade imensa de doenças osteomusculares de trabalho. Os patrões se comprometeram em regularizar as condições de trabalho,

conforme o MPT, acatando o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas é como a Organização Não Governamental (ONG) Repórter Brasil disse em uma de suas investigações em frigoríficos, principalmente em abatedouros, de que os patrões se comprometem em resolver os problemas, são multados e, nem pagam as multas e ainda persistem nas irregularidades. Os patrões preferem deixar seus funcionários inválidos, sem nenhuma condição de levantar um único copo de água com as mãos, etc., a ter que reduzir um centavo de seu lucro.

BANCÁRIOS CONTRA PRIVATIZAÇÃO

Dia 7, bancários de bancos públicos se mobilizam contra a privatização Ato do dia 7 levam bancários às ruas em todo o país contra as privatizações dos bancos públicos Está marcado para o próximo dia 07 de novembro, mais um ato, no país inteiro, dos trabalhadores das empresas estatais, que estão correndo um sério risco de privatização. O ato, convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), dá continuidade a uma série de atividades e mobilização contra as privatizações do governo ilegítimo, Bolsonaro, que vem realizando uma política de total submissão aos países imperialistas, com a entrega do patrimônio do povo brasileiro para meia dúzia de capitalistas e banqueiros, principalmente, internacionais. Os bancários, dos bancos públicos, irão se somar a mais esta atividade em resposta a gigantesca ofensiva da direita golpista na tentativa de pavimentar o caminho para a privatização através das reestruturações, pela qual passam os principais bancos públicos do país, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, com demissão em massa, fechamento de centenas de agências de departamentos, aumento das terceirizações, rebaixamento salarial, venda das subsidiárias, ataques aos planos de saúde e previdenciário, descomissionamentos, transferências compulsórias de funcionários, sucateamento;

enfim, uma infinidade de arbitrariedades somente vista no governo, também neoliberal, FHC (PSDB), na década

de 1990, quando privatizou a maioria das empresas estatais, incluindo quase todos os bancos estatuais, tendo

como os mais significativos a venda, a preço de banana para os banqueiros imperialistas espanhóis do Santander, o Banespa, um dos maiores bancos do país e, o Banerj entregue para o Banco Itaú. Uma das principais consequências das privatizações foi a demissão de praticamente todos os trabalhadores que compunham o corpo funcional desses bancos na época. A única forma eficaz de luta, neste momento, para impedir os ataques e a entrega das estatais ao capital estrangeiro, ao imperialismo, é a intensificação das mobilizações e organizar uma greve geral das empresas estatais. A vitória dos trabalhadores somente poderá estar assegurada se houver uma radicalização da luta através das ocupações das empresas, como medida de força para impedir as privatizações das estatais e barrar a entrega do patrimônio do povo brasileiro pelo governo golpista, capachos dos banqueiros e capitalistas estrangeiros. Além disso é necessário reforçar a mobilização em torno do Lula livre Já e do “Fora Bolsonaro, levantando ao mesmo tempo as reivindicações centrais dos trabalhadores diante da crise, como a luta contra o desemprego (pela redução da jornada para 35 h semanais).


16 | CIDADES

DESCASO

Enquanto óleo contamina praias do nordeste, Ricardo Salles curte praia Enquanto óleo contamina praias do nordeste, Ricardo Salles curte praia O que se temia aconteceu, o óleo cru de Petróleo chegou a Porto seguro, atingindo o arquipélago de Abrolhos. O crime ambiental ocorrido há quase 3 meses já ganha proporções gigantescas, destruindo todo o litoral nordestino. Abrolhos é um arquipélago formado por 5 ilhas, se tornou Parque Nacional da Marinha de Abrolhos pelo decreto lei n º 88.218, de 6 de abril de 1983, sendo protegida pela marinha e por ativistas ambientais que mantém preservada a flora e a fauna. A conservação, Abrolhos, localizada acerca de 70 quilômetros (km) da cidade de Caravelas, tem uma das mais ricas biodiversidade marinha do Brasil e do Atlântico Sul, com estruturas de recifes únicas. De acordo com o ICMBio, a região é o principal berçário das baleias jubarte no Atlântico Sul, além de abrigar espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. As águas do arquipélago contam com uma diversidade de peixes e outras espécies marinhas. Com isso, a pesca é fonte de subsistência de milhares de moradores da região. O descaso, por parte do governo

