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Ensino em Berlim

O ensino em Berlim

Em Berlim foi respeitada a determinação de objetivos em relação à organização do ensino. Ao longo do tempo foi se perdendo o conceito de escola unificada de arte sofrendo uma reprogramação.

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O ensino então foi dividido em três fases: na primeira procurava-se uma orientação unitária de estudo; na segunda eram transmitidos conhecimentos teóricos relacionados com conhecimentos teóricos interligados com trabalhos práticos, em que os alunos eram orientados segundo as próprias aptidões (arquitetura e decoração, publicidade, fotografia, tecidos e belas artes. Na terceira, com o conhecimento adquirido, tinham escolha livre para elaborar um projeto. Mies acaba com a divisão hierárquica no curso preliminar, levando os estudantes diretamente para o estudo de arquitetura, sem a necessidade de serem aprovados em cursos artesanais. Mas ainda eram condicionados a trabalhar numa oficina de escolha livre, para adquirirem habilidades manuais essenciais.

O currículo também sofre alterações no ponto de vista de conteúdo e do tempo de duração dos cursos. A duração máxima dos cursos passou de nove semestres para seis, principalmente pela posição contrária ao ‘estudo generalista’ e à especialização promissora, promovida pela Escola.

Mies van der Rohe substituiu a noção de qualidade absoluta, restringiu as atividades produtivas e aumentou as atividades pedagógicas clássicas dos ateliers.

Estabelece-se também um programa rígido com um ritmo de trabalho intenso e com uma seleção cada vez mais rigorosa. Aboliu-se o caráter obrigatório do curso preliminar e as oficinas de produtividade voltaram a ser oficinas de aprendizagem, tendo de se fazer provas de aptidão em forma de trabalhos práticos individuais como pré-requisito para o semestre seguinte.

Ao contrário de Walter Gropius e Hannes Meyer, Mies Van der Rohe não possuía um programa pedagógico formulado segundo uma filosofia educacional. Negava as premissas de Meyer, assim como falava negativamente acerca de Gropius como arquiteto.

Sob a direção de Mies, o ponto central do trabalho na Bauhaus eram as questões formais e as suas soluções estéticas. Hubert Hoffmann, estudante na Bauhaus, considerava Mies um mau pedagogo que não se interessava pelas possibilidades que os estudantes traziam consigo e não permitia que os alunos se auto-explorassem. Muitas vezes obrigava-os a desenhar e/ou projetar, baseado nos próprios esboços.

As tentativas de Mies de salvar a Bauhaus não obtiveram sucesso e a escola foi oficialmente fechada em 19 de julho de 1933. Os seus profissionais acabaram por se espalhar pelo mundo, difundindo o método de ensino da Bauhaus.

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