golpista ilegitimo de Jair Bolsonaro, faz parte da agenda política anunciada de total abandono ao povo brasileiro. O derramamento criminoso de óleo cru ocorrido há três meses nas águas litorâneas brasileira é passada despercebida pelo presidente golpista, que ao invés de resolver o problemas, preferiu acusar nações vizinhas, como a Venezuela, de crime político. A tentativa não deu certo, porque , verdadeiramente, esses golpistas que estão no poder não tem nenhum interesse de resolver o problema ambiental. Prova disso é o Ministro do meio ambiente, Ricardo Salles que está descansando tranquilamente na praia de Baleia em São Sebastião , litoral Paulista, durante a maior crise ambiental do nordeste. A ativista “Claudia dos Santos denuncia que o governo não deu nenhuma ajuda ao governo estadual nordestino e não está se mobilizando para resolver o problema” Enquanto o Ministro se diverte, o povo está impedido de ir a praia, o único meio democrático de lazer, porque as praias estão tomadas do óleo cru de Petróleo, que causa problemas

de saúde à comunidade. Voluntários se juntam de forma espontânea para retirar as manchas de óleo que chega à costa nordestina, uma vez que não tem providencias por parte do governo golpista. A política de terra arrasada toma conta de todo o país, o descaso do governo golpista, que se tornou capacho do imperialismo americano, é visível no avanço das manchas de óleo

por extensão litorânea sem nenhuma iniciativa de solução para o problema. O país esta abandonado pelo governo ilegitimo e todos os golpista que demonstra sem constrangimento o total descaso, sem se preocupar com os problemas ambientais nordestino. Salles ao tomar banho de sol em praias Paulistas mostra que “se dane” o povo nordestino.

DESASTRE AMBIENTAL

Óleo vazado pode chegar às praias do Sudeste O governo golpista irá fazer algo após o óleo chegar em quase todas as praias brasileiras? A crise só aumenta Após dois meses do vazamento de petróleo no Oceano Atlântico, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), informaram nesta sexta-feira (1), que o óleo (petróleo) vazado no Oceano Atlântico, poderá atingir o sudeste brasileiro, alcançando os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. O oceanógrafo líder do grupo de pesquisas, Ronald Souza, sustenta essa tese por conferir através de alguns satélites, que no oceano aberto há grande quantidade da substância derramada, e assim, o material, provavelmente, deverá se deslocar pela costa brasileira até o sudeste. O órgão foi acionado pelo comitê de crise do governo federal, que até agora tratou com descaso esse gigantesco desastre natural, para detectar qualquer movimentação e encontrar rotas que levem a origem do óleo.

É preciso dizer que, além de levar até 63 cidades e 9 Estados do Nordeste, o Ministério do Meio Ambiente golpista ainda tratou com descaso nos primeiros dias a população afetada. As ordens, é claro, vieram do presidente Bolsonaro, que, alguns dias atrás acusou a Venezuela por algo que não é de sua responsabilidade. Para o povo, as ações irrisórias do governo, como fornecer tonéis, baldes e carriolas para recolher o óleo das praias, foram um completo desrespeito! E é claro, não conseguir vender os peixes cheio de óleo, arrasou a renda dos trabalhadores. Mas Bolsonaro não se preocupou muito com os pescadores. Esta ação é mais um capítulo do desastre do governo fascista, com a política neoliberal que destrói o meio ambiente brasileiro em diversas frentes.

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CULTURA | 17

CENSORES CONTRA A CENSURA?

Artistas apostam em censores do STF contra censura Ministra do Supremo fala uma coisa e faz outra Na segunda-feira(4), o Supremo Tribunal Federal realizou uma audiência pública com o objetivo de debater o decreto de Bolsonaro a respeito da transferência do Conselho Superior de Cinema do Ministério da Cidadania, que acumulou a antiga pasta de Cultura, para a Casa Civil. Criado em 2001 com a responsabilidade de estimular a presença do conteúdo brasileiro no mercado cinematográfico, o Conselho tem o objetivo de aprovar diretrizes com o intuito de desenvolver a indústria e ser responsável por formular a polícia nacional de cinema. A reunião foi convocada pela ministra Cármen Lúcia, relatora de uma ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade que afirma que o decreto tem o intuito de esvaziar o Conselho Superior de Cinema e, dessa forma, censurar a produção audiovisual no País. Estavam presentes o cantor Caetano Veloso, o cineasta Luiz Carlos Barreto entre outros atores e atrizes e representantes do governo. De acordo com Carolina Kotscho, presidente da Associação Brasileira de

Autores Roteiristas (Abra), “Seja por meio de censura, filtro ou curadoria, é inadmissível e ilegal que o poder público determine ações que, de qualquer maneira, possam limitar, direcionar ou restringir a liberdade de criação e de pensamento de artistas, intelectuais, jornalistas, professores e cientistas”, afirmou. No início da audiência, a ministra Cármen Lúcia fez questão de ressaltar que o objetivo do debate ali proposto era dar uma “visão aprofundada, técnica” aos demais ministros do Supremo para que eles tivessem um conhecimento específico a respeito do tema. Para ela, “o exercício da liberdade está posto na Constituição, e eu lembraria que a Constituição preserva o que todos os senhores aqui falaram: a dignidade humana como princípio fundamental da República Federativa do Brasil pela primeira vez de maneira expressa no artigo 1º”. Durante a audiência pública de segunda-feira, a ministra golpista também afirmou que “Eu li que este STF, nesta tarde de hoje, iria rebater a

censura no cinema. Errado. Censura não se debate, censura se combate, porque a censura é manifestação de ausência de liberdades. E democracia não a tolera”. No entanto, esta mesma ministra, que fala aos colegas a respeito de exercício da liberdade e respeito à Constituição, é a mesma que recusou a colocar a prisão em segunda instân-

cia na pauta do STF por várias vezes e negou a concessão do habeas corpus ao ex-presidente Lula permitindo a sua prisão inconstitucional, arbitrária e ilegal e evidenciando um processo de perseguição política ao ex-presidente. Isto evidencia que apostar em censores do STF contra a censura não passa de uma ilusão por parte de um determinado grupo de artistas.

TEATRO

Peça em São Paulo retrata drama de refugiados pelo mundo A peça “Barulho D’água”, do autor italiano Marco Martinelli, ganha curtíssima temporada, de 7 a 17 de novembro, no Teatro João Caetano em São Paulo Acontece neste final de semana a estreia da peça Barulho D’Água, do dramaturgo italiano Marco Martinelli. A obra narra o drama vivido por milhares de refugiados que, em busca de uma vida melhor nos países europeus, entram em embarcações muito precárias rumo o mar Mediterrâneo. O drama que poderia se tratar apenas de uma obra de ficção, é uma triste realidade no cenário contemporâneo mundial. Enquanto os países – principalmente da União Européia e Estados Unidos – estão tomando medidas cada vez mais ostensivas, o número de refugiados aumenta a cada ano (chegando a 68,5 milhões em 2017 e batendo o recorde de 70,8 milhões em 2019). Para milhões que fogem das guerras, da perseguição e da violência resta a ilegalidade, que muitas vezes as mata afogadas antes mesmo de chegar ao seu destino. Esta é uma realidade também no Brasil, segundo dados da ACNUR – a Agência da ONU para Refugiados – o ano de 2018 foi o maior em número de solicitações de reconhecimento de condição de refugiado. Isso porque o fluxo venezuelano de deslocamento aumentou exponencialmente. No total, foram mais de 80 mil solicitações no ano passado, sendo 61.681 de venezuelanos. A peça que esteve em temporada entre os anos 2016 e 2017, está de volta em repertório da Cia Nova de

Teatro volta em cartaz para apresentações em curta temporada, de 07 a 17 de novembro, no TEATRO JOÃO CAETANO – Rua Borges Lagoa, 650 – Vila Clementino. Telefone: (11) 5573-3774. Capacidade – 436 lugares. Ingressos: R$ 30,00( inteira) e R$ 15,00( meia- entrada) – Lista amiga R$ 10,00. A bilheteria abre uma hora antes de

cada apresentação. Acesso para deficientes físicos. Dramaturgia – Marco Martinelli. Direção – Carina Casuscelli. Provocação e Iluminação – Lenerson Polonini. Atores – Alexandre Rodrigues, Fransérgio Araújo, Amaury Filho de Reis e Rosa Freitas. – . Figurinos – Carina Casuscelli. Vídeos e Documentação Audiovisual – Alexandre Ferraz. Direção Musical –

Wilson Sukorski. Operação de audio – Felipe Moraes. Operação de luz- Veronica Castro. Operação de vídeo- Téo Ponciano. Concepção espacial e Produção – Carina Casuscelli e Lenerson Polonini. Realização – Companhia Nova de Teatro. Duração – 60 minutos. Livre – Indicado para todos os públicos. Gênero – Documentário cênico multimídia.


18 | MULHERES E JUVENTUDE

OPRESSÃO NO ORIENTE MÉDIO

Amigos de Bolsonaro, sauditas são uma ditadura que esmaga as mulheres A realidade da mulher saudita parece distante da brasileira, contudo, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro não poupa elogios ao modo como os sauditas tratam as mulheres. Indo ao encontro do conservadorismo, todas as nações ainda oprimem as mulheres, em maior ou menor intensidade. Contudo, em alguns países a opressão é dada de forma completamente natural, como se o Estado se orgulhasse em limitar a vida das mulheres ao lar e se contentando em dar algumas migalhas a esse setor tão oprimido da população mundial. Assim é o caso da Arábia Saudita, braço do imperialismo estadunidense no Oriente Médio, que vem tentando mascarar seu regime opressor dando algumas aberturas às mulheres sauditas, como se estivessem fazendo um favor a elas. A partir de 2016, o país vem cedendo alguns direitos às mulheres, como a possibilidade de viajar sozinhas, dirigir – apesar de terem conquistado esse direito, a habilitação para as mulheres é bem mais cara que para os homens -, trabalhar, ter acesso aos serviços de saúde e educação sem precisar pedir a permissão do homem “responsável”. O país, chefiado pelo príncipe Mohamed

bin Salman, vem tentando passar uma imagem de progressista, de mais humano, contudo, é só mais uma nação escorada na questão da mulher para atrair investidores, turistas e melhorar sua imagem para o mundo, principalmente após as acusações sobre a morte do jornalista Jamal Khashoggi, no ano passado. Diante dessas problemáticas, a Arábia Saudita lançou um programa chamado Visão 2030, tendo como uma de suas principais propostas a inserção em maior escala das mulheres no mercado de trabalho, tendo como meta ampliar de 22% para 30% a presença das mulheres como mão-de-obra. Fica claro que as mulheres que vivem desse modo sombrio, onde são obrigadas a usar as roupas que cobrem praticamente o corpo inteiro, anseiam por poder fazer as próprias escolhas, seja na carreira ou, simplesmente, poder escolher o que vestir, afinal, a maioria dos locais que empregam mulheres em seus quadros exigem o uso do niqab, um véu que cobre o rosto todo.

CENSURA NO ENEM

Essa realidade parece muito distante da brasileira, contudo, o presidente golpista e fascista Jair Bolsonaro, que visitou a Arábia Saudita recentemente, ousou afirmar que para ele o príncipe do país era como um irmão, além de tecer elogios, em outras ocasiões, ao modo como as mulheres são tratadas lá e o modo como se vestem. Inclusive, antes da chegada do presidente ilegítimo do Brasil, as jornalistas que o acompanharam foram orientadas a usarem a abaya, uma roupa mais larga e longa que não marca e cobre o corpo inteiro. Segundo o governo saudita, somente dessa forma essas jornalistas estariam “100%” seguras no país. Bolsonaro, quando viu as jornalistas vestidas assim, ainda afirmou que elas estavam “mais bonitas” daquele jeito. Não é segredo para ninguém que a Arábia Saudita é um país praticamente artificial, criado pelo imperialismo estadunidense para controlar de alguma forma o Oriente Médio, logo os EUA, o berço da “democracia”, financia um Estado que oprime de forma ostensiva

as mulheres. Bolsonaro pretende seguir a mesma linha, no que depender dele, de maior opressão das mulheres, como se a existência delas fosse o problema dos estupros, das violências domésticas, etc. A ofensiva conservadora não será esmagada sem uma organização radical das mulheres, que devem se opor a qualquer tipo de restrição sobre sua autonomia como sujeito de suas próprias vidas.

DESCASO COM A EDUCAÇÃO

Enem: pela primeira vez em dez anos Escolas superlotadas: no RJ, alunos não se fala em ditadura estudam no chão Bolsonaro diz que “nada de anormal” ocorreu A primeira parte da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorreu no dia 03 de novembro (domingo) e veio incorporada com a política fascista de censura prometida por Bolsonaro em sua campanha eleitoral. As tradicionais questões sobre a ditadura militar de 1964 simplesmente não apareceram na prova, assunto que é frequentemente abordado no exame há cerca de dez anos. Sobre o acontecimento, o ministro fascista da educação, Abraham Weintraub, declarou: “Nossa orientação para o time que escolheu as questões foi para que a prova selecionasse as pessoas mais qualificadas. O objetivo do Enem não é doutrinar[…] Podemos falar em regime militar ao invés de ditadura, mas é uma discussão que não vai levar a nenhum lugar. Ao contrário das edições anteriores, onde vimos sujeira, doutrinação e problemas cabulosos com gráficas, este exame foi um sucesso. A cara do governo Bolsonaro.” Weintraub ainda disse que esse era o “Enem do novo ciclo”, que “não fica doutrinando, não fica buscando polêmica. Nem o pessoal mais à esquerda está criticando”. Numa coisa o ministro está certo: a prova foi a cara do governo Bolsonaro. A cara de um governo de extrema-direita, que clama pelo “sem partido”, quando isso na verdade significa “com

partido”: o partido da direita, do fascismo, da censura e da doutrinação. Bolsonaro sempre atacou o Enem, por vezes soltando pérolas como “O sonho petista em querer nos transformar em idiotas materializa-se em várias questões do ENEM”, chegando inclusive a chamar a prova de “Exame Nacional de Ensino Marxista”. Já na prova do dia 03, Bolsonaro afirmou que não ocorreu “nada de anormal” no exame e que tudo “foi bem”. Porém, sabemos que isso é só o início de uma política de censura que irá afetar a todos. Outra prova da política de censura e repressão da direita foi demonstrada no vazamento de fotos da prova no dia do exame. Sobre o caso, Weintraub disse que quem vazou as imagens se arrependerá “amargamente de um dia ter vindo ao mundo.” A história “sem partido” é a história manipulada, é história sem história, é a tentativa de fazer doutrinação ideológica e de censurar os fatos, algo que a direita acusa a esquerda de fazer e agora o faz. A censura, a repressão e as tentativas de doutrinação irão se intensificar e ir muito além do Enem. Não podemos seguir o exemplo da esquerda eleitoreira que só se preocupa com uma candidatura para 2022, é necessário convocar o povo para as ruas, pois só por meio da mobilização podemos derrubar o governo Bolsonaro e libertar Lula.

Prefeitura carioca deixa escolas apodrecerem e não expande infraestrutura para atender a população.

Alunos das escolas municipais Mayra Aguiar da Silva e Augusto Vasconcelos, ambas no Rio de Janeiro, estão estudando no chão. Não há mesas e cadeiras suficientes nas instalações. O motivo não é nenhum acidente natural ou calamidade inesperada, mas a falta reparos e obras, que fez com que a escola Augusto Vasconcelos precisasse ser interditada. Os 600 alunos desta escola foram transferidos para a outra,

Mayra A. da Silva, que ficou sem condições de atender a todos. Logicamente, além da falta de carteiras, a escola também não tem banheiros, refeitório, biblioteca, professores e técnicos para atender a esta superlotação de alunos. Tudo isso graças ao descaso da Prefeitura carioca, e que não é exceção entre os gestores públicos do restante do país, prejudicando o ensino da população jovem.


MORADIA E TERRA E ESPORTES | 19

RATINHO JR DESALOJA FAMÍLIAS

Governador bolsonarista pode desalojar 16 mil famílias sem-terra no PR Ratinho Júnior, mais um governados fascista e aliado de Bolsonaro está colocando dezenas de milhares famílias do MST nas ruas. É preciso mobilização nacional por Eleições Gerais Entre os dias 16 e 18 de outubro, cerca de 400 filhos de agricultores do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra discursaram na Assembleia Legislativa do Paraná e entregaram um documento sobre a violência que estão sofrendo. O ato ocorreu na cidade de Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba. Há 16 mil famílias acampadas no interior do Paraná que tem sido ameaçadas de despejo durante os meses do governo do governador Ratinho Júnior, do PSD. Durante sua campanha já era perceptível que o MST iria sofre com seu governo uma vez que ele candidatou sob forte apoio do agronegócio. Durante seu governo a Polícia já realizou sete despejos, deixando 500 famílias ao relento. Além desses, está prestes a ocorrer mais um despejo envolvendo uma área de 692 hectares

já avaliado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) como “latifúndio improdutivo” desde 2008, pertencente ao Grupo Atalla. Os focos de despejos tem sido terras em que são habitadas e há cultivo da terra como forma de subsistência há décadas, entre dez e trinta anos em que há famílias trabalhando. O governador Ratinho Júnior, além de braços dados com o agronegócio deu e declarou apoio eleitoral ao fascista Jair Bolsonaro. Governadores como Wilson Wtzel, no Rio de Janeiro, João Dória em São Paulo e Ratinho Júnior no Paraná, entre outros fascistas e Jair Bolsonaro na presidência deixam bem claro porque exigir nas ruas Eleições Gerais. Afinal, se já é nítido para muitos que a eleição presidencial foi fraudada quando Lula foi preso no mes-

mo ano da eleição e por uma série de manobras golpistas o candidato que, de acordo com a vontade da população, seria eleito no primeiro turno, não estava nem inscrito na urna eleitoral. Em um país em que o

eleitorado não pode votar em quer para presidente todas as outras eleições estão igualmente e com menos esforço fraudadas. Para que seja possível derrubar Bolsonaro e todos os golpistas, exigir eleições gerais com Lula candidato; é preciso organizar essa luta. Nesse sentido, vai ser realizado em dezembro, nos dias 14 e 15 a II Conferência de Luta Contra o Golpe e o Fascismo. O local vai ser como a I Conferência – na Quadra dos Bancários, no Centro da cidade de São Paulo. A I Conferência foi capaz de agrupar 30 mil pessoas em Brasília, em agosto de 2018 registrando a candidatura de Lula. Inclusive com uma importante e expressiva participação do MST. Em um mês de preparação foi possível esse resultado. O que mostra que organização é fundamental. Todos à II Conferência!

AUMENTAM ATAQUES À INDÍGENAS

PRIVATIZAÇÃO DO FUTEBOL

Indígenas são atacados por pistoleiros em Dourados/MS

Crise do Botafogo vira pretexto para transformar time em S/A

A tribo Guarani Kaiowá de Dourodo-MS também foi atacada em julho deste ano, quando um garoto de 14 anos foi queimado vivo por jagunços.

Utilizando da falta de dinheiro do clube, capitalistas querem se apoderar do Botafogo

Na noite dessa última segunda-feira (4) pistoleiros, a mando de proprietários rurais, invadiram território indígena disparando tiros de bala de borracha de grosso calibre contra integrantes da tribo Guarani Kaiowá. Atingindo tórax, cabeça e ombro. Nessa mesma região, em julho deste ano, um adolescente de 14 anos recebeu 18 tiros e foi arremessado vivo em uma fogueira pelos jagunços, onde permaneceu até o amanhecer do dia seguinte, tendo 90% do corpo queimado, morrendo cinco dias depois. Lembrando também que Mato Grosso do Sul foi palco de 38 assassinatos de indígenas em 2018 – ano que aumentou em 20% o número de homicídios de índios em relação ao ano anterior – totalizando 135 em todo o país. Esses fatos se somam ao caso dos indígenas da tribo Tupinambá de Olivença, no sul da Bahia, estarem ameaçados em perder um território de 470 quilômetros quadrados em que vivem desde 1680 para uma empresa portuguesa (Vila Galé) que deseja construir um hotel de luxo no local e assim despejar cerca cinco mil indígenas. Em que Gilson Machado Neto, presidente da EMBRATUR e amigo de Jair Bolsonaro, assinou ofício enviado à FUNAI, em julho deste ano, para ignorar a demarcação indígena e construir

o empreendimento multinacional na região. O ofício estava tramitando em sigilo, justamente por ser inconstitucional. Isso significa que os Guarani Kaiowá de Dourados (MS) estão sendo queimados vivos e sendo vítimas de disparos à noite porque há algum empreendimento de luxo a ser construído no local ou mesmo fazendeiros que desejam ganhar com a especulação das terras. Não por coincidência aumentou a porcentagem de ataques a indígenas – o golpe visa justamente facilitar para grupos imperialistas e fazendeiros. E obviamente o número de homicídio de índios só vai aumentar se o golpe não for derrubado. A tentativa de assassinato de Evo Morales, na Bolívia, as ameaças de prisão de Cristina Kirchner na Argentina demonstram que os ataques às soberanias nacionais dos países subdesenvolvidos e os ataques aos povos oprimidos vão se intensificar. Por isso é preciso organizar a luta contra o imperialismo na América Latina. Sendo o Brasil um país central no continente; fundamental todos participarem na II Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe e o Fascismo nos dias 14 e 15 de dezembro, na Quadra dos Bancários, no Centro da cidade de São Paulo – SP.

Um dos mais tradicionais clubes de futebol brasileiro, o Botafogo, vive hoje uma situação ruim no campeonato brasileiro. Faltando apenas oito jogos para o fim da competição, o clube carioca está a dois pontos da zona de rebaixamento, sendo o segundo pior time na segunda fase do brasileirão. O salário atrasado dos jogadores é o principal fator de crise na campanha da equipe. Os problemas do “Fogão”, como é carinhosamente chamado não se restringem apenas ao futebol. Devido a crise financeira, o clube teve que abandonar o time de vôlei, desistindo de disputar a superliga. No basquete, o clube chegou a ser multado pela Confederação Nacional de Basquete em R$10 mil por jogo, por ter apresentado menos de dez atletas relacionados por jogo, sendo dez o número mínimo determinado pela Confederação. A crise financeira do clube, no entanto, está sendo utilizada como pretexto para que o Botafogo adote o chamado modelo “clube-empresa” de administração. Apontado por vários setores, como a imprensa capitalista, empresários do ramo esportivo, como a “salvação” do futebol brasileiro, o modelo de “clube-empresa” nada mais faz do que abre caminho para completa privatização do futebol nacional, entregando-o nas mãos dos grandes monopólios capitalistas. A política aqui é a mesma que os capitalistas utilizam para

tomar de assalto as empresas nacionais, como a Petrobrás, entre outras, utilizam a suposta “crise financeira”, a qual é na maior parte dos casos artificialmente criada por eles mesmos, para então se apropriar do patrimônio nacional. Nesse sentido,o futebol brasileiro está sob intenso ataque. O projeto “clube-empresa” já tramita no senado federal, e tudo leva a crer que será aprovado. Esta é mais uma das consequências do golpe de estado, há anos que os grandes capitalistas estão de olho no controle absoluto do futebol brasileiro, após o golpe de 2016 e as eleições fraudulentas do último ano, eles tem carta branca para concretizar seus objetivos. A privatização dos clubes e a entrega da administração destes para os capitalistas não resolverá a crise financeira dos mesmos, muito pelo contrário. Os clubes se tornarão objetos de especulação financeira, se aprofundará a perseguição aos torcedores, às torcidas organizadas, além da elevação do custo dos ingressos. A única forma de resolver a crise financeira dos clubes é colocando-os nas mãos daqueles tem interesse na preservação do futebol, do patrimônio nacional, ou seja, os próprios torcedores, funcionários e jogadores. É preciso mobilizar as torcidas e os atletas contra a imposição do “clube-empresa” na defesa do futebol popular.


